2009-dl-245 - regime de utilização de recursos hídricos

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  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 184 22 de Setembro de 2009 6747

    3 O conselho consultivo emite o seu parecer em reunio convocada para o efeito ou mediante a emisso de pareceres individuais de cada uma das entidades que o compem, no prazo de 20 dias a contar da solicitao para esse efeito formulada pelo seu presidente.

    Artigo 20.Dissoluo e liquidao

    A Sociedade dissolve -se nos termos da lei.

    Decreto-Lei n. 245/2009de 22 de Setembro

    O Decreto -Lei n. 226 -A/2007, de 31 de Maio, esta-belece o regime de utilizao dos recursos hdricos, de-terminando que toda a utilizao privativa carece de um ttulo de utilizao a ser emitido por uma administrao de regio hidrogrfica (ARH). Essa determinao no constituiu, porm, um facto indito no nosso ordenamento jurdico, na medida em que as utilizaes assim sujeitas a autorizao, licena ou concesso j antes careciam de ser tituladas ao abrigo do Decreto -Lei n. 46/94, de 22 de Fevereiro, diploma ento revogado.

    Relativamente aos ttulos emitidos ao abrigo do regime de 1994, determinou o Decreto -Lei n. 226 -A/2007, de 31 de Maio, que os mesmos se mantm em vigor nos ter-mos em que foram emitidos, sem prejuzo da sujeio dos seus titulares s obrigaes decorrentes da Lei da gua, aprovada pela Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro, e de-mais actos legislativos complementares e regulamentares. Para esse efeito necessrio, ainda, que os antigos ttulos sejam levados ao conhecimento da ARH territorialmente competente no prazo de um ano a contar da data da sua entrada em funcionamento.

    Ora, essa obrigao, que conduziria a uma apresentao de todos os utilizadores nos servios das ARH ao mesmo tempo, afigura -se como desnecessria, uma vez que os ttulos emitidos ao abrigo do Decreto -Lei n. 46/94, de 22 de Fevereiro, tm um prazo mximo de validade. Os mesmos vo, por isso, progressivamente caducando e, consequentemente, a sua renovao ou a atribuio de novos ttulos ser tambm progressivamente realizada pelas ARH, sem prejuzo para os utilizadores.

    Por outro lado, promove -se igualmente a alterao do regime jurdico da responsabilidade por danos ambientais, aprovado pelo Decreto -Lei n. 147/2008, de 29 de Julho, no sentido de evitar conflitos de competncia na sua aplicao. A entidade competente para actuar no mbito de danos s guas passa a ser unicamente a Agncia Portuguesa do Ambiente, ao invs do Instituto da gua, I. P., e das ARH, como acontecia at agora, garantindo assim o cumprimento da Directiva n. 2004/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril.

    Assim:Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Cons-

    tituio, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.Alterao ao Decreto -Lei n. 226 -A/2007, de 31 de Maio

    O artigo 90. do Decreto -Lei n. 226 -A/2007, de 31 de Maio, alterado pelo Decreto -Lei n. 391 -A/2007, de 21 de Dezembro, pelo Decreto -Lei n. 93/2008, de 4 de Junho,

    e pelo Decreto -Lei n. 107/2009, de 15 de Maio, passa a ter a seguinte redaco:

    Artigo 90.[...]

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 Os ttulos de utilizao emitidos ao abrigo da

    legislao anterior mantm -se em vigor nos termos em que foram emitidos, sem prejuzo da sujeio dos seus titulares s obrigaes decorrentes da Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro, e demais actos legislativos com-plementares.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 2.Alterao ao Decreto -Lei n. 147/2008, de 29 de Julho

    O artigo 11. do Decreto -Lei n. 147/2008, de 29 de Julho, passa a ter a seguinte redaco:

    Artigo 11.Definies

    1 Para efeitos do disposto no presente captulo, entende -se por:

    a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ii) Danos causados gua quaisquer danos que

    afectem adversa e significativamente, nos termos da legislao aplicvel, o estado ecolgico ou o estado qumico das guas de superfcie, o potencial ecolgico ou o estado qumico das massas de gua artificiais ou fortemente modificadas, ou o estado quantitativo ou o estado qumico das guas subterrneas;

    iii) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .m) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .n) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .o) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .p) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .q) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 3.Norma revogatria

    revogado o n. 3 do artigo 95. da Lei n. 58/2005, de 29 de Dezembro.

  • 6748 Dirio da Repblica, 1. srie N. 184 22 de Setembro de 2009

    Artigo 4.Entrada em vigor

    O presente decreto -lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Agosto de 2009. Jos Scrates Carvalho Pinto de Sou-sa Lus Filipe Marques Amado Carlos Manuel Baptista Lobo Rui Carlos Pereira Francisco Carlos da Graa Nunes Correia Antnio Jos de Castro Guerra Ascenso Lus Seixas Simes Mrio Lino Soares Correia Manuel Francisco Pizarro de Sampaio e Castro.

    Promulgado em 8 de Setembro de 2009.Publique -se.O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA.Referendado em 9 de Setembro de 2009.O Primeiro -Ministro, Jos Scrates Carvalho Pinto

    de Sousa.

    MINISTRIO DA ECONOMIA E DA INOVAO

    Decreto-Lei n. 246/2009de 22 de Setembro

    O Decreto -Lei n. 4/93, de 8 de Janeiro, que aprovou o Regu-lamento de Taxas de Instalaes Elctricas, prev o pagamento de taxas pela prestao de determinados servios pela Admi-nistrao Pblica, que incidem essencialmente na apreciao dos projectos de instalaes elctricas e respectivas vistorias.

    Acontece que a matria referente ao pagamento de ta-xas estabelecida no mbito do referido decreto -lei, pelos servios prestados pela Administrao Pblica na rea das instalaes elctricas, se encontra desactualizada, tornando--se necessrio prever o pagamento de taxas pela prestao de servios desenvolvidos no mbito do licenciamento, tais como a apreciao de projectos de instalaes elctricas de servio particular, o averbamento, a emisso de segundas vias e a transferncia de titularidade de licenas, e para os quais no se encontra previsto o seu pagamento.

    Torna -se igualmente necessrio simplificar e agilizar a forma de pagamento das taxas cobradas pela prestao destes servios, introduzindo -se a possibilidade de realizar o seu pa-gamento atravs do recurso aos meios electrnicos, nomeada-mente por Multibanco ou sistema de homebanking na Internet.

    Foram ouvidos os rgos de governo prprio das Re-gies Autnomas.

    Assim:Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Cons-

    tituio, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.Alterao ao Decreto -Lei n. 4/93, de 8 de Janeiro

    Os artigos 5., 24. e 26. do Regulamento de Taxas de Instalaes Elctricas, aprovado pelo Decreto -Lei n. 4/93, de 8 de Janeiro, passam a ter a seguinte redaco:

    Artigo 5.[...]

    1 As taxas so pagas, no prazo de 30 dias, me-diante documento a emitir pelas entidades competentes,

    privilegiando o pagamento atravs de meios electrni-cos, nomeadamente atravs de terminal Multibanco, de sistema de homebanking na Internet.

    2 As taxas previstas no presente decreto -lei, quando sejam cobradas no mbito da administrao central, consti-tuem receita, na sua totalidade, das entidades competentes.

    3 (Revogado.)4 A cobrana coerciva das dvidas provenientes

    da falta de pagamento das taxas faz -se pelo processo de execuo fiscal, servindo de ttulo executivo a certido passada pela entidade que prestar os servios.

    Artigo 24.[...]

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) Apreciao de projecto de instalaes elctricas

    de servio particular;f) Averbamentos e emisso de segunda via de licenas;g) Transferncia de titularidade de licenas.

    2 (Revogado.)Artigo 26.

    [...]

    1 Constitui contra -ordenao punvel com coima de 100 a 1000, no caso de pessoas singulares, e de 500 a 5000, no caso de pessoas colectivas:

    a) A falta de comunicao prevista no artigo 13.;b) A falta dos registos permanentes actualizados nos

    termos do artigo 21.;c) O no envio dos boletins referidos nos artigos 11.

    e 20.;d) A falta de participao prevista no artigo 17.;e) A desmontagem de uma instalao do 1. grupo

    com infraco do disposto no artigo 14.;f) O preenchimento errado dos boletins previstos nos

    artigos 11. e 20. com prejuzos para o Estado.

    2 A negligncia e a tentativa so punveis, sendo os limites mnimos e mximos das coimas aplicveis reduzidos a metade.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 2.Norma revogatria

    So revogados o n. 3 do artigo 5. e o n. 2 do artigo 24. do Decreto -Lei n. 4/93, de 8 de Janeiro.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 5 de Agosto de 2009. Fernando Teixeira dos Santos Fer-nando Teixeira dos Santos Jos Manuel Vieira Conde Rodrigues Fernando Teixeira dos Santos.

    Promulgado em 8 de Setembro de 2009.Publique -se.O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA.Referendado em 9 de Setembro de 2009.O Primeiro -Ministro, Jos Scrates Carvalho Pinto

    de Sousa.