edição 245 - abril 2015

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ACÚSTICA: você trata ou isola o seu ambiente? Veja as principais diferenças e não erre na escolha do projeto acústico para o seu estúdio | ILUMINAÇÃO - Intensidades luminosa e musical: duas grandezas que se combinam no palco | MIXAGEM - Saiba como deixar sua mixagem com o “estéreo maior” | GIGPLACE: A profissão de manager em uma entrevista exclusiva com MacGyver Zitto | Cubase PRO 8: VCAs - conheça em detalhes os recursos dessa ferramenta para a mixagem | Ableton E as funções nos plug-ins nativos.

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4012 Vitrine

A B&C Speakers lança o

DE52, desenhado para ter altaperformance. Já a Samsonapresenta a caixa acústica ativade duas vias AURO XD15.

16 Rápidas e Rasteiras

Digitech traz de volta os pedaisDOD, Avid vai ao Oscar e ZecaBaleiro participa de CD de Rap.

24 Gustavo Victorino

Confira as notícias mais quentesdos bastidores do mercado.

26 Play RecYamandu Costa lança novo

trabalho que presta homenagemaos músicos que ele admira. OCD traz temas habituais nastocatas informais. E a cantoraPitty lança o DVD Pela Fresta,documentário produzido durante

as gravações do álbum Setevidas.

28 Expo MusicalA nona edição da Expo MusicalPlus, em SC, reuniu mais de 350convidados de todo o Brasil.

NESTA EDIÇÃO

32 Gigplace

Em mais uma entrevista da série

sobre as profissões do backstage,um bate-papo com um dos maisconhecidos produtores do merca-do, MacGyver Zitto, que falousobre as funções do Manager.

60 Equalize no middle-side

Confira como aumentar seuganho de estéreo na mixagemusando um equalizador middle-side ao invés de comprimir nomaster bus.

67 Line Array Firenze

Depois da Asia, a K-Array

apresentou o seu novo sistemaultra compacto para a AméricaLatina em evento para profissio-nais do áudio, em São Paulo.

80 Vida de Artista

O show que reuniu os sete

amigos, Sá & Guarabyra, 14 Bis e

Flávio Venturini, no dia 7 de

março, em BH, reafirmou a

amizade dos músicos em cima dos

palcos, como há 40 anos.

SumárioSumárioAno. 21 - abril / 2015 - Nº 245

Para reduzir os efeitos causadospelo ruído, muitas técnicas são

aplicadas e produtos utilizadospara a adequação dos ambientes

e edificações. No entanto, aopensar em tratamento acústiconem todos sabem se é a melhor

solução é isolar ou tratar oambiente. Dessa forma, não é

difícil encontrar erros de nacompra de produtos que nãoajudam em nada na hora de

controlar o tal ruído. Dicaspreciosas de alguns profissionais

podem evitar que o seuinvestimento seja desperdiçado.

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Encontro de AmigosCom uma longa história de afinidades, 14 Bis, Flávio Venturini e Sá

& Guarabyra juntam sucessos em quatro shows, em apresentações

em Belo Horizonte.

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CADERNO ILUMINAÇÃO

Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroReportagem:Luiz de Urjjais e Miguel SáColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuída pela DINAP Ltda.

Distribuidora Nacional de Publicações,Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678Cep. 06045-390 - São Paulo - SPTel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

CADERNO TECNOLOGIA

54 CubaseNesta edição, começa uma sériede artigos sobre as funçõesespecíficas do Cubase PRO8 comos VCAs e sua grande utilidadedentro da mixagem.

62 AbletonNa segunda parte desse artigosobre os plug-is nativos, é hora deir mais a fundo e conhecer asferramentas Electric, Impulse eIndividual Outputs.

72 VitrineA Christie lança o 4K45, com altonível de brilho e 45.000 lúmens,ideal para concertos, eventosesportivos entre outras aplicações.

Outra novidade é o PAR LEDPC-1019, da Hot Machine, comconsumo de energia de 190W.

Grandezas e LuminotécnicaA apresentação da Banda Mr. Big no Brasil trouxe um conceito de

iluminação contemplando três partes - backlight, uplight e frontlight.

74 Rápidas e RasteirasMartin promove workshop de

iluminação, em Canoas (RS), e aescola São Luiz, na capitalpaulista, ganhou um projeto deiluminação e automação.

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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

izem que Deus dá o dom, e outras habilidades são aprendidas.No caso do Brasil, talvez por Deus ser brasileiro, foram muitas

as vocações concedidas, entre elas a grande capacidade de produ-zir energia das mais diversas formas. Produzimos energia hídrica,térmica, solar e eólica - essa teve aporte de mais de R$ 2 bilhões,por meio do Programa de Aceleração de Crescimento, do Gover-no Federal, para a conclusão de um dos parques que formam omaior complexo eólico da América Latina, localizado no RioGrande do Sul.

No entanto, diante da crise hídrica, que vem impulsionando paracima o preço da energia elétrica, chegando a um aumento previstopara 38% em 2015, segundo o Banco Central, investimentos quedependam de eletricidade parecem ser um mau negócio nos diasde hoje. Mas o fato é que a roda econômica do Brasil não pode pa-rar e precisamos continuar gerando insumos, bens e satisfazendoconsumidores, independente de alta de juros ou inflação.

É aí que entram os planos emergenciais e as alternativas e que chegaa hora de aprender. Se por um lado, o país foi beneficiado com algu-mas benesses, por outro ainda não desenvolveu habilidades de cui-dar bem do próprio futuro. Planejamento ainda é uma palavra econceito apreendido por poucos, principalmente quando envolveaspectos financeiros. Gestão ainda é um tema pouco ensinado nasescolas e nas famílias, e na maior parte das instituições.

Quando as decisões não envolvem grandes proporções, talvez essamá educação não seja tão percebida. No entanto, com o naturalcrescimento do país perante o mercado mundial, saber estabele-cer e fixar um caminho com bases sólidas é quase obrigação se oobjetivo é um futuro próspero.

Deixar de andar na contra-mão e de agir como se o país ainda es-tivesse marchando no mesmo ritmo de quarenta anos atrás é im-prescindível para assumirmos nosso papel natural no mercadoglobal. Mas para isso é preciso estar aberto e disponível para ousar,ouvir, aprender e apostar em mudanças e reformas.

Boa leitura.

Danielli Marinho

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Mão econtra-mão

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DE52www.bcspeakers.com

A B&C Speakers acaba de lançar o novo DE52, omais novo produto da família, desenhado paraalto desempenho. O diâmetro do diafragma de 2"oferece uma performance excelente para a saídade 1.4" e um driver de alta resposta. O imã deferrite DE52 apresenta um alumínio revestido defio de cobre e bobina, montado sobre diafragmade polímero resistente a altas temperaturas. Oplug de fase é otimizado especificamente para odiafragma DE52.

AE3000www.proshows.com.br

O microfone Audio-Technica AE3000 foi projetado para uso diário emperformances de instrumentos. Seu excelente desempenho em altos ní-veis de pressão sonora, associado à resposta de frequência ajustada, fez doAE3000 um excelente microfone cardióide, perfeito para aplicações dealto SPL, como amplificadores de guitarra, tons de caixas, tímpanos eovers. O padrão polar cardióide do AE3000 isola a fonte principal de áudiofrontal e minimiza a capacitação de sons laterais e traseiros. A cápsula dediafragma grande, combinada com arquitetura circular, permite um somaberto e preciso. Possui atenuação de 10db, com filtro passa-alta chaveávelde 80Hz. O AE3000 apresenta performance irretocável, confiabilidade eversatilidade para suportar uso constante em aplicações de músicos, pro-dutores e engenheiros de áudio.

TRBX174 EWwww.yamaha.com.br

O novo TRBX174 EW é perfeito para oiniciante que quer algo a mais do quetocar isolado em casa. Seu tampo é feitode mango wood (mangueira oriental),uma madeira exótica que garante umasonoridade mais equilibrada, com gra-ves, médios e agudos mais evidentes,além de ter um acabamento com muitomais estilo. O TRBX174 EW vem equi-pado com um captador no estilo JazzBass e outro no estilo Precision Bass,uma combinação que dá ao instrumen-to qualidade suficiente para usá-lo emgravações ou mesmo pequenas apresen-tações. De baixo custo, em torno de R$1.200,00, o TRBX174 EW é uma opçãopara quem quer um produto com ótimocusto x benefício.

SAMSON – CONSPIRACYwww.equipo.com.br

Com superfície de controle MIDI Ultra-por-tátil, o Conspiracy vem com 25 Pads com

sensibilidade à velocidade, Pads com 3cores, retroiluminado com função

aftertouch, 14 Knobs de ajuste comdetentor, 10 botões de função

retroiluminados, 6 Faders, 2 Se-ções de DJ com crossfader,

Touchpad X/Y endereçávele ainda display de LCDretroiluminado controla-

do por Knob Master e botões dequatro direções. Outras características

são: controles de transporte dedicados, Save eRecall para mais de 15 presets, função Plug-and-play, porta Mini USB, com a alimentação via USB, eainda um cabo mini USB para USB incluso.

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CABO MOGAMI 2549www.mogami.com.br

O Cabo MOGAMI 2549 foi projetado usando o famoso Neglex OFC (Livre deOxigênio) para proporcionar a melhor qualidade de reprodução de áudio emqualquer aplicativo de gravação. Apresenta diâmetro 22AWG, condutores ex-tremamente de baixa capacitância. A cobertura é 100% de borracha extra-flexí-vel e a construção de pares trançados são excelentes para evitar o ruído causadopor interferência eletromagnética. Este cabo é recomendado quando usado emaltas frequências ou longas distâncias.

SAMSON - AURO XD15www.equipo.com.br

Essa caixa acústica ativa de duas vias, tem um amplificador Classe D de 1,000watts de potência, alto-falante de 15" com faixa estendida nos graves, Driver deTitanium 1.34" (34mm), tecnologia DSP Samson’s R.A.M.P (ReactiveAlignment/Maximum Protection), duas entradas para conectores combo XLR-1/4" com controle independente de volume, chave seletora Mic/Line (Canal 1),volume Master com indicador de pico, EQ de 3 posições e presets de HFP (FiltroPassa-Alta), saída XLR para link com outras caixas. O equipamento é feito em ma-terial de alta resistência, possui grade de metal para proteção do falante e driver,duas alças grandes ergonômicas, encaixe para suporte integrado 1 3/8”, ângulo demonitor de chão com duas posições, além de ser leve e compacto.

CAIXA ATIVA FLASH12HDAwww.amercobrasil.com.br

Durante anos a linha Flash Series, da Proel, proporcionou a milhares de usuáriosem todo o mundo o melhor som da sua classe, juntamente com versatilidade,portabilidade e design elegante. Agora toda a série foi renovada para introduzirgrandes atualizações em seu desempenho, características e design. Com a intro-dução de novos módulos de amplificadores de classe D SMPS, que possuem umarelação tamanho-potência estrondosa, e a utilização do poderoso NÚCLEO DSPde 40 bits 96KHz, o modelo FLASH HDA torna-se incomparável. Graças ao so-fisticado processamento de sinal fornecido pelo DSP CORE, que inclui tambémum versátil EQ dinâmico, e os excelentes transdutores Celestion, a Série FlashHDA proporciona uma definição de som excepcional e um desempenho dinâmi-co típico dos melhores sistemas profissionais. Os quatro EQ PRESETSselecionáveis a partir do painel amplificador (FLAT, DJ, SPEECH, MONITOR)torna esse sistema perfeitamente adaptável a qualquer tipo de aplicação.

SUBWOOFER SW 800www.oversound.com.br

Recém-lançado no mercado, o SW 800 é o mais novoSubwoofer 18” da OVERSOUND. Desenvolvido

para grandes sistemas de PA’s e salas de cinema, suamecânica permite trabalhar com frequência inicialde 35Hz, proporcionando um sub muito mais agra-dável. Possui bobina de 4” com corpo em Kapton,enrolamento in side out side com fio de cobre,cone projetado para atender frequências mais bai-xas, fibras longas e resinas especiais, conjunto mó-

vel todo remodelado. O novo projeto de refrigeração na bobina garante maior fluxo de ar no sistema, que não po-deria faltar num poderoso conjunto magnético. Todas essas características do novo SW 800 de 18” Oversound, irãofazer do seu grave a sensação mais agradável do seu som. Disponível nas versões 4 e 8 ohms.

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V-SERIES EM TURNÊCom uma reputação a ser mantida, oengenheiro de áudio da cantora SaraBareilles, teve um especial cuidado aoescolher o sistema de áudio que o se-guiria turnê a fora. Trey Smith, que du-rante alguns anos já vem trabalhandocom a Spectrum, empresa de Nash-ville, foi apresentado ao sistema V-Series por Bobby George (da Spec-trum) para a turnê de 2014. “Depoisde fazer algumas ligações para ami-gos em busca de uma opinião sobre onovo sistema, cheguei à conclusão deque era perfeito para o tipo de showsque fazíamos, indoor e outdoor”, afir-ma o engenheiro de áudio de Sara.

AVID NO CARNAVAL DE SALVADOR

Os trios-elétricos que animaramo carnaval de Salvador utilizaramsistemas Venue para mixagem desom ao vivo. Foram mais de trin-ta sistemas utilizados para levaraos milhares de foliões o melhordo som durante o carnaval baia-no. Em uma semana intensa deshows pela cidade, os técnicos desonorização puderam contar coma confiabilidade e qualidade deáudio da marca.Para que tudo saísse perfeito, nasemana anterior ao carnaval, aQuanta Live, distribuidora daAvid no Brasil, realizou, no Par-

que de Exposições de Salvador, amanutenção preventiva dos sis-temas. A ação foi durante a veri-ficação técnica dos trios-elétri-cos, feita pela prefeitura. Osagentes de serviços da Quantaauxiliaram os técnicos na limpe-za de placas, atualização de plug-ins, verificação de faders, botões,encoders e canais. Segundo E-merson Jordão, gerente de ven-das para produtos de Áudio daAvid no Brasil, o carnaval deSalvador é o único evento domundo que utiliza essa quanti-dade de mesas simultaneamente.

David Kadooka, Especialista Quanta Live, faz manutenção preventiva Venue (MixRack) CURSO TÉCNICO PARAPROFISSIONAIS DO ÁUDIOBuscando incentivar o desenvolvimen-to e qualificação dos profissionais dosegmento de áudio no país, a Harmando Brasil é apoiadora do Curso Técni-co de Eletrônica com Ênfase em Áudio,promovido pelo IATEC (Instituto de Ar-tes e Técnicas em Comunicação). Oprojeto teve início no dia 9 de fevereiroe abordará ao longo de suas 1.200 ho-ras/aula, equivalentes a três semestres,temas como acústica, sistemas digitais,música e percepção auditiva, sistemase técnicas de gravação/sonorização edesenvolvimento de projetos. Os cur-sos ocorrem nas cidades do Rio de Ja-neiro e Fortaleza e contam com registrono Ministério da Educação.

DIGITECH TRAZ DE VOLTAOS LENDÁRIOS PEDAIS DODA icônica DOD, aclamada por mui-tos como uma verdadeira marca depedais de boutique, retorna aomercado dentro do portfólio daDigitech. Ambas as marcas per-tencem ao grupo Harman e a no-vidade fica por conta dos quatrorelançamentos mundiais de mo-delos de sucesso nos anos 70 e80. Os modelos são os seguin-tes: DOD Overdrive Preamp

250, DOD Phasor 201, DOD BifetBoost 410 e DOD Envelope Filter 440. Todos eles

apresentam as mesmas características e timbres analógicos alémde True bypass, LED on/off, entrada para adaptador 9V e chassi em alumínio.

LED ZEPPELIN DIGITALO Napster, um dos principais serviçosde assinatura de música digital domundo e pertencente à empresaamericana Rhapsody, disponibilizou adiscografia completa da banda ingle-sa Led Zeppelin. Formada na décadade 60, a banda gravou ao longo desua carreira quinze álbuns, entre elesLed Zeppelin (1969), Led Zeppelin II

(1969), Led Zeppelin III (1970), o seuquarto álbum sem título (1971),Houses of the Holy (1973), e Physical

Graffiti (1975). Clássicos como Black

Dog e Stairway to Heaven (LedZeppelin IV), All My Love (In Throughthe Out Door), e Whole Lotta Love, es-tão disponíveis na plataforma.

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Após anunciar o lançamento de seuprimeiro álbum solo, Quando um

Não Quer, em formato digital pelaDeck, Martin dá outra amostra doque está por vir. Depois de disponi-bilizar a faixa Coisas Boas, agora elerevela duas das muitas participaçõesdo álbum. Na música Mesmo elecontou com as vozes de Lira e dePitty, cantora que ele acompanha naguitarra há mais de 10 anos.A música é uma parceria de Martincom o cantor pernambucano, paraquem ele mandou a base e o refrãoe pediu uma letra que falasse “de

com participação de Pitty e LiraMartin apresenta música

saudade, de nostalgia, de peque-nas coisas, pequenos fragmentosde lembranças que constroem oslaços de afeto numa relação deamor e intimidade e de como issofica na gente durante muito tem-po”. Apaixonado pela letra envia-da por Lira, ele decidiu que nãoiria cantar o refrão, precisando deuma “voz doce, linda e que tivesseum poder de interpretação mons-truoso”. Assim, foi feito o conviteà Pitty. O resultado pode ser con-ferido no YouTube:

http://youtu.be/6FJUDkKkqOc

ZECA BALEIRO PARTICIPA DE CD DE RAP

O rapper Gaspar, vocalista e fun-dador do grupo Z’África Brasil, re-úne convidados em seu primeiroCD solo Rapsicordélico - Ritmo e Po-

esia Psicodélica em Cordel, disco queconta com as participações deZeca Baleiro, Emicida, Dexter, KLJay, entre outros. A produção deRapsicordélico traz em sua essênciauma nova construção sonora parao universo da música popular bra-

sileira, apresenta um estilo musicalfundamentado na cultura hip-hope tem fortes influências dos ritmosdo país. O disco é uma obra híbridaque passeia entre a poesia falada dorap e a métrica dos cordelistas.Apresenta também ritmos sin-copados regionais em uma roupa-gem moderna que se apropria dostimbres eletrônicos em diálogocom os instrumentos acústicos.

AVID NO OSCARA Avid parabenizou seus clientespor seus incríveis reconhecimentosna 87ª Cerimônia do Oscar, apremiação mais importante da in-dústria cinematográfica. Cada umdos vencedores e indicados nas ca-tegorias de Melhor Filme, Edição deVídeo, Edição de Áudio e Mixagemde Som foram usuários Avid usandoas ferramentas criativas de áudio evídeo da Avid Artist Suite potenciali-zadas pela The Avid MediaCentralPlatform. Birdman, vencedor de me-lhor filme e os nomeados Sniper

Americano, Boyhood, Grande Hotel

Budapeste, Jogos de Imitação, Sel-

ma, Teoria de Tudo e Whiplash forameditados usando a mais proeminen-te solução da indústria, Avid MediaComposer | Software.Já o software de edição de áudioAvid Pro Tools foi usado para ediçãode som e mixagem de Birdman,Sniper Americano, Jogos de Imita-

ção, Selma e Whiplash. Todos oscinco nomeados na categoria deEdição de Vídeo – o vencedor TomCross, com Whiplash, Joel Cox eGray D Roach, com Sniper America-

no, Sandra Adair, por Boyhood,Barney Pilling, por Grande Hotel Bu-

dapeste, e William Goldenberg, porJogos de Imitação –, confiaram noMedia Composer | Software parafazer o corte de seus filmes. O ProTools também foi usado por todos oscinco indicados à categoria deMixagem de Som.

K-DAY NA EUROPAA Gobos do Brasil e a K-Array pro-movem no dia 20 de abril o primeiroK-Day, uma visita à fábrica da K-Arrary, em Florença, na Itália. Duran-te um dia inteiro os convidados po-derão conhecer os lançamentos, afábrica e ainda participar de umprograma gastronômico, saborean-do comidas típicas e um bom vinho. Oevento tem como público-alvo amigose parceiros da Gobos do Brasil queestarão visitando a ProLight+Sound,em Frankfurt, que acontece de 15 a18 de abril. Para participar, basta envi-ar um e-mail para:[email protected]

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MAIS CONTRATOS FECHADOSPrestigiando por mais um ano, a Oneal Áudio esteve comtoda a sua equipe na 9º Expo Musical Plus, realizado no PlazaItapema Resort & Spa, em Itapema, SC, entre os dias 12 e 14de março. A edição deste ano superou o número de contra-tos fechados, comparado à edição do ano passado. Os 40metros quadrados de estande foram distribuídos por produ-tos da Linha 2015, como as novas caixas multiuso OCM e asmultifuncionais OMF, além de demais equipamentos já cam-peões de vendas, entre eles a linha Evo Line e as caixas parasom ambiente.O evento ainda contou com duas atrações para os seus con-vidados. Na duas noites do evento, durante o jantar, foi apre-sentado shows com bandas regionais. Toda a estrutura ne-cessária para a realização dos shows – equipamentos, insta-lação e testes - esteve por conta da Oneal Áudio, gerenciadopor Fernando Gabriel, gestor de projetos, que contou com osuporte de demais técnicos de áudio. A Expo Musical Plusreúne empresas consagradas no ramo de áudio profissionalpara uma rodada de negócios com empresários de grandesmagazines de todos os Estados do país.

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Pelo segundo ano consecutivo, osequipamentos Yamaha ajudaram a ani-mar a festa de milhares de foliões nocarnaval de Salvador. Ao todo, 12 me-sas de som, modelo QL, equiparam al-guns dos principais trios elétricos dacidade, entre eles Ivete Sangalo, Chi-clete com Banana, Banda Eva e DurvalLelys. Compacta, mas com ampla ca-pacidade de recursos, a QL se revelaperfeita para o pequeno espaço dispo-nível nos trios, conforme explica

de SalvadorYamaha no Carnaval

Aldo Linares, da área de marketing daYamaha. Ainda de acordo com Aldo,que esteve de plantão durante todosos dias no carnaval em Salvador, du-rante todo o evento nenhuma ocor-rência que pudesse comprometer oandamento do evento foi reportada.Os técnicos ainda contaram com oapoio do técnico em manutençãoAilton Carvalho dos Santos. Outraação de suporte no carnaval de Salva-dor foi a parceria com a loja Tocmix.

D&B AUDIOTECHNIK NA SOUNDCHECK EXPO

GUIA BÁSICO PARA MICROFONAÇÃO DE IGREJASCom base em perguntas levantadas por clientes sobre áudio em igrejas e casas de cultoem geral, a Shure decidiu lançar um guia onde reúne uma série de postagens em respostaàs principais dúvidas dos internautas na internet. Os questionamentos envolvem temascomo microfonação de instrumentos ou da congregação, tipos de microfone ideal para opastor, bispo ou palestrante, como utilizar sistemas sem fio, entre outros. As dicas nãovalem apenas para igrejas, mas para templos religiosos e casas de culto em geral.

A d&b se faz presente em uma das maiores feiras de áudio e afins realizadano México através da Hi Tech Audio, que acontece entre 26 e 28 de abril, naCidade do México. Os visitantes poderão encontrar no estande da compa-nhia, localizado no Salon Tarasco, soluções para sistemas de áudio voltadospara instalações permanentes, teatros e empresas de locação, reforçando ad&b como líder de mercado.

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CANÇÃO DOS BEATLESVIRA LIVRO PARACRIANÇASA letra da música Octopus Garden

virou uma história e ganhou ilustra-ções do consagrado artista BenCort. A canção, escrita em 1968pelo baterista Ringo Starr, conta aamizade entre um polvo e seus ami-gos e integrou o álbum Abbey Road.Na publicação, lançada pela editoraSalamandra, Jardim de Polvo traz ahistória de cinco crianças que em-barcam em uma aventura submari-na. É no fundo do mar que eles en-contram o amigável polvo laranja queos leva para passear com tartarugas,peixes e baleias, além de explorar omundo marinho. O livro vem com umCD para as crianças ouvirem e comuma faixa de karaokê para cantarema letra da música, impressa no livroem inglês com versão para o portu-guês. Uma opção para colocar ospequenos em contato com outro idio-ma e também para os pais beatle-maníacos poderem escutar a novaversão da música.

LEGO NO ÁUDIO

O modelo MLA, da Martin Au-dio, ganhou uma versão na ma-quete da LEGO para ser exibidadurante a ProLight+Sound 2015.A miniatura, chamada de Glas-tonbury Festival LEGO, ocuparáo estande F60, no Hall 8.0 da feiraque acontece em Frankfurt, de 15a 18 de abril. O módulo foi cons-

truído pela Bright Bricks, compa-nhia que constrói protótiposusando LEGO, e mede 1,2 metrospor 1,2 metros. O palco imitauma Pirâmide e tem uma réplicacompleta das caixas MLA, pen-duradas em duas colunas, uma decada lado do palco, mais os sub-woofers MLX.

MATANZA DE ÁLBUM NOVO

Com mais de 15 anos de estrada, oMatanza mantém-se como uma dasmaiores representantes do hard-core nacional. O grupo carioca, quelançou seu último álbum em 2012,Thunder Dope (Deck), esse ano seprepara para lançar um novo traba-lho, ainda nesse semestre. Batizadode Pior Cenário Possível, o álbumfoi gravado no estúdio Tambor (Riode Janeiro) e produzido por RafaelRamos. O grupo, no entanto, dáuma deixa do que está por vir. A fai-xa inédita, A Sua Assinatura, vídeogravado no Tambor, já está no ar nolink. http://youtu.be/4p7jTSgM8oc

O jornalista Julio Maria e aeditora Master Books lan-çam a biografia da nossaeterna “pimentinha”, Elis

Regina – Nada Será Como An-

tes. A data escolhida foi o dia17 de março, em São Paulo,data em que Elis faria 70 anos.O autor passou os últimos quatroanos pesquisando sobre a cantora,reunindo cerca de 125 entrevista-dos, que contaram fatos nunca re-

Bio de Elisvelados sobre Elis. Cae-tano Veloso, MiltonNascimento, Ney Ma-togrosso, Ronnie Von,Jair Rodrigues, DonaErcy (mãe de Elis),Toquinho, Rita Lee e

Nelson Motta são alguns nomesentrevistado por Julio. Além disso, ojornalista também teve acesso à do-cumentos restritos, como o inquéri-to policial da morte da cantora.

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BOBAGEMRoberto Carlos e Ana Carolina que-rem a retirada das letras e cifras de suasmúsicas da internet. Estão enviandoavisos aos sites com esse tipo de con-teúdo alegando se tratar de direito ex-clusivamente negociado com o artistae não com as associações ou editorasque os representam. Ana Carolina ale-ga má qualidade (das cifras ou das le-tras?!?) e Roberto Carlos quer apenasmais grana. Bola fora dos dois.

RIO DAS OSTRAS 2015O maior festival de jazz e blues da Amé-rica Latina começa a anunciar os pri-meiros nomes da edição 2015. A bandainglesa de acid-jazz Incognito foi confir-mada no evento e vai mostrar um showcom o melhor dos seus 23 CDs lançadosao longo da cultuada carreira. O megatrompetista Roy Hargrove, ganhador dedois Grammys é outro nome confirma-do para o festival que acontece em agos-to na iconoclasta cidade de Rio das Os-tras, no norte fluminense.

PLÁGIOA encrenca em que se meteu o atualqueridinho da música negra americana,Pharrell Williams com a família de Mar-vin Gaye é apenas mais um desdobramen-to das incertezas que cercam o conceito deplágio em tempos de samplers e inspira-

ções subjetivas. Condenado a pagar inde-nização milionária aos sucessores de Gayepor teoricamente plagiar uma música, oartista levanta a questão da inspiraçãocomo fonte de criação. Baseado num sur-preendente fundamento de “sentimentoanálogo” e na subjetiva “sensação” de se-melhança, o magistrado decidiu que amúsica Got to Give It Up, hit de MarvinGaye, foi plagiada em Blurred Lines, su-cesso de Pharrell. Quem houve percebeque não existe nenhuma coincidência deletra, métrica, melodia ou harmônia entreas músicas e o máximo em que se asseme-lham é o simples groove, ou a levada, comdizem os bateristas. A perigosa e subjetivadecisão foi ratificada em instância superi-or e cria uma jurisprudência em territórioamericano que pode influenciar todo omundo musical. Por aqui, a coerência dajustiça é elogiável e os magistrados exigemlaudos técnicos para reconhecer um plá-gio. Algo me diz que esse juiz gringo to-mou uma a mais...

INTEGRAÇÃOUm dos melhores guitarristas de blues doBrasil, o incansável Big Joe Manfra, con-seguiu uma proeza que por sua curiosidadeé digna de registro. O bluesman recebetodas as quintas-feiras no Little Club, doRio de Janeiro, alguns dos grandes nomesdo blues nacional. Até aí nenhuma no-vidade. O inédito é que o Little Clubfica no coração do reduto histórico damúsica brasileira: o Beco das Garrafas,em Copacabana. Por ali passaram osmaiores nomes da Bossa Nova e de restode toda a MPB. Agora, o mais america-no dos estilos musicais fica associado aomais simbólico ponto de encontro damúsica de nosso país. Impossível nãoaplaudir essa união cultural.

PARCERIAOs executivos Jun Hosokawa e Ace

O estrago feito pelogoverno petista/

peemedebista naeconomia brasileira semostra tão danoso quea retração do mercado

provocada pelaslambanças de Brasíliafica em segundo plano

diante do desastrerepresentado pela

disparada do dólar.Mercado retraído

exige política depreços arrojada em

tempos de crise, mascomo superar isso com

o brutal aumento decustos primários? E

gostem ou não, o dólaré a verdadeira moeda

de referência domercado de áudio

e instrumentos.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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Okamoto, do Grupo Hoshino, leia-se Tama/Ibanez, estiveram no Brasilem março para avaliar junto àEquipo o momento da nossa eco-nomia. Parceiras históricas, asduas empresas fazem do planeja-mento e da gestão profissiona-lizada o melhor instrumento paraenfrentar o momento difícil domercado brasileiro. Mais do quenunca mostram mãos dadas na ad-versidade passageira.

PERFIL RADIOFÔNICOGostem ou não (eu não gosto...),a música sertaneja atropelou oaxé e até o samba na preferênciado brasileiro. Por todo o país, asemissoras de rádio com perfilmusical que dominam os índicesde audiência são em quase suatotalidade, sertanejas. O gospelque entusiasmou muita gente noinício da década também perdeforça e as rádios religiosas aospoucos perdem também a audi-ência. Já o divertido brega nor-destino, a exemplo do forró, nãoconsegue vencer os limites doregionalismo.

QUALIDADE 1Lançado em 2011, o disco Got ToBe Real da genial Ithamara Koo-rax é daqueles trabalhos obrigató-rios para quem gosta de música dequalidade. Presença constante emtodas as relações de melhores can-toras de jazz do mundo, a artistamostra um trabalho que associa asua inacreditável capacidade vo-cal a uma sensibilidade que como-ve. Ao ouvir o disco, esqueça áre-as tonais ou regiões de confortovocal. Ela parece não ter limitesna garganta. Cantando clássicos

da música americana e brasileira,Ithamara remete sua interpreta-ção a um patamar que transcendeo próprio jazz e atinge a suprema-cia do canto ao unir emoção e téc-nica de forma impecável. Nas ba-ses, destaque para o mega baixistaJorge Pescara e os teclados do cra-que José Roberto Bertrami. Discoemocionante e imperdível...

QUALIDADE 2A animação Frozen 2 – Febre Con-gelante chegou e com ela a maravi-lhosa voz de Tharyn Spilzman estáde volta. A franquia Disney marcouum golaço ao escolher a brasileirapara interpretar a voz e o canto daprincesa Elsa no filme de animaçãocom a maior arrecadação da histó-ria do cinema. Ponto para a compe-tência e o talento.

PERSONA NON GRATAUm grupo de rappers de São Paulome incluiu entre as personas nongratas ao hip hop nacional tendopor base algumas notas dessa co-luna. Desancaram o pau nessecolunista em seus blogs e até nospalcos andaram me citando. Vin-do de quem veio, me senti lisonje-ado. Se ficaram bravos comigopelo que escrevo, imagino quandosouberem o que penso...

NOVIDADESDois produtos distribuídos pelaSonotec no mercado brasileiromostram extrema capacidade demanter e até ampliar vendas emtempos bicudos. Os pratos Zeus, àbase de liga B10 e B20, custamquase a metade do preço de mar-cas tradicionais e surpreendempela qualidade muito acima da

média dos produtos similares.Bons, baratos e vendem muito. Ooutro produto é uma sacada inte-ressante e que vai mudar o perfildos microfones sem fio. O VokalVLR502 tem tudo o que os outrostêm com a vantagem da bateria delithium, que proporciona umasignificativa economia em usopesado. Já imaginou usar seus mi-crofones sem gastar um centavocom as dispendiosas pilhas alcali-nas? No entanto, se quiser gastar,basta girar uma chave e usar as pi-lhas convencionais AA. Sacadade ouro da Sonotec.

DESESPERODe R$ 2,65 para R$ 3,40 foi umsalto que está levando produtoresbrasileiros ao desespero para cum-prir contratos firmados no anopassado em dólar. Artistas inter-nacionais fecham agendas em mé-dia um ano antes da data previstapara as apresentações. Quem con-tratou com pagamento antecipa-do respirou aliviado, mas quemfechou apenas parcialmente pre-vendo a quitação para 2015 estásubindo nas paredes com o inevi-tável prejuízo. O Rock in Rio é umexemplo. Alguns artistas estãocontratados desde 2014, mas pelacredibilidade e grandiosidade doevento só receberiam às vésperasda apresentação.

CONSELHOEntreouvido de um experienteexecutivo do mercado e atentoaos acontecimentos... “O mundonão vai se acabar e crises nuncaassustaram. Nós brasileiros nas-cemos, crescemos e morremoscom elas...”

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Quando saíram de Bra-sília rumo a São Paulo,rumo a um circuito deshows, o desejo de tocarera o sentimento que pre-valecia nos integrantes doMaskavo. Quinze anos sepassaram, e a combinaçãode influências e estilossempre foi um ponto mar-

cante na carreira da banda, aliada à eterna admiraçãopelo ritmo criado na Jamaica, o reggae, ponto de refe-rência a toda obra da banda. Marceleza (voz), Prata(guitarra) e Bruno Prieto (baixo) se juntam a MárcioPêxi (bateria), Felipe Passos (teclado), Sid Poffo (tecla-do), Maurício Coringa (guitarra e backing vocal) eHenrique Branka (percurssão) para deixar mais um lega-do na história do grupo. São 18 faixas que retratam toda atrajetória, resgatando músicas de várias fases da dis-cografia, desde quando a banda chamava-se MaskavoRoots nos anos 90.

QUEREMOS MAIS QUINZE ANOS AO VIVOMaskavo

Durante as gravaçõesdo álbum Setevidas (Deck),feitas com todos os ins-trumentos tocados si-multaneamente, foi pro-duzido um documentá-rio, com grande partefilmada pela própria can-tora, dirigido e editadopor Otavio Sousa. O DVDleva o sugestivo nomePela Fresta (Deck) e nofilme estão nove das 10

faixas do álbum, executadas no estúdio Madeira emSão Paulo, onde foi gravado o disco, entre elas Pouco,Serpente e Boca Aberta. As projeções que foram criadaspara o novo show de Pitty são usadas no estúdio du-rante a execução das músicas, criando uma estética di-ferente daquela usualmente usada nesse tipo de regis-tro. O DVD ainda traz entrevistas com a cantora, ban-da e o produtor, Rafael Ramos. Fechando com chave deouro, o clipe inédito de Um Leão, no qual ela aparece deforma nunca vista antes.

PELA FRESTAPitty

Após participar de umprograma de TV, o grupodecide lançar seu primei-ro CD mesclando mú-sicas autorais com re-leituras de clássicos co-mo Beatles e Tim Maia.A banda, que nasceu apartir do encontro de jo-vens músicos que se reu-

niam para tocar jams, foi parar em programa de calou-ros e entrou em turnê pelo país. Formada por GustavoTibi, nos teclados; Will Gordon, no baixo; PaulinhoMoreira, na guitarra; e Pepê Santos, na bateria, os rapa-zes trazem no repertório estilos como soul, R&B e popjazz. As faixas incluem as autorais Insano, Pra Quê Parar

e Natural, e as clássicas Something (Beatles), Rational

Culture (Tim Maia) e Everything I Own (Bread).

INSANOJamz

O novo CD de YamanduCosta presta homena-gem aos músicos que eleadmira bem como tam-bém à própria arte de to-car um instrumento. Aideia de gravar veio apartir de um convite queo músico e compositorgaúcho recebeu do Au-

ditório do Museu do Louvre, em Paris: uma encomen-da de uma peça mostrando um pouco da música popu-lar brasileira. A partir daí Yamandu compôs a suíteImpressões brasileiras que abre o repertório deste traba-lho e foi escrita para a formação de quarteto - violões,acordeom e bandolim. Além da suíte, o álbum traz te-mas habituais nas tocatas informais, com o acréscimode duas inéditas de Yamandu: o choro Boa Viagem eNegra Bailarina. Dos compositores homenageados, omúsico escolheu Graúna, de João Pernambucano, e Pe-

dra do Leme, de Raphael Rabello e Toquinho. O CD fe-cha com a Suíte Retratos, do compositor, músico e ma-estro Radamés Gnattali, que presta homenagem acompositores como Ernesto Nazareth, Pixinguinha,Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga.

TOCATA À AMIZADEYamandu Costa

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M esmo com o dólar em ascensão,cerca de 360 convidados de diver-

sos estados, representando 107 lojas, es-tiveram presentes e foram os responsá-veis pelo aumento, segundo os organi-zadores, de cerca de 15% em relação àsvendas do ano passado. Os números de-monstram que, embora a moeda ameri-cana estivesse batendo a casa dos R$3,29, os lojistas não se amedrontaram emostraram otimismo e crença na recu-peração das vendas no nosso segmentode mercado.Este sentimento de coragem foi muitobem definido durante o diálogo, ou desa-bafo, entre três convidados. “Nós somosa linha de frente, somos os primeiros aperder faturamento; estamos sendo san-grados pelas nossas margens corroídas

[email protected]

Fotos:Divulgação

pela crise, pela concorrência predatória epela política burra (ST) de impostos. So-mos o que mais sofremos com variaçãodo dólar e com “a dor de barriga” dos for-necedores. Mas somos os primeiros asentir como o mercado vai se comportar.Chegou a hora de mostramos com garra,trabalho e competência que o comércio éo principal pilar de toda a atividade.Cabe a nós, lojistas, o papel de reverteresta situação”, comentou.Seguindo a tradição dos anos anteriores,no jantar houve vários sorteios, entre elesuma moto e um carro zero km. Na fila doevento, Afonso Tonelli discursou sobre osexcelentes resultados da feira, agradeceu apresença de todos, o apoio dos patrocina-dores e prometeu uma feira maior no anoque vem, que será a 10ª edição.

SUPERASUPERA

EVENTO EM SANTA CATARINA

EXPECTATIVAS

Nos dias 13 e 14 demarço, ocorreu a

nona edição daExpo Musical Plus,

ou a feira doAfonso, como

chamam algunslojistas. E, como

nos anos anteriores,o evento foi no

Plaza ItapemaResort e SPA no

litoral norte deSanta Catarina.

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Lojas Convidadas

Paraná

Acústica Musical (Lapa) - Angel Som - Aquários Áudio - Áudio Driver Áudio -KEletrônica – Audiofex - Casa Mattos - Casa Sartori - Center Music - Center Som (onLine) - Dalgallo Music Center - DM Music -Drum Shop - Eletrônica Eletronaldo -Eletrônica Servilar - Estrela 10 - Garagem Instrumentos - Groove Instrumentos -Guarani Musical - Guedes Instrumentos - Hamud Shopping - Loja Filadélfia –Lumix - Máster Music - Musica Center - Musical Maestro - Musical Monte Alegre -Safira Som - Som Sete Falantes - Station Music - Tenda Musical – Titanis Inst.Musicais - World Music - Zero DB - TV Universal

Santa Catarina

A Musical - Accord Musical – Angeloni - Arte Maior - Batuka Groove - BohrerSound - Caio Instrumentos - Calliari Musical - Center Som - Dat Som - DigittalInstrumentos - Graves & Agudos – Jovil - Lojas Mohr - Lojas Schumann - LookMusik - Mensageiro Musical - Multi Som (SC) – Musikolor - New Áudio Reference- Ótica Presidente – Radarsom - Regimar Musical - Sonho Meu InstrumentosMusicais - Studio Som - Território da Música - Toke Musical - V Kings - Viola deOuro - Zanco Informática - Foto Marzall

Rio Grande do Sul

Akustica Musical - Contato Musical - Dat Som – Dalgallo - Hot Music – Locomotiva- Mathias Vogt - MVB Music - Mil Sons (POA) – Musisom – Open Stage - Palácioda Musica - Prisma Musical - Roll Over - Severo Roth - Shopping da Musica –Tímpanos - Toda Musica

Demais Estados

Ponto do Musico - Alberto Teclados – Brilha som – Chedas Som - China Som – Eletel- Eletrônica Globo - Eletrônico Halley - Eletrônica Kayano - Eletrônica Paraná - Eletrô-nica Santa Ifigênia - Fama Som – Fujisom - Harmonia Musical - LB Audio - MegaDisconildo - Mega Som – Pleidiscos - Tele Eletrônica - Planeta Rock - RM Comercial(Acre – Bahia – Ceara - Distrito Federal - Espírito Santo – Goiás – Maranhão - MatoGrosso - Mato Grosso do Sul - Minas Gerais - Para - Rio de Janeiro - São Paulo).

Aniversário

No sábado, foi festejado o aniversáriode Esio Guerra, da Tele Eletrônica(Fortaleza),

Patrocinadores

CASIO – NAGANO – TAGIMA – ONEAL – ORION – SANTO ANGELO –

SOUNDIX - DIMUSICA – EDON – FIRE – FSA CAJONS – GOPE – HERING –

RONSANI – SOLEZ – VOXY PRO

Sorteios

Sorteio da moto - ganhador:Musical Monte Alegre

Sorteio do carro - ganhador:Mensageiro Musical – Florianópolis

Sorteio de uma estadia no HardRock Hotel & Cassino Punta Cana

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ual o verdadeiro nome doMacgyver, qual sua formação

acadêmica e como você, além de pro-dutor executivo, se tornou manager?Macgyver Zitto vem das junções do meusobrenome Zitto com a recorrente missãoque me era atribuída de solucionar aquiloque ninguém conseguia resolver. As tare-fas mais difíceis ficavam a meu cargo e atéhoje nenhuma ficou sem resposta…“Missão dada, é missão cumprida”. Aqui étrabalho, meu filho! Minha formação émilitar, venho de Colégio Militar, EPCAR(Escola Preparatória Para Cadetes doAr)- Barbacena/MG, AFA (Academia daForça Aérea)-Pirassununga/SP. Sou gra-

[email protected]

Fotos: Arquivo Pessoal / Divulgação

duado como en-genheiro e tenho patente de capi-tão. Na minha família todos são médi-cos ou advogados. Então, anos depoisme formei em Direito e também me tor-nei mais um advogado na família.Após dar baixa na FAB, passei ao univer-so dos civis realizando uma pós-gradua-ção na Europa (onde eu já vivia há quasecinco anos) e fui contratado por umaempresa de shows da Alemanha, respon-sável pelas tours de Madonna, Guns n’Roses, Metallica, U2 e Michael Jackson

Profissões do

backstage’backstage‘

M A C G Y V E R Z I T T O

M A N A G E R

QEm mais uma entrevista dasérie sobre as profissões do

backstage, tivemos o privilégiode conversar com um dos maisconhecidos produtores do setorde entretenimento, MacGyver

Zitto. Ele vai contar um poucosobre a função de Manager

dentro do mercado deentretenimento e show business.

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(trabalhei com todos, mas com esteúltimo viajei o mundo durante umano e meio na Dangerous Tour).Após voltar ao Brasil e ter traba-lhado com uma gama enorme deartistas nacionais e dirigindo festi-vais, em 2013 resolvi que poderiacontribuir com tudo o que haviaaprendido até então, porém do ou-tro lado da mesa e com o desafio deser empresário artístico (Manager)com o mesmo desempenho que ti-nha como produtor executivo oudiretor técnico.

O que faz um mana-ger, quais as diferenças dessa fun-ção para o empresário, comocostumamos chamar, e quais asatribuições relativas à função demanager de um artista/banda?O Manager “É” o empresário, é o in-divíduo que gerencia e direciona acarreira do artista, encontrando osmelhores acordos, soluções e parce-rias disponíveis no mercado com ointuito de minimizar custos e con-sequentemente maximizar os ren-dimentos com o melhor custo-be-nefício, valendo-se do seu networkcom fornecedores, parceiros co-

merciais em cada uma das pra-ças de shows e sempre de olhono viés legal (jurídico) paraatuar como o fiel da balançanas negociações nas quais es-tejam envolvidos. Digo este-jam, pois o Manager moder-no é sócio do artista e não

deve expô-lo em ex-

cesso e nem pro-mover atos ou ações impen-sadas que possam de qualquer for-ma diminuir o tempo de duraçãoda carreira de seu artista.

Para você, que já entendia tudo deprodução de eventos e shows, comoé estar do “outro lado da força”?

É justamente implementar tudoaquilo que aprendi com os anosde estrada e colocar pra funcio-nar de forma a garantir o confor-to e melhores condições de tra-balho pra quem de verdade rala.Quem trabalha comigo sabe oquanto eu utilizo a política dareciprocidade: antes de estabe-lecer alguma condição àqueleque irá prestar um determinado

serviço ou parceria co-

mercial , eume coloco em seu lugare reflito se eu aceitaria a minhaprópria proposta. Se a minhaconclusão for SIM, farei a pro-posta. Simples assim.

O Manager “É” o empresário, é oindivíduo que gerencia e direciona a carreirado artista, encontrando os melhores acordos,soluções e parcerias

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Descreva um pouco do processo de di-vulgação de um novo produto ou bandano mercado, e qual a importância dasmídias sociais para os novos artistas?O processo evoluiu muito. Antigamen-te, TV, rádio, jornais e revistas eram asúnicas possibilidades de massificar umnovo produto (nome dado pela indús-tria fonográfica). Aliadas a estes veícu-los surgiram cartazes de rua e propagan-da em outdoors, mas esse último modalera e é muito poluidor visual. Cartazesde rua e os outdoors foram banidos dealguns grandes centros e houve a neces-sidade de se partir para o busdoor (pu-blicidade estática em veículos em movi-mento pela cidade) e painéis de LED es-palhados pela cidade com capacidade depromover, em um único local, várias pu-blicidades e de forma dinâmica (ima-gem em movimento). Com o adventoda internet e a possibilidade infinita demaximizar a exposição de seu anúncioem caráter global em questão de segun-dos, a migração era natural. Hoje a prio-ridade é o emprego de esforços nasmídias sociais e empregar recursos nes-tes veículos ao mesmo tempo e aliados àTV, rádio e o mínimo de mídia impressa.A mídia digital invade todos os lugaresvinte e quatro horas por dia e durantesete dias por semana.

Hoje em dia o que é mais importantepara os artistas: venderem discos oufazerem shows?Ambos são importantes, são ações quedevem ser concomitantes e não concor-rentes. Porém não adianta fazer show sesua obra não puder ser encontrada nasprateleiras, ou ainda em lojas virtuaisespecializadas neste ramo de negócio.

Falando de Mercado, como está a atu-al situação do mercado de entreteni-mento com os revezes econômicos ecomo isso irá refletir nos shows inter-nacionais já agendados ?O impacto negativo nas relações demercado são influenciadas diretamentepela saúde econômica pela qual atraves-sa uma localidade, um estado e umpaís… especialmente um com dimen-sões continentais como o nosso Brasil.Imagine ir fazer um show numa locali-dade onde tenha ocorrido uma calami-dade pública (um deslizamento de ter-ras)... Ninguém irá comparecer ao show,pois não há clima nem ambiente parauma celebração. Imagine um Estado quesofra com enchentes constantes; ir fazerum show lá seria um contra senso pelosmesmos motivos elencados anterior-mente. Imagina ir fazer um show em umpaís que esteja atravessando um proces-

Com o advento dainternet e a

possibilidadeinfinita de

maximizar aexposição de seu

anúncio em caráterglobal em questão

de segundos, amigração era

natural. Hoje aprioridade é o

emprego de esforçosnas mídias sociais e

empregar recursosnestes veículos ao

mesmo tempo ealiados à TV, rádio

e o mínimo demídia impressa

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so de insatisfação social em escala na-cional contra o governo nacional. Apossibilidade de insucesso é maior doque a de êxito, portanto estas situa-ções adversas devem ser evitadas.Com relação especificamente à situa-ção econômica (poderia me alongar pordias falando, mas tentarei ser sucinto),imagine o seguinte quadro: você con-trata determinado artista internacio-nal para fazer um show num lugar ca-paz de comportar 2 mil pessoas. Vocêfaz os estudos de viabilidade financei-ra e conclui que receita versus despesalhe deixará um resultado “X”. Imagineainda que sua receita não pode mudar,pois vendendo ingressos e alocandorecursos de patrocínio sua arrecadaçãomáxima é aquela e ponto final.Você utiliza os recursos de patrocíniopara custear as despesas locais de som,luz, vídeo, locação do espaço, gerado-res, staff, licenças e autorizações,catering e etc… (há muitos outrositens) e com os recursos oriundos dabilheteria (venda de ingressos), vocêvai amortizando os pagamentos com o

artista internacional… se a economiavai mal, o cambio é o primeiro indi-cativo, e ao elevar (diminuição do va-lor do real frente à moeda estrangeira)acaba por reduzir seu poder de liquida-ção das obrigações pecuniárias.Por exemplo, em 01 de janeiro de2015, todos os 2 mil ingressos foramcolocados à venda e a moeda norteamericana valia R$2,00 (U$1,00),mas estes ingressos não foram todosvendidos e só venderam em sua to-

talidade em 01 de fevereiro de 2015,quando o câmbio era R$3,00 (U$1,00).Isso quer dizer que você precisaria demais mil lugares para comprar a mes-ma quantidade de moeda para saldar asua dívida. A solução é o promotorvender em lotes e os lotes de ingressosadquiridos próximo da realização doshow serem mais caros, já que nesteexemplo não há como elevar a capaci-dade do local do evento.

Como manager, faz parte das suasfunções montar as equipes técnicaspara os produtores com os quaisvocê trabalha. Qual seria o perfil daequipe ideal?Sim, esta é mais uma das atribuiçõesque competem a esta função. Um dospredicados, além da competência,expertise, sociabilidade, é a capacida-de de superar as adversidades sem terataques de perereca e nem estrelismo.Todos são pessoas iguais e com as suasresponsabilidades, mas saber trabalharem equipe é a maior virtude. Ondecada um faz o seu trabalho sem pisar no

de ninguém e, uma vez concluída suatarefa, buscar a informação do quepode fazer ou contribuir para ajudar ocolega de trabalho, pois num futuropode ser você quem precise de auxilio.

Uma equipe técnica experiente e afi-nada faz grande diferença na estradapara um artista que está começando?Sem sombra de dúvidas. Quanto maisbaile, melhor será a dança. Expertise etalento para desempenhar uma ativi-

Todos são pessoasiguais e com as suas responsabilidades,mas saber trabalhar em equipeé a maior virtude.

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dade recorrente em elevado grau depressão emocional e em situações ad-versas são de fato predicados maisque bem-vindos, mas no início de

carreira os recursos são angustos eprofissionais desse calibre valem maisdo que a verba que está disponível noinício de carreira na maioria da vezes.

Salvas as exceções de artistas quenascem em berço de ouro ou dispõemde um fundo investidor; fatos essesque são mais raros.

O que ainda falta a você para que setorne um profissional ainda melhor ?Certamente aprender ainda mais.Apesar de transitar neste meio há maisde 3 décadas, sou novo neste lado damesa (como você mesmo postulou aci-

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www.facebook.com/Macgyver.Zitto

Para saber online

Este espaço é de responsabilida-de da Comunidade Gigplace. En-vie críticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visiteo site: http://gigplace.com.br.

ma) e tenho corrido atrás para absorvertudo o que meus generosos amigos têma disposição de me ensinar. Costumodizer que eu sou um Zé Ruélas, masmeus amigos são os bam bam bans dopedaço. Venho de uma escola compessoas com muita dignidade e queestão no mercado há muito tempo,tento me espelhar nestas estrelasdo cenário do show business: ZéFortes, Ricardo Chantilly, SimonFuller, Christiane (Titi) Mascarenhas,Helber Oliveira e Fernando Furtado,entre outros, e em figuras icônicas naminha trajetória e que tenho como oMestre dos Mestres Dody Sirena eCicão Chies, com quem tenho a honrade trabalhar há mais de duas décadas.

Quais os seus planos para o futuro,onde pretende estar daqui a 10anos, tanto no plano profissional

quanto pessoal?A ideia é expandir esse modelo de ne-gócios e neste mesmo formato comum número ainda maior de artistas.Dentro de uma década, a expectativaé de que meus negócios já tenham ini-ciado o processo de transição e suces-são aos meus filhos e que eu estejadesacelerando o ritmo de trabalho.

Para finalizar, quais as dicas quevocê daria para aqueles que se inte-ressam em se tornar um Manager?A evolução no meio é constante e oaprendizado deve ser igual. Neste ramo,o dinamismo e a proatividade devemandar de mãos dadas e nunca devemosconcluir que já sabemos tudo do merca-do, pois ao imaginar que conhecemostodas as respostas, vem a vida e mudatodas as perguntas. Olhos abertos e liga-dos no seu entorno, pois a sorte grandepode bater à sua porta, enquanto vocêestá buscando um possível trevo de qua-tro folhas no quintal.

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PERFEITAMENTE

ACÚSTICO

ntretanto, um dos grandes problemasda maioria dos interessados em mon-

tar um estúdio musical é não saber a dife-rença básica entre ‘tratamento’ e ‘isola-mento’ acústicos. Por conta disso, há oerro frequente na compra de produtos porconta própria que, na grande maioria dasvezes, não ajudam em quase nada naconcretização do objetivo: controlar o tal‘ruído’. (Verificar boxes da matéria).

De acordo com o produtor musical econsultor de acústica Tom Saboia, existeum grande equívoco quando as pessoasacham que a tecnologia pode suprir osaspectos naturais de um ambiente tra-balhado acusticamente.“Quando alguém pensa em estúdio pro-fissional, um dos primeiros aspectos a secogitar é o projeto acústico. Ambos an-dam juntos, não existe um sem o outro.

E

ISOLAR OU TRATAR O SEU ESTÚDIO?

ACÚSTICOLuiz de Urjaiss

[email protected]

Fotos: Duda Fernandez / Divulgação

O efeito incômodo enocivo que o ruído

exerce sobre o serhumano já éamplamente

estudado econhecido. Além da

perda de audição,uma série de outras

doenças, tais como oaumento de pressão

arterial e acontração dos vasos

sanguíneos podemser advindas da

exposição contínua eprolongada a altos

níveis sonoros. Parareduzir os efeitos

causados pelo ruído,muitas técnicas e

produtos sãoutilizados na

adequação deambientes eedificações,conforme as

exigências dequalidade e conforto

acústico requeridospelas pessoas.

Projeto acústico do arquitetoFábio Marins utiliza materiais

reciclados, dando sensação deconforto e casualidade

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O que ocorre é que, normalmente,os profissionais acreditam podereconomizar em acústica, microfo-nes, monitores e equipamentos emgeral, através da utilização de plug-ins disso e daquilo. No final, seconsegue apenas uma simulaçãodo que poderia ser uma produçãode verdade”, explica.Segundo Saboia, o projeto acústicodeve estar casado com a atividade aser realizada no espaço, uma vez queesta ditará o tipo de estrutura físicanecessária para sua atuação. Ele dizque a acústica de uma técnica, porexemplo, se diferenciará de umasala de gravação e, desta forma, oestúdio de um produtor de músicaeletrônica não precisa ter os mes-mos padrões acústicos encontradosem um estúdio que se propõe a cap-tar cordas, orquestras e etc.“O projeto acústico não é uma coi-sa absoluta. Ele deve estar adapta-do e otimizado às atividades queserão executadas no estúdio. Oprodutor experiente tem para siaquilo que mais necessita na reali-zação de seu trabalho e conta com

outros estúdios para processos me-nos frequentes, mas de forma pre-cisa. Exemplificando, eu tenho emminha residência uma sala de pro-dução acusticamente otimizadapara edições, arranjos, programa-ção e mixagem. Nela, gravo vozesou instrumentos acústicos com-plementares com apenas um mi-crofone. Todavia, sempre conteicom outros espaços para captar ba-

teria, piano e guitarras amplifica-das. A acústica de minha sala deprodução é ideal para obter o resul-tado que considero favorável, maso processo final contará, também,com a boa acústica e estrutura téc-nica dos outros espaços. Para isso,não existe receita de bolo. O pro-fissional precisa de formaçãotécnica, preparo e experiência,para discernimento. Estudar, co-

Tom Saboia, ao centro, entre os músicos d’O Rappa

Celso Junto

Fábio Marins

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nhecer estúdios e, se possível, trabalharem muitos, entendendo seu funciona-mento e necessidades”, completa o pro-dutor que, em 2014, foi indicado aoGrammy Latino com o disco Nunca Tem

Fim, de O Rappa, na categoria MelhorÁlbum de Rock Brasileiro.Na opinião do engenheiro de áudio eacústica Celso Junto, diretor do DrumAkustic, hoje em dia a tecnologia está detal forma alinhada que não há equipa-mento ruim. Todos possuem standard

mínimo de qualidade, com divergênciasóbvias entre o som gravado com um

equipamento entry level e um sistematop, mas sem interferência direta no re-sultado musical final. “Na captação háfatores que independem do estúdio,como a qualidade do instrumento usadoe a habilidade do músico em ‘tirar’ osom, mas o que é comum a todas as gra-vações e repercutem no processo inteiroé onde esse som será gerado e como eleserá reproduzido. A sala de gravação en-tra como coadjuvante da sonoridade epode tanto abrilhantá-la como preju-dicá-la. Para dramatizar, imagine umNoturno de Chopin com aquelas notas

Projeto acústico faz a diferença no resultado musical final

Paineis acústicos: porta, janelas e paredes duplas Salas grandes dão frequência de corte sonoro baixa

Na captação háfatores que

independem doestúdio, como a

qualidade doinstrumento usadoe a habilidade do

músico em ‘tirar’ osom, mas o que é

comum a todas asgravações e

repercutem noprocesso inteiro é

onde esse som serágerado e como eleserá reproduzido.

(Celso Junto)

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longuíssimas sendo tocado numquarto forrado de Sonex ou umabateria sendo tocada num banhei-ro!”, enumera.Para Junto, quando se trata de deci-sões estéticas musicais, ouvindoatravés de caixas acústicas que nãosejam fiéis, o assunto é outro e, cla-ro, a monitoração tem um papelmais crítico ainda, para a avaliaçãoda qualidade da gravação. “O mo-nitor nunca é responsável sozinhopela reprodução do áudio. Ele sem-pre estará acoplado ao ambienteonde está instalado”, fala. Segundoele, há uma propensão em se acharque com equalização dá para ‘con-sertar’ o som em uma técnica comacústica deficiente. Existem moni-tores de áudio que proclamam seadaptarem à sala usando uma equa-lização interna, o que é uma hipóte-se controversa. “Quando na audi-ção observamos picos de frequên-cias que são provocados por resso-

nâncias da sala, é até compreensíveltentar uma equalização corretivacortando o excesso”, argumenta.Mas imaginemos a seguinte situa-ção: uma técnica onde, no ponto demixagem, haja um cancelamento de

fase em 180 Hz. Nesta, a onda quesai do monitor e a que é refletida -provavelmente pela parede do fun-do - ao se encontrarem com a faseinteiramente invertida, se anularãoe o resultado será de 0 dB, ou seja,

silêncio. Assim, acrescentar maisvolume aos 180 Hz que saem domonitor não fará ele aparecer pois,independente de quanto se amplifi-que, estará sempre anulado pela faseinvertida da onda refletida. Já emoutros pontos da sala onde não este-ja ocorrendo o cancelamento, a res-sonância pode soar perturbadora.

DESAFIOS

Tom Saboia aponta dois agravantesfrequentes na realização de um pro-jeto acústico de excelência: as limi-tações físicas e financeiras do inte-ressado. “Muitas vezes o clienteestá disposto a investir a quantiaque for, mas limita o espaço físicodisponível ao projeto. Isso mostra ograu de seriedade e como ele prio-riza o assunto em sua vida. É maisfácil encontrar uma solução junto

àquele que não tenha tanto dinhei-ro, ou mesmo espaço físico, mas queesteja disposto à soluções viáveis eotimizadas à situação apresentada”.Para o engenheiro de som e arqui-teto especializado em estúdios mu-

Existem monitores de áudio que

proclamam se adaptarem à sala usando

uma equalização interna, o que é uma

hipótese controversa. (Celso)

Sala do estúdio DSN projetada por Fábio: flexibilidade de espaço

Conforto e casualidade: itens essenciais

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Isolamento e tratamento acústico

Isolamento Acústico – Fazer com que oruído interno não vá para o exterior. Nestecaso, é preciso construir barreiras que im-peçam a onda sonora de se propagar dedentro para fora. Na maior parte das ve-zes, se faz necessário construir uma saladentro da própria sala, com um vão de arentre as paredes.

Tratamento Acústico – É “tratar” o som am-biente, ou seja, a reverberação ou o eco. Numestúdio musical, deve reduzir a reflexão e oeco das ondas sonoras dentro do ambiente.Ao contrário do isolamento, os materiais paraeste feito têm boa capacidade de absorçãode sons, são leves e porosos, como papelreciclado, espuma, tecido, carpete etc.

Ambientes

Cada recinto designado para cada tipo de situação possui uma característica sonora

diferente, e cada ambiente com as mesmas funções possui uma resposta acústica única.

A resposta do espectro de frequência em um determinado ambiente, assim como o tempo dereverberação em cada faixa desse espectro e, as propriedades na qual o som assume,dependem da relação da dimensão, forma geométrica do local e a maneira com que osmateriais encontrados nesse ambiente estão dispostos, e como interagem com o som em seusdiversos níveis de pressão. Tempo de reverberação em cada banda de frequência, distribui-ção e equilíbrio delas no ambiente – são alguns dos fatores que podem gerar uma respostasonora diferente de um estúdio para uma técnica, por exemplo – assim como deve ser distintade uma sala de concerto ou de um teatro.

sicais Fábio Marins, o que se vê muitopor aí não são salas com tratamentoacústico, personalidade e bom acondi-cionamento das frequências, mas espa-ços com paredes entupidas de lã e tecidoque, segundo ele, ao invés de resolve-rem a questão, acabam por abafar osproblemas. “Como engenheiro de somjá trabalhei em muitos estúdios feitosdessa forma e eles comprometem e mui-to a referência dos técnicos, produtores

e músicos, levando-os a tomar decisõeserradas, principalmente nas mixagens.Um ambiente acusticamente afinado éfundamental para a boa distribuição so-nora nesse espaço e interferirá radical-mente, seja na captação de um instru-mento ou mesmo de uma boa moni-toração”, ressalta.Semelhante a alguns pontos feitos porSaboia, Marins também enumera aspec-tos desafiadores na condução de um

Projeto acústico é essencial para o controle do tempo de reverberação, distribuição e equilíbrio das frequências

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projeto acústico: fazer o clienteperceber a importância de um pla-no completo, flexibilidade de es-paço, uso de materiais de qualida-de, conhecer o modus operandi deum estúdio e, claro, trabalhar comprofissionais comprometidos comas especificidades do intento sãoalguns deles. “A flexibilidade deespaço, no sentido de amplitude elivre de dimensões ‘travadas’, co-mo paredes estruturais, lajes, pila-res, vigas etc., contribui para umbom layout, que favorece o trata-mento acústico já no formato idealde sala. Aquele famoso ‘construirdo zero’, nem sempre é possível e,na maioria das vezes, trabalho emcondições de espaços já estabeleci-dos – o que implica em grandes de-safios que exigem cuidados extrasno tratamento, muita criatividadee cálculos a mais”, pondera.É nessa hora que o know-how de játer trabalhado como engenheirode som fornece aquele ‘algo mais’fundamental para garantir a quali-dade do resultado final. Quanto aoconvencimento da importância deum projeto bem detalhado e quedeve ser seguido à risca, um fatorque esbarra na conclusão do mes-mo, por incrível que pareça, é quan-do, durante a execução da obra, ocliente vem com ‘soluções criati-vas’ para improvisar em cima doque já foi acordado, abrindo grandemargem de erro. “Muita coisa temsido feita de forma empírica, semplanejamento e na base dos tais ‘to-ques’ de colegas de profissão. Nãodesmerecendo as dicas, pois existempessoas muito experientes quandose trata de estúdio, mas na maioriadas vezes essas informações não es-tão contextualizadas no âmbito to-tal”, observa Marins.

PROJETOS

Dentre os projetos de Fábio Marins,o arquiteto destaca a experiênciacom o estúdio musical DSN, em

São Paulo, que caminhava para oempirismo total, mas que, segundoele, tornou-se referência, tanto noaspecto técnico, como arquite-tônico de seu trabalho. “O propri-etário não tinha um plano acústicoe contava apenas com as tais ‘dicas’dos colegas. Dessa forma, ergueu

um galpão grande, nos limites doterreno e com o pé direito bemalto. Após este trabalho, veio meprocurar, pois as interrogações nãoparavam de ocorrer em sua cabeça.Sugeri que interrompesse todo oprocesso, paralisasse a obra, e fizes-se um projeto de verdade, comple-to e bem detalhado, e ele seguiu àrisca”, explica.“Utilizei materiais naturais e dereaproveitamento, traços intrín-secos aos meus projetos. Sempre

opto pelos naturais, pois, além detirar partido das qualidades acústi-cas e personalidade desses materi-ais, acredito que o maior benefíciopara essa escolha está no acolhi-mento que os mesmos proporcio-nam, como conforto e casualidadeaos locais”, completa Fábio.

O estúdio DSN demorou cerca deum ano e meio para ser concluído ea paciência e determinação do cli-ente, seguindo rigorosamente oprojeto, foram fundamentais paragarantir a qualidade final. “Nãohouve um enfoque de prioridades.Todos os espaços foram criterio-samente estudados, desde as salasde gravação, até a recepção”, re-vela o arquiteto.Outro projeto citado por Fábio foiuma reforma em salas de música do

Sugeri que interrompesse todo o

processo, paralisasse a obra, e fizesse um

projeto de verdade, completo e bem detalhado,

e ele seguiu à risca. (Fábio)

Técnica do estúdio DSN: projeto levou cerca de um ano e meio para ser concluído

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Colégio Santo Américo, em São Paulo.Marins conta que a escola já possuía es-paços destinados para a educação musi-cal, mas sua construção fora feita de for-ma empírica, com “toques” dos profes-sores de música. “As salas eram mofadase insalubres, com som abafado e semisolamento adequado. A bateria, porexemplo, se escutava do terceiro andardo prédio e, para piorar, o ambulatóriodo colégio ficava no andar abaixo dassalas de música”, conta. “Diante disso,refiz todo o espaço, com isolamentoacústico adequado, pisos e forros flutu-antes, paredes duplas, portas e janelasacústicas e painéis acústicos afinados.Ou seja, mais trabalhoso que pegandodo início”, ressalta.Sob uma bagagem de mais de 100 proje-tos executados, Celso Junto destaca emlinhas gerais a diferença entre prepararum projeto acústico para um estúdio degrande porte e um pequeno. “Um estú-dio de grande porte, em geral, tem umobjetivo comercial e como atividadeprincipal, a locação. Há que se conside-rar, então, a circulação de pessoas, espa-ço para clientes e agregados, segurança esonoridade a uma ampla gama de esti-los. Os de pequeno porte, normalmen-te, são estúdios de produção e atendema um cliente principal - o dono. Nesse

caso, o projeto reflete seu gosto pessoal epersonalidade”, destaca.Todavia, engana-se quem pensa quequanto menor for o local, mas fácil seráo trabalho do profissional de acústicapara obter um resultado satisfatório.Junto complementa que empecilhoscomo as “frequências de corte” da sala,tão presentes em espaços onde o somnão tem para onde esvair, comprome-tem a audição e resposta da sala. “Quãomenor for o lugar, mais difícil ter umsom flat. As ressonâncias de uma salaampla conferem uma frequência de cor-te baixa que não interferem tanto no re-sultado. Quando o espaço diminui devolume, a frequência de corte sobe e pas-sa a comprometer a resposta da sala. Porexemplo, num espaço de 3 x 3 x 3 m asressonâncias de 114 Hz a 180 Hz serãomuito evidentes”, alerta.Com mais de vinte anos de carreira, TomSaboia já realizou, inclusive, projetos deisolamento hidráulico em casas de altopadrão, e salienta o processo de constru-ção da Escola de Música Belas Artes, emJoinville-SC, como um de seus principaisprojetos de acústica. “Participei de todo oprocesso de construção da sua sede comoconsultor. Um prédio de cinco andares,com muitas salas de aula, auditório e es-túdio de gravação”, enumera.

Ambiente trabalhado acusticamente dispensa uso de plug-ins e toda sorte de hardwares

Quão menor for olugar, mais difícil

ter um som flat. Asressonâncias de

uma sala amplaconferem uma

frequência de cortebaixa que não

interferem tanto noresultado. Quando

o espaço diminui devolume, a

frequência de cortesobe e passa a

comprometer aresposta da sala

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DA á muito tempo que os caminhos deSá, Guarabyra, Sérgio Magrão, Ver-

melho, Hely Rodrigues e dos irmãosFlávio e Cláudio Venturini se cruzam noshowbizz musical. No início dos anos1970, Magrão tocava nos jingles produ-zidos por Rogério Duprat no estúdio eprodutora Vice-Versa, que o maestro ti-nha em sociedade com o engenheiroLuiz Botelho e a dupla Sá & Guarabyra.Antes disso, Flávio Venturini já haviatocado com Vermelho nas melhores ro-das musicais de BH. Por sua vez, Verme-lho conheceu o baterista Hely no grupoBendegó, banda de sucesso no início dosanos 1970 que chegou também a acom-panhar Caetano Veloso em shows.Mais para meados da década, após toca-rem juntos na banda da dupla Sá &

Miguel Sá

[email protected]

Fotos: Divulgação

H

ENCONTRO DA Com uma longa

história deafinidades, 14 Bis,Flávio Venturini eSá & Guarabyra

juntam sucessos emquatro shows.

Guarabyra, Magrão e Flávio entraramno grupo de rock progressivo O Terço, sejuntando ao baterista Luis Moreno e aoguitarrista Sérgio Hinds. O 14 Bis surgequando Flávio e Magrão saem do Terço ese juntam a Hely e Vermelho. Flávio trazpara o novo grupo o irmão mais novoCláudio Venturini, com quem já haviagravado A Página do Relâmpago Elétrico,de Beto Guedes. Anos depois, em fins dadécada de 1980, Flávio Venturini come-ça uma bem-sucedida carreiro solo.Enquanto isso, Sá & Guarabyra seguiamcompondo e tocando seus hits em showspelo Brasil. Desde então, nessa misturade Clube da Esquina, Tropicália e Rock

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MÚSICA MARCADOMÚSICA

Rural surgiram alguns clássicos damúsica brasileira. Tanto nas parce-rias entre os membros dos grupos –em Caçador de Mim, Espanhola eCriaturas da Noite – como nas res-pectivas bandas e trabalhos solo,com Linda Juventude, Nascente eSobradinho, entre outras.

OVO DE COLOMBOTalvez por conta da proximidadeartística e pessoal, eles nunca tive-ram a ideia de se juntar, efetivamen-te, em um show. Mas em 2009, a su-gestão dos empresários Gegê Lara eCarlos Alberto Xaulim para a reu-

nião foi pronta-mente aceita. Oshow aconteceuno Chevrolet Hall,em Belo Horizonte,já com o nome deEncontro Marcado.Ele aconteceu pou-co antes da mortede Zé Rodrix, quan-do o trio Sá, Rodrix& Guarabyra haviase reunido. Verme-lho, tecladista do 14Bis, conta que o nomedo show é inspirado nolivro homônimo de Fer-nando Sabino. “Ele nar-rava encontros e desen-contros numa época pré-Beatles e pré-64 aqui noBrasil. Então tem tudo a

ver conoscoque, de certaforma, viven-ciamos muitodestas coisas eoutras que se se-guiram, e partici-pamos ativamen-te delas”, conta.Seis anos depois,ressurge a oportu-nidade de tocaremjuntos. “O fato é quefomos trocando ideiasentre produção e nósmúsicos e, aos pou-

cos, vimos que um trabalho musi-cal reunindo estes três artistas jun-tos era algo inédito, e seria muitobem recebido pelo público, caren-te de boa música e bons espetácu-los. Cada artista tem suas marcasde estilo, imagem, repertório etc.Mas Sá & Guarabyra, 14 Bis e Flá-vio Venturini têm temáticas mui-to próximas, um histórico de te-rem tocados juntos várias vezes euma amizade que torna esse Encon-

tro muito especial”, comemora otecladista do 14 Bis.

MISTURA E MANDAUma união deste porte não acon-tece sem algumas dificuldades. Sãotrês bandas com equipes de produ-ção, logística, repertórios e profis-sionais da área técnica próprios.Além disso, há mudanças em rela-ção ao Encontro... de 2009. Desta

vez não se trata de uma bandaapós a outra em shows separa-dos, no qual apenas sucessos

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em comum são toca-dos com todos jun-tos no palco no fimdo espetáculo. “Re-solvemos encararnossas igualdades ediferenças e juntar-mos todos no palcocom intervençõesde uns nas músicasalheias. Agora sim,é um encontro detodos e não showsindependentes quese encontram emduas ou três músi-cas”, desafia Sá.Inicialmente sãoapenas quatroshows no Esta-do de Minas Ge-rais. Mas foi pre-

ciso muita negociação. Sá compara o pro-cesso de montagem do show com a mon-tagem de um governo. “Há membros daequipe - roadies e produtores, porexemplo - que são considerados ‘cotapessoal’ e tem que viajar com os artistas.Já a parte técnica, tem que ser resumida.O iluminador, por exemplo, é fora daequipe dos três e tem que refazer todo orider”, detalha.O repertório do show também passa poruma reforma completa, como explicaVermelho. “Além dos muitos sucessos do14 Bis, tocaremos músicas mais instru-mentais, progressivas etc. Por outro lado,como o Flávio Venturini é um dos funda-

dores e integrou a banda do início até1987, além de ser co-autor de inúmerossucessos do 14 Bis, já existe um repertóriocomum. Sá & Guarabyra também são par-ceiros em sucessos marcantes como Espa-

nhola (Flávio Venturini/Guarabyra) ouCaçador de Mim (Sergio Magrão/Sá) e Cri-

aturas da Noite (Flávio Venturini/Sá)”.Sá endossa a importância destas músi-cas em comum no repertório e ressaltaas mudanças musicais necessárias emum show feito com três atrações musi-cais diferentes tocando juntas. “Os ar-ranjos são outros, porque precisamatender aos tons diferentes dos canto-res. Temos também aquelas músicas que,mesmo sendo ‘patrimônio’ de uns, sãocantadas por outros. Mas aí já entramosno rol das surpresas que estamos guar-dando pro show”, diz, fazendo suspense.

EQUIPAMENTOSVermelho e Sá apontam que o setup deequipamentos não muda com os showsjuntos. “Bateria, violões, guitarra e bai-xo são a variedade básica de sempre. Eufarei o mesmo, usando o PX-5s Casio eQS-5 Alesis como masters e diversosmódulos, como Kurzweil, Vintage Key eKorg M1R – tudo via midi-patchbay.

Resolvemos encararnossas igualdades e

diferenças e juntarmostodos no palco com

intervenções de uns nasmúsicas alheias. (Sá)

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Para monitorar o som, usamos fones de ouvido e caixas desom individuais, além dos amplificadores de cada um.Quanto aos teclados, acredito que o Flávio (Venturini) vaiusar o mesmo de seus shows: um teclado-master (KorgKronos) ligado a vários módulos”, especifica Vermelho.Já Sá também vai fazer o show com o mesmo set dos da du-pla, com violões Takamine e Gibson de seis cordas de aço eum Takamine de 12 cordas. Todos ligados em amplificado-res Roland AC60. Guarabyra usa violões Takamine comcordas de náilon e aço, Eagle e Fender, também ligados emamplificador Roland.

TOCAR COM PRAZERNo final, o que importa para os músicos é a amizade que osune e o prazer de tocarem juntos. “Será um espetáculo muitobom, principalmente por se tratar de artistas que são real-mente músicos respeitados e com estilos que têm muito emcomum. Este é um espetáculo onde a música e a poesia seencontram de maneira harmoniosa. Um congraçamentoentre público e artistas que fazem o que todo bom músicofaz: aprender sempre uns com os outros através do simples-mente tocar e cantar juntos e em harmonia, no ritmo que éa cadência da música e da vida”, declara Vermelho.Sá concorda e acrescenta. “Esta experiência de tocarmos

No final, o que importapara os músicos é a amizadeque os une e o prazer detocarem juntos“todos juntos é ótima, por várias razões: proporcionaa oportunidade de novas parcerias; tira-nos daquela‘zona de conforto musical’, porque temos que satisfa-zer as exigências uns dos outros; por consequênciaabre uma outra porta para a criatividade; e finalmen-te faz com que renovemos amizades que estavamadormecidas pela distância, provocada por nossasrespectivas agendas. Tem coisa melhor que sair por aítocando e viajando com os amigos?”, indaga.A estreia vai acontecer em Belo Horizonte, no Paláciodas Artes, dias sete e oito de março. Os outros shows jámarcados acontecem em Juiz de Fora (14 de março),Uberaba (20 de março), Patos de Minas (21 de março)e Divinópolis (9 de maio).Enquanto isso, o imenso fã-clube dos três agradece etorce para que os quatro shows em Minas se multipli-quem pelo país.

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omo mencionei no artigo de lança-mento, o Cubase PRO 8 trouxe muitas

ferramentas, tanto para criação quantopara produção musical e finalização. Hojevamos falar dos VCAs. Implementação de

C grande utilidade em mixagem.Alguns dinossauros como eu vieram daprodução analógica. Era comum em me-sas a presença dos VCAs que faziam opapel de comandos de grupos de faders

Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

CUBASE PRO 8MIXAGEM NO

CUBASE PRO 8USO DOS VCAs

Olá, amigos.Atendendo a

pedidos, vou iniciara série de artigos

sobre funçõesespecíficas do novo

Cubase PRO 8para que possamos

explorar, emdetalhes, recursos

muito interessantese úteis ao nosso dia

a dia deprodução musical.

Figura 01 - Sessão de trabalho, Canais de guitarra

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dos canais. É exatamente esta a função dos VCAs noCubase e vamos entrar em detalhes, conhecer a opera-ção e o leque de recursos de mixagem que se abre.Os VCAs são a representação visual em forma de faderdos links entre canais e suas funções. Já tivemos um denossos tutoriais dedicado aos links com a imple-mentação mais completa a partir do Cubase 7. Os VCAspodem ser criados de duas formas: dentro do mixer, ou apartir da janela principal de projeto, criando uma novapista. Neste artigo, vamos mostrar passo a passo a imple-mentação e o uso dos VCAs no mixer e janela de proje-to. No artigo da próxima edição veremos as funções dosVCAs relacionadas a automações.A figura 01 mostra parte de uma sessão de projeto degravação como exemplo, mostrando os canais das gui-tarras, sendo Guitar 1 e 2 base e Guitar 5 e 5 mic o solo.Vamos implementar os VCAs para termos a liberdadede equilibrar as guitarras na mixagem com indepen-dência e praticidade. Utilizaremos a criação dos VCAsno mixer como primeira técnica.

A figura 02 mostrao mixer aberto comos canais de guitar-ra base sendo cadaum deles um takediferente da mesmabase executada emamplificadores dife-rentes. Seleciona-mos os 2 canais e en-tão clicamos no bo-tão “link” na partesuperior do mixer.Abre-se o painel deopções de link mos-trado no centro dafigura 02, que é nos-so velho conheci-do, porém com duas

diferenças: a caixa de opção “Use VCA fader” e o cam-po para o nome do link.Como mostra a mesma figura 02, marquei a caixa “UseVCA Fader” e chamei o link de “G BASE”. Reparem quenas opções de link entre os canais, eu não marquei as cai-xas de “volume”, “inserts”, “mute solo listen” e vou dizerporquê mais à frente. Confirmo minhas opções no botão“ok” e em seguida podemos ver na figura 03 o VCAFader criado logo à direita dos canais selecionados, como knob em cor verde. No campo superior dos canais deguitarra base vemos o nome do link, que é o mesmonome sobre o canal VCA “G BASE”. Experimente agoramover o fader do VCA e repare que os faders dos 2 ca-

nais de guitarra movem-se também mantendo a rela-ção entre eles, ou seja, o fader do VCA comanda osfaders dos canais como sendo um fader mestre do link.Com isso podemos ajustar o volume dos 2 canais deguitarra base simultaneamente utilizando o VCAfader. Verifique agora que se movermos o fader de umdos canais (Guitar 1 BASE, por exemplo), ele irá semover independentemente do fader do canal Guitar 2BASE e do fader do VCA, permitindo um ajuste decada canal dentro do link. Foi por este motivo que nãomarquei a caixa “Volume” lá no início na figura 02, pois

movendo o VCA ajusta-mos o volume do link econtinuamos com inde-pendência nos faders decada canal.Bom, já que conseguimoscriar um VCA simples,agora já podemos ampliaresta técnica para criar-mos links entre VCAs etornar as possibilidadesde manipular a mixagemainda mais completas. Nocaso da nossa sessão de

Figura 02 - Criando o link entre canais com a

opção VCA marcada e o nome do link

Figura 03 - Fader VCA criado

Fig. 04 - Criando o VCA para os canais de guitarra solo (Guitar 5 e Guitar 5 mic)

Fig. 05 - VCA fader para canais de guita solo

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trabalho: vamos dizer que queremos agoraum VCA para controlar os canais de gui-tarra solo e posteriormente um VCA ge-ral para controlar simultaneamente am-bos os VCAs (guitarra base e guitarrasolo). Vamos implementar isto então.A figura 04 mostra o mesmo processopara criar o VCA para os 2 canais deguitarra solo linkando canais 4 e 5(Guitar 5 e Guitar 5 mic). Repassando:selecionamos os 2 canais, clicamos nobotão “link” no painel superior domixer, marcamos a caixa “Use VCAFader”, damos um nome ao VCA e mar-camos as opções de link desejadas nascaixas do menu. Clicamos em “ok” e en-tão criamos o VCA com o knob verde“linkando” os canais de guitarra soloselecionados, como mostra a figura 05.Passo seguinte: como mostra a figura06, selecionamos somente os dois VCA

faders: VCA G BASE e VCA G SOLO(canais 3 e 6), clicamos no botão link naparte superior do mixer, checamos a cai-xa “Use VCA Fader” e atribuímos onome Guitar B+S. À direita do fader

Fig.6 - linkando os VCAs de guitarra Base e Solo em novo VCA

Figura 07 - Fader VCA Guitar B +S que controla osfaders VCA Base e VCA Solo

Figura 08 - Linkando canais com o uso do menu auxiliar(botäo direito do mouse) do mixer

Figura 09 - VCA fader criado com menu auxiliar

Ao movermos ofader do VCAGuitar B+S,

todos os faders semovem mantendo

suas posiçõesrelativas, pois o

Fader VCAGuitar B+S está

linkado aosfaders VCA

Guitar B e VCAGuitar S que,

por sua vez,estão linkadosaos canais de

áudio deguitarra

respectivos.

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Figura 10 - Todos os VCAs faders criados no mixer

Figura 11 - Drop que dá acesso aomenu do fader VCA

VCA G SOLO (canal 6)é criado o fader VCAGuitar B+S (canal 7)como é mostrado na figura07. Ao movermos o faderdo VCA Guitar B+S, to-dos os faders se movemmantendo suas posiçõesrelativas, pois o FaderVCA Guitar B+S estálinkado aos faders VCAGuitar B e VCA Guitar Sque, por sua vez, estão

linkados aos canais de áudio de guitarra respectivos.Mais uma vez observem que pelo fato de não termos as-sinalado a caixa da opção “volume” ao estabelecer olink entre canais na figura 06, temos a liberdade deajustar todos os faders de VCA independentes e tam-bém os faders de canais de áudio. Esta é a principal ca-racterística dos VCA faders. Ganhamos muita agilida-de em volumes relativos entre grupos de canais. Estamesma filosofia pode ser seguida na mixagem de bate-ria. Por exemplo: podemos ter um VCA fader contro-lando os tons, um VCA fader controlando os over-heads, um VCA fader para microfones de bumbo, umVCA fader para microfones de caixa e esteira e, por fim,um VCA fader controlando todos os VCA faders daspeças para controle do volume geral da batera namixagem. Controle total.Uma outra forma de criar o VCA fader no mixer é sele-cionando os canais desejados para o link e clicando emuma área vazia do mixer com o botão direito do mouse.A figura 08 mostra o menu de opções que aparececlicando com o botão auxiliar ao linkarmos os canaisde Violao 1 XY L e Violao 1 XY R. Selecionamos a opção“Add VCA Fader to Selected Channels”. A figura 09mostra o VCA fader criado com o nome de “link 6” que

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TECN

OLOG

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CUB

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stag

e.co

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r58

podemos renomear posteriormente como desejarmos(Violao). A figura 10 mostra todo o conjunto de VCAscriados no mixer da nossa sessão até agora.É importante também observar o menu que está dis-ponível em cada canal VCA. A figura 11 mostra odrop que se torna aparente quando passamos o mousena parte superior do VCA Fader. A figura 12 mostra asfunções disponíveis neste menu, relacionadas a seguir:Edit Link Group Settings - Permite voltar ao menu“Link Group Settings” e editar as opções de link entrecanais como mostra a figura 13.VCA Fader Controls Link Group - Relação de cadafader VCA controlando cada Link Group. Podemoseditar aqui e alterar a função do VCA fader. Figura 14.Combine Automation of VCA and Linked Chan-

nels - Figura 15. Veremos todas as funções de automa-ção no próximo artigo.Linked Channels - Figura 16. Relação de todos os ca-nais vinculados ao fader VCA.A Figura 17 mostra o menu vinculado ao drop acimade cada canal de áudio através do qual temos a pos-sibilidade de incluir, remover ou trocar canais de

Figura 12 - Menu do fader VCA

Figura 13 - Menu Edit Group Link Settings

Figura 14 - VCA Fader Controls Link Group

Figura 15 - Combine Automation of VCA and Linked Channels

Figura 16 - Linked Channels Relação de todos os canais vinculados ao VCA fader

Figura 17 - Indicador a qual link VCA que o canal de áudio pertence

Page 59: Edição 245 - Abril 2015

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Para saber online

[email protected]

www.ateliedosom.com.br

Facebook: ateliedosom

Twitter:@ateliedosom

áudio vinculados aos VCAs. Issopermite extrema flexibilidade epraticidade no gerenciamentos doslinks e consequentemente veloci-dade em mixagens.Muito importante: toda a operação e osmenus que vimos aqui para os VCAscom os canais de áudio servem tambémpara canais MIDI e Instrument Tracks!Avaliem então tamanha utilidade dosVCAs. A figura 18 mostra 4 canaisMIDI e 4 canais de Instrument Trackcom seus respectivos VCAs criados emnossa sessão de trabalho.Os VCAs também podem ser criados najanela de projeto como mostra a figura19, através do comando Add Trackcomo se fosse um canal. Porém, o geren-ciamento completo e acesso aos menusespecíficos é feito no mixer como vimospasso a passo neste tutorial.Como sempre, fica agora a recomenda-ção de que pratiquem tudo isso. Usemdesde já em seus projetos as funções dosVCAs. O controle sobre os parâmetrosda mixagem é mais completo e mais su-

til e inevitavelmente resulta emmelhor qualidade e mais velocidadeno processo.No próximo artigo falaremos so-bre todas as questões envolvendoos VCAs e as automações. Muitoimportante também. Não percam.Mixagens com detalhes e sutilezassão extremamente artísticas e in-dispensáveis a qualquer música.Abraço!

Figura 18 - Canais MIDI e canais de Instrument Track vinculados a seus respectivos VCAs

Figura 19 - Adicionando VCA na janela de projeto pelo comando Add Track

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PROD

UÇÃO

MUS

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tilizar um equalizador comum nomaster bus, geralmente, não funcio-

na muito por que normalmente a infor-mação que colocamos no pan totalmen-te virado para a esquerda ou para a direitaé diferente da que colocamos no centro.Um equalizador simples irá afetar damesma forma tanto o centro como os la-dos e isso pode não ser bom. Um exemploprático: um cenário muito típico, em

U uma mixagem de música pop ( bateria,baixo, guitarra, violão, teclado e voz ),seria o caso de dois violões serem coloca-dos um totalmente para a direita e outrototalmente para a esquerda. E talvez ain-da o hi-hat da bateria para um lado e oprato de condução para o outro. Ou seja,o material mais agudo que temos, nestecenário típico, normalmente é colocadonas extremidades do panorama estéreo.

NA MIXAGEMRicardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

MIDDLE-SIDE

EQUALIZAÇÃOEQUALIZAÇÃOA compressão no

master bus nos dáinúmeras

vantagens, emespecial um ganho

na região dasfrequências baixas

e média-baixas.Isso faz parecer a

música soar maiorpor ela ficar com

mais corpo. Noentanto, há um

outro procedimentoque podemos fazer

para deixar amixagem “maior”

no sentido doestéreo. Para isso

você irá precisar deum equalizador

middle-side.

Figura 01

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Provavelmente se adicionarmos umpouco de agudo nesses instrumen-tos, os lados da mixagem irão saltarmais do que o centro, chamando aatenção do ouvinte para essa aber-tura do estéreo. Isso dará uma per-cepção de um estéreo mais amplo.No entanto, pode ser um poucocomplicado ter que re-equalizar to-dos estes canais. Adicionar umequalizador no master bus seriabem mais fácil. O problema é quecom um equalizador comum issocausará um efeito colateral: a voz,por exemplo, que tipicamente estáno centro, iria também ficar maisaguda e, possivelmente, apresentaralguma sibilância.É neste ponto que entra o equali-zador middle-side. Ele permiteequalizar independentemente ocentro e os lados, de modo que sejapossível não causar efeitos cola-terais no material do centro porcausa dos ajustes feitos nas pontase vice-e-versa. (Figura 1)Como pode-se observar, no plug-in a sessão esquerda é referente aocentro (middle) e a sessão direita éreferente aos lados (side). Comeste plug-in é possível equalizar di-ferentemente estas partes.Repare que na sessão middle foi adi-cionado um pouco de média-altasna região de aproximadamente3.500 Hz, onde está a maior parte dainformação da “presença” da voz.Também foi adicionado um poucode baixas na região de aproximada-mente 100 Hz. Nesta região nor-malmente predomina a informaçãode bumbo e baixo, onde está o“peso” da música. Já a sessão da di-reita é referente aos lados (side).Repare que foi adicionado um pou-co de frequências altas em um hi-shelv a partir de 6.000 Hz.Uma vez equalizado o lado (side)independentemente do centro(middle), é possível se ajustar tam-bém a proporção entre os dois. Nasessão central do plug-in há um

controle que permite ajustar aquantidade de side em proporção ade middle. Figura 2Quanto mais aumentarmos a pro-porção de side em relação ao mid-dle, mais a mixagem irá soar “mai-or”, porém ao preço de criar algumadiscrepância de fase, o que prejudi-caria a mesma mixagem quando elafor escutada em mono. Por issodeve-se tomar cuidado com a quan-tidade de side adicionadana proporção da mixagem.No canto inferior direitodo plug-in há uma sessãoonde pode-se monitorar acorrelação de fase (correlation). Aluz indicadora deve estar verde, en-tre o centro e a direita. Se ela forpara a esquerda, ficará vermelha in-dicando que está havendo cancela-

mento de fase. Figura 3Existe ainda uma sessão central naparte inferior do plug-in que permi-te aplicar de-esser separadamenteno middle e no side. Comumente, omaior problema de “esse” acontece

na voz. O ideal é aplicar o de-esserno canal da voz e resolver este pro-blema lá. Mas pode-se também uti-lizar o recurso de aplicar o de-esserna mixagem. A frequência para ode-esser varia de cantor para can-tor, em uma faixa entre 5.000 Hz até12.000 Hz. Em relação ao side, nor-malmente os backing vocals sãoposicionados nos lados para nãoentrar em conflito com a voz prin-cipal. Pode ser que haja algum pro-blema de “esse” neles. E muito pro-vavelmente o “esse” dos backingvocals não estará exatamente namesma região que o “esse” da vozprincipal. Nesse caso, podemosajustar separadamente tanto a fre-quência, quanto a quantidade dede-esser para o centro (middle) e

para o lado (side)O equalizador middle-side conju-gado com o compressor no masterbus são as duas armas secretas paraa sua mixagem soar ampla, pesada ecoesa, mas muito cuidado com asquantidades aplicadas. Lembre-seque isso não é o processo de mas-terização. Isso é feito apenas paradar um ajuste fino na sonoridadegeral da sua mixagem. Ajustes ra-dicais, caso necessários, devem serfeitos nos canais individuais. E demaneira nenhuma coloque um li-miter no master bus para ganharvolume. Isso irá arruinar o head-room da sua mixagem, dificultandoou até mesmo inviabilizando amasterização. E compressão e equa-lização middle-side no master busde uma mixagem são apenas paradar aquele “toque final” na mi-xagem, e não antecipar o processode masterização.

Figura 02

Figura 03

Para saber mais

[email protected]

Figura 04

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INSTRUMENTS

om o programa aberto em Session

View, vá ao Browser > Categories> Instruments > (diretório de plug-ins

– Instruments).

C

ABLETON LIVEABLETON LIVEPLUG-INS NATIVOS II

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

Então, depois de ir ao Browser > Cate-gories > Instruments > (diretório deplug-ins – Instruments) vá ao Electric(como selecionado em azul, no caso), ar-

INSTRUMENTS

Continuando nossaincursão, vamos

adentrarprofundamente nos

plug-ins nativos(Instruments) do

Ableton Live. Umalerta: àqueles queestão pegando esse

tutorial agora: essaé a segunda parte

de um artigoanterior, publicado

na edição 244.Recomendo que

vejam esse artigo.

Electric plugin

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raste para um MIDI Track ou clique 2vezes e o plug-in estará aberto, comomostra a imagem a seguir (seta ver-de). Os Racks, “conjunto de instru-mentos”, marcados em vermelho, jáforam explanados em outro tutorial.Agora com o Electric aberto pode-mos falar sobre esse plug-in. É umplug-in de Pianos Elétricos , Clari-nets e afins... Muito competente,aliás, surpreendente... eu diria. Eletambém foi desenvolvido pelaAAS , a renomada empresa cana-dence Applied Acoustics Systemse é praticamente o mesmo plug-inLouge Lizard, muito popular damesma empresa. Com uma inter-face bem leve, usa pouquissimoprocessamento da sua CPU.

ELECTRIC

Entendendo seus comandos:

Na seção Mallet (em verde), você

pode controlar a força dos marte-los através do parâmetro de rigidez(Stiffness) resultando em um sommais brilhante ou fechado. O bo-tão de força (Force), controla a for-ça de impacto dos martelos, e umcontrole de ruído (Noise) ajusta oruído de impacto da cabeça domartelo e o garfo (o braço).A seção Fork (em azul) possui umcomponente Tone com parâmetrosde Decay (Declíneo) e Level (nível)e um controle de Color (tonalidadedo timbre) que determina a quanti-dade de parciais de frequências altase baixas. O componente Tone per-mite o ajuste de parâmetros de Decaye Level. A seção Fork também temum parâmetro de Release (soltura).

A seção Damper (em amarelo) temum botão de Tone que controla a ri-gidez dos amortecedores (dos mar-telos), para um som mais brilhanteou fechado. O botão de Ataque/

Release determina a quantidade que oabafador de ruído terá quando osamortecedores são aplicados ou li-berados. O parâmetro de nível(Level) ajusta a quantidade globalde ruído abafado.A seção Pickup (em laranja) temdois modelos de captação: eletro-magnética (Rhodes) e eletros-tática (Wurlitzer). A localizaçãofísica dos pickups em relação aoselementos (Tines), podem serajustados usando os controles Sym-metry e Distance. O botão de entra-da controla a sensibilidade de en-trada do pickup e o botão de saídaajusta a saída da seção de pickup.Na seção Global, você tem controlede polifonia (Voices), transpositor

de tonalidade (Semi) e Detune,Stretch (alongador), Pitch Bend...Muitos parâmetros podem ser mo-dulados via MIDI. Excelente plug-in e vem acompanhado por umabem selecionada gama de presetsde fábrica.

IMPULSE

Arraste para uma MIDI Track, oudê um duplo clique. Não subesti-me, por impulso, essa ferramentade aparência frágil e franzina. Esseplug-in é extremamente versátil.Impulse é uma ferramenta primá-ria, concebida para ser um DrumSampler Player, com uma comple-xa capacidade de modulação (masvocê pode usar qualquer Sample).Tem oito Slot Pads (em vermelhona imagem a seguir). Para carregaros Samples nos slots (que serão au-tomaticamente mapeados para oseu teclado ou device MIDI con-trolador), basta arrastar os samplesou usar o botão hot-swap (círculoverde), facilitando muito troca de

Electric Commandos

Impulse

Impulse Pads

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Samples em tempo real. Agora basta al-terar a seu gosto seus Samples que serãofiltrados e processados por componentesde envelope, saturação, pan e volume -quase todos estão sujeitos à modulação(para criar insperados efeitos!).Seguindo as marcas coloridas, da es-queda para direita, vamos explanar oscontroles do Impulse.Start (vermelho)O controle Start (Iniciar) define deonde o Impulse começa a tocar umSample e pode ser configurado para co-meçar a tocar a partir, por exemplo, de100 ms depois do início da amostra real.Transpose (Rosa)O Transp controle (Transposição) ajus-ta a transposição da amostra por +/- 48semitons, e pode ser modulada por Ve-locity da nota (valor MIDI de entrada),

ou por um valor aleatório, conforme de-finido nos campos apropriados.Stretch (azul)O controle do Stretch (alongamento)tem valores de -100 a 100 %. Os valoresnegativos vão encurtar o Sample e osvalores positivos vão esticá-lo. Doisalgoritimos de alongamento diferentesestão disponíveis: Modo A, é ideal parasons de baixa frequência (graves), comotantans ou bumbos, enquanto o Modo Bé melhor para sons de alta frequência,agudos, como pratos. O valor do estira-mento também pode ser modulado porvelocidade da nota MIDI (velocity).Drive (verde)O Drive (Saturator) promove uma amos-tragem mais robusta, gorda, um som típi-co analógico e pode ser ligado e desligadocomo desejar, via MIDI. Esse controle au-menta o sinal e adiciona distorção (over-load). Coincidentemente, isso faz comque a maioria dos sinais fiquem mais al-tos, e precisam ser compensados pela di-minuição do controle de volume do Slot(individual). Ocorre conforme a confi-guração (Extreme Drive) vá produzir ostípicos overdrived sons analógicos de ba-teria synth.Filter (azul claro)O Filter (filtro) oferece uma amplagama de tipos de filtro, cada um dosquais proporcionam diferentes carac-terísticas sonoras ao Sample pela re-moção de certas frequências. O con-trole de frequência define em qual es-pectro harmônico o filtro é aplicado; ocontrole de ressonância aumenta fre-quências próximas a um dado ponto. Ofiltro pode ser modulado por qualquervalor aleatório ou por velocidade dasnotas MIDI (Velocity).

Impulse Parâmetros

Global Parâmetros

Outputs

O controle Start(Iniciar) define de

onde o Impulsecomeça a tocar umSample e pode serconfigurado paracomeçar a tocar a

partir, por exemplo,de 100 ms depois do

início da amostrareal.

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NOTA

ÇÃO

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Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

Decay (lilás)O Decay envelope pode ser ajustado usan-do o controle Decay, que pode ser definidocom um máximo de 10,0 segundos dedeclíneo. O Impulse tem dois modos deDecay: Trigger Mode (permite que aamostra decaia “com a nota”) e GateMode, que força o envelope a esperar poruma mensagem de Note Off/MIDI antesde começar o decaimento. Este modo éútil em situações onde você precisa decomprimentos variáveis do Decay, comoé o caso com sons de Prato e Hi-Hat.Pan e Stereo (roxo e verde escuro)Cada Slot tem controles de volume e panque ajustam amplitude e posicionamentodo estéreo. Ambos os controles podem

ser modulados: Pan pela velocity ou valoraleatório, e Volume por apenas velocity.Global Controls (Imagem anterior-vermelho)Os parâmetros localizados à direita dosSlot Pads (em vermelho na imagem aci-ma) são controles globais que se apli-cam a todos os Samples dentro do do-mínio do Impulse. O Volume ajusta onível geral do instrumento (plug-in) e oTransp ajusta a transposição de todos osSamples. O Controle Time controla ocomprimento de tempo e Decay de to-das as amostras, o que lhe permitetransformar os sons de bateria ouSamples em curtos ou alongados.

INDIVIDUAL OUTPUTS

Quando uma nova instância do Im-pulse é arrastada para uma nova Track,esse sinal será misturado com os dosoutros instrumentos e efeitos que ali-

Cada Slot tem controles de volume e pan

que ajustam amplitude e posicionamento do estéreo.

Ambos os controles podem ser modulados: Pan pela

velocity (...) e Volume por apenas velocity.

““

mentam a cadeia (Chain) de áudio dapista. Muitas vezes, faz mais sentidoisolar o instrumento, ou um de seussamples individualmente, e enviar estesinal para nova trilha de audio separa-damente (como mostra a imagem a se-guir), bem no estilo “Live Fashion”.Com isso, você pode montar submixesassumindo o controle individual commuita flexibilidade sobre todas as fon-tes sonoras do instrumento.Só completando e, principamente,lembrando: você pode usar samplesde loops, efxs, drones, vozes etc. e, as-sim, usar esse intrumento plug-inmuito além da sua sugestível capaci-dade de Drum Machine.

Na próxima matéria estarei explanan-do sobre os outros Instrument Plug-insNativos do Ableton Live. Devido à na-tureza complexa da matéria e à quanti-dade de plug-ins, esse assunto se enten-deu um pouco mais. Peço a compreen-são dos leitores, mas entendam que sãofundamentos importantes.Boa sorte a todos!

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O

[email protected]

Fotos:Divulgação

FIRENZEFIRENZE

DE LINE ARRAY DA K-ARRAY

O NOVO SISTEMADepois do sucesso na

Asia, São Paulo foiescolhido para o

lançamento do sistemaFirenze no Brasil e naAmérica do Sul. Cerca

de 200 convidadosestiveram presentes no

Jardim Botânico de SãoPaulo, no dia 3 de

março, em uma terça-feira ensolarada, para

assistir a demonstraçãosonora do sistema.

Equipe da Gobos e da K-Array

local do evento foi escolhido parasimular um show com uma grande

área aberta, permitindo a audição doFirenze a distâncias calibradas entre 20e 120 metros, porém, até 250 metros otimbre cristalino e a pressão das caixasKH8 e dos Subwoofers KS8 ainda eramperfeitamente audíveis.A demonstração técnica do sistema ficoua cargo do engenheiro Marcelo Claret(IAV) no comando da mesa de som emicrofonação de instrumentos. Fran-cesco Maffei, engenheiro da K-array, foiresponsável pelo alinhamento e EdineiLima, diretor de engenharia da Gobos, fi-cou na coordenação técnica. Esteban Risso,diretor comercial da empresa, apresentou

todas as etapas do show ao vivo e fez co-mentários sobre o Firenze. Na demons-tração, além da música mecânica (CD),houve o show da Maestrina Gretchen

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Diferenciais do Sistema Firenze

Depoimentos de especialistas

“Quando começamos a projetar o Firenze queríamos criar um sistema que representasse o“estado da arte” em termos de qualidade e desempenho, mas que ao mesmo tempo, fosseo mais prático possível em portabilidade, instalação e gestão.

Alex Tatini - Presidente da K-array

“Depois de mixar nesse sistema e experimentar todo o seu poder e transparência, estouconvencido de que o Firenze estará no topo do mercado mundial”.

Michael Apodaca - FOH Engineer

Prince / Kool and the Gang’s / Larry Grahan

“Os vocais são incríveis. Você nunca precisará sacrificar a música por causa dos vocais ou vice-versa. A inteligibilidade é cristalina em todas as faixas de frequências, sem problemas de fase.Essas caixas tem um headroom para dias! Você pode chegar em 120dB e nem perceber!”

Rick Camp - FOH Enginner

Beyonce / Jennifer Lopez / Chris Brown

“O Sistema Firenze é uma nova abordagem, fabricado com o que há de melhor na indústria.Aliado à inovação e ao design italiano, o Firenze é um divisor de águas. É totalmente controlá-vel e incrivelmente musical!”

Lou Mannarino - FOH Engineer

The New York Philarmonic / Diretor da L&M Sound and Light

Performance

superior

KH8 & KS8 estão emconformidade comos mais altos padrõesinternacionais do seg-mento profissional deáudio ao vivo, tantoem qualidade de somquanto em desempe-nho, com excepcionais145dB e 148dB SPL.Tecnologia Slim-Array

Não é montado em formade ”banana”; o clustersobe reto, otimizando oespaço. Cada caixa é pro-jetada para ser inclinadasobre seu próprio eixohorizontal, facilitando oalinhamento e proporcio-nando uma pressão sono-ra exatamente onde vocêdeseja.Facilidade para

montar e alinhar

Projete sua configuraçãoantes do evento, alinhe comantecedência e sincronizequando estiver montado. Oestado da arte em sistemasde rigging permite que umaúnica pessoa monte 12 unida-des em minutos! É muito fácil!

Direcionamento acústico digital

Cada caixa incorpora 8 processadores DSP

e tecnologia hiper precisa para direcionar ofeixe sonoro, atendendo a qualquer exigên-cia técnica.Resistente à intempérie

KH8 & KS8 são sistemas amplificados comgrau de proteção IP45. O módulo eletrônicointegrado tem grau de proteção IP65, pararesistir a chuvas pesadas.FIRmaker

Um sistema inteligente como o Firenze, re-quer um software dedicado para realizarcom facilidade o projeto, a configuração e oalinhamento e, igualmente, oferecer ao usu-ário opções para trabalhar. Em parceriacom AFMG®, os desenvolvedores dosoftware de maior sucesso no mercado deáudio profissional, o fabricante desenvolveue implementou o primeiro FIRmaker real,onde os usuários têm o poder de criar seuspróprios filter-sets FIR, otimizados para cadaconfiguração onde utilizarem seu sistema.Baixo custo operacional

A magia alcança o sistema de rigging. Opré-cabeamento das três caixas de ummódulo e a fácil interligação entre osmódulos, permitem a montagem muito rápi-da de 24 unidades. Tudo racionalizado paramontar, configurar e alinhar em tempo recor-de, facilitando o transporte e otimizando alogística, reduzindo custos, espaço, mão deobra e tempo.Main Power

Montados em flight cases, sistemas demain power, distribuidores de AC, sinaisdigitais, analógicos e de dados acompa-nham o Firenze.

Cada caixa éprojetada para ser

inclinada sobre seupróprio eixo

horizontal,facilitando o

alinhamento eproporcionando

uma pressãosonora exatamente

onde você deseja.

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Convidados ouvindo sistema durante demonstração no Jardim Botânico (SP)

Esteban (filho) e a maestrina Gretchen Miller Apresentação do sistema

Miller, interpretando Bach ao vio-loncelo e com produção musical deJuliano Teruki. Os músicos Magui-nho Alcântara (bateria), AndersonToledo (teclados), Claudio Rocha(baixo), Roger Regelmeier Dias (gui-tarra) e Marcos Paulo Nóbrega (voz)fizeram uma completa passagem desom para que o público avaliasse otimbre e a sonoridade individual decada instrumento com um pequenoshow da banda.Para conhecer melhor o sistemaFirenze, veja a matéria na página26 da Revista Backstage edição243 (fevereiro/2015).

Para saber online

Para ver o vídeo da demonstraçãoacesse: http://goo.gl/Kl1aBL Banda demonstrando o sistema para o público avaliar timbre e sonoridade individual

Marcelo Claret e Esteban Risso

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CADERNO ILUMINAÇÃOVI

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ROADIE 4K45www.christiedigital.com

O Christie Roadie 4K45, introduzido em novembrodo ano passado, é o projetor mais radiante do mercadoiluminado com lâmpada. Sólido, de confiança e já tes-tado, o projetor Christie 4K45 de 45.000 lúmens pos-sui um nível mais alto de brilho de imagem e as empre-sas de palcos de aluguel poderão usar em concertos,eventos esportivos, espetáculos temáticos, conven-ções, eventos ao vivo, assembleias anuais e muitomais. Semelhante ao Boxer 4K30, o projetor engloba osistema Christie TruLife para uma qualidade de ima-gem mais nítida e real.

PAR LED PC-1019www.hotmachine.ind.br

Esse equipamento de 8,5 quilos, tem consumo deenergia de 190 W, fonte de alimentação: AC100 ~240V, 50/60Hz, LED 19 PCS LED 10W RGBW 4-in-1, com vida útil de 50 mil horas. Outras caracte-rísticas são: ângulo beam de 25°, canal 7 / 8 / 10 / 3 /4, protocolo DMX-512, e modo de controle DMX-512, Modo Master/Slave e ainda proteção de IP-65.

LED BLIZZwww.proshows.com.br

Mais uma novidade da Proshows para 2015 chama-se LED BLIZZ da PLS. Design compacto com movi-mentos dinâmicos, o mini Moving Head impressio-na pela amplitude dos efeitos. São 7 LEDs de 10W 4-in-1 (RGBW) e 9/14 canais DMX (selecionáveis). OLED BLIZZ proporciona alta performance, baixamanutenção e ótimo impacto visual. Algumas ca-racterísticas do equipamento são: canal DMX: 9/14canais; Modo de funcionamento: Auto / ativaçãosonora / DMX / Master-Slave; Potência: 7 LEDS de10W, 4- in-1 (RGBW); e Frequência: 50/60Hz.

CT CLAMPwww.trusst.com

Agora, mais do que nunca, ficou fácil, seguro e práticopendurar equipamentos de iluminação, áudio e elemen-tos decorativos dentro de tendas em eventos ao ar livre. Onovo Trusst CT-Tent Clamp anexa firmemente os ele-mentos, que podem ser suspensos sem que seja necessárioum trussing extra. Com capacidade para suportar até 150quilos, o CT-Tent Clamp foi projetado ainda com um pa-rafuso soldado para anexar cargas fáceis que tenham cor-po padronizado para rigging. Durável, o grampo apresentaaço zincado que resiste à ferrugem e corrosão. Compacto efácil de transportar, o equipamento pesa apenas 1,5 quilose mede 150 x 158 x 107 mm.

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XRLED 700 SPOTwww.pr-lighting.com

A PR Lighting fez uma impressionante adi-ção à família XRLED series. O equipamentocompila uma série de atributos, reunindo to-das as características que são esperadas de ummoving head spot, além de uma luz brancaparticularmente impressionante. O 700 Spottambém teve adicionado à sua engenhariaum facho de beam mais poderoso, com saídasque vão de 320W a mais de 700 W de potên-cia. Outras características são leveza (apenas24 quilos), formato compacto e operação si-lenciosa. Baixo consumo de energia elétrica eboa dissipação de calor também fazem partedas características desse produto. Especialis-tas também vão encontrar uma roda de coresincorporada (seis cores mais o branco), rodade gobos (com sete intercambiávies mais obranco); filtro frost, iris com ajuste linear de5% a 100%, zoom linear de 12° a 36°, entreoutros atributos.

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CADERNO ILUMINAÇÃORÁ

PIDA

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EIRA

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MARTIN PROMOVE WORKSHOP DE ILUMINAÇÃO NO RS

A Martin, empresa líder mundialem iluminação e que faz parte doportfólio da Harman, promoveuno dia 03 de fevereiro, em Cano-as (RS), workshop voltado aosprofissionais de iluminação. Oevento foi o primeiro do gênerorealizado no Estado por fornece-dores de equipamentos de ilumi-nação e foi ministrado por Amân-dio Costa, natural de Portugal eespecialista de produto da MartinProfessional Lighting.“Para o profissional da área de ilu-minação é muito importante es-tar em constante evolução e sem-pre em contato com as principaistecnologias do mercado. A opor-tunidade dada pela Harman agra-

dou todos os envolvidos que pu-deram aprender um pouco maissobre esse segmento tão rico”,afirma Costa.Durante as atividade, os partici-pantes conheceram o M6, conso-le de iluminação state-of-the-art eque funciona como uma superfí-cie altamente avançada de con-trole visual. Além disso, puderamaprender como é fácil criar e ope-rar um programa dessa naturezaatravés de explicações sobre oequipamento e de exercícios prá-ticos monitorados pelo técnicoda Harman. Entre os temas abor-dados, Layout Console, aplicaçãode patches, Grupos, Cue List, Ca-lendário, Playbacks, entre outros.

INVESTIMENTOA Hexogon Solution investiu na família de produtos Caixa de Pandora, da coolux,

a qual foi adquirida pela Christie em janeiro de 2015. Com a aquisição, o objetivo

é oferecer soluções de composição e visualização 3D de grande impacto, através

dos projetores Christie Boxer 4K30. A compra do sistema de mídia da Caixa de

Pandora pela Hexogon é a maior de todas para produtos coolux na região do

sudeste asiático. A combinação Boxer 4K30-Caixa de Pandora permite que com-

panhias de locação de palcos criem telas digitais contínuas e não contínuas e que

também possam gerenciar o conteúdo que é transferido para essas telas.

VERSATILIDADENA SIBÉRIAEm novembro do ano passado, o

Lighting Designer Alexey Zhivanov,

que trabalha para a empresa russa de

locação de equipamentos Grand

Show, foi convidado para fazer os pro-

jetos de dois eventos distintos: um con-

certo de rock em uma boate e um

ballet em uma tradicional casa de ópe-

ra. Para suprir as necessidades de

cada produção, Alexey levou com ele

o console de controle de iluminação

M2GO. Para o local onde se apresen-

tou a banda de rock havia equipa-

mentos para projeção, LED Wash

Zoom, LED Spots, Strobos e máquina

de fumaça. Nesse ambiente, o LD sim-

plesmente conectou a M2GO ao seu

laptop para que tudo funcionasse.

Para o concerto de ballet, além da

M2GO, Alexey usou um Martin M-PC

para backup dos arquivos.

MAIS SERVIDORES

A XL Video fez um grande investimen-

to em equipamentos d3 adquirindo

12 novas unidades de servidores de

mídia, tornando a empresa uma das

maiores companhias de locação com

equipamentos em estoque. O investi-

mento vem ao encontro do aumento

da demanda por d3 de todos os seto-

res do mercado de locação, incluin-

do turnês e eventos corporativos.

Para ter certeza que a XL Video seria

capaz de entregar suporte de alto ní-

vel às novas máquinas d3, o gerente

de sistemas e controle, Christian

Dickens, se tornou um especialista

certificado de d3. Além de capacitar

Dickens, a XL Video tem um time de

técnicos com alta expertise em d3

que podem dar suporte em pré-mon-

tagens e pré-visualizações em 3D

para shows, permitindo que os clien-

tes tenham uma ideia prévia de como

será a apresentação.

Page 75: Edição 245 - Abril 2015

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ROBE NA ARGENTINA

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lgação

A empresa argentina BALS (Bue-nos Aires Live Show), especializadaem som e iluminação para grandesshows, concertos e festivais, adqui-riu recentemente seus primeiros

Pointes, da Robe. Fundada em 1992e ocupando um grande espaço no ar-mazém na área do Caseros, na cidadede Buenos Aires, a BALS tambémtrabalha em outras partes da Améri-ca Latina, principalmente no Pa-

raguai e Uruguai, realizando cerca de200 shows / turnês / projetos porano, além de estar à frente de algu-mas instalações de alto padrão, in-cluindo o Teatro Coliseo. De acordo

com o gerente técnico daempresa, Daniel Bordi-no, a decisão de investirnos produtos Robe foidevido às recomendaçõesdos profissionais de ilumi-nação com quem a com-panhia trabalha regular-mente. Os equipamentos

recém-comprados têm sido parteintegrante do rider de iluminaçãoda banda punk da Espanha Ska-P,ganhadora do Grammy, e do cantorpop espanhol David Bisbal, entreoutros artistas.

ESCOLA GANHA SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

A Escola São Luiz, em São Paulo,ganhou recentemente sistemas deiluminação, talhas e automação devaras, juntamente com inovaçõesque permitem que o espaço recebaatrações, além das atividades espor-tivas. A empresa realizou obras nasquadras, um espaço que, hoje, podereceber qualquer tipo de apresenta-ção escolar, além de palestras eshows, entre outros. As interven-ções foram realizada em três fren-tes: sistema de automação do con-

trole de varas, sistemade iluminação e siste-ma de talhas.Para a realização da o-bra, a TELEM traba-lhou em parceria como escritório de arquite-tura URDI e o projetotomou forma duranteo Iluminashow: espe-cial ETC, no ano pas-sado. “Eles nos procu-raram atrás de soluções

para deixar as quadras do ColégioSão Luis mais versáteis e nós apre-sentamos, além das luminárias deLED, a alternativa das redes e dostecidos”, explica o engenheiroRonald Delaqua, do setor de áudioe vídeo da TELEM. No fim de feve-reiro, foi realizado um treinamentopara a equipe técnica usufruir aomáximo das novas tecnologias ins-taladas no local. A TELEM tam-bém renovou a vestimenta cênicado teatro do Colégio São Luis.

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CADERNO ILUMINAÇÃOIL

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oi com isso em mente que esta con-versa foi elaborada, para tratar de

uma das mais importantes bandas quesurgiu no fim da década de 1980 e quemantém sua relevância desde então,com magnificência nos atributos e sim-plicidade nas atitudes e comportamen-tos. Nada menos que o Mr. Big, que rea-lizou quatro shows em cidades distintasno início de fevereiro deste ano no Bra-sil, e transmitiu energia e intensidade,apresentando características própriasde artistas brilhantes – e de alguns dosmais emblemáticos instrumentos deiluminação cênica.Já passava das nove horas da noite deum sábado, seis de fevereiro de 2015,quando o palco do HSBC Brasil (em São

F Paulo, capital) se iluminou. Natural-mente, isso ocorreria para o início demais uma apresentação musical. Mastoda a estrutura de iluminação cênicaainda estava em blecaute pleno. De fato,a radiante presença dos músicos do Mr.Big no palco proporcionaria uma ema-nação de energia que fez com que osquase cinco mil expectadores se mani-festassem com a entrada triunfal dosmúsicos dessa magnífica banda surgidanos anos 1980 e que se mantém tão re-levante hoje quanto naquele período detempo.Já com a iluminação devidamente acio-nada, revelavam-se definitivamente al-gumas das grandezas a serem considera-das nesta conversa: a intensidade lumi-

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

GRANDEZASL U M I N O T É C N I CA

++

Nos estudos daFísica e da

Luminotécnica,grandezas são

propriedadespertencentes adeterminados

elementos e que sãopassíveis demensuração

(quantificação) apartir de unidadesde referência. Emum sentido geral,

grandezas sãodistinções de

nobreza equalidade

(incomensuráveis).Existe alguma

possibilidade dessetermo – grandeza –

ser associado a algocom esses doissignificados?

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nosa e a intensidade musical. E,para uma coluna sobre iluminaçãocênica, esses dois elementos se in-tegram de maneira tão incontestá-vel quanto a associação de um ins-trumento de iluminação com suarespectiva lâmpada – ou dispositi-vo, no caso dos LEDs.Praticamente dividida em trêspartes, a estrutura de iluminaçãocênica do show em questão com-preendia quatro linhas de instru-mentos, sendo duas em backlighting,uma em uplighting e outra de front-

lighting. Nesta configuração, forma-da basicamente por refletores PAR64 com lâmpadas incandescenteshalógenas e filtros coloridos, mo-ving heads (nas estruturas de back-

lighting e uplighting) e refletoreselipsoidais, além de canhões segui-dores. Enquanto os equipamentosde contraluz emolduravam as im-ponentes presenças dos músicos, ailuminação frontal revelava os tra-ços de músicos experientes, masemanando energias próprias dequem realmente manifesta apreçoe satisfação, empolgação e entrete-nimento, técnica e muita diversão.Mas toda essa entrega – evidente noshow da banda – amplifica aindamais a elevação da temperatura doshow, tanto pelos músicos comopelo público, decorrente da em-polgação de ambos, como tambémpelas estruturas e características doespaço e da iluminação cênica.

Neste contexto é que se insere aintensidade luminosa (medida emcandelas, pelo sistema internacio-nal de unidades – SI). Definida

como o fluxo luminoso irradiado nadireção de um determinado ponto(ou ainda, de uma maneira maissimplificada, a quantidade de luzemitida e direcionada para um de-terminado elemento de uma cena),é a partir dessa grandeza lumino-técnica – esta que compreende osestudos das técnicas relacionadas àsfontes de iluminação artificial - queum lighting designer consegue definir– ou mesmo, ter uma estimativa –da sensação de claridade da superfí-cie iluminada.

Naturalmente, outras característi-cas e parâmetros devem ser consi-derados para que, em um projeto deiluminação cênica e com os cálcu-

los luminotécnicos, todas as pon-derações e avaliações técnicas per-mitam o atendimento das necessi-dades e requisitos para um determi-

nado espaço, uma determinada fun-cionalidade, e as intenções propos-tas pelo desempenho lumínico.Considerada a oferta atual de ins-trumentos de iluminação com ouso de LEDs como principal fontede emissão de luz, parâmetros deeficiência luminosa e perdas sãotambém considerados – para umaelevada eficiência são minimi-zadas consideravelmente as perdaspor aquecimento, o que de fato é aconversão de energia luminosa emenergia mecânica. Para os instru-

mentos de iluminação clássicos econvencionais, o aquecimento tor-na-se evidente e perceptível – poisas lâmpadas utilizadas, que são in-candescentes halógenas, fornecemuma grande quantidade de energiavisível e infravermelha, sendo estaa responsável pelo aquecimento -mas com resultados únicos, que nãopodem ser desconsiderados em umresultado final.E nisso, essas lâmpadas halógenasproporcionam duas sensações epercepções inconfundíveis: luzesbrilhantes e fidedignas aos com-ponentes de cor pretendidos comos respectivos filtros e muito calor.E, se consideradas as percepções

Figura 1: Mr. Big no palco, para uma apresentação da “The Stories We Could Tell Tour 2015” – HSBC

Brasil, São Paulo (06/02/2015).

Fonte

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Figura 2: Simulação de facho luminoso e representação/percepção da intensidade luminosa - Maqueteeletrônica com construção realizada no Google SketchUp 8.

Fonte

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CADERNO ILUMINAÇÃO

visuais e sensoriais, essa emanação de ca-lor tende a ser ainda mais presente paraas luzes integrantes do grupo de coreschamadas quentes. Se essas proporcio-nam êxtase e alegria, proporcionam tam-bém elevadas temperaturas – tão inten-sas quanto as sensações propiciadas.À luz branca, a revelação das formas eintenções dramáticas, além de atenção eadvertência (em destaque, na figura 3).Às cores do grupo de cores frias, sereni-dade e reflexão – valorizadas nas baladas

e canções mais introspectivas. A mesmaintenção havia sido utilizada para a ban-da convidada para a abertura: ninguémmenos que a excelente Winger (mais de-talhes, na matéria intitulada “BetterDays Remained: sonorização e técnicano show do Winger (São Paulo, 06/02/2015)”, no Blog da Backstage).Para o repertório do Mr. Big, muitos fo-ram os cuidados. De maneira minima-lista, a iluminação, como um todo, re-servou-se a destacar os principais ele-mentos do palco, pontualmente e con-tinuamente, alternando cenas esparsasnas transições das canções e principal-mente nas mudanças e partes maisacentuadas – e intensas, como nos “du-elos” entre guitarra e baixo.Mas, se isso poderia causar sensação deinércia, é justamente neste ponto que otrabalho de iluminação conseguiu suamelhor interação com a performance dabanda. As atmosferas foram as maisadequadas para a profusão de licks e riffs,empolgantes e fascinantes. Seria impra-ticável um controle ajustado aos tempose sincronizado com os intervalos das no-tas – muitas delas, semifusas. Mesmo que

Fonte

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Figura 3: Destaque para a luz branca – show do Mr. Big -“The Stories We Could Tell Tour 2015” – HSBC Brasil,São Paulo (06/02/2015).

Figura 4: Billy Sheehan (no destaque) em mais um solo, na “The Stories We Could Tell Tour 2015” – HSBC Brasil, SãoPaulo (06/02/2015).

Fonte

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Para o repertóriodo Mr. Big, muitosforam os cuidados.

De maneiraminimalista, a

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se a destacar osprincipais

elementos do palco,pontualmente econtinuamente,

alternando cenasesparsas nas

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principalmente nasmudanças e partes

mais acentuadas

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fosse possível a comutação de instru-mentos nesses tempos, a própria per-cepção visual não acompanharia asmudanças no acionamento das luzes.Com esses elementos é que a segundagrandeza será analisada: a intensidademusical (medida em decibéis, pelo SI).Mas essa não seria percebida pelo vo-lume – agradável e compatível com oespaço do evento. Desde a primeira

canção – a faixa que abre o segundodisco da banda (Lean Into It, de 1991),intitulada Daddy, Lover, Brother, Little

Boy (The Electric Drill Song), intensos ememoráveis solos e duelos seriam con-duzidos de maneira impressionantepelos excelentes músicos que formamessa super banda.Não é necessário ser fã incondicio-nal para reconhecer a qualidade, asvirtudes e talentos de uma bandaformada com tantas estrelas: EricMartin, nos vocais e violão; Paul

Para saber mais

[email protected]

Gilbert, na guitarra e backing vocals;Billy Sheehan, no baixo e backing

vocals; Pat Torpey, na percussão,backing vocals e bateria (no show, emtrês canções: Just Take My Heart,

Fragile e em Mr. Big); e Matt Star, ba-terista, que ocupa a função na atualturnê, substituindo Torpey na maio-ria das canções (com limitações físi-cas, em detrimento de complicações

decorrentes do Mal de Parkinson, di-agnosticado em 2011).Para um total de vinte e seis excelentescanções (incluindo três covers de CatStevens, Judas Priest e Free), um showmemorável, repleto de virtuosismo,carisma, diversão, elevados patamaresde musicalidade e técnica, significati-vas e intensas grandezas. Um abraço eaté a próxima conversa!!!

Figura 5: Pat Torpey (esquerda) e Eric Martin (direita) - “The Stories We Could Tell Tour 2015” – HSBC Brasil,São Paulo (06/02/2015)

Fonte

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Seria impraticável um controle

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os intervalos das notas – muitas delas,

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Sete AmigosSete Amigosalácio das Artes, 7 de março de 2015. Depois demais uma semana de ensaios, estamos nós, Sá &

Guarabyra, o 14Bis e Flávio Venturini, saindo da últi-ma passagem de som antes da estréia do nosso “Encon-tro Marcado”, um projeto que faz de nós sete uma sóbanda: dois teclados (Vermelho e Flávio Venturini),um violão de aço (Guarabyra), outro de doze cordas (eu),baixo (Sérgio Magrão), guitarra (Claudio Venturini) ebateria (Hely Rodrigues). Interessante, principalmentese pensarmos que há quarenta anos atrás estávamosquase todos juntos e recém radicados em São Paulo, for-mando uma colônia mineiro-carioca no BrooklynPaulista. Nossas carreiras acabaram por nos dividir emrumos diferentes, mas agora estávamos ali olho no olhode novo, uns tocando e cantando as músicas dos outros,como fazíamos em nossas parcerias nas longas noitespaulistanas de inverno. De todos nós, só o Guarabyraainda sabe o que são aquelas frias madrugadas: nosotrospassamos agora ou pelo calor carioca ou pela tímidafriagem ainda com cheiro de mato de Beagá.Aproveitando os cinco minutos que ainda restam paraa abertura do teatro, eu me demoro um pouco mais nopalco, admirando a justeza do projeto deste magníficoe mineiríssimo Palácio das Artes, sem dúvida um doscinco melhores lugares pra se fazer um show musicalno Brasil. Sou um veterano do pedaço, perdi a conta dequantas vezes toquei aqui, mas nunca me canso de sen-tir o clima dessa casa, ainda mais sabendo que temosdois dias de lotação esgotada pela frente. São mil e se-tecentos lugares que em nenhum momento fazemvocê perder a noção de intimidade com o público. Esseé o tipo de coisa da qual poucos espaços deste tamanho

P

podem se gabar no nosso país. Somos assombrados porginásios de acústica obviamente ruim, por gigantescosburacos mal-ajambrados que desacomodam público eartistas e fazem a 5ª. de Beethoven parecer um barulhoincômodo... fala sério! Tocar no das Artes é sempreuma bênção para os ouvidos.O movimento entre nossos três camarins é intenso.Trocamos os últimos ajustes de cifras, arrumamos nos-sas pastas – ainda não tivemos tempo de decorar tudo!

no dia sete– matamos a fome nervosa que sempre ameaça as gar-gantas de qualquer cantante no agito da estreia, mas oque mais me surpreende nesse dèjá-vu de muito tempoatrás é a ausência da fumaceira que inundava os anti-gos camarins. Não fumamos mais... Encho a primeiradas duas taças de espumante que costumo tomar antesdos shows, contra as recomendações da minha fonoau-dióloga xiita. Elas podem até abalar um pouco as cor-das vocais, mas colocam a cabeça no lugar certo. “C’estla vie”, penso em clichês, vendo as borbulhas subiremtaça acima e revisando mais uma vez aquela letra quesei que sabe Deus porquê, tendo já decorado verdadei-ros testamentos, não vou decorar jamais. Ainda bemque o Flávio canta a segunda parte: tendo a meu cargoapenas a primeira as chances de não errar sobem no-venta por cento! Entediado e ansioso – conhece essacombinação?! – vou dar uma espiada no camarim dosoutros. O do 14 está estranhamente calmo, pra um ca-marim que reúne quatro homens... Aproveito e roubouma maçã, não sei onde estão as frutas do meu cama-rim, mas roubado é mais gostoso, afirmam os trans-gressores de plantão. Saio de lá mordendo a tal maçã(minha fono xiita ficaria orgulhosa de mim nessahora, maçã é primordial pra voz) e vou no rumo do Flá-vio, que conversa relaxadamente com algumas pesso-as. Eu, particularmente, gosto de ficar zen total nosquinze minutos que antecedem a entrada. Se rolar um

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

sofá daqueles a jeito, perigo cochilar. É bom não esque-cer o alongamento de dedos e braços, porque minha vi-ola de 12, apesar de macia, exige uma pega firme. Depoisde quarenta e poucos anos tendo que ter uma pega firme,você passa a dar valor a esses pequenos detalhes.A produtora passa anunciando que vai soar o primeirosinal. Dou uma última olhada no espelho. Essa camisanão está me deixando a vontade... dá tempo de trocar?Tem que dar. Hely chega rápido e confere comigo os“cachorros” – chamamos assim as convenções de divi-são – das canções da estrada. Segundo, terceiro sinal,todos na coxia. Magrão pergunta o quê e, quando voufalar, minha cabeça passa correndo um filme de possi-bilidades. Depois da primeira música, claro, temostantas histórias pra contar quese as contássemostodas o show dura-ria horas, dias, se-manas, meses... Ja-ziel, que junto com oCenoura – os minei-ros são imbatíveisnos apelidos! – e oPeluso, que forma nos-so trio de RoadiesPerfeitos, mostra ocaminho pela escuraentrada pro palco e euentro para me ani-nhar naquele espaçoque me parece um lar:à minha esquerda meuchiquitito pero cum-plidor Roland AC60, ameus pés o pedal A-B eo chorus Boss que somo a um pingo do chorus doRoland, em meus braços a Takamine de 12 e próximoa mim, um pouco mais atrás, o violão Takamine deaço que toco a partir da sexta música. Estou na extre-ma esquerda do palco, Magrão mais atrás, um pouco àminha direita, Flávio no meio do campo com Verme-lho ao lado. Eu e Guarabyra somos agora uma duplaseparada por bons sete metros de palco, logo nós,acostumados tão próximos que quase esbarramosnossos instrumentos, agora fora de nossa zona deconforto, ele lá na ponta direita, um pouco à frentedo Cláudio. E acima de todos, no centro, reinam Helye sua batera, os pratos refletindo a fraca iluminaçãoinicial, suficiente apenas para colocar-nos nos luga-res certos. E toda essa observação, acredite, me tomamenos de três segundos, porque ali, na hora da verda-de, tudo passa depressa, um flash, um lampejo, um

átimo que paradoxalmente arrasta-se para sempre.Tenho ainda uns quinze segundos para “mutar” a vi-ola e dar uma última conferida na afinação que deveter sido ligeiramente alterada pelo ar condicionado.Ajusto o in-ear, reajusto o microfone – percebendo nomesmo instante ser isso apenas um ato reflexo, vistoque ele volta ao mesmo lugar - e deixo as paletas nabeira da estante que sustenta aquela famosa letra quenão conseguirei decorar jamais, só vou usá-las lá pelametade do espetáculo. Olho o set list com a ordem dasmúsicas no chão à minha frente e curiosamente, comoum quadro pintado diante de meus olhos, enxergo aformação do primeiro acorde que devo tocar.

Finalmente,as luzes nos iluminam com força. Soam mil e sete-centas palmas, a cabeça limpa como que por encan-to e eu me sinto seguro como nunca. Lembro Gil:“subo nesse palco, minha alma cheira a talco...” Maso que o Flávio introduz ao violão é a “Canção daAmérica” de Milton e Fernando Brant, que esco-lhemos para abrir o show muito a propósito de suaprimeira e magnífica frase: amigo é coisa pra guardarno lado esquerdo do peito. O público reconhece aanalogia e aplaude aos primeiros compassos. Parti-mos. E a porta que se fecha para os pequenos receiosé a mesma que se abre para as grandes emoções daestreia. Que bom saber que nem esses tantos anos depalco conseguiram me esfriar, que ainda guardodentro de mim o irresistível poder da emoção que sóas ousadias conseguem despertar em nós.Somos, afinal, sete amigos no dia sete. Nossa, issodeve dar sorte!

Guarabyra, Luiz Carlos Sá e o grupo 14 Bis com Flávio Venturini (ao centro)

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Empresa ......................... Telefone ............... Home Page/e-mail .................................................... Pág

AES Brasil ............................................................................... www.aesbrasilexpo.com.br ........................................................................ 04

AH Lights ...................................... (21) 2242-0456 .............. www.ahlights.com.br ................................................................................. 65

Arena Áudio Eventos ..................... (71) 3346 -1717 ............ www.arenaaudio.com.br ............................................................................ 46

Audiosystems ................................ (11) 3228-8623 .............. www.audiosystems.com.br ........................................................................ 36

Augusto Menezes .......................... (71) 3371-7368 .............. [email protected] .................................................................. 79

Avid ............................................... (19) 3741- 4644 ............ www.avid.com/br/ ..................................................................................... 39

B&C Speakers Brasil ...................... (51) 3348-1632 .............. www.bcspeakers.com ................................................................................ 19

Cosmos Estúdios .......................... (21) 3179-0183 .............. www.cosmos-estudio.com ......................................................................... 57

CSR ............................................... (11) 2711-3244 .............. www.csr.com.br ............................................................................. 2ª capa, 3

Decomac ...................................... (11) 3333-3174 .............. www.decomac.com.br .......................................................... 4ª capa, 5, 23

Dream Sound ................................ (00244) 912311228 ...... [email protected] ........................................................................ 38

Equipo ........................................... (11) 2199-2999 .............. www.equipo.com.br .................................................................................. 35

Gigplace ................................................................................. www.gigplace.com.br ................................................................................ 46

Gobos do Brasil ............................. (11) 4368-8291 .............. www.gobos.com.br ........................................................... 3ª capa, 53 e 73

Guitar Player ................................. (11) 3721-9554 .............. www.guitarplayer.com.br ........................................................................... 59

Harman .................................................................................. www.harmandobrasil.com.br .................................................................... 27

Hot Machine ................................. (11) 2909-7844 .............. www.hotmachine.ind.br ............................................................................ 71

João Américo Sonorização ............ (71) 3394-1510 .............. www.joao-americo.com.br ........................................................................ 20

Libor ............................................. (11) 3104-8339 .............. [email protected] ................................................................................... 15

Modern Drummer ......................... (11) 3721-9554 .............. www.moderndrummer.com.br .................................................................. 66

Mogami Brasil ................................ (11) 3095-9699 .............. www.mogami.com.br ................................................................................ 37

Ninja Som ..................................... (11) 3550-9999 .............. www.ninjasom.com.br ............................................................................... 43

Penn-Elcom ................................... (11) 5678-2000 .............. www.penn-elcom.com.br .......................................................................... 17

Pro Shows ..................................... (51) 3589 -1303 ............ www.proshows.com.br ............................................................................. 07

Star Lighting .................................. (19) 3864-1007 .............. www.star.ind.br .......................................................................................... 21

SPL Alto-Falantes ......................... (47) 3562-0209 .............. www.splaltofalantes.com.br ....................................................................... 45

Taigar ............................................ (49) 3536-0209 .............. www.taigar.com.br .................................................................................... 49

TSI ......................................................................................... www.tsi.ind.br ............................................................................................ 11

Veritas / Impacto Vento Norte ..... (11) 3595-8600 .............. www.veritas.com.br .................................................................................. 13

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4 www.backstage.com.br

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