2 joÃo
TRANSCRIPT
-
8/18/2019 2 JOÃO
1/4
N O V A V E R S Ã O I N T E R N A C I O N A L
F A Ç A U M A J O R N A D A V I S U A L
A T R A V É S D A V I D A E D O S
T E M P O S B Í B L I C O S
-
8/18/2019 2 JOÃO
2/4
A U T O R , L U G A R E D A T A D A R E D A Ç Ã O
A tradição anti ga acredita que esta carta foi escrita pelo apóstolo João. Ela identifica seu autor como “o p resbítero” , mas a carta tem claras
afinidades tanto com o evangelho de João quanto com 1João (e.g., Jo 14.23 e 1Jo 5.3). De modo geral, não há razões para se duvidar de
que João seja seu autor.
A data da composição é desconhecida, mas esta breve carta foi escrita provavelmente no final do século I d.C. Éfeso tem sido
sugerido como o lugar da redação.
D E S T I N A T Á R I O
A carta está endereçada à “senhora eleita” (v. 1), também chamada “querida senhora” (v. 5). Deve tratar-se de uma senhora cristã e sua
fam ília ou da líder de alguma igreja dom éstica (ver Cl 4.15). No texto gr ego do versículo 8, entretanto, o autor faz refer ência ao destinatário
com um pronome masculino plural, indicação de que a “senhora eleita” do versículo 1 pode ser uma igreja irmã de uma cidade próxima.
Nesse caso, os “ filhos da sua irmã eleit a” (v. 13) são os memb ros de outra igreja local.
F A T O S C U L T U R A I S E D E S T A Q U E S
Durante os dois primeiros séculos, o evangelho foi difundido por evangelistas e mestres itinerantes. Uma vez que não havia hospedarias,
os cristãos recebiam os missionários em casa e supriam-nos de provisões para a viagem quando estavam prontos para prosseguir. João
pede que seus leitores recusem hospitalidade aos falsos mestres que percorrem as igrejas e “não confessam que Jesus Cristo veio em
corp o” (v. 7). Isso pode ser indício de um a forma antig a de ensin amento gnóstico (ver “ Os gnósticos e seus escritos s agrados” , em 1Jo 4).
L I N H A D O T E M P O
10 A.C. D.C,1 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
NascimentodeJesus(ca.6/5a.C.)k
Joãotorna-sediscípulo(ca.26d.C.)1
Morte,ressurreiçãoeascensãodeJesus(ca.30d.C.)I
ReinadodeNero(ca.54-68d.C.)■ m
DestruiçãodotemplodeJerusalém(ca.70d.C.)1
ReinadodeDomiciano(ca.81-96d.C.)
Redaçãode2João(ca.85-95d.C.)É S
ExíliodeJoãoemPatmos(ca.90-95d.C.)
-
8/18/2019 2 JOÃO
3/4
2032 I N T R O D U Ç Ã O A 2 J O Ã O
E N Q U A N T O V O C Ê L Ê
Atente para a ênfase de João na verdade e no amor e observe sua advertência contra o falso ensinamento e contra os impostores.
V O C Ê S A B I A ?
• No final da vida, o apóstolo João exercia a função de presbítero, talvez da igreja de Éfeso (v. 1).
• 0 “ papel” , na época de João, era feito de caniços de papiro, fáceis de se obter e de baixo custo (v. 12).
• A “tint a” — termo grego derivado de uma palavra que significa “negro” — era feita da mistura de carbono, água e goma ou óleo (v. 12)
T E M A S
A segunda carta de João c ontém os seguintes temas:
1. Advertências contra as falsas doutrinas. A carta adverte os cristãos contra os mesmos ensinos falsos que João refuta em sua primeira
carta (ver “ Introdução a 1 João” ).
2. Verdade. A verdade é um tema importante nos escritos de João — mencionado 52 vezes em seu evangelho e 22 em suas três cartas.
3. Amor. À semelhança de 1João, esta carta enfatiza a ordenança de amar um ao outro — a prova do verdadeiro cristão. A ordenança
jo anin a d e am ar não co nt radiz a or dem de rec us ar h os pi tal id ade aos falso s mest res . As qu est ões sobre a verd ade sã o impo rt antes demais
para que sejam comprometidas.
S U M Á R I O
I. Saud ação (1 -3)II. Recomendação (4)
III. Conselho e Advertência (5-11)
IV. Conclusão (12,13)
-
8/18/2019 2 JOÃO
4/4
2 J O Ã O 13
1 a3Jo1;°Rm16.13;cJo8.32
2 02Pe1.12;«IJo1.8
4 s3Jo3,4
5h1Jo2.7;1Jo3.11
>'1Jo2.5
7J1Jo2.22;4.2,3;K1Jo4.1;
IJo2.188"1Co3.89"1Jo2.23
10»Rm16.17
11P1Tm5.22
12«3Jo13,14
à senhora eleitabe aos seus filhos, a quem amo na verdade — e não apenas eu os amo, mas também
todos os que conhecem a verdadec—, 2 por causa da verdaded que permanece em nóse e estará conosco
para sempre.
3 A graça, a misericórdia e a paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo/seu Filho, estarão conoscoem verdade e em amor.
4 Ao encontrar alguns dos seus filhos, muito me alegrei, pois eles estão andando na verdade,8 con-
forme o mandamento que recebemos do Pai.5 E agora eu lhe peço, senhora — não como se estivesse
escrevendo um mandamento novo, mas o que já tínhamos desde o princípio11— que amemos uns
aos outro s.6 E este é o amor:> que andemos em obediência aos seus mandamentos. Como vocês já têm
ouvido desde o princípio, o mandamento é este: Que vocês andem em amor.
7 De fato, muitos enganadores têm saído pelo mundo/ os quais não confessam que Jesus Cristok
veio em corpo0. Tal é o enganador e o anticristo.18 Tenham cuidado, para que vocês não destruam o
fruto do nosso trabalho, antes sejam recompensados plenamente."19 Todo aquele que não permanece
no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e tam- bém o Filho." 10 Se alguém chegar a vocês e não trouxer esse ensino, não o recebam em casa* nem o
saúdem.0 11 Pois quem o saúda tornase participanteP das suas obras malignas.
12 Tenho muito que escrever a vocês, mas não é meu propósito fazêlo com papel e tinta. Em vez
disso, espero visitálos e falar com vocês face a face,9 para que a nossa alegria seja completa.
13 Os filhos da sua irmã eleita1enviam saudações.
0 7 Grego: carne.b 10 Isto é, nas reuniões da igreja realizadas em casa.
10 presbítero3
1 Sobre o termo “presbítero”, ver nota em lT m 3.1-7. N o final da vida,
o apóstolo Joáo exercia a função de presbítero, talvez da igreja de Éfeso.O apóstolo Pedro exercia um cargo semelhante (lPe 5.1).A carta é endereçada à “senhora eleita e seus filhos Muitos acreditamque se trata de uma igreja e seus filhos espirituais, enquanto outros defendem que seja uma pessoa chamada Kyria (gr. “senhora”).7-11 Essa seção trata da heresia gnóstica refutada em ljoão (ver “Osgnósticos e seus escritos sagrados”, em IJo 4), segundo a qual o Filhode Deus não se fez carne (Jo 1.14), mas que veio temporariamente so
bre o homem Jesus, entre seu batismo e a crucificação (ver notas em
IJo 4.2; 5.6).7 Para mais informações sobre as falsas doutrinas, ver nota sobre Cl 2.8-23.9 O “ensino de Cristo” provavelmente não se refere ao ensino ministradopor Cristo, e sim à verdadeira doutrina a respeito de Cristo.10 Ver “Igrejas domésticas e edifícios eclesiásticos primitivos”, em 2Jo.12 O “papel”, na época de Joáo, era feito de caniços de papiro, fáceisde se obter e de baixo custo. A “tinta” — termo grego derivado de umapalavra que significa “negro” — era feita da mistura de carbono, águae goma ou óleo (ver “Materiais de escrita no mundo antigo”, em 3Jo).
*l*V '*
N O T A S H I S T Ó R I C A S E C U L T U R A I S
Igrejas domésticas e edifícios eclesiásticos primitivos2J0Ã0 Os cristãos mais antigos reuniam-se
para adorar e ter comunhão em casas par
ticulares. Os cristãos mais influentes, com
casas mais espaçosas, abriam as portas para
seus irmãos e irmãs em Cristo. Num contexto
em que os cristãos quase sempre estavam
sob perseguição, as vantagens de se encon
trar num ambiente particular eram óbvias.1
Essa prática também é compatível com a
linguagem coloquial encontrada na Bíblia.2
As cartas do NT mencionam diversas igrejas
domésti cas, nas quais os cristãos se reuniam:
•!• Romanos 16.5 menciona várias igrejas
domésticas em Roma, e as famílias men
cionadas em Romanos 16.10,11 e 16.14,5
podem indicar as identidades de seus donos.
Em 1Coríntios 16.19, é mencionada uma
igreja que se reunia na casa de Áquila e
Priscila.
• f Colossenses 4.15 revela que uma igreja se
reunia na casa de Ninfa.
+ Filemom 2 registra as saudações de Paulo
à igreja que se reunia na casa de Filemom,
Áfia e Arquipo.
• f Em 2João 10,11, o apóstolo adverte os
leitores sobre o acolhimento dos falsos mes
tres em casa. Essa advertência pode significar
uma admoestação mais abrangente, de não
aceitar os falsos mestres na ig rej a.3
'Ver "A expansão geográfica da Igreja sob perseguição", em At 8; e "Primeiras perseguições à Igreja", em Ap 17. 2Ver "Adoção no mundo romano", em Rm 8; e “A festa
do amor", em ICo 11. !Ver "Heresias no cristianismo primitivo", em 2Co 10.