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    DIDTICA: A TEORIA E A PRTICA NA EDUCAO

    Neoremi de Andrade Toniazzo1

    Resumo: A Didtica expressa uma prtica pedaggica que decorre da relao bsica entreprofessor e aluno num momento histrico determinado. Reconhecendo a Didtica como Cinciaque , sendo pesquisa e tambm uso de tcnicas de ensino, deve-se conceber a idia de suaimportncia na contribuio para a formao do cidado desde a educao bsica, at o ensinosuperior. Entre as vrias abordagens didticas este trabalho, busca clarificar a teoria e a prticacomo objetos do ensino com nfase na histria do pensamento pedaggico brasileiro e naformao acadmica. Acrescente se ainda estratgias de ao educativa que vo alm doconfronto das teorias pedaggicas.

    Palavras chave:didtica, aprendizagem, ensino.Abstract: The expressed Didacticism a pedagogic practice that it elapses of the basicrelationship between teacher and student in a certain historical moment. Recognizing theDidacticism as Science that is, being research and also use of teaching techniques, it should beconceived the idea of her importance in the contribution for the citizen's formation from thebasic education, until the higher education. Among the several didactic approaches this worksearch to clarify the theory and the practice as objects of the teaching with emphasis in thehistory of the Brazilian pedagogic thought and in the academic formation. Increase stillstrategies of educational action that space besides the confrontation of the pedagogic theories.

    Key - words: Didacticism, learning, teaching.

    1. INTRODUO

    Este escrito busca discorrer sobre a dicotomia existente entre teoria e prtica na

    educao do ponto dos educadores. O trabalho apresenta tambm aspectos histricos da

    formao docente no Brasil e as tendncias do pensamento pedaggico brasileiro

    relacionando com a Didtica no ensino superior.

    Pura (1989, p. 21) diferencia didtica terica e prtica:

    Didtica terica aquela desenvolvida nos programas da disciplina, segundopressupostos cientficos que visam ao educativa, mas distanciada desta. Sopressupostos abstratos que se acumulam sobre o processo de ensino, na busca de torn -los mais eficientes. Didtica prtica aquela vivenciada pelos professores nas escolas apartir do trabalho prtico em sala de aula, dentro da organizao escolar, em relaocom as exigncias sociais. Esta no tem por compromisso comprovar os elementostericos estudados em livros ou experimentados em laboratrios, mas tem em vista o

    aluno, seus interesses e necessidades prticas.

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    Prossegue a autora dizendo que:

    A prtica cotidiana dos professores se contrape aos pressupostos tericos da Didticaterica, pois o professor no participa, na maioria das vezes, da elaborao dosobjetivos que ir perseguir. Os objetivos educacionais so previamente definidos noplano curricular da escola, por uma equipe de especialistas, sem a participao doprofessor que os recebe, em pequenas (grandes) doses bimestrais, em forma de tarefa aser cumprida.

    Percebe se uma grande mudana no discurso, que no altera em nada a relao

    pedaggica o que resume Garcia (1983):

    lamentvel presenciar docentes em suas aulas magistrais ensinando Paulo Freire e os alunos

    tomando nota... (apudPura 1989).

    Tanuri (2000) diz que somente com a revoluo francesa se tem uma escola

    normal a cargo de fato do estado, destinada a formao de professores leigos. Prossegue

    a autora dizendo que em 1820 com a criao no Brasil das escolas de ensino mtuo

    inicia se a preocupao no somente de ensinar as primeiras letras, mas de preparar

    docentes, instruindo-os no domnio do mtodo.

    Prosseguindo cronologicamente em 1 de maro de 1823, um Decreto cria a

    escola de primeiras letras pelo mtodo de ensino mtuo para instruo das corporaes

    militares. Este trabalho se baseia em que um ou dois indivduos tirados da Tropa de

    Linha das provncias, sejam da classe dos Oficiais Inferiores, sejam dos soldados, que

    tenham a necessria e conveniente aptido para aprenderem o mencionado mtodo, e

    poderem, voltando sua Provncia, dar lies no s aos seus irmos darmas, mas

    ainda s outras classes de cidados. (Deciso n. 69: 22/08/1823 Guerra).

    Tanuri (2000, p.64) diz que:

    A primeira escola normal brasileira foi criada na Provncia do Rio de Janeiro, pela Lein 10, de 1835, que determinava: Haver na capital da Provncia uma escola normalpara nela se habilitarem as pessoas que se destinarem ao magistrio da instruoprimria e os professores atualmente existentes que no tiverem adquirido necessriainstruo nas escolas de ensino mtuo, na conformidade da Lei de 15/10/1827.

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    Saviani2 em discurso proferido na Sesso Especial do Conselho Universitrio,

    reunido em Assemblia Universitria para outorga do ttulo de Professor Emrito da

    UNICAMP, no dia 15 de outubro de 2002 refora a lei de 1835:

    Quiseram as circunstncias, ajudadas evidentemente pelo empenho da direo daFaculdade de Educao e pela boa vontade do magnfico reitor em ajustar a sua agenda,que o presente ato fosse marcado para este dia 15 de outubro, dia do professor. E, assim, porque h 175 anos atrs, no dia 15 de outubro de 1827, era promulgada a primeira leigeral de ensino do Brasil independente.

    Saviani (2002) em seu discurso diz Em 1834, por fora da aprovao do Ato

    Adicional Constituio do Imprio, o governo central se desobrigou de cuidar das

    escolas primrias e secundrias, transferindo essa incumbncia para os governos

    provinciais, o que complementado por Tanuri (2000) afirmando que a primeira

    escola normal brasileira foi criada na Provncia do Rio de Janeiro.

    Com relao didtica a autora prossegue dizendo que:

    A organizao didtica do curso era extremamente simples, apresentando, via de regra, um oudois professores para todas as disciplinas e um curso de dois anos, o que se ampliou ligeiramenteat o final do Imprio. O currculo era bastante rudimentar, no ultrapassando o nvel e o

    contedo dos estudos primrios.

    Esta fragilidade ainda segundo Tanuri (2000) fez com que se adotasse o

    sistema de inspirao austraca e holandesa dos professores adjuntos.

    Tal sistema consistia em empregar aprendizes como auxiliares de professores emexerccio, de modo a prepar-los para o desempenho da profisso docente, de maneiraestritamente prtica, sem qualquer base terica. Introduzidos na Provncia do Rio deJaneiro pelo Regulamento de 14/12/1849, em vista do fechamento da escola normal queali existira, os professores adjuntos foram posteriormente adotados na Corte, pelodecreto 1331-A, de 17/2/1854, baixado pelo ministro Couto Ferraz, e a seguirinstitudos em outras provncias.

    A proclamao da repblica em 1889 pouco trouxe de extraordinrio no ensino

    pois segundo Nagle (1997) Passada a fase de luta em prol do novo Estado, arrefecem-

    se os nimos; h, na verdade, uma diminuio de tentativas de anlise e de programao

    educacionais. (ApudTanuri 2000).

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    Do ponto de vista de uma anlise histrica do pensamento pedaggico brasileiro,

    Gadotti (2006, p. 15) assim se expressa:

    Uma das snteses mais conhecidas a de Demerval Saviani, que esboa a presena, nahistria da educao brasileira, de quatro grandes tendncias (...): o humanismotradicional, marcado por uma viso essencialista do homem; o humanismo moderno,com uma viso de homem centrada na existncia, na vida, na atividade; a concepoanaltica, sem definio filosfica clara (de incio, positivista, e, mais tarde, tecnicista);e a concepo dialtica, marcada por uma viso concreta (histrica) do homem.

    Prossegue o autor fazendo aluso a Saviani do ponto de vista cronolgico dessas

    tendncias:

    At 1930: predomnio da tendncia humanista tradicional; de 1930 a 1945: equilbrio entre astendncias humanista tradicional e humanista moderna; de 1960 a 1968: crise da tendnciahumanista moderna e articulao da tendncia tecnicista e a concomitante emergncia de crticas pedagogia oficial que busca implanta la.

    Com relao ao incio do sculo passado, mais especificamente dos anos 30 at

    os anos 50 a didtica esteve fundamentada na corrente pedaggica da Escola Nova, que

    buscou superar os postulados da Escola Tradicional, trazendo assim uma reforma

    interna na Escola. O movimento da Escola Nova defendia a necessidade de partir dosinteresses das crianas. Destacou-se como fase do aprender fazendo, momento em que

    os jogos educativos passaram a ter um papel importante.

    Como caractersticas pedaggicas dessa tendncia Monarcha (1999, p. 289-336)

    diz que:

    A pedagogia que as embasava fundamentava se principalmente numa psicologia experimental esta j ento libertada dos estritos limites da psicofsica e das medies cefalomtricas preocupada com a aferio da inteligncia e das aptides, ou seja, com os instrumentos demedida e com seu valor de prognstico para a aprendizagem (ApudTanuri 2000).

    Tanuri (2000) ainda ao se referir a Escola Nova diz que:

    O movimento da Escola Nova continuava a centrar-se na reviso dos padrestradicionais de ensino: no mais programas rgidos, mas flexveis, adaptados aodesenvolvimento e individualidade das crianas; inverso dos papis do professor e doaluno, ou seja, educao como resultado das experincias e atividades deste, sob o

    acompanhamento do professor; ensino ativo em oposio a um criticado verbalismoda escola tradicional.

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    No perodo, entre os anos 60 e 80 do sculo passado a didtica assumiu o

    enfoque terico numa dimenso denominada tecnicista, e deixa o enfoque humanista

    centrado no processo interpessoal, para uma dimenso do processo ensino -aprendizagem. O crescimento industrial e o milagre econmico, faz se presente na

    escola e a didtica vista como uma estratgia objetiva, racional e neutra do processo

    como sugere Nagle (1974, p. 274).

    Essa delimitao dos problemas educacionais a uma abordagem estritamente tcnicatem sido apontada como responsvel por uma viso ingnua e tecnicista da educao,isolada de seu contexto histrico-social, que faria carreira na educao brasileira a partirde ento e da qual resultaria uma ampliao da nfase nos contedos pedaggicos, no

    carter cientfico da educao e na suposta neutralidade dos procedimentosdidticos (ApudTanuri, 2000).

    O referencial principal do ensino a fbrica e sobre ela se constroem as prticas

    educativas e as conceituaes referentes educao.

    Dos anos 90 atualidade, a didtica tornou-se instrumento para a cooperao

    entre docente e discente, para que realmente ocorra a apropriao dos processos de

    ensinar e de aprender. Para isso, importante o comportamento de ambos para que o

    conhecimento realmente acontea. Aparece o carter questionador do aluno em uma

    nova relao baseada nas indagaes do contraditrio, como diria Saviani (2002) sobre

    esta nova maneira de ver a educao assim se expressando:

    Trata-se de explicitar como as mudanas das formas de produo da existncia humanaforam gerando historicamente novas formas de educao, as quais, por sua vez,exerceram influxo sobre o processo de transformao do modo de produocorrespondente. um estudo que no se move sob o acicate das urgncias imediatas deconjuntura, mas que se prope a captar o movimento orgnico definidor do processohistrico.

    Este olhar sobre as contradies do capitalismo fez com que emergisse a

    corrente histrico crtica um debate que contempla tambm a forma como se ensina e

    apropria do conhecimento.

    2. NOVAS ESTRATGIAS DIDTICAS: PARA ALM DO CONFRONTO.

    Para alm do confronto uma expresso utilizada por Pura (2000), talvez esta

    expresso tivesse outro sentido para a autora h vinte anos atrs. Para este artigo a

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    expresso alm do confronto, uma tentativa de no ignorar a existncia de conflitos

    pedaggicos, mas de ultrapass los na medida em que se faz necessrio e pertinente.

    No contexto do prximo captulo a inteno de contemplar procedimentos didticos

    contemporneos que possibilitem a aprendizagem.

    Vrios so os fatores comportamentais que impedem o aluno a assimilar o que

    ensinado em sala de aula. Inibio e disperso so problemas que se sobressaem e

    notadamente prejudicam o relacionamento professor aluno. Acredita-se que a

    insero de novas estratgias didticas e do teatro possam ser recursos facilitadores da

    aprendizagem, uma ferramenta de grande relevncia, muito embora alguns lingistas

    discordem dessa hiptese.

    A dosagem da expresso teatral tambm deve ser considerada como objeto

    didtico com o objetivo de favorecer e desinibir os tmidos e abrandar os hiper-ativos.

    Para que haja eficcia na didtica aplicada, preciso que a dramatizao abranja a

    grade curricular de modo integral de acordo com o nvel escolar e faixa etria de cada

    aluno. O cenrio pode ser natural e de acordo com o tema da aula a ser ministrada pelo

    professor. A prtica da oralidade na educao um dos objetivos especficos que deve

    ser trabalhado com mais nfase, os alunos devem ser provocados sutilmente para o

    trabalho da oralidade em sala de aula. O gosto pela leitura tambm um diferencial

    para que o desempenho escolar dos alunos seja eficaz e pode acalmar os nimos, a

    impulsividade, de modo geral. . Deve-se desenvolver um trabalho didtico consistente e

    prazeroso ao aluno proporcionando diferentes formas de aquisio de conhecimentos

    atravs da leitura. Sabe-se que a dramatizao, para os jovens, um estmulo para a

    leitura e a escrita, j que a maioria sente dificuldade em se expressar atravs do texto

    descritivo, narrativo ou dissertativo.

    O mecanismo da leitura pode estar associado ao teatro, pois, este auxilia na

    conjugao verbal, na dico, clareza das idias lingsticas, e na formao de palavras.

    Isso faz com que a postura do aluno como ser social seja melhorada, no que se refere ao

    relacionamento com seus semelhantes aprendendo a exercitar e a socializar seu

    pensamento.

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    Didaticamente falando, provado que uma aula dinmica, aparentemente

    informal e descompromissada com livros didticos e roteiros, com certeza renda muito

    mais e gere resultados positivos do que uma aula formal. Nesse prisma, entende-se que

    os resultados didticos devem se afastar do convencional e da enfadonha sala fechada e

    buscar ambientes descontrados.

    Mas, existe rejeio de alguns profissionais de educao que consideram

    desnecessrio, educar ou ensinar o aluno por meio de formas diferenciadas do chamado

    mtodo tradicional. Dizem, at que perda de tempo, uma anlise prematura e sem

    consistncia.

    A insero da informtica, uma ferramenta disponvel na atualidade, como

    recurso criativo no ensino um meio de aprendizagem vivel e moderna do ponto de

    vista pedaggico, todo o professor tem e deve trabalhar com seus alunos a importncia

    da multimdia na aquisio de conhecimentos. Infelizmente, ainda encontra resistncia.

    Mas um recurso de grande importncia e de aceitao mpar.

    Isabel Alarco (1977) enfatiza a designao Trptico Didtico para designar a

    tripla dimenso ou a multidimensionalidade da Didtica: Investigativa, Curricular e

    Profissional. A primeira diz respeito ao trabalho do investigador nesta disciplina; a

    segunda refere-se formao curricular, inicial e/ou contnua, em didtica dos

    formadores e futuros formadores; finalmente, a terceira, refere-se s prticas do

    professores no terreno escolar. (didtica-Wikipdia, a enciclopdia livre).

    O Professor precisa dispor de conhecimentos e habilidades pedaggicas, que

    podem ser obtidas e aperfeioadas mediante leituras e cursos especficos. Estes

    conhecimentos e habilidades podem ser definidos como requisitos tcnicos e envolvem:

    a) Estrutura e funcionamento do Ensino Superior o professor deve ser capaz de

    estabelecer relaes entre o que ocorre em sala de aula com processos e estruturas mais

    ampla. Isto implica a anlise dos objetivos a que se prope o ensino universitrio

    brasileiro, bem como dos problemas que interferem em sua concretizao. E exigeconhecimentos relativos evoluo histrica das instituies e legislao que as rege.

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    que no tarefa fcil. Saber motivar implica ter presentes tanto no contexto da

    aprendizagem mais prximas com os mais distantes desde o espao fsico at a familiar.

    Por pedagogia entende-se hoje o conjunto de doutrinas, princpios e mtodos de

    educao tanto da criana quanto do adulto na busca de facilitar a aprendizagem. Para

    lidar com o saber pedaggico, embasamento das teorias cognitivas evolutivas de

    Piaget, sociais cognitivas de Vygotsky e grupais de Pichon Revire, pois foram eles

    que intuitivamente, pensaram o homem como intimamente ligado ao seu meio scio

    econmico -cultural. atravs desta inter - relao do homem com ele mesmo e sua

    comunidade, formando seres felizes, e cidados autnticos.

    Sendo a Didtica a parte da pedagogia que se ocupa dos mtodos e tcnicas de

    ensino destinado a colocar em prtica as diretrizes da teoria pedaggica e tambm

    estuda os processos de ensino aprendizagem. O educador Jan Amos Komensk,

    conhecido por Comenius, reconhecido como o pai da Didtica Moderna e um dos

    maiores educadores do sculo XVII proporcionou aos profissionais de educao meios

    eficazes para transmitir conhecimentos a seus alunos. De acordo com estudos, os

    elementos da ao didtica so professores, alunos, disciplina, contexto da

    aprendizagem e estratgias metodolgicas.

    A Histria da didtica muito tem contribudo para um melhor entendimento dos

    processos utilizados para o ensino e aprendizagem de estudantes em todos os nveis.

    Percebe se a necessidade de trabalhar a partir da diversidade das experincias

    pessoais juntando-se s novas tecnologias de comunicao para construir caminhos na

    prtica cotidiana da sala de aula em todos os nveis da Educao. Essa combinaointerativa de mltiplas mdias-texto, som, imagens, sob a monitorao do computador

    proporciona aos profissionais de diferentes reas do conhecimento, desempenhar o

    papel de educador que constri caminhos para que na prtica cotidiana da sala de aula

    obtenha resultados eficazes quanto aquisio de conhecimentos.

    O compromisso com a didtica e a Pedagogia, dentro e fora da sala de aula, as

    mltiplas mdias sempre estiveram presentes, mesmo que implcita, em experincias eestudos sobre formao docente, metodologia de ensino, relao professor-aluno,

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    paradigmas de interpretao da realidade, construo do conhecimento, meios de

    comunicao e tica.

    A convivncia conjunta dos meios tecnolgicos e profissionais da educao, em

    diferentes reas e departamentos em atividade de assessoria pedaggica, cursos de

    formao pedaggica levam a concentrar as atividades de pesquisas em duas questes

    centrais, tais como: educao continuada e interface comunicao e educao. Sendo a

    hipermdia um dos resultados da articulao dessas questes e da reconstruo conjunta

    de teorias e prticas individuais, possibilitando o usurio a navegar livremente pelo

    sistema. Este inclui quatro ns ncora de navegao, todos integrando texto, imagem

    e som que determina o encaminhamento para estudos: contextualizados, o caminho da

    prtica, a prxis como caminho e novos caminhos.

    Tendo a Didtica e a Pedagogia com aes pedaggicas articuladas a uma

    metodologia alicerada na idia de conhecimento como construo e comunicao de

    significados, propostas estas que possibilitam a consolidao de novas e importantes

    parcerias. A Didtica deve conviver com essa dupla feio teoria e prtica, pela

    responsabilidade social que a envolve nos rumos da experimentao oferecendo

    pesquisa quantitativa, objetivada e controlada pela estatstica.

    Trata-se, pois de ampliar o campo e absorver as auspiciosas modalidades da

    qualitativa, hoje disposio da didtica. Comenius (2008)sempre defendeu a idia de

    que a aprendizagem tem incio pelas impresses sensoriais, adquiridas atravs da

    experincia que mais tarde foi interpretada pela razo. Sendo constituda por trs

    elementos bsicos que so: compreenso, reteno e prtica, elementos que propiciamum ensino efetivamente quantitativo e qualitativo para se chegar qualificao

    fundamental, tais como: erudio, virtude e religio, as quais correspondem ao

    intelecto, vontade e memria, sendo os trs requisitos que levam a aquisio destas trs

    faculdades.

    Com esse objetivo, acredita-se que estudos sobre o trabalho em que a didtica

    aplicada por professores preocupados com a proposta de criar situaes na quaisprofessores e alunos tenha a oportunidade de poder consultar ou recorrer a algum na

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    hora de refletir sobre sua prtica, encontrem o suporte essencial para a aquisio de

    conhecimentos com qualidade, pois somente com uma infra-estrutura que facilite a

    atuao e uma equipe de trabalho que assegure o intercmbio entre conhecimentos e

    idias d a sustentao necessria formao dos prprios professores.

    A interatividade um fator no desenvolvimento de uma prtica com excelncia

    que possibilita ao estudante a aquisio de conhecimentos em trs dimenses: controle,

    envolvimento e sntese, no processo de aprendizagem.

    A Instituio formadora de opinies deve acompanhar a evoluo do mundo

    proporcionando aos acadmicos uma verdadeira formao condizente ao que a

    sociedade exige de um ser comprometido com a evoluo do conhecimento. A partir

    desse quadro referencial, levantar questes histricas que tericos da educao vm

    refletindo, tais como o carter utilitrio da educao. Percebe-se que a formao dos

    professores est muito limitada para desenvolver prticas pedaggicas significativas. O

    professor precisa rever e conhecer situaes e problemas que originaram os

    conhecimentos, suas transformaes na histria, para que possa visualizar atitudes nas

    qual o aprendiz veja sentido em relao ao contedo e provoquem nele o desejo de

    aprender. Sem esse conhecimento histrico do j elaborado pela sociedade, o professor

    fica limitado na sua prtica didtico-pedaggico. Da a necessidade de compreender e

    conviver com a complexidade da vida contempornea, as transformaes rpidas, a

    perda dos referenciais, a incerteza da vida no planeta e a crise do sentido existencial por

    que passa o homem no momento atual, entre outros, tm provocado reflexes sobre o

    sentido do ser e estar no mundo.

    Percebe-se que no atual contexto de formao de professores pouco se tem

    exercitado prticas pedaggicas que habilitem os futuros professores a desenvolver

    aulas tendo como referenciais as novas metodologias que dinamizem prticas que,

    segundo Paulo Freire (1997), leve produo de conhecimento til vida dos futuros

    educadores.

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    Assim, acredita-se que possvel democratizar os conhecimentos e desenvolver

    novas ferramentas para que os profissionais da educao sejam capacitados e

    competentes para o contexto atual.

    3.0 CONSIDERAES FINAIS

    O percurso feito, do sculo XVII at nossos dias, indicou alguns marcos no

    desenvolvimento histrico da Didtica. A Didtica est impregnada de todas as

    inquietaes da poca e, entre as muitas frentes de pesquisa e explorao, ora requer

    auxlio da psicologia profunda freudiana, ora recorre s correntes neomarxistas.

    No se defende uma Didtica Marxista ou Didtica Sociolgica ou

    Didtica Cognitivista. Isto quer dizer que a Didtica numa disciplina pode ser

    desmembrada em vrios planos e que cada um deles contribua na diferente rea

    tornando-os teis e necessrios.

    A teoria e a prtica so duas faces que se complementam. Assim sendo, a

    Didtica implica no desenvolvimento cognitivo intelectual, com progressos na

    afetividade, moralidade ou sociabilidade, por condies que so do desenvolvimento

    humano integral, pois com a Didtica, como disciplina e campo de estudos, tende

    acelerar o progresso no sentido de uma autoconscincia de sua identidade, encontrada

    no seu ncleo central e de sua necessria interdisciplinaridade.

    Talvez o diferencial seja equacionar a oscilao entre uma tendncia

    psicolgica das relaes escola-sociedade, familiarizando se com teorias de origemepistemolgicas e sociais, sem perder, no entanto, seu compromisso com a prtica de

    ensino. Isso tudo, depende tanto de um esforo terico e reflexivo, quanto de um

    avano no campo experimental.

    REFERNCIAS

    ALCANTARA, Paulo. Disciplina Didtica no Ensino Superior Mestrando emEducao e-mail: [email protected] 12/08/2008.

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    BERGER, M.A. Disponvel em: www.4shared.com/dir/1104012/94135a8/sharing.htmlAcesso: 06/01/09.CARRARA. Rosangela. Materiais de estudos-disciplina: Didtica no EnsinoSuperior. Ps-Graduao FAMPER PR, 16/08/08; 23/08/08; 06/09/08; 13/09/08. E-mail: [email protected]. P. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.GADOTI, M. Pensamento pedaggico brasileiro. 8.ed. So Paulo: tica 2006.HENGEMHLE, Adelar. Formao de professores: da funo de ensinar aoresgate da educao. Petrpolis, RJ: Vozes, 2007.INSTITUTO DE BIOCINCIAS - Didtica no Ensino Superior. Departamento deEducao, UNESP/ BOTUCATU, p.181-182-(1999) e-mail: [email protected] DE ESTUDOS DE EDUCAO.LATAPI, Pablo. La Recherche ducative em Amerique Latine, inPERSPECTIVES,Unesco, 1(73), 1990, p.58 (nota n 3), v. XX.

    PURA, L.O.M. Didtica Terica e Didtica Prtica.So Paulo: Loyola, 2000.SAVIANI. D. percorrendo caminhos na educao. 274 Educ. Soc., Campinas, vol.23, n. 81, p. 273-290, dez. 2002 Disponvel em http://www.cedes.unicamp.br.www.centrorefeducacional.com.br/comenius.htm.