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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO PARANÁ – PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROF.ª SANDRA REGINA CRUL ORIENTADORA: PROF.ª MS. TELMA ADRIANA PACÍFICO MARTINELI CO-ORIENTADOR: PROF. MS. WESLEY LUIZ DELCONTI UNIDADE DIDÁTICA O ENSINO DO ATLETISMO NA METODOLOGIA CRÍTICO-SUPERADORA MARINGÁ/ PARANÁ 2008

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO PARANÁ – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROF.ª SANDRA REGINA CRUL

ORIENTADORA: PROF.ª MS. TELMA ADRIANA PACÍFICO MARTINELI

CO-ORIENTADOR: PROF. MS. WESLEY LUIZ DELCONTI

UNIDADE DIDÁTICA

O ENSINO DO ATLETISMO NA METODOLOGIA

CRÍTICO-SUPERADORA

MARINGÁ/ PARANÁ

2008

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Professor PDE: Sandra Regina Crul

1.2 Área PDE: Educação Física

1.3 NRE: Maringá

1.4 Professora Orientadora: Telma Adriana Pacífico Martineli

1.5 Professor Co-orientador: Wesley Luiz Delconti

1.6 IES: Universidade Estadual de Maringá

1.7 Colégio de Implementação: C. E. Jardim Independência

1.8 Público objeto de implementação: Alunos da 5ª série (E. F.)

3

2 INTRODUÇÃO

O presente material didático-pedagógico visa apresentar uma unidade didática para

o ensino do atletismo nas aulas de Educação Física para as 5ª Séries do Ensino

Fundamental. A proposta objetiva trabalhar com o esporte atletismo a partir de uma

perspectiva crítica.

Para cumprir esse objetivo, optamos enquanto fundamentação teórica, pelos

pressupostos da Metodologia Crítico-Superadora. A partir de uma análise crítica da

realidade brasileira, buscaremos elementos que contribuam para a superação do ensino

de Educação Física pautado em perspectivas pedagógicas tradicionais, escolanovistas e

tecnicistas, bem como as recentes psicomotricistas.

É necessária para isso a busca de proposições que apontem para novas

perspectivas no campo educacional e, particularmente, no âmbito didático e pedagógico

do ensino da educação física escolar, na especificidade histórica e cultural do atletismo

que é uma produção humana que precisa ser ensinada pelo professor e apropriada pelo

aluno.

Dessa forma devemos perceber a técnica como conhecimento historicamente

produzido, necessário de ser apreendido para além do ato motor e do simples

aprendizado das regras, percebendo-as enquanto construções socioculturais modificáveis

a partir do desenvolvimento científico-tecnológico corporal, levando-os a permanente

exercício da crítica (SOARES et al, 1992).

O professor de educação física deve ser um educador comprometido com um

projeto pedagógico originado no seio da classe trabalhadora, que deverá buscar a

emancipação dessa classe. Neste método o professor é o mediador do processo de

ensino-aprendizagem, colocando-se entre a criança e o conhecimento, nos seus aspectos

históricos, culturais, técnicos, táticos e científicos.

O desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade social terá como

referência a faixa etária da 5ª série que é a idade em que ocorre a ampliação das

referências conceituais do pensamento da criança, tomando consciência da atividade

teórica, ou seja, de que as operações mentais exigem a sua reconstituição na

imaginação, com o fim de atingir sua expressão discursiva, vale dizer, a leitura teórica da

realidade (SOARES et al, 1992).

A aula nessa metodologia, “aproxima o aluno da percepção da totalidade das suas

atividades, uma vez que lhe permite articular uma ação (o que faz), com o pensamento

4

sobre ela (o que pensa) e com o sentido que dela tem (o que sente)” (COLETIVO DE

AUTORES, 1992, p. 87).

Sendo assim, a aula é dividida em três fases contínuas, isto é, de forma espiralada.

No primeiro momento os conteúdos e objetivos são discutidos com os alunos para se

buscar a melhor forma para a execução das atividades propostas. O segundo momento

consiste na apreensão do conhecimento e nesta etapa o aluno passará a refletir sobre o

conteúdo explicado sistematicamente com a mediação do professor. O terceiro momento

é aquele em que chegam as conclusões, onde ocorrem as avaliações do que foi feito para

sistematizar ações futuras.

É importante destacar as contribuições de Vigotski para o processo de ensino,

considerando sua teoria do desenvolvimento próximo. Nesse aspecto Duarte (2007)

afirma que de acordo com a teoria vigotskiana, cabe ao ensino escolar, portanto:

A importante tarefa de transmitir à criança os conteúdos historicamente produzidos e socialmente necessários, selecionando o que desses conteúdos encontra-se, a cada momento do processo pedagógico, na zona de desenvolvimento próximo. Se o conteúdo escolar estiver além dela, o ensino fracassará porque a criança é ainda incapaz de apropriar-se daquele conhecimento e das faculdades cognitivas a ele correspondentes. Se, no outro extremo, o conteúdo escolar se limitar a requerer da criança aquilo que já se formou em seu desenvolvimento intelectual, então o ensino torna-se inútil, desnecessário, pois a criança pode realizar sozinha a apropriação daquele conteúdo e tal apropriação não produzirá nenhuma nova capacidade intelectual nessa criança, não produzirá nada qualitativamente novo, mas apenas um aumento quantitativo das informações por ela dominadas (DUARTE, 2007, p. 98).

Por isso, para que ocorra um ensino de qualidade do atletismo, devemos estar

atentos ao nível de desenvolvimento atual da criança, que consiste nas funções mentais

que já estão estabelecidas. A zona de desenvolvimento atual pode ser verificada através

dos testes, que demonstram o que a criança consegue fazer por si só. Já a zona de

desenvolvimento próximo estaria relacionada com aquilo que a criança consegue realizar

com a ajuda de um adulto ou de um companheiro mais capaz. Portanto, quando o

professor estiver ensinando o atletismo, ele deve direcionar suas ações tendo como meta

a zona de desenvolvimento próximo, para que ocorra de fato nossas aprendizagens

(DUARTE, 2007).

Dessa forma o trabalho a partir da metodologia crítico-superadora levará a criança

para além do senso-comum, onde suas experiências cotidianas e seu conhecimento

prévio se somarão ao científico, e ao final do processo de aprendizagem, o conceito será

mais elaborado.

5

As Diretrizes Curriculares (2008) têm contemplado o atletismo como esporte a ser

ensinado na escola, valorizando os conhecimentos históricos, culturais e técnicos com a

mediação do professor. O que podemos verificar que este esporte na escola é pouco

trabalhado e um dos aspectos que contribuem para esta realidade é que a cultura

brasileira tem utilizado da bola como expressão de comunicação, sendo privilegiado nas

escolas principalmente o futebol e os demais esportes coletivos com bola (ORO, 1983).

Percebemos aí, que o povo brasileiro não reconhece o atletismo como um valor cultural,

uma vez que entende cultura como expressão do intelecto e esporte como jogo de bola.

Um outro aspecto que influenciam significativamente para a quase ausência do

ensino do atletismo na Educação Física escolar é a própria ausêndia de políticas públicas

educacionais em nível Federal, Estadual e Municipal.

O número de crianças nas cidades brasileiras tem aumentado consideravelmente,

não sendo oferecido satisfatoriamente pelo poder público, ambientes para a prática do

lazer e de atividades que envolvam o movimento corporal, levando muitas crianças e

jovens a ficarem presos dentro de casas ou apartamentos. Esse processo tem trazido

uma responsabilidade muito grande para a escola e para a educação física, pois muitas

vezes o aluno somente terá a escola para o contato expressivo com a cultura corporal.

Na cidade de Sarandi por exemplo, não existem locais públicos para a prática do

atletismo, e os colégios estaduais apresentam pouco espaço físico para um bom

desenvolvimento do conteúdo. O Colégio Estadual Jardim Independência, no qual a

pesquisadora leciona, chegou a realizar um evento de torneio inter-classes divididos por

categorias na Praça Três Poderes, um local muito bom para fazer uma pista de atletismo

não oficial, mas que atualmente está sendo ocupado para a construção de área

comercial.

Para conseguirmos oferecer uma infra-estrutura adequada para o ensino do

atletismo os colégios de Sarandi deveriam ter um espaço físico melhor. Como isto não

existe, muitos professores usam a rua para a prática das atividades, porém até mesmo as

ruas estão sem condições de uso, por não serem um local apropriado para a prática do

atletismo escolar.

Como indicado acima, apesar de não contarmos com uma infra-estrutura

adequada, levaremos este conteúdo para os alunos e procuraremos, dentro das

possibilidades, ensinar o atletismo, resgatando uma cultura historicamente construída.

O objetivo do trabalho didático desta unidade é proporcionar o ensino dos

fundamentos históricos, culturais e técnicos do atletismo, na especificidade da corrida,

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com vistas na apropriação destes conhecimentos pelo aluno, entendendo-os como uma

manifestação da Cultura Corporal.

O conteúdo atletismo será desenvolvido em 18 aulas, subdivididas em oito

momentos temáticos, assim subdivididos:

− Módulo I: Origem e História do atletismo.

− Módulo II: Filme e interpretação.

− Módulo III: Corridas de velocidade e pista de atletismo.

− Módulo IV: Corridas de meio-fundo e fundo.

− Módulo V: Corridas de revezamento.

− Módulo VI: Corridas sobre barreiras.

− Módulo VII: Corridas com obstáculos e marcha atlética.

− Módulo VIII: Características gerais e Avaliação geral.

Na montagem dos módulos, a proposta contará com textos em três níveis de

entendimento, quais sejam: os textos propriamente ditos, elaborados pela professora

pesquisadora com a finalidade de subsidiar os estudos teóricos solicitados aos alunos.

Outra forma de texto apresentada, são as curiosidades que foram retiradas do Jornal

Folha de São Paulo, apresentando referências históricas sobre a temática do atletismo.

Por fim, alguns textos serão apresentados na forma de apontamentos, onde serão

realizadas algumas explicações básicas sobre conceitos, regras, origem e considerações

gerais de algumas corridas. A partir desta explicação os encaminhamentos pedagógicos

contidos nesta unidade didática serão apresentados a seguir.

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3 UNIDADE DIDÁTICA

MÓDULO I

1.º Encontro: 1.ª e 2.ª aula

Preparação do Processo deste encontro:

− Adquirir giz;

− Texto e curiosidade montado pelo professor pesquisador para cada aluno;

− Caderno pequeno para cada aluno (será o seu Portifólio);

− Quadro negro.

Conteúdo: Atletismo

− Origem e histórico no mundo e Brasil;

− Conceitos;

− Curiosidade.

Objetivos Específicos:

− Conceituar o atletismo na visão do aluno.

− Conhecer os princípios básicos do atletismo e seus elementos constitutivos.

1.º Momento:

O professor apresentará para a turma a estratégia de ensino a ser desenvolvida;

Colocará qual modalidade esportiva será desenvolvida e porque da escolha do

conteúdo específico corridas;

O professor pedirá para os alunos responderem às seguintes perguntas em seus

cadernos (Portifólio):

1. O que vocês conhecem sobre o atletismo?

2. De onde veio esta palavra?

3. Como podemos conceituá-lo?

4. Vocês conhecem a história e o desenvolvimento do atletismo no mundo?

5. Vocês conhecem a história e o desenvolvimento do atletismo no Brasil?

6. Vocês sabem qual importância que a sociedade tem dado para o atletismo?

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7. Cite alguma curiosidade sobre corrida?

O professor pedirá para cinco alunos da turma lerem as respostas e também os

que tiverem anotado outras informações;

Durante cada exposição o professor deverá registrar as informações apresentadas

pelos alunos;

Após ter registrado as informações, o professor fará uma síntese dos seus

conhecimentos.

2.º Momento:

Após estes questionamentos o professor entregará um texto com os conteúdos:

conceito do atletismo, desenvolvimento histórico e curiosidade para cada aluno e

explicará todo este conteúdo a partir do que eles já conhecem. Após explicação os alunos

deverão responder novamente as questões com a ajuda do texto literário.

3.º Momento:

O professor solicitará novamente para cinco alunos da turma lerem as respostas

com a ajuda do texto literário e anota as respostas no quadro.

Material Didático Utilizado:

TEXTO I1

O que é o Atletismo?

Do ponto de vista etimológico a palavra atletismo é derivada do grego: “athlos” que

significa lutador. É um esporte individual, onde os resultados são segundo a unidade de

tempo, medida e distância (BAZ, 2000).

A definição moderna do atletismo consiste de um conjunto de provas divididas em:

a) Provas de pista: corridas;

b) Provas de campo: saltos, arremesso e lançamentos;

c) Provas combinadas: decatlo (10 provas), heptatlo (7 provas), tetratlo (4 provas)

e pentatlo (5 provas), fazendo parte tanto provas de pista quanto de campo;

d) Provas de pedestrianismo: corridas de rua; corridas em campo: cross country;

corridas em montanhas e marcha atlética.

1 O texto I foi produzido pela própria professora-pesquisadora, fundamentado nas seguintes fontes:-BAZ, Isidoro Hornillos. Atletismo. 1. ed. Espanha: INDE Publicaciones, 2000.-POSSETTI, Luiz Emanuell; CALDEIRA, Fernando Felipe. Atletismo Escolar: Práticas e

Metodologias Aplicadas ao Ensino Regular. 1. ed. Jacarezinho: Godoy Ltda, 2007.

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Por apresentar movimentos culturais do homem desde os tempos ancestrais, o

atletismo é chamado de “esporte base”. Ele é composto por provas e estas em uma

competição são divididas de acordo com as categorias (masculino e feminino): Pré-mirim

(idade 12 e 13 anos), mirim (idade 14 e 15 anos), menores (idade 16 e 17 anos), juvenil

(idade 18 e 19 anos), sub-23 (idade 20 a 23 anos), adulto (acima de 18 anos) e veterano

(masculino: acima de 40 anos e feminino: acima de 35 anos) (POSSETI e CALDEIRA,

2007).

TEXTO II2

História do Atletismo

A história do atletismo remonta o próprio processo de desenvolvimento do homem.

De acordo com Schmolinsky (1982), marchar, correr, saltar e lançar objetos são, desde os

antigos tempos (pré-história), movimentos básicos e culturais de atividades físicas de

todos os povos do mundo e sociedades humanas.

De início, esses exercícios estavam diretamente relacionados com as atividades

para a sobrevivência ou defesa da humanidade e ocupavam lugar de destaque na

sociedade de armas e aquisição de bens fundamentais à vida.

O que pode ser visto é que as provas do atletismo nasceram da imitação dos

movimentos culturais que o mais antigo ancestral fazia para a própria preservação da vida

contra os predadores na busca de alimentos.

Segundo o Dr. Carl Diem, pesquisador alemão, a mais antiga referência histórica da corrida se encontra na tumba de Mahu, no Egito, onde se vê um grupo de corredores acompanhando o carro do faraó. Há 1300 A.C (antes de Cristo) Diódoro, historiador romano, descreve a educação recebida pelos príncipes egípcios, na época do Rei Sethos. Exercitavam diariamente realizando grandes corridas. Em pesquisas feitas pelo Dr. Carl Diem, em 1937, descobriu-se que o Rei Amenhotep II, no Egito, foi um grande corredor a quem ninguém podia alcançar. As corridas eram utilizadas apenas como recreação (www.cdof.com.br/corrida.htm).

2 O texto II foi elaborado pela professora-pesquisadora e fundamenta-se nas seguintes fontes:SCHMOLINSKY, Gerhardt. Atletismo. 1. ed. Lisboa: Editorial Estampa, 1982.SILVA, José Ferreira da; CAMARGO, Roberto Junqueira de. Atletismo Corridas. 1. ed. Rio de

Janeiro: Tecnoprint Ltda., 1978. http://pt.wikipedia.org/wikiAtletismoCategorias:Atletismo/Desportosolímpicos/EducaçãoFísica http://www.cdof.com.br/corrida.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_de_Federa%C3%A7%C3%B5es_de_Atletismo

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Sendo assim, a origem do atletismo é incerta, sabemos que foi também praticado

pelos Gregos antigos. A lenda diz que Hércules, depois de peregrinar pelo mundo, ficou

na ilha de Creta e construiu um estádio. Nele realizava corridas com outros simpatizantes.

Em volta do estádio havia uma grande plantação de oliveiras, e seus ramos

deveriam ser cortados para a confecção das coroas que premiariam os vencedores dos

jogos.

O Estádio de Hércules possuía apenas uma pista de corridas, que era percorrida

em um só sentido. E o percurso das provas de corridas foi aumentando. Outras provas

foram acrescentadas: luta corpo a corpo, lançamento de dardo e disco, o salto e o

pentatlo entre outras. Sendo as provas da Grécia antiga (SILVA E CAMARGO, 1978).

Vale dizer que os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram realizados em um dia, com

o aumento das modalidades de competição, passaram para cinco dias. De quatro em

quatro anos o povo Grego realizava o espetáculo e até as guerras eram interrompidas na

época dos jogos. Outros povos como os Helênicos e Espartanos também davam muita

importância às corridas atléticas.

O pentatlo (cinco provas) foi o evento olímpico que permaneceu durante muitos

anos, faziam parte as provas de lançamento do disco, salto em distância e luta livre. As

carreiras de homens com armaduras mais tarde fizeram parte do pentatlo.

Os romanos mesmo depois de conquistar a Grécia no ano 146 a.C. (antes de

Cristo) continuaram celebrando as provas olímpicas. O imperador Teodósio aboliu os

jogos no ano 394 da nossa era, pois esses jogos tornaram-se cruéis e sanguinários.

Durante oito séculos não se celebraram competições.

Tempos Modernos

Os jogos voltaram depois das escavações, em 1852, das ruínas do templo de

Olímpia. Voltando em meados do século XIX na Inglaterra.

Também neste século aconteceram as primeiras reuniões atléticas universitárias

(Oxford e Cambridge, 1864), o primeirao mitin nacional em Londres (1866) e o amador

nos Estados Unidos (1868). Sendo difundido o atletismo na Europa e América.

O francês Pierre de Fred, Barão de Coubertin, com toda persistência e luta

conseguiu, através de uma reunião com a participação de 15 nações, restabelecer os

“Jogos Olímpicos”. Dois anos após esta reunião, ou seja, em 1896, a Grécia celebrava no

Estádio de Atenas o reinício dos Jogos.

Estes jogos são realizados em vários países com intervalos de quatro anos.

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A Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) fundou-se em

1913, com sede central em Londres, a associação é quem coordena as competições de

atletismo em escala mundial, estabelece regras e da oficialidade às melhores marcas

mundiais obtida pelos atletas

(http://pt.wikipédia.org/wiki/associa%C3%A7%C3%3º_Internacional_de_Federa%C3%A7

%C3%B5es_de_Atletismo).

Segundo Schmolinsky (1982), a prática do atletismo hoje é em cima de técnicas

próprias de execução, com métodos de aprendizagem e regras próprias. Cita o autor que

a prática do atletismo apresenta objetivos políticos e culturais da classe dominante (ricos)

em todos os países. Destaca que quando existia a República Democrática Alemã, os

esportes baseavam na execução socialista (outra forma de sociedade), sendo protegidos

e desenvolvidos segundo os interesses da classe operária e de todos os demais

trabalhadores.

Com o desenvolvimento tecnológico o homem foi adaptando as pistas de terra

(ainda existe) em sintéticas, utilizando calçados aproviados com pregos para dar maior

adesão a pista tanto de terra (pregos maiores) quanto sintética (pregos de no máximo

cinco milímetro) para impulsionar o corredor. Com isso muitas fábricas como a Asics,

Mizuno, Reebok, Adidas, Puma tem favorecido o consumo.

TEXTO III3

História do atletismo no Brasil

Os pioneiros do Esporte organizado no Brasil foram os Ingleses e Alemães.

Surgiram vários clubes em São Paulo, o primeiro foi o São Paulo Athletic (1988), que

promoveu corridas a pé.

O atletismo no inicío foi praticado de forma empírica e descontínua, não

obedecendo muito as normas da Inglaterra. O primeiro livro foi editado em 1907 pela

livraria Garnier, com regras oficiais. Após três anos, em São Paulo, as regras já eram

observadas nos torneios dos clubes e colégios.

O jornal O Estado de São Paulo (1914), patrocinava o atleta completo, formado

por um conjunto de 12 provas para cada concorrente. Essa competição (dodecatlo), foi

realizada no clube Espéria, e ganha por Islovard Rasmussem (Dinamarquês), o brasileiro

chamado Amadeu Saraiva ficou com a segunda colocação. A corrida do Estadinho (24km)

3 Este texto III foi resumido pela pesquisadora da fonte: http://atletismors.hpg.ig.com.br/historiabrasil.htm.

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patrocinada pelo mesmo jornal e corrida nas ruas de São Paulo a partir de 1918, leva o

atletismo a ganhar novo interesse.

As primeiras regras internacionais (1921), foram seguidas por todos os clubes

brasileiros. O Club Atlético inaugurou o primeiro estádio com a modalidade de Atletismo

no Brasil.

Nesta época, começaram as disputas interestaduais entre São Paulo e Rio de

Janeiro e vários outros torneios com a participação com atletas Argentinos e Paraguaios.

O Brasil desde então tem procurado participar dos Jogos Olimpícos, Pan-americanos e

Universitários.

No Brasil o atletismo é controlado pela Confederação brasileira de atletismo

(CBAt). Compete-lhe regular o esporte no país e organizar as competições de caráter

nacional. No âmbito Estadual, o atletismo brasileiro é dirigido por federações que

organizam os seus próprios campeonatos.

CURIOSIDADE I4

ARTIGO DE JORNAL: CURIOSIDADE DO ATLETISMO NAS OLÍMPIADAS DE 1968

“John Carlos, protagonista do protesto anti-racista no México”, onde ficou com a

terceira colocação na prova dos 200 metros rasos, isto aconteceu nos Jogos do México

no ano de 1968 e seu colega Tommie Smith ficou com a medalha de ouro. Ambos de

luvas, descalços, ergueram os punhos e repetiram a saudação dos Panteras. “O partido

Pantera Negra para auto-defesa foi fundado em 1966, na Califórnia. Pretendia ajudar

negros a se proteger da arbitrariedade policial”.

MÓDULO II

2.º e 3.º Encontros - Aulas: 3, 4, 5 e 6

Preparação para este encontro:

− DVD: “Filme Carruagens de Fogo”;

− Giz;

4 Esta Curiosidade I foi subsidiada pelo artigo: LAJOLO, Mariana. Ativista marca vida com orgulho e desilusão. Folha de São Paulo, D 6, 04/05/2008.

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− Portfólio.

Objetivos Específicos:

− Assistir e refletir sobre a história do filme Carruagens de fogo;

− Relacionar o filme com o atletismo a partir de problematização junto aos alunos;

− Socializar e refletir com os alunos do grupo, com toda a sala e professor as

respostas colocadas no portfólio.

1.º Momento:

O professor colocará no quadro o que os alunos deverão ver no filme Carrruagens

de fogo e pedirá para escrever em seu portfólio.

1. Que história é contada ? (reconstrução da história).

2. Quais os principais atores? Fale sobre eles.

3. O que lhe chamou atenção visualmente?

4. Quais valores afirmados e negados como glória, mundo, trabalho,

companheirismo, justiça, fé, honestidade?

5. Qual relação do filme “ Carruagens de fogo” com o atletismo?

O professor deverá ler as perguntas passadas no quadro e colocará o DVD para os

alunos assistirem.

2.º Momento:

Os alunos deverão assistir o filme. Durante o desenrolar da história o professor fará

alguns comentários sobre os personagens, atitudes e provas de atletismo.

O professor pedirá para os alunos responderem os questionamentos no portfólio

como atividade de tarefa para casa.

Na próxima aula o professor colocará novamente o filme para terminar de assistí-lo

e após os alunos farão equipes de quatro pessoas para socializarem e refletirem as

respostas das questões. Um de cada grupo lerá a resposta de uma das questões e o

professor escreverá no quadro as respostas lidas.

3.º Momento:

Professores e alunos refletirão sobre as respostas colocadas no quadro e

procurarão relacioná-las com as corridas de hoje. Após o professor pedirá para os alunos

colocarem o que ficou faltando nas respostas dadas por eles no portfólio.

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TEXTO IV

FILME: CARRUAGENS DE FOGO

Gênero: drama

Atores: Ben Cross, Ian Charlesson, Nigel Havers

Direção: Hugh Hudson

Ano de Produção: 1981

País de Produção: Estados Unidos

Duração: 123 minutos

SINOPSE5

Esta é uma história verídica de dois corredores Britânicos que buscam a honra

como questão pessoal. Para isso, dedicam-se em treinamentos para participarem dos

Jogos Olímpicos de verão na França em 1924, juntamente com a equipe da Inglaterra.

Retratando a história real de Harold Abrans que busca escapar do preconceito de ser

Judeu e tornar-se um famoso corredor e também de Eric Liddell um missionário que

encontra na corrida de velocidade uma forma de honrar a Deus nesta cultura. Este filme

além de retratar muito bem o atletismo daquela época com seus valores, materiais

utilizados, pista de atletismo, provas de corridas relata também o companheirismo, a

glória, o mundo esportivo, o trabalho, a fé, a honestidade, a história e a cultura.

MÓDULO III

4.º Encontro – Aulas: 7 e 8

Preparação para este encontro:

− Giz;

− Apontamentos;

− Trena;

− Figuras da Pista oficial de atletismo.

5 Texto IV: Esta sinopse foi elaborada pela professora-pesquisadora após assistir o filme e ler a sinopse da capa.

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Conteúdo: Atletismo: Corridas de Velocidade e pista de atletismo.

Objetivos:

− Refletir sobre o filme “Carruagens de fogo” relacionando-o com a tecnologia

utilizada antes e agora em relação a pista e as corridas de velocidade;

− Experienciar as corridas de velocidade como esporte individual nos seu aspecto

técnico e suas regras básicas e adaptadas;

− Analisar criticamente os valores ideológicos característicos do contexto histórico

no qual está inserido, buscando compreender seu sentido e significado;

1.º Momento:

O professor na quadra fará um círculo e conversará com os alunos sobre o filme

Carruagens de fogo pedindo para os alunos fazerem uma relação com as corridas de

velocidade e pista de atletismo vistas no filme e compará-las com a tecnologia utilizada

antes e agora como esporte espetáculo.

Após esta comparação o professor perguntará para os alunos como poderá

trabalhar com as corridas de velocidade do atletismo na escola. Solicitará aos alunos o

que eles conhecem sobre os gestos característicos das corridas de velocidade, tais como

saída baixa, a corrida no percurso e a chegada.

2.º Momento:

Fonte: http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagem2.php

No decorrer dos processos pedagógicos, diferentes atividades são elaboradas com

base em brincadeiras e atividades, enfatizando os elementos constitutivos das corridas de

velocidade como: movimentos básicos da técnica da corrida de velocidade, saída baixa,

corrida de velocidade e chegada, que serão reconhecidas e vividas em brincadeiras

adaptadas.

16

1.ª atividade: Mãe da rua.

O professor explicará aos alunos que nesta brincadeira eles ficarão dispostos nas

laterais da quadra e um dos alunos ficará no centro. Quando o professor pedir para trocar,

os alunos mudarão de lado e aquele aluno que o colega tocar na passagem, irá ajudá-lo a

pegar quando houver as trocas, até ficar no centro todos os alunos.

O professor demonstrará os exercícios básicos que deverão ser utilizados pelos

alunos nas trocas. 1º) calcanhar batendo no bumbum; 2º) elevação dos joelhos alto; 3º)

elevação dos joelhos baixo; e, 4º) elevação do joelho com extensão da perna. Os alunos

que ficarem no centro também somente poderão pegar o companheiro utilizando os

gestos indicados pelo professor. Terminando se fará novamente as trocas com gestos

indicados pelos alunos.

Após a brincadeira, o professor chamará os alunos é comentará que a corrida no

início da história era vista de forma natural, mas com o passar dos anos com as

mudanças tecnológicas em nossa sociedade a técnica foi cada vez mais sendo

aperfeiçoada utilizando novos vestuários, calçados e locais para a prática. O professor

mostrará uma sapatilha de corrida e fala sobre ela e também mostrará um taco que é

utilizado na saída, para dar impulsão ao corredor, e assim perder menos tempo na hora

da largada. Explica que hoje é utilizado o griffé, que consiste na posição de colocação dos

pés no solo para dar maior velocidade (parece que entrará de calcanhar, mas termina

com o pé em ponta).

2.ª Atividade:

O professor solicita para os alunos formarem no final da quadra quatro fileiras e faz

perguntas para os alunos, pedindo para que os mesmos, tentarem fazer o gesto solicitado

até o final da quadra. As perguntas são as seguintes:

− Como os alunos podem correr com os joelhos altos?

− Como os alunos podem correr batendo o calcanhar no “bumbum” e em seguida

elevando os joelhos?

− Como os alunos podem correr batendo o calcanhar no “bumbum” em seguida

elevando os joelhos e utilizando as pontas dos pés? (Corrida propriamente dita).

3.ª atividade:

O professor explicará o gesto técnico para os alunos e após pedirá para formar

grupos de quatro alunos. Cada grupo discutirá e apresentará para a turma e para o

17

professor a melhor forma de correr veloz (todos deverão correr, o quarteto de cada

grupo). Após cada grupo apresentar as formas de correr veloz, reuniremos novamente

para ver o que chegou mais próximo dos gestos técnicos.

4.ª Atividade: Brincadeira de reflexo (iniciação para a saída baixa).

Esta atividade consiste em várias formas de posições de saída: sentada, deitada,

em pé, de costas... As posições serão indicadas pelos alunos. Após indicação os alunos

ficarão na posição que com um sinal do professor (podendo ser um apito, uma batida de

palma, um toque em um aluno que será o que dará a ação inicial), deverão correr até o

meio da quadra, saindo o mais rápido possível.

5.ª Atividade: Brincadeira de “Cara ou Coroa”.

O professor pedirá para os alunos ficarem de costas um para o outro, sendo um

grupo cara e outro coroa. Quando o professor disser “cara”, o grupo “coroa” deverá

perseguir o grupo dos “cara” até pegá-los. Cada aluno terá outro de costas que irá fugir ou

pegar. Assim que todos pegarem os companheiros. Voltarão a posição e continuarão a

brincadeira (os “coroas” também deverão perseguir os “caras” quando solicitados).

6.ª Atividade: Brincadeira de desequilíbrio.

O professor pedirá para os alunos fazerem quatro fileiras. Eles deverão ficar com

os dois pés paralelos e desequilibrar o corpo para frente e após um sinal os primeiros de

cada fileira deverão correr até o centro da quadra e assim sucessivamente.

Por meio desta atividade, o professor identificará o pé que ficará na parte de trás

do taco na saída baixa. Seria o pé que quando desequilibrar alcançará o solo primeiro.

7.ª Atividade:

O professor pedirá para os alunos fazerem duplas. Os alunos conversarão e

definirão quem da dupla será o corredor e quem será o taco. O professor explicará a

posição que o aluno que será o taco (ou bloco de partida) deverá ficar. O outro aluno

utilizará do “taco” (seu companheiro de dupla) para fazer a saída baixa. Após a realização

da atividade, os alunos deverão trocar de papel.

Em seguida, os alunos discutirão como farão esta atividade com a orientação do

professor, dando a saída utilizando as ordens de comando:

− “As suas marcas” (Posição no taco) com as mãos atrás de uma linha

desenhada na quadra;

18

− “Prontos” (elevação do quadril);

− “Apito” para que todos corram e chegada (também feita com giz) abaixando o

tronco.

Ao término reúnem-se os alunos e comentarão sobre o trabalho em equipe,

importância de se brincar com o colega, da organização coletiva e da técnica da corrida.

3.º Momento:

8.ª Atividade:

O professor ensinará aos alunos com ajuda de uma trena e giz como fazer uma

raia, em seguida dividirá os alunos em equipes de seis. A equipe executará a saída com a

ajuda dos colegas. Observarão como corre o companheiro, corrigindo a técnica

aprendida. Após, o professor irá observar o trabalho em grupo e como a interação entre

os alunos contribuiu para a aprendizagem.

O professor voltará para a sala de aula distribuirá dois apontamentos: A pista de

atletismo e Técnicas de corridas de velocidade e comentará sobre eles. Em seguida

mostrará a imagem de uma pista de atletismo e junto com os alunos descobrirão os locais

das provas, fazendo os mesmos lembrarem da pista do Filme “Carruagens de fogo”.

APONTAMENTO I – A PISTA DE ATLETISMO6

A pista oficial de atletismo possui oito raias e estas apresentam tamanho de 1

metro e 25 centímetros. Na reta de chegada das provas acontece a corrida de 100

metros, a pista contém duas retas e duas curvas. O comprimento de cada raia interna é

de 400 metros (mais próximo do centro). A raia mais externa não tem 500 metros.

As corridas de velocidade (curtas) como o 100 metros, a regra não permite que o

corredor saia de sua raia. Já nas corridas de meio – fundo (média) e fundo (longas), a

regra diz que não precisa correr raiado, podendo correr na primeira raia, sendo até fácil

para que todos corram a mesma distância.

Geralmente em competições de maratona a saída e chegada acontecem na pista.

Existem espaços destinados a competição de salto em altura, distância,

6 Apontamento I produzido pela pesquisadora utilizando como referências:- CBAt. Regras oficiais de Atletismo. RJ: Sprint, 2006.- POSSETTI, Luiz Emanuell; CALDEIRA, Fernando Felipe. Atletismo Escolar: Práticas e

Metodologias Aplicadas ao Ensino Regular. 1. ed. Jacarezinho: Godoy Ltda, 2007.

19

lançamento do dardo, disco, martelo e arremesso do peso, são provas de campo (CBAt,

2006).

Possetti e Caldeira (2007) explicam que na partida para as provas de velocidade

são dadas as seguintes vozes de comando: As suas marcas: o corredor coloca-se no

taco ou bloco de saída baixa, as mãos devem ficar atrás da linha, com os dedos para fora

e o polegar para dentro. Pronto: O corredor eleva o quadril deixando mais alto que os

ombros, o joelho deixa o solo. Saída: acontece por meio de um barulho (apito ou

revólver).

APONTAMENTO II – TÉCNICAS DAS CORRIDAS DE VELOCIDADE7

Tratando de corrida em termos técnicos, no caso do atletismo devem ser

abordados os pontos principais pelo professor de Educação física como movimento dos

braços, pernas, tronco, cabeça e pés.

As provas de velocidade pura são 100 metros e 200 metros e velocidade

prolongada 400 metros. Os corredores de 200 e 400 metros correm de forma escalonada

devido ao raio da curva, assim todos percorrem a mesma distância.

O conceito de velocidade é visto como “a capacidade de realizar esforços de

intensidade máxima com freqüência de movimentos máximos ou a capacidade de cobrir a

maior distância dentro de um menor tempo” (FERNANDES, 2003, p. 50).

Podemos dividir as fases da corrida de velocidade em: a saída ou partida, o

desenvolvimento e a chegada.

Muller e Ritzdorf (2002), explica que ao ensinar os exercícios básicos de

coordenação para as corridas, o professor mostrará os gestos utilizados na técnica da

corrida de velocidade, ação em “griffé” do pé de apoio, a extensão completa do corpo e a

ação dinâmica e descontraída dos braços, movimentando-se lateralmente ao corpo.

MÓDULO IV

5.º Encontro: Aulas: 9 e 10

Preparação para este encontro:

7 O apontamento II produzido pela pesquisadora utilizando as seguintes referências:- FERNANDES, José Luís. Atletismo: corridas. 3. ed. rev. São Paulo: EPU, 2003.- RITZDORF, Wolfgang; MULLER, Harald. Guia IAAF do Ensino de Atletismo: Corre! Salta! Lança!

1. ed. Santa Fé: Imprenta Ciscato, 2000.

20

− Giz;

− Definição de local para a atividade;

− Texto;

− Curiosidade;

− Cronômetro.

Conteúdo: Corridas de meio – fundo e fundo.

Objetivos:

− Oportunizar o conhecimento e experiência básica da corrida de meio-fundo,

relacionando com a sociedade e seus valores, seu aspecto técnico, suas regras

básicas com o contexto histórico no qual está inserida, buscando compreender

seu sentido e significado.

− Oportunizar a aprendizagem de noção de ritmo, alongamentos e trabalho em

equipe buscando, bem como, privilegiar o coletivo sobre o individual.

1.º Momento:

O professor junto com os alunos na quadra problematizará como poderão

desenvolver o conteúdo de corridas de meio-fundo utilizando o espaço do colégio. Após

explica o que é uma corrida de meio-fundo e fundo e o que é necessário para as pessoas

quando estão correndo.

2.º Momento:

1.ª Atividade:

O professor conversará com os alunos para fazerem um percurso ao redor do

colégio em um ritmo de trote e acompanha os alunos utilizando o cronômetro do relógio

para marcar o tempo. Terminado o percurso o professor informa quantos minutos levaram

para dar uma volta ao redor da escola e leva-os para tomarem água, após solicita para

que sentem na quadra e faz os seguintes questionamentos:

− O ritmo que utilizaram de trote cansou muito?

− Por que é importante a reposição de líquido quando caminhamos ou corremos?

21

− Existem muitas árvores plantadas ao redor do Colégio? Que tipo de ar ela

produz que é essencial para a vida humana?

− Vocês acham que exercitar em ambientes arborizados é melhor para a saúde

ou não?

2.ª Atividade:

O professor verificará o número de alunos e dividirá a turma em quatro grupos: A,

B, C e D.

O grupo A correrá num ritmo em que todos do grupo consigam correr ao redor do

colégio e o professor cronometrará o tempo até o portão de chegada assim

sucessivamente com o grupo B, C. e D. Após cronometrar o tempo de corrida de todos os

quatro grupos, sentará novamente na quadra com os alunos e explicará as diferenças de

tempos entre as equipes e questionará:

− O que seria o tempo nas corridas longas nas competições?

− E no Colégio é necessário vencer ou buscarmos fazer o melhor que podemos?

3.ª Atividade:

Atividades propostas por eles. Nestas atividades o professor orientará como deve

ser a colocação dos pés e do corpo na saída de uma competição de corrida de meio-

fundo e que é chamada saída alta.

Após as atividades propostas pelos alunos o professor pede para sentarem e faz

uma relação do trânsito com a poluição do ar. O professor pergunta para os alunos:

− A cidade de Sarandi possui um trânsito com muitos veículos?

− O que é necessário para purificar o ar?

O professor fará uma relação do homem com a natureza e também da relação

entre as pessoas e a prática corporal.

4.ª Atividade:

O professor realizará um alongamento final com os alunos e explicará que é

sempre importante estar alongando no início e final das atividades. Solicitará para os

alunos retornarem para a sala de aula.

3.º Momento:

22

Os alunos retornarão para sala de aula, após tomarem água. Na sala de aula o

professor fará uma relação da corrida com ambientes poluídos, ritmo, corrida de pista,

maratona, água necessária durante e após as corridas, alongamento e relação de

trabalho em conjunto. Após distribuirá um texto para os alunos explicando o conteúdo e

neste encontrarão respostas para os questionamentos do decorrer das aulas.

TEXTO V8

DEFINIÇÕES DE CORRIDAS DE MEIO-FUNDO E FUNDO

Para Possetti e Caldeira (2007), as corridas de meio-fundo são as provas com

distâncias não muito longas como 800 metros e 1.500 metros. As provas com distâncias

maiores como 5.000 metros e 10.000 metros são chamadas de fundo. Também são

consideradas corridas de fundo as provas praticadas na rua, Cross-country e a maratona.

A largada é executada em pé, com dois apoios, um pé à frente e outro atrás

inclinando o corpo para frente levemente.

Fernandes (2003), diz que nas corridas de meio-fundo o pé deve apoiar-se

primeiramente sobre o metatarso; já nas provas mais longas (fundo) coloca-se primeiro a

parte anterior do pé e depois a parte lateral externa, sendo que o calcanhar aproxima-se

mais do solo em comparação com as corridas de velocidade, onde o calcanhar fica mais

elevado.

O mesmo autor define as corridas de meio-fundo “como a capacidade de resistir à

fadiga nos esforços de intensidade elevada, durante o maior tempo possível”

(FERNANDES, 2003, p. 42). Nas corridas de fundo trabalha-se a resistência geral que “é

a capacidade de resistir à fadiga nos esforços de longa duração e de intensidade fraca”

(FERNANDES, 2003, p. 20).

A passada do corredor de média e longa distância será menor do que a passada do

velocista, com movimentos menos amplos de braços e pernas.

A orientação para o corredor é sempre alongar-se antes e após a corrida, pois

ajudará a evitar o enrijecimento dos músculos. Antes prepara a musculatura para

enfrentar a repetição das contrações musculares e após a corrida, ajuda no relaxamento

8 Este texto V foi elaborado pela pesquisadora com as seguintes referências:- FERNANDES, José Luís. Atletismo: corridas. 3. ed. Ver. São Paulo: EPU, 2003.- POSSETTI, Luiz Emanuell; CALDEIRA, Fernando Felipe. Atletismo Escolar: Práticas e

Metodologias Aplicadas ao Ensino Regular. 1. ed. Jacarezinho: Godoy Ltda, 2007.- http:// www.playteam.com.br - http://www. mundodascorridas.blogspot.com- http:// www.fiocruz.br/biossegurança/Bis/infantil/fotossintese.htm

23

dos músculos. A falta de alongamento provocará encurtamento da musculatura

(www.playteam.com.br).

O que deve ser observado quando está correndo longas distâncias é a hidratação,

muito importante para repor os líquidos e minerais perdidos pela transpiração. Ao

praticarmos exercícios devemos tomar água, pois o exercício provoca um consumo

energético que chamamos energia mecânica (movimento) e energia que se liberta na

forma de calor que provoca a perda de água pelo organismo

(www.mundodascorridas.blogspot.com).

Outro fator importante quando estamos correndo está relacionado com as árvores,

elas são muito importantes para a saúde das pessoas. Realizam a fotossíntese que

consiste em uma das principais fontes de energia da natureza, tanto para os vegetais

quanto para outros seres vivos. A fotossíntese desempenha o papel na natureza de

purificar o ar, “pois retira o gás carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de

combustíveis, como a gasolina, e ao final libera oxigênio para a atmosfera”

(www.fiocruz.br/biossegurança/Bis/infantil/fotossintese.htm).

Na relação do homem com o ambiente levou o mundo a ficar com poucas árvores,

existem lugares que a poluição do ar é muito grande, isto por que aconteceram muitos

desmatamentos em favor do que chamamos de progresso. A busca por bens matérias

leva o homem a tomar decisões que tem prejudicado toda humanidade. O ambiente

habitado pelos humanos está muito poluído.

Todo ano acontece corridas de rua no Brasil, como a São Silvestre e Meia-

maratona na cidade de São Paulo. O que observamos nesta cidade é um número muito

grande de fábricas e uma infinidade de carros, outra fonte de poluição, desfavorecendo

um ar agradável para as corridas.

Na cidade de Sarandi existem pouquíssimos eventos de corrida promovidos pela

prefeitura, mas podemos observar muitas árvores plantadas pelo homem na cidade.

CURIOSIDADE II – HISTÓRIA DA MARATONA

Como citamos acima a meia-maratona de São Paulo não poderemos deixar de

contar como aconteceu a primeira maratona, em homenagem ao soldado Grego

Feidípedes, que, em 490 a.C. (antes do nascimento de Cristo), teria percorrido a distância

de 42 quilômetros e 192 metros entre as cidades de Maratona e Atenas para anunciar a

vitória da guerra aos Persas, que por exaustão caiu morto9.

9 Esta curiosidade foi encontrada na Folha de São Paulo: Folhinha, Aventuras Olímpicas em 24/05/2008.

24

MÓDULO V

6.º Encontro: Aulas: 11 e 12

Preparação para este encontro:

− Bastões improvisados com cabo de vassoura (30 cm);

− Apontamentos;

− Giz;

− Caixinhas de perguntas.

Conteúdo: Corridas de revezamentos, Passagem visual e não visual.

Objetivos específicos:

− Possibilitar aos alunos a aprendizagem básica adaptada das corridas de

revezamento visual e não visual, relacionando seus aspectos técnicos, algumas

regras com o contexto histórico na qual esta inserida, buscando entender seus

sentidos e significados na sociedade.

− Proporcionar a aprendizagem do gesto técnico, buscando o significado do

mesmo para os praticantes, bem como, privilegiar o coletivo, pois no

revezamento o entrosamento é fundamental para que não aconteça a queda do

bastão.

− Refletir sobre a prática do atletismo, relacionando-o com o tempo do dia-a-dia.

1.º Momento:

O professor conversará com os alunos na quadra em círculo sobre o que eles

sabem em relação as corridas de revezamento no atletismo e trará um bastão para

explicar o que é uma passagem de bastão e para que serve.

O professor fará uma relação com o filme “Carruagens de fogo”, onde houve uma

cena em que acontecia o revezamento.

Junto com os alunos o professor verificará como serão desenvolvidas as atividades

para acontecer a iniciação ao aprendizado da passagem do bastão no revezamento.

2.º Momento:

25

O professor juntamente com os alunos proporá as seguintes brincadeiras e

atividades:

1.ª Atividade: Pegador e Fugitivo.

Dividem-se os alunos em duplas, sendo um pegador e outro fugitivo. O pegador

com um bastão na mão deverá correr para alcançar o fugitivo. Quando alcançá-lo passará

o bastão para o fugitivo de frente, de lado ou de costas. Assim que alcançar o

companheiro deverá dizer “Já” e este (fugitivo) estenderá a mão e assim o pegador

entregará o bastão na mão do colega. Após a passagem ocorre a inversão das posições.

A corrida poderá ser em qualquer lugar da quadra, todos deverão correr atrás do seu

companheiro. Depois trocarão as duplas e farão a mesma brincadeira.

Após, o professor reunirá os alunos e explicará que na corrida de revezamento a

união entre o grupo é muito importante para que aconteça a passagem de forma que o

bastão chegue na mão do companheiro.

2.ª Atividade:

Os alunos ficarão em colunas com quatro componentes. O professor explicará

como acontece a passagem não visual do bastão e pedirá para eles realizarem sem

movimentação de corrida (parados) e sem nenhuma técnica.

Após o professor explicará que o revezamento sempre acontece em grupos de

quatro pessoas e que o primeiro e o terceiro sempre recebem o bastão com a mão direita

e o segundo e o quarto com a mão esquerda e solicita para fazerem dessa forma com

movimentos descendentes (cima para baixo) na colocação do bastão e com ascendentes

(baixo para cima).

O professor, após a atividade explicará que esta é uma técnica utilizada na pista de

atletismo para que a equipe consiga passar o bastão para o colega sem cruzar o braço no

momento do “já” e também pelo motivo das curvas e retas. Testando a atividade livre e a

conduzida pelo professor o mesmo pergunta para os alunos se eles querem receber o

bastão como acontece em uma pista oficial ou como eles acham mais confortável.

Fixando bem o gesto parado, continuando nos grupos com quatro alunos, todos

correrão pela quadra trotando e passando o bastão para o companheiro da maneira que

eles escolheram.

3.ª Atividade: Estafetas.

1.ª Estafeta

26

O professor pedirá para os alunos fazerem quatro colunas de números iguais num

dos fundos da quadra e colocará cones em frente de cada coluna a uma distância

combinada entre os alunos. Estes deverão correr com o bastão na mão contornar o cone

e passar o bastão para o último aluno da sua coluna, chegando perto dirá já e este

correrá fazendo o mesmo percurso até chegar novamente o primeiro que saiu com o

bastão. As regras para esta brincadeira de estafeta serão construídas pelos alunos.

2.ª Estafeta

A princípio o professor pedirá para os alunos fazerem quatro colunas no fundo da

quadra e marcas com giz para simular zona de passagem. O professor perguntará para

os alunos qual o tamanho que eles querem para a zona de passagem observando o

tamanho da quadra. Após decidirem a zona de passagem o professor com os alunos

farão com o giz a zona de passagem na quadra. O professor explicará para os alunos que

em uma pista oficial a zona de passagem é de 20 metros e que também existe uma

corrida de aproximação de 10 metros para que os mais experientes passem o bastão sem

perder tempo.

O professor organizará passagens não visual e descendentes de dois em dois

alunos sendo realizado quatro passagens a cada saída, pois teremos quatro colunas.

Após a atividade o professor falará como ocorre uma desclassificação e pergunta

para os alunos se eles já assistiram uma desclassificação de revezamento 4 X 100

metros.

3.ª Estafeta

O professor pedirá para os alunos ficarem nos quatro cantos da quadra de futsal, e

divididos em equipes de quatro alunos distribuídos pelos cantos. A primeira equipe correrá

e passará o bastão entre seus colegas. O professor marcará o tempo. E a cada equipe

que correr o professor falará o tempo para estimular as outras equipes que estiverem

esperando. Esta atividade será feita duas vezes com a passagem visual. Antes de

começar a atividade o professor explicará o que é uma passagem visual e como deve ser

feita.

4.ª Estafeta

O professor pedirá para os alunos fazerem equipes de quatro alunos e conversará

com eles como poderiam fazer o revezamento com passagem visual utilizando a calçada

ao redor do colégio. Após decisão o professor pede para decidirem quem será o primeiro,

27

segundo, terceiro e quarto aluno. Neste revezamento o professor cronometrará os tempos

gastos pelas equipes e dirá para os alunos, assim cada equipe terá noção do tempo de

todas as equipes.

3.º Momento:

Após esta parte prática o professor informará para os alunos como foi o trabalho

em equipe, o interesse pela aula, a participação e dedicação dos alunos para a

aprendizagem da corrida de revezamento.

Assim para que aconteça uma fixação maior do conteúdo o professor sugere uma

brincadeira da “caixinha de perguntas” dos conteúdos trabalhados na práxis e solicita para

os alunos fazerem um círculo e sentarem no chão da quadra. O professor baterá um

pandeiro, quando ele parar de bater, onde a caixinha estiver parada, o aluno deverá pegar

uma pergunta e tentar responder. Caso não consiga, o aluno que está com a caixinha,

passa para o do lado direito ou esquerdo ou abre para o grupo.

Após esta atividade o professor retornará para a sala de aula e entregará dois

Apontamentos teóricos para os alunos lerem e colarem no caderno, referentes ao

conteúdo histórico e regras básicas da corrida de revezamento.

APONTAMENTO III10

ORIGEM

Segundo Fernandes (2003) apud J. Kenneth Dohert, em seu livro Tratado Moderno,

as corridas de revezamento foram idealizadas pelos norte-americanos. As atividades de

revezamento de cavalos puxadores das diligências, revezamento realizados por

bombeiros de Massachusetts foram os acontecimentos que estreitaram à idealização das

corridas de revezamento.

A primeira experiência ”foi realizada em 1893, com duas equipes de 4 X ¼ de

milha, cujo resultado positivo levou à inclusão da prova nas competições da primavera”

(FERNANDES, 2003, p.116).

A aceitação foi tão grande que a corrida passou a ser disputada em quatro níveis:

preparatório, secundário, universidade e academia.

10 Este apontamento III foi retirado do livro: FERNANDES, José Luís. Atletismo: corridas. 3. ed. Ver. São Paulo: EPU, 2003.

28

APONTAMENTO IV11

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Frómeta e Takahashi (2004), explicam que a corrida de revezamento, desde a

saída até a meta, tem como objetivo a passagem do bastão. Esta passagem deverá

acontecer dentro da zona de 20 metros, sem utilização da zona de aceleração (10

metros), para as crianças. Dentro da técnica da passagem de bastão deve acontecer

dentro da zona de passagem. Caso aconteça de passar antes ou depois desta zona de

passagem a equipe é punida com a desclassificação.

Possetti e Caldeira (2007), explicam que os revezamentos são formados por

equipes de 4 (quatro) pessoas que têm como meta levar o bastão passando de mão em

mão durante todo o percurso. As provas são 4 X100 metros, que utiliza passagem não

visual, podendo fazer a entrega do bastão com movimento ascendente (baixo para cima)

ou descendente (cima para baixo) e 4 X 400 metros que utiliza a passagem visual. Numa

competição após a entrega do bastão, cada equipe permanece em sua raia, isto para não

atrapalhar a passagem de outras equipes.

TEXTO VI

TEMPO

Fonte: http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagem2.php

O atual estilo de vida que levamos, principalmente nas grandes cidades, repletos de compromissos e atividades, nos transforma em escravos do tempo. Sobra pouco tempo para algumas das coisas que mais apreciamos, como ficarmos com as pessoas que amamos ou fazermos o que realmente gostamos. Sem dúvida, ansiamos por mais tempo. Tentamos nos libertar da opressão dos relógios, aprendendo a otimizar as nossas atividades e a priorizar o que é importante para nós. Afinal de contas, sabemos o que seja realmente o tempo? (OLIVEIRA, 2006)12.

11 Este apontamento IV foram retirado dos livros:- FRÓMETA, Edgardo Romero; TAKAHASHI, Kiyoshi. Guia metodológico de exercícios em

atletismo: formação, técnica e treinamento. Porto Alegre: Artmed, 2004.- POSSETTI, Luiz Emanuell; CALDEIRA, Fernando Felipe. Atletismo Escolar: Práticas e

Metodologias Aplicadas ao Ensino Regular. 1. ed. Jacarezinho: Godoy Ltda, 2007.12Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/53460

29

No atletismo especificamente nas corridas o tempo é fundamental, é uma corrida

contra o relógio, e assim na nossa vida estamos sempre olhando o tempo, vivendo em

função dele. Devemos parar e refletir para que serve o tempo em minha vida?

Um dos discípulos de Parmenides, Zenon de Eleia (505 -? a.C), apresentou alguns paradoxos sobre o tempo, dos quais o mais famoso aquele do corredor Aquiles e da tartaruga. O paradoxo consiste no seguinte: o corredor Aquiles persegue uma tartaruga. Os dois iniciam o movimento num determinado instante do tempo. Para cada distância percorrida pelo corredor a tartaruga avançaria certa distância. Por exemplo, quando o corredor atingisse o ponto do qual a tartaruga partiu ela avançaria a uma outra distância. Quando o corredor atingisse essa distância a tartaruga estaria numa outra posição. E assim por diante. Não seria pois possível ao corredor alcançar a tartaruga. Este paradoxo tem solução!13

Numa corrida na escola existirão alunos com diferentes ritmos, alguns lentos outros

mais rápidos, portanto, todos terão a sua individualidade e características próprias.

MÓDULO VI

7.º Encontro: Aulas:13, 14

Conteúdo: Atletismo, Corridas com barreiras.

Preparação para os encontros:

− Cones;

− Cordas de 1 metro;

− Giz;

− Apontamentos;

− Fita métrica.

Objetivos Específicos:

− Conhecer as características da corrida com barreiras.

− Proporcionar experiências com materiais adaptados e confeccionados pelos

alunos.

13 Fonte: http://www.cepa.if.usp.br

30

1.º Momento:

O professor conversa com os alunos sobre as corridas com barreiras, o que eles

conhecem, e pedirá para lembrarem do filme “Carruagens de Fogo” e fazerem uma

relação com o conteúdo. Após distribuirá textos de apontamentos para formularem

perguntas em relação ao conteúdo corridas com barreiras. O professor pedirá para alguns

alunos as perguntas formuladas explicando em seguida cada questão.

Após esta problematização feita pelos alunos o professor desce para quadra.

2.º Momento:

1.ª Atividade:

O professor colocará algumas cordas espalhadas pela quadra. Os alunos deverão

correr entre elas passando por cima da forma que desejarem.

2.ª Atividade:

O professor passará alguns alongamentos específicos que são utilizados nas

corridas sobre barreiras, mostrando como fica a perna sobre a barreira, perna de ataque e

perna de passagem.

3.ª Atividade:

Os alunos farão três colunas. O professor colocará cordas numa distância de 6

metros (1ª coluna), 7 metros (2ª coluna) e 8 metros (3ª coluna) entre cada corda e a

distâncias de 8 metros até a 1ª corda. Os alunos passarão por todas as colunas e

escolherão aquela em que a distância entre as cordas ficou melhor para o comprimento

de sua passada, procurando dar três passadas entre as cordas.

Terminando a atividade o professor reunirá os alunos para saber das dificuldades

que encontraram para dar as três passadas. Após relatos pede para os que conseguiram

passar bem, explicarem como fizeram. Depois o professor explicará como poderiam

passar sem perder o ritmo.

O professor comentará com os alunos como era a barreira na Olimpíada de 1924

na França como mostrou o filme “Carruagens de Fogo” e faz uma relação com o material

utilizado hoje. E pedirá a opinião de como poderiam fazer algumas barreiras para as aulas

com materiais adaptados, utilizando cordas e cones. Decidindo como fazer, o professor

solicitará aos mesmos para produzirem a barreira que poderá ser utilizada na aula.

31

4.ª Atividade:

Após a confecção das barreiras improvisadas com cones e cordas o professor

utiliza estas barreiras e executa exercícios como na 3ª atividade para fazerem bem as três

passadas entre as barreiras.

5.ª Atividade:

Os alunos serão divididos em três grupos. Cada um deverá fazer uma raia com giz

e colocar as barreiras feitas por eles na distância que acharem que foi melhor para eles

passarem com as três passadas. O professor levará uma trena para medirem as

distâncias. Após a primeira medida com a trena o professor pedirá para os alunos fazerem

as outras medidas com os pés (o professor explicará como medir com os pés).

Cada grupo procurará ajudar os colegas com dificuldades, para em seguida

apresentar a corrida sobre as barreiras para o professor.

3.º Momento:

O professor após esta atividade voltará para sala e fará uma avaliação com os

alunos do que foi feito. Após distribuirá o Apontamento sobre a China para os alunos

lerem, refletirem e depois debaterem com a sala (Quem pôde ir as Olimpíadas? Quais os

valores que são divulgados pela mídia? Quem pôde ter estes tênis de marca? Por que

sofremos por não termos condições de comprá-los?).

APONTAMENTO V14

HISTÓRIA DA CORRIDA COM BARREIRAS

Fonte: http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarImagem2.php

14 Este apontamento V foi retirado do livro: FERNANDES, José Luís. Atletismo: corridas. 3. ed. rev. São Paulo: EPU, 2003.

32

A prova de corridas com barreiras é nova e “a primeira referência encontrada

datam do ano de 1837, quando foi celebrado esse tipo de prova no Ethon College (EUA)”

(FERNANDES, 2003, p. 80).

No ano de 1866 em Oxford foi estabelecido que a barreira-padrão mediria a altura

de 1,06m, porém muitos corredores tiveram sérias contusões, pois os obstáculos eram

fixos no chão e coletivos, tomando toda a largura da pista.

Após alguns anos, os obstáculos foram individuais, tendo a forma de um cavalete

maciço. Mais tarde, no ano de 1935, foi utilizada a barreira em forma de L e hoje as

barreiras são feitas de metal ou outro material adequado e sustentado o quadro retangular

por duas bases e duas hastes.

Paralelamente as modificações que passaram as barreiras as técnicas também

foram sendo modificadas e testadas por muitos corredores sempre aparecendo estilos

próprios, até chegar a técnica utilizada por todos os atletas nos dias atuais.

APONTAMENTO VI15

TÉCNICA E FASES DA CORRIDA COM BARREIRAS

Fernandes (2003), explica que a corridas com barreiras apresentam em comum

quatro fases: saída, saída ao ataque à primeira barreira, entre as barreiras e última

barreira à chegada.

Distância da

prova

Altura das

barreiras

Distância da

linha de saída

à 1ª barreira

Distância entre

as barreiras

Dist. da última

barreira à linha

de chegadaMasculinas 110 m 1,067 m 13,72 m 9,14 m 14,02 m400 m 0,914 m 45,00 m 35, 00 m 40, 00m100 m (Fem) 0,840 m 13,00 m 8,50 m 10,50 m400 m (Fem) 0,762 m 45,00 m 35,00 m 40,00 m

Procedimentos técnicos:

Ponto de impulsão até a primeira passagem: Ao iniciar a passagem o corpo

descreve uma trajetória parabólica, o ponto mais alto acontece antes da barreira.

1. Passagem de barreira:

15 Este apontamento VI foi retirado do livro: FERNANDES, José Luís. Atletismo: corridas. 3. ed. rev. São Paulo: EPU, 2003.

33

− Perna de ataque (a que vai à frente): no momento em que a perna é lançada

contra a barreira inicia a passagem. A perna fica ligeiramente flexionada, para

ficar totalmente estendida ao passar sobre a barreira. Na fase descendente esta

perna procura descer rapidamente em direção ao solo, buscando a

recuperação.

− Perna de passagem (a de trás): ao deixar o solo, flexiona-se, elevando-se

horizontalmente para a lateral e deslizando no ar, após a perna de ataque tocar

o solo, a perna de passagem começa a se dirigir para frente, através de um

movimento do joelho para cima e para a frente, a fim de ampliar a primeira

passada após a passagem da barreira, mantendo a mesma amplitude nas

seguintes.

− Braços: O braço contrário à perna de ataque vai para a frente e o outro é

normalmente flexionado para trás; ou então ambos os braços são levados para

a frente, juntamente com o tronco.

− Tronco: A partir do momento em que a perna de ataque começa a buscar a

barreira, o tronco começa a se inclinar sobre esta perna. Após a passagem, o

tronco começa a se elevar, procurando voltar a posição normal.

− O conjunto de todos estes movimentos constitui a ação técnica da passagem

sobre as barreiras.

APONTAMENTO VII16

ÚLTIMO PAÍS QUE REALIZOU OS JOGOS OLÍMPICOS: CHINA

A China que sediou os Jogos Olímpicos de 2008, é um país que apresenta um

crescimento econômico subordinado as empresas imperialistas, com grande produção

exporta seus produtos a preços muito baixos. A maioria das companhias que atuam na

China são de outros países, aproximadamente 60%. O Sistema capitalista transformou a

China numa plataforma de grandes exportações onde as multinacionais apresentam um

grande lucro.

A maioria dos materiais esportivos consumidos pela população mundial são

produzidos na China. O trabalhador Chinês recebe US$ 2 por dia.

16 CHOMA, Jéferson. Da redação do Opinião Socialista. Disponível em: www.pstu.org.br.

34

Foi feita uma pesquisa pela Confederação Sindical Internacional (CSI), que

informou que um trabalhador da China para comprar um ingresso da Cerimônia de

abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), teria que trabalhar quatro meses.

Este relatório também explica que a Classe Trabalhadora é submetida à máxima

exploração do trabalho com jornadas de 10 a 12 horas diárias.

Os lucros olímpicos resultam da exploração de grandes empresas como a Nike,

Puma, Adidas, Under Armour, entre outras segundo a CSI.

MÓDULO VII

8.º Encontro: Aulas: 15 e 16

Preparação para este encontro:

− Giz;

− Portifólio;

− Apontamentos.

Conteúdo: Atletismo; Corrida com obstáculos e marcha atlética.

Objetivo:

− Oportunizar o conhecimento deste conteúdo corrida com obstáculos e marcha

atlética de forma básica, explicando o que é corrida com obstáculos e

vivenciando um pouco da marcha atlética.

1.º Momento:

O professor na quadra recordará um pouco sobre a corrida com barreiras. Após

perguntará o que os alunos conhecem sobre as corridas com obstáculos e marcha

atlética.

2.º Momento:

1.ª Atividade: Brincadeira duro-mole.

O professor pedirá aos alunos que fiquem espalhados pela quadra e perguntará

quem quer ser o pegador e colocará que os demais serão fugitivos, explicando as regras

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da brincadeira de duro-mole 1.ª regra: Quando for tocado ficará parada no local. 2.ª regra:

Somente poderá ficar mole se outro colega que não foi pego tocá-lo. 3.ª regra: Não

poderão correr, mas sim caminhar o mais rápido possível.

Nesta brincadeira o professor ensinará marcha atlética. Os alunos poderão colocar

mais regras na brincadeira de acordo com a necessidade do grupo.

Terminando a brincadeira o professor reunirá os alunos e perguntará se é difícil

pegar o companheiro sem correr, e pede para eles colocarem algumas regras.

2.ª Atividade:

− O professor pedirá aos alunos que andem com os braços abertos, caminhando

bem rápido em cima das linhas da quadra.

− Os alunos caminharão respeitando duas regrinhas básicas: 1ª regra: um dos

pés deve estar sempre em contato com o solo, tendo o pé da frente de entrar

em contato antes do pé de trás deixar o solo. 2ª regra: A perna de apoio deve

estar em extensão completa desde o primeiro contato com o solo até à posição

vertical.

Após atividade o professor reunirá os alunos e explicará o que foi feito e perguntará

quais as dificuldades que eles encontraram para seguirem as regras técnicas.

3.ª Atividade:

O professor solicitará aos alunos que façam seis colunas e explicará para os

alunos realizarem o movimento da marcha trabalhando com os braços como na corrida

seguindo os mesmos movimentos de pernas e quadris da atividade anterior.

O professor dividirá a turma em cinco grupos, cada equipe fará uma raia com giz e

exercitarão a marcha com ajuda dos companheiros do grupo. Após apresentarão para a

sala e para o professor o que conseguiram aprender.

3.º Momento:

O professor voltará para a sala e distribuirá alguns apontamentos para os alunos

colarem no caderno. Pedirá para lerem e formularem uma questão cada um para utilizá-

las na brincadeira de “Passa ou Repassa”. Após todos levarem a questão para o

professor, os alunos colocarão regras para que esta brincadeira aconteça em forma de

competição.

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APONTAMENTO VIII17

MARCHA ATLÉTICA: TÉCNICA E ORIGEM

Na marcha atlética, o marchador não poderá perder o contato do pé com o solo na

sua progressão de passos. “A perna que avança deve estar reta (ou seja, não flexionada

no joelho) desde o momento do primeiro contato com o solo, até a posição ereta vertical.

Não podemos ter fase aérea (correr)” (POSSETI e CALDEIRA, 2007, p. 25).

Caso o marchador não cumpra com esta determinação técnica, estará fora da

regra para a competição. Esclarecendo o significado da palavra regra segundo o

dicionário Bueno (1996, p. 563), significa “norma; aquilo que a lei ou o uso determina”.

Origem da marcha atlética

A marcha atlética originou-se nas competições de caminhada nos séculos XVII a

XIX. Começou a integrar os Jogos Olímpicos em 1908 e em 1992 passou a ser disputada

também a categoria feminina.

APONTAMENTO IX18

CORRIDA COM OBSTÁCULOS: ORIGEM E CORRIDA

Origem

Fernandes (2003), explica que a prova com obstáculos ou steeple chase, é

representante das corridas de fundo com obstáculos.

Surgiu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Paris, em 1900. No começo foi

dominada pelos europeus (principalmente Russos), Finlandeses e Ingleses. Atualmente

quem tem destaque nesta provas são os Africanos (Kenianos e Etíopes).

Constituição da Corrida com Obstáculos

17 Este apontamento VIII foi retirado das seguintes fontes:- POSSETTI, Luiz Emanuell; CALDEIRA, Fernando Felipe. Atletismo Escolar: Práticas e

Metodologias Aplicadas ao Ensino Regular. 1. ed. Jacarezinho: Godoy Ltda, 2007.- http//www.infoescola.com/atletismo/marcha-atletica/- http//www.wikipedia.org/wiki/marcha

18 Este apontamento IX foi pesquisado na seguinte fonte:- FERNANDES, José Luís. Atletismo: corridas. 3. ed. rev. São Paulo: EPU, 2003.

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Nesta prova o corredor ”encontra como obstáculos quatro pesadas barreiras e um

fosso de água que contém também um obstáculo colocado fixamente no seu início [...]. As

passadas pelos obstáculos são em número de 28” (FERNANDES, 2003, p. 108 e 109).

MÓDULO VIII

Preparação do processo deste encontro:

− Giz;

− Quadro negro;

− Caixinhas com perguntas;

− Duas cadeiras;

− Duas canetas.

9.º Encontro: aula: 17 e 18

Conteúdo: Atletismo, Características gerais e avaliação geral.

Objetivos específicos:

− Estudar novamente todos os textos, apontamentos e curiosidades com ajuda do

professor, que explanará de forma resumida;

− Fazer uma avaliação geral de todo conteúdo ministrado pelo professor.

1.º Momento:

O professor explanará todo conteúdo teórico dos textos, apontamentos e

curiosidade para os alunos. Após descerão para quadra.

2.º Momento:

O professor explicará que os alunos participarão de uma atividade de revezamento,

onde dividirá a sala em dois grupos A e B. Cada grupo terá um bastão e logo a frente no

final da quadra existirá duas cadeiras com duas caixinhas de perguntas, duas caixinhas

vazias e duas canetas, uma para cada grupo.

Os grupos A e B deverão fazer duas colunas de números iguais. O primeiro correrá

até a caixinha com o bastão pegará uma pergunta e responderá colocando a resposta

dentro de uma caixinha vazia que estará embaixo da cadeira. Após responder deverá

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correr até a sua equipe e entregar o bastão para o seu colega, que fará o mesmo, até

todos os integrantes do grupo terminarem a atividade.

1.ª) Regra: Vencerá o revezamento a equipe que terminar primeiro e também tiver

o maior número de respostas corretas.

2.ª) Regra: A equipe que terminar primeiro, ficará em segundo em caso de muitas

respostas erradas.

Após todos terem chegado o professor pegará as caixinhas com as respostas e

fará um círculo para ler o que cada aluno contribuiu para o grupo. As perguntas sem

respostas serão explicadas pelo professor.

3.º Momento:

Terminando a leitura das respostas o professor fará uma avaliação geral dos

grupos, sendo avaliado o conhecimento e o trabalho em grupos. O professor perguntará

que nota cada aluno daria a ele mesmo num valor de 0 a 100 e anota em seu caderno.

Além da auto-avaliação também será avaliado todo processo das aulas pelo professor

que anotará diariamente em seu caderno.

O professor também perguntará como foi o desenvolvimento das aulas e o que

deve ser mudado.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da elaboração desta proposta, percebemos que o professor deve assumir

um compromisso com sua prática pedagógica. Sabemos que os desafios para a

implementação serão muito grandes. Mas, apesar de todas as dificuldades que

poderemos encontrar, tais como: falta de infra-estrutura adequada, desmotivação,

comportamento inadequado por parte de alguns alunos, tradição das aulas de Educação

Física baseadas nos jogos e falta de materiais específicos para a prática do atletismo,

vale dizer que estes não poderão se tornar um empecilho para o desenvolvimento da

proposta, ainda que a busca das condições adequadas de trabalho devam ser

incessantes.

Acreditamos que a proposta elaborada pode se constituir em um rico material

didático pedagógico a ser utilizado para propiciar um aprendizado significativo para os

alunos, não somente no sentido técnico das corridas de atletismo, mas na perspectiva de

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se criar relações com o contexto histórico no qual foi produzido, bem como nas relações

que se podem fazer com esse tema na prática social.

Enriquecendo as propostas de trabalho didático com a Cultura Corporal, na

especificidade do ensino do atletismo, procuramos uma concepção pedagógica crítica e

historicizadora, pois o homem só se humaniza, e adquire funções humanas, dentro de um

determinado contexto, apropriando-se da cultura histórica e socialmente produzida pela

atividade coletiva (DUARTE, 2007).

5 REFERÊNCIAS

ABRUCIO, Marcos. Antes, durante ou depois das provas, atletas vivem peripécias para garantir o ouro (ou até o último lugar) nos jogos. Folha de São Paulo (Folhinha), 24/05/08.

BAZ, Isidoro Hornillos. Atletismo. 1. ed. Espanha: INDE Publicaciones, 2000.

BUENO, Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa. Ed. rev. E atual. São Paulo: FTD: LISA, 1996.

ESCOBAR et al. Metodologia do Ensino de Educação Física. 10. ed. São Paulo: Cortez, 1992.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO. Regras oficiais de atletismo. Rio de Janeiro: Editora Sprint, 2006.

DUARTE, Newton. Educação Escolar, teoria do cotidiano e a Escola de Vigotski. 4. ed. Campinas/SP: Autores Associados, 2007.

FERNANDES, José Luís. Atletismo: corridas. 3. ed. rev. São Paulo: EPU, 2003.

FRÓMETA, Edgardo Romero; TAKAHASHI, Kiyoshi. Guia metodológico de exercícios em atletismo: formação, técnica e treinamento. Porto Alegre: Artmed, 2004.

KIRSCH, August; KOCH Karl, Oro Ubirajara. Antologia do atletismo: Metodologia para iniciação em escolas e clubes. 1. ed. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1983.

LAJOLO, Mariana. Ativista marca vida com orgulho e desilusão. Folha de São Paulo, D 6, 04/05/2008.

POSSETTI, Luiz Emanuell; CALDEIRA, Fernando Felipe. Atletismo Escolar: Práticas e Metodologias Aplicadas ao Ensino Regular. 1. ed. Jacarezinho: Godoy Ltda, 2007.

RITZDORF, Wolfgang; MULLER, Harald. Guia IAAF do Ensino de Atletismo: Corre! Salta! Lança! 1. ed. Santa Fé: Imprenta Ciscato, 2000.

SCHMOLINSKY, Gerhardt. Atletismo. 1. ed. Lisboa: Editorial Estampa, 1982.

40

SILVA, José Ferreira da; CAMARGO, Roberto Junqueira de. Atletismo Corridas. 1. ed. Rio de Janeiro: Tecnoprint Ltda, 1978.

Sites de pesquisados:

CEPA, Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada. Disponível em: http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/curioso/cap03framebaixo.php. Acesso em: 09 nov. 2008.

CHOMA, Jeferson. Da redação do opinião Socialista. Disponível em: http://www.pstu.org.br/internacional_materia.asp?id+8824&ida=2. Acesso em: 12 nov. 2008.

DIA DIA EDUCAÇÃO. Disponível em: http://www.diadiaeducacão.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscrImagem2.php. Acesso em: 25 set. 2008.

FOTOSSÍNTESE. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/fotossintese.htm. Acesso em: 06 nov. 2008.

HISTÓRIA do atletismo no Brasil. Disponível em: http://www.atletismors.hpg.ig.com.br/historiabrasil.htm. Acesso em: 25 set. 2008.

INFOESCOLA. Marcha Atlética. Disponível em: http://www.infoescola.com/atletismo/marcha-atletica/. Acesso em: 12 nov. 2008.

MUNDO DAS CORRIDAS. Disponível em: http://mundodascorridas.bolgspot.com/2007/10/importancia-da-gua-para-o-organismo.html. Acesso em: 06 nov. 2008.

OLIVEIRA, Adilson. Um novo tempo. Universidade Federal de São Carlos. Disponível em: www.cienciahoje.uol.com.br/53460. Acesso em: 09 de novembro de 2008.

PLAYTEAM. Disponível em: http://www.playteam.com.br/pub/dicas_,edocas.cfm?id=8. Acesso em: 06 nov. 2008.WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/4_x_100metros_estafetas. Acesso em: 08 dez. 2008.

WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_de_Federa%C3%A7%C3%B5es_de_Atletismo. Acesso em: 25 set. 2008.

WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/marcha_at%c3%A9tica. Acesso em: 12 nov. 2008.

WIKIPEDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wikiAtletismoCategorias:Atletismo/Desportosolimpicos/EducaçaoFisica. Acesso em 25 de setembro de 2008.