1º trimestre de 2014 lição 08 - moisés e sua liderança

33
19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 1/33 Home Estudos EBDDiscipulado Mapas Igreja Ervália Corinhos Figuras1 Figuras2 Vídeos Fotos Lição 8 - Moisés - Sua liderança e seus auxiliares LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual Comentário: Pr. Antônio Gilberto Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Veja também como subsídio desta lição http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-nic-4tr11- liderancaemtemposdecrise.htm TEXTO ÁUREO ‘Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será contigo [...]” (Êx 18.19).

Upload: anderson-silva

Post on 05-Jul-2015

875 views

Category:

Spiritual


4 download

DESCRIPTION

1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

TRANSCRIPT

Page 1: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 1/33

HomeEstudos EBDDiscipuladoMapas IgrejaErváliaCorinhos Figuras1Figuras2Vídeos Fotos

Lição 8 - Moisés - Sua liderança e seus auxiliaresLIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComentário: Pr. Antônio GilbertoComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaQuestionárioNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS EEXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmVeja também como subsídio desta lição http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-nic-4tr11-liderancaemtemposdecrise.htm

TEXTO ÁUREO‘Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será contigo [...]” (Êx 18.19).

Page 2: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 2/33

VERDADE PRÁTICAPara cuidar da sua obra, DEUS chama a quem Ele quer, e pelo seu ESPÍRITO capacita essas pessoas para asua santa missão.

Page 3: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 3/33

LEITURA DIÁRIASegunda - Êx 28.1 O obreiro administrando para DEUSTerça - Êx 29.44 Santificados para o ministérioQuarta - Êx 40.1 3-15 Ungidos para o ministérioQuinta - Mc 3.13,14 JESUS chama e envia para a obraSexta - 1 Pe 5.3 O obreiro como exemplo para o rebanhoSábado - Rm 15.30 Oração da igreja pelos obreiros

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 18.13-2213 - E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante deMoisés desde a manhã até à tarde. 14 - Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Queé isto que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até àtarde?15 - Então, disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim para consultar a DEUS. 16 - Quando temalgum negócio, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de DEUS e as suasleis. 17- O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. 18 - Totalmente desfalecerás, assim tucomo este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. 19 - Ouveagora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será contigo. Sé tu peio povo diante de DEUS e leva tu ascoisas a DEUS; 20 - e declara-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e aobra que devem fazer. 21 - E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a DEUS, homens deverdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais decinqüenta e maiorais de dez; 22 - para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio gravetragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarãocontigo.

OBJETIVOS - Após a aula, o aluno deverá estar apto a:Saber que a obra do Senhor precisa de trabalhadores.Explicar a relação de Moisés com os seus auxiliares.Elencar as qualidades de um líder.

Page 4: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 4/33

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, para concluir o segundo tópico da lição desta semana, sugerimos que você reproduza oesquema da página seguinte na lousa ou faça cópias. Peça aos alunos para comentarem sobre os textos emdestaque no esquema. Ouça-os com atenção. Em seguida, explique para a classe a importância de o líderconstruir relacionamentos sólidos e sadios na igreja local onde ele exerce a liderança e na comunidade onde serelaciona cotidianamente — família, vizinhança, trabalho, escola ou faculdade, etc. Afirme que o verdadeiro lídernunca se impõe, mas conduz seus liderados com sabedoria.

INTERAÇÃOLiderar é uma arte. Interagir com pessoas de diferentes personalidades requer flexibilidade. Quando tratamossobre o tema liderança em relação à Igreja de CRISTO o assunto torna-se mais complexo ainda, pois um líderespiritual vocacionado por DEUS não responde apenas a assuntos de ordem espiritual e celestial; além disso,responde às questões de caráter material e terreno. O líder cristão precisa ter discernimento da parte de DEUSpara atender às necessidades espirituais do seu rebanho, mas igualmente, ter a sensibilidade para com asdemandas sociais da comunidade de fé onde lidera. Apesar de Moisés ser um bom exemplo de liderança, apessoa de JESUS CRISTO é o perfeito modelo de liderança humilde, acolhedora e amorosa.

Resumo da Lição 8 - Moisés - Sua liderança e seus auxiliaresI - O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS1. Despenseiro e não dono (Êx 18.13-27).2. Falta de percepção do líder (Êx 18.14,17).3. O líder necessita de ajudantes (Êx 18.18).II - OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO1. DEUS levanta auxiliares (Êx 18.21).2. Os auxiliares de Moisés (Êx 18.25).a) Miriã - b) Arão - c) Os anciãos - d) Jetro - e) JosuéIII - QUALIDADES DE MOISÉS COMO LÍDER1. Mansidão e humildade (Nm 12.3).2. Piedoso e obediente.3. Fiel (Nm 12.7; Hb 3.2,5).

SINOPSE DO TÓPICO (1)O líder precisa ter a percepção de que no trabalho do Senhor ele é apenas um despenseiro e não o dono daObra.SINOPSE DO TÓPICO (2)DEUS levantou auxiliares para o ministério de Moisés. São eles: Miriã, Arão, os anciãos, juízes, levitas, Jetro eJosué.SINOPSE DO TÓPICO (3)Mansidão, humildade, piedade, obediência e fidelidade são algumas das qualidades que podemos encontrar naliderança de Moisés.

Page 5: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 5/33

VOCABULÁRIOAdulação: Ato ou efeito de adular, de lisonjear (alguém); bajulação.Escoltam: Ato ou efeito de escoltar, seguir junto de (alguém ou algo) com a finalidade de dar proteção.Datilografam: Ato ou efeito de datilografar, escrever à máquina datilográfica.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDACARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et aL Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência doministério cristão. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO ISubsídio Teologia Pastoral“O Pastor Deve Ser HumildeVivemos em um mundo que não valoriza e nem deseja a humildade. Seja na política, nos negócios, nas artes ounos esportes, as pessoas se esforçam para alcançar destaque, popularidade e fama. Infelizmente, essa atitudetem contaminado a igreja. Existe um culto à personalidade, pois os líderes cristãos lutam para alcançar glória. Overdadeiro homem de DEUS, entretanto, busca a aprovação de seu Senhor, e não a adulação da multidão. Ahumildade é, portanto, a marca registrada de qualquer servo comprometido com a obra de DEUS. Spurgeon noslembra de que ‘se exaltarmos a nós mesmos, nos tornaremos desprezíveis, e não exaltaremos nosso trabalho enem o Senhor. Somos servos de CRISTO, não senhores da sua herança. Os ministros são para as igrejas, enão as igrejas para os ministros... Cuide de não ser exaltado mais do que se deve, para que não se transformeem nada'” (MACARTHUR, JR., John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência do ministério cristão. 1. ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.38).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO IISubsídio Teologia Pastoral“Trabalhando com Pessoas de Todo Tipo‘Pastorear seria o melhor emprego do mundo, se eu não tivesse de lidar com certos tipos de pessoas1. Essasforam as palavras de um ministro que acabou de ter uma desavença com Bill, membro exigente de sua igreja.

Page 6: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 6/33

Bitl se cansara dos sermões, [...], do estilo de administração do pastor e suas expectativas para com acongregação. Assim, frustrado, disse abertamente ao pastor: Você é o pior pastor que esta igreja já teve’.A mandíbula do pastor apertava, enquanto citava para si mesmo: ,4 resposta branda desvia o furor. Billprosseguiu em sua investida: ‘Essa era uma igreja maravilhosa, antes de você chegar’.[.,.] O pastor arriscou um sorriso curioso. ‘Diga-me, Bill, como é que acabamos fazendo tudo errado?’ Billhesitou. ‘Quando você chegou aqui e começou a pedir para mim e para todos os demais que fizéssemoscoisas5.‘Como o que?'Você esperava que participássemos de todas as atividades da igreja de segunda a domingo. Depois, você fezcom que fizéssemos seu trabalho de visitação’, O pastor suspirou. ‘Bem, irmão Bill, sinto muito que você sesinta assim’.‘Eu também’, vociferou Bill. ‘Minha família e eu estamos nos mudando de igreja e indo para um lugar onde opregador entende que, hoje em dia, as pessoas estão ocupadas e não têm tempo de fazer o que o pastor foipago para fazer.Experiências como essas fazem os pastores desistir. Para evitar conflitos com os membros da congregação einstigá-los a frequentar a igreja, alguns pastores abstém-se de colocá-los sob qualquer expectativa. Escoltam oscrentes a um lugar confortável todos os domingos, depois ousam pregar mensagens que se esquivam daresponsabilidade cristã. O resto da semana esses pastores tentam ser o grupo de um homem só. Só elespregam, cantam, visitam, cortam a grama, datilografam e oram. Esse padrão leva a pastores dominadores,crentes leigos ineficazes e comunidades sem salvação” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al.Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.61-2).

Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 57, p.39.Moisés foi um dos líderes mais importantes do Antigo Testamento, todavia como homem ele não era perfeito ecom certeza também cometeu algumas falhas enquanto líder. Moisés era um homem que teve uma excelenteformação, ele foi "instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras" (At 7.22).Liderança requer treinamento, preparo. Muitos almejam a liderança, porém não querem se esforçar e não buscamse preparar para realizar, com excelência, aquilo para o que foram chamados pelo Senhor. Moisés passou pelotreinamento do Egito e do deserto. JESUS, nosso exemplo de líder, foi treinado também no deserto. Liderançarequer treinamento. Não se faz um líder da noite para o dia.John Maxwell tem uma frase que resume bem a importância de se trabalhar em equipe: "Nada muito significativofoi alcançado por um indivíduo que tenha agido sozinho". Liderança envolve trabalho em equipe, gerenciamentode pessoas. É algo que deve ser feito em parceria. Moisés, quem sabe, durante os longos anos que passousozinho cuidando dos rebanhos do seu sogro Jetro, precisava aprender esta lição logo no início da suacaminhada pelo deserto. Moisés carecia aprender a delegar tarefas. Para isso o líder precisa conhecer suaequipe e ter pessoas leais ao seu lado e compromissadas com o trabalho. O líder que não sabe delegar tarefasterá como resultado o cansaço e o estresse. Ele vai sofrer e a obra de DEUS também, pois com certeza aprodutividade será baixa. Se você está precisando de ajudantes fiéis, ore ao Senhor. Ouça também aqueles queestão ao seu lado. Moisés, em um gesto de humildade, ouviu e atendeu os sábios conselhos de Jetro, seusogro.Moisés, como líder, era um despenseiro do Senhor e não dono dos israelitas (Êx 18.13-27). Alguns líderes, como passar do tempo, acabam achando, erradamente, que são os donos das ovelhas e da obra. Puro engano!Diótrefes (3 Jo vv. 9,10), tinha uma visão errada a respeito da liderança e passou a se achar dono dacongregação. Ele foi duramente criticado por João.Moisés entendeu bem a lição, pois ao estudarmos sua biografia vemos que ele contou com a ajuda de homens emulheres. Não podemos nos esquecer que Miriã foi também uma ajudante.JESUS, como líder, escolheu doze homens para estar com Ele. Estes doze o ajudaram na pregação do Reino deDEUS e ao mesmo tempo foram preparados para a partida do Salvador.COMENTÁRIO

Page 7: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 7/33

INTRODUÇÃO

Neste capítulo abordaremos de forma breve o estilo de liderança de Moisés. Ele não foi apenas umhomem usado por DEUS para fazer com que o povo de Israel saísse do Egito. Foi também um grandelíder, que demonstrou ouvir sábios conselhos e colocá-los em prática para o bem da obra do Senhor epelo bem do povo.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 78.

O QUE É LIDERANÇA?Definir liderança é como tentar definir o amor: todos sabem que ele existe, mas é difícil dar-lhe umadefinição exata.Vejamos algumas definições que podem nos ajudar na compreensão.“ Liderar é influenciar”. (Sam Deep)“ Liderar não é dominar, mas, sim, a arte de convencer as pessoas a trabalharem em vista de umobjetivo comum”. (Daniel Goleman)“ Liderar é libertar as pessoas para que elas façam o que é necessário, da forma mais eficaz e maishumana possível”. (Max Depree)“ Para JESUS, liderar era ser servo dos servos”. (Mc.10:45).“ Liderança não é uma questão de direito ou de título, mas de habilidade”. (John C. Maxwell)“ Liderança é a capacidade de transformar visão em realidade”. (Warren G. Bennis)“O líder é aquele que sobe na árvore mais alta, estuda a situação em seu conjunto e grita: “Estamos namata errada”. (Stephen R. Covey)“A liderança é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações recíprocas bem-sucedidas, asdiferenças individuais são controladas e a energia humana, que delas se deriva, encaminha-se embenefício de uma causa comum” .“A liderança é o esforço de exercer, conscientemente, uma influência especial dentro de um grupo, nosentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefícios que atendam às necessidades reais destegrupo”. (John Haggai)Se pudéssemos perguntar para Neemias o que é liderança, certamente ele nos responderia: “Liderar ésaber planejar, integrar, motivar, avaliar e estabelecer alvos”, pois, foi o que ele fez quando gerenciou oprojeto de reconstrução dos muros de Jerusalém. Neemias, como um líder, impressiona muito porque,

Page 8: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 8/33

naquela época, ele já liderava utilizando o que se chama de conceito moderno de gerenciamento degrupo.http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao2-nic-4tr11-liderancaemtemposdecrise.htm

Josué Gonçalves. 37 Qualidades do Líder que Ninguém Esquece!. Editora Mensagem para todos. pag. 15-16.E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras. Atos7:22 (Estêvão)A casta sacerdotal dos egípcios se notabilizava por seus vários estudos e pelo seu elevadoconhecimento de ciências como a astronomia (astrologia), medicina, matemática, filosofia religiosa, etc.,nas quais eles se mostravam simplesmente proverbiais. (Ver I Reis 5:40). «Moisés, à semelhança dePaulo, era homem erudito». (Robertson, in loc.).Filo, referindo-se às ciências estudadas pelos sacerdotes egípcios, às matérias referidas acimaacrescenta a aritmética, a geometria, todo o ramo de música, os hieróglifos, a astronomia (astrologia), eos idiomas assírio e caldeu. Esse mesmo autor faz os mestres de Moisés serem também gregos eassírios, e não somente egípcios.Moisés obteve preparação lhe foi conferida por agência divina, embora, sem a menor dúvida, elepossuísse habilidades naturais (igualmente proporcionadas por DEUS), que eram excelentes veículospara a sua expressão espiritual mais elevada.«...e obras...» A grandeza de Moisés não terminava em suas palavras. Podemos estar certos de suasações como líder militar, ou como quem teve parte ativa no governo do Egito, em que as suas atuaçõesforam suficientemente dignas de atenção para merecer esse comentário de Estêvão, o qual éconfirmado nos escritos de Filo e de outros escritores antigos.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.3. pag. 149.

A EDUCAÇÃO DE MOISÉS“Não importa se você não tem formação, pois DEUS pode usar você assim mesmo”— algumas pessoasdizem. E verdade, DEUS pode usar qualquer um, tenha a pessoa recebido uma boa formação ou não.Entretanto, a educação de Moisés em toda a ciência dos egípcios (At 7.22) provou ser um valiosorecurso quando DEUS o chamou para conduzir Israel da escravidão para a liberdade.Durante um terço da vida de Moisés, 40 anos, ele esteve no Egito. Membro da realeza, ele foi instruídona impressionante cultura dos faraós. O currículo educacional dos faraós incluía ciência política,administração pública e, provavelmente, religião, história, literatura, geometria, e ainda engenharia ehidráulica.Mas esse não foi o fim da formação educacional de Moisés. Ele gastou outros 40 anos na faculdade dodeserto, estudando agronomia e veterinária enquanto esteve dedicado às atividades pastoris. Eletambém aprendeu sobre saúde pública e sobre comunidades primitivas. Portanto, dois terços da vida deMoisés foram dedicados à preparação para a obra mais desafiadora a ser entregue em suas mãos —liderar Israel através do deserto.Inteligência e educação por si só não tornam ninguém pronto para servir a DEUS. Na verdade, é possívelque uma pessoa de boa formação se esconda atrás de sua erudição ou cultura para evitar umrelacionamento com DEUS. O jovem Saulo caiu nessa armadilha (At 22.3-5), assim como fizeram antesdele os fariseus que tinham a mesma condição que ele. Assim também fizeram os filósofos em Atenas(At 17.16-34). Mas, como Estêvão demonstrou que o problema não está no intelecto, mas na vontade; operigo não está em abraçar o conhecimento, mas em resistir a DEUS (At 7.51).

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento comrecursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 309.I - O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS1. Despenseiro e não dono (Êx 18.13-27).

Uma das características essenciais à liderança na obra de DEUS é saber que o líder é despenseiro ouadministrador dos recursos e das pessoas, e não dono de todas essas coisas. Nenhum ministro éordenado para pensar que a igreja que DEUS depositou em suas mãos é dele. Quando escreveu suacarta à igreja em Éfeso, Paulo disse que ele mesmo [o Senhor] concedeu uns para apóstolos, outrospara profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas aoaperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de CRISTO.(Ef 4.11,12, ARA)Essa passagem fala que DEUS escolheu algumas pessoas para determinadas vocações no corpo deCRISTO, com o objetivo de fazer com que os santos sejam aperfeiçoados no serviço cristão e para queo corpo de CRISTO seja edificado. Portanto, podemos entender que DEUS deu pastores às igrejas, enão igrejas a pastores. O pastor é um presente de DEUS à congregação, e não o contrário. Como líder,deve ser respeitado e ouvido, mas não deve se esquecer de que a obra é do Senhor, e que Ele vaicobrar a administração de seus ministros.Um dos desafios da liderança cristã é ter esse alvo em mente. DEUS deposita em nossas mãos o

Page 9: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 9/33

cuidado para com a sua Igreja, e espera que nos lembremos de que a Igreja é dEle. Por isso, deve oministro cuidar com zelo da obra do Senhor, a quem prestará contas por suas atitudes.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 78-79.

CHEFES PARA A ADMINISTRAÇÃODesde o versículo 13 até ao fim do capítulo fala-se da nomeação de chefes para ajudarem Moisés naadministração dos negócios da congregação. Isto foi feito por sugestão de Jetro, que temia que Moisésdesfalecesse totalmente em conseqüência do seu trabalho. Em relação com este fato, pode ser útilconsiderar a nomeação dos setenta anciãos em Números, Capítulo 11. Vemos ali o espírito de Moisésesmagado sob o peso da responsabilidade que pesava sobre si, e dá lugar à angústia do seu coraçãonas seguintes palavras: "Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, quepusesses sobre mim a carga de todo este povo? Concebi eu, porventura, todo este povo? Gerei-o eu,para que me dissesses que o levasse ao colo, como o aio leva o que cria, à terra que juraste a seuspais?.. .Eu sozinho não posso levar a todo este povo, por que muito pesado é para mim. E, se assimfazes comigo, mata-me, eu te peço, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver o meumal" (Nm 11:11-15).Em todo este caso vemos como Moisés se retira de um lugar de honra. Se aprouve a DEUS fazer dele oúnico instrumento da administração da Assembleia, deveria ele ter reconhecido que DEUS eraamplamente suficiente para tudo. Todavia, Moisés perde o ânimo (servo abençoado como era) e diz, "eusozinho não posso levar todo este povo, porque muito pesado é para mim. Mas ele não fora incumbidode levar todo o povo sozinho, porque DEUS estava consigo. O povo não era demasiado pesado paraDEUS; era Ele que os suportava.Moisés era apenas o instrumento. Da mesma forma poderia ter dito que a sua vara levava o povo, porqueo que era ele senão um simples instrumento nas mãos de DEUS, da mesma forma que a vara o era nassuas? E neste ponto que os servos de CRISTO falham constantemente; e a sua falta é tanto maisperigosa quanto é certo que se reveste da aparência de humildade. Fugir de uma granderesponsabilidade dá a impressão de falta de confiança pessoal e de uma profunda humildade de espírito;porém, tudo que nos interessa saber é se DEUS tem imposto essa responsabilidade. Sendo assim, Eleestará incontestavelmente conosco no seu desempenho; e, com a Sua companhia, podemos suportartodas as coisas. Com o Senhor o peso de uma montanha não é nada; sem Ele o peso de uma simplespena é esmagador. É uma coisa muito diferente se um homem, na vaidade do seu espírito, se apressaem tomar um fardo sobre os seus ombros, um fardo que DEUS nunca teve intenção de ele levar, e,portanto, nunca o dotara para o conduzir; podemos, portanto, esperar vê-lo esmagado sob o peso.Porém, se é DEUS que põe sobre ele esse fardo, Ele torna-o não só apto a conduzi-lo como lhe dá asforças necessárias.

C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.Êx 18.13 A Nomeação de Juízes.Fica claro no texto que Jetro (descendente de Quetura, esposa de Abraão) tinha algumas boas ideiassobre como delegar autoridade, e que compartilhava com Israel da adoração a Yahweh.Moisés estava sobrecarregado de trabalho, o que era óbvio para todos, menos para ele mesmo. Suafunção era comparável ao de um xeque beduíno que se assenta para julgar e resolver os problemas detodos os membros de sua tribo. Ver II Sam. 15.1-6. E a carga de trabalho de Moisés ia aumentandocada vez mais, conforme Israel enfrentava problemas no deserto. Ele era a única autoridade, umaespécie de combinação de funções seculares e religiosas. Naqueles tempos antigos, em Israel, não sefazia distinção entre autoridades civis e autoridades religiosas. “Escravos não podem ser transformadosem santos da noite para o dia” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.). Portanto, não se passava um dia sem queMoisés tivesse de ouvir a muitas queixas e causas.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.381.

A indicação de juízes. A límpida tradição bíblica é que esta instituição israelita seguia as linhas daprática midianita, como resultado da sugestão feita por Jetro. A função dos oficiais é clara, embora otermo técnico não seja usado aqui. No período patriarcal, a justiça no círculo familiar era administradapelo chefe do clã. Em sua condição de escravos no Egito, os israelitas dificilmente possuiriam umsistema judiciário próprio. É verdade que tinham “superintendentes” egípcios e “capatazes” israelitas aeles subordinados, mas esta era uma organização puramente “trabalhista”. Quando Moisés tentou agircomo líder ou “juiz” os israelitas se ressentiram do fato (2:14). Além do mais, Israel parecia terpreservado até certo ponto a estrutura tribal: havia ainda um “chefe” para cada tribo, e em temposprimitivos estes também parecem ter tido funções judiciárias. Deuteronômio 1:15 oferece umainformação adicional interessante neste episódio.Os anciãos, que já foram mencionados pela sua participação no oferecimento de sacrifícios (18:12) epela sua provável função representativa, possivelmente também exerciam deveres judiciários. O título e

Page 10: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 10/33

posição de “juiz”, já era de uso antigo entre os cananeus (os fenícios preservavam o título até mesmoem suas colônias do Mediterrâneo), embora aparentemente com o sentido de “ campeão, líder” , comono livro de Juízes, e não em sentido legal. A organização esboçada abaixo é primeiramente militar,baseada no sãr, ou comandante de um certo número de homens (cf v. 21). Tal estrutura é muitoapropriada para um grupo nômade no deserto. Como qualquer nação antiga, Israel é sempre consideradoprimeiramente como uma força de combate, e então organizado com base nisso. Entender este episódiocomo uma separação de casos “sagrados” , julgados por Moisés, e casos “civis”, julgados pelosanciãos, parece errado: toda a justiça era sagrada em Israel.A administração da justiça, de qualquer espécie, se encontra aqui no contexto do sacrifício e da refeiçãosagrada. A distinção, portanto, não é entre o sacro e o secular, mas entre problemas fáceis e problemasdifíceis, os primeiros já cobertos pela tradição ou por revelação em contraste com os últimos queexigiam uma nova revelação da parte de DEUS, através de Seu agente, Moisés.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 135.Em III Jo 9. O presbítero apresenta agora o problema criado por Diótrefes. No caráter e na conduta eleera inteiramente diferente de Gaio. Gaio é retratado como alguém que anda na verdade, ama os irmãos,hospeda os estrangeiros. Diótrefes, por outro lado, é visto como alguém que se ama a si próprio maisque os outros, e que recusa acolhida aos evangelistas em viagem, ou permitir que outros o façam.Contudo, Gaio e Diótrefes eram provavelmente membros da mesma igreja local, pois, “na igreja visível,os maus estarão sempre misturados com os bons”, apesar de C.H. Dodd achar que eram membros deigrejas vizinhas. A questão chegara a um ponto crítico, diz João. Escrevi alguma cousa à igreja; masDiótrefes... não nos dá acolhida. Que carta era essa, não está claro.Tenha ou não destruído a carta, ou recusado lê-la à igreja, Diótrefes certamente rejeitou a instruçãoescrita do presbítero {ti, alguma cousa, RA e VPR) para receber hospitaleiramente os evangelistasitinerantes. É digno de nota que o presbítero tinha uma autoridade geralmente aceita. Ele dava ordens eas expedia para serem obedecidas (cf. 2 Ts 3, quanto às ordens apostólicas que requerem obediência).Diótrefes foi uma exceção. Ele não ia ser mandado por João. Evidentemente se arrogava autoridadeprópria, ao ponto de excomungar membros da igreja que lhe desobedecessem (10).Que motivos teriam incitado Diótrefes a afirmar-se assim contra João? Têm-se feito várias tentativaspara reconstruir a situação. Não há prova de que a divergência deles fosse teológica. Se a verdade doEvangelho estivesse em jogo, seguramente o presbítero não teria hesitado em expor o erro na mesmalinguagem intransigente que empregara na primeira e na segunda epístolas. Não heresia doutrinária, masambição pessoal, era a causa do aborrecimento. Findlay demonstra que talvez Diótrefes “pertencia àaristocracia grega da velha cidade real” (de Pérgamo, à qual Findlay acredita que esta epístola foidirigida). Neste caso, era o prestígio social que estava por trás do seu vergonhoso comportamento.Outros escritores tentaram encontrar vestígios da rivalidade entre João e Diótrefes nas mudanças dopadrão de ordem da igreja no final do primeiro século A.D. A era dos apóstolos estava chegando ao fim.Na verdade, de acordo com aqueles que negam que o presbítero João era o apóstolo, essa era já tinhaterminado. Sabe-se que por volta do ano 115 A.D., quando o bispo Inácio de Antioquia escreveu as suascartas às igrejas da Ásia, o “episcopado monárquico” (a aceitação de um só bispo com autoridade sobreum grupo de presbíteros) estava estabelecida entre elas. Assim, esta epístola foi escrita no final da eraapostólica, ou entre este e a aceitação universal do episcopado — um período de transição e tensão queC. fi. Dodd compara com a transferência de responsabilidade dos missionários estrangeiros à igrejanativa.João William Barclay sugere que a epístola reflete a tensão entre o ministério universal dos apóstolos eprofetas e o ministério local dos presbíteros. Ele entende que Diótrefes pode ter sido um presbítero queestava determinado a ser o defensor da autonomia da igreja local e daí ficava ressentido com o “controleremoto” de João e com “a interferência de estrangeiros errantes”. É claro, porém, que o próprio Joãotinha opinião diferente sobre Diótrefes e, se reconhecemos a sua autoridade de escritor bíblico,naturalmente devemos aceitar o seu ponto de vista.Para João, os motivos que governavam a conduta de Diótrefes não eram nem teológicos nem sociaisnem eclesiásticos, mas morais. A raiz do problema era o pecado. David Smith comenta que “proagein (2João 9) e indicam dois temperamentos que perturbaram a vida cristã da Ásia Menor — a arrogânciaintelectual e o engrandecimento pessoal.3 Jo 10. João declara que, se vier em pessoa à igreja em questão, fará lembradas (ou RSV, NEB, “faráaparecer”, isto é, numa reprovação pública) as obras e palavras de Diótrefes. Será obrigado a empregaralguma espécie de ação disciplinar. A gravidade da conduta de Diótrefes é exposta agora: Ele estáproferindo contra nós palavras maliciosas (AV, “tagarelando contra nós com palavras maliciosas”). ANEB verte assim a frase: “Ele lança acusações sem base e maldosas contra nós”. EvidentementeDiótrefes considerava João como um perigoso rival para a sua presumida autoridade na igreja e procurousolapar a posição do apóstolo mediante murmuração caluniadora. Ele não recebia os missionários. Eleimpede os que querem recebê-los, e os expulsa da igreja. Por alguma razão, Diótrefes se ofendia com a

Page 11: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 11/33

intrusão dos mestres itinerantes. Ele não os honrava por saírem “por causa do Nome”; estava maisinteressado na glória do seu próprio nome. Ele não os teria em seu lar e não lhes daria ajuda, e aos quequiseram obedecer a João e recebê-los, ele primeiro os impediu de levarem a efeito o seu desejo edepois os excomungou. Diótrefes difamou a João, tratou com pouco caso os missionários eexcomungou os crentes leais porque seu amor era a si próprio e ele queria ter a preeminência. A vaidadepessoal ainda está na raiz da maioria das dissensões em toda igreja local hoje.

John R. W. Stott. 3 Epistola de João Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 193-196.Por meio dessas frases da carta obtemos uma visão viva da vida eclesial no primeiro cristianismo.Assim como os grandes centros do cristianismo, Roma e Antioquia, não surgiram através de apóstolofamosos, mas de pessoas desconhecidas. A evangelização de regiões inteiras se realizou por meio detais “irmãos” que partiam “em prol do nome” de JESUS. As igrejas ofereciam a esses evangelistasitinerantes acolhida hospitaleira e sustento de viagem, tornando-se assim sustentadoras de seu trabalho.As comunidades judaicas já haviam tentado se proteger contra a exploração de sua hospitalidade porelementos desonestos mediante “cartas de recomendação”, com as quais pessoas honestas decongregações desconhecidas podiam se credenciar. Logo Diótrefes poderia ter certa desconfiançacontra pregadores itinerantes, tentando de antemão mantê-los longe de sua igreja. Contudo nesseprocedimento agia com estreiteza de coração e autoritarismo. Talvez também temesse um prejuízo emsua influência na igreja em virtude de pregadores de fora.João não se dá por derrotado. Pode-se deixar de lado sua carta. Porém João irá pessoalmente à igreja eexigirá contas de Diótrefes perante os membros da igreja. “Por isso, quando eu for aí, vou lembrá-lo dasobras que ele pratica, tagarelando com palavras maldosas contra nós.”Assim como Paulo, também João pretende aparecer pessoalmente na igreja ameaçada e “fazer lembrar”todo o agir de Diótrefes, expondo-o abertamente. Então a própria igreja deverá deliberar.

Werner de Boor. Comentário Esperança Cartas aos Filipenses. Editora Evangélica Esperança.2. Falta de percepção do líder (Êx 18.14,17).

Um dos maiores perigos com que o líder se depara em seu dia a dia é o excesso de atividades. Hámomentos em que a quantidade demasiada de afazeres nos impede de ver as coisas à nossa voltacomo elas são, e, não raro, tendem até mesmo a nos afastar da comunhão com DEUS.Os líderes têm diversas obrigações no dia a dia, e isso faz parte da tarefa que lhes foi confiada. Elesprecisam avaliar situações e tomar decisões. E precisam ter também a habilidade de líder com pessoasde todos os tipos, tentando acalmar ânimos e motivar pessoas ao serviço cristão.No estudo em questão, analisando o texto bíblico, veremos que o servo de DEUS, Moisés, precisou deajuda em sua liderança para poder desempenhar melhor o seu papel de líder e condutor do povo deDEUS.Moisés já havia saído do Egito com o povo de Israel quando recebeu a visita de seu sogro, Jetro. Esteera um homem aparentemente mais velho e experiente em questões de liderança e administração dotempo. Vendo certo dia que Moisés ia atender ao povo, que trazia demandas para que pudessem serresolvidas, percebeu que alguns procedimentos do libertador não eram os mais adequados àquelasituação. Ele estava atendendo todas as pessoas que lhe traziam questões, consumindo o tempo delase o seu próprio, além de provocar em Moisés muito cansaço.Ele era ungido do Senhor? Com certeza. Fazia suas atividades com boa vontade? Com certeza. Eletinha sabedoria? Certamente que sim.Mas o que aconteceu que inspirou seu sogro, Jetro, a intervir na forma como Moisés liderava o povo?“E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante deMoisés desde a manhã até à tarde” (Ex 18.13). Esse versículo mostra o que acontecia. O povo ficava emtorno de Moisés e trazia a ele as questões relevantes sobre dificuldades que estavam enfrentando, eMoisés ficava resolvendo essas questões sozinho. O problema não residia em Moisés atender ao povo,mas em tentar resolver as questões sem a ajuda de outras pessoas. Ele precisava delegar autoridade aoutros homens para que, da mesma forma que ele, atendessem ao povo e resolvessem conflitoscomuns.Isso não retiraria de Moisés sua autoridade. Delegar autoridade para que outros nos ajudem a realizar otrabalho faz com que haja mais pessoas trabalhando para o mesmo Senhor, e faz também com quetenhamos mais tempo para pensar em outras coisas importantes e treinar pessoas para o ministério.Mas isso não ficou claro para Moisés no início da narrativa. Foi preciso que ele escutasse essasobservações de seu sogro, um homem mais experiente e amadurecido nas questões relacionadas agestão. Jetro viu que o modelo de administração seguido por Moisés era cansativo tanto para ele quantopara o povo, pois não apenas Moisés se cansava atendendo o povo, mas o próprio povo se sentiacansado de esperar por uma solução da parte de Moisés.Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícilpara ti; tu só não o podes fazer. Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e DEUS será contigo. Sêtu pelo povo diante de DEUS e leva tu as coisas a DEUS. (Ex 18.18,19)

Page 12: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 12/33

O líder precisa de um tempo para se recompor, descansar e pensar em suas atividades. Ele deveplanejar seu dia, pedindo a orientação do espírito de DEUS para cada etapa, e não se esquecer de queprecisa ter seus momentos com DEUS e com sua própria família. Essas atitudes fortalecem a pessoado líder. Muitos momentos em que o líder se sente desestimulado e cansado são originados na falta dedescanso apropriado. Isso traz a perda de concentração, implica tomada de decisões precipitadas etorna desgastantes as tarefas diárias.Jetro recomendou que Moisés fosse um intercessor pelo povo, e que levasse as questões do povo aDEUS. Na verdade, essa era a função que DEUS pretendia para Moisés, mas até aquele momento, olegislador estava sobrecarregado resolvendo questões do povo, sem a ajuda de auxiliares idôneos.Caso Moisés não seguisse o conselho de Jetro, acabaria desfalecendo por causa de seu excesso deatividades, além de não ter tempo para interceder pelo povo a DEUS. Mas por seguir o conselho de seusogro, pôde exercer melhor seu ministério e partilhar sua autoridade com homens dignos de confiança eque honrariam o nome do Senhor. Essa foi a lição que Moisés aprendeu: Não se pode fazer tudosozinho.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 79-81.

Moisés foi humilde em receber orientação de uma pessoa que nem era israelita e nem vinha diretamentecom uma mensagem de DEUS. Soube ponderar e analisar um sábio conselho que lhe foi muito útil eDEUS não o reprovou por acatar a este conselho de seu sogro. (observação minha - Ev. Henrique)

Êx 18.14 Por que te assentas só...? Moisés tinha tanto para fazer que não podia dar muita atenção aseu sogro. Jetro tinha um sistema melhor, que já vinha funcionando fazia anos. E assim sendo, sentiu-se encorajado a sugeri-lo a Moisés. Um dos problemas dos chefes é a delegação de autoridade, e seesse chefe é um pequeno césar, então os seus problemas apenas se agravam. Jetro, sendo um chefe eum sacerdote midianita, tinha suas sessões diárias, mas não tomava para si mesmo todo o trabalho.Perguntou Jetro a Moisés: “Que é isto que fazes ao povo?”. Lá estavam os israelitas, impacientes eformando longas filas, como aqueles que precisam depender do INSS. Moisés estava exaurindo a simesmo e ao povo.Êx 18,15,16 - A Liderança Divina.Moisés, o legislador, antes da outorga da lei (ver Êxo.19), estava legislando de acordo com princípiosdivinos. Ele não tomava nenhuma decisão secular. Quando as pessoas brigavam, ele procurava aplicar asabedoria divina à situação. Moisés estava funcionando como vidente e profeta. Ver I Sam. 9.9 e 22.15.Os profetas posteriores também foram videntes (ver I Reis 22.8; II Reis 3.11; 8.8; 22.14). As decisõesdo juiz-profeta-vidente eram aceitas como a palavra de DEUS, presumivelmente inspiradas. Seu trabalhonão consistia apenas em julgar alternativas pragmáticas. Moisés era o representante de DEUS diante dopovo de Israel (Êxo. 18.19).Êx 18.17 “Você está fazendo as coisas da maneira errada", afirmou Jetro. Como é óbvio, ele deve terconcordado que Moisés tinha tanto a autoridade quanto a sabedoria para o seu trabalho. Mas é possívelfazer o que é certo da maneira errada. Os argumentos de Moisés em favor de seus atos eram bons (vss.15,16), mas não expressavam um problema central que estava envolvido: a fadiga. Moisés estavaexaurindo as suas forças e a paciência do povo.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.381.

Êx 18. 14. Por que te assentas só? Eis aqui a pergunta de um velho chefe que já aprendera a lição decomo delegar autoridade. Como muitos líderes cristãos, Moisés estava se desgastandodesnecessariamente (v.18) ao tentar fazer tudo sozinho. Isto nem sempre é prova de ambição: às vezesindica excesso de zelo e ansiedade. Além do mais, ele estava também desgastando o povo (v.18 maisuma vez), um aspecto geralmente omitido. A demora na administração da justiça, surgida decircunstâncias semelhantes, foi uma das causas da revolta de Absalão, séculos mais tarde (2 Sm 15:1-6).Êx 18.15. Para consultar a DEUS. Este verbo é traduzido mais adiante em passagens devocionais como“buscar a DEUS” em oração. Aqui, entretanto, significa buscar a decisão divina num assuntocontrovertido, quer uma disputa legal, quer um caso em que se precisasse de orientação.Em dias futuros a “estola sacerdotal” viria a ser usada em tais ocasiões, aparentemente contendo osUrim e Tumim, ou seja, as pedras com as quais se determinavam os oráculos divinos (1 Sm 23:9; 28:6):este sistema, entretanto, não viria a existir senão bem mais tarde (28:30).Êx 18.16. E lhes declare os estatutos de DEUS. Moisés evidentemente considerava sua tarefa judiciáriacomo um ministério de ensino, declarando aos israelitas os “estatutos”, “leis” e “decisões” ou“instruções” divinos, dados em ocasiões específicas para tratar de casos específicos.

Page 13: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 13/33

Talvez tenhamos aqui o processo pelo qual a lei mosaica veio a se formar, uma combinação de grandesprincípios de revelação e sua aplicação à vida cotidiana no deserto.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 136.Êx 18.14,15 — A importante conversa entre o profeta e seu sogro mostra um lado bastante humano deMoisés. Ele era motivado por um desejo de fazer tudo de forma correta, mas suas atidades consumiammuito tempo e energia para serem realizadas por apenas um homem. Jetro notou isso naquele dia (v.17,18).Êx 18.16 — A expressão vem a mim (hb. yarâ, no tema hiphil, fazer saber, dirigir) é uma forma dapalavra da qual o substantivo Torá (lei, hb. tôrâ) é derivado. O versículo sugere que as leis do Senhoreram gerais, na concepção original, e, posteriormente, aplicadas caso a caso. Sem dúvida alguma,muitas das regras específicas no livro de Êxodo são o resultado deste processo: a aplicação dosprincípios gerais em situações determinadas (Êx 21.1).Êx 18.17-24 — Há, algumas vezes, a ideia de que os servos do Senhor só aceitam as palavras vindasde outras pessoas de fé. Entretanto, muitos indivíduos que não possuem a mesma crença no verdadeiroDEUS vivo têm experiência e entendimento de questões importantes. O sábio é aquele que é capaz deouvir e aprender coisas boas, não importando sua religião.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento comrecursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 162.3. O líder necessita de ajudantes (Êx 18.18).

Uma das lições que Jetro ensinou a Moisés é que ele precisava de outras pessoas para partilharresponsabilidades. Ninguém que trabalha em posição de liderança consegue fazer todas as suasatividades sem ajuda. Há trabalhos que dependem de apenas uma pessoa, mas boa parte dos trabalhosprecisa ser executada por um grupo de pessoas. Todo trabalho que exige coletividade exige liderança, edependendo da complexidade do trabalho, vários líderes são necessários na empreitada.O líder deve treinar seus auxiliares e aprender a confiar neles. Deve orientá-los no sentido de seguiremos parâmetros estabelecidos e cuidarem daquilo que foi proposto. Jetro disse a Moisés:E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a DEUS, homens de verdade, queaborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquentae maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam ati, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarãocontigo. Se isto fizeres, e DEUS to mandar, poderás, então, subsistir; assim também todo este povo empaz virá ao seu lugar. (Êx 18.21-23).

As questões já discutidas e resolvidas poderiam ser resolvidas da mesma maneira pelos auxiliarestendo como exemplo o que Moisés já havia resolvido antes. (Observação minha - Ev. Henrique).

A recomendação de Jetro sobre os auxiliares de Moisés não pode ser esquecida em nosso estudo. Elerecomendou que Moisés selecionasse homens capazes (pessoas que tinham habilidade de lidar comoutras pessoas, ouvir e resolver problemas), tementes a DEUS (um requisito básico para se lidar com opovo de DEUS, pois estariam julgando o povo de acordo com a vontade de DEUS), homens de verdade(homens sobre os quais não poderia recair suspeitas, e cujas ações demonstrassem suarespeitabilidade), que aborrecessem a avareza (essa característica não poderia passar em branco, vistoque se uma pessoa for trazer pareceres vinculados ao dinheiro, com certeza seu parecer serátendencioso - não corrúptos seria bem traduzido - Observação minha - Ev. Henrique). Eles seriamcolocados, conforme suas capacidades, sobre grupos de pessoas, maiores ou menores conforme aquantidade designada, e deveriam resolver os problemas mais simples, e os mais complexos deveriamser levados a Moisés.Eles deveriam ser ensinados nos estatutos e nas leis para que pudessem julgar o povo de DEUS deforma correta. Se um líder não conhece as regras pelas quais deve se pautar para tomar decisões, oupara decidir entre pessoas, não poderá liderar. Ninguém exerce a liderança sem ter em mente princípiosnorteadores pelos quais agir. Portanto, o conselho de Jetro é válido para os nossos dias. Líderesprecisam conhecer a lei de DEUS e os princípios pelos quais tomarão suas decisões. Conhecerprincípios de liderança e como aplicá-los faz a diferença entre um bom e um mau líder.Lembremo-nos de que aqueles homens não foram chamados para tomar o lugar de Moisés na liderançado povo, mas para ajudá-lo a exercer de forma efetiva sua liderança. Eles levariam o peso do trabalho deMoisés com ele, e não tomariam o lugar dele. Aqui cabe uma observação aos que estão sendochamados a ajudar líderes. Quando uma pessoa é escolhida para ajudar em um ministério, ela estásendo chamada para auxiliar, para cooperar, não para comandar ou dar um golpe no seu próprio líder.Há pessoas em nossas igrejas que se deixam enganar quando escolhidas para ajudar em umadeterminada função. Começam a pensar que logo estarão no topo do comando, que terão o próprio

Page 14: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 14/33

ministério, que agirão de acordo com sua própria vontade e que não prestarão contas a ninguém. Hápessoas que nesse sentido logo se rebelam contra seus líderes e fazem o que podem para dividir orebanho do Senhor.Aqui reside grandeza dos líderes auxiliares: eles sabem que estão servindo a DEUS sob a liderança deoutro líder escolhido por DEUS, ao qual devem prestar obediência. E com essa obediência poderão serescolhidos por DEUS para desafios maiores, em outras esferas, inclusive liderando outros até norebanho do Senhor.Futuros líderes podem ser ensinadosQuando Jetro falou com Moisés, recomendou que ele ensinasse os estatutos e as leis ao povo, antes deescolher as pessoas que iriam ajudá-lo. Ou seja, os auxiliares do legislador deveriam ser instruídos paraserem úteis ao trabalho que lhes seria confiado. Conhecer os procedimentos normais de nossasatividades na obra do Senhor faz parte de nossas obrigações diante dEle. O líder precisa estar semprepronto a aprender.Se por um lado aqueles líderes deveriam conhecer a lei de DEUS para poderem exercer seusjulgamentos, é preciso lembrar que foi responsabilidade de Moisés ensinar-lhes a Lei de DEUS e seusestatutos. Um líder não pode cobrar de seus liderados atitudes que não lhes foram ensinadas. Portanto,como líder, Moisés não apenas deveria partilhar com homens escolhidos sua autoridade, mas tambémensiná-los a exercerem suas funções.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 81-83.

Êx 18.18 Desfalecerás, assim tu, como este povo. Havia fadiga coletiva, em resultado do que Moisésestava fazendo. Ele precisava aprender a delegar autoridade, resolvendo somente as questões maisdifíceis, como fazem os juízes das cortes supremas.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.381.

Jetro discordava do método que Moisés empregava, e tinha liberdade com ele, para dizer-lhe isto, w.14,17,18. A sabedoria é benéfica para orientar, para que não nos contentemos com menos do que onosso dever, nem nos sobrecarreguemos com aquilo que está além das nossas forças.2. Jetro o aconselhou a um modelo de governo que melhor serviria à intenção, que consistia em:(1) Que Moisés reservasse a si mesmo todas as questões referentes a DEUS (v. 19): “Sê tu pelo povodiante de DEUS”.(2) Que Moisés nomeasse juizes nas diversas tribos e famílias, que deveriam julgar as causas entre oshomens, e decidi-las.(3) Poderia haver uma apelação, se houvesse causa justa para isto, destas cortes inferiores ao próprioMoisés. “Todo negócio grave tragam a ti”, v. 22.3. Ele acrescenta duas qualificações ao seu conselho:(1) Que grande cuidado deveria ser tomado na escolha das pessoas a quem esta tarefa seria confiada(v. 21). “homens capazes” Mentes esclarecidas e corações valentes fazem bons juízes. O temor aDEUS é aquele princípio que irá melhor fortificar um homem contra todas as tentações à injustiça,Neemias 5.15; Gênesis 42.18. Para integridade e honestidade - homens de verdade - Para desprezonobre e generoso da riqueza do mundo - odiando a avareza, não somente não procurando subornos nemdesejando enriquecer a si mesmos, mas odiando o simples pensamento disto.(2) Para que possa receber a instrução de DEUS no caso (v. 23): “Se isto fizeres, e DEUS to mandar”.Jetro sabia que Moisés tinha um conselheiro melhor do que ele, e a este ele o encaminha. Observe queos conselhos devem ser dados com humilde submissão à Palavra e à providência de DEUS, que sempredevem prevalecer.Moisés não confiou ao povo a escolha dos magistrados, pois o povo já tinha feito o suficiente para provarque não era adequado para tal tarefa. Mas ele mesmo os escolheu, e os indicou - alguns para umaposição mais elevada, outros para uma posição menos elevada, os mais inferiores provavelmentesubordinados aos superiores. Temos motivos para considerar o governo como uma misericórdia muitogrande, e para agradecer a DEUS pelas leis e magistrados, para que não sejamos como os peixes domar, onde os maiores devoram os menores.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 287.

II - OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO1. DEUS levanta auxiliares (Êx 18.21).

Os recursos humanos dos céus sempre estão cheios de pessoas para que venham trabalhar na obra doSenhor. Quando JESUS disse que a seara era grande e que havia poucos ceifeiros para trabalharemnela, não ordenou aos seus discípulos que fosse atrás de obreiros, mas que orassem a fim de que oSenhor da seara enviasse ceifeiros para a sua seara. E DEUS levantou ajudantes para Moisés.

Page 15: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 15/33

No Novo Testamento, vemos que DEUS levanta auxiliares e cooperadores nas atividades em sua obra.Quando a igreja em Jerusalém precisou de pessoas para ajudarem os apóstolos a recomendação delesfoi: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO ede sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio” (At 6.3).Aqui está a origem dos diáconos. Enquanto os discípulos se dedicariam à oração e à Palavra, esseshomens iriam ajudar a assistência social da igreja.Estêvão e Felipe, por ezemplo - esses homens tinham a nobre função de auxiliar os apóstolos na esferasocial da igreja. Eles deveriam ter como características:Boa reputação. Ser cheios do ESPÍRITO SANTO. Cheios de sabedoria. Era preciso que fossemapresentados publicamente para prestarem seus serviços. A igreja deveria saber quem eram e respeitá-los, pois tinham o aval dos apóstolos para aquelas atividades.Lembremo-nos de que, no caso de Moisés, a nação já possuía homens que poderiam ser escolhidospara ajudá-lo, mas só foram escolhidos após a orientação de Jetro e fizeram a diferença no ministério deMoisés.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 83-85.

Êx 18.21 “Moisés deveria tratar de casos sem precedente legal, que requeriam um oráculo especial (cf.Deu. 17.8-13). Os casos ordinários seriam manuseados por líderes leigos (Núm. 11.16-22; 24.25) ou porjuízes nomeados (cf. Deu. 16.18-20)” (Oxford Annotated Bible, in loc.).Teriam de ser juízes imparciais, que buscassem razões espirituais e morais em seus julgamentos.Teriam de abominar a cobiça, não desejando coisas para si mesmos nem se mostrando parciais.Devemos entender que os tribunais de apelo formam um poder ascendente. Paralelamente, devemosentender que os casos julgados também deveriam ser dispostos em importância ou dificuldadeascendente. O homem com autoridade sobre dez cuidaria de questões menores. O homem comautoridade sobre mil teria maior autoridade e julgaria os casos mais sérios, da mesma forma que umgeneral tem maior autoridade do que um sargento. Mas cada homem teria uma autoridade absoluta paraseu próprio tipo de problemas. Um homem de menor autoridade poderia transferir para outro, de maiorautoridade, qualquer caso que não pudesse resolver. Assim, um caso poderia chegar até Moisés.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.382

Êx 3. 21. Procura dentre o povo. “ Procurar” é o sentido mais básico deste verbo, aqui a ideia secundáriade “ escolher” .Homens capazes. O termo hebraico empregado poderia ter significado militar, indicando um soldado devalor. Com o passar do tempo veio a significar “ um homem de bem” . Podemos comparar o uso de frasesemelhante em Provérbios 12:4, em relação à esposa ideal.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 136-137.Quem não estivesse satisfeito com uma sentença de instância inferior poderia apelar para um tribunalsuperior. Isto significaria que inumeráveis sentenças não chegariam a Moisés (22).

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 182.2. Os auxiliares de Moisés (Êx 18.25).

Dentre os diversos auxiliares de Moisés, podemos destacar:Miriã. Irmã de Moisés, era profetisa e entoava louvores ao Senhor. Foi uma coluna na história de Moisés.Arão. Irmão de Moisés, acompanhou sua história desde o Egito e foi escolhido por DEUS para sersacerdote em Israel.Os anciãos. Pessoas de mais idade entre o povo, foram pessoas que muito auxiliaram Moisés em sualiderança na condução do povo à Terra Prometida. Espera-se, por esse exemplo, que as pessoas demais idade estejam aptas a ser bons conselheiros aos líderes mais novos.Jetro. Jetro era um midianita. Mesmo não sendo israelita, concedeu abrigo a Moisés e lhe deu uma desuas filhas como esposa quando Moisés fugiu do Egito. Pelas palavras que disse a Moisés, mostrou seruma pessoa sábia e experiente. Ele muito ajudou Moisés em seu ministério, permitindo que no períodoem que esteve em Midiã aprendesse a pastorear ovelhas e conhecesse os caminhos do deserto.As palavras de Jetro para com Moisés e a atenção que Moisés deu ao sogro mostram o quanto haviarespeito entre eles. Quando Jetro viu o que acontecia com Moisés, falou-lhe com brandura, e Moisésatendeu à voz de seu sogro, sendo posteriormente abençoado por DEUS.Josué. Este foi um servo de Moisés que é apresentado na Bíblia como aquele que seria o seu substitutona condução do povo à Terra Prometida. Josué era um combatente, um homem de armas, e foi usadopor DEUS para abrir o caminho das conquistas ordenadas por DEUS.

Não podemos nos esquecer de Zípora, esposa de Moisés, pois ela cuidava da família de Moisés elhe dava o amor e carinho básicos para um esposo (observação minha - Ev. Henrique).

Page 16: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 16/33

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 85-86.

Êx 18.24,25 Moisés, ouvindo os conselhos de Jetro, pôs em ação o método de seu sogro. O vs. 25repete os números dados no vs. 21. É provável que os anciãos de cada tribo, conhecendo asqualificações das pessoas de suas respectivas tribos, tenham sido postos a trabalhar na seleção deoficiais, ao passo que os próprios anciãos retiveram sua autoridade como oficiais maiores do sistema.O Targum de Jonathan informa-nos os números envolvidos: seiscentos chefes de mil; seis mil chefes decem; doze mil chefes de cinquenta; sessenta mil chefes de dez. Jarchi e o Talmude falam no mesmosentido. A soma total, no Talmude, sobre o sistema coletivo, é de setenta e oito mil homens. Essesnúmeros estão baseados no trecho de Números 1.46, mas vários intérpretes não concordam com isso,como Aben Ezra. E não dispomos de meios para saber se esses cálculos estão ou não com a razão.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.382.

Moisés não desprezou este conselho por não ser dado por alguém que não era, como ele, familiarizadocom as palavras de DEUS e as visões do Todo-poderoso. Mas “deu ouvidos à voz de seu sogro”, v. 24.Quando considerou o assunto, ele viu como era razoável o que o seu sogro propunha, e decidiu colocaro conselho em prática- o que fez pouco tempo depois, quando já tinha recebido instruções de DEUS sobre o assunto.Observe que não são tão sábios como julgam ser aqueles que se julgam sábios demais para receberemconselhos. Pois um homem sábio (que verdadeiramente o é) irá ouvir, e continuará ouvindo, e nãodesprezará bons conselhos.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 287.

Êx 18.24-27 — Podemos ver claramente o caráter de Moisés neste trecho. Ele aceitou de bom grado, ouseja, deu ouvidos ao conselho e decidiu melhorar a maneira como estava fazendo as coisas.Isso também é um sinal de sua habilidade de liderança e de sua falta de soberba (Nm 12). O registro deque Jetro voltou para sua terra não é uma conclusão moral, mas apenas uma declaração de sua viagem.Ao retornar para sua casa, Jetro disseminaria todo o conhecimento vivenciado acerca do verdadeiroDEUS. Faria isso em uma época em que os israelitas conservavam tal entendimento entre seu povo.Jetro, o sacerdote de Midiã, tornou-se Jetro, o ministro do Senhor.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento comrecursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 162.

MIRIÃ Filha de Anrão e Joquebede, e irmã de Arão e Moisés (Êx 15.20; Nm 26.59). Sem dúvida, ela foia Miriã que protegeu o cesto de juncos no qual Moisés foi escondido. Foi mencionada pela primeira vez echamada de profetisa por ocasião da jubilosa celebração que liderou depois da travessia do marVermelho (Êx 15.20,21). Ela pecou quando foi insubordinada à vontade de DEUS, e incitou Arão contraMoisés. Ela e Arão se opuseram ao seu destaque e posição de respeito. Como resultado do seuenvolvimento e liderança da rebelião, DEUS a castigou com lepra. Moisés orou por sua recuperação eDEUS ouviu sua oração. Durante o tempo da sua recuperação, Israel não prosseguiu em suaperegrinação (Nm 12.1-16). Ela morreu em Cades-Barnéia e foi sepultada ali (Nm 20.1).

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1290.ARÃO.1. A Família. Arão era o filho mais velho de Anrão e Joquebede. Anrão pertencia à família de Coate, filhode Levi (Êx 6.16). A genealogia dada sugere que Anrão era um dos filhos de Coate. O nome da mãe deArão era Joquebeque (“Yahweh é glorioso”), que pode ser significativo, visto que os nomes combinadoscom Yahweh eram raros nesse período inicial. A esposa de Arão era Eliseba, irmã de Naassom,aparentemente o príncipe de Judá que foi um ancestral de Davi (Êx 6.23; Rt 4.20; lCr 2.10). Ele possuíaquatro filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Êx 6.23), sendo os primeiros dois mortos por causa deum ato de sacrilégio (Lv 10.Is.).2. O porta-voz de Moisés. O papel subordinado de Arão, quando comparado com o de Moisés, éindicado claramente. Ele foi completamente ignorado até que Moisés mostrou a sua quase insuperávelindisposição de obedecer ao chamado de DEUS para ser o libertador de Israel. “Não é Arão, teu irmão, olevita?” (Êx 4.14 . O modo de construção da pergunta é notável. A expressão “teu irmão” indica que Arãopossuía sua posição primariamente pelo seu relacionamento com Moisés. Parentesco e descendênciatinham um papel proeminente na história bíblica. Arão foi chamado “irmão de Moisés” onze vezes. Aessa altura ele tinha oitenta e três anos de idade (Êx 7.7), e a designação “o levita” sugere que eleocupava uma posição proeminente nessa tribo específica de israelitas escravizados. O textosimplesmente diz que ele falava fluentemente (heb. “ele pode certamente falar”) e ele substituiria alentidão de Moisés ao falar (heb. “pesado de boca e pesado de língua”).3. Arão e o Êxodo. Arão esteve constantemente associado a Moisés na apresentação de atos poderosos

Page 17: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 17/33

que ocasionaram a libertação (Êx 5-13). O cajado como símbolo de autoridade foi manejado algumasvezes por Arão. DEUS frequentemente falou a ambos, Moisés e Arão, mas raramente a Arão sozinho.Arão não teve parte alguma na entrega da lei, mas ele e seus dois filhos mais velhos, juntamente comos setenta anciãos, testemunharam a auto manifestação de DEUS e comeram e beberam na presençade DEUS (Êx 24.9-11).4. Arão e o Tabernáculo. Para ela foram confeccionadas vestes e para seus filhos também, tudo feitopor Bezalel de Judá e por Aoliabe de Dã (Êx 31.1-6) e também pelos que possuíam coração dispostodentre o povo (Ex 35.21-35), “como o Senhor havia ordenado...” (Êx 39.43).5. A investidura de Arão. Os sacerdotes, e especialmente Arão, usaram uma vestimenta especial. Muitoé dito a respeito das roupas que foram confeccionadas para Arão, “para glória e ornamento” (Êx 28.2),especialmente o cinto e o peitoral sobre o qual foram gravados os nomes das doze tribos (Êx 28.9s., 21.29), e o Urim e o Tumim (q. v.). A “lâmina de ouro” com a gravação “Santidade ao Senhor” (“Yahweh”?)(v.36) que foi colocado na frente da mitra, era simbólico de seu ofício.6. Arão e o sacerdócio. O livro de Levítico é o manual para os sacerdotes.7. O Dia da Expiação. O ritual no qual Arão como sumo-sacerdote, e os sumo-sacerdotes que oseguiram, exercia um papel distinto era a cerimônia do Dia da Expiação (Yom Kippur) (Lv 16), quando osumo-sacerdote fazia expiação pelo Tabernáculo, pelos sacerdotes e pelos filhos de Israel “por causados seus pecados uma vez por ano” (Lv 16.34).8. Meribá. A vida de Arão teve um fim trágico. A viagem no deserto de Zim (Nm 20.1) levou a mais umadas muitas murmurações dos Israelitas — “não há água!” - O capítulo termina com uma breve narrativada investidura de Eleazar com as roupas do sumo-sacerdote Arão, e com a morte de Arão.9. Arão, o homem. Se alguém ler corretamente o caráter deste irmão de Moisés, perceberá que Arãopossuía sua posição exaltada devido a duas coisas: uma prontidão no falar e seu parentesco comMoisés.10. Arão, o irmão desleal. Arão tinha a clara e total consciência de que ele possuía a sua posiçãoexaltada graças ao fato de ser irmão de Moisés. Ele mesmo chamou Moisés de “senhor” (Êx 32.22; Nm12.11). Falou, juntamente com Miriã, contra Moisés (Nm 12) por causa de sua mulher cusita (Zípora).11. Arão e os críticos. Naquele tempo do Êxodo, ele perdia somente para Moisés em proeminência.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 417-420.ARÃO Ele tinha três anos quando seu irmão Moisés nasceu (Êx 7.7). Teve quatro filhos com suaesposa Eliseba. Nadabe, Abiu, Eleazar e Itamar. Arão tinha permanecido no Egito durante os quarentaanos da ausência de Moisés, foi em seguida encontrá-lo na "montanha de DEUS" e o reapresentou àcomunidade dos hebreus no Egito (Éx 4.27-31). Moisés deveria receber a mensagem diretamente deDEUS e era obrigação de Arão transmitir essa mensagem ao povo (Êx 4.16).Arão aparece no Monte Sinai como um ancião que, como representante de seu povo, tinha permissão,juntamente com seus dois filhos, Moisés e mais 70 anciãos de se aproximar da própria presença doSenhor (Ex 24.1-11).O consequente florescer do poder de Arão serviu para justificá-lo, bem como o seu sacerdócio perantetoda a nação (Nm 17). Ele morreu no Monte Hor com a idade de 123 anos (Nm 20.28).

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 171-172.ANCIÃO No Antigo Testamento.Discussões Preliminares.De modo geral, ancião é uma palavra que se refere aos lideres de um grupo ou comunidade, presumindo-se que os mesmos tenham idade avançada e sejam dotados de caráter maduro. No Antigo Testamento,o termo se aplicava a vários oficios. Era o caso de Eliézer. o «mais antigo servo» de Abraão, em Gên,24:2; certos oficiais da casa de Faraó, em Gên. 50:7; os principais servos de Davi, em 11 Sam. 12:17; eos anciãos de Gebal (ver Eze. 27:9). No Egito, mui provavelmente os anciãos eram funcionários doestado, pelo que o termo aplicava-se ali aos lideres e chefes políticos. Isso também sucedia entre osisraelitas, moabitas e midianitas (ver Núm. 22 :7). Não há que duvidar que o direito de primogenitura,bem como a capacidade de chefe da família influenciaram tal uso, porquanto presumia-se que a idadetinha algo a ver com o amadurecimento e a sabedoria, o que se refletia em boa variedade de costumes.Os lideres das tribos naturalmente vinham dentre os anciãos pertencentes a essas tribos. Moisés eAarão, ao chegarem no Egito, reuniram os anciãos de Israel e anunciaram ao povo a comissão divinaque haviam recebido para liderarem o povo tirando-o do Egito. Os anciãos do povo acompanharam aMoisés na primeira entrevista deste com o Faraó. Moisés também se comunicava com o povo por meiodos anciãos (ver Êxo, 19:7 e Deu. 31:9). Setenta anciãos de Israel acompanharam Moisés até o monte(Ex. 24:1). Esses anciãos também tinham o título de «príncipes». De acordo com a legislação mosaica,esses anciãos tinham seus respectivos deveres e poderes (ver Deu. 19: 12 e 21 :3). Eraresponsabilidade deles governarem e cuidarem para que a lei fosse cumprida (ver Jos, 20:4; Juí. 8:16 eRute 4:2). Nos salmos, os anciãos são aludidos como uma classe distinta de autoridade (ver Sal.107:32. Ver também Lam. 2:10 e Eze. 14. Após o exílio. eles receberam uma autoridade muito

Page 18: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 18/33

significativa.Em cada sinagoga, havia um grupo governante de anciãos, de número variado. dependendo do númerodos membros da congregação. Era dentre esses anciãos, finalmente. que se formava o superior tribunal,o Sinédrio.Nos arquivos de Mari, do século XVIII A.C., e até mesmo na correspondência real da dinastia de Sargão,no século VIII A.C., os anciãos aparecem como representantes do povo e defensores dos interessespopulares, embora antes disso eles não tivessem quaisquer funções administrativas. No império hitita,entretanto, eles controlavam as questões municipais. Tais costumes eram praticamente universais entreos povos antigos, e os israelitas não eram exceção. Mas, no caso de Israel esse costume era associadoàs questões religiosas, visto que Israel era uma teocracia.No Novo Testamento. Dentro do contexto judaico, nos dias neotestamentários, encontramos os anciãosassociados aos principais sacerdotes (ver Mat. 21:23) e aos escribas (ver Mat. 16:21), bem como aoconcilio (ver Mat. 26:29). No tocante aos anciãos ou pastores da Igreja cristã, não contamos comqualquer informação especifica acerca de sua origem, mas tão-somente que os títulos «ancião», «bispo= supervisor» e «pastor» são intercambiados (ver. Para exemplificar, Atos 20:28). A importância dosanciãos cristãos aumentou, quando a Igreja se dispersou.Esses anciãos eram líderes, pastores. mestres, supervisores, enfim, autoridades cristãs (ver Atos15:22,23; Efé. 4:11; Atos 20:28; Heb. 13:7 e I Tes. 5:12).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 156.ANCIÃO No AT hebraico, zaqen, lit., "aquele que tem barba", era um termo utilizado para designar umhomem de certo grau e posição entre seus irmãos. Entre os israelitas havia dois tipos de anciãos: os"anciãos de Israel" que eram os chefes de família ou de clãs nas várias tribos, e os "anciãos" dascidades construídas e habitadas depois da Conquista.Embora os anciãos não fossem eleitos, durante a maior parte dos períodos de Moisés até Esdras, etambém na era intertestamentária, eles eram reconhecidos como o grupo de mais elevada autoridadesobre o povo. Eles agiam como representantes da nação (Jr 19.1; Jl 1.14; 2.16) e tambémadministravam muitos assuntos políticos e resolviam disputas entre as tribos (por exemplo, Finéias e osdez chefes tribais ou anciãos, Js 22.13-33). Os anciãos da cidade formavam uma espécie de conselhomunicipal cujos deveres incluíam a função de juízes com a finalidade de mandar prender assassinos (Dt19.12), conduzir as investigações e inquéritos (Dt 21.2) e resolver conflitos matrimoniais (Dt 22.15; 25.7).Os "anciãos de Israel", conhecidos primeiramente em Êxodo 3.16-18, foram reunidos por Moisés parareceber o anúncio de DEUS sobre a libertação do Egito. O pacto foi ratificado no Monte Sinai napresença de 70 dos anciãos de Israel (Êx 24.1,9,14; cf. 19.7), os "nobres" ou os principais homens danação, "os escolhidos dos filhos de Israel" (24.11). Mais tarde, 70 anciãos foram especialmente ungidoscom o ESPÍRITO para ajudar Moisés a governar a nação (Nm 11.16-25). Nos casos em que toda acomunidade pecasse, os anciãos da congregação ou da comunidade deveriam representá-la para fazer aexpiação (Lv 4.13-15).A autoridade dos anciãos era, em princípio, maior do que a do próprio rei (cf. 2 Reis 23.1). Foi este grupoque exigiu que Samuel designasse um rei (1 Sm 8.4-6), e foram partidários da aliança real queestabeleceu Davi como rei (2 Sm 5.3). Na Babilónia, os anciãos eram o ponto central da comunidadejudaica que estava no exílio (Jr 29.1; Ez 8.1; 14.1; 20.1-5), e, após o retorno a Jerusalém, aindapermaneciam ativos (Ed 5.5,9; 6.7,8,14; 10.8,14). Do Conselho de Anciãos (gerousia) do períodohelenístico de Judá, desenvolveu-se a Grande Assembleia (Knesset) de judeus que, em 142 a.C,concedeu grande poder a Simão, o líder macabeu (1 Mac 14.28). O Grande Sinédrio, com seus 71membros, o supremo corpo legislativo anterior ao ano 70 d.C., constituía a mais elevada instituição dos"anciãos de Israel". Em sua visão do céu, João viu 24 anciãos sentados sobre tronos que rodeavam otrono de DEUS, vestidos de branco e ostentando coroas de ouro (Ap 4.4). Estes se prostram emadoração, e depositam as suas coroas diante do trono de DEUS (4.10; cf. 11.16; 19.4). Com suasharpas e salvas cheias de incenso, simbolizando as orações dos santos, eles cantam um novo cânticoao Cordeiro (5.8-10). Como anciãos, eles representam o povo de DEUS; seus tronos e coroassimbolizam um papel de reinado, enquanto seu ato de adoração e as salvas de incenso sugerem umafunção sacerdotal. Dessa maneira, eles parecem ser os principais representantes dos remidos como umreino de sacerdotes (Ap 1.6; cf. 20.6; 1 Pedro 2.5,9; Êx 19.6). É possível discutir se o número 24 sugereos 24 turnos do sacerdócio judaico, ou uma combinação das 12 tribos de Israel (indicando os santos doAT) e dos 12 apóstolos (os líderes dos santos do NT).ANCIÃOS Refere-se aos sábios de Israel que eram a fonte e os comunicadores das palavras desabedoria tradicionais. E usado na RSV em inglês somente em 1 Samuel 24.13, mas outros versículospodem referir-se a eles de uma maneira velada, como, por exemplo, em Jó 12.12 e Isaías 3.2. Aexpressão os "mais velhos de Israel" provavelmente também se refira a estes ensinadores respeitáveis.

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 100-101.JETRO No hebraico, «abundância», «excesso», «superioridade», «excelência». Esse era o nome do

Page 19: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 19/33

sogro de Moisés. Ele foi sacerdote e príncipe de Midiã. Parece que, entre os midianitas, os seuspríncipes automaticamente também oficiavam como sacerdotes. Há uma certa confusão no tocante aonome desse homem, que a Bíblia não se dá ao trabalho de explicar. Ele é chamado Reuel, em Êxo. 2:18e Núm. 10:29. Em Juí. 4:11, ele é chamado de Hobabe; mas, em Núm. 10:29 Hobabe parece ser o filhode Reuel (Jetro). Todas as demais passagens, onde aparece esse homem, dão o seu nome como Jetro.É possível que os nomes Reuel e Jetro fossem ambos nomes desse homem, o que não era um casoúnico. Moisés passou quarenta anos em seu exílio em Midiã, enquanto se preparava para o seu ofício deLibertador de Israel, em companhia de Jetro, e de uma de suas filhas, e de com a qual se casou, Zípora(Êxo. 3:1; 4:18).Residindo Moisés com seu sogro, aquele recebeu uma teofania da parte do DEUS de Abraão. O décimooitavo capítulo do livro de Êxodo registra a narrativa comovente de como, depois que Moisés conseguiuretirar, com sucesso, do Egito, o seu povo de Israel, e estava acampado no deserto, Jetro, juntamentecom seus familiares (incluindo a esposa e os filhos de Moisés, que tinham sido deixados em Midiã),vieram visitar Moisés, no deserto. Jetro estava muito satisfeito com o que Moisés fizera, e deu ao DEUSde Israel o crédito pela operação inteira. Foi então que Jetro reconheceu a superioridade de Yahwehsobre todos os deuses das nações, tendo-lhe oferecido sacrifícios e ofertas queimadas. Jetro observoucomo Moisés estava trabalhando arduamente, a fim de tentar solucionar os inúmeros problemas que opovo de Israel lhe trazia para julgar; e o aconselhou a nomear assessores, em vez de tentar atuar comojuiz exclusivo. E Moisés aceitou o conselho de seu sogro, tendo nomeado juízes e líderes de mil, decem, de cinquenta e de dez (ver Êxo. 18:24,25). Após esse incidente, Jetro partiu para a sua própriaterra.Sabemos que os midianitas descendiam de Abraão por meio de Quetura (Gên. 25:2,4; I Crô. 1:32,33),sendo possível que Yahweh fosse um dos nomes do Ser divino entre eles. Em português, usamos apalavra latina para DEUS, isto é, DEUS; mas isso não significa que adoramos alguma divindade pagãromana.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.4542.

JETRO Também foi aparentemente chamado de Reuel (Êx 2.18) e Hobabe ou Raguel (Nm 10.29). Eraum sacerdote dos nómades midianitas (q.v.) que residiam nas proximidades do monte Sinai (Êx 2.16;3.1; 4.18). Era descendente de Abraão com Quetura (Gn 25.1,2) e, por conseguinte, possuía osvestígios do verdadeiro conhecimento de Jeová (Êx 18.10-12). Moisés se casou com Zípora, uma dassete filhas de Jetro, durante os 40 anos que permaneceu ao lado deste homem (Êx 2.22; 4.20; 18.3,4; At7.29). Moisés pediu e recebeu de Jetro a permissão para retornar ao Egito (Êx 4.18-20). Foiacompanhado por Zípora e seus dois filhos, porém Moisés mandou-os de volta a Jetro por alguma razãodesconhecida (Êx 4.24-26; 18.2).Depois do êxodo do Egito, e enquanto os israelitas estavam nas proximidades do monte Sinai (cf. Êx3.12 com 19.2,3), Jetro trouxe Zípora e seus dois filhos de volta para Moisés (18.1-6). Jetro fez coisasnotáveis nessa reunião:

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1049.JOSUÉ (PESSOAS)Ver o artigo separado sobre o livro de Josué, relacionado ao primeiro homem que, na Bíblia, recebeuesse nome.Josué, filho de Num, assistente e sucessor de Moisés.a. Nome. Esse nome deriva-se do hebraico, Yehoshua, «Yahweh é salvação». Moisés mudou o nomedele, de Oséias («salvação»), para Yehoshua. Ver Núm. 13:16 e 13:8. Esse é o equivalenteveterotestamentário de JESUS. A Septuaginta traduziu aquele nome hebraico para o grego, lesous, aforma grega do nome hebraico.b. Família. Ele era filho de Num, que era filho de Elisama, príncipe da tribo de Efraim (Êxo. 33:11; Núm.1:10).c. Informes Históricos1. Considerando-se a habilidade de Josué como estrategista militar, é possível que ele tivesse sido umsoldado profissional, treinado no Egito. A arqueologia dá-nos conta de que estrangeiros eramcontratados pelo exército egípcio. Moisés usou Josué como seu comandante militar, contra o ataque dosamalequitas, em Refidim (Êxo. 17:8-16). A tarefa de Josué era organizar aquele bando de ex-escravos,que tão recentemente haviam obtido a liberdade, organizando com eles um exército respeitável. A tarefa,pois, não era nada pequena.2. Josué era o ministro pessoal e assistente de Moisés, quando este recebeu a lei (ver Êxo. 24:13;32:17).3. Josué foi um dos espias enviados para obter uma visão geral da terra a ser conquistada. Ele foi umdos dois únicos que deram um relatório bom, e encorajaram o ataque (Núm. 14:6-9).4. O povo de Israel, como um todo, foi proibido de entrar na Terra Prometida, em face de desobediência

Page 20: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 20/33

e incredulidade. Somente Josué e Calebe tiveram permissão, dentre aquela geração inteira, de entrar naTerra Prometida (Núm. 26:65; 32:12; Deu. 1:34-40).5. Josué foi comissionado para ocupar a liderança, após o falecimento de Moisés. Josué, pois, tornou-seo novo pastor de Israel (Núm. 27:12-17). Ele recebeu a autoridade divina de Moisés (Núm. 27:20). Foiordenado por Moisés para assumir seu novo posto (Núm. 27:21-23; Deu. 3:21-28).6. A tarefa de Josué consistia em liderar Israel na conquista da terra de Canaã (Jos. 1- 12). Seexcetuarmos uma comunidade que, através de engodo, conseguiu assinar um acordo de não-agressãocom Josué, ele conseguiu exterminar os habitantes de Canaã até o último homem, excetuando aqueleslugares onde obteve vitórias apenas parciais.7. Quando quase a totalidade da Palestina havia sido conquistada, Josué recebeu a tarefa de averiguarque a mesma fosse dividida entre as doze tribos (Jos. 13-21).8. Josué foi homem de notável habilidade como líder, conforme se vê em seu trabalho capaz, como ogeneral dos exércitos de Israel (Jos. 1-12), em sua capacidade de conduzir espiritualmente os israelitas,estabelecendo os acordos apropriados (Jos. 8:30-35); ao orar pedindo poder e orientação espirituais, erecebendo as mesmas (Jos. 10:10-14); em seu respeito pela mensagem espiritual e pelo uso que faziada mesma, o que tanto o ajudou a conduzir corretamente o povo de DEUS (Jos. 1:13-18; 8:30-35,11:12,15; 14:1-5, 23:6). Quando da divisão da terra, ele mostrou ser um hábil administrador (Jos. 13-21).9. Foi Josué quem deu ao sistema tribal dos israelitas sua forma fixa, impondo o elemento do acordopara fixação de terras específicas entre as diversas tribos (Jos. 24:1-28).10. Idade avançada e morte. Quando o fim de sua vida terrena aproximava-se, Josué quis consolidar osganhos que obtivera. Convocou uma assembleia, com representantes de todo o povo de Israel, eapresentou um solene discurso e incumbência, relembrando-os sobre o que fora realizado, e exortando-os a guardarem a aliança e continuarem na fé de seus pais. Em Siquém, foi renovada a aliança com oSenhor. Josué faleceu com a idade de cento e dez anos, e foi sepultado em sua cidade, Timnate-Sera,pertencente à tribo de Efraim (Jos. 24:29). Isso ocorreu em cerca de 1365 A.C.d. Tipos. Na seção IX, no artigo sobre Josué (Livro), em seu primeiro ponto, mostramos como Josué ésímbolo de CRISTO. Ele foi o JESUS do Antigo Testamento. Ambos conduzem à Terra Prometida, eambos receberam uma autoridade acima da de Moisés. Aquela seção sublinha certo número de outrostipos que se encontram no livro de Josué, e que nos são instrutivos.e. Caráter de Josué. Foi Josué quem disse a Israel: «...escolhei hoje a quem sirvais... Eu e a minhacasa serviremos ao Senhor». (Jos. 24:15). Isso exprimiu a atitude que Josué teve durante toda a suavida. Ele foi uma personagem das mais fulgurantes do Antigo Testamento, a quem o próprio Moisés nãofez muita sombra. Sentimo-nos infelizes diante de tanta matança que houve na conquista da terra deCanaã.Problemas Especiais, segundo ponto, O Tratamento Dado aos cananeus, quanto a uma discussãosobre essa questão. É óbvio que Josué sempre cumpriu o seu dever, sem nenhum grande desvio, semnunca haver cometido qualquer grave infração, o que também se vê no caso de todos os outros grandesvultos do Antigo Testamento. Josué serve de ilustração do homem que confronta alguma imensadificuldade, mas a vence, porquanto nele não havia nem dúvida e nem hesitação, de tal modo que, comcoragem e resolução, ele foi capaz de realizar a tarefa que o Senhor lhe deu.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.4581

JOSUÉ - Líder dos israelitas em sua conquista da terra prometida.Como tinha mais de 40 anos de idade quando deixou o Egito, e parecia bem qualificado para assumir ocomando das forças israelitas que lutaram contra os amalequitas em Refidim (Êx 17.8-16), é possívelque tivesse sido treinado pelo exército do Faraó. Durante aquele ano, no monte Sinai, Josué serviu comoauxiliar direto de Moisés quando esse último recebeu as leis, e todas as vezes que ia à tenda ondeencontrava e ouvia o Senhor (Êx 24.13; 32.17; 33.11). Mesmo depois de deixar o Sinai, Moisésconsiderava Josué como um "moço" e achava necessário censurá-lo por proibir dois anciãos doacampamento de profetizar (Nm 11.27-29).Dos que iniciaram a jornada, somente Josué, Calebe e aqueles que tinham menos de 20 anospermaneceram vivos ao final dos 40 anos, e receberam permissão para entrar em Canaã (Nm 26.65;32.12; Dt 1.34-40). O Senhor ordenou a Moisés que desse a Josué o encargo de ser o novo pastor deseu povo, quando o legislador entendeu que logo morreria ao invés de entrar em Canaã (Nm 27.12-23; Dt3.21-29). Moisés solenemente investiu Josué com honra e autoridade perante Eleazar, o sumosacerdote, e toda a congregação, e compartilhou o espírito de sabedoria ao impor as mãos sobre ele(Nm 27.18,23; Dt 34.9). Como parte dos preparativos finais de Moisés para a continuidade da aliança, elepublicamente advertiu Josué a ser corajoso e forte a fim de levar Israel à terra de sua prometida herança(Dt 31.3,7,8). Quando Moisés e seu sucessor se dirigiram à porta da tenda, DEUS comissionou Josuéde uma forma direta (Dt 31.14,15,23). Depois da morte de Moisés, o Senhor bondosamente repetiu essa

Page 21: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 21/33

ordem particularmente a Josué, aumentando as suas promessas com a finalidade de encorajá-lo navéspera da invasão de Canaã (Js 1.1-9).Acampado a leste do Jordão, Josué enfrentou dois imensos problemas: (a) como cruzar o riotransbordante; e (6) como vencer os adversários cananeus. DEUS lhes deu a vitória sobre os doisobstáculos, enchendo de terror os habitantes da terra (Js 2.9-11) e interrompendo as águas do Jordão,quando o povo marchou cheio de fé em sua direção e na hora em que os sacerdotes que carregavam aarca pisaram em suas águas (3.14-17).Josué demonstrou ser possuidor de grande disciplina ao obedecer às inusitadas táticas de DEUS paravencer Jericó.Ele subjugou o país como um todo, e promoveu a necessária segurança para permitir que cada triboentrasse e reclamasse a herança que lhe fora destinada.Josué possuía as qualidades de um verdadeiro líder. Exibiu grande coragem desde a primeira batalhacontra os amalequitas em Refidim, mantendo-se firme todas as vezes que começavam a prevalecer, atéo seu ataque contra a associação de reis cananeus junto às águas de Merom. Era rápido ao receber eobedecer às ordens de seu divino Comandante-em-Chefe (por exemplo, 5.13-6.5), e suficientementehumilde para reconhecer sua constante necessidade de depender do Senhor - embora tenha deixado debuscar a DEUS na questão da identidade dos enviados de Gibeão (9.14,15). Josué era um homem dehonra. Ele cumpriu o acordo feito com os dois espias sobre o lar de Raabe, e poupou a família destamulher quando a cidade de Jericó foi derrotada (6.22-25). Também não invalidou o tratado feito pelospríncipes israelitas com os gibeonitas (9.18-26). Porém, a melhor qualidade que ele demonstrava era asua total devoção à lei de DEUS. Saturava a sua mente e o seu coração com a Palavra do Senhor.Dessa maneira, a nação confiava em suas decisões (veja 1.13-18; 11.11,15; 14.1-5). Em meio às suasprimeiras campanhas, Josué dedicou tempo ao estabelecimento da aliança de Israel com a nova lei daterra em seu próprio centro, em Gerizim e Ebal (8.30-35). Em seu discurso de despedida apelou aopovo, pedindo que cada um renovasse o compromisso de sua aliança com o Senhor, exortando-os aguardar e a fazer "tudo quanto está escrito no livro da Lei de Moisés" (23.6).Seu santo exemplo de temor e obediência ao Senhor continuou a influenciar a nação mesmo depois desua morte, e durante o período dos anciãos que a ele sobreviveram (24.31).

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 195-197.

Page 22: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 22/33

III - QUALIDADES DE MOISÉS COMO LÍDER1. Mansidão e humildade (Nm 12.3).

Não é incomum as pessoas buscarem qualidades em seus líderes. Bons líderes servem como bonsexemplos, e o mesmo ocorre quando um líder deixa a desejar com seu comportamento; logo é vistocomo uma pessoa indigna de crédito por divorciar suas palavras de sua vida prática.Moisés tinha suas limitações, como todos nós. Como homem, inicialmente resistiu à voz de DEUSquando foi chamado para libertar Israel, mas depois obedeceu à ordem divina. Neste capítulo, vimos queele dedicava-se mais ao trabalho que à sua vida familiar, até receber a orientação de seu sogro. Por nãoperceber que estava sozinho na liderança do povo, acabava sendo cercado de problemas de todos ostipos, que poderiam ser resolvidos por outras pessoas.Mas Moisés tinha também suas qualidades. Entre elas, destacamos:MansidãoA Palavra de DEUS apresenta Moisés como uma pessoa de coração manso. “E era o varão Moisés muimanso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3). Mansidão é a capacidade deenfrentar problemas sem que se perca a calma. Essa foi a atitude de Moisés quando atacado por Miriã eArão, seus irmãos, no deserto. Ele não perdeu a calma naquela situação e deixou que DEUS resolvesseo problema de rebeldia que seus próprios irmãos trouxeram.HumildadeMoisés não era um líder soberbo. Ele não temeu partilhar sua autoridade com seus auxiliares a fim deque o povo pudesse ser mais bem atendido em suas demandas. Ele aceitou com humildade o conselhode Jetro, e viu como acatar aquele conselho permitiu que ele focasse sua liderança onde ela era maisimportante: conduzir o povo de acordo com os planos de DEUS. “A soberba precede a ruína, e a altivezdo espírito precede a queda” (Pv 16.18).

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 86-87.

HUMILDADE“Nenhum homem será um grande líder, se quiser fazer tudo sozinho, ou se quiser receber todo o crédito

Page 23: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 23/33

só para ele” . (Andrew Carnegie) Cuidado com os perigos de extrapolação do ego.Qualquer líder que se propõe a aprender mais sobre humildade, precisa ouvir JESUS falar: “Tomai sobrevós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou MANSO E HUMILDE de coração” (Mt. 11: 29). No conviteao discipulado, aparece embutido o mandamento da humildade.O que é humildade? Uma das mais lindas definições de humildade que já ouvi é: “Humildade é fazersilenciar todo o nosso saber diante da sabedoria de JESUS, é afirmar a nulidade de todo nosso poder.Se CRISTO não estiver conosco, é ter a coragem de admitir que se está assentado no banco primárioda sabedoria de DEUS, é se ver na real medida da graça divina, nem acima e nem abaixo do que se é.Na fila da História, humildade é considerar o próximo em primeiro lugar em relação a você. É ter acoragem de servir aos iguais”.A humildade de JESUS se manifestava na prática, no seu dia a dia.Aquele que disse, “aprendei de mim que sou humilde”, também disse, “Bem-aventurados os humildes,porque deles é o reino dos céus” (Mt. 5:3).

Josué Gonçalves. 37 Qualidades do Líder que Ninguém Esquece!. Editora Mensagem para todos. pag. 85-89.Nm 12.3 Mui manso. A humildade era uma das grandes características de Moisés. Ver Êxo. 3.11. Apalavra hebraica aqui traduzida por “manso" é ‘anaw, “humilde”. A raiz desse termo hebraico é ‘ana,“forçar à submissão". A melhor tradução, pois, é mesmo “humilde”. Contrariamente à maioria dosditadores, Moisés não era um homem arrogante. Ocupava a posição que ocupava por atribuição deDEUS, e não porque tivesse ascendido à sua posição mediante poder e arrogância, impondo aos outrosa sua vontade. Isso nos mostra que Moisés não era o tirano que Miriã e Arão queriam que ele parecesseser. Sua autoridade era divinamente conferida. Ele era o homem apropriado para o momento, e não umindivíduo que se tivesse exaltado a algum elevado ofício por meio de sua poderosa personalidade.A autoria mosaica do Pentateuco é um dos problemas levantados por este versículo. Uma terceirapessoa nos descreve aqui Moisés, e não ele mesmo.O livro de Números sempre alude a Moisés na terceira pessoa do singular. Mas visto que Yahweh falavapor meio dele, suas tradições foram preservadas, sem importar se ele foi o compilador real de algumlivro, quanto à sua forma final.As tentativas feitas por alguns intérpretes para forçar o texto a dizer que Moisés fora “alquebrado” e“oprimido” por suas cargas e pelos ataques contra sua pessoa, em vez de ser um homem humilde, nãoconvencem. O texto não dá apoio a esse tipo de tratamento.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.647.

Nm 12. 3. Ele tinha muita razão para se ressentir da afronta. Ela era mal intencionada e inoportuna, emum momento em que o povo se dispunha a um motim, e tinha recentemente lhe causado muita irritaçãocom suas queixas, e isto podia irromper novamente quando encabeçado e estimulado por Arão e Miriã.Mas ele, como surdo, não ouvia. Quando a honra de DEUS estava em questão, como no caso dobezerro de ouro, ninguém era mais zeloso que Moisés. Mas, quando a sua própria honra era atacada,não havia homem mais manso. Corajoso como um leão na causa de DEUS, mas doce como uma ovelhaem sua própria causa. O povo de DEUS são “os mansos da terra” (Sf 2.3), mas alguns são maisnotáveis que outros, por esta graça, como Moisés, que assim se adequava ao trabalho ao qual forachamado, que exigia toda a mansidão que ele tinha, e às vezes, ainda mais. E às vezes a aspereza dosnossos amigos é uma prova maior para nossa mansidão do que a maldade dos nossos inimigos. Opróprio Senhor JESUS CRISTO recorda a sua própria mansidão (Mt 11.29: “sou manso e humilde decoração”). A mansidão que CRISTO estabeleceu era imaculada. Mas a de Moisés, não o era.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 478.2. Piedoso e obediente.

Moisés era um homem temente a DEUS. Piedade não se refere a fazer boas obras e caridade, mas ater o respeito por DEUS e por sua obra. Ser piedoso é o contrário de ser uma pessoa ímpia, quedespreza a DEUS e não trata sua Palavra de forma respeitosa.Podemos confiar em DEUS para recebermos ajuda de pessoas comprometidas com o seu Reino,pessoas que podem ser ensinadas nos estatutos e leis do Senhor, e que poderão ampliar o campo deatuação de DEUS em nossos dias.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 87.

PIEDADE Normalmente, o termo "piedade" é uma tradução da palavra grega eusebeia.PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1534-1535.

OBEDIÊNCIA As palavras hebraicas e gregas traduzidas como "obedecer" ou "obediência" sãogeralmente shama' e as formas cognatas de akouo. O significado básico de ambas é "ouvir". De fato,muitas vezes que o tradutor se confronta com estas palavras e seus cognatos, é muito difícil determinarse a tradução mais apropriada é "ouvir" ou "obedecer". Esta dificuldade, porém, oferece uma visão

Page 24: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 24/33

profunda do conceito bíblico básico de obediência, um conceito que ocorre tanto no AT como no NT.Embora a obediência expresse uma ação que existe nas relações humanas comuns (tais comodiscípulos aos mestres ou filhos aos pais), sua referência mais significativa é a de um relacionamentoque deve existir entre o homem e DEUS. DEUS revela-se a si mesmo ao homem por sua voz e palavras.As palavras devem ser ouvidas. Isto obviamente envolve uma recepção física das palavras com umasuposta compreensão mental de seu significado.Muitas passagens referentes ao ouvir e à obediência obviamente têm em vista este aspecto de respostapositiva e ativa. "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mt 11.15; cf. 13.9,43; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22;13.9). O homem sábio é aquele que "ouve estas minhas [do Senhor JESUS] palavras e as pratica" (Mt7.24). "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e... me seguem" (Jo 10.27). Com respeito à revelaçãoque havia recebido em Patmos, João disse: "Bem-aventurado(s)... os que ouvem as palavras destaprofecia, e guardam as coisas que nela estão escritas" (Ap 1.3). O ouvir verdadeiro é a obediência. A féem si envolve obediência. O Senhor JESUS, Paulo e Tiago deixam bem claro que a verdadeira fé emanada obediência.No AT, pelo fato de Abraão ter crido em DEUS e obedecido à sua voz, todas as nações da terra setornaram benditas (Gn 15.6; 22.18; 26.4,5). Obedecer à voz de DEUS é equivalente a guardar a suaaliança (Êx 19.5; cf. 23.20-22); portanto, os israelitas prometeram ser obedientes quando o Livro daAliança foi ratificado com a aspersão de sangue (Êx 24.7,8). A re-dedicação do povo para obedecer à leiera uma parte básica das cerimónias de renovação de aliança (Dt 27.1-10; 30.2,8,20; Js 24.24-27). Aocastigar o rei Saul por sua obediência incompleta, Samuel ensinou a grande verdade de que obedecer émelhor do que sacrificar (1 Sm 15.22). Em séculos posteriores, a nação foi repetidamente advertida porsua desobediência a DEUS e à sua lei (Is 42.24; Jr 3.13; 7.23-28; Sf 3.2; Ne 9.17,26). A obediência, oua falta dela, pode ser tanto interior, do coração (Pv 3.1), ou meramente exterior, no sentido de umaobediência forçada (SI 72.8-11).No NT, Paulo fala da "obediência da fé" (ou "por fé") por parte dos cristãos (Rm 1.5; cf. At 6.7). A fraseem grego é a mesma que foi utilizada em Romanos 16.26, onde ele escreve que o evangelho conduz à"obediência da fé". O apóstolo está, evidentemente, referindo-se ao desejo de DEUS de que os gentios,ao ouvirem o evangelho, obedeçam-no recebendo-o pela fé, confiando em seus termos (cf. 1 Pe 1.2,22;1 Jo 3.23). Paulo adverte quanto ao terrível castigo que aguarda aqueles que se recusam a obedecer aoevangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO (2 Ts 1.8; cf. Rm 2.8; 1 Pe 2.7,8). Ele elogia os coríntiospor sua obediência ao evangelho de CRISTO que professavam (2 Co 9.13).Como um exemplo de obediência, Paulo e Pedro apontam para o Senhor JESUS CRISTO que"humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte" (Fp 2.8; cf. 1 Pe 2.18,21). Paulo fala daobediência de CRISTO ao fazer a expiação pelos pecadores, em contraste com a desobediência deAdão e seus descendentes (Rm 5.19). A declaração em Hebreus 5.8 de que Ele "aprendeu aobediência, por aquilo que padeceu", deve significar que CRISTO fez da experiência de obedecer ao Paialgo real. Ao agir assim, Ele cumpriu o propósito eterno da Divindade vivendo toda a sua vida comonosso representante, obedecendo e sofrendo em nosso lugar e por nossa causa, satisfazendocompletamente a lei, em todos os seus aspectos (J. O. Buswell, Jr., A Systematic Theology of theChristian Religion, Grand Rapids. Zondervan, 1962, II, lllss.).

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1386-1387.OBEDIENCIA (escutar, ouvir reverentemente, obedecer, depositar a confiança em, escutar de formasubmissa, ouvir, obedecer, seguir).A Bíblia é notável em suas muitas descrições das respostas dos homens às palavras e vontade deDEUS. Respostas que são claramente favoráveis, a tal ponto que, aquele que é persuadido a agir échamado de “ouvindo”, “crendo”, ou mais simplesmente “obedecendo”. Outras respostas que sãoapáticas ou negligenciam a Palavra de DEUS são caracterizadas como “rebelião”, “incredulidade” ou“desobediência”.1. A natureza externa da obediência. Quando Moisés diz: “Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teuDEUS, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu DEUS,te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor, teu DEUS, virão sobre ti e tealcançarão todas estas bênçãos...” (Dt 28.1,2, veja também 30.9s.), parece evidente que a resposta daobediência frequentemente ocorre em uma matriz de causas externas e persuasão similar àsmencionadas acima.1 Samuel 15.22, “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar”. Indiscutivelmente, a maioria dasrespostas obedientes registradas nas Escrituras incluía um elemento do obedecer em razão daquilo quefoi ordenado.Tranquilidade nas relações interpessoais também requer a complacência formal da obediência, comonos relacionamentos entre pai e filho (Ef 6.4; Cl 3.20), marido e esposa (Cl 3.18), senhor e servo(empregador e empregado) (IPe 2.18) e cidadão e governo (Lc 20.25; At 5.29).2. Os aspectos internos da obediência. Quando JESUS censura aqueles que obedecem à lei

Page 25: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 25/33

externamente, mas não internamente (Mt 6.2,5,16; 23.23-25), ele exemplifica a percepção de Samuelsobre o aspecto interno da obediência, quando disse que “eis que o obedecer é melhor do que osacrificar” (ISm 15.22). A verdadeira obediência é mais do que submissão a uma autoridade de ummodo formal, pois uma pessoa pode ser submissa sem a correspondente disposição interna para aobediência. De acordo com a Bíblia, obedecer é escutar de tal forma que o assentimento interior éinseparável da atividade externa.No NT, o escutar, ou este tipo de obediência interior, está intimamente associado ao crer. E estar unidoa CRISTO (Rm 15.17,18; 16.19; IPe 1.2). Uma fórmula bíblica comum afirma explicitamente que “a févem pelo ouvir” (Rm 10.17; cp. lTs 2.13). Obediência é a marca de uma decisão pessoal, da confiança edo compromisso que caracterizam a fé.

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 586-587.I Ped 5. 3 Segue uma última exortação aos anciãos. Tampouco como aqueles que se fazem senhoressobre o que lhes foi distribuído, mas como aqueles que se tornam (ou: são) exemplos do rebanho. Otermo grego para o que lhes foi distribuído na realidade significa “sorteio”. Em seguida passa asignificar: o que foi sorteado, a herança, o quinhão sorteado. No presente contexto refere-se com certezaà igreja, respectivamente à área de tarefas confiada a cada um dos anciãos. Duas coisas repercutemnessa palavra: que se trata de algo grandioso e que eles não o buscaram por si, mas que lhes foiatribuído. Não como aqueles que se fazem senhores sobre o que lhes foi distribuído significatextualmente: “olhar de cima para baixo”, depois “oprimir”, “subjugar”. Os anciãos devem conduzir aigreja, e nessa função também exercer a disciplina eclesial. Nessa posição de liderança reside o perigodo abuso, devido à pulsão humana pelo poder. Existe um abuso da liderança, um senso equivocadoquanto ao cargo. Ao senhorear sobre os demais, os servidores da igreja se portam como senhores,privam DEUS da honra e posição de domínio que lhe cabem e impõem inferioridade aos membros daigreja. Nisso sua liberdade e cooperação responsável se perdem, bem como a alegria em servir e osenso comunitário. É assim que anciãos, por “olhar de cima para baixo”, praticamente conseguem “geriros negócios para baixo”. A isso Pedro contrapõe a maneira correta de apascentar: como aqueles que setornam exemplo para o rebanho. Também Paulo emprega o termo exemplo ou “molde” (em grego typos)e exorta no mesmo sentido os responsáveis pelas igrejas (1Tm 4.12; Tt 2.7; cf. também 1Ts 1.4; 2Ts3.9). Em Fp 3.17 ele conclama: “Imitai-me todos juntos, irmãos, e fixai o vosso olhar naqueles que seconduzem segundo o exemplo que tendes em nós” [TEB]. A igreja não precisa de índoles dominadoras,mas de exemplos. Quem se transforma em senhor gosta de exigir da igreja serviços que ele mesmo nãoestá disposto a executar. Quem, no entanto, é exemplo, antecipa-se no servir. Todos os “mais velhos”estão submetidos à tarefa de se tornar exemplos do rebanho. Para o serviço de ancião não sãonecessários em primeiro lugar o dom da pregação nem capacidades humanas de destaque, mas, pelocontrário, uma atitude de vida que é marcada por JESUS e pelos apóstolos, ou seja, pela SagradaEscritura.

Uwe Holmer. Comentário Esperança Carta I Pedro. Editora Evangélica Esperança.Ser um exemplo para o rebanho (v. 3).O contraste é entre a ditadura e a liderança. É impossível tanger ovelhas; o pastor precisa ir adiantedelas e conduzi-las. Alguém disse bem que a Igreja precisa de líderes que sirvam e de servos queliderem. Um líder cristão me disse certa vez:- O problema hoje em dia é que temos celebridades demais e servos de menos. Muitas das tensões deestar "entre" e "sobre" as ovelhas são resolvidas quando o pastor toma o propósito de ser um exemplo.As pessoas estão dispostas a seguir um líder que pratica o que prega e que dá um bom exemplo aimitar. Conheço uma igreja que sempre enfrentava problemas financeiros, e ninguém conseguia entenderpor quê. Depois que o pastor deixou o cargo, descobriu-se que ele próprio nunca havia contribuído para aobra da congregação, mas pregara sermões para outros contribuírem. Não se pode conduzir as pessoasa lugares por onde nós mesmos não passamos.Ao se referir "[aos] que vos foram confiados", Pedro não muda de ilustração. O povo de DEUS é, semdúvida, sua herança preciosa (Dt 32:9; SI 33:12). O termo empregado no original significa "escolhido aolançar sortes", como foi feito na divisão da terra de Canaã (Nm 26:55). Cada presbítero tem o própriorebanho para tomar conta, mas todas as ovelhas pertencem ao rebanho do qual JESUS CRISTO é oSupremo Pastor. O Senhor coloca seus obreiros onde lhe apraz, e devemos ser submissos a suavontade. Quando servimos dentro da vontade de DEUS, não há competição na obra de DEUS. Assim,ninguém precisa mostrar-se importante nem querer "dominar" sobre o povo de DEUS. Os pastores são"supervisores", não "dominadores".

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 555.3. Fiel (Nm 12.7; Hb 3.2,5).

FIDELIDADE (Gr. pistis, "fidelidade", "confiabilidade"). O adjetivo pistos é geralmente traduzido como"fiel". A palavra pistis é traduzida como "fidelidade" ou "lealdade" apenas uma vez no NT (Tt 2.10),embora seja possível que em Gálatas 5.22 ela devesse ser traduzida dessa forma. Em Romanos 3.3, "a

Page 26: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 26/33

fidelidade de DEUS" expressa a justiça de DEUS.Há uma possibilidade de que em Lucas 18.8: "Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura,achará fé na terra", o significado deva ser "fidelidade". Mais duas passagens que trazem a palavra fé - 1Timóteo 6.11: "a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão", e 2 Timóteo 2.22: "Segue ajustiça, a fé, a caridade" - fariam melhor sentido se fossem traduzidas como "fidelidade". Em todos osoutros usos de pistis no NT o significado parece ser "fé" ou "a fé" (q.v.). Quando a palavra "fidelidade" éusada em relação a DEUS, como em Romanos 3.3, o significado é que podemos confiar que DEUSjamais mudará o seu caráter ou a sua disposição. Ele possui o atributo da "fidelidade". Em Tito 2.10:"Mostrando toda a boa lealdade", os escravos (ou os servos) são exortados a demonstrar a qualidade dafidelidade. Como cristãos, devemos todos permanecer fiéis a CRISTO, isto é, termos fidelidade emnossa vida e em nossa fé cristã, e manifestar "a perseverança dos santos". Desta maneira também nostornamos "dignos de confiança".

PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 795.FIDELIDADE HUMANA. O adjetivo pistós é simplesmente usado para crentes sem distinção entre inícioe continuação na fé. Ele tem o significado específico de digno de confiança quando refere-se adespenseiros do Evangelho (ICo 4.1s.) e ministros (Ef 6.21; Cl 1.7; 4.7). Paulo pode julgar-se serreconhecido digno de confiança pelo Senhor (ICo 7.25; lTm 1.12) e ter o Evangelho confiado (pisteúõ) aele (lTm. 1.11; Tt 1.3). Ele incita Timóteo a encontrar pessoas idôneas ou dignas de confiança paraensinar os outros (2Tm 2.2). A ideia de continuar firmemente na fé é encontrada também como um temaimportante (ICo 16.13; 2Co 1.24; 2Ts 1.4), embora a palavra mais frequentemente usada sejahupomonê, “paciente resistência.”A fidelidade também precisa ser demonstrada a outros como parte do fruto do ESPÍRITO (G1 5.22). A féem CRISTO está ligada ao amor (Ef 1.15; 3.17; 6.23; l Ts 1.3; 3.6; 2Ts 1.3). Fé e amor são duas das"virtudes teológicas” (1 Co 13.13). Paulo resume a relação das duas dizendo que "a fé que atua peloamor” (G1 5 .6).

MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 2. pag. 788.Nm12.7 Não é assim com o meu servo Moisés. Essas palavras mostram a superioridade de Moisés emrelação aos demais profetas. Todavia, é algo lindo receber sonhos e visões espirituais, que são modosde comunicação divina, segundo comentei nas notas sobre o versículo anterior. Moisés, contudo, gozavade um tipo de comunicação superior a isso. Ele se encontrava com DEUS face a face, e recebiarevelações diretas (vs. 8; ver também Êxo. 33.11). O papel de Moisés como mediador entre Yahweh eIsrael foi assim reiterado. Ver Exo. 19.9; 20.19. Cf. Deu. 34.10-12.Fiel em toda a minha casa. O fulcro dessa casa, naqueles tempos, era o tabernáculo; assim, a casametafórica aqui referida era a esfera de sua atividade em toda a nação de Israel. Israel era a casa deDEUS, nesse sentido metafórico. Moisés desincumbia-se fielmente de todos os seus deveres, e Yahwehnão tinha do que se queixar contra ele, em contraste com Miriã e Arão, que se queixavam de Moisés.Uso no Novo Testamento. O trecho de Hebreus 3.2-6 informa-nos que CRISTO também foi fiel na casade DEUS, e também que atuava na capacidade de Filho, e não na capacidade de servo. Isso posto, Eleera muito maior do que Moisés, tal como Moisés era muito maior do que os profetas comuns. E, sendomuito superior a Moisés, CRISTO superou-o em uma nova dispensação, a saber, a era do evangelho, naqual vivemos. O Novo Testamento tomou o lugar do Antigo Testamento. Aparecera um novo Legislador,CRISTO, o qual trouxe Sua mensagem de graça e fé para substituir a antiga mensagem severa da lei.Nem Moisés nem CRISTO eram meros profetas comuns. Ambos foram media dores, respectivamentedo Antigo e do Novo Testamentos. Miriã e Arão se tinham posto na mui ridícula posição de profetascomuns que atacavam a autoridade e a pessoa do mediador do antigo pacto.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.647-648.

Nm 12. 7 Moisés era um homem de grande integridade, cuja fidelidade foi posta à prova. Ele “fiel emtoda a minha casa”. Isto é colocado em primeiro lugar nas suas características, porque a graça sedestaca acima dos dons. O amor, acima do conhecimento. E a sinceridade na obra de DEUS confereuma honra maior ao homem, e o recomenda ao favor divino, mais do que o aprendizado, asespeculações de difícil compreensão, e a capacidade de falar em línguas. Esta era aquela característicade Moisés que o apóstolo menciona quando desejava mostrar que CRISTO era maior que Moisés,sugerindo que Ele o foi neste exemplo principal da sua grandeza. Moisés foi fiel em toda a sua casa,como servo, mas CRISTO, como Filho, Hebreus 2.2,5,6. DEUS confiava em Moisés para transmitir asua vontade em todas as coisas a Israel. Israel confiava nele, para tratar, por seu intermédio, comDEUS. E ele era fiel a ambos. Ele dizia e fazia tudo na administração daquela grande missão comoconvinha a um homem bom e honesto, que não desejava nada além da honra de DEUS e do bem-estarde Israel. (2) Moisés foi, portanto, honrado com as revelações mais claras da vontade de DEUS, e umacomunhão mais íntima com DEUS, do que qualquer outro profeta. Ele: [1] Ouve mais de DEUS do quequalquer outro profeta, mais claramente e distintamente: “Boca a boca falo com ele”, ou face a face (Ex

Page 27: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 27/33

30.11), como um homem fala com seu amigo, com quem ele conversa com liberdade e familiaridade, esem nenhuma confusão ou consternação, como às vezes acontecia com outros profetas. ComoEzequiel, e o próprio João, quando DEUS falou com ele. Por intermédio dos outros profetas, DEUSenviava ao seu povo repreensões e predições do bem ou do mal, que eram transmitidas, de maneirasuficientemente adequada, em palavras, exemplos e tipos sombrios, e em parábolas. Mas por meio deMoisés, Ele deu leis ao seu povo, e a instituição de santas ordenanças, que, de nenhuma maneira,poderiam ser transmitidas por palavras sombrias, mas deveriam ser expressas da maneira mais clara einteligível. [2] Ele via mais de DEUS do que qualquer outro profeta: Ele via a semelhança do Senhor,como viu em Horebe, quando DEUS proclamou seu nome diante de si. Mas ele via somente asemelhança do Senhor. Os anjos e os santos glorificados sempre contemplam a face do nosso Pai.Moisés tinha o espírito de profecia de uma maneira peculiar a si mesmo, e que o colocava muito acimade todos os outros profetas. Ainda assim, aquele que é o menor no reino do céu é maior do que ele.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 478-479.

Nm 12. 7. Moisés, é fiel Neeman, um prefeito ou superintendente. Samuel é chamado, 1 Samuel 2:35;3:20; Davi é chamado, 1 Samuel 18:27, Neeman, e o genro do rei. Jó 12:20, fala da Neemanim como umnome de dignidade. Ele também parece ter sido um título de respeito dado aos embaixadores,Provérbios 13:17; 25:13. Calmet bem observa que a fidelidade palavra é usada frequentemente para umemprego, escritório, ou dignidade, e refere-se a 1 Crônicas 9:22,26, 31; 2 Crônicas 31:12,15; 34:12,Moisés era um fiel, servo na casa de DEUS, bem tentou, e, portanto, ele usa-o como um familiar, ecoloca a confiança nele.

ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.Hb 3.2. CRISTO é Apóstolo e Sumo Sacerdote por determinação e «nomeação» de DEUS, tal comoMoisés foi nomeado para o seu ofício. A essa tarefa CRISTO foi «fiel», «leal», «digno de confiança»,mostrando a fidelidade apropriada ao Pai, que o nomeara para tão elevado encargo. Evidentemente oautor sagrado tem em mente a passagem de Núm. 12:7. Moisés foi um «servo» que, conforme DEUSdisse, foi «fiel em toda a minha casa». Essa declaração indica que lhe foi dado um serviço a fazer naeconomia divina, o serviço de governar a Israel, de edificar espiritualmente àquela nação. Moisés secaracterizou pela «fidelidade». No entanto, alguém maior do que Moisés viera a este mundoultimamente; e esse alguém fora incumbido de maior comissão ainda; uma casa maior (a igreja) estavasendo edificada; CRISTO é co-edificador e Senhor sobre essa casa. Já Moisés fora apenas um servofiel—mas CRISTO é o Filho fiel. O trecho de Heb. 2:17 já declarara que CRISTO fora fiel. CRISTO étanto o criador do edifício físico como o criador do edifício espiritual, tanto do universo físico como dafamília celestial. (Ver Heb. 1:2 e 2:11 e ss.). Em ambas as coisas ele é o agente fiel de DEUS, queedifica a casa de DEUS—nessa casa ele é o Filho, e não algum mero servo. Sua fidelidade suprema éque o colocou naquela elevadíssima posição, em acréscimo ao fato de que a comissão por ele recebidaultrapassava em importância à missão de Moisés, ou à missão de qualquer outro simples «servo».A fidelidade de CRISTO ficou demonstrada em toda a sua vida e atividade. Conforme diz FriedrichRittelmeyer, em seu livro, Behold the Man (págs. 49:50): «...Quando ele curava os enfermos e quando osevitava; quando se retirava perante os seus inimigos ou quando os enfrentava; quando ele limitava suasatividades aos judeus, ou quando ministrava aos gentios; quando se retirava para lugares obscuros equando resolveu firmemente dirigir-se a Jerusalém; quando ele tomou a azorrague na mão e quandoofereceu a mesma mão para ser cravada na cruz—a mesma consistente e inquebrantável vontade semanifestava em tudo quanto fazia, emergindo, das profundezas de sua alma, derramando-se dosmananciais de sua própria vida... E assim, ressoa através de tudo quanto CRISTO faz e diz, algo queparece vir dos mais profundos recessos do mistério do próprio mundo.A fidelidade de Moisés era grande, pelo que também foi aprovado. Mas a fidelidade de CRISTO é maior,em pelo menos três particulares: 1. Porque, acima de todos, ele foi fiel; sua fidelidade ultrapassou a detodos, incluindo a de Moisés (ver Heb. 1:9). 2. Porque ele foi fiel em um ofício mais elevado, a saber, nafundação do edifício. Moisés fora apenas um servo nesse edifício. 3. Porque, na qualidade de Filho deDEUS, que compartilhou de sua natureza com os «filhos», permitiu que o edifício de DEUS tivesse ascaracterísticas apropriadas, o que envolvia uma missão e uma capacidade muito acima do que Moisésseria capaz de fazer.«...a casa de DEUS...» As operações divinas são aqui pintadas como se fossem a ereção de uma casa.A criação original talvez esteja parcialmente em foco—foi uma obra de DEUS, mas também foi do Filho,como co-criador (ver Heb. 1:3); porém, é particularmente enfatizada aqui a «edificação espiritual», o queé uma ideia frequente no N.T. (Ver Heb. 2:19 e ss.). Os homens se tornam um «templo», edificado ehabitado pelo ESPÍRITO SANTO, tornando-se assim moradia divina. Desse modo os remidos ganhamsupremo acesso a DEUS. CRISTO é o principal edificador dessa casa espiritual, que inclui a igreja.Moisés meramente tomou lugar como um dos servos,' dentro dessa família. Mas CRISTO é ao mesmotempo o Filho e o Principal Edificador.

Page 28: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 28/33

O termo «...casa...» sugere-nos a ideia de «família». Já foi salientado que existe certa comunhão denatureza entre o Filho e os filhos, pois ambos têm um só Pai. (Ver Heb. 2:11-13). Faz parte do desígniodo «edifício» de DEUS que o Filho seja duplicado, e isso no sentido mais pleno e literal, ficandoinfundida a sua natureza em outros filhos, de modo que venham a participar—de sua natureza, de seusatributos e de suas perfeições. É exatamente nisso que consiste o evangelho. A filiação é a naturezainerente da salvação. DEUS «edifica» a fim de fazer disso uma realidade. Ora, Moisés não podia fazertal coisa, por ser ele uma mera criatura, e não o criador. Ele é apenas um outro dos filhos, emboraestivesse encarregado de elevadíssima missão, por parte do Chefe da casa.É mediante esses argumentos que o autor sagrado estabelece a superioridade do Filho de DEUS sobreMoisés; e isso requer que CRISTO receba uma atenção superior e uma lealdade superior àquelasconferidas a Moisés (ver o primeiro versículo deste capítulo). Seus argumentos são claros como cristal,plenamente em consonância com a doutrina cristã normal, que aparece no restante do N.T.Mais adiante, o autor sagrado estenderá a superioridade de CRISTO sobre os «sacerdotes da lei doA.T.», já nos capítulos quinto em diante. Mas agora ele se concentra sobre a superioridade de CRISTOem relação a Moisés, porquanto sabia que seus leitores ficavam profundamente impressionados ante amenção do nome de Moisés. Por longos e longos anos tinham sido treinados a respeitar esse nome.Mas agora deveriam aprender que nenhum treinamento deveria levá-los a respeitar a Moisés acima deCRISTO. De fato, o respeito por Moisés deveria levá-los a respeitar a CRISTO acima de todos,porquanto Moisés era apenas um dos servos de CRISTO.No texto aludido, Moisés é elevado acima dos profetas, pois a este DEUS fala mediante visões esonhos. Em contraste com isso, falava face a face com Moisés, mostrando assim a elevadíssimaestatura espiritual a que chegara este, dentro da «casa de DEUS», da família teocrática. No entanto,agora CRISTO é elevado acima dos profetas e. de Moisés; porquanto não apenas figura como um servofiel, mas como o próprio edificador da casa. Todavia, CRISTO é também servo de DEUS (o que éexposto em Atos 3:13); mas esse aspecto não é enfatizado aqui. Antes, agora ele é visto comoinfinitamente superior a qualquer servo.Assim como CRISTO é o Filho e o Construtor da casa, assim também age como Apóstolo e SumoSacerdote, segundo devemos entender a conexão entre o primeiro e o segundo versículos deste capítulo.Hb 3.5.« ...fie l...» (ver o segundo versículo deste capítulo , quanto a notas expositivas sobre essapalavra, onde ela se aplica tanto a Moisés como a CRISTO).«...em toda a casa de D eu s...» Essa expressão também se acha e é comentada no segundo versículodeste capitulo, embora ali haja uma variante textual que põe em dúvida a autenticidade da palavra«toda». Neste ponto, não há qualquer dúvida sobre a legitimidade desse termo. Moisés é declaradocomo «fiel em toda a casa de DEUS». É possível que essa expressão indique que a autoridade deMoisés penetrava em toda a casa de DEUS naquela época, e que ele se mostrou fiel no cumprimento detodos os seus deveres, atinentes àquela casa. Ou talvez o intuito seja o de dar a entender que a Missãode Moisés se revestia de importância universal, tendo algo a ver com todos os planos espirituais deDEUS, para todos os séculos. Dessa maneira, Moisés transcendeu em importância a todos os outrosprofetas, e não somente à sua própria geração; e, tal como CRISTO, foi revestido de um serviço muitomaior e duradouro. Todavia, por maior que tivesse sido Moisés, foi apenas um servo. Foi um super-servo, mas o Filho de DEUS é quem dirige todos os servos. E CRISTO JESUS é o Filho de DEUS.«O ponto da comparação está no fato de que Moisés e CRISTO estiveram ambos ocupados, nãoapenas como outros mensageiros divinos, com uma parte, mas com a ‘totalidade’ da economia divina.Os profetas trataram variegadamente deste ou daquele aspecto da verdade; os reis tiveram outra regiãoda vida a dirigir; e os sacerdotes, outra ainda. Mas Moisés e CRISTO cuidaram da casa inteira deDEUS». (Westcott, in loc.). Mui provavelmente, isso significa que a autoridade de Moisés permeava atodos os recantos do governo de DEUS, naquela dispensação. Ele foi legislador, sacerdote e assumiuautoridade monárquica. Isso é verdade; mas também é provável que ele seja visto como alguém quetranscendeu à sua própria geração e dispensação, no tocante à ordem de importância. Sua grandeza,entretanto, se devia exclusivamente ao fato de que ele foi feito grande pelo Filho de DEUS, que lheconfiou uma importantíssima missão, acima da de seus companheiros.«...servo...» No grego temos o vocábulo «therapon», que em todas as páginas do N.T. é usadaexclusivamente para indicar a Moisés. Outras alusões, na literatura bíblica, quanto ao uso desse termo,também plicam esse adjetivo somente a Moisés. A forma verbal, «therapeuo», significa «esperar»,«prestar serviço aos deuses» (como um sacerdote), «atender aos enfermos».Daí é que se originou nosso vocábulo moderno, «terapia». Sua forma nominal, pois, pode indicar todosos tipos de «servos», ainda que o termo seja usado para contrastar com os «escravos» (douloi), aquelesque servem não sem vontade própria. O «servo» é um homem livre, e seu serviço pode ser honorário,dado a ele em reconhecimento de seu valor; seja como for, seu serviço não é forçado. Talvez o autorsagrado tenha empregado essa palavra para indicar a posição de Moisés. E verdade, porém, que, naSeptuaginta, essa palavra algumas vezes é usada para traduzir o termo hebraico que significa

Page 29: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 29/33

«escravo», casos em que nenhuma distinção ou prestígio fica subentendido no termo; contudo, é lógicopensarmos que o autor sagrado quis dizer algo dessa ordem, pois, do contrário, provavelmente teriausado o termo grego «doulos», «escravo». Porém, apesar de tão honrado , Moisés, como «servo», agiude modo subserviente ao Filho—e essa é a lição principal aqui ensinada.«...para testemunho ...» Essa declaração tem sido entendida como afirmativa que quer dar a entenderque a fidelidade de Moisés foi um meio de autenticar sua mensagem falada e posteriormente escrita;mas essa ideia fica muito aquém do espírito do contexto. Pelo contrário, tudo quanto Moisés fez e disse,a sua missão inteira, teve o efeito de autenticar a vinda do Messias. Tal como tudo quanto fazia parte doA.T., em seu sistema de preceitos e sacrifícios, em seu sacerdócio, em seus reis, de algum modoprefigurava a pessoa de CRISTO, assim também Moisés, por maior que ele tivesse sido, foi apenas umafigura simbólica do grande Legislador e Sumo Sacerdote que é CRISTO. O particípio futuro, aqui usado,no original grego, parece dar a entender, ainda que essa maneira de entender não seja requerida, algumtempo subsequente ao próprio Moisés.«Disse, na verdade, Moisés: O Senhor DEUS vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhantea mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser...» (Atos 3:22, referindo-se à predição em Deut. 18:15).Era isso que estava na mente do autor sagrado, quando ele escreveu este versículo, embora não tivessepensado especificamente sobre alguma passagem particular do A.T., que assim o afirme.O contexto do décimo segundo capítulo do livro de Números, onde a autoridade de Moisés foi posta emdúvida, talvez pudesse limitar o sentido deste versículo à autenticação da missão de Moisés, comolegislador, naqueles dias, e que a sua «fidelidade» seja vista como aquilo que lhe cabia fazer. O autorsagrado alicerça suas declarações sobre aquela secção; ou então a tinha em mente, conforme jápudemos observar no segundo versículo deste capítulo. Porém, é tolice supormos que o autor sagradolimita a compreensão dessas palavras ao contexto do trecho do A.T. Antes, ele lhes davapropositadamente uma aplicação mais vasta, vendo em Moisés uma prévia autenticação de CRISTO.Isso se adapta bem ao seu desígnio geral de exaltar a CRISTO como Filho, fazendo de Moisés servo deCRISTO. Assim sendo, até mesmo em tempos tão remotos, Moisés já era servo de CRISTO'.Nisso, naturalmente, percebe-se como a importância de CRISTO penetra em todas as eras. CRISTO éuma figura cósmica. (Ver Heb. 9:9 acerca da tese do autor sagrado que as coisas do A.T. eram apenassímbolos das coisas por vir, na dispensação a ser introduzida por CRISTO). E o que ele diz aqui fazparte dessa tese.«Moisés, apesar de arauto daquela doutrina que por algum tempo seria publicada ao povo antigo, aomesmo tempo prestou testemunho acerca do evangelho, cuja publicação não começara ainda a serfeita; pois é evidente que o fim e término da lei é que seja atingida aquela perfeição de sabedoria contidano evangelho. Essa exposição parece estar inclusa no tempo futuro do particípio». (Calvino, in loc.).

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.5. pag. 503-505.

Hb 3.2 Ao Senhor JESUS CRISTO, que representa absolutamente tudo na confissão cristã e na vida daigreja, o apóstolo contrapõe o homem de DEUS, Moisés, que ocupava uma posição central nopensamento de Israel. O que a obra redentora de CRISTO significa para a igreja do NT era para osjudeus a saída de Israel do Egito sob Moisés. JESUS e Moisés são comparados entre si, sendo quedeterminados termos-chave da explicação do texto do AT são singularmente importantes para oapóstolo. Ele é (“foi” [BLH]) fiel àquele que o constituiu, como também o era Moisés em toda a casa deDEUS. Comopeculiaridade é destacada a fidelidade (o termo grego pistós “fiel” tem parentesco com a palavra pístis“fé”).Ambos, Moisés e JESUS, comprovaram sua fidelidade e sua fé na tribulação. As palavras “que oestabeleceu” não significam que DEUS tivesse criado o Senhor JESUS CRISTO como qualquer outro desuas criaturas celestiais ou terrenas, mas elas indicam ou para a instalação de JESUS como Apóstolo eSumo Sacerdote por parte de DEUS, o Pai, ou para a sua encarnação. Em todo caso o presenteversículo destaca a dependência consciente de DEUS em que JESUS viveu durante sua existênciahumana. Ele próprio assegurou aos judeus: “O Filho nada pode fazer de si mesmo, a não ser aquilo quevê seu Pai fazer; porque tudo o que este fizer, o Filho também o faz de modo semelhante” (Jo 5.19; cf.Jo 17.8a).A casa que foi confiada a Moisés era a tenda da revelação, o tabernáculo. O termo grego kataskeuázein“estabelecer”, “construir” (RC), “instalar” no v. 4 tem um significado peculiar em correlação com aedificação do tabernáculo em Hb 9.6. Exegetas do judaísmo tardio relacionaram essa palavra com todoo povo de Israel, que no AT é muitas vezes chamado de “casa de Israel”. Uma decisão segura edefinitiva a esse respeito não é possível. Pelo contrário, ambas as explicações complementam-se demodo significativo.Hb 3.3 JESUS e Moisés são comparados entre si com respeito à sua “glória” e “honra”. JESUS estápara Moisés como o construtor de uma casa para a própria casa. Ele possui glória maior que Moisés,

Page 30: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 30/33

assim como o serviço da nova aliança ultrapassa em muito a glória do serviço da antiga aliança (2Co3.7-11). Também Jo 1.17 ressalta a mesma realidade: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; agraça e a verdade vieram por meio de JESUS CRISTO”. Nisso reconhecemos que, apesar de toda aconvergência entre Moisés e JESUS, de fato existe uma diferença não apenas gradual, mas qualitativa!– No presente versículo JESUS CRISTO é chamado de “construtor”. Isso nos conduz ao próximopensamento.Hb 3.5 A comparação entre JESUS e Moisés é levada adiante. Mais uma vez destaca-se aquilo queambos têm em comum: ambos receberam de DEUS o atestado de serem fiéis. Depois, porém, segue-se a ênfase nos contrastes: Moisés é somente o servo, ele governa em toda a sua casa que lhe foiconfiada por DEUS. Porém JESUS CRISTO é imensamente superior a Moisés. Ele não é servo, masFilho. Não está na casa para administrá-la, e sim estabelecido acima dela como Senhor e ao mesmotempo como seu construtor. Sua “casa” é sua igreja. Nessa constatação o apóstolo une-se a todos osque creem: a […] casa somos nós!

Fritz Laubach. Comentário Esperança Cartas aos Hebreus. Editora Evangélica Esperança.Hb 3. 2-6 Outro argumento é extraído da glória e da excelência de CRISTO, que eram superiores às deMoisés (w. 3-6); por isso eram eles ainda mais obrigados a considerar a CRISTO. (1) CRISTO era oedificador da casa, Moisés, apenas um membro dela. Por “casa” devemos entender a igreja de DEUS, opovo de DEUS incorporado sob o senhorio de CRISTO, seu Criador e cabeça, e sob ministrossubordinados, de acordo com a sua lei, observando as instituições. CRISTO é o edificador dessa casada igreja em todos os tempos. Moisés era um ministro na casa, era instrumento sob CRISTO aogovernar e edificar a casa, mas CRISTO é o Criador de todas as coisas; pois Ele é DEUS, e ninguémmenos do que DEUS poderia h edificar a igreja, nem colocar o fundamento, nem levantar a construçãoacima da terra. Não foi necessário nenhum poder menor para edificar a igreja do que o necessário paracriar o mundo; o mundo foi feito do nada, a igreja foi feita de materiais completamente inadequados paratal edificação. CRISTO, que é DEUS, projetou a planta da igreja, proveu os materiais, e por forçasuperior os dispôs para receber a forma; Ele ligou firmemente e uniu essa sua casa, estabeleceu aordem nela e coroou tudo com sua própria presença, que é a verdadeira glória dessa casa de DEUS. (2)CRISTO era o senhor dessa casa, como também o seu edificador (w. 5,6). Essa casa é chamada casadele, como Filho de DEUS. Moisés era somente um servo fiel, como testemunha das coisas que seriamreveladas posteriormente. CRISTO, como o eterno Filho de DEUS, é o proprietário legal e o governantesoberano da igreja. Moisés era apenas um tipo de governante, como testemunha de todas as coisasrelacionadas à igreja que seriam mais claramente, mais completamente e mais satisfatoriamentereveladas no evangelho pelo ESPÍRITO de CRISTO; e por isso CRISTO é digno de mais glória do queMoisés, como também de maior atenção e consideração. O apóstolo conclui esse argumento: [1] Comuma adaptação satisfatória dele a si mesmo e a todos os verdadeiros crentes (v. 6). “...a qual casasomos nós”: cada um de nós pessoalmente, à medida que somos o templo do ESPÍRITO SANTO, eCRISTO habita em nós pela fé; todos nós juntos, à medida que somos unidos pelos laços da graça, dasverdades, das ordenanças, da disciplina do evangelho e das devoções. [2] Com uma descriçãocaracterística das pessoas que constituem essa casa: “...se tão-somente conservarmos firme aconfiança e a glória da esperança até ao fim; isto é, se mantivermos uma profissão ousada e franca dasverdades do evangelho, sobre as quais estão edificadas nossas esperanças de graça e glória, evivermos sob elas e de acordo com elas, de modo que tenhamos uma santa alegria nelas, quepermanecerão até o final, não importa o que enfrentarmos ao fazê-lo”. Assim você vê que não énecessário somente que haja um bom começo nos caminhos de CRISTO, mas uma perseverança econstância neles até o fim. Temos aqui as orientações que devem seguir os que são participantes dadignidade e dos privilégios da casa de CRISTO. Em primeiro lugar, eles precisam receber as verdadesdo evangelho na sua cabeça e coração. Em segundo lugar, precisam edificar suas esperanças defelicidade sobre essas verdades. Em terceiro lugar, precisam fazer uma profissão franca dessasverdades. Em quarto lugar, precisam viver de acordo com elas de tal forma que as mantenhamclaramente em evidência, para que se alegrem em esperança, e então precisam perseverar até o fim.Em uma palavra, eles precisam caminhar íntima, coerente, corajosa e constantemente na fé e na práticado evangelho, para que o seu Senhor, quando vier, os reconheça e aprove.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 768.ELABORADO: Pb Alessandro Silva.

Questionário da Lição 8 - Moisés - Sua liderança e seus auxiliaresResponda conforme a revista da CPAD do 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComplete os espaços vazios e marque com"V"as respostas verdadeiras e com"F"as falsas

Page 31: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 31/33

TEXTO ÁUREO1- Complete:‘__Ouve__ agora a minha __voz__; eu te aconselharei, e __DEUS__ será contigo [...]” (Êx 18.19).

VERDADE PRÁTICA2- Complete:Para cuidar da sua __obra__, DEUS __chama__ a quem Ele quer, e pelo seu __ESPÍRITO__ capacita essaspessoas para a sua santa missão.

I - O TRABALHO DO SENHOR E OS SEUS OBREIROS3- Por que o obreiro deve ser despenseiro e não dono (Êx 18.13-27)?( ) Podemos ser laboriosos e dedicados na obra do Senhor como foi Moisés e ainda assim cometer falhas emnossa administração.( ) Um dos erros de Moisés e de alguns líderes da atualidade está no monopólio do poder administrativo.( ) Vejamos como exemplo Diótrefes (3 Jo 9,10). Este obreiro via a congregação como uma propriedade sua.( ) João repudiou e denunciou a recusa de Diótrefes em se relacionar com as outras lideranças e irmãos.

4- Como ocorre a falta de percepção do líder (Êx 18.14,17)?( ) Às vezes o líder não percebe as necessidades dos seus liderados.( ) Isso não significa que ele seja um mau líder, mas que, em alguns momentos, os que estão de fora têm umapercepção maior da nossa administração.( ) Jetro era sogro de Moisés e sacerdote; ele logo percebeu a dificuldade que Moisés estava tendo noexercício da sua liderança.( ) Eliseu também não percebia que os discípulos dos profetas enfrentavam uma séria necessidade atinente àmoradia (2 Rs 6.1).( ) Talvez você, líder, não esteja percebendo as necessidades do seu rebanho, mas elas existem e não devemser ignoradas.( ) Oremos para que DEUS levante homens fiéis como Jetro para sempre lhe ajudar.

5- Por que o líder necessita de ajudantes (Êx 18.18)?( ) Caso Moisés continuasse a trabalhar sozinho, logo estaria enfrentando um severo esgotamento físico emental.( ) Ao mesmo tempo o povo também iria se cansar pela longa espera em pé (vv. 13,14).( ) Sozinho, ninguém é capaz de cuidar do rebanho do Senhor.( ) O líder não deve tentar fazer mais do que pode.( ) Também precisamos nos conscientizar de que nenhuma pessoa é insubstituível na obra de DEUS.( ) Mais cedo ou mais tarde cada um de nós será substituído, contudo, a obra de DEUS prosseguirá.

II - OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO6- O que faz DEUS para ajudar a quem faz sua obra (Êx 18.21)?( ) Para fazer a sua obra, DEUS levanta líderes principais, como Moisés, e de igual modo levanta líderesauxiliares.( ) Todo obreiro que está à frente do trabalho do Senhor, seja qual for a tarefa, necessita de auxiliares,cooperadores, colaboradores (Rm 16.3,21; 2 Co 8.23).

7- Quais foram os auxiliares de Moisés (Êx 18.25)? Complete:Certamente Moisés teve muitos auxiliares cujos nomes não foram registrados nas Escrituras Sagradas, vejamosapenas alguns:a) __Miriã__ era auxiliar de Moisés e também sua irmã. Era profetisa e cantora (Êx 1 5.20,21). Seu nome, emhebraico, corresponde em grego a __Maria__. Certa vez, levantou-se contra Moisés e pagou caro por suarebeldia (Nm 12-lepra).b) __Arão__, irmão de Moisés, seu porta-voz (Êx 4.14-16; 7.1,2) e __líder__ dos sacerdotes.c) Os __anciãos__, também chamados príncipes no período mosaico. Eram líderes e representantes do povo (Dt1.13-15; Êx 3.16,18). Outros auxiliares eram os __juízes__ e os levitas (Os 8.33; 24.1).d) __Jetro__, o sogro de Moisés, não era israelita, mas demonstrou ser um homem cheio de __sabedoria__. Elemuito ajudou Moisés.e) Josué, sucessor de Moisés (Nm 27.18-23), é mencionado pela primeira vez na Bíblia em Êxodo 17.9, numcontexto que destaca a sua obediência a Moisés (33.11). Por ter sido fiel e obediente a Moisés foi o escolhido deDEUS para __suceder__ o Legislador.

Page 32: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 32/33

III - QUALIDADES DE MOISÉS COMO LÍDER8- Cite pelo menos 5 qualidades de Moisés como líder:( ) Mansidão, humildade, Piedoso, obediente e Fiel.

9- Como descobrimos as qualidades mansidão e humildade na liderança de Moisés (Nm 12.3) e qual operigo da soberba?( ) DEUS falava com Moisés face a face.( ) Ele com humildade parou para ouvir os conselhos de Jetro, que não era nem mesmo israelita.( ) Se você deseja ser bem-sucedido em sua liderança, seja humilde.( ) A soberba, além de ser pecado, impede o líder de crescer.( ) A Palavra de DEUS diz que na "multidão de conselheiros, há segurança” (Pv 11.14), todavia, a soberbaimpede que o líder ouça seus auxiliares.

10- Como descobrimos as qualidades piedoso e obediente na liderança de Moisés?( ) Moisés era um exemplo de obediência e integridade e da mesma forma o obreiro precisa ser modelo dosfiéis (1 Pe 5.3).( ) O verdadeiro ministro de CRISTO precisa viver uma vida digna, não só diante de DEUS, mas também doshomens (2 Co 8.21; 1 Tm 6.11,12).( ) O servo deve viver e agir de modo honroso no trabalho, na vizinhança e na família.( ) A santidade é um imperativo na vida do obreiro.( ) Um bom ministro de CRISTO não apenas dá ordens, mas em tudo é o exemplo para o rebanho.

11- Qual a importância de ser Fiel a DEUS (Nm 12.7; Hb 3.2,5)?( ) Esta é uma das qualidades primordiais de um líder, pois “requer-se nos despenseiros que cada um se achefiei” (1 Co 4.2).( ) De nada adianta o líder cristão pregar e ensinar a Palavra, se ele é desobediente, displicente, e nem sequerpratica o que ensina.( ) A verdadeira fidelidade revela-se em nossos atos cotidianos.( ) Os olhos do Senhor estão à procura dos que são fiéis a Ele (SI 101.6).( ) Moisés foi fiel a DEUS, ao seu povo, à sua família. Sigamos seu exemplo.

CONCLUSÃO12- Complete:Ninguém pode fazer a obra de DEUS __sozinho__. O líder cristão precisa de __auxiliares__ dados por DEUS queo ajude. Não sejamos como muitos líderes que não sabem __delegar__ tarefas. Estes acabam sofrendo efazendo a __obra__ de DEUS sofrer danos. Sigamos o exemplo de Moisés e seus auxiliares, que o ajudaram na__missão__ de conduzir o povo de DEUS até à Terra __Prometida___.

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDACPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmBÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPADBíblia de estudo - Aplicação Pessoal.GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDACHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPADO NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. DouglasDicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.Teologia do Antigo Testamento - Walter C. Kaiser Jr. - Vida NovaJames, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. OswaldoRamos.ÊXODO Introdução e Comentário - Por R. Alan Cole, Ph. D. Menzies College, da Universidade Macquarie -Sociedade Religiosa Vida Nova - Associação Religiosa Editora Mundo Cristão

Page 33: 1º Trimestre de 2014 Lição 08 - Moisés e sua Liderança

19/2/2014 Lição 8 - Moisés - Sua liderança

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ujf-1tr14-moises-sualiderancaeseusauxiliares.htm 33/33

C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 236-237.Flávio Josefo. HISTÓRIA dos HEBREUS De Abraão à queda de Jerusalém. Editora CPAD.COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 7-8.DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 2.Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.MERRILL. Eugene H. Historia de Israel no Antigo Testamento. Editora CPAD. pag. 50-52, 54-56.http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/2013/12/1-licao-do-1-tri-2014-o-livro-de-exodo.htmlhttp://www.gospelbook.netwww.ebdweb.com.brhttp://www.escoladominical.nethttp://www.portalebd.org.br/http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2013/09/a-travessia-do-mar-vermelho.html

HomeEstudos EBDDiscipuladoMapas IgrejaErváliaCorinhos Figuras1Figuras2Vídeos Fotos