1º trimestre 2014 lição 10 as leis civis entregues por moisés aos israelitas

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5/3/2014 Lição 10 - As Leis Civis Entregues Por Moisés Aos Israelitas http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-ujf-1tr14-asleiscivisentreguespormoisesaosisraelitas.htm 1/30 Home Estudos EBD Discipulado Mapas Igreja Ervália Corinhos Figuras1 Figuras2 Vídeos Fotos Lição 10 - As Leis Civis Entregues Por Moisés Aos Israelitas LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual Comentário: Pr. Antônio Gilberto Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.ht m Acesse para estudar http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/cidadesderefugio.htm TEXTO ÁUREO “Mas o juízo voltara a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração"(SI 94.15). VERDADE PRATICA DEUS é justo e deseja que o seu povo aja com justiça. LEITURA DIÁRIA Segunda - Êx 21.1-16 Leis acerca dos servos e dos homicidas Terça- Êx 21-17 Lei acerca de quem amaldiçoar os pais Quarta Êx 21.18,19 Lei acerca de quem fere uma pessoa Quinta - Êx 22.1-15 Leis acerca da propriedade Sexta - Êx 23.1,2 Leis acerca do falso testemunho Sábado - Êx 23.3-9 Leis acerca da injustiça social

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Lição 10 - As Leis Civis Entregues Por Moisés Aos IsraelitasLIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComentário: Pr. Antônio GilbertoComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaQuestionárioNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS EEXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmAcesse para estudar http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/cidadesderefugio.htm

TEXTO ÁUREO“Mas o juízo voltara a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração"(SI 94.15). VERDADE PRATICADEUS é justo e deseja que o seu povo aja com justiça. LEITURA DIÁRIASegunda - Êx 21.1-16 Leis acerca dos servos e dos homicidasTerça- Êx 21-17 Lei acerca de quem amaldiçoar os paisQuarta Êx 21.18,19 Lei acerca de quem fere uma pessoaQuinta - Êx 22.1-15 Leis acerca da propriedadeSexta - Êx 23.1,2 Leis acerca do falso testemunhoSábado - Êx 23.3-9 Leis acerca da injustiça social

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LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 21.1-121 - Estes são os estatutos que lhes proporás: 2 - Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas, aosétimo, sairá forro, de graça. 3 - Se entrou só com o seu corpo, só com o seu corpo sairá; se ele era homemcasado, sairá sua mulher com ele. 4 - Se seu senhor lhe houver dado uma mulher e ela lhe houver dado filhos oufilhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor; e ele sairá só com seu corpo. 5 - Mas, se aquele servoExpressamente disser: Eu amo a meu senhor; e a minha mulher; e a meus filhos, não quero sair forro, 6 - então,seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao postigo, e seu senhor lhe furará a orelha com umasovela; e o servirá para sempre. 7 - E, se algum vender sua filha por serva, não sairá como saem os servos. 8 -Se desagradar aos olhos de seu senhor, e não se desposar com ela, fará que se resgate; não poderá vendê-la aum povo estranho, usando deslealmente com ela. 9 - Mas, se a desposar com seu filho, fará com ela conforme odireito das filhas. 10-Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem a sua veste, nem a suaobrigação marital. 11 - E, se lhe não fizer estas três coisas, sairá de graça, sem dar dinheiro. 12 - Quem feriralguém, que morra, ele também certamente morrerá; INTERAÇÃOOs capítulos 20.22 — 23.33 do livro do Êxodo versam sobre leis que regeram as esferas civis e litúrgicas nahistória judaica, isto é, elas legislavam tanto a vida da sociedade israelita quanto o sistema de culto ao DEUS deAbraão, Isaque e Jacó. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “essas leis, que eram principalmente civis emsua natureza, tinha a ver somente com Israel, sua religião e as condições e circunstâncias prevalecentesnaquele período”. Entretanto, “os princípios Existentes nessas leis — tais como o respeito à vida, apego ã justiçae à equidade —são eternamente válidos” (p. 150). Precisamos interpretar a Palavra de DEUS de maneiraequilibrada, não confundido e aplicando a literalidade da Lei de uma nação à Igreja. OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:Estudar o processo de promulgação das leis de caráter civil e religioso.Analisar as leis acerca dos crimes das propriedades em Israel.Compreender o caráter social das leis promulgada por Moisés. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICACaro professor, reproduza o esquema elaborado na página seguinte tirando cópias ou usando a lousa. Use esterecurso para concluir a lição desta semana, de modo que os seus alunos recapitulem as leis apresentadas notexto bíblico. Não se esqueça de Explicar-lhes sobre o cuidado de compreenderem a particularidade dessas leiscivis e religiosas para a nação de Israel e os princípios eternos que podem e devem influenciar a Igreja deCRISTO. PALAVRAS-CHAVE Lei: Prescrição religiosa, conjunto de regras que emanam da providência divina e dada aohomem pela revelação. Resumo da Lição 10 - As Leis Civis Entregues Por Moisés Aos IsraelitasI - MOISÉS, O MEDIADOR DAS LEIS DIVINAS.1. O mediador (Êx 20.19-22).2. Leis concernentes à escravidão (Êx 21.1-7).3. Ricos e pobres (Dt 15.4-11; Jo 12.8).II - LEIS ACERCA DE CRIMES1. Brigas, conflitos, lutas pessoais (Êx 21.18,19).2. Crimes capitais.3. Uma terra pura.III - LEIS CONCERNENTES À PROPRIEDADE1. O roubo (Êx 22.1-15).2. Profanação do solo e o fogo (Êx 21.33,34; 22.6). SINOPSE DO TÓPICO (1) Assim como Moisés fez a mediação entre DEUS e Israel, CRISTO é o único mediadorentre DEUS e os homens.SINOPSE DO TÓPICO (2) As leis acerca de crimes versavam sobre as brigas, conflitos, lutas pessoais e crimescapitais.SINOPSE DO TÓPICO (3) As leis concernentes ao direito de propriedade garantiam o direito do próximo à terra.Todavia, a terra é do Senhor e os seres humanos são apenas os seus mordomos.Amarás o Senhor, teu DEUS,...Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mt 22.37-40).

AUXILIO BÍBLICO - GRÁFICO I - Subsídio Exegético“Uma das formas mais freqüentes de servidão na Mesopotâmia daqueles dias era a escravidão por dívidas. O art.

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117 do Código de Hammurabi, na primeira fase da prótese, afirma que se um awium [o homem livre o seuproprietário] foi acometido de dívidas e tornou-se inadimplente e vendeu ou entregou em serviço pela dívida a suaesposa, seu filho ou a sua filha, o prazo máximo de trabalho seria de três anos [...].Entre os judeus o escravo era considerado uma mercadoria de altíssimo valor. Caso um deles fosse ferido porum boi, receberia como indenização o valor de trinta ciclos de prata (Êx 21.32). O legislador hebreu procura, senão impedir, atenuar a violência contra os escravos, determinando que se um proprietário de escravo maltratasseo seu servo e este viesse a sofrer algum dano físico, o amo do agredido deveria alforriá-lo. Eventualmente, se oescravo morresse em decorrência da agressão sofrida, o senhor intolerante deveria ser castigado (Êx21.20,2627) (BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia, l.ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2006, p.174-75). VOCABULÁRIODolosamente: Que atua com dolo e engano, intencionalmente.Prótese: Acréscimo de um elemento fonético (sílaba ou som) no início de um vocábulo, sem alteração dosignificado (p.ex. a bagunçar, de bagunçar). BIBLIOGRAFIA SUGERIDAHARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural, l. ed. Rio de janeiro:CPAD, 2010.SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,2010.ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009. Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 57, p.41.Ao sair do Egito os hebreus eram um grupo de pessoas murmuradoras e rebeldes. DEUS almejava organizá-loscomo nação. O Senhor não queria uma "massa de gente". Ele desejava estabelecer uma nação santa e justa.DEUS iria fazer dos hebreus uma nação modelo, para isso o povo precisava de leis, de uma constituição que osensinassem a respeitar a DEUS e ao próximo.DEUS falava com Moisés face a face e ele transmitia aos hebreus as instruções divinas. Moisés era a "ponte”que ligava DEUS ao povo. Moisés tipificava JESUS, o único mediador entre DEUS e os homens: "Porque há umsó DEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem"(1 Tm 2.5). Todavia, DEUSdesejava falar diretamente com o seu povo e não somente por intermédio de Moisés. Mas os israelitas nãosuportaram ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente. Enquanto povo reconheceu que suas iniqüidades osimpossibilitariam de estar diante de DEUS face a face. O pecado nos separa do Pai. O Senhor falava com Adãopessoalmente, todavia depois do pecado, ao ouvir DEUS chamar, Adão se esconde da presença do Criador (Gn3.8). O pecado nos impede de vermos a face do Altíssimo e ouvir a sua voz: "Mas as vossas iniqüidades fazemdivisão entre vós e o vosso DEUS [...]"(Is 59.2).A escravidão é uma forma cruel de degradação humana. Somente o homem sem DEUS pode aceitar talcondição. O Altíssimo nunca compactuou com a escravidão, todavia esta prática desumana já fazia parte docontexto social dos israelitas e precisava ser ordenada por uma legislação que amparasse o indivíduo. Depois deserem 400 anos afligidos pela escravidão egípcia, os israelitas deveriam abominar tal prática, todavia ela Existiaentre os hebreus. As leis civis entregue por Moisés tinha como propósito regulamentar esta triste condiçãosocial. Em Israel uma pessoa só poderia ficar na condição de escravo durante seis anos (Êx 21.2). No sétimoano ela deveria ser alforriada. Segundo o Comentário Bíblico Beacon "a lei não Exigia que houvesse escravidão,mas visto que Existia, estas leis regulamentares regiam a manutenção das relações certas".A escravidão geralmente se dava pela pobreza. Sim, em Israel, como em todas as sociedades sempre Existiupobres e ricos (Dt 15.11; Jo 12.8). Caso uma pessoa não conseguisse pagar suas dívidas ela e seus filhospoderiam ser levados como escravos (2 Rs 4.1). Todavia, DEUS estabeleceu leis para que as pessoaspudessem pagar suas dívidas e tornarem-se livres. COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

Um dos maiores legados do ministério de Moisés para a humanidade é o conjunto de leis civis, penais,trabalhistas e de mudança da relação senhor-servo que DEUS transmitiu a ele para entregar ao povo deIsrael e que serviriam, séculos depois, de inspiração para muitos dos conceitos, normas e avançoslegais que temos hoje registrados em nossas legislações. Neste capítulo, apresentaremosresumidamente alguns aspectos mais marcantes dessas leis.Nossa referência estará, principalmente, no Decálogo (Êx 20.1-17) e no chamado “Livro do Concerto”,que são as leis estabelecidas por DEUS para reger a sociedade israelita e seu culto a DEUS, e queestão registradas em Êxodo 20.22—23.33. Entretanto, outras ordenanças de caráter civil, penal e afinsregistradas em outras partes da lei mosaica —sobretudo em Levítico e Deuteronômio, que repetemmuitas coisas, mas acrescentam outras — também serão aqui mencionadas.

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Entretanto, antes de analisarmos essas leis de modo específico, é preciso frisar o seu aspectorevolucionário diante do contexto social e jurídico do mundo antigo, em que essas leis se situamhistoricamente.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 102.

Esta seção de Êxodo inclui as leis básicas que tratam especialmente da proteção à vida humana e àpropriedade. Ao aceitar "O Livro da Aliança"(Êx 24:3-8), o povo entrou num relacionamento especial comJeová e comprometeu-se a lhe obedecer. Essas leis não são arbitrárias; baseiam-se no caráter deDEUS e nos princípios morais imutáveis Expressos nos dez mandamentos.A lei não tem poder algum de mudar a natureza humana. Pode apenas proteger a vida e a propriedade aoregular o comportamento humano. Um dos períodos mais críticos e malsucedidos da história de Israel foio tempo dos juízes, quando "cada qual fazia o que achava mais reto"(Jz 1 7:6; 18:1; 19:1; 21:25). Aimposição de boas leis não garante uma sociedade perfeita, mas promove a ordem e evita a anarquia.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 293.A FINALIDADE E O VALOR DA LEI (4.1-8).Ó Israel, ouve (1). Começa Moisés por chamar a atenção do povo, preparando-o para lhes Expor a Lei deJeová. Cf. 5.1; 1.1. A insistência para "ouvir” e obedecer a Palavra do Senhor é freqüente em todo olivro. Cf. 4.30; 8.20; 9.23; 13.4,8; 15.5; 26.14,17; 27.10; 28.1-2,15,45,62; 30.2,8,10,20. Cf. ainda 1.1.Estatutos (1). A palavra huqqim deriva dum radical que significa "gravar", "esculpir", indicando, portanto,que se trata de regras de conduta permanente, dirigidas ou ao indivíduo ou à consciência da nação.Juízos (1). O termo mishpat Exprime uma "decisão” determinada por um juiz (shophet), que profere osjuízos ou sentenças (cf. 1.16-17). São, na realidade, os juízes que superintendem em matéria de leis (Êx21.1-22.17). A palavra emprega-se quando se trata de atos decisivos de DEUS, ao julgar os maus evingar os inocentes. Por isso "estatutos e juízos” abrangem as leis e os preceitos. Cf. 12.1-26.19. Asduas palavras não raro aparecem juntamente e até com o vocábulo "mandamentos” em 4.5,8,14; 5.1,31;6.1; 7.11; 8.11; 11.1; 12.1; 26.16-17. O termo "estatutos” sozinho aparece em 4.6; 6.24; 16.12; e com"mandamentos” em 6.17; 10.13; 28.15,45; 30.10.Para que vivais (1). Todas as palavras do Senhor são "pão de vida"(8.3) que sustentam para a vidaeterna. Cf. Mt 19.17; Jo 6.63.

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Deuteronômio. pag. 19. I - MOISÉS, O MEDIADOR DAS LEIS DIVINAS.1. O mediador (Êx 20.19-22).

Êx 19.19 A trombeta de Yahweh tinha um sonido aterrador. Soava muito alto e por muito tempo, esomente quando Moisés falou o sonido foi substituído pela voz de Yahweh. No sonido havia poder, massó havia sentido na voz. Cf. I Reis 19.11-13. Lemos em Hebreus 12.21 que Moisés confessou: “Sinto-meaterrado e trêmulo!” E alguns estudiosos vinculam essas palavras àquilo que Moisés diz neste versículo.Nesse caso, a voz de DEUS acalmou os temores de Moisés, conferindo-lhe uma mensagem de boas-vindas.Êx 19.20 Yahweh desceu ao cume do monte, o que já tinha sido dito, em termos gerais, no vs. 18. Foiao topo do monte, pois, que DEUS chamou Moisés. “Moisés foi convidado a entrar na nuvem que pairavasobre o cume do monte. Mas nem bem entrou na presença divina quando Yahweh disse-lhe para voltar eavisar ao povo que não ultrapassassem o limite para tentar ver ao Senhor” (J. Edgar Park , in loc.). Quãoperigoso era o monte! Para os israelitas, o monte ameaçava com morte súbita, ou da parte da presençadivina, ou por Execução capital, contra quem fizesse o que tinha sido proibido. Esse acesso foipermitido somente a Moisés e Arão (vs. 24).“A Experiência do Sinai teve por desígnio instilar no povo o senso de reverência por DEUS. A reverênciaé aquela atitude indefinível de ESPÍRITO com a qual uma alma nobre reage diante da grandeza” (J.Coert Rylaarsdam, in loc.). Ouvimos música grandiosa; contemplamos uma pintura artística; ou ideiasprofundas nos são apresentadas. E, então, sentimos reverência.Êx19.21 Antes de dar prosseguimento à revelação do pacto do Sinai, Moisés recebeu a incumbência deproteger O povo do poder que havia sido liberado. Para eles teria sido fatal se vissem a presença deDEUS. Na verdade, trata-se de um conceito muito perceptivo. Existem verdades que as massas nãopodem ouvir e nem compreender. Se ouvissem, o coração lhes falharia. Mas em havendodesenvolvimento espiritual, chegariam a ponto de poder ouvir com entendimento. Mas algumas dasalmas menos desenvolvidas são precisamente aquelas que se mostram mais ruidosas acerca de seupouco conhecimento; e, por muitas vezes, escudam suas teologias deficientes com o ódio, e não com oamor. Havia coisas que eram ensinadas nas escolas dos rabinos que não eram ensinadas na sinagogas.Existem cordeiros a proteger que ainda não estão preparados para a carne pesada (Heb. 5.12-14). Umadas responsabilidades de um mestre cristão consiste em proteger os cordeiros que, por enquanto, aindanão podem digerir mensagens mais profundas. Algumas verdades, dizem a certos indivíduos, prejudicam

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mais do que as mentiras abertas. Cf. I Sam. 6.19. Ver também Heb. 12.28,29, que se aplicadiretamente a este texto.Êx 19.22 Também os sacerdotes. Até eles corriam perigo! Alguns deles, julgando-se pessoas altamenteespirituais, poderiam ousar tentar ver a Yahweh. No entanto, ainda não estavam preparados para tanto,conforme o parecer do próprio Yahweh. Portanto, Moisés foi comissionado a proteger também ossacerdotes. Os sacerdotes precisaram santificar-se (segundo vemos no vs. 10), a fim de não sofreremdano. Ansiedade Exagerada e preparação inadequada causaram outras mortes, quando os israelitastinham manuseado questões sagradas - Ver II Sam. 6.6-8.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.387.

Êx 20:18-21. O Contexto. Esta passagem volta a descrever vividamente os fenômenos associados coma teofania no Sinai registrada em 19:16-25.18. Relâmpagos. A palavra usada aqui é incomum e pode ser traduzida "tochas”, significando "raios” ou"bolas de fogo”. Esta é a palavra usada como símbolo da presença de DEUS e que Abraão viu quandoda celebração de sua aliança com DEUS (Gn 15). LXX e a Vulgata trazem "temendo”.19. Não fale DEUS conosco. Esta é a primeira ocorrência do tema da relutância de Israel (devido àconsciência de seu próprio pecado) em adentrar à presença de DEUS, ou mesmo de ouvir Sua voz. Atémesmo um crente pode e deve sentir-se assim (Is 6:5), mas o que Israel temia era o que Moisésdesejava ardentemente (33:18).20. DEUS veio para vos provar. Provavelmente a provação visava saber se os israelitas realmentepossuíam verdadeiro temor a DEUS, que leva o indivíduo a guardar-se do mal. Em outras palavras, apresente reação dos israelitas era basicamente certa, levando-se em conta a pecaminosidade danatureza humana.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 156.O Medo do Povo, 20.18-20.Os israelitas estavam perto de uma montanha em chamas e ouviram a voz do DEUS Todo-poderoso.Que Experiência tremenda! Quando viram esse cenário, afastaram-se e se puseram de longe (18). Omedo tomou conta deles. Pediram a Moisés que lhes servisse de intermediário, dizendo: Fala tuconosco, e ouviremos; e não fale DEUS conosco, para que não morramos (19). Nestas circunstâncias,sentiram que não estavam tão preparados para questionar a posição de Moisés como profeta de DEUScomo antes estiveram (17.1-4).Moisés lhes deu uma palavra tranqüilizadora. Não havia necessidade de temerem Excessivamente, poisDEUS veio para provar-vos (20), ou seja, “testar se vós respeitareis seus mandamentos”. Nãoprecisavam ter medo dos relâmpagos, mas deviam ter um temor SANTO para que não pecassem contraDEUS. Os filhos de DEUS não precisam ter medo das providências divinas, mas é essencial possuíremum temor piedoso que os leve à reverência e obediência.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 192.A impressão que isto causou, naqueles momentos, sobre o povo: Eles deveriam ter corações realmenteestúpidos, se isto não os tivesse afetado.1. Eles se retiraram e permaneceram ao longe, v. 18. Antes que DEUS começasse a falar, eles foramadiante, para contemplar (cap. 19.21). Mas agora eles foram efetivamente curados da sua presunção, eensinados a manter distância.2. Eles imploraram que a palavra não mais fosse proferida a eles (Hb 12.19), mas suplicaram que DEUSlhes falasse por intermédio de Moisés, v. 19. Com isto eles se obrigavam a aquiescer com a mediaçãode Moisés, eles mesmos tendo-o nomeado como a pessoa adequada a intermediar entre eles e DEUS, eprometendo ouvi-lo como mensageiro de DEUS. Uma vez DEUS tentou o Expediente de falardiretamente aos filhos dos homens, mas ficou provado que eles não podiam suportar. Isto afastou oshomens de DEUS, em vez de trazê-los a Ele, e, como o resultado provou, embora isto os aterrorizasse,não os afastou da idolatria, pois pouco tempo depois eles adoraram o bezerro de ouro. Portanto,devemos ficar satisfeitos com as instruções que nos são dadas por meio das Escrituras e do ministério.Pois, se não crermos nelas, tampouco seríamos persuadidos, ainda que DEUS falasse conosco emtrovões e relâmpagos, como fez no Monte Sinai. Aqui a questão foi determinada.O incentivo que Moisés lhes deu, Explicando o desígnio de DEUS neste terror, v. 20: “Não temais”, istoé: “Não pensem que o trovão e o fogo têm a intenção de consumir vocês”, que era o que eles temiam (v.19, para que não morramos).O trovão e o fogo pretendiam: 1. Prová-los, testá-los, verificar como eles se sentiriam ao lidardiretamente com DEUS, sem um mediador, desta maneira convencendo-os de maneira admirável do queDEUS tinha escolhido para eles, ao nomear Moisés para este cargo. 2. Conservá-los no seu dever, eimpedir que pecassem contra DEUS. Ele os encoraja, dizendo: “Não temais”, e ainda lhes diz que DEUSfalou assim com eles para que o seu temor pudesse estar diante deles. Devemos sempre ter em menteuma reverência pela majestade de DEUS, um terror pelo seu desprazer, e uma consideração obediente à

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sua autoridade soberana sobre nós. Este temor nos incentivará no nosso dever. Por isto: “Perturbai-vose não pequeis”, Salmos 4.4.O progresso da sua comunhão com DEUS, pela mediação de Moisés, v. 21. Enquanto o povo continuavaà distância, consciente da culpa, e temendo a ira de DEUS, Moisés aproximou-se da espessa escuridão.Ele foi levado a aproximar-se, é o que significa a palavra. Moisés, por sua própria conta, não teria seaventurado na espessa escuridão, se DEUS não o tivesse chamado e encorajado. Da mesma maneiraestá escrito, sobre o grande Mediador: “Eu o farei aproximar” (Jr 30.21), e é através dele que nóstambém temos acesso ao Pai, Efésios 3.12.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 296-297. 2. Leis concernentes à escravidão (Êx 21.1-7).

É muito difícil para nós hoje imaginarmos como era possível que no passado as pessoas achassemnormal a escravidão. Só que, na Antiguidade, a ideia de escravidão não tinha toda a carga negativa quetem hoje, depois de séculos de tantos abusos ocorridos durante a sua prática. A escravidão tambémnão era, em seu formato original, tudo aquilo que nos vem à mente hoje quando ouvimos alguémpronunciar a palavra “escravidão”.Ao ouvirmos a Expressão “escravidão”, o que vem à nossa mente imediatamente são as ideias deprisão, privação de direitos, ser forçado a ser e a fazer o que não se quer, humilhação, chibatadas,surras, Exploração, seres humanos tratados como animais ou abaixo de bichos — enfim, tudo aquiloque lemos e ouvimos acerca, sobretudo, da escravidão negreira durante a Era Moderna. Claro quetambém havia casos de Excessos, abusos e injustiças no trato de servos na Antiguidade, mas, nogeral, as relações entre senhores e servos não eram abusivas, principalmente entre o povo hebreu e osprimeiros cristãos (Ef 6.5-9; Cl 3.22-4.1; 1 Tm 6.1,2; 1 Pe 2.18-25 e Fm 8-21).Às vezes, um grande número de cidadãos são compelidos, durante muito tempo, a prestar serviço etempo integral ao Estado sob condições muito mais rigorosas, e envolvendo muito mais riscos à vida e àpropriedade que as condições em que os escravos podiam ser chamados a servir aos seus senhores.Portanto, propriedade sobre o nosso trabalho por parte de outros é [ainda hoje] um fato da nossaestrutura social. E sabemos muito bem que isso não significa violação do nosso ser, personalidade,direito ou privilégio. É uma necessidade da nossa natureza e da organização social da raça humana.Não há necessidade de pensar que a propriedade de outro sobre o nosso trabalho ou, nesse ponto,sobre a pessoa envolvida nessa relação de serviço seja uma violação do que é intrínseco àpersonalidade; e somos capazes de ver o limite que o Novo Testamento dá, ditada pelos princípios dosquais as Escrituras são o guia”. Para entendermos melhor isso, é preciso vermos o que levou aspessoas no passado a, inclusive, se darem como escravas. Pois bem, a escravidão na Antiguidade teveinício em virtude de três fatores.Em primeiro lugar, a pobreza. Ela foi o primeiro — e também o principal — fator gerador da escravidão.O número de pobres sempre foi muito grande na Antiguidade, razão por que, infelizmente, era comumpessoas que eram muito pobres, que não tinham como se sustentar de jeito algum, se oferecerem comoescravas de outras pessoas bem aquinhoadas para que, assim, pudessem sobreviver. Havia até casosde pobres que nem tentavam se esforçar para conseguir a sua independência, preferindo partir logo parauma vida à custa e ao serviço de pessoas mais abastadas. Infelizmente, isso acontecia.Havia pobres que preferiam a mendicância à servidão, mas havia outros que se ofereciam à servidão, eas pessoas da Antiguidade achavam esta última atitude uma medida legítima.Em segundo lugar, às vezes a pessoa não era pobre, mas ficava devendo tanto a outra pessoa que, nãotendo como pagá-la, se oferecia para servi-la até conseguir pagar a dívida. Ninguém consideravaimpróprio o credor ter propriedade sobre o trabalho do devedor até que a dívida daquele fosse paga.Todos consideravam mais do que justo. Inclusive, por causa das dívidas dos pais, os filhos, após ofalecimento destes, trabalhavam também como servos do credor até que o restante da dívida paternafosse paga. Lembremo-nos, por Exemplo, do caso registrado em 1 Reis 4.1,7.E por fim, em terceiro lugar, havia aqueles escravos que eram frutos de guerra. Povos conquistadostinham geralmente parte de sua população poupada para servir como escrava à gente da naçãovencedora. Foi daí, desse último caso, que nasceu o famoso comércio de escravos, que ganharia, como passar dos anos, dimensões internacionais.Aliás, milhares de anos depois, já na Era Moderna, vemos que os negros que eram vendidos aoseuropeus e americanos (do norte, centro e sul) nada mais eram do que prisioneiros de guerra de tribosde negros da África que eram vendidos pelos seus conquistadores aos brancos.Pela graça de DEUS, com o passar dos séculos, esse costume foi abolido, e o cristianismo foi oresponsável por isso. E só lembrar que enquanto grandes nomes do Iluminismo sequer moveram umapalha para acabar com a escravidão, os metodistas, os quakers e muitos anglicanos, seguidos porcongregacionais e presbiterianos, promoveram um movimento no século XVIII que culminou no fim do

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tráfico de escravos e na abolição da escravatura na Inglaterra no início do século XIX, tendo comoprincipais nomes desse movimento John Wesley, John Newton, William Wilberforce e o célebre “Grupode Clapham”, conhecido como “Os Santos”. Lembrando que essa mudança na Inglaterra, que era aprincipal potência mundial na época, forçou todos os demais países do Ocidente que praticavam aescravidão a fazer o mesmo nas décadas seguintes, inclusive o Brasil.No nosso país, os evangélicos também participaram do movimento abolicionista. E nos Estados Unidos,no Segundo Grande Despertamento Evangélico (1820-1860), que antecedeu a Guerra de Secessão(1861-1865), a maioria dos pregadores pregava contra o pecado da escravidão na América e pelo fim daescravatura, tornando-se o carro-chefe do movimento abolicionista norte-americano. Abraham Lincoln,que no início era a favor da escravidão, após abandonar o deísmo que havia abraçado no início da suafase adulta e se voltado para CRISTO pouco antes de assumir a presidência do seu país, teve suamente mudada sobre o assunto e se tornou um abolicionista.Mas voltemos ao mundo antigo. A escravidão, na Antiguidade, era um fator cultural, mas não tinha amesma dimensão da já mencionada escravidão negreira que marcou a Era Moderna.No contexto do mundo antigo, havia tanto senhores bons, cujos servos eram tratados com muitadignidade, fazendo parte da família e se tornando grandes amigos de seus senhores, como haviasenhores Extremamente maus, que abusavam de seus servos, oprimiam-nos e cometiam váriasinjustiças contra eles. Por Exemplo: a Bíblia diz que Abraão e Jó eram senhores que cuidavam bem ecom dignidade de seus muitos servos. Abraão colocava a administração sobre tudo o que possuía nasmãos de um de seus servos, que era tratado com respeito, honra e amizade, e seguia a mesma fé deseu senhor (Gn 24.2,12). A Bíblia também diz que as centenas de servos de Abraão lutavam em guerrascom o seu senhor e disputavam em favor dos negócios dele (Gn 13.7-9; 14.14-16). O igualmente muitorico Jó afirma que, em toda a sua vida, nunca desprezara o direito de um servo ou serva quando lhecobravam alguma coisa (Jó 31.13,14).O ideal, na verdade, seria que não Existisse servidão. Porém, já que essa situação era uma realidadepor causa dos problemas sociais prevalecentes em todo o mundo antigo, DEUS regulou essa práticapara que não houvesse abusos por parte dos senhores, que muitas vezes eram tentados a se aproveitardo direito que tinham sobre o trabalho de seus servos. Para isso, DEUS instituiu algumas regrassalutares para dar o mínimo de dignidade e oportunidades de independência para o servo. Senão,vejamos.Primeiro, veremos as normas válidas para os servos israelitas, depois veremos para os servosestrangeiros.Eis as normas para os servos israelitas:1. A pessoa só se tornava serva de outra quando era tão pobre que não tinha condições de manter-secomo cidadã independente (Lv 25.39), quando não tinha condições de pagar dívidas ou ainda, no caso dealguns, quando não tinha condições de pagar indenizações por roubo (Êx 22.3). Lembrando que eraproibido emprestar com usura aos necessitados.2. O servo hebreu não poderia receber dos seus senhores apenas roupas, comida e local para dormir,como acontecia com a maioria dos escravos das outras nações. Mesmo sendo escravo, ele deveria sertratado como um funcionário, devendo receber um salário como qualquer empregado (Lv 25.39,40).Naquela época, os empregados recebiam seu pagamento por dia trabalhado, por isso eram chamadosde “jornaleiros”, isto é, diaristas.3. O tempo de serviço de um escravo só poderia durar até seis anos; e mesmo se ele fosse escravo nãopor ter se vendido em sua pobreza, mas por causa de uma dívida específica que, após aqueles seisanos, ainda não havia sido paga, seria liberto mesmo assim, sem precisar pagar nada (Êx 21.2). Os seisanos eram suficientes. A pessoa não era forçada a viver como serva de outra pelo resto da vida porcausa de uma dívida ou do que quer que fosse.4. Quando a pessoa recebia sua liberdade após os seis anos, o seu senhor era obrigado a lhe dar umacompensação que o auxiliasse a começar sua liberdade com alguma posse e sustento (Dt 15.13-15,18).5. Ao final dos seis anos de trabalho, sua mulher e seus filhos também sairiam da servidão juntamentecom ele (Êx 21.3; Lv 25.54), a não ser que ela fosse uma serva do seu senhor com quem ele tinha secasado durante o período de seis anos de servidão. Nesse caso, ele teria que escolher se queria aliberdade ou se ficaria com ela e os eventuais filhos frutos dessa união (Êx 21.4).6. Se o servo amasse tanto a família que ele constituíra na casa de seu senhor ou gostasse tanto doseu senhor que quisesse continuar sendo servo dele por toda a vida, seu senhor deveria ir aos juízes,que, confirmando a situação, ratificariam o desejo desse servo (Êx 21.5,6). A prova pública e definitivadessa decisão livre do servo era dada quando o seu senhor furava a orelha dele. Esse era o sinal de queele ser-lhe-ia escravo para sempre. Ou seja, havia liberdade de escolha.7. A mulher solteira em situação de escravidão poderia sair livre como qualquer escravo ao final de seisanos (Dt 15.12,17); e se seu senhor quisesse se casar com ela, teria que pagar ao pai dela pelocasamento e este era livre para aceitar ou não a proposta. Se o senhor, após pagar o dote,

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desagradasse dela e resolvesse não a desposar, ela seria comprada de volta. Ela nunca poderia seroferecida a um estrangeiro. E se ela se casasse com o filho do seu senhor, teria que ter os mesmosdireitos de uma filha do seu senhor. E mesmo se seu marido depois se casasse com outra, ele nãopoderia diminuir o mantimento, nem a veste, nem a obrigação marital que tinha para com ela. E se elenão cumprisse isso, ela poderia se descasar dele sem devolver ou pagar nada (Êx 21.7-11). Comoacrescenta o Comentário Bíblico Beacon, “essas normas impediam que o senhor se aproveitasse dafamília pobre, maltratando a moça”.8. Quando um senhor, ao castigar seu servo por algum mal que este lhe cometera, levasse-o à morte,então seria castigado —- no original hebraico, o servo seria “vingado” (Êx 21.20), o que seria umareferência à aplicação da pena de morte ao senhor, conforme a chamada “Lei da Vingança” (“vida porvida”, Êx 21.23). No caso de o servo sobreviver dias, não seria aplicada pena nenhuma ao senhor,porque este já sofreria com a perda econômica de não ter mais o trabalho do servo e com a Extinção dadívida financeira deste para com seu senhor ao morrer (Êx 21.21). Como Explica o Comentário BíblicoBeacon, a sobrevivência por alguns dias comprovava que o senhor não desejara matar o escravo, masapenas se Excedera no castigo para corrigi-lo.9. O senhor não poderia tratar mal a seu servo (Lv 25.43). Inclusive, se este quisesse fugir por se sentiroprimido por seu senhor, não poderia ser devolvido a seu senhor. A casa onde ele fosse procuraresconderijo era obrigada a recebê-lo e o servo ficaria livre (Dt 23.15,16).10. Se um senhor ferisse o seu servo, seja afetando-lhe o que era considerado o bem mais precioso deum homem — o seu olho —, seja arrancando o que era considerado o bem mais simples de um serhumano — um dente —, seu servo receberia automaticamente a liberdade sem dever mais nada a seusenhor (Êx 21.26,27).11. Um parente do escravo que tivesse condições financeiras de resgatá-lo — isto é, pagar pela sualibertação — tinha a obrigação de fazê-lo (Lv 25.47-55).12. Nenhuma pessoa que já não fosse escrava poderia ser vendida como escrava. A sanção para quemquebrasse essa norma era a pena de morte (Dt 24.7).Em relação aos servos estrangeiros, encontramos na lei mosaica que: 1. Eles eram presos de guerra (Dt21.10), estrangeiros pobres que se ofereciam como servos ou então servos estrangeiros comprados deoutros povos (Lv 25.44,45). DEUS autorizou que fossem comprados (Lv 25.44) para que os israelitasevitassem o máximo possível ter servos entre seus irmãos.2. Seus senhores tinham a opção de ou libertá-los após seis anos de serviço (“... apregoareis liberdadena terra a todos os seus moradores", Lv 25.10 - grifo meu), o que alguns faziam, ou de tê-los comoservos por toda a vida (Lv 25.44-46), que era a opção da maioria. Excetuando essa não obrigatoriedadede libertação dos escravos estrangeiros após seis anos de trabalho, todos os demais direitos que umservo israelita tinha um servo estrangeiro também tinha (Lv 24.22; Dt 24.17; 27.19). Um servoestrangeiro não poderia ser oprimido, como foram os hebreus quando escravos no Egito (Êx 22.21).3. Se um israelita quisesse se casar com uma das prisioneiras de guerra, primeiro deveria dar-lhe ummês para chorar o seu luto (Dt 21.13). E uma vez que depois disso ela passaria a ser a sua mulher, aestrangeira deveria romper com o paganismo, que é o que significa “rapar a cabeça” e “cortar as unhas”(Dt 21.12). Também não deveria vestir mais roupas de escrava e não poderia nunca ser vendida,porquanto agora era a sua esposa (Dt 21.13,14).Por todos esses fatores, R. J. Rushdoony e William Lindsay afirmam que seria mais conveniente chamara escravidão sob a lei mosaica “de serviço obrigatório, e não de escravidão”

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 114-123.

LEIS ACERCA DE ESCRAVOS (21.1-11)O decálogo original formava a essência da legislação mosaica, mas o resto do livro de Êxodo comentasobre a grande multiplicação de leis e preceitos, que abordavam todo aspecto concebível da vidahumana, individual e coletiva. As ordenanças devem ser entendidas como precedentes normativos, ouseja, regras originais que deveriam governar toda concepção acerca das leis que aparecem em seguida.Êx 21.1 São estes os estatutos. As questões relativas à escravidão, que passariam a ser descritas,encontraram lugar dentro do código civil. Essa legislação era considerada sagrada e divinamenteinspirada, pelo que não se podia evitar obedecê-la. Algum tipo de justiça e de equidade teria que seraplicado à escravidão. As decisões judiciais futuras teriam que obedecer ao ESPÍRITO destesestatutos. Surgiriam situações em que teria de ser aplicada a legislação por analogia. Cf. Deu. 15.12-18.Os estatutos dados aqui refletem costumes de uma comunidade tipicamente agrícola (Êx. 22.5,6), e oseu conteúdo é bastante parecido com outros códigos legais de povos antigos daquela região do mundo.Êx 21.2 Se comprares um escravo hebreu. A preocupação aqui era com um possível escravo israelita, enão estrangeiro. No caso deste, aplicavam-se outros estatutos, menos favoráveis. Quando um hebreuprecisava de dinheiro, tendo dívidas a pagar, podia vender-se como escravo. Também era possívelescravizar à força um hebreu, embora isso deva ter acontecido com pouca freqüência. Ver II Reis 4.1 e

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Lev. 25.39. Um hebreu podia ser forçado à servidão por motivo de dívida, conforme mostra a primeiradessas duas referências. O caso mais triste era que um hebreu (ainda menor de idade) podia servendido por seus pais como escravo, quando precisassem de dinheiro (Ne. 5.2). O valor de um homemque servisse por seis anos era ridiculamente pequeno (vs. 32). A maioria dos aspectos das leis hebréiaseram mais humanas que a legislação babilônica (código de Hammurabi, 117). O trecho de Deu. 15.18,onde é usado o termo “metade", talvez reflita conhecimento sobre a prática babilônica. Um escravo, sefosse severamente ferido, obtinha uma espécie de licença médica (vss. 26,27). Em tempos posteriores,mesmo que um escravo tivesse servido somente por um ano, a lei do jubileu libertava a ele e a todos osdemais escravos (Lev. 25.39-41).Os vss. 7-11 incluem a questão das escravas.Como um Hebreu Podia Tornar-se Escravo de Outro Hebreu.1. Por causa de crime grave (Êx. 22.3).2. Por causa de dívida (Lev. 25.39).3. Por ser vendido por seu pai (Ne. 5.5).A Escravidão. Ficamos desolados quando vemos a escravidão ser regulamentada, e não eliminada, noAntigo e no Novo Testamentos. Que a escravidão tenha Existido sob qualquer forma (apesar de algumasprovisões humanitárias), mostra a baixa natureza espiritual dos povos antigos, a despeito de quaisqueroutras vantagens que tenham tido. A lei do amor é o maior de todos os conceitos (ver todo o capítulotreze de I Coríntios). O amor é a prova da espiritualidade (I João 4.7-12). A escravidão é uma afronta aoamor, mesmo nos casos onde imperava bastante humanidade e leniência.O texto à nossa frente não alude à escravidão de estrangeiros em Israel ou de prisioneiros de guerra.Estão em pauta somente escravos hebreus. Havia uma legislação limitada ao benefício de escravoshebreus. Um tratamento humano era requerido, mas um escravo não podia pensar em liberdadeenquanto não chegasse o sétimo ano.Êx 21.3,4 Sua mulher. Se um escravo hebreu se tivesse casado durante seu período de escravatura,então sairia sozinho ao ser libertado, no sétimo ano. Se já fosse casado antes de tornar-se escravo, suamulher também seria libertada. O trecho de Deuteronômio 15.13,14 mostra que um escravo libertadotinha O direito de receber certas coisas básicas, como gado, cereais e vinho, uma espécie decompensação. Os versículos não falam em filhos, mas é óbvio que, uma vez livre, levava consigo osseus filhos. E o quarto versículo nos dá a horrenda informação de que se fosse dada uma esposa a umescravo, durante seu período de escravidão, esta ficaria retida pelo senhor mesmo quando o homemfosse libertado. Isso mostra que tal mulher e seus filhos eram tidos apenas como uma propriedade.Além disso, parece haver certa contradição com Deu. 15.13,14, onde se lê que um escravo libertadopodia levar consigo certas possessões. Por que não sua esposa e seus filhos? Que possessões maisbásicas poderia ter um homem além de sua esposa e de seus filhos? Alguns eruditos, por isso mesmo,salientam que leis posteriores, como aquela de Deuteronômio, tornaram-se mais humanas.Também não devemos esquecer que esposas e filhos nascidos livres também estavam sob aautoridade do dono da casa. Ele podia vender seus próprios filhos a outro israelita, tal como podia venderseus escravos” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.).Em face disso, os estatutos que tratam das questões relativas às esposas e aos filhos eram leis sobrea propriedade, e não leis de direito civil.O mais provável é que fosse uma mulher estrangeira, a menos, naturalmente, que tivesse sido vendida,o que era perfeitamente possível, segundo já vimos. Vamos imaginar que o pai da mulher a tivessevendido, e que ela fosse hebréia. Nesse caso, ela ter-se-ia tornado propriedade de outro homem. Então,se ela fosse dada a outro hebreu, também vendido como escravo teria ele o direito de levá-la consigo,ao obter sua liberdade? Penso que não. E é precisamente o que diz o sétimo versículo.Êx 21.5 O amor poderia prender um homem a uma escrava com quem ele se tivesse casado; o amortambém pode prender sentimentalmente um homem a seus filhos. Nesse caso, chegado o tempo de umhomem escravo ser posto em liberdade, ele poderia rejeitar a sua libertação a fim de manter unida a suafamília. Nesse caso, que sucederia? A brutal provisão da lei mosaica não era que ele poderia negociarsua liberdade, envolvendo na mesma sua mulher e seus filhos. Bem pelo contrário, todos eles tornar-se-iam escravos oficiais, para sempre, sem possibilidade de redenção, embora fossem hebreus, a menosque pensemos que então se aplicaria também a eles a lei do sétimo ano, quando, finalmente, seriamlibertados!Este versículo também dá margem ao caso de amizade profunda de um escravo por seu senhor. Écomum que os prisioneiros a longo termo se acostumem de tal modo à sua horrenda vida que, mesmoquando podem receber a liberdade, eles a rejeitam. Embora o trabalho fosse duro, pelo menos haviasegurança. Alguns homens pagam um elevado preço por sua segurança pessoal. Por outra parte, umhomem pode amar um Senhor benévolo, e assim decidir tornar-se seu escravo permanente. Nesse caso,ao homem era permitido, por lei, fazer um contrato de escravatura permanente, dotado da chancelaoficial religiosa e civil. Ver Lev. 25.39,40,46.

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Êx 21.6 Juízes. A palavra usada no original hebraico é elohim, pelo que há uma intenção divina provávelnessa referência. Assim, levar alguém aos “deuses” talvez queira dizer levá-lo diante do altar de DEUS,no lar, onde o pacto seria firmado.O altar doméstico em questão séria O altar da família ou do clã. O ato de furar a orelha teria de ser feitocontra a ombreira da porta da casa do proprietário, o que nos faz lembrar do sacrifício da páscoa (Êx.12.22). Esse rito de furar a orelha seria um ato doméstico, religioso e social, um contrato legal.Em outras culturas, os escravos eram marcados como se fossem animais. Na Babilônia, os escravostinham seus cabelos cortados de uma maneira peculiar (código de Hammurabi, 226), e um escravorebelde tinha uma de suas orelhas decepadas (lei 282).Êx 21.7 Os vss. 7-11 alistam os direitos das escravas ou das concubinas (cf. Deu. 15.12.17).Uma escrava hebréia, vendida à escravatura por seu pai, não tinha o direito de ser solta ao fim de seisanos. Mas isso foi modificado posteriormente (Deu. 15.17). O mais provável é que ela viria a tornar-seuma concubina de algum hebreu, uma esposa secundária. Seu estado social aviltado não encorajariaum homem livre a casar-se com ela como sua principal esposa. Mas ela poderia obter sua liberdade sobcircunstâncias especiais, conforme ficou especificado nos vss. 8 a 11.“Por muitas vezes, escravas tornavam-se concubinas ou esposas secundárias (Gên. 16.3; 22.24; 30.3,9;36.12; Jz. 8.31; 9,18). Alguns israelitas pensavam ser mais vantajoso suas filhas tornarem-seconcubinas de vizinhos abastados do que se tornarem esposas de homens da própria classe socialdelas” (John D. Hannah, in loc.). Naturalmente, por muitas vezes havia em tudo isso algum nobremotivo. A jovem simplesmente valia dinheiro, e estava acostumada a ganhá-lo. O direito de vendercrianças como escravos era tido, nos tempos antigos como algo inerente à pátria potestas, e erapraticado em muitas nações (Heródoto, Hist. v.6; Cine, Opusc. vol. iv. pág. 125). As mulheres hebréiaspodiam reivindicar sua liberdade ao fim de seis anos, se assim o quisessem (Deu. 15.17)"(Ellicott, inloc.). Notemos, todavia, que essa norma de Deuteronômio é posterior, olhando para além do que seantecipava no texto presente. A possibilidade de libertação é sugerida no livro de Deuteronômio, emboraisso não seja dito abertamente.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.396-397.

21:1-11.1. O escravo hebreu. Tal como no livro de Provérbios, não há aqui a menor referência a qualquer aliançadistintamente israelita que sirva de base para o bondoso tratamento dispensado ao escravo pelo seusenhor. Há um vínculo, entretanto: senhor e escravo são ambos hebreus, um termo antigo de sentidodescritivo bem amplo (5:3). Tais leis podem datar, portanto, do período patriarcal, sendo assim bemanteriores a Moisés: Abraão também é apresentado como "hebreu"(Gn 14:13). Naturalmente, nãodispomos de códigos escritos de leis e costumes dos hebreus primitivos, de modo que esta hipótesenão pode ser verificada.Israel, entretanto, considerava ambos os tipos de lei como vindas de DEUS. Levítico 25 e Deuteronômio15 especificamente fazem desta Experiência de salvação um motivo para o tratamento bondoso dosescravos em Israel. Toda a história do Êxodo é narrada numa linguagem deliberadamente destinada alembrar o processo de emancipação de um escravo israelita (Dt 15:13,14), especialmente comreferência à compensação financeira paga pelos anos de serviço.2. Um escravo hebreu. Este era, na verdade, um "trabalhador contratado”, preso a um contrato de seisanos. Quando chegava o sétimo ano, deveria ser libertado: se o duplo sétimo ano do jubileu chegasseantes do seu sétimo ano de serviço, poderia aparentemente sair livre sem esperar que os seis anos secompletassem (Lv 25). A ligação com o conceito do "descanso sabático” parece clara. Um escravoestrangeiro, ou um servo "nascido na casa”, por outro lado, poderia servir até o fim da vida (Lv 25:46).Forro. O hebraico hopsí deveria provavelmente ser traduzido por "liberto”, pois parece denotar umaclasse social definida (também conhecida em Canaã) situada entre os "nobres” e os "escravos”. Nãotem o mesmo sentido da palavra traduzida "de graça”, que indica não ser necessário o pagamento dealforria. MacLaurin sugere um sentido semelhante a "soldado profissional” ou "sujeito a serviço militar”,com base no termo árabe frubshu (comunicação verbal).3. Solteiro. Literalmente "com seu corpo” ou "com suas costas”, isto é, sozinho, desacompanhado. Afrase é vivida e peculiar, mas seu sentido é bem claro. A provisão desta lei pode nos parecer severa,mas a esposa era provavelmente uma escrava perpétua, pertencendo portanto ao senhor. Alguns vêemaqui resquícios de uma sociedade matriarcal neolítica, em que o relacionamento com a mãe era maisíntimo do que bom o pai. Havia entretanto, provisão para que o marido ficasse, se assim o desejasse:ele não era obrigado a deixar esposa e filhos.6. O levará perante DEUS. Isto é, ao santuário (utilizar a Expressão "aos juízes”, como fazem algunseditores, é Explicação, ao invés de tradução).A ida ao santuário tem como objetivo presumível fazer uma declaração solene (jurando por YHWH), napresença de testemunhas, quanto à condição do escravo. Quanto à porta, há debate se esta se refere à

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porta do santuário ou à porta da casa. Esta última opinião parece ser a mais provável, em vista danatureza da cerimônia, que tornava o escravo um membro permanente da família. O furar a orelha sedestinava a marcar o indivíduo como propriedade privada (como se faz hoje em dia com animais). Nãohá, todavia, evidências antigas suficientemente claras de que a orelha furada indicasse a condição deescravo. A outra conotação possível era a de obediência (SI 40:6). No ato de consagração, a orelha dosacerdote era besuntada com sangue, presumivelmente com o mesmo significado (29:20).Por toda a vida seria uma tradução apropriada do hebraico "para sempre" pois o israelita era prático enão-filosófico ao encarar a vida.7. Esta não lhe sairá como saem os escravos. O caso da escrava esposa israelita era bem diferente.Ela não era automaticamente libertada como o homem, porque seu senhor-marido ainda tinha deverespara com ela.8. Mesmo que se tivesse cansado dela, o senhor não poderia vende-la a um outro homem pois isto seriauma violação de suas obrigações conjugais para com ela. Em vez disso, deveria permitir que osparentes da escrava a resgatassem. O verbo "agir deslealmente” (ou "traiçoeiramente”) é freqüentementeusado para descrever infidelidade matrimonial: em Jeremias 3:7,8 é aplicado a Israel, a esposa infiel.9. Tratá-la-á como se tratam as filhas. Ela era virtualmente sua filha de criação. O velho costume chinêsde adquirir uma jovem escrava que viesse a ser esposa do filho da casa no futuro é um paralelo Exato.Provavelmente a origem do costume era a mesma em ambos os casos: evitar o pagamento de um dotemuito maior numa data posterior, e também criar a futura nora dentro da família, assegurando assim queela se ajustaria. Tal atitude virtualmente abole a escravidão, Exceto quanto ao título.10. Mantimento, vestidos, direitos conjugais. Estas três provisões se assemelham a antiga formulaçãolegal. A palavra traduzida "mantimento” deveria talvez ser traduzida "carne”: seu significado, dizem oscomentaristas, é que a esposa deveria receber sua quota de comida requintada, não apenas uma raçãode subsistência, comum aos outros escravos.A carne era provavelmente um prato raro na mesa da família israelita típica, Exceto depois de sacrifícios.11. Ela sairá sem retribuição. Se o senhor-marido deixasse de cumprir qualquer destas trêsestipulações, a escrava-esposa sairia livre. Em tais circunstâncias não era necessário que seusparentes pagassem o "resgate” que era presumivelmente igual ao preço de compra da escrava-esposa.Por outro lado, as "três coisas” poderiam se referir às três maneiras de tratar a escrava-esposa; tomá-lapor esposa, dá-la por esposa ao filho, e permitir que fosse resgatada pelos parentes.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 158-161.Leis Regulamentares Concernentes às Escravas (21.7-11). A filha vendida em escravidão tinha maisdireitos que o homem. Se permanecesse solteira, poderia sair livre como qualquer escravo ao término deseis anos (Dt 15.12,17), embora esta cláusula seja adendo posterior. Pelo visto, a situação aqui é a dopai que vende a filha (7) para se casar com o senhor (8) dela ou o filho (9) do senhor dela. Se o senhornão ficasse satisfeito com a moça, ela seria resgatada, ou seja, comprada de volta, mas não poderia servendida a um estrangeiro (8). Se ela se tornasse esposa do filho do senhor dela, este tinha de tratá-lacomo filha (9). Mesmo que o marido tomasse outra esposa, a Êx-escrava tinha direito a mantimento,vestes e obrigação marital (10). Se estas três condições não fossem atendidas, ela sairia de graça (11),sem ter de pagar nada. O propósito desta prática era o pai melhorar a situação econômica da filha. Elase tornaria parte da casa de uma família mais abastada. Estas normas impediram que o senhor seaproveitasse da família pobre, maltratando a moça. Estes regulamentos não apoiavam a instituição daescravidão, mas protegia os direitos de indivíduos que já estavam no sistema.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 194.O primeiro versículo é o título geral das leis contidas neste capítulo, e nos dois seguintes, algumas delasrelacionadas à adoração religiosa a DEUS, mas a maioria delas relacionada a questões entre oshomens. Sendo o seu governo puramente uma teocracia, aquilo que em outros estados deve ser definidopela prudência humana, lhes foi ordenado por uma indicação divina, de modo que a constituição do seugoverno foi peculiarmente adaptada para que eles fossem felizes. Estas leis são chamadas julgamentos,porque estão formuladas em infinita sabedoria e justiça, e porque os seus magistrados devem realizaros julgamentos de acordo com o povo. Nos casos duvidosos que até aqui tinham ocorrido, Moisés tinhaperguntado particularmente a DEUS, em nome deles, como ficou demonstrado, cap. 18.15. Mas agoraDEUS lhe dava estatutos gerais pelos quais determinar os casos particulares, que, da mesma maneira,ele deve aplicar a quaisquer casos semelhantes que possam ocorrer, e que, incluídos na mesma razão,estivessem incluídos na mesma regra. Ele começa com as leis a respeito dos servos, recomendandomisericórdia e moderação para com eles. Os israelitas tinham, até recentemente, sido servos. E agoraque tinham se tornado, não somente seus próprios senhores, mas também senhores de seus servos.Para que não maltratassem os seus servos, como eles mesmos tinham sido maltratados, e conduzidoscom rigor pelos capatazes egípcios, aqui é feita provisão, por estes estatutos, para o tratamento suave egentil dos servos. Observe que se aqueles que tiveram poder sobre nós nos foram prejudiciais, esta nãoé sequer a menor desculpa, para que nós, de igual maneira, sejamos prejudiciais para aqueles que estão

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sob o nosso poder. Na verdade, isto agravará o nosso crime, porque, neste caso, podemos, maisfacilmente, colocar nossas almas no lugar das deles. Aqui temos:Uma lei a respeito dos servos, do sexo masculino, aqueles vendidos, seja por eles mesmos ou pelosseus pais, devido à pobreza, ou pelos juízes, pelos seus crimes. Mesmo aqueles da última categoria (sefossem hebreus) deveriam continuar na servidão, mas somente por um período máximo de seis anos,em cujo tempo já se supunha que eles teriam sofrido o suficiente pela sua tolice ou ofensa. Ao final dosseis anos, o servo seria libertado (w. 2,3), ou a sua servidão continuaria por sua escolha, w. 5,6. Se eletivesse uma mulher que lhe fora dada pelo seu senhor, e filhos, ele poderia deixá-los e sair livre, sozinho.Ou, se tivesse tal sentimento por eles que preferisse permanecer com eles em servidão a sair emliberdade sem eles, ele teria que ter a sua orelha furada, e serviria até a morte do seu senhor, ou até oano do jubileu.1. Com esta lei, DEUS ensinou:(1) Aos servos hebreus, generosidade, e um nobre amor à liberdade, pois eram homens livres doSenhor. Desta maneira, os cristãos, tendo sido comprados por bom preço, e chamados à liberdade, nãodevem ser servos dos homens, nem das luxúrias dos homens, 1 Coríntios 7.23. Existe um ESPÍRITOlivre e nobre, que sustenta um cristão, Salmos 51.12. Da mesma maneira, DEUS ensinou:(2) Aos senhores hebreus a não maltratar os seus pobres servos, sabendo, não somente que elestinham estado, pelo nascimento, no mesmo nível que eles, mas que, dentro de poucos anos, novamenteassim estariam. Desta maneira os senhores cristãos devem considerar os seus servos crentes comrespeito, Filemom 16.2. Esta lei, posteriormente, será de utilidade para nós:(1) Para Exemplificar o direito que DEUS tem sobre os filhos de pais crentes, como crentes, e o lugarque eles têm na sua igreja. Eles são, pelo batismo, incluídos entre os Seus servos, porque são nascidosna sua casa, pois são, portanto, gerados para Ele, Ezequiel 16.20. Davi se reconhece servo de DEUS,assim como era o filho da sua serva (SI 116.16), e, portanto, tinha direito à proteção, Salmos 86.16.(2) Para Explicar a obrigação que o grande Redentor assumiu de prosseguir na obra da nossa salvação,pois Ele diz (SI 40.6): “Os meus ouvidos abriste”, o que parece aludir a esta lei. Ele amava a seu Pai, eà sua esposa cativa, e aos filhos que lhes seriam dados, e não desejava ser liberado do seuempreendimento, mas engajou-se em servir, nele, para sempre, Isaías 42.1,4. Nós temos todas asrazões do mundo para amar ao nosso Mestre e à sua obra, e a ter nossas orelhas furadas junto aospostigos das suas portas, como quem não deseja ser liberado do seu serviço, mas encontrar-se cadavez mais livre nele, e para ele, Salmos 84.10.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 298-299.3. Ricos e pobres (Dt 15.4-11; Jo 12.8).

Dt 15.4 Não haja pobre. Havia abundante provisão para os membros menos afortunados da sociedade.Isso posto, a irresponsabilidade não estava sendo promovida. O homem que tivesse dívidas precisavaobservar seus acordos, saldando essas dívidas ao longo do tempo. Mas, no fim do sexto ano, o restantede sua dívida seria cancelado. O texto reconhece que algumas pessoas enfrentariam reversões, “másorte”, enfermidades e obstáculos inesperados, capazes de interferir com o ganho de dinheiro. Alémdisso, há pessoas com defeitos genéticos realmente incapazes de ganhar a própria vida, os esmoleres,que têm de depender da caridade pública. Se cuidarmos dessas pessoas necessitadas, mostrando-nosgenerosos com elas, então Yahweh cuidará de nós, conforme vemos dito enfaticamente em Deu. 14.29.Lemos no livro de Atos (4.34) que prevalecia a graça divina; mas ninguém padecia necessidadepremente. E o versículo 11 deste capítulo ensina-nos a verdade quando supõe que chegará um tempoem que a pobreza será totalmente eliminada, a despeito das provisões divinas. Visto que os pobres sódesaparecerão de vez nos novos céus e na nova terra, a generosidade também nunca deve cessar.Dt 15.5 Se apenas ouvires atentamente a voz do Senhor. Temos aqui uma convocação à obediência.Entre esses preceitos havia aquelas leis humanitárias cujo intuito era aliviar a pressão da pobreza.Assim é que a epístola de Tiago, no Novo Testamento, toma esse tema que diz que a nossaespiritualidade deve incluir o alívio das necessidades humanas, porquanto isso faz parte inerente daespiritualidade autêntica. Tiago 2. Esse capítulo chama a lei de amor de “a lei real”, ou seja, a lei a serseguida pelos reis espirituais (vs. 8). A religião pura busca aliviar o sofrimento dos órfãos e das viúvas(Tia. 1.27). E esses sempre foram grandes temas do judaísmo.Dt 15.6 Emprestarás a muitas nações. A prosperidade de Israel seria tão notável que os hebreus nãocuidariam somente dos pobres da Terra Prometida, mas também socorreriam a outros povos. Israelestaria na vantajosa posição de emprestar a outros povos, sem nenhuma necessidade de tomarempréstimos. Uma moderna ilustração de tal Experiência é o caso dos Estados Unidos da América.Servir ao Senhor é cortejar as riquezas materiais, inclusive.A promessa feita a Israel envolvia a soberania nacional. Israel não seria sujeitado a tributos ou aodomínio estrangeiro se não se esquecesse de cumprir a lei do amor. Mas um Israel mesquinho veria

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tropas estrangeiras a assaltar as suas fronteiras. Porém, uma generosa nação de Israel Exerceriacontrole financeiro sobre outras nações.“A chave para o problema da pobreza jaz em um serviço a DEUS prestado sem reservas. Reconhecerque todos são criaturas de um mesmo Criador, e agir de conformidade com os ditames da misericórdia,equivale a não deixar espaço para a pobreza. A necessidade humana não é mera questão de sistemas eleis justos, mas uma questão de misericórdia e benignidade” (Henry H. Shires, in Ioc.).Dt 15.7 A provisão do perdão das dívidas era apenas uma das obras de caridade. O pagamento dedízimos (ver Deu. 14.22 ss.) era um modo de doar a outras pessoas. De modo geral, um hebreu poderiaaplicar o ESPÍRITO de amor e sentir-se livre para agir conforme seu coração o orientasse.O coração duro, por outra parte, impediria a generosidade. Mas o homem espiritual sempre seria dotadode um coração terno. Os sofrimentos do próximo seriam os seus próprios sofrimentos. Ele se sentiriainspirado a aliviar a necessidade alheia, mediante a obsessão da generosidade. E, por sua vez, Yahwehmostrar-se-ia generoso para com ele.Dt 15.8 ... lhe abrirás de todo a tua mão. A generosidade é a medida de um homem. Sua mão viveaberta, e seu coração é temo e disposto a dar. Somente um ESPÍRITO livre e voluntário pode evitar opecado quando o pobre solicita ajuda. Cf. II Coríntios 9.7” (G. Ernest Wright, in Ioc.). “Os afetos sepunham em movimento e uma mente disposta inclinava-se por dar com generosidade” (John Gill, in Ioc.).E lhe emprestarás. Essa frase talvez signifique que um homem orgulhoso geralmente se recuse a darum presente, ou seja, se recuse a emprestar a outrem. Nesse caso, emprestemos dinheiro aonecessitado. E, mais tarde, esqueçamos completamente que o próximo nos deve o empréstimo, fazendocom que o empréstimo se torne uma doação.Dt 15.9 Não haja pensamento vil no teu coração. A opressão é o programa do homem de mão fechada.Muitos israelitas agiam assim, pensando no ano da remissão. Eles encontrariam meios de Explorar tantoantes quanto durante aquele ano, para garantir que obteriam vantagens sobre as pessoas a quemestivessem Explorando. Esse tal teria “olhos malignos”, fixados sobre a pessoa que lhe devesse algumdinheiro, oprimindo-a de tal modo que ela clamaria a Yahweh, pedindo misericórdia.Dt 15.10 Livremente lhe darás. Quem doasse algo não deveria fazê-lo a contragosto, sem um ESPÍRITOgeneroso. Até mesmo um homem ganancioso poderia consolar-se diante da ideia de que, se estavadando, receberia recompensa da parte de Yahweh, conforme é dito enfaticamente nos vss. 4 e 6. Cf. asbênçãos prometidas aos dizimistas (Deu. 14.22 ss.). DEUS ama a quem dá com alegria. (II Coríntios9.7).Quem doa é alguém liberal e livre, pois é assim que DEUS trata conosco. Cf. Pro. 11.24,25; Isa. 23.18;II Cor. 9.6-9. Ver também Mat. 6.3. Mais bem-aventurado é dar do que receber. (Atos 20.35)Dt 15.11 Nunca deixará de haver pobres na Terra. A pobreza é uma realidade permanente. Às vezes, porfalta de oportunidade; também há defeitos genéticos que fazem a pessoa tornar-se incapaz; e nãodevemos esquecer a preguiça que às vezes é inerente. Todos esses fatores garantem a algumaspessoas não prosperarem financeiramente, apesar dos programas governamentais de bem-estar social edas suas boas intenções. É conforme alguém já disse: “É preciso primeiro tirar a favela do coração deum homem, antes de tirar o homem da favela". Yahweh, reconhecendo a perpetuidade da pobreza,Exortou mais ainda os abastados a que se mostrassem liberais para com os necessitados. Nestemundo, jamais chegará o tempo em que a generosidade será uma virtude obsoleta. Cf. Mar. 14.7, ondeJESUS fez uma observação similar. Sempre teremos conosco os pobres, os quais nunca possuemmuito, mas mesmo assim conseguem sobreviver. Mas também haverá a necessidade daqueles quepassam fome. Este versículo reconhece a Existência de ambas essas classes de pobres.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.815-816.

4-6. Embora parecesse provável que sempre haveria pobres em Israel (11), a possibilidade contráriapodia ser contemplada. Afirma-se aqui, de acordo com a perspectiva geral de Deuteronômio, que acompleta obediência a Javé e Seus mandamentos resultaria no derramamento das bênçãos divinas. Istosignificava, entre outras coisas, que não haveria pobres na terra (e assim a lei do versículo 2 jamaisprecisaria ser Executada), mas também que Israel, como nação, jamais ficaria em débito com outrasnações mas, pelo contrário, lhes emprestaria dinheiro. Tampouco seria Israel dominado pelas nações,sendo antes seu dominador.7-10. Aqui o escritor passa da Exatidão das Expressões legais para um apelo veemente a Israel paraque, em todas as ocasiões, trate o pobre com mãos e coração abertos (7, 8, 10). Embora a lei Exigisseque os endividados fossem perdoados de suas dívidas a cada sete anos, o amor Exigia nada menos queuma atitude contínua da generosidade e misericórdia para com o pobre. A letra mata, mas o ESPÍRITOdá vida. A ausência de compaixão levaria os homens à reação degradante descrita no versículo 9 e umalei cujo objetivo era proteger os pobres acabaria se tomando uma razão para que eles fossem oprimidos.(Mt 5: 4348; Lc 14: 12-14; 2 Co 9: 7). Estes versículos antevêem o Sermão do Monte porque penetramalém do ato Exterior até atingir os motivos e propósitos do coração. A obediência a DEUS sempre

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implica em generosidade para com os nossos semelhantes. De fato, em 1 João 3: 17 a dureza decoração é apresentada como uma negação de qualquer declaração de que o amor de DEUS Exista nocoração do indivíduo.Javé jamais deixa de responder com bênçãos à pessoa que dá do que é seu com alegria egenerosidade.11. Com um realismo desinibido, o escritor conclui que, de fato, sempre haveria pobres na terra, porqueIsrael sempre seria desobediente. Daí a constante possibilidade de se demonstrar generosidade paracom os pobres.

J. A. Thompson. Deuteronômio. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 180-181.Versículo 4: Somente para que entre ti não haja pobreIdealmente, não haveria pobres na terra, se Israel fosse totalmente obediente. Mas a Experiência deMoisés o leva a duvidar do cumprimento das condições, por isso elabora leis a favor dos pobres. Estapromessa se cumpriu em eras como os reinados de Davi e Salomão. Quando os israelitas passaram daagricultura para as finanças, Exerceram grande poder como financistas, embora até que ponto estacondição se deveu a obediência à lei seja questão de debate.Não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre (7). Há indivíduos quenão se importarão com a necessidade do irmão, mas privilegiarão a possibilidade de pagamento. Arecusa em emprestar, porque o ano da remissão (9) se aproximava, é atribuído a um “pensamento vil noteu coração” (ARA). Dar voluntariamente e de bom grado desencadeia bênçãos divinas sobre todos osnossos trabalhos (10).Talvez JESUS tivesse este capítulo em mente quando proferiu as palavras registradas em Lucas 6.30-36. Nestes versículos, vemos “Coração e Atitude”. 1) Coração endurecido e mão fechada, 7; 2) Coraçãomal e olhos maus, 9; 3) Coração generoso e mão-aberta e abençoada por DEUS, 10,11.

Jack Ford; A. R. G. Deasley. Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 449-450.Impedir que qualquer israelita caísse em Extrema pobreza: pois o versículo 4 diz: “para que entre ti nãohaja pobre”, ninguém miseravelmente e escandalosamente pobre, para a vergonha da sua nação ereligião, cuja reputação eles deviam preservar.3. A segurança de DEUS é dada, aqui, por uma promessa divina de que, o que quer que eles perdessempelos seus devedores pobres lhes seria compensado através da bênção de DEUS sobre tudo o quetivessem e fizessem,v. 6. Eles deveriam se preocupar em cumprir o seu dever, e então DEUS os abençoaria com talprodução que daquilo que tivessem perdido por causa dos maus empréstimos, não sentiriam falta no fimdo ano. “O Senhor abundantemente te abençoará” (v. 4), e, novamente, v.6. E completamente imperdoável se, embora DEUS nos tenha dado em abundância, de modo que nãosomente tenhamos o suficiente, como tenhamos sobra, ainda assim formos rigorosos e severos nasnossas Exigências com os nossos irmãos pobres. Pois a nossa abundância deve suprir as suasnecessidades, para que, pelo menos, não possa haver tal desigualdade como há, entre dois Extremos, 2Coríntios 8.14. Eles também deveriam considerar que a sua terra era um presente de DEUS para eles,que tudo o que produziam era o fruto da bênção de DEUS sobre eles, e por isto estavam obrigados,como um dever a Ele, a usar e dispor de suas propriedades como Ele lhes ordenava e instruía.E, finalmente, se perdoassem quaisquer pequenas somas que tivessem emprestado a seus irmãospobres, aqui está a promessa de que poderiam emprestar grandes somas a seus vizinhos ricos, atémesmo a muitas nações (v. 6), e seriam enriquecidos por estes empréstimos. Desta maneira, as naçõesestariam sujeitas a eles, e dependeriam deles, como “o que toma emprestado é servo do que empresta”,Provérbios 22.7. Nós devemos considerar o fato de podermos emprestar e não termos necessidade detomar emprestado, como uma grande misericórdia, e uma boa razão pela qual nós devemos fazer o bemcom o que tivermos, para não provocarmos a DEUS, levando-o a inverter a balança.“Não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão”, v. 7. Se a mão estiver fechada, isto é umsinal de que o coração está endurecido. Pois, “estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre aterra”, Eclesiastes 11.3. As profundezas da compaixão irão resultar em distribuições liberais, Tiago2.15,16. Não somente “lhe abrirás de todo a tua mão e livremente lhe emprestarás o que lhe falta”, mas“quanto baste para a sua necessidade”, v. 8. Às vezes, Existe tanta caridade nos empréstimosprudentes quanto nas doações, porque os empréstimos obrigam o tomador ao empenho e à honestidadee podem colocá-lo no caminho para melhorar. Eu “te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão parao teu irmão.” “Guarda-te que não haja palavra de Belial no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando osétimo ano, o ano da remissão, e que o teu olho seja maligno para com teu irmão pobre, e não lhe dêsnada.” Para que o seu pobre irmão, ao qual você se recusa a emprestar, não se queixe a DEUS, e istoserá um pecado, um grande pecado, que você terá cometido. Observe que: (1) A lei é espiritual, eestabelece uma restrição nos pensamentos do coração. (2) E um coração verdadeiramente ímpio aqueleque gera maus pensamentos a partir da boa lei de DEUS. (3) Nós devemos estar cuidadosamentevigilantes contra todas estas sugestões secretas que nos desviam do nosso dever ou nos desencorajam

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nele. (4) Quando nós temos uma oportunidade de emprestar com caridade, se não pudermos confiar napessoa que toma o empréstimo, devemos confiar em DEUS, e emprestar. Lucas 6.35; 14.14. (6) E algoterrível ter o clamor dos pobres contra nós, pois DEUS tem seus ouvidos abertos a este clamor, e, emcompaixão a eles, irá certamente acertar as contas com aqueles que os tratam com dureza. (5) Aquiloque nós julgamos ser um ato de prudência freqüentemente prova ser pecado; aquele que se recusou aemprestar porque o ano da remissão estava próximo, pensava estar agindo com prudência, e julgou queos homens o louvariam por fazer bem a si mesmo, Salmos 49.18. Mas ele aprende aqui que agiu demaneira ímpia, e que DEUS o condenaria por fazer mal a seu irmão. “Que o teu coração não sejamaligno, quando lhe deres”, v. 10. Não seja avesso a separar-se do seu dinheiro, por um motivo tãobom, nem julgá-lo perdido. Aquilo que você fizer, faça livremente, pois DEUS ama ao que dá comalegria, 2 Coríntios 9.7.Aqui está uma promessa de recompensa nesta vida: “Por esta causa te abençoará o Senhor, teuDEUS”. As pessoas cobiçosas dizem: “O ato de dar nos arruinará”. Porém a verdade é que daralegremente em caridade irá nos enriquecer, irá encher nossos celeiros com abundância (Pv 3.10), efartará a alma com verdadeiro conforto, Isaías 58.10,11.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 605-606. II - LEIS ACERCA DE CRIMES1. Brigas, conflitos, lutas pessoais (Êx 21.18,19).

Leis acerca da Violência (21.12-36)Os vss. 12-17 tratam dos crimes capitais; e os vs. 18 ss. abordam os crimes não-capitais. Estãoenvolvidos animais, e não somente pessoas. Do começo ao fim encontramos paralelos ao código deHammurabi. Faz-se a distinção entre atos intencionais e não-intencionais, conforme se vê em quasetodos os códigos legais. A justiça era ágil, mas a fim de prevenir o ridículo, era garantido o direito deasilo, até que as questões pudessem ser devidamente julgadas. Cf. Núm. 35.12; Deu. 4.41-43; 19.1-13;Js. 20. O asilo mais antigo era o altar. E também havia cidades de refúgio (não consideradas nestaseção). A punição de acordo com o crime tinha a vantagem de não permitir castigos Excessivos. Estaseção também inclui a proteção à propriedade privada.Quatro Crimes que Requeriam Punição Capital:1. Homicídio premeditado, vss. 12,14; vero sexto mandamento, Êx. 20.13; Gên. 9·6׳2. Violência física contra os pais, Êx. 21.15.3. Seqüestro, vs. 16; Deu. 24.7.4. Abuso verbal contra os próprios pais, Êx. 21.17. Ver Êx. 20.12, onde isso aparece como o quintomandamento. Tal desrespeito era considerado como se fosse homicídio.CRIMES NÃO-CAPITAIS (21.18-32)Êx 21.18,19 Se dois brigarem. Os homens brigam em favor daquilo que é certo ou para se divertirem.Um dos esportes que mais paga a seus atletas é o boxe. Na verdade, há uma certa arte no boxe, adespeito de sua Extrema violência. Também é verdade que os homens entram em luta por causa dequalquer tipo de disputa, como em torno de dinheiro, de mulheres, de propriedades ou de ofensassofridas. Sem importar a causa, os homens sempre brigarão. Logo, a legislação mosaica precisouregulamentar tais conflitos. Em meio a uma briga, um homem pode entusiasmar-se em demasia, etentará matar seu adversário. Este versículo ignora essa possibilidade e supõe que toda briga envolveculpa por parte de ambos os lados. Por outra parte, não podemos ficar indiferentes diante das brigas,pelo que temos que impor alguma forma de penalidade. Onde há alguma penalidade, diminui a incidênciade casos daquilo sobre o que incide a penalidade.Se, em uma briga, um dos contendores tiver de guardar o leito, então a questão já se tornou séria. Seum dos contendores recolhe-se ao leito por pouco tempo, e, então, se levanta, aparentemente semmaus efeitos decorrentes da Experiência, então a vida continuaria como é usual. Mas se um doscontendores tiver de recolher-se ao leito e ser tratado por médicos, então alguma compensação teria deser paga. A antiga sociedade dos hebreus era um tanto avessa aos médicos, pelo que o tratamentonecessário era efetuado pelos membros da família ou por vizinhos. O ofensor tinha então que pagaralguma espécie de multa, ao adversário ferido, pelo tempo perdido, como também para cobrir qualquerdespesa de tratamento.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.398-399.

Brigas e ferimentos. Estas são ofensas menores e a pena de morte não é Exigida Exceto emcircunstâncias Excepcionais.18. Ou com o punho é a interpretação dada pela LXX para esta obscura palavra; isto parece acertado,ao contrário da tradução "vara, cacete” empregada pelo Targum e algumas versões. Em qualquer caso, anatureza improvisada da arma prova que o golpe não fora maliciosamente premeditado, mas um ato

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precipitado e espontâneo. Se o homicida tivesse planejado o crime teria utilizado uma faca.19. Andar fora apoiado ao seu bordão. Ou seja, passar por um período de convalescença. Tudo queé necessário neste caso é "compensação trabalhista” e "seguro-doença”: estes deveriam ser pagos peloculpado, de maneira bem moderna.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 162.A briga entre homens (21.18,19). A lei mosaica reconhecia a perversidade dos homens — eles brigame se ferem (18). Quando alguém feria com pedra ou com punho (talvez sem a intenção de matar) e avítima não morresse, mas conseguia levantar-se e andar (19) com o auxílio de uma bengala, a pena erao pagamento pelo tempo que se perdera e pelos cuidados médicos. A responsabilidade do agressor sóacabava quando a vítima ficasse totalmente curada.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 195.Aqui são tomadas precauções para que se conceda compensação pelo ferimento causado a umapessoa, embora sem causar a morte, w. 18,19. Aquele que ferir deve ser responsável pelos danos, epagar, não somente pela cura, mas também pela perda de tempo, e a isto os judeus acrescentam que,da mesma maneira, deve se dar alguma recompensa, tanto pela dor quanto pela cicatriz, se houveralguma.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 299-300. 2. Crimes capitais.

IntroduçãoQuando DEUS PAI retirou Israel (ISRAEL) do Egito, levando-o para Canaã, estabeleceu leis que regulassem asrelações do Altíssimo com os Hebreus, e destes entre si. Dentre estas leis estava a "Lei de Talião" (Lei antigapela qual se vingava o delito infligido ao culpado o mesmo mal que ele praticara) (Ex 21:23-25), que imputava aohomicida a pena de morte.Mas o que fazer com aquele que matou por acidente, sem intenção? Morreria como um homicida qualquer?Promoveu assim DEUS PAI as cidades de refúgio.O que eram as Cidades de Refúgio?

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As cidades de refúgio representavam, em linguagem jurídica hodierna, um "habeas corpus" a favor do criminosonão culpado, ou cujo crime não tivesse sido apurado adequadamente. Em caso de homicídio, pela lei, caberia aoparente mais próximo do falecido a responsabilidade de aplicar a "Lei de Talião" ao homicida, e isto poderia serfeito a qualquer hora e em qualquer lugar, exceto na cidade de refúgio, onde o homicida que não mataraintencionalmente poderia aguardar seu julgamento em segurança. (Nm 35:11,12)O refugiado não poderia sair da cidade. Se o fizesse, correria por sua conta o que acontecesse, pois o vingadoro apanharia, e não haveria apelo para ele. A cidade de refúgio protegia tanto aos filhos de Israel quanto aoestrangeiro (Nm 35:15) e representava para o homicida perseguido e fugitivo, segurança e descanso ao mesmotempo, tornando-se assim, um tipo perfeito de JESUS o Messias, que recebe todos quantos tiverem acesso aEle (Jo 6:37) uma figura expressiva de JESUS CRISTO Nosso Salvador. Somente estando em JESUS CRISTO,o refúgio de DEUS, o pecador estará para sempre livre da sentença mortífera do pecado. (João 5:24)As cidades de refúgio eram bem fortificadas e muradas, com portas nas extremidades, que podiam ser fechadaspara impedir a chegada do vingador.A localização das Cidades e seus significadosAs cidades de refúgio, em número de seis, simbolizam a Pessoa de JESUS CRISTO Homem. Seus nomes sãosimbólicos para nós, como veremos abaixo. As cidades de refúgio estavam situadas da seguinte forma: trêscidades a oriente e três a ocidente, do lado do Yardayan (Jordão). DEUS PAI, em Sua misericórdia, não quisdeixar o homicida sem um refúgio onde pudesse escapar do vingador do sangue; pelo contrário, segundo o Seuamor determinou que essas cidades, fossem situadas de forma a que, sempre que houvesse necessidade derefúgio, pudesse estar à mão. Como se percebe, as cidades estavam geograficamente bem distribuídas; alémdisso, tomou-se o cuidado de se construir estradas bem pavimentadas, de forma a facilitar ao máximo o acesso.Estas cidades eram parte da herança levítica de 48 cidades (Nm 35:6) e, portanto, administradas pelos levitas.Segundo determinação do Altíssimo, haveria seis cidades de refúgio (Ex 35:13; Dt 19:2,7), três de cada lado doYardayan (Jordão) (Ex 35:14).Moisés escolheu as três primeiras (Dt 4:41-43; Js20:8):1) Bezer, no deserto, na terra plana, território de Rubén (Sudeste), (Dt 4:43; Js 10:8). O nome significa"fortaleza", e aparece apenas cinco vezes na Bíblia. Para quem vinha do Egito a Canaã, logo ao atravessar oterritório de Moabe, avistava Bezer, à distância, por sua estratégia topográfica. Temos na cidade de Bezer arepresentatividade do SENHOR JESUS CRISTO como a fortaleza de todos os que nele confiam. Para quem saido Egito e vem a Canaã de DEUS, é necessário passar por JESUS o Ungido, Nossa Fortaleza. (Sl 43:2; Is 52:1;2 Tm 1:7)2) Ramote, em Gileade, território de Gade (Leste) Dt 4:43). Era uma das cidades mais fortificadas do territóriogadita. O nome quer dizer "altura" "exaltado", refere-se a JESUS CRISTO, o nosso Ramote elevado a mãodireita do Pai. O termo aplicado por Paulo "exaltou" no seu sentido mais amplo quer dizer "elevar às maiselevadas alturas", "exaltar excelsamente", "exaltar supremamente", uma expressão enfática que indica anatureza elevadíssima e grandiosa da exaltação do Ungido (Fl 2:9). JESUS CRISTO é a principal autoridadeuniversal, superior a todos os nomes que possam ser mencionados agora e por toda a eternidade. Quando opecador aproxima-se de JESUS CRISTO, o nosso Ramote espiritual, automaticamente assume uma posiçãogloriosa. (Ef 2:5,6)3) Golã, em Basã, território de Manasses (Nordeste), (Js 20:8). Era uma cidade situada numa belíssima planície.O nome de Golã significa "gozo ou exilo". JESUS, o nosso Golã espiritual, pagou o preço do desterro, ou seja,de rejeição, para tornar-nos cidadãos dos céus. Foi rejeitado; pelo mundo (Jo 1:10); por sua própria nação (Jo1:21); pelo seu próprio país (Mc 6:4); por sua própria cidade (Lc 4:29); por seus próprios familiares (Jo 7:5); pelosescribas, sumo sacerdotes e anciãos (Lc 9:12) e pelos seus próprios seguidores (Mc 14:71).As outras três foram escolhidas por Israel, sob o comando de JESUS filho de Num (Josué) (Js 20:7):1) Quedes, na região da Galileia, território de Naftali (Norte), (Js 20:7). Em quedes contemplamos JESUSCRISTO, o SANTO de DEUS, que é refúgio para os impuros (Ap 3:7). O atributo que preconiza JESUS o Ungidocomo filho de DEUS é sua natureza santa (Jo 8:46). Ele é a santidade requerida aos fiéis (1P 1:16)2) Siquem, na montanha, território de Efraim (Centro-oeste, cerca de 70 Km ao Norte de Jerusalém), (Js 20:7)Esta cidade está plantada num vale fertilíssimo. E é a primeira cidade mencionada no livro de Gênesis (Gn 12:6).Foi ali que Jacó enterrou os deuses estranhos, sob o carvalho Gn 36:1-4). Nesta cidade de refúgio encontramostipologicamente JESUS CRISTO tendo o principado sobre os seus ombros (Is 9:6); Ele é o príncipe da vida (At3:15); príncipe e salvador (At 5:31); príncipe e Juiz (At 7:27), príncipe da salvação (Hb 2:10) e príncipe dos reis daterra (Ap 1:5) Em Siquem temos a vitória sobre todo principado e potestades da trevas.3) Hebrom, na montanha, no território de Judá (Sul-sudeste, aproximadamente 36 Km ao Sul de Jerusalém), (Js20:7). Cidade de refúgio importantíssima ao sul de Canaã. O nome moderno de Hebrom é El-Kalil, "o amigo". ABíblia faz 69 referências a ela e significa "união", "companhia", "camaradagem" - temos nesta cidade de refúgioum tipo de JESUS CRISTO como o nosso melhor amigo e companheiro (Lc 7:34; Jo 11:1; Jo 15:13,15; Sl27:10). Muitas vezes as cidades de refúgio são mencionadas na Escrituras. Elas nos lembra JESUS o Ungido, operfeito refúgio, que nos salva da ira de DEUS. (Dt 19:1-14; 1Co 6:54-81; Nm 35:9-28). As cidades de refúgioeram um resultado da misericórdia de DEUS PAI, que dura para todo o sempre. Estejamos sempre prontos a

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proclamar JESUS CRISTO a todos os povos, porque de todos os povos Ele é o perfeito refúgio.Segurança na CidadeAo determinar a construção das seis cidades de refúgio, DEUS PAI não estava querendo com isso proteger oassassino, mas dar um lugar de refúgio àquele que cometia homicídio involuntário. JESUS é muito mais queaquelas cidades, é o refúgio para os culpados. (Jo 1:29).Todo Hebreu sabia que, caso matasse alguém sem intenção de fazê-lo, o único lugar onde poderia estar seguroseria numa cidade de refúgio. Entretanto, os levitas, que as administravam, só lhes davam abrigo uma vezsatisfeitas algumas exigências que deveriam ser observadas antes, durante e após o asilo. Se algum homicidacaísse nas mãos do vingador de sangue, não era por falta de um refúgio, mas porque não tinha se utilizado dele.Estavam tomadas todas as precauções necessárias: as cidades estavam nomeadas e bem edificadas, e erampublicamente conhecidas. Tudo fora disposto de forma simples.No instante em que cruzava a soleira da porta, o homicida involuntário estava tão seguro quanto a provisão deDEUS PAI o podia tornar. Se um cabelo da sua cabeça pudesse ser tocado, dentro dos limites da cidade, issoteria sido uma desonra e um opróbrio infligidos a ordenação de DEUS. Verdade é que devia ter cuidado. Nãodevia atrever-se a sair fora da porta. Dentro ele estava perfeitamente seguro. Fora estava inteiramente exposto.Nem sequer podia visitar os seus amigos. Ansiava pela morte do sumo sacerdote, que devia restituí-lo a suaherança e ao seu povo. DEUS é o nosso refúgio (Sl 46:1). Não somente este salmo, em foco, fala de DEUScomo sendo "nosso refúgio" mas outros textos da Bíblia falam a mesma coisa. (2Sm 22:3; Sl 9:9; 14:6; 18:2;59:16; 61:3; 62:8; Jr 17:17; Jl 3:16; Hb 6:18). Neste sentido DEUS é apresentado metaforicamente como sendoum "lugar de refúgio" "lugar de proteção" e "esconderijo".Condições para concessão do asiloQualquer um podia pedir asilo na cidade de refúgio, inclusive o estrangeiro (Nm 35:15). A concessão, todavia,estava condicionada a natureza do crime que seria julgado: se culposo (sem intenção de matar), concedia-se oasilo, se doloso (com intenção de matar), executava-se o homicida. Era dever do homicida empregar toda a suaenergia para alcançar os recintos sagrados, pois sabia que se o vingador do sangue conseguisse por mão nele,não haveria esperança. Só havia uma coisa a fazer e essa era escapar para não morrer, fugir do castigoeminente e encontrar um abrigo seguro dentro das portas da cidade do refúgio. Uma vez ali, nenhum mal o podiaalcançar.A ReclusãoUma vez conduzido a uma cidade de refúgio, o homicida cumpria sua pena de reclusão por tempo indefinido,enquanto durasse a vida do sumo sacerdote. Caso o vingador do sangue o encontrasse fora dos limites dacidade de refúgio poderia matá-lo (Nm 35:26,27)A Duração do RefúgioUm assassino não podia comprar a vida por dinheiro, assim também o homicida não podia comprar a sualiberdade. Ambos haviam concebido a morte de um ser humano e só a morte de um homem podia fazer aexpiação pela morte. O sumo sacerdote de Israel prefigurava o Ministério Sacerdotal de JESUS (Hb 4:9). Com amorte do Ungido, o sumo sacerdote, podemos voltar a vida de pureza espiritual e não temer as acusações desatã. Assim meus amados estamos livres dos vingadores espirituais e amparados pela lei da liberdadeencontrada no sangue revificador de Nosso Sumo sacerdote JESUS CRISTO (Jo 8:35,36).A Liberdade do RefugiadoPela lei, a reclusão na cidade de refúgio estava condicionada a morte do sumo sacerdote (Nm35:25), quando esomente então o homicida poderia deixar o asilo sem perder a proteção legal. Se o vingador do sangue o ferissedepois da morte do sumo sacerdote, cometeria homicídio doloso e seria punido com a morte.O Sacerdote e o CulpadoÉ importante ressaltar a harmonia do simbolismo aqui encontrado. Aquele que por acaso, matasse o seusemelhante, dependeria, para retornar a liberdade, da morte do sumo sacerdote. JESUS CRISTO consumouesta obra suprema morrendo pelos pecados do mundo inteiro. (Mt 1:12; Jo 1:29). Nesta obra expiatória figuram asua morte, ressurreição e ascensão. Com a morte do sacerdote Ele garante nossa vitória. Como sacerdote vivo eressurreto Ele nos garante proteção eterna. Ele não somente morreu por nós como também vive por nós. (Rm8:34; 4:25; 5:10).A MORTE DE SUMO SACERDOTE JESUS É NOSSA LIBERDADEJESUS sendo o Filho de DEUS, pode oferecer um sacrifício de valor eterno e infinito, conquistando nossaliberdade espiritual. Ele assumiu a natureza humana, identificando-se com o gênero humano e assim sofreu ocastigo que era nosso, a fim de que pudéssemos escapar da situação de culpados. Ele, que era sem pecado pornatureza, que nunca havia cometido um pecado sequer em sua vida, se fez pecado, tomando nosso lugar."Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós" (2 Co 5:21). Em primeiro lugar, o homicida, na cidadede refúgio, não estava isento de Juízo, (Js 20:5). Mas para o renascido em JESUS o Ungido não existe e nãopode haver juízo, pela razão mais simples de todas as razões; JESUS CRISTO sofreu o juízo em seu lugar. Poroutro lado, havia também a possibilidade de o homicida cair nas mãos do vingador ao sair fora das portas dacidade. O renascido em JESUS CRISTO não pode perecer jamais: está tão seguro como o próprio Salvador. Porfim, quanto ao homicida, era uma questão de segurança temporária e de vida neste mundo. Quanto aos

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renascidos em JESUS CRISTO é uma questão de eterna salvação e vida eterna no mundo vindouro.ConclusãoHá pelo menos dois aspectos distintos nas cidades de refúgio que se tomados na sua menção simbólica, dão-nos duas boas lições práticas para a Igreja de hoje. A primeira diz respeito a cidade - único refúgio possívelcontra o vingador do sangue - assim como JESUS é o único refúgio possível contra as conseqüências dosnossos pecados. (Rm 7:11; 6:23; Jo 3:15) A outra lição relaciona-se a morte do sumo sacerdote - condiçãonecessária para a liberdade - que é um tipo claro da liberdade proporcionada pela morte do Ungido. (Hb 4:15;5:9)Então meu irmão: é tempo de fugir. Escapa-te para ali... Escapa-te para um lugar de amor e aceitação. JESUSCRISTO. Nossa cidade de refúgio.Estudo Retirado de http://www.geocities.com/ 2. Crimes capitais.

Esse mandamento proíbe o homicídio.O Antigo Testamento justificava, contudo, certas formas de homicídio. Um escravo podia ser morto semque seu proprietário fosse punido (Êx. 21.21). Quem invadisse uma casa podia ser morto, sem sançõescontra quem lhe tirasse a vida (Êx. 22.2). O sexto mandamento não proibia os sacrifícios de animais.Matar alguém, durante as batalhas, não era considerado um crime (Deu. 20.1-4). Presume-se que osuicídio era proibido, embora não seja especificamente mencionado.A lei proíbe o abuso da propriedade por meio do furto (Êx. 20.15, o oitavo mandamento). Ora, a vida deum homem é sua mais preciosa possessão, bem como o veículo de que ele precisa para cumprir odesígnio divino em sua vida. Portanto, o homicídio insulta DEUS, e não somente o homem, porquantointerfere no propósito de DEUS que se está cumprindo nos homens. Desde os dias do AntigoTestamento, tem aumentado o respeito pela vida humana; mas o homem está ainda muito longe de terum autêntico respeito pela sacralidade da vida humana. Há ocasiões em que se torna imprescindívelguerrear contra os psicopatas, como certamente foi Hitler, a fim de serem salvas muitas vidas. Masmesmo assim, muitas vítimas inocentes são ceifadas, até mesmo por parte dos chamados poderesjustos.O trecho de Mateus 5.21,22 Expande o sexto mandamento para que inclua o ódio, a inveja, a má vontadee o assassinato de caráter. A ira indevida e pensamentos maliciosos, que se Expressem em palavras ouações, devem ser compreendidos como implicações desse sexto mandamento.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.392-392.

Nm 35.9 Disse mais o Senhor. Essa é uma Expressão de uso frequente no Pentateuco. É usada paraintroduzir novos materiais. E também nos lembra da doutrina da divina revelação da Bíblia.Nm 35.10 Fala aos filhos de Israel. Moisés recebia mensagens que transmita a outros.Quando passardes o Jordão. Israel em breve “atravessaria” o rio Jordão e invadiria a sua margemocidental. O lado oriental já tinha entrado na posse das tribos de Rubem, Gade e da meia tribo deManassés. Mas antes dessa invasão, houve provisão em favor do levitas, que não receberiam nenhumaherança sob a forma de terras. Ver Núm. 1.47 ss.Os assassinos intencionais deveriam ser Executados, de acordo com a ordem dos Dez Mandamentos.O trecho de Gên. 9.6 mostra que um assassino intencional tinha de ser Executado. Êx. 20.13 mostramquais tipos de homicídio não eram punidos por meio de Execução.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.738.

A noção de que o homicida precisava ser Executado porque o homem é feito à imagem de DEUSpercorre toda a lei bíblica (Gn 9:5-6; Êx 21:12-14, 28-32; Dt 19:1-13; 21:1-9), mas são Números eDeuteronômio que focalizam mais claramente os efeitos causados sobre a terra, se o homicídio nãomerecer Expiação.Esta lei refere-se à regulamentação dos costumes Existentes para vingar o assassinato, para evitar acontaminação da terra. Quando um homem era assassinado, era dever do seu parente mais próximo dosexo masculino, o vingador do sangue (12,19, 21, 24, 25, 27), matar o homem responsável. Em outroscontextos a palavra hebraica gò 'el é traduzida como “remidor” ou “parente remidor,” pois ele é a pessoaque deve “comprar” o seu parente, tirando-o da dificuldade (5:8; Lv 25:25-26; Rt 3:12; 4:1, 6, 8, Jó 19:25;Is 59:20). Geralmente supõe-se que o vingador do sangue costumava ter o direito de matar o homicida,que o homicídio tivesse sido deliberado, quer não. Essa lei faz distinção cuidadosa entre homicídiodeliberado e homicídio culposo ou acidental, permitindo a Execução somente no caso anterior (16-28).O assassino, que tirara a vida deliberadamente era condenado à morte.

Gordon J.Wenhan. Números. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 246-247.3. Uma terra pura.

Nm 35.33 Assim não profanareis. O sangue derramado poluía a terra, razão pela qual tanto o

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assassinato quanto o homicídio involuntário requeriam que a lei fosse seguida de forma Exata: era misteraplicar O castigo: a morte do assassino, o Exílio do homicida involuntário. Somente então seriapurificada a terra poluída. E sangue também purificava. O sangue do assassino seria derramado; e, pormeio desse ato, a terra era purificada da polução do sangue criminosamente derramado. Cf. Gên. 9.6. Oassassinato é um crime hediondo, só podendo ser Expiado mediante meios radicais, ou seja, maisderramamento de sangue.Nm 35.34 Não contaminareis... a terra. “A vingança do sangue não era uma opção, mas umanecessidade teológica” (Eugene H. Merrill, in Ioc.). Yahweh habitava na terra; e a terra era Dele; e o Seupovo devia evitar que a terra fosse poluída. Os cananeus tinham poluído a terra com toda espécie decrimes de violência. Mas uma nova ordem de coisas estava prestes a instalar-se. Yahweh queria que aterra fosse purificada. Somente o sangue de um assassino podia Expiar o seu crime e purificar a terra(ver Deu. 19.10,13). Yahweh é o autor da vida e assim determinou as condições favoráveis à vida. A vidaé um tempo de preparação para a vida eterna, e os crimes não resolvidos somente servem paracorromper a alma.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.741.

Cabia à congregação decidir se o homicídio fora premeditado ou não, segundo estas leis, ouvindo àsevidências apresentadas pelo acusado, pelo vingador do sangue e pelos anciãos da cidade em que ocrime ocorrera (Dt 19:12). Seguindo os costumes padrões orientais, uma testemunha era insuficientepara a condenação; requeriam-se pelo menos duas (30; Dt 19:15). Se o homem fosse condenado porassassinato, era entregue ao vingador de sangue para ser morto (Dt 19:12), mas se a corte decidisseque era apenas homicídio, ele era enviado de volta à cidade de refúgio para viver ali até a morte do sumosacerdote (25, 28), mas isso só aconteceria mais tarde. Desta forma, as cidades de refúgio tinham umpropósito duplo: proteger homicidas considerados inocentes do vingador de sangue, e servir comolugares de banimento para homicidas condenados. Mas o banimento propriamente dito não eraconsiderado como Expiação pelo sangue do falecido.A Expiação pelo homicídio era efetuada pela morte do sumo sacerdote. Isto é demonstrado pelaproibição de se redimir assassinos e homicidas. Da mesma forma como um assassino não podiacomprar a sua vida por dinheiro (31), assim também o homicida não podia comprar a sua liberdade (32).Ambos haviam causado a morte de um ser humano, e só a morte de um homem podia fazer Expiaçãopela morte. O fato de que o que fazia Expiação pela morte, era a morte do sumo sacerdote, e não oExílio do homicida, é confirmado pela Mishnah: “Se depois de sentenciado um homicida por homicídioacidental morrer o sumo sacerdote, ele não precisa ir para o Exílio” e o comentário do Talmude a esterespeito: “Mas não é Exílio que faz Expiação? Não é o Exílio que faz Expiação, mas a morte do sumosacerdote.”Esta lei reafirma de maneira judicial a santidade da vida humana (cf. Gn 9:5-6; Êx 20:13). Omandamento simplesmente diz “Não matarás.” A palavra hebraica rasah “matar” é usada nesta lei tantoa respeito do assassinato quanto de homicídio culposo (16, 25). Ambos os crimes incorrem em culpa desangue, e contaminam a terra, e ambos requerem Expiação: o assassino mediante a Execução doassassino, e o homicídio culposo através do falecimento natural do sumo sacerdote. Assim, esta lei éuma forma de lembrar alguns dos grandes temas de Números. DEUS anda no meio do Seu povo, e estedeve, portanto, ser preservado de toda impureza, especialmente a causada pela morte (cf. 5:1-4; 9:15-23; caps. 16, 17, 19). Na tarefa de proteger o povo do pecado e de fazer Expiação, os sacerdotes elevitas desempenham o papel principal (cf. caps. 3-4; 18; 25). De acordo com o capítulo 35, os levitassão os habitantes permanentes das cidades de refúgio, e por isso são responsáveis pela admissão dehomicidas; e também, é a morte do sumo sacerdote que faz Expiação pelo homicida, e permite que oculpado volte para casa. Desta forma, o sumo sacerdote de Israel antigo prefigurava o ministério denosso Senhor, não apenas em sua vida de oferecimento de sacrifícios e oração em favor do povo, mastambém em sua morte (cf. Hb 4-9).

Gordon J.Wenhan. Números. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 248-249.

Observação minha - Ev. Henrique - Lembrando que nossa lição de hoje é anterior às cidades derefúgio. Estas leis foram dadas como “estatuto e ordenança” (RSV) para todas as gerações (29). O assassinatoera punível de morte, mas era necessária mais de uma testemunha para estabelecer a culpa (30).Nenhum “resgate” (ARA) poderia ser pago por quem fosse homicida (31) doloso. A pena de morte tinhade ser Executada, porque a morte contaminava. Números 35.3 3— 36.13 - Esta contaminação só podiaser limpa com o sangue daquele que o derramou (33).

Lauriston J. Du Bois. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 395-396.

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III - LEIS CONCERNENTES À PROPRIEDADE1. O roubo (Êx 22.1-15).

Leis acerca da Propriedade (22.1-15)Ver a introdução geral ao capítulo dezenove do Êxodo, que também tem aplicação aqui. O decálogo (osDez Mandamentos) era a base do sistema judicial dos hebreus. Mediante aplicação, analogia emultiplicação, acabou surgindo todo um complexo sistema judicial ao qual conhecemos como legislaçãomosaica.A seção que ora ventilamos (Êx. 22.1-15) começa com as leis referentes ao furto. Esse ato pecaminosoé tratado de modo breve (vss. 1-4), sendo especificados somente três variedades:(1) Invasão de domicílio;(2) furto sem conversão em dinheiro;(3) furto com conversão em outros valores.Os princípios de devolução variavam desde o dobro até cinco vezes mais, dependendo do que erafurtado e das circunstâncias do ato. Podia-se resistir à força a um invasor de domicílio, ou mesmo morto(à noite), sem que isso importasse em culpa, embora não durante o dia. No caso de resistência à noitehavia um caso de homicídio justificável, uma Exceção ao sexto mandamento.Um ladrão que fosse pobre demais e não pudesse fazer restituição era simplesmente vendido comoescravo.Essas leis eram rigorosas, e seu intuito era coibir o furto. O código de Hamurabi era mais severo ainda,conforme vemos nos meus comentários mais abaixo. Portanto, a legislação mosaica defendiavigorosamente o direito à propriedade.Êx 22.1 Se alguém furtar. Temos aqui um caso de furto complicado. Em outras palavras, um homemfurtava não por ser pobre, mas com o propósito de comer ou vender o animal. Havia algo deespecialmente desagradável quando um homem matava um animal que tivesse furtado, e, pior ainda,quando o vendia. Se um homem se tornasse culpado de tal coisa, teria que devolver ao dono cinco boispor um boi furtado, e quatro ovelhas por uma ovelha furtada. Cf. II Sam. 12.4. Nessa passagem aSeptuaginta fala em sete animais devolvidos para cada animal furtado. O código de Hamurabi era aindamais Exigente. A taxa de restituição podia subir até trinta animais para cada animal furtado, e nunca eramenor do que dez animais para cada animal furtado!No Extremo oeste norte-americano, os ladrões de cavalos eram Executados, o que significa que ali a leiainda era mais dura que o código de Hamurabi. Os cavalos eram o bem supremo. Outros animais erammenos valorizados.A pesada compensação tinha por intuito deter o furto. Não é fácil impedir a ação de um ladrão astucioso,porquanto Exprime corrupção interior em seus atos, e não apenas a esperança de ser menos pobre.Essa corrupção vai crescendo a tal ponto que o ladrão termina sendo também um homicida.O boi tinha mais valor que a ovelha por ser um animal útil no trabalho pesado, e não somente por causade sua carne e de seu couro. Os homens dependiam do boi nas lides do campo, de tal modo que semesse animal indivíduos e até comunidades inteiras acabavam reduzidas a uma abjeta pobreza. Emconsequência, o furto de um boi era vigorosamente combatido pela legislação mosaica.Os antigos persas Exigiam a restituição de quatro animais para cada animal furtado (Lib. Sheddar, apudHyde Relig. Vet. Pers., pág. 472). Pesadas retaliações tinham por escopo defender o direito àpropriedade. Na antiga nação de Israel, os animais domésticos representavam as principais propriedadesdas massas. Somente os abastados possuíam coisas como ouro, prata, casas ornamentadas,carruagens, etc.Êx 22.2 Supõe-se aqui, como é costume dos ladrões, que eles atacariam à noite. Ninguém podia saberquais seriam suas intenções. Talvez abrigassem ideias homicidas no coração, e não somente o furto,pelo que poderiam matar alguém para obter o que quisessem. Portanto, era permitido defender a própriaresidência de um ladrão que a invadisse durante a noite. Um israelita tinha o direito de matar um ladrãoinvasor apanhado no ato da invasão. Ver Êx. 20.13, sobre o homicídio justificável.Não será culpado do sangue. Este versículo reconhece o direito de defesa do lar contra arrombadores einvasores. A palavra hebraica aqui traduzida por “arrombando” dá a noção do ato de escavar umaparede, sem importar se de uma casa ou de uma cidade. O ato, pois, era premeditado e potencialmenteviolento. Tal homem ficava sem o direito da proteção divina, por haver quebrado o código social. Nãomais podia ser considerado um membro da sociedade. Antes, tornara- se um inimigo do bem público.Êx 22.3 Por sua vez, um ladrão que atacasse durante o dia não era tido como um homicida empotencial, pelo que não deveria ser morto. Nesse caso, se fosse ferido, quem o ferisse seria consideradoculpado de sangue.Quem o feriu será culpado do sangue. Assim, um ladrão que atacasse de dia seria culpado, pelo quedeveria ser punido, embora não Executado. Quem o surpreendesse, pois, não deveria Executá-lo.Fará restituição total. De acordo com os estatutos baixados: Se alguém furtasse um boi ou uma ovelhae, então, vendesse o animal furtado, teria que restituir cinco bois ou quatro ovelhas, conforme o caso.

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Mas se não os tivesse vendido, então teria de restituir dois animais para cada animal furtado. E ficaentendido, embora não especificado, que outros animais furtados teriam que ser restituídos em dobro.Êx 22.4 Pagará o dobro. Achamos aqui a lei da restituição em dobro. A propriedade furtada não haviasido vendida. Continuava na casa do ladrão, pronta a ser devolvida. O caso era fácil e simples. Nessecaso, o ladrão restituía em dobro. Caso não tivesse como fazer essa dupla restituição, então erareduzido à posição de escravo, para pagar pelo que tinha furtado, e mais alguma coisa, para aprender aabandonar tal vida de desonestidade. Os antigos persas requeriam uma quádrupla restituição. O códigode Hamurabi era muito severo, requerendo até o máximo de trinta vezes mais do que o furtado, e nuncamenos de dez vezes mais! A lei de Sólon, entre os gregos, também requeria uma dupla restituição (A.Gell. 1.11. c.18). As restituições acima do valor furtado tinham por intuito impor uma pesada pena sobrea vida do ladrão, com propósitos refreadores e reformadores.Êx 22.5 Continuavam as leis acerca dos abusos contra a propriedade. Dar pasto aos animais custavadinheiro. Assim, talvez alguém achasse ser medida de esperteza fazer seus animais pastarem emterreno alheio. Mas isso também poderia ocorrer acidentalmente. Em ambos os casos estaria ocorrendoum pequeno furto. A restituição era cobrada da melhor parte da propriedade do ofensor, embora não sefale aqui em porcentagem. Os ofensores tinham que pagar multas. Os intérpretes judeus tambémlevavam em conta o dano que um animal poderia fazer enquanto estivesse solto no terreno de umvizinho qualquer. O ofensor também devia pagar por esses danos. Portanto, era punida a invasão deterreno alheio. Desse modo, a legislação mosaica defendia tanto o direito à propriedade quanto aintegridade da propriedade.Êx 22.7,8 Guarda de objetos de valor. Talvez um homem estivesse em viagem. Deixara algum dinheiroem casa e temia ladrões que poderiam tirar proveito de sua ausência. Como medida de segurança,entregara o dinheiro a um vizinho. Para sua consternação, o dinheiro foi roubado. Ou, então, o vizinho,cedendo à tentação, apossara-se do dinheiro e lançara a culpa sobre supostos ladrões. O homem queperdera o dinheiro poderia tentar descobrir a verdade, fazendo seu vizinho ser interrogado pelos juízes.Presumimos que se esse vizinho fosse culpado, então teria de fazer restituição em dobro. Mas se talvizinho não fosse culpado de qualquer ato errado, não teria que fazer restituição do dinheiro roubado (vs.11). E ao homem que perdera o dinheiro só restaria falar sobre sua má sorte, esperando que o futuro lhefosse mais sorridente.Também havia o problema das falsas reivindicações. Um homem poderia dizer que entregara certaimportância a um vizinho, sem que isso fosse verdade. Casos assim teriam que ser julgados. Os juízesdecidiriam, e juramentos seriam Exigidos de ambas as partes (vs. 11). Supostamente, Yahweh haveriade castigar àquele que tivesse jurado falsamente, pelo que um homem com qualquer sensibilidadeespiritual, seria cauteloso quanto a questões assim. Ver I Reis 8.31,32 quanto a juramentos geralmentefeitos nessas ocasiões.Êx 22.9 Propriedade Questionável e Negócios Fraudulentos. Este versículo parece levar em contaambas essas possibilidades. Dois homens se diziam donos de um mesmo valor, como um animal ouqualquer outra coisa. Ou, então, um homem deixara um seu animal sob a guarda de outrem, e este outroacabava dizendo: “Este animal é meu". Ou, então, um homem, tendo perdido alguma coisa, acabavaencontrando-a na posse de outra pessoa. Aquele que se apossara indevidamente da propriedade alheianão confessava voluntariamente o que tinha feito. Em todos os casos assim, a causa era levada àapreciação dos juízes, para que houvesse uma decisão justa. Alguém estaria faltando com a verdade. Eo mentiroso, uma vez descoberto, tinha que pagar em dobro, para que aprendesse a não mentir e/oufurtar. Logo, este versículo cobre casos de custódia traída. Quem recebesse de um vizinho algo valiosoteria de usar de um cuidado razoável com o que fora deixado sob sua custódia. E se fosse achadonegligente, violando a confiança que nele manifestara o seu vizinho, então teria que lhe fazer restituiçãoem dobro.Êx 22.10,11 Se alguém der a seu próximo a guardar. Continua a Exposição de casos de custódia traída.Um animal entregue a outra pessoa, para ser guardado, era morto, ferido ou perdia-se. Ou a pessoa comquem o animal fora deixada alegava alguma dessas coisas acerca do animal, sem que isso fosseverdade, mas antes, apossara-se indevidamente do animal. A verdadeira negligência deveria ser punida,e os juízes determinariam qual a verdadeira natureza do caso. Todo furto teria de ser corrigido medianterestituição; e haveria um juramento em nome de Yahweh. Os juízes resolveriam se houvera furto ou não.Se aquele que tivesse guardado o animal provasse a sua inocência (por não ser culpado nem dedesonestidade e nem de negligência), então sairia livre e não teria que pagar qualquer multa. Mas sehouvesse razoável suspeita de furto, então haveria restituição. Em casos assim, a questão não dependiade confissão ou de falta de confissão, pois os juízes tinham autoridade para resolver quem estavadizendo a verdade, impondo aquilo que se julgasse justo, apesar de protestos que poderiam ser feitos.“O caso de animais deixados sob a guarda de outros repousava sobre o mesmo princípio relativo a bensdeixados sob custódia de alguém. Todavia, levava-se em conta o fato de que animais podem morrer, serferidos ou se perderem. Morte ou ferimento, por causas naturais, não envolviam qualquer obrigação” (J.

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Edgar Park , in loc.). Por outra parte, a negligência por parte do guardador requeria restituição.Êx 22.12 Se de fato lhe for furtado. O homem que deixara seu animal sob custódia de outro homem,diria a este: “Porque você não teve cuidado com o meu animal?” O guardador poderia responder: “Não éculpa minha que o animal foi roubado. Não sou responsável pelos atos de algum ladrão”. Temos aqui aExplicação do modo de proceder em casos assim. O homem que recebera o animal é o responsável,porque deveria ter tomado providências cabíveis para proteger o animal e evitar que o mesmo fossefurtado. E se o animal fosse morto, ferido ou se perdesse, então a responsabilidade teria que serdeterminada pelos juízes. Mas todo furto seria reputado um claro caso de negligência por parte dosguardadores.Êx 22.13 Outros Casos Duvidosos. Voltamos aqui para os tipos de casos dados nos vss. 10 e 11. Umhomem poderia deixar um seu animal com um vizinho, e, então, uma fera matou o animal. Se oguardador pudesse demonstrar, por meio de testemunhas e por partes da carcaça, o que haviaacontecido, então seria considerado inocente, pois quem poderia controlar os atos, digamos, de umleão? O caso só se tornaria duvidoso se não pudessem ser apresentadas provas de que o animal haviasofrido um desastre inevitável. Os intérpretes judeus complicavam um tanto essa lei ao dizerem que secertos tipos de animais matassem o animal guardado, então o guardador estaria livre. Esses animaiseram o leão, o urso e o lobo. Nenhum homem poderia ser tido como responsável por atos dessas feras.Mas se o animal guardado fosse morto por um gato, uma raposa, um cão ou um furão, animais menorese menos perigosos, então o guardador teria que pagar pelo prejuízo. Presumivelmente, poderia terimpedido a ação daqueles animais. (Misn. Bava Metzia, c. 7, see. 9). Nos casos onde não houvessetestemunhas, e nem carcaça, então a questão ficava na dependência de juramentos (vs. 11).Êx 22.14,15 Se alguém pedir emprestado. Um homem poderia pedir emprestado um animal de um seuvizinho. Talvez para fins de reprodução, ou para fazer algum trabalho. Talvez o animal tivesse sidoalugado. O animal seria alugado por certa quantia em dinheiro, ou em troca de algum outro valor. Se oanimal fosse ferido ou morto, e o proprietário não estivesse presente (para dar sua proteção ao animal),então quem o tivesse tomado por empréstimo teria de fazer restituição. Mas se o proprietário do animalestivesse presente no momento do incidente (podendo ter ajudado a impedir a ocorrência), então quemtivesse tomado o animal por empréstimo não precisaria fazer restituição. Ele já havia pago algo parausar o animal, e o que tivesse pago seria suficiente para o caso.Os autores judeus davam outra interpretação que parece lançar alguma luz sobre estes versículos. Seum homem pedisse por empréstimo um animal de um vizinho, e o dono do animal viesse a trabalharcom seu animal, e algum dano fosse sofrido por esse animal, então não haveria responsabilidade porparte de quem o tomara por empréstimo. Digamos que o homem estava arando com a ajuda de seuanimal, e estava recebendo dinheiro por isso. Se o animal morresse teria de contentar-se com o dinheiroque contratara e não poderia Exigir restituição pelo animal. (Maimon. et Batbenera, Misn. Bava, Metia, c.8, see. 1).Ainda há uma terceira interpretação. Quem pedira o animal por empréstimo estava usando outro homem,contratado para fazer o trabalho com o animal (esse homem, fique claro, não era o proprietário). Sealgum acidente atingisse o animal, então seu valor seria tirado do salário do homem contratado e,presumivelmente, entregue a quem o tivesse dado por empréstimo.Alguns intérpretes limitavam o vs. 14 ao ato de empréstimo, sem que qualquer preço estivesseenvolvido. E então limitam o vs. 15 ao ato de tomar por empréstimo um animal. Em casos simples deanimais dados por empréstimo, então aquele que o tomasse por empréstimo seria responsável e teria defazer restituição, se algo acontecesse ao animal. Em casos de animais tomados por empréstimo, vistoque já havia sido pago dinheiro, aquele que o tomasse por empréstimo nada teria que pagar. Essainterpretação pode conter alguma verdade, mas não Explica bem a questão envolvida, conforme mostreiacima.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.401-403.

22:1-17. Leis Civis Sobre Roubo. Há alguma incerteza quanto à ordem Exata dos primeiros versículos,com o texto hebraico trazendo o versículo 1 da SBB como versículo 37 do capítulo anterior: as divisõesde capítulo, entretanto, são arbitrárias. Este comentário seguirá a divisão utilizada na SBB.1. Abater ou vender. A pena por este ato é mais pesada, já que tal ação presumivelmente demonstraque o furto foi intencional e deliberado.Manter o animal mostraria que o furto se deveu provavelmente a um súbito impulso ganancioso. Aindenização por furto de um boi era quíntupla (ao passo que por uma ovelha era quádrupla), já que umboi treinado além de ser mais valioso era mais difícil de substituir. O boi para o israelita era o que obúfalo da família é no Sudeste Asiático — quase como um membro da família. Tal como o cavalo, o boinecessita de vários anos para ser treinado.2. Não será culpado do sangue. Matar um ladrão que tenta perfurar uma parede de tijolos para entrar nacasa (Ez 12:5) é homicídio justificável, se acontecer depois do escurecer. O arrombador pode ser um

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assassino armado, no entender do dono da casa. Sua morte pode até mesmo ser acidental, resultado deuma luta cega no meio da noite. À luz do dia, entretanto, o dono da casa não tem desculpa se matar oarrombador: além do mais, ele é capaz de identificar o indivíduo. É típico da benevolente legislaçãoisraelita que até mesmo um ladrão tenha seus direitos. Este tipo de homicídio justificável (que nãoproduz culpa de sangue) é usado como metáfora em Jeremias 2:34.5. Se alguém fizer pastar o seu animal num campo ou numa vinha.(N.T. — O original hebraico é: "Se um homem permitir que um campo ou vinha seja destruído”). O verboque a SBB traduziu "fizer pastar” é o mesmo usado no versículo 6 e traduzido "acendeu o fogo”, mas ocontexto parece emprestar ao verbo um sentido diferente. No entanto, é possível que o sentido "queimar”esteja correto aqui. Este é um dos princípios sensatos da lei mosaica, de que a indenização deve serpaga com o que há de melhor. O caso aqui considerado é uma causa comum de atritos quando duasculturas se defrontam, a agrícola e a pastoril.Tal situação deve ter sido particularmente irritante durante os anos em que Israel mudava seus padrõesde vida, de nômades do deserto para agricultores estabelecidos.6. Se irromper fogo. O fogo na vegetação rasteira era temido em Israel, com sua vegetação mediterrâneae verões quentes e secos. Qualquer morador de áreas semidesérticas sabe muito bem com que rapidezespinheiros pegam fogo, ou capim e palha queimam completamente. Os espinheiros eramprovavelmente usados como sebes, para manter o gado afastado de plantações (como se faz comcactos hoje em dia) e queimavam com estouros e Explosões assustadores, apropriadamentecomparados à gargalhada do insensato (Ec 7:6). Na Palestina eles foram e ainda são usados pelospobres como combustível.8. Levado perante DEUS. Tal como antes o sentido da frase deve ser "levado ao santuário”. O homemdeve jurar solenemente em nome de DEUS (ver v. 11.), declarando sua inocência. Esta espécie dedecisão judicial precisava ser aprovada pelo queixoso (como num julgamento em que o réu tem depassar por uma prova quase impossível). Se o réu tiver jurado falsamente, a maldição que ele invocoucairá sobre ele mesmo e assim será suficientemente punido. Talvez nisso esteja a Explicação da frase"a quem DEUS condena” (v. 9). O homem que sofre os efeitos da maldição fica Exposto como culpadopelo próprio DEUS, e deve pagar em dobro ao queixoso. Uma vez que a palavra usada para DEUS é otermo geral das línguas semíticas, e não YHWH, o título especificamente israelita (com Exceção do v.11), alguns comentaristas pensam que estas leis foram tomadas de empréstimo às nações vizinhas deIsrael. Uma sugestão mais plausível é que estes preceitos, devido à sua semelhança geral à legislaçãomesopotâmica, sejam pré-mosaicos. Seriam, portanto, parte da lei costumeira dos patriarcas de Israel,antes que, por ocasião da revelação a Moisés, o nome YHWH se tomasse o apelativo divino peculiar aIsrael.9. Esta é a coisa. Um objeto fora perdido: mais tarde seu dono viu objeto semelhante na posse de seuvizinho, e o reivindica como sendo propriedade sua. Os israelitas aparentemente não seguiam o ditobrasileiro de "achado não é roubado”; um objeto perdido continuava a pertencer a seu primeiro dono, quepoderia reivindicar a posse assim que o visse.10-13. Jumento, boi ou ovelha (que inclui cabras, como uma subdivisão menos importante) eram osanimais domésticos comuns, bem como a forma mais comum de riqueza na Era do Bronze. Se morrer,ou ficar aleijado, ou For afugentado. Roubo por inimigos e destruição por animais ferozes eram osperigos mais comuns na rústica sociedade pioneira. Se tais desastres pudessem ser provados, quer porjuramento quer pela apresentação de uma carcaça ninguém era considerado suspeito ou culpado de tercometido o roubo. A apresentação da carcaça mostraria que embora o pastor não fosse capaz deimpedir a morte do animal, estava suficientemente alerta para impedir a devoração do cadáver (Am 3:12).Jacó reclamou que, a despeito de leis indubitavelmente semelhantes, Labão o fizera pagar até mesmoestes casos de Exceção (Gn 31:39). A túnica de José, manchada de sangue, fora aceita como prova demorte causada por uma fera (Gn 37:33). Ver Hyatt com respeito à sugestão de que "ou for afugentado”deveria ser omitido aqui, em bases textuais: tal possibilidade é mencionada no versículo 12, de qualquermaneira. 14. Se alguém pedir emprestado. Literalmente "pedir, solicitar”.Esta é a palavra usada quando os israelitas "pediram” joias dos egípcios, em 3:22. O termo, por simesmo, deixa aberta a questão de se o objeto será ou não devolvido, embora tal devolução possa serpresumida neste caso. Há um outro verbo, de sentido mais técnico, que significa "emprestar” ou "tomaremprestado” a juros.15. O preço do aluguel será o pagamento. A frase hebraica ("veio por seu pagamento”) é sucinta eobscura. Se este for o sentido correto, a implicação é que a pessoa que alugou o animal aceitou o riscoque a perda de seu animal poderia representar. No entanto, uma vez que a palavra traduzida como"aluguel” normalmente significa "assalariado”, e não "algo alugado”, Noth e outros comentaristaspreferem traduzir "se o homem (que causou o dano) for um assalariado, o prejuízo é debitado ao seusalário”. Se teste for realmente o caso, esta passagem se torna uma das muitas em que a Bíblia colocaa ênfase no descuido do "assalariado” ao invés de responsabilizar o "dono” (Jo 10:12). Esta é uma

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astuta observação psicológica, válida ainda hoje.R. Alan Cole, Ph. D. ÊXDO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 164-167.

O roubo (22.1-4). Bois e ovelhas são usados como Exemplos de roubo, porque eram animais muitocomuns. O texto não indica a razão de pagar cinco bois por um boi e quatro ovelhas por uma ovelha (1).Talvez a perda de bois fosse mais grave, porque eram animais utilizados no trabalho, ao passo que asovelhas eram criadas para o fornecimento de lã e carne.Minar (2) era a ação de cavar uma parede de barro em propriedade alheia. Se o intruso fosse pego no atoe morto, não haveria culpa a quem o matasse. Tratava-se de homicídio justificável. Se houvessedecorrido tempo, como dão a entender as palavras se o sol houver saído sobre ele (3), então matar oladrão não seria justificável e tal assassinato estaria sujeito à pena. E possível que o significado destacláusula seja que não havia culpa matar o ladrão à noite, mas que constituía delito fazê-lo durante o dia.Em todo caso, se o ladrão vivesse, teria de fazer restituição total ou, se não pudesse pagar, seriavendido como escravo (3).Se o ladrão não tinha matado ou vendido o animal que roubara, ele poderia fazer restituição pagando emdobro (4) em vez de quatro ou cinco vezes mais (1). Neste caso, ele devolveria o animal roubado eacrescentaria mais um.A violação dos direitos de propriedade (22.5). Embora pareça que em certas áreas os animais tinhamliberdade de andar a esmo (21.33-36), também havia campos ou vinhedos particulares onde era proibidoentrar. Os hebreus reconheciam terras particulares e propriedades privadas. Se alguém propositalmentedeixasse o gado pastar na vinha ou campo de outra pessoa, ele teria de reembolsar com o melhorproduto do seu campo e vinha.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 197.Aqui estão as leis:A respeito de furto, que são as seguintes: 1. Se um homem furtar algum animal de gado (do qual ariqueza daqueles tempos consistia primordialmente), e o animal for encontrado em sua custódia, eledeverá restituir em dobro, v. 4. Desta maneira ele fará compensação pelo mal e sofrerá pelo crime. Mas,posteriormente foi acrescentado que, se o ladrão fosse tocado na sua consciência e voluntariamente oconfessasse, antes que isto fosse descoberto ou investigado por qualquer outra pessoa, então elesomente deveria fazer a restituição do que tinha furtado, e acrescer a isto uma quinta parte, Levítico 6.4,5.2. Se ele tivesse matado ou vendido a ovelha ou o boi que tinha furtado, e com isto persistido no seucrime, ele deveria restituir cinco bois em troca de um, e quatro ovelhas por uma (v. 1), mais por um boido que por uma ovelha porque o dono, além de todos os outros lucros, perderia o trabalho diário de seuboi. Esta lei nos ensina que a fraude e a injustiça, longe de enriquecerem os homens, os empobrecerão.O fato de tomarmos e conservarmos, injustamente, o que pertence a outra pessoa, não somente édesperdício mas irá consumir o que é nosso. 3. Se ele não puder fazer a restituição, deverá ser vendidocomo escravo, v. 3. O tribunal deve providenciar isto, pelo fato da pessoa que tinha sido alvo do furto tertido o dinheiro. Da mesma maneira, entre nós, os criminosos são transportados às plantações ondesomente os ingleses sabem o que é escravidão. 4. Se um ladrão invadisse uma casa à noite, e fossemorto ao fazer isto, o seu sangue estaria sobre a sua própria cabeça e não seria Exigido da mãodaquele que o derramou, v. 2. Da mesma maneira como aquele que comete um ato ilícito leva sobre si aculpa do dano que causou aos outros, ele também é o responsável por aquilo que ocorre a si mesmo. Acasa de um homem é o seu castelo, e a lei de DEUS, assim como a do homem, coloca uma guardapara ele. Aquele que a ataca o faz por sua própria conta e risco. Mas, se o ladrão fosse morto à luz dedia, aquele que o matou deveria responder por isto (v. 3), a menos que isto tivesse acontecido nanecessária defesa da sua própria vida. Observe que nós devemos prezar a vida, e até mesmo a vida doshomens maus. O magistrado é o responsável por prover a correção e a reparação, e não devemos nosvingar.A respeito da invasão, v. 5. Aquele que voluntariamente colocasse seu gado no campo de seu vizinhodeveria fazer restituição com o melhor do seu próprio campo. A nossa lei faz uma diferença muito maiorentre este e outros ladrões, do que a lei de Moisés fazia. Os judeus, Consequentemente, observavam,como regra geral, que a restituição deve ser sempre feita do melhor, e que nenhum homem deve manternenhum gado que provavelmente invada as propriedades dos seus vizinhos, ou lhes cause algum dano.Nós devemos ser mais cuidadosos para não causar mal do que para não sofrer mal, porque sofrer danosé somente uma aflição, mas causar danos é um pecado, e o pecado é sempre pior que a aflição.Embora possam parecer pequenas, nós não sabemos quão grande pode resultar a questão, cuja culpadeveremos suportar se, como o louco, lançarmos faíscas, flechas e mortandades, e fingirmos que nãodesejávamos nenhum mal. Nós nos tornaremos muito cuidadosos a nosso respeito, se considerarmosque devemos responder, não somente pelo mal que causamos intencionalmente, mas também pelo malque causamos pela inadvertência.Vv. 7-15 Estas leis são:Relacionadas com o que se deixa em confiança, w. 7-13. Se um homem entregar bens, digamos, a um

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transportador, para que os transporte, ou a um dono de armazém, para conservá-los, ou entrega seugado a um fazendeiro, para que o alimente, e depois de valiosa consideração uma confiança especialrepousar na pessoa com quem os bens estão, caso estes bens sejam roubados ou perdidos, morram ousejam danificados, se parecer que não houve nenhuma falta da pessoa à qual foram confiados, oproprietário deverá arcar com o prejuízo. Caso contrário, aquele que foi completamente relapso a estaconfiança deverá ser obrigado a fazer uma compensação. A pessoa a quem os bens foram confiadosdeve declarar a sua inocência mediante um juramento diante dos juízes, se o caso for tal que não sepossa produzir nenhuma prova, e os juízes deverão decidir a questão, conforme lhes parecer. Isto nosensina: 1. Que devemos tomar muito cuidado com tudo o que nos é confiado, cuidando como se fossenosso, embora seja de outra pessoa. É injusto e vil, e é uma vergonha perante todo o mundo, trair aconfiança de alguém. 2. Que Existe uma decadência tão geral de confiança e justiça sobre a terra, quecria oportunidades para suspeitar clã honestidade dos homens sempre que é do seu interesse serdesonesto. 3. Que um julgamento para confirmação é o fim da contenda, Hebreus 6.16. É chamadojulgamento do Senhor (v. 11) porque a Ele é feito o apelo, não somente como uma testemunha daverdade, mas como um vingador do mal e da falsidade. Aqueles que tinham feito mal ao seu vizinho,fazendo-lhe algo injusto, ainda assim, podia-se esperar, não tinham pervertido as suas consciências aponto de profanarem um juramento ao Senhor, e pedir que o DEUS da verdade fosse testemunha deuma mentira. O perjúrio é um pecado que assusta a consciência natural, tanto quanto qualquer outropecado. A prática de juramentos (inclusive em religiões) é muito antiga, e é uma indicação clara dacrença universal em um único DEUS, em uma providência divina, e em um julgamento que há de vir. 4.Que a magistratura é uma ordenança de DEUS, designada, entre outras intenções, a ajudar os homens,tanto a descobrir os direitos disputados, quanto a recuperar direitos negados. E deve-se ter granderespeito pela determinação dos juízes. 5. Que não Existe nenhuma razão pela qual um homem devasofrer por algo que não pôde evitar. Os senhores devem levar isto em consideração, ao lidar com seusservos, e não repreender, como um erro, aquilo que foi um acidente, e que eles mesmos, se tivessemestado no lugar de seus servos, não poderiam ter evitado.A respeito de empréstimos, w. 14,15. Imaginemos que um homem emprestasse seus animais ao seuvizinho. Se o proprietário os tivesse, ou devesse receber lucros pelo empréstimo, qualquer que fosse oprejuízo que se abatesse sobre o gado, o proprietário deveria arcar com a perda. Mas se o proprietáriofosse gentil com o que lhe tomou o empréstimo, a ponto de emprestar-lhe gratuitamente, e depositar talconfiança nele a ponto de confiar, fora da sua vigilância, o que lhe tomou o empréstimo deverá fazer acompensação. Com isto, devemos aprender a ser muito cuidadosos para não usarmos de maneirainadequada aquilo que nos seja emprestado. A negligência não é somente injusta, mas é vil e hipócrita,na medida em que converte o bem em mal. Devemos preferir perder, nós mesmos, a que qualquerpessoa tenha perdas devido à sua bondade para conosco. “Ai! Meu senhor! Porque era emprestado”, 2Reis 6.5.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 301-302.2. Profanação do solo e o fogo (Êx 21.33,34; 22.6).

Êx 21.33,34. Outro Tipo de Negligência (ver o vs. 29) consistia em cavar uma cova que se tornaria umperigo para pessoas e animais que por ali passassem. A cova em foco poderia ser uma cisterna ou umpoço, algo tão necessário que, sem dúvida, covas abertas eram algo freqüente em qualquer redondeza.A lei original era que o escavador negligente teria de substituir o animal perdido. Posteriormente, umamulta passou a ser paga, correspondente ao valor do animal. A carcaça do animal passava a pertencerao homem negligente. É provável que, na antiguidade, o animal podia ser consumido como alimento, oque reduzia a perda. Depois, entretanto, quando foi proibida a ingestão de sangue, tal animal não podiaser comido, porque seu sangue não foram devidamente drenado. Ver Deuteronômio 14.21 quanto ao fatoprovável que estrangeiros ou forasteiros na Terra Prometida não precisavam sujeitar-se a tais regras. Ovs. 34 quase por certo projeta a ideia de que o animal podia ser comido, pois, de outra sorte, quevantagem haveria para a pessoa negligente ficar com a carcaça do animal? Talvez devamos entenderque a necessidade de sepultar o animal morto (uma carga adicional) recaía sobre o culpado.Alguns eruditos pensam que a carcaça ficava com o proprietário, e não com o ofensor. Nesse caso,poderíamos somente pensar que sua carne era usada na alimentação. Mas outros estudiosos têmsugerido que o couro do animal podia ser usado, embora não a carne do mesmo. Isso reconciliaria apassagem com as referências onde a ingestão de sangue é proibida.O animal morto será seu. Essas leis refletiam uma cultura agrícola, e também de criadores de gado.Nessas sociedades, animais domésticos eram os principais itens de propriedade. Outras perdas depropriedade ou abusos contra a propriedade tinham que ser compensados por atos análogos, visto quenão havia leis específicas. Assim, o decálogo original (os Dez Mandamentos) foi submetido a um incríveldesdobramento de leis e preceitos, alguns análogos e outros novos. Quanto a isso, ver a introdução aocapitulo dezenove do livro de Êxodo.

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CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.401.

Êx 21.33. Uma cova. Usada mais provavelmente para estocagem de cereal do que como depósito deágua. Covas também era utilizadas como armadilhas para animais (2 Sm 23:20) ou prisões (Gn 37:24).Tais covas eram típicas de Canaã em seus períodos conturbados: o aumento da segurança pode seravaliado pelo desaparecimento gradativo de tais covas em tempos mais recentes.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXDO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 164.Uma cova aberta (21.33-34). Covas no chão eram comuns no Oriente, pois eram usadas paraarmazenamento de água e de cereais. Quando não eram tampadas constituíam perigo para as pessoas.O responsável por ter cavado a cova tinha de pagar pelo ferimento causado a um animal que nela caísse(33). Após o pagamento ao dono do valor do animal, o infrator poderia Exigir a carcaça do animal morto.Pelo visto, havia o direito de o gado pastar livremente pelos campos.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 196.Em caso de ferimento feito a um boi, ou outro animal de gado. (1) Se caírem em uma cova, e alimorrerem, aquele que abriu a cova deverá compensar a perda, w. 33,34. Observe que devemos tomarcuidado, não somente para não fazer aquilo que é prejudicial, mas para não fazer o que pode sê-lo. Nãoé suficiente não desejar e planejar o dano, mas devemos planejar para evitar o dano, caso contráriopodemos ser cúmplices nos danos causados ao nosso próximo. O dano causado com maldade é agrande transgressão. Mas o dano causado pela negligência, e por falta dos devidos cuidados econsideração, não deixa de ter culpa, mas deve ser alvo de reflexão com grande arrependimento,segundo o grau do dano. Especialmente, devemos tomar cuidado para não fazer nada que nos tornecúmplices dos pecados de outros, colocando uma oportunidade de ofensa no caminho do nosso irmão,Romanos 14.13.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 300-301.

Êx 22.6 Se irromper fogo. Há pessoas que gostam de fogo. Crianças e adultos podem sentir-sefascinados pelas chamas. Há pessoas que fazem queimadas para limpar terrenos de escombros outroncos caídos; mas Existem aqueles que provocam incêndios por pura diversão doentia. Um homemque estivesse limpando um seu terreno mediante queimada, podia perder o controle das chamas,destruindo assim as plantações de um de seus vizinhos. Isso acontecia (e até hoje acontece) com tantafrequência que a legislação mosaica precisou controlar tal abuso.Uma negligência que causa prejuízo precisava ser punida. Assim, o ofensor de um incêndio desses teriaque pagar pelo dano causado pelo fogo. Se um homem fizesse provisão para impedir a propagação daschamas, como levantar um muro com pelo menos 1,20 m de altura que separasse seu terreno do terrenocontíguo, e mesmo assim o vento fizesse espalhar as chamas a esse outro terreno, então não eraconsiderado culpado. Por igual modo, se as chamas saltassem por cima de uma estrada ou de umcurso de água, não seria considerado culpado. Nesse caso, o incêndio era tido como um ato de DEUS(Bartenora em Misn. Gittin. c. 5 see. 1).

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.402.

Êx 22.6. Se irromper fogo. O fogo na vegetação rasteira era temido em Israel, com sua vegetaçãomediterrânea e verões quentes e secos. Qualquer morador de áreas semidesérticas sabe muito bemcom que rapidez espinheiros pegam fogo, ou capim e palha queimam completamente.Os espinheiros eram provavelmente usados como sebes, para manter o gado afastado de plantações(como se faz com cactos hoje em dia) e queimavam com estouros e Explosões assustadores,apropriadamente comparados à gargalhada do insensato (Ec 7:6). Na Palestina eles foram e ainda sãousados pelos pobres como combustível.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXDO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 165.O fogo (22.6). Em certos períodos do ano, as pessoas juntavam mato seco nos campos para queimar.Se por descuido, o fogo se espalhasse e queimasse os grãos estocados ou empilhados nos campos, oindivíduo que acendeu o fogo tinha de pagar por completo o que fora queimado. Estas normasensinavam o cuidado e promoviam o respeito pelos direitos de propriedade dos outros.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 197.A respeito de danos causados pelo fogo, v. 6. Aquele que desejou queimar somente os espinhos podetornar-se cúmplice da queima do trigo, e não será considerado inocente. Homens de ESPÍRITOacalorado e ansioso devem tomar cuidado, para que, enquanto pretendem somente Extirpar as ervasdaninhas, não Extirpem também o trigo. Se o fogo provocou danos, aquele que o acendeu deveresponder por isto, ainda que não possa ser provado que ele desejasse o prejuízo. Os homens devemsofrer pelos seus descuidos, assim como pela sua maldade. Nós devemos tomar cuidado para nãoiniciar rixas. Pois, embora possam parecer pequenas, nós não sabemos quão grande pode resultar aquestão, cuja culpa deveremos suportar se, como o louco, lançarmos faíscas, flechas e mortandades, e

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fingirmos que não desejávamos nenhum mal. Nós nos tornaremos muito cuidadosos a nosso respeito,se considerarmos que devemos responder, não somente pelo mal que causamos intencionalmente, mastambém pelo mal que causamos pela inadvertência.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD.pag. 301-302. ELABORADO: Pb Alessandro Silva - http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ Questionário da Lição 10 - As Leis Civis Entregues Por Moisés Aos IsraelitasResponda conforme a revista da CPAD do 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComplete os espaços vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com "F "as falsas TÊXTO ÁUREO1- Complete:“Mas o __juízo__ voltará a ser __justiça__, e hão de segui-lo todos os __retos__ de coração"(SI 94.15). VERDADE PRATICA2- Complete:DEUS é __justo__ e deseja que o seu __povo__ aja com __justiça__. COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO3- DEUS entregou a Israel o Decálogo e algumas leis civis que regeriam aquela nação. Como o Decálogopode ser considerado, em nossos dias?( ) A nossa legislação constitucional, civil e penal. I - MOISÉS, O MEDIADOR DAS LEIS DIVINAS.4- Por que DEUS instituiu Moisés como mediador entre Ele e o povo de Israel? Qual o único mediador,hoje?( ) DEUS falou diretamente com o seu povo. Todavia, eles temeram e não quiseram ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente.( ) Então, os israelitas disseram a Moisés: “Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale DEUS conosco, para quenão morramos.”( ) Diante do Senhor o povo reconhecia as suas iniquidades e fragilidades.( ) Moisés foi o mediador entre o povo e DEUS.( ) Hoje, JESUS é o nosso mediador.( ) Sem CRISTO não podemos nos aproximar de DEUS nem ouvir a sua voz (1 Tm 2.5). 5- As leis civis foram dadas a Israel tendo em vista o meio e a condição social em que viviam. Quais leisforam dadas a Israel, concernentes à escravidão (Êx 21.1-7)?( ) O Senhor nunca acolheu a escravidão, mas, já que ela fazia parte do contexto social em que Israel vivia, erapreciso regulamentar esta triste condição social.( ) DEUS ordenou que o tempo em que a pessoa estaria na condição de escravo seria de seis anos (Êx 21.2).( ) Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a lei não Exigia que houvesse escravidão, mas visto que Existia,estas leis regulamentares regiam a manutenção das relações certas”.( ) O Senhor sabia da Existência da escravidão, porém, Ele nunca aprovou esta condição. 6- DEUS sustentou o seu povo durante sua caminhada no deserto. Quais leis, concernentes à ricos epobres (Dt 15.4-11; Jo 12.8), foram dadas aos israelitas?( ) Agora, quando entrassem na terra, deveriam trabalhar, e haveria entre os israelitas ricos e pobres.( ) O contexto era outro. Em geral, a pobreza era resultado de catástrofes naturais, problemas com ascolheitas, guerras e rebeldia do povo em obedecer aos mandamentos divinos.( ) DEUS sempre quer o melhor para o ser humano, que Ele criou e abençoou (Gn 1.27,28).( ) Isso abrange os pobres: ‘Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça aoórfão; tratai da causa das viúvas (Is 1.17).( ) Uma parte do ministério de vários profetas que DEUS levantou no Antigo Testamento era denunciar eadvertir os israelitas contra a injustiça social e trabalho mal renumerado e opressão dos ricos e poderosos. II - LEIS ACERCA DE CRIMES7- DEUS criou o homem, logo, Ele conhece bem a sua natureza, quais leis DEUS determinou sobrebrigas, conflitos e lutas pessoais (Êx 21.18,19)?

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( ) Para orientar o povo em casos de agressões e brigas, o Senhor determinou leis específicas.( ) Na Nova Aliança, aqueles que já Experimentaram o novo nascimento, pelo ESPÍRITO SANTO (Jo 3.3), nãodevem se envolver em brigas, disputas e contendas, pois a Palavra de DEUS nos adverte: “E ao servo do Senhornão convém contender” (2 Tm 2.24).( ) Na igreja de Corinto faltava comunhão fraterna e em seu lugar havia disputas e contendas.( ) Paulo denunciou e criticou duramente os coríntios por esta falta (1 Co 6.1-11). 8- Como eram as leis acerca dos crimes capitais?( ) DEUS já havia ordenado no Decálogo: “Não matarás” (Êx 20.13).( ) Na Expressão "não matarás”, o verbo hebraico Exprime a ideia de matar dolosamente, perfidamente, portraição.( ) Na Antiga Aliança, o sistema jurídico era bem intolerante com os transgressores: “olho por olho, dente pordente, mão por mão, pé por pé”. 9- Havia casos onde a morte era, na verdade, uma fatalidade. Qual providência DEUS tomou a esserespeito?( ) DEUS, em sua misericórdia e bondade, estabeleceu as “cidades de refúgio”, para socorrer aqueles quecometessem homicídio involuntário, ou seja, morte acidental (Nm 35.9-11).( ) As cidades de refúgio apontavam para JESUS CRISTO, nosso abrigo e socorro.( ) Elas também serviam para evitar que as pessoas fizessem vingança com as próprias mãos. 10- DEUS libertou seu povo da escravidão e os estava conduzindo para uma nova terra. Para queserviriam as leis no futuro dos israelitas?( ) As leis serviriam para ensinar, advertir e impedir que o povo Israel profanasse Canaã (Nm 35.33,34). III - LEIS CONCERNENTES À PROPRIEDADE11- Quais leis foram instituídas a respeito do roubo (Êx 22.1-15)?( ) A ovelha e o boi são citados porque os israelitas eram um povo pastoril, rural Segundo a Bíblia de EstudoAplicação Pessoal, "tais leis visavam proteger a nação e organizá-la e voltar sua atenção para DEUS”.( ) O Senhor havia retirado os israelitas do Egito, porém, o “Egito” não saiu da vida de muitos deles.( ) Por isso eram necessárias leis rígidas quanto ao direito do próximo e a propriedade privada, sabendo-se quetoda a terra é do Senhor; nós somos apenas inquilinos nela (Dt 10.14). 12- Quais leis foram instituídas a respeito da profanação do solo e o fogo (Êx 21.33,34; 22.6)?( ) Naquelas terras e naqueles tempos era comum os habitantes perfurarem ou escavarem o solo em busca deágua para o povo e os animais e as lavouras.( ) Quem fizesse tal abertura no solo era também responsável pela sua proteção para a prevenção deacidentes.( ) Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “estas normas ensinavam o cuidado e promoviam o respeito pelosdireitos de propriedade dos outros”.( ) Atualmente muitas reservas ecológicas são queimadas e espécies em Extinção eliminadas pela açãoinconsequente, criminosa e irresponsável daqueles que se utilizam dos recursos naturais de forma indevida. CONCLUSÃO13- Complete:As leis abordadas nesta lição foram entregues a __Israel__, porém, aprendemos com os conceitos destas leis arespeitar a vida e os __direitos__ do próximo. Quando os __direitos__ do próximo não são respeitados, aconvivência em sociedade se torna um verdadeiro __caos__. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDACPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmBÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPADBíblia de estudo - Aplicação Pessoal.GARNER, Paulo. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDACHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

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