1º- dia (4 horas de duração) questÕes peso gv...

oanglo

resolve

a1ª fase

daGV-Direito-SP

novembrode

2007

É trabalho pioneiro.Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tarefa denão cometer injustiças.Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante no processo deaprendizagem, graças a seu formato: reprodução de cada questão, seguida daresolução elaborada pelos professores do Anglo.No final, um comentário sobre as disciplinas.

A seleção dos candidatos às 50 vagas do curso de graduação em Direito daFGV-SP é realizada em duas fases, com o seguinte formato:

• Primeira fase — 7 provas discursivas, assim distribuídas:

Cada prova vale dez pontos, e as notas são padronizadas estatisticamente.

Estarão automaticamente eliminados do processo seletivo os candidatos quese enquadrarem em qualquer das seguintes situações:a) obtiver nota bruta inferior 3,0 na prova de Redação;b)obtiver nota bruta inferior a 3,0 na prova de Inglês;c) obtiver nota zero em qualquer uma das provas;c) faltar a qualquer uma das provas.

Para a segunda fase, classificam-se apenas oito candidatos por vaga, consi-derando-se a média ponderada das notas da primeira fase. Havendo empate naúltima colocação, todos que a tiveram atingido serão convocados para a se-gunda fase.

• Segunda fase — exame oral, com duração máxima prevista de uma hora emeia e peso 2.O resultado final de cada candidato é obtido por meio da média ponderada,das notas padronizadas das duas fases, aplicados os respectivos pesos.

1º- DIA (4 horas de duração) QUESTÕES PESO

1 Redação 1 2

2 Língua Portuguesa 3 1

3 Inglês 3 1

2º- DIA (4 horas de duração) QUESTÕES PESO

4 Artes Visuais e Literatura 3 1

5 História 3 1

6 Geografia 3 1

7 Raciocínio Lógico-Matemático 3 1

3GV – DIREITO/2008 – 1ª- FASE ANGLO VESTIBULARES

Os poemas que se seguem pertencem a dois grandes momentos da história da cultura e a dois paradigmas dapoesia ocidental: a lírica de Luís de Camões e a de Carlos Drummond de Andrade. Leia-os, atentamente, eresponda os itens da questão proposta:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,Muda-se o ser, muda-se a confiança;Todo o mundo é composto de mudança,Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,Diferentes em tudo da esperança;Do mal ficam as mágoas na lembrança,E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,Que já coberto foi de neve fria,E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,Outra mudança faz de mor espanto:Que não se muda já como soía.

Camões, Luís Vaz de. Obras Completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 284.

ONTEM

Até hoje perplexoante o que murchoue não eram pétalas.

De como este banconão reteve forma,cor ou lembrança.

Nem esta árvorebalança o galhoque balançava.

Tudo foi brevee definitivo.Eis está gravado

não no ar, em mim,que por minha vezescrevo, dissipo.

Andrade, Carlos Drummond de. Obras Completas.Rio de Janeiro: Nova Aguilar: 1977, p. 154.

Questão A▼▼

UUUEEETTTRRR SSS IIISSSIIIVVVAAA SSS

RRREEETTTIIIEEE AAALLL RRRTTT AAAUUUAAA

a) Identifique dois aspectos formais em cada um dos poemas, de modo a relacionar tais aspectos à visão demundo manifestada pelos textos. Justifique sua resposta, considerando os dois períodos da literatura a quepertencem respectivamente os poemas. (1)

b) Discuta a natureza atemporal dos dois universos poéticos, principalmente em torno da temática damudança, relacionando os aspectos semânticos e os elementos comuns presentes em cada um dos textos.(2)

a) Os dois poemas tratam da passagem do tempo e de seus efeitos sobre o mundo, os homens e o eu líri-co.

O tom melancólico do soneto camoniano se explicita na escolha vocabular (“mágoas”, “saudades”,“choro”), que culmina com a expressão “mor espanto”, tradução do estado de espírito do poeta, perturba-do pela constatação de que, na natureza, tudo se perde (tanto o “mal”, do qual ficam apenas as “mágoasna lembrança”, quanto o bem, de que restam apenas “as saudades”). O único dado permanente parece sera tristeza — para ela, não há saída, nem alternativa. Nesse sentido, o poeta se mostra conformado e sub-misso às circunstâncias da sua própria existência.

Se a perplexidade é o ponto de chegada do texto camoniano — que registra no penúltimo verso o“mor espanto” que nele predomina —, é o ponto de partida do poema de Drummond, cujo primeiro versoafirma: “Até hoje perplexo”. E é ainda a tradução do mesmo estado de espírito presente no soneto de Ca-mões: espanto diante da certeza de que nada permanecerá, de que tudo se transformará ou desaparecerá.No entanto, a melancolia conformista que prevalece no poeta português é substituída aqui pela afirmaçãoda resistência que é possível opor à passagem do tempo. Isto porque, embora reconheça que a perspectivade desaparecimento atinge também a ele (“dissipo”), o poeta acredita na escrita (“escrevo”) como deposi-tária da memória — portanto, como instrumento de permanência.

A visão de mundo conformista e submissa demonstrada no texto camoniano, é revelada tanto em re-lação à natureza quanto aos aspectos formais, que seguem os rigores do Classicismo: a exploração da formado soneto; o rigor métrico (versos decassílabos); a presença de rimas (abba abba cdc dcd); a tradução da ex-periência pessoal em termos universais.

Já na perspectiva adotada por Drummond, há resistência às mudanças e insubmissão à natureza, visãode mundo que se apresenta sob uma forma estética relativamente mais livre, historicamente associada aoModernismo: a sonoridade provocada pelas rimas é menos evidente, já que o poeta opta pelas toantes (per-plexo/pétalas, banco/lembrança, árvore/balançava); a métrica obedece a um esquema menos claro, já queos quinze versos de que se compõe o poema (distribuídos em cinco tercetos) mostram três seqüências mé-tricas (os cinco primeiros e os cinco últimos são pentassílabos, enquanto os cinco versos do meio são tetras-sílabos); uso do enjambement (continuação sintática de um verso em outro); metalinguagem; realce da pos-tura subjetiva frente ao mundo. Desse modo, a modernidade de Drummond não rejeita a tradição, mas bus-ca estabelecer um convívio com ela — postura que constituía uma das marcas formais da poesia brasileiraconforme esta se apresentava nos anos 1940, época de composição do poema de Drummond, publicado emA rosa do povo (1945).

Observação: Lamentamos a disparidade entre a complexidade da questão e o espaço exíguo fornecido pa-ra a resposta.

b) Os textos desenvolvem a tópica da transitoriedade das coisas e dos sentimentos, em face da passagemdo tempo. Trata-se de um motivo clássico, presente em muitos poetas em vários períodos da história. Nessesentido, deve-se entender o segundo poema como retomada do primeiro, com o qual dialoga e de cujo as-sunto se apropria. Ambos falam da contínua alteração do mundo exterior e do seu correspondente na sub-jetividade do poeta, tomado como emissor do enunciado artístico: assim como a paisagem exterior se alte-ra, a percepção dela e os sentimentos também se transformam. Todavia, há uma diferença importante notratamento do tema pelos poetas. Em Camões, não só mudam as coisas, como também se altera a maneirade mudar. Em Drummond, na última estrofe formula-se a idéia de que, apesar de o tempo destruir tudo, opoeta escreve, com o propósito de perpetuar algo de sua passagem pelo mundo.

Resolução


“Munique”, de Steven Spielberg, e “Zelig”, de Woody Allen, são filmes construídos a partir da mistura de ima-gens documentais e ficcionais. Entretanto, em cada um deles, observa-se um tipo de tratamento formal dessasimagens com um objetivo diferente.

Redija um texto argumentativo de, no máximo, 15 linhas,

• descrevendo a maneira como esses dois tipos de imagem são utilizados em ambos os filmes;• analisando os objetivos dos dois diretores ao adotar esta estratégia. (3)

As imagens documentais em Zelig e Munique imprimem uma relação distinta da ficção com os fatos reais.

Em Munique, o recurso das cenas de época tem a intenção de aproximar o espectador da realidade. Quernos fazer mergulhar no tema, dar veracidade ao filme, transmitindo a sensação de que aquelas imagens sãoa reconstrução dos acontecimentos.

Spielberg nos permite distinguir com clareza as imagens de arquivo das cenas gravadas. Quando surgeum trecho de documentário, o espectador não é confundido: sabe tratar-se de uma colagem. De início, o di-retor quer que nos sintamos acompanhando o seqüestro e o massacre de 11 atletas israelenses pelo grupo pa-lestino Setembro Negro durante os Jogos Olímpicos de 1972. No lance seguinte, “viajaríamos” pela ação extra-oficial organizada pelo serviço secreto de Israel (Mossad) para localizar e matar os responsáveis pelo ataque.

Se o seqüestro e a ação do Mossad pertencem ao mundo real, Leonard Zelig jamais existiu. Zelig é umafábula um pseudo-documentário biográfico. As cenas documentais servem para realçar as relações ambíguasentre ficção e realidade. A habilidade camaleônica do protagonista em se transformar nas pessoas que estãoà sua volta ganha veracidade na mistura de fotografias e filmes de época.

Woddy Allen se utiliza da técnica de inserir imagens em material de arquivo e simular que a personagemcontracena com Hitler, Babe Ruth, Charles Chaplin e outras figuras históricas. Às vezes, a única coisa que nosresta para diferenciar as cenas ficcionais das documentais é a presença de atores conhecidos —, em diversosmomentos, o próprio Woddy Allen. Ampliando o diálogo ficção-realidade, a película ainda inclui testemunhosde intelectuais contemporâneos, como Susan Sontag e Saul Bellow, que, personagens de si mesmos, vão teo-rizando sobre a vida de Zelig.

Allen parece querer desmascarar filmes como Munique, que criam estratégias para camuflar os diálogospersistentes, nem sempre facilmente perceptíveis, entre os fatos e as ficções.

“Retirantes”, do paulista Candido Portinari, é expressão da arte moderna que rompeu com a forma de repre-sentação do século XIX e reflete a visão do artista sobre a migração, fenômeno já presente no Brasil dos anos40 do século XX.

Observe atentamente a reprodução da obra a seguir, mobilize seus conhecimentos sobre ela e redija um textoargumentativo de, no máximo, 13 linhas,

• analisando o posicionamento do autor sobre a questão da migração;

• indicando, no mínimo, dois elementos presentes na obra que comprovem tal posicionamento, e justifican-do a escolha;

• explicando, à luz dos elementos presentes na obra, por que ela pode ser considerada 'arte moderna'. (4)

Questão C▼▼

Resolução

Questão B▼▼


Cândido Portinari, nascido em Brodósqui, SP, em 1903, era filho de imigrantes italianos. Antes de se trans-formar num dos maiores representantes do Modernismo brasileiro, movimento que pretendia, sobretudo nasartes plásticas e na literatura, romper com o academicismo reinante, foi um pintor ligado à pintura tradicional— estudou na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, instituição marcadamente acadêmica. Umolhar sobre a vasta produção de Portinari dá-nos a medida das mudanças radicais por que passou sua obra —dos retratos de representantes do status quo nacional às paisagens interioranas, passando pelos folguedosinfantis e cenas de trabalho até chegar às figuras esmaecidas dos imigrantes nordestinos.

Portinari não esteve entre os artífices da primeira fase do nosso Modernismo — ele ainda era um estu-dante da Escola Nacional de Belas Artes quando foi agraciado por um prêmio que o levou a estudar no ex-terior, no final da década de 1920. Também a Europa já vivia o chamado “retorno à ordem”, após a PrimeiraGuerra Mundial, e mesmo os vanguardistas instalados em Paris já se haviam recolhido a uma forma de fazerarte menos “subversiva”. Portanto Portinari — e também Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, em suasegunda turnê por Paris — beberam dessa nova situação artística, menos voltada ao rompimento com oscânones acadêmicos (até porque as vanguardas já o haviam feito).

Resolução

“Retirantes” (1944) de Candido Portinari, coleção MASPMARQUES, Luiz (org.). Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. São Paulo: Prêmio, 1998


No Brasil, o momento era de efervescência cultural e política. O fim da primeira fase do Modernismo naliteratura e nas artes plásticas coincidiu com o crack da Bolsa de Valores de Nova Iorque, a decadência do cafécomo riqueza nacional, a tomada do poder no Brasil por Getúlio Vargas, que alguns anos mais instauraria oEstado Novo, enquanto o nazi-fascismo crescia na Europa. Abre-se uma nova fase de descoberta do Brasil porartistas e intelectuais, com ênfase nos problemas sociais e regionais. É esse panorama que Cândido Portinariencontra na sua volta ao país.

Já consagrado, o pintor é logo tomado sob a proteção de Getúlio Vargas, que lhe encomendaria os fa-mosos afrescos do Ministério da Educação e Saúde, realizados no período de 1936 a 1944, quando o ministroCapanema procurava engendrar um projeto cultural com cores nacionais. Por sua relação com o governoestadonovista, Portinari é acusado de realizar uma arte oficialesca e acaba por ser criticado por seus própriospares. De fato, não há como ignorar essas aparentes contradições em sua obra: o antigo pintor de retratos daelite põe-se a pintar personagens e cenas populares (O mestiço e Café são exemplos característicos); o pintoroficial, protegido por Vargas, filia-se ao Partido Comunista Brasileiro ainda na década de 1940; o artista depinceladas nacionalistas consagra-se com os painéis pintados para a ONU.

A recorrência de elementos populares em sua obra, ao longo da vida, a busca de uma estilística nacionale a filiação do artista a um partido de esquerda (o que o levaria ao auto-exílio no Uruguai) levam alguns crí-ticos a verem em suas grandes cenas de trabalhadores e retirantes uma associação direta com o muralismomexicano de Rivera e Siqueiros, com as figuras maciças, de grandes mãos e pés solidamente plantados nochão. Outros vêem semelhanças com as obras do Novecento italiano. De qualquer modo, o elemento hu-mano, sobretudo das camadas desfavorecidas, ganha maior força em sua obra, especialmente a partir dadécada de 1930, na sua volta ao Brasil. Além do trabalhador brasileiro, os retirantes surgem na sua obra, comuma dramaticidade variável ao longo dos anos.

O quadro Retirantes, de 1944, é exemplo dessa dramaticidade extremada. Portinari abandona nesse mo-mento os trabalhadores robustos e mestiços do Brasil e mostra o Brasil que sofre no processo da má distri-buição da riqueza — lembremos que é nesse período que o artista se filia ao PCB. O fato de ser um filho deimigrantes italianos, que também vieram “fazer o Brasil” em busca de melhores condições de vida, é oprimeiro aspecto de sua identificação com as figuras sofridas e esquálidas dos retirantes, que fogem à misériada seca nordestina, ou seja, o dado temático é o primeiro indício dessa identificação. É importante lembrarque mesmo os imigrantes europeus chegados à lavoura, especialmente em São Paulo, sofriam maus-tratos eprivações — os pais de Portinari foram trabalhadores do café, que ele retratou em mais de uma situação.Diferente, porém, dos quadros que retratam os ciclos econômicos, em Retirantes Portinari coloca as figurascadavéricas em primeiro plano, como seus retratados ilustres da primeira fase da carreira. A sua disposiçãono quadro lembra, inclusive, as fotos tiradas dos primeiros imigrantes quando chegavam a São Paulo.Importante é lembrar também que, no contexto da Segunda Guerra Mundial, quando o quadro éproduzido, o temário da migração/imigração está ligado também a todos os que precisam se desenraizar emfunção do grande conflito, fugindo para outros países; essa idéia do desenraizamento que gera novomovimento migratório por todo o mundo aproxima tematicamente os trabalhos de Portinari dos de LasarSegall.

A série Retirantes, de Portinari, ilustra o perfil de intelectual participante assumido pelo pintor, alinhadoao Partido Comunista Brasileiro, a partir da década de 1940. Ele e outros artistas (como Graciliano Ramos)empenharam-se ideologicamente em levar adiante um projeto de nação que consistia em revelar as entranhasdo país por meio de representações da ordem político-econômica vigente, a fim de promover uma leitura(con)textual desveladora das relações sociais. Daí a presença, na tela, da intensa carga de dramaticidade, dostons terrosos e cinzentos, das figuras esquálidas que arrastam sua desumanização, da dor petrificada emlágrimas, do registro do solo ressecado, da presença de carcaças de animais e de urubus em revoada. Esseselementos contribuem decisivamente para expressar o drama da gente acossada pela seca. Sensível à saga dosretirantes, Portinari alinha-se ao Expressionismo: deforma as figuras para tornar mais contundente o seuprotesto, aplica traços violentos, em imagens ásperas e desconcertantes, explorando contrastes dramáticosque acentuam e barbarizam as formas dos flagelados nordestinos. O caráter monumental da série, de que atela em questão faz parte, resulta da absorção muito pessoal de influências vindas do Picasso muralista deGuernica e das vastas composições murais lírico-trágicas dos mexicanos Rivera, Siqueiros e Orozco.Vigorosamente, Portinari procurou representar os sentimentos de seu coração revolucionário, animado pelodesejo de contribuir para a redenção dos camponeses brasileiros.



Com o fim da Guerra Fria, diversas formas de classificar os países foram propostas como modelos explicativosda nova ordem mundial então constituída. Um desses modelos é expresso abaixo:

a) Explique as principais diferenças econômicas e sociais que caracterizam os países do “Norte” e do “Sul”. (1)b) Aponte os três países que comandam a ordem mundial nesse modelo explicativo e indique as suas respecti-

vas áreas de influência direta. (2)c) Analise as limitações e insuficiências desse modelo face às mudanças econômicas e geopolíticas em curso no

século XXI. (3)

a) O Norte, formado por um pequeno grupo de países desenvolvidos, onde vive cerca de 15% da populaçãomundial, tem entre suas características sociais e econômicas mais comuns as seguintes: • pequena participação do setor primário no PIB e na PEA; • ampla e diversificada produção industrial; • intensa atividade econômica do setor terciário, com forte comércio, turismo e serviços; • grande avanço tecnológico e elevados investimentos em pesquisas; • elevada população urbana, em espaços com bom grau de organização; • elevado consumo interno; • exportação de produtos industrializados e tecnologias; • importação de recursos naturais e energia; • sedes de transnacionais e bancos; • centros de decisão mundiais que controlam a globalização.

Resolução

DIVISÃO NORTE E SUL

Adaptação esquemática de: ARAÚJO JR, A. Geografia. Conhecimentos Gerais.Disponível em: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/arlindojunior/geografia007.asp

Acessado em 29/10/2007.

Questão A▼▼AAARRR AAAIIIOOO FFFGGGEEEGGG

O Sul, formado pelo conjunto dos países subdesenvolvidos, com mais de 160 nações, onde vivem 85% dapopulação mundial, tem entre suas características sociais e econômicas mais comuns as seguintes: • média e alta participação do setor primário no PIB e na PEA; • produção industrial pequena ou inexistente; • baixa atividade do setor terciário; em alguns países, ao contrário, este é hipertrofiado; • atraso e dependência tecnológica; • baixa população urbana; se elevada, o espaço é desorganizado e tem graves problemas sociais; • baixo consumo interno; • exportação de recursos minerais-energéticos e produtos agrícolas; em alguns há exportação de bens

industriais; • importação de bens de consumo e tecnologia; • presença de filiais de transnacionais e bancos.

b) Nesse modelo são apontados como pólos de comando da ordem mundial os Estados Unidos, o Japão e aAlemanha (alguns autores citam a União Européia, em vez da Alemanha). Suas áreas de influência maisdireta são, respectivamente, a América, a Bacia do Pacífico e a Bacia do Mediterrâneo (norte da África eOriente Médio), junto com a Europa Oriental.

c) Esse modelo vem ficando rapidamente ultrapassado frente ao crescimento econômico de alguns países, cha-mados por muitos de “emergentes”, que têm oferecido resistência aos três pólos de comando tradicionais.O país que mais se destaca nesse novo ordenamento econômico e geopolítico em curso é a China, que, se-gundo a medição do PIB pelo PPC (Poder de Paridade de Compra), já tem a segunda maior economia mun-dial (US$10 trilhões). Outros indicadores de que esse modelo está ficando ultrapassado é o fato de a Chinajá ter hoje a maior produção industrial do mundo, em volume e valor, além de estar alcançando a primeiraposição nas exportações mundiais. É ainda o maior receptor de investimentos estrangeiros e tem potencialpara tornar-se o maior mercado de consumo mundial.

O gráfico abaixo apresenta as oscilações na oferta de empregos por setores econômicos entre os países quecompõem o G-7.

a) Os dados do gráfico exprimem uma realidade de qual estágio do desenvolvimento capitalista e de qual for-ma de organização da produção? (4)

b) Analise os fatores que justificam as oscilações expressas no gráfico. (5)c) Novas áreas de desenvolvimento industrial, sobretudo periféricas, surgiram em decorrência das alterações

no mercado de trabalho expressas no gráfico. Explique a causa para o surgimento de tais áreas e aponteum exemplo na América Latina e outro na Ásia. (6)

%4

2

0

–2

–4

–6

–874 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94

ANOSFONTE: OCDE in: MARTINI; ANASTASIA; SILVA FILHO; GAUDIO. Ciências Humanas e suas tecnologias.

2ª série. Ensino Médio. São Paulo: IBEP, 2005. p. 165.

serviços

indústria

VARIAÇÃO DE EMPREGOS NOS PAÍSES DO G-7 — 1974-94

Questão B▼▼


a) O gráfico, restrito ao período de 1974 a 1994, refere-se ao início do estágio capitalista de aceleração da tercia-rização da economia, quando o setor secundário, embora com aumento do volume de produção, passou areduzir o uso de mão-de-obra. Isso é observável no gráfico pela redução da oferta de empregos na indústria (oque ocorreu em 12 dos anos representados) ou pelo pequeno crescimento da oferta de trabalho (os demaisanos). Ao mesmo tempo, vemos o setor de serviços (terciário) mantendo uma constante oferta positiva detrabalho, o que revela seu crescimento. A organização da produção industrial passou a ser dinamizada pelaautomação e pela introdução de novas técnicas de administração, como o toyotismo (just in time) e o volvismo.

b) O único setor que sofreu oscilações foi o industrial. As oscilações negativas de 1974, 1975 e 1977 tiveram re-lação com a Primeira Crise do Petróleo (alta de preços e redução da oferta do produto), iniciada em 1973.As oscilações negativas de 1980, 1981, 1982 e 1983 também se relacionaram à redução da oferta de petróleoe a sua conseqüente alta de preços, iniciada com a Segunda Crise do Petróleo, de 1979. Finalmente, as osci-lações negativas de 1991, 1992, 1993 e 1994 marcam o início da crescente automação industrial, propiciadapela Terceira Revolução Industrial, que visa a substituir o trabalho humano pelo de máquinas, computado-res e robôs industriais.

c) No período representado, muitas transnacionais passaram a investir de forma mais intensa em países daAmérica Latina (onde já tinham investimentos) e da Ásia (novos investimentos). Entre os fatores que atraí-ram essas empresas, podem ser apontados: menor custo de mão-de-obra; presença de recursos minerais eenergéticos; incentivos estatais por meio de facilidades fiscais e/ou criação de Zonas Econômicas Especiais(ZEEs); leis ambientais mais liberais ou até ausentes. Na América Latina, os melhores exemplos foram o Bra-sil, o México e a Argentina. Na Ásia, os melhores exemplos foram os Tigres Asiáticos (Hong Kong, Taiwan,Singapura e Coréia do Sul) e, na década de 1980, a China.

Observe o trecho e a figura a seguir:“A expansão da fronteira agrícola e o desflorestamento na Amazônia Legal ocorrem no contexto da regiona-lização da agricultura brasileira em seguida à industrialização acelerada a partir da década de 50 e, maisrecentemente, com tentativas de adaptação do Brasil à globalização da economia.(...) Na região conhecidacomo “Arco de Desmatamento”, que se estende do Maranhão até Rondônia, ocorrem as mais elevadas taxasde desflorestamento anual evidenciadas para a Amazônia, e medidas urgentes devem ser tomadas para evi-tar a perda dos recursos naturais dessa estratégica região.”

VIEIRA, Ima Célia Guimarães. Um programa de C&T para o Arco do Desmatamento da Amazônia.Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/arquivos/arquivo_212.doc. Acessado em 25/07/2007.

DESFLORESTAMENTO NA AMAZÔNIA LEGAL — 2003

Adaptado de: INPE PRODES Digital, 2004

Questão C▼▼Resolução


a) Conceitue Amazônia e Amazônia Legal e explique os aspectos básicos que diferenciam a delimitação decada uma dessas áreas. (7)

b) Justifique, à luz do processo de ocupação recente da Amazônia, a localização geográfica do “Arco deDesmatamento”. (8)

c) Além da exploração madeireira, quais atividades agropecuárias representam os principais vetores de expan-são do desflorestamento? Analise como a dinâmica de expansão dessas atividades gera ampliação da áreadesflorestada na Amazônia. (9)

a) O termo Amazônia tem caráter essencialmente geográfico, no sentido de que se aplica a uma parcela dasuperfície terrestre (norte da América do Sul), com paisagem marcada por determinadas característicasambientais (clima, vegetação, hidrografia, distribuição populacional, atividades econômicas, etc.) que seestende por áreas além dos limites territoriais brasileiros, não apresentando, no entanto, uma delimitaçãobem marcada. A denominação Amazônia Legal, por sua vez, tem caráter político-administrativo, pois seaplica exclusivamente a uma parcela do território brasileiro e, por força de lei, limita-se no meridiano de44º oeste e no paralelo 16º sul, abrangendo a totalidade dos estados da Região Norte mais a metadeocidental do estado do Maranhão e o centro-norte do estado de Mato Grosso. Sua criação teve comoobjetivo possibilitar a adoção de políticas de planejamento de desenvolvimento para a região.

b) A política de ocupação da Amazônia realizada no pós-Segunda Guerra se fundamentou na implantação degrandes projetos madeireiros, agropecuários e minerais, que tinham como objetivo fornecer matérias-primas e alimentos para o grande mercado internacional. A fim de dar fácil acesso às terras amazônicas epermitir um rápido escoamento às produções, o Estado se incumbiu de implantar a infra-estruturarodoviária (Belém-Brasília, Cuiabá-Santarém, Transamazônica, entre outras), com grandes eixos que ligavama porção meridional e oriental da Amazônia ao restante do país. A ocupação humana e econômica,acompanhando essas vias de penetração, foi desmatando a região de sul para norte e de leste para oeste,criando a larga faixa desflorestada que é o Arco do Desmatamento.

c) A atividade agropecuária mais expressiva no processo de expansão do desflorestamento na Amazônia éhoje, sem dúvida, a agricultura da soja, produto de alta valorização no mercado mundial. O aceleradocrescimento da sojicultura — cultivo que até a década de 1970 tinha uma participação mínima na economiaagrícola brasileira e se concentrava nos estados da Região Sul — passou a exigir novos espaços quepudessem ser ocupados de forma imediata. Os produtores voltaram-se de início para as terras do Centro-Oeste e a seguir para a Amazônia. A presença da imensa vegetação florestal nativa representava um forteobstáculo à implantação da lavoura mecanizada. A solução mais rápida (e ambientalmente catastrófica)seria retirar-se a mata por meio da derrubada das árvores e queima da vegetação, limpando o terreno paraa implantação da soja e a movimentação das máquinas que iriam operar a lavoura.

Resolução



O documento a seguir é parte do Tratado de Methuem, assinado por Grã-Bretanha e Portugal no ano de 1703.Depois da leitura, responda as questões.

“Artigo 1º: Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete tanto no Seu próprio nome como no de SeusSucessores, admitir para sempre daqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lani-fício de Inglaterra, como era costume até o tempo em que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquercondição em contrário. Artigo 2º: É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu próprioNome, e no de Seus Sucessores, será obrigada para sempre, daqui em diante, a admitir na Grã-Bretanha os vi-nhos de produto de Portugal, de sorte que, em tempo algum (haja paz ou guerra entre os reinos de Inglaterrae de França), não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos, ou debaixo de qualquer outro título,direta ou indiretamente, ou sejam transportados para Inglaterra em pipas, tonéis ou qualquer vasilha que sejamais que o que se costuma pedir para igual quantidade ou medida de vinho de França, […]”

Sodré, Nelson Werneck, O Tratado de Methuem.Iseb:MEC, 1957.

a) Que setores da economia dos países signatários foram beneficiados pelo tratado e como podemos descrevero poder de Portugal e da Inglaterra, na época, em termos da navegação e do comércio internacional? (1)

b) Qual era a principal atividade econômica do Brasil colônia no século XVIII e de que forma, nesse período, aeconomia da metrópole portuguesa foi influenciada pelo tratado? (2)

c) Especialmente na segunda metade do século XVIII, que transformações ocorreram na economia britânica ede que forma as relações estabelecidas pelo Tratado de Methuem colaboraram para essas mudanças? (3)

a) Os setores beneficiados pelo tratado são a indústria têxtil inglesa e a vinicultura portuguesa.Embora Portugal possuísse o exclusivo colonial do Brasil, sua economia dependia de um parceiro comercialforte, como a Grã-Bretanha, para o escoamento dos produtos.A Inglaterra já era uma grande potência marítima, principalmente desde os Atos de Navegação, e seu go-verno estava comprometido com as atividades burguesas desde a Revolução Gloriosa, ratificando tratadoscomo este, de panos e vinhos, com Portugal.

b) No século XVIII, a mineração sobrepunha-se à produção açucareira e algodoeira, constituindo a principalatividade econômica da Colônia. O ouro brasileiro foi utilizado para saldar déficits comerciais, comprome-tendo o desempenho da economia lusa.

c) A metade final do século XVIII, na Inglaterra, assumiu a eclosão da Revolução Industrial com as profundastransformações socioeconômicas provocadas pelo desenvolvimento da maquinofatura. Assim, a indústriatornou-se o setor de ponta da economia britânica. Com o Tratado de Methuem, estabeleceu-se o domínioeconômico inglês sobre Portugal, abrindo-se amplos mercados fornecedores de matérias-primas e produtosprimários, bem como mercados consumidores dos produtos industriais britânicos.

Resolução

Questão A▼▼

AAAIIISSSIIIHHH RRRÓÓÓTTT

Observe o quadro estatístico que se encontra a seguir e estabeleça algumas conclusões sobre as tendênciasnele representadas. Com esses elementos e com o conhecimento histórico do Império Brasileiro até meadosdo século XIX, responda as questões.

Estatísticas históricas do Brasil, IBGE, 2ª Edição

a) Em termos gerais, qual era a situação da economia brasileira da época e como pode ser explicada a tendên-cia predominante até o ano de 1850, representada no quadro? (4)

b) Que eventos da política externa e interna do Império Brasileiro explicam os dados do quadro referentes aosanos de 1850-1851? (5)

c) Em termos do principal produto da economia brasileira da época, que mudanças imediatas e de longo pra-zo ocorreram a partir dos anos de 1850-1851? (6)

a) A situação geral era a de uma crise econômica que ia sendo aos poucos superada pelo crescimento da cafei-cultura. E é justamente esse crescimento, baseado na mão-de-obra escrava, que explica a tendência domi-nante revelada pelo quadro, ou seja, o elevado desembarque de africanos entre 1821 e 1850.

b) No período assinalado (1850/1851), presenciamos uma redução muito acentuada do desembarque de afri-canos no Brasil. Esse fato é explicado pela pressão militar inglesa, decorrente do “Bill Aberdeen” (1845),que levou ao fim definitivo do tráfico negreiro, com a aprovação da Lei Euzébio de Queiroz (1850).

c) A década de 1850 assistiu a mais um impulso na expansão da economia cafeira, que teve como importantesdesdobramentos a implantação e o espraiamento da malha ferroviária, a ocorrência de um surto industrial,assim como a aceleração do processo de urbanização.

Os textos a seguir tratam de alguns dos principais problemas agitados pelo movimento nazista, na Alemanha,a partir dos anos 1920. Depois da leitura, responda as questões.

“Feliz sentença do destino me fez nascer em Braunau, à margem do Inn. Esta cidadezinha acha-se na fronteirade dois Estados alemães cuja reunião nos parece, a nós que pertencemos à nova geração, a obra que devemosrealizar por todos os meios possíveis. A Áustria alemã deve tornar à grande mãe-pátria alemã. Os homens deum mesmo sangue devem pertencer ao mesmo Reich. Eis porque a cidadezinha fronteiriça de Braunau meaparece como símbolo de uma grande missão.”[...]

Questão C▼▼

Resolução

1851–55

1846–50

1841–45

1836–40

1831–35

1826–30

1821–25

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000

Estimativa de desembarque de africanos (média anual em períodos de 5 anos)

Questão B▼▼


“O movimento nacional socialista deve esforçar-se por suprimir a desarmonia atual entre a cifra de nossa po-pulação e a superfície do nosso território sendo este considerado tanto como fonte de subsistência como pon-to de apoio do poder político, por suprimir também a desarmonia existente entre o nosso passado histórico ea nossa impotência atual.”

Hitler, Adolf. Minha Luta ("Mein Kampf"). São Paulo: Centauro. s/d.

a) De acordo com os textos, quais os grandes objetivos do Nacional Socialismo alemão e de que forma eles se-riam realizados por um governo nazista? (7)

b) Explique o desempenho eleitoral que levou à ascensão do Partido Nazista ao poder, utilizando três fatores:o nacionalismo, a crise econômica a partir de 1929 e o comportamento político de algumas classes sociais.(8)

c) A crise econômica a partir de 1929 foi marcada pela superprodução e pelo desemprego. Em um pensamentoque se tornou famoso, Hermann Goering, um dos líderes do governo nazista, afirmava que os alemães devi-am preferir canhões à manteiga, "que só faz engordar". Explique de que forma essa afirmativa está relacio-nada com a crise econômica interna, e com os principais objetivos da política externa seguida pelo TerceiroReich. (9)

a) No primeiro fragmento, a cidade fronteiriça de Braunau aparece como metáfora da posição de Hitler emfavor da união entre Áustria e Alemanha em nome do “nacionalismo racial”. No segundo trecho de MinhaLuta, defende-se que o nacional socialismo busque a coesão entre a população e o espaço alemão. O pas-sado do país serviria de instrumento para retirar seu povo da suposta posição de impotência em que se en-contrava na década de 1920, em conseqüência da derrota na Primeira Guerra. Assim, para o Partido Nazista,ampliar o sentimento nacionalista seria uma forma de garantir a superação da crise e gestar uma Alemanharacialmente unida.

b) Em 1928, os nazistas receberam apenas 2,6% dos votos. No entanto, a crise gerada pela Grande Depressão,iniciada em fins de 1929, agravou a situação econômica da Alemanha, e os nazistas aumentaram os seus es-forços. Hitler, que dava explicações simples para as desgraças do país, era retratado como o salvador, comoalguém que compreendia as necessidades do povo e insistia que só os nazistas poderiam trazer a salvação.Com isso, a representação do partido no Reichstag (Parlamento) ampliou-se de 12 para 107 deputados.

O nazismo, a essa altura, atraía os desiludidos de todas as camadas da população: veteranos de guerra amar-gurados, intelectuais idealistas, industriais e grandes latifundiários temerosos do comunismo, desemprega-dos e jovens que ansiavam por uma causa. Além disso, muitos alemães votaram em Hitler não por suas idéias,mas por ele ser um adversário forte da República de Weimar. O que eles queriam, acima de tudo, era o fimde uma República que odiavam.

Na eleição de 31 de julho de 1932, os nazistas receberam 37,3% dos votos e conquistaram 230 cadeiras noParlamento — muito mais do que qualquer outro partido, mas não a maioria. Pressionado, o presidentePaul von Hindenburg (1847-1934) nomeou Hitler como chanceler.

c) O nazismo foi marcado pela intensa valorização do espírito guerreiro. A frase de Goering, inserida num con-texto de militarização do país, aponta para a austeridade e os sacrifícios que o povo alemão deveria realizarem prol da superação da crise econômica.Além disso a militarização permitiria a Alemanha a geração de empregos, a eliminação do Tratado de Ver-salhes, a conquista da Europa Oriental bem como a dominação e a exploração das raças ditas inferiorespelos nazistas.

Resolução


Os carros flex, com motores que funcionam tanto a gasolina quanto a álcool, já representam mais da metadedos veículos novos vendidos no País, mas muitos consumidores ainda têm dúvidas sobre a confiabilidade, oconsumo, o funcionamento e a manutenção dos motores bicombustíveis, bem como sobre quando utilizarálcool ou gasolina para economizar.Segundo informações de uma montadora a respeito de um carro flex por ela lançado recentemente, o con-sumo médio do veículo na cidade é de 10,0km/L com gasolina e 7,3 km/L quando abastecido com álcool.

a) A partir do consumo médio do veículo com gasolina e com álcool, estabeleça uma função que forneça a dis-tância que o veículo percorre com álcool em relação à que percorre com gasolina, considerando a mesmaquantidade de litros dos dois combustíveis. Esboce o gráfico dessa função. (1)

b) Em que condição é mais vantajoso abastecer com álcool? Justifique a sua resposta a partir da análise do grá-fico esboçado no item a). (2)

c) A tabela abaixo apresenta dados sobre o preço médio da gasolina e do álcool, no período de 22 a28/07/2007, em alguns estados brasileiros. Analise qual dos dois combustíveis torna o abastecimento maisvantajoso em cada um dos estados. Justifique sua resposta. (3)

(adaptado de http://www.anp.gov.br/i_preco/)

a) Com v litros de álcool, a distância percorrida, em km, é da = 7,3v.Com v litros de gasolina, a distância percorrida, em km, é dg = 10v.

Temos v = = e, portanto, da = 0,73 ⋅ dg

Resposta:

7,3

10 dg

da

0

dg

10

da

7,3

Resolução

Questão A▼▼


OOO OOONNNCCCIIIRRR CCC MMM OOOCCCIIIÁÁÁEEEAAAMMM TTT TTTÍÍÍ IIIAAA

Preços praticados em alguns estados do Brasil,período de 22 a 28/07/2007

ESTADOPreço médio Preço médio

Gasolina ÁlcoolAMAPÁ 2,219 1,983MATO GROSSO 2,920 1,235PIAUÍ 2,576 1,866SÃO PAULO 2,399 1,176

b) Com uma determinada quantidade de álcool, por exemplo, com um tanque cheio, podemos percorrer

dakm, com custo total de Ca reais; assim, o custo por quilômetro é . Com a mesma quantidade de gaso-

lina, podemos percorrer dgkm, com um custo total de Cg reais — e, nesse caso, o custo por quilômetro é

. Comparando os custos por quilômetro rodado, observa-se que será mais vantajoso usar álcool se, e so-

mente se, � , ou seja, Ca � Cg.

Do item anterior, temos = 0,73 (coeficiente angular da reta).

Logo, devemos ter Ca � 0,73Cg. Isto é, para quantidades iguais de combustível, o custo total do álcool deveser menor que 73% do custo total da gasolina.

Resposta: O preço do álcool deve ser menor que 73% do preço da gasolina.

c)

Nessa tabela, podemos comparar 73% do preço da gasolina com o preço do álcool.

Resposta: Nos estados de Mato Grosso, Piauí e São Paulo, o álcool é mais vantajoso. No estado do Amapá,a gasolina é mais vantajosa.

As livrarias A, B, C e D de uma cidade vendem livros de Matemática de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental,de uma mesma coleção, com preço comum estabelecido pela editora. Os dados de vendas diárias são osseguintes:

a) Quantas coleções completas (de 5ª a 8ª séries) são vendidas diariamente em cada uma das livrarias? (4)b) Qual o preço de venda de cada um dos livros da coleção? (5)c) Quando uma livraria compra 100 coleções completas (de 5ª a 8ª séries), a editora emite uma fatura no valor

de R$22.963,20. Qual a porcentagem de desconto que a livraria recebe nesse caso? (6)

a) Podemos verificar quantas coleções completas foram vendidas diariamente em cada livraria pelo menor nú-mero de livros vendidos da 5ª à 8ª série. Na livraria A, esse número é 2; na livraria B, é 1; na livraria C, é 0;e na livraria D, é 1.

Resposta: 2 em A, 1 em B, nenhuma em C e 1 em D.

Resolução

Questão B▼▼

da

dg

da

dg

Cg

dg

Ca

da

Cg

dg

Ca

da


ESTADO pg 0,73pg pa

AMAPÁ 2,219 1,620 1,983MATO GROSSO 2,920 2,132 1,235*PIAUÍ 2,576 1,880 1,866*SÃO PAULO 2,399 1,751 1,176*

LivrariasNúmero de livros vendidos Valor total

5ª série 6ª série 7ª série 8ª série recebido (R$)A 2 2 3 2 563,10B 2 1 2 4 566,10C 0 5 0 0 304,50D 3 2 5 1 687,90

b) Sendo x, y, z e v, nessa ordem, os preços dos livros de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série, temos o sistema de equações:2x + 2y + 3z + 2v = 563,102x + y + 2z + 4v = 566,105y = 304,503x + 2y + 5z + v = 687,90

Resolvendo esse sistema, obtemos x = 60,90; y = 60,90; z = 63,90; e v = 63,90.

Resposta: 5ª série: R$60,90; 6ª série: R$60,90; 7ª série: R$63,90 e 8ª série: R$63,90.

c) Uma coleção completa custa R$249,60 (= 60,90 + 60,90 + 63,90 + 63,90).O preço de 100 coleções completas seria R$24.960,00.Como a fatura foi de R$22.963,20, houve um desconto de R$1.996,80.

A porcentagem do desconto é ⋅ 100% = 8%.

Resposta: 8%

Uma loja de departamentos compra cartuchos para uma determinada impressora jato de tinta a R$28,00 aunidade e prevê que, se cada cartucho for vendido a x reais, serão vendidos 200 – 2x cartuchos por mês.

a) Encontre uma fórmula que fornece o lucro mensal em função do preço de venda x de cada cartucho. (7)b) Estabeleça matematicamente o intervalo dos valores de x para os quais existe efetivamente lucro. (8)c) Para que o lucro seja máximo, qual deve ser o preço de venda x de cada cartucho? (9)d) Qual será o lucro máximo e quantos cartuchos serão vendidos mensalmente ao preço que maximiza esse lu-

cro? (10)

a) O lucro unitário é x – 28, com x � 28. Como o número de unidades vendidas por mês é 200 – 2x, o lucro mensal é dado por

L = (x – 28)(200 – 2x). Assim, temos L = 2(x – 28)(100 – x) ou L = 2(–x2 + 128x – 2800).

Resposta: L = –2x2 + 256x – 5600

b) Do item anterior, temos L = (x – 28)(200 – 2x), em que x – 28 representa o lucro unitário e 200 – 2x a quan-tidade de unidades vendidas por mês. É claro que, para haver efetivamente um lucro, devemos ter

x – 28 � 0 e 200 – 2x � 0, ou seja, x � 28 e x � 100.

Resposta: ]28, 100[

c) Sendo a, b e c constantes, com a � 0, sabemos que ax2 + bx + c, com x ∈ IR, assume seu valor máximo se,

e somente se, x = . Assim, com L = –2x2 + 256x – 5600 e 28 � x � 100, podemos afirmar que L é máximo

se, e somente se, x = = 64.

Resposta: R$64,00

d) Com x = 64, temos x – 28 = 36 e 200 – 2x = 72.Como o lucro mensal é dado por L = (x – 28)(200 – 2x), o lucro máximo, em reais, é dado por 36 ⋅ 72 = 2592.Note-se que o número de cartuchos vendidos nessas condições é 72 (= 200 – 2x).

Resposta: R$ 2592,00 e 72

–256–4

–b2a

Resolução

Questão C▼▼

1996,8024960


1º- dia (4 horas de duração) questÕes peso gv...

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