1946 - 2016

anos cheios de hist ória...Celebramos, este ano, setenta anos. Este acontecimento me permite olhar para trás e reconhecer que, sem nossa equipe, sem todas as pessoas que formaram e formam o Grupo Arteche, nossa história não teria sido tão longa.

É o que sintetiza nosso lema Moving Together, que faz referência a nossa história, a nosso passado compartilhado e a nosso futuro juntos.

Ao longo desses anos, enfrentamos numerosos desafi os, grandes difi culdades, que fomos superando pouco a pouco com muito esforço e dedicação. E seguimos em frente.

Foi a grande capacidade técnica e humana de nossa equipe que tornou isso possível. Hoje, graças a eles, somos uma pequena multinacional com presença em mais de 150 países.

Graças a todos os que formaram e formam parte do Grupo Arteche, estamos em condições ótimas para enfrentar o futuro imediato com altos níveis de competitividade e para responder aos desafi os que continuam surgindo em nosso caminho.

Nesses 70 anos, mudamos, evoluindo com os tempos, nos adaptando e adaptando nossas soluções ao que o setor e a sociedade demandam. E continuaremos seguindo assim.

É um grande motivo de satisfação ter chegado aos 70 anos graças ao trabalho de tantas pessoas, de todos os que estão por trás de nossos sucessos. É uma honra e um orgulho. E encaro o futuro com esperança e confi ança; uma confi ança baseada em sua profi ssionalidade, esforço e na excelência que transmitem ao Grupo Arteche.

JOSE JAVIER ARTECHEPRESIDENTE

Mostra dos primeiros folhetos e da web atual do Grupo Arteche.

Em dezembro de 1946, após o fi nal da Segunda Guerra Mundial e em um país arrasado por sua própria guerra civil, foi fundada a Electrotécnica Arteche Hermanos, S.A.

Durante os primeiros anos, fabrica e comercializa transformadores de medida da marca Balteau, pequena aparelhagem elétrica e aparelhos de raios-X.

Mas logo abandona essa última atividade para se focar em um único setor: o setor elétrico.

Nove anos antes, em 1937, Aurelio de Arteche escapou de Gernika, bombardeada durante a Guerra Civil, e se exilou na Bélgica. Ali foi contratado como auxiliar de laboratório pela Usines Balteau, uma empresa familiar dedicada ao fabrico de transformadores e material elétrico.

Após criar uma forte amizade com um de seus diretores, Aurelio passou por todas as seções da fábrica, aprendendo sobre os produtos e como fabricá-los.

Nasceu, então, a ideia da qual surgiria, mais tarde, o Grupo Arteche.

1946 - 1974O nascimento

de Arteche

Aurelio de Arteche, fundador da empresa.

A primeira fábrica estava localizada no bairro de Billela de Mungia. Operacional até seu incêndio em 1968, foi a primeira indústria instalada no vale.

Primeiros funcionários de Arteche nos anos 50.

Vista interior da ofi cina e do laboratório da fábrica de Billela em seus primeiros anos.

1946 - 19742

anos

Con el estallido de la Segunda Guerra Mundial, Don Com o começo da Segunda Guerra Mundial, Aurelio deixou a Bélgica e viajou para a Venezuela, onde passou os sete anos seguintes, o que lhe permitiu conhecer outras facetas do mercado elétrico, novos mercados, produtos, tecnologias e ainda fazer contatos, que se revelaram transcendentes na hora de erguer a fábrica de Mungia.

Quando terminou a guerra, Aurelio voltou a Bilbau e, no mesmo ano de seu regresso, com a ajuda de amigos e familiares, nasceu Arteche.

Os primeiros anos de atividade foram duros e bastante complicados.

O mercado espanhol, isolado e isolacionista por causa da ditadura, fora dizimado pelas guerras, e existiam importantes restrições e cortes que obrigavam Arteche, entre outras coisas, a recorrer ao contrabando para se aprovisionar, via San Juan de Luz e Bermeo, de muitos dos materiais com que fabricava seus transformadores de medida.

Mas, apesar de todas estas difi culdades, 10 anos mais tarde - no início dos anos 60 -, já era reconhecida na Espanha como um referência industrial.

Uma das primeiras ações emitidas em 1947.

Modelo de transformador de

AT. Anos 60.

Primeiro modelo de relês de proteção.

Anos 70.

1946 - 1974 3

anos

Por essa altura, Arteche decide se lançar na fabricação de um novo produto: os relês auxiliares.

Assim, em 1961, alcança um acordo com a francesa ICE-Paris para fabricar e comercializar seus relês mediante licença.

Os acordos com a Balteau e a ICE-Paris dotaram Arteche de uma importante segurança econômica e tecnológica, pois estava amparada por empresas maiores, mas tinham poucas perspectivas de crescimento, já que implicavam a reclusão ao mercado espanhol.

Uma situação que chocava com a vontade de crescer e inovar com a qual Arteche tinha nascido.

Com o objetivo de superar essa barreira, nasce em 1969 a Ikaslan, a primeira tentativa de Arteche criar, desde o zero, novos relês, desta vez com a marca Arteche, que substituíam a tecnologia francesa. Esse foi o primeiro passo rumo a independência tecnológica da empresa.

Ikaslan foi uma unidade interna de investigação que durou até 1981, desenvolveu a gama de relês de Arteche e iniciou o desenvolvimento de um produto de engenharia de sistemas complexo com o projeto Agiñur. Foi o primeiro passo de Arteche para se abrir ao mundo.

Durante os doze anos em que esteve ativa, a Ikaslan passou da dependência a independência tecnológica, da aquisição de tecnologia a sua geração interna, da electromecânica a engenharia de sistemas. Impulsionou o papel da tecnologia como fonte de vantagem competitiva, tanto nos custos como na diferenciação.

No ano de 1971, termina a relação de Arteche com a ICE-Paris e, em 1973, há a rescisão do contrato com Usines Balteau.

Pela primeira vez, após quase trinta anos de atividade em que crescemos e amadurecemos, Arteche depende somente de si própria.

O ano de 1973 foi determinante na trajetória de Arteche, ao coincidir sua independência tecnológica (na foto central, assinatura do acordo), a primeira exportação e a abertura da fábrica localizada em sua atual localização no bairro de Zabalondo de Mungia.

Junta diretiva de Arteche no exterior da nave de relês (1968). Sentado, Aurelio de Arteche (segundo a partir da direita). De pé, seus fi lhos Unai (primeiro a partir da esquerda) e Lander (segundo a partir da esquerda), a segunda geração familiar à frente da empresa.

1946 - 19744

anos

1974 - 1995Arteche se

abre ao mundoAlcanzar la plena independencia tecnológica, supone Alcançar a plena independência tecnológica, implica abordar a grande tarefa de renovar todo o catálogo de produtos, que já não depende de terceiros.

O objetivo é desenvolver novos desenhos… Novas tecnologias que diferenciem seus produtos dos de Balteau e ICE-Paris para, assim, se abrir ao mundo e se converter em uma referência no mercado internacional.

Porém, o caminho para lá chegar não é fácil.

Renovar todos os produtos implica um esforço titânico para toda a equipe de Arteche que, em paralelo, procura abrir novos mercados que, até então, tinham estado vetados, adaptando, além disso, todos os produtos a novas normativas e requerimentos.

O trabalho foi grande mas, em fi nais de 1977, a maior parte dos produtos oferecidos por Arteche eram fruto de novos redesenhos e desenvolvimentos.

No ano seguinte, Arteche se implanta pela primeira vez fora de Espanha, na Venezuela.

Durante sete anos, enquanto durou a Segunda Guerra Mundial, Aurelio Arteche esteve exilado em Caracas, cidade na qual nasceram dois de seus fi lhos e na qual concretizou a ideia empresarial da qual resultaria o Grupo Arteche. Foi onde nasceu sua vocação internacional e inovadora.

Esquerda: centro de Desenho e I+D, estruturado em torno de uma unidade de negócio autônoma denominada

IKASLAN (no idioma basco: grupo de aprendizagem).

Direita: Stande no CITA 87.

JOSÉ LUIS BASALDÚAResponsável de Comércio Exterior(1978 - 2004)

“Arteche teve o grande mérito de ultrapassar as barreiras que existiam e que ainda existem”

Os primeiros anos de exportações de Arteche foram muito importantes.Fundamentais. Esses cinco ou dez primeiros anos de exportações implicaram um esforço enorme de todo o mundo. Não havia contatos, não conhecíamos ninguém… Mas vendemos na Suécia, conquistamos a América, lutamos na Itália, Alemanha… Na Alemanha, competíamos com um forte fabricante alemão, na Suíça com um suíço, na França com um francês como Alstom… Era duro, mas ao fi m de 10 anos na Suécia vendíamos já mais que a ABB, o fabricante local. Esses sucessos foram fruto de nossa perseverança, de todos nós. De trabalho duro e dedicação.

E agora, lá fora, consegue ver os resultados de vosso esforço?Pois, por exemplo… Fiz muita viagens na China. Me convidavam a jantar e as diferenças culturais complicavam a relação. Não estamos acostumados a sua comida, nem a seus modos. Dizia “não, descargas parciais não temos”, e não sabia se me escutavam ou sequer se me entendiam. Era um pouco estranho, informal, mas agora temos lá ma fábrica. Esse é o fruto do esforço de muita, muita gente.

E qual é sua avaliação agora?Muito positiva. Partindo do zero… Arteche teve o grande mérito de ultrapassar as barreiras que existiam e que imagino ainda existem. Está onde está, e como está, sendo uma empresa familiar, trabalhando com fornecedores locais… É o trabalho de muita gente. Eramos um grupinho, mais uma quadrilha do que companheiros. Arteche sempre foi como um barco, todos vogando em uma mesma direção.

1974 - 1995 5

anos

...Arteche, ao longo dos anos

O vínculo estabelecido entre Arteche e Venezuela era de suma importância, tanto por considerações de tipo comercial como pessoal.

No fi nal dos anos 70, o mercado venezuelano já era muito importante, pois o país apresentava grandes taxas de crescimento e a necessidade de renovar suas redes elétricas. Como tal, acumulou a maior parte das primeiras exportações e tinha grandes expectativas de desenvolvimento.

Apesar de não contar com sócios industriais locais nem grandes recursos fi nanceiros para o projeto, em 1979, Arteche inaugurou uma fábrica na localidade de Barquisimeto. Um centro de produção concebido a partir dos alicerces, tal como as novas redes comerciais que teve que estabelecer.

Seu começo, assim como a implantação dos modelos produtivos e de trabalho adotados em Mungia, implicou numerosas deslocações - muitas delas de permanência prolongada - de diretores e trabalhadores de Zabalondo até ao país caribenho.

E, apesar da crise que a Venezuela sofreu na primeira metade da década de 80, o projeto prossegue.

Esta primeira implantação no exterior é complementada, em 1993, pela aquisição da empresa mexicana Transformadores y Tecnología.

TyT havia sido criada por antigos diretores de Balteau no México, entre os quais se encontrava Gotzon de Anúzita, seu Diretor Geral e segundo primo da família Arteche. Naquele momento, a empresa não estava em sua melhor fase.

Durante uma missão empresarial do Governo Basco, o Diretor Geral de TyT faz um oferta de venda a diretoria de Arteche, com o objetivo de renovar sua tecnologia como estratégia para resolver alguns dos problemas que sua empresa tinha.

Após dois anos de refl exão e negociação, Arteche adquire TyT e entra em um grande mercado: América do Norte.

Fábrica de CACEI na Venezuela, erguida desde o zero. Foi a única experiencia do gênero feita por Arteche. As

posteriores implantações foram realizadas a partir de acordos ou aquisições de empresas já constituídas.

Interior da fábrica de TyT no México. Durante algum tempo, continuaram a ser produzidos os produtos da

marca anterior.

1976 - 1994

1995 - 2011

1946 - 1953

1954 -1975

2012

1974 - 19956

anos

1995 - 2016Arteche se converte em um

referência internacionalEm 1995, cerca de metade das vendas de Arteche se produzem fora da Espanha, e a tendência segue uma linha ascendente durante os anos seguintes, assentando como uma empresa de referência para o setor elétrico a nível internacional.

O que começou com modéstia, fabricando produtos mediante licença para um mercado ditatorial que impunha importantes restrições, evoluiu.

Arteche chega ao fi nal do século com um produto maduro e muito bem valorizado, com uma forte implantação tanto na América como na Europa e competindo, olhos nos olhos, com grandes corporações multinacionais.

As perspectivas são tão boas que recebe algumas ofertas de compra que são recusadas. Arteche cresceu e evoluiu, e quer continuar assim, apesar dos obstáculos que vão surgindo.

Mas não foi somente Arteche que evoluiu, também o mundo evoluiu. O novo milênio traz consigo novas necessidades no setor, novas preocupações e também novas formas de enfrentar os desafi os. E Arteche, como sempre, tem de se adaptar aos câmbios constantes.

Durante estes anos, Arteche cresce em todo o mundo, se implantando na Argentina e no Brasil, com novas empresas no México e se lança na conquista do Extremo Oriente. Com o acordo alcançado na China para abrir sua fábrica, chega a um dos maiores produtores de material elétrico, e com sua implantação na Austrália, ao quarto continente em sua expansão.

Arteche sente assim as preocupações próprias dos novos tempos, em que predominam as tecnologias Smart, adicionando a seu catálogo equipamentos para a automatização da distribuição e de subestações, qualidade da energia e soluções para as redes inteligentes, e equipamentos de proteção, medição e controle.

Arteche quer continuar sua expansão, continuar crescendo. E procura fazê-lo em estreita colaboração com todos os agentes que confl uem em nossa atividade (clientes, fornecedores e trabalhadores).

Com sua nova dimensão internacional, Arteche precisa se adaptar. Por isso, adota uma nova organização interna, focalizando sua atividade em várias unidades de negócio especializadas, para continuar sendo uma organização ágil e próxima. Com experiência, mas também com vocação de inovação.

Atualmente, tem empresas de produção em 4 continentes. De cima para baixo: exterior da fábrica da China, interior da fábrica no Brasil e "sala

branca" para o fabrico de Transformadores isolados em gás,em Vitoria-Gasteiz.

1995 - 2016 7

anos

Em 2012, Arteche inaugura o maior laboratório de Ultra Alta Tensão da Espanha, um dos maiores da Europa. Um cubo com quase 30 m de altura que permite ensaios elétricos de até 1.200 kV e com capacidade para gerar impulsos elétricos tipo raio de até 4.800 kV.

Em essência, uma caixa Faraday cuja fachada metálica polida parece vibrar ao longo de seu perímetro, fazendo desaparecer a construção na sua envolvente, um equipamento pensado para futuros níveis de tensão, superiores aos processados na atualidade.

Arteche enfrenta o futuro aberto da inovação, uma constante ao longo de seus 70 anos de história, se esforçando por oferecer equipamentos e soluções de elevada componente tecnológica que respondam as necessidades dos clientes, que foram evoluindo e continuarão a evoluir com o decorrer dos anos.

São as 2000 pessoas que trabalham na empresa que, com sua formação e motivação, vão determinar a capacidade de Arteche enfrentar os desafi os que o futuro vai trazer.

O laboratório de ultra alta tensão de Mungia foi um investimento estratégico imprescindível para poder satisfazer as necessidades das grandes linhas de transmissão do futuro.

...e até ao 7575 ºº aniversário

+51995 - 20168

anos