16/04/2016 - jornal semanário - edição 3.224

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BENTO GONÇALVES Sábado 16 DE ABRIL DE 2016 ANO 49 N°3224 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Reflexo da crise Dívidas referentes a valores até R$ 250 representam 34% do total Página 15 Vítimas da covardia Assassinatos de cães e gatos por ingestão de estricnina viram rotina e geram alerta para situação Página 14 Envenenamento de animais Inadimplência cresce 8% na Capital do Vinho CAIANI MARTINS

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16/04/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.224 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 16/04/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.224

BENTO GONÇALVESSábado16 DE ABRIL DE 2016ANO 49 N°3224

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Reflexo da crise

Dívidas referentes a valores até R$ 250 representam 34% do total Página 15

Vítimas da covardiaAssassinatos de cães e gatos por ingestão de estricnina viram rotina e geram alerta para situação

Página 14

Envenenamento de animais

Inadimplência cresce 8% na Capital do Vinho

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DescontroleEditorial

Todos nós brasileiros estamos, de hoje a domingo, ligados nos que poderá vir a ser, ou não -mais provável que sim- a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rouseff na Câmara de depu-tados, em Brasília. Se aprovado, a presidente será afastada por 180 dias a partir do momento em que o Senado aceitar o pedido, pe-ríodo em que assume o vice Michel Temer e o Senado confirma ou não -mais provável que sim- o impeachment e então seguimos com Temer, podendo se abrir muitos caminhos a escolher. Em caso de não aprovação neste domingo na Câmara -pouco provável-, assun-to encerrado quanto ao impeachment, Dilma se mantém na presi-dência, a oposição vai cerrar fileiras com o processo em andamento no Tribunal Superior Eleitoral e a chance de uma coalisão -posição que a presidente prega se permanecer mas não sustenta se não per-manecer- também é mínima. O mais provável que aconteceria, em caso de não impeachment, nesse momento, ninguém ousa prever. Poderia ser que tudo voltasse ao “normal”, seja lá o que isso possa significar, como poderia tudo desandar mais ainda ladeira abaixo, rumo ao caos e, aí sim, o que hoje tanto se fala, um possível “golpe”.

Se a presidente Dilma incorreu em crime, até o momento não há provas além das polêmicas Pedaladas, a não ser que a Lava Jato traga à tona fatos novos que a comprometam. E, a princípio, isso a presidente tanto alega, para haver a possibilidade de impeachment, é preciso haver o crime, senão, diz a presidente, “é golpe”. Ao pé da letra, não deixaria de ser. Mas o impeachment de Collor teve como prova de crime uma simples Brasília. Para o processo de Dilma, não há uma Brasília de prova, mas a desaprovação de seu governo é indis-cutível. As alegações de que “não sabia de nada” podem expli-car mas não justificar, afinal, explicações se dá para guarda de trânsito e pelo menos para os brasileiros mortais, a Lei no Brasil não aceita desconhecimento como alegação de defesa. Seu al-goz, Eduardo Cunha, foi e está sendo vingativo? Provavelmen-te sim. Mas a vingança do “malvado favorito” como está sendo chamado, não encontraria o eco que encontrou não houvesse o desgoverno, o descontrole total da Nação, tenha isso sido fa-bricado ou não. Incompetência de Dilma? Não, competência a presidente possui; não teve e nem tem entretanto, isso ficou cla-ro, habilidade de governança, levando o país ao descontrole e é

Competência a presidente tem, não

teve, no entanto, habilidade de governança

isso que a maioria da população não aceita mais e está querendo que seja aprovado nesse domingo ao optar pelo impeachment: o fim do descontrole. Não há mais capacidade para suporte de um erro sequer. Ao ponto de a maioria da população sinalizar que suportaria de momento qualquer coisa na presidência, menos Dilma; afinal, essa população agora acredita que o “qualquer coisa” também pode ser deposto depois, se precisar. Gover-nar não é fácil, exige uma habilidade para lidar com pessoas, com diferenças, e haja diferenças. Portanto defender extinção de partidos não é solução, afinal em todos os partidos, assim como em todas as empresas, todas as entidades, todas as famí-lias, existem pessoas que aprovamos e não aprovamos. Todos os partidos possuem seu telhado de vidro e é preciso contabilizar que vários estavam até ontem usufruindo do governo que hoje combatem. Mais do que tudo, oposições são muito importantes, devem existir sempre, contemplam uma democracia.

Para governar, assim como no futebol, não bastam craques. Se não houver trabalho de equipe, se a equipe não somar garra, não neutralizar a liderança negati-va, não contagiar a torcida e, por conseqüência, perder todas, está fora.

O que, nesse processo todo, ficou mais evi-dente agora para a população é que, para se sustentar, um Governo dispõe de três armas: a

força, a liderança e o dinheiro; o que muda é a dose de cada um. No nosso caso, ao que parece pelo menos a partir do governo Lula, considerado um governante habilidoso, apesar de seu lin-guajar pouco educado para alguém que governou uma Nação, a moeda do dinheiro –a mais fácil- predominou, ao menos é o que tem tendido a nos revelar a Lava Jato e denúncias anteriores. Outros fizeram o mesmo antes? Pode ser, mas a Nação acredi-tou que Lula seria diferente. Quebrar uma fé custa mais caro do que não ter nenhuma. O preço disso quem paga é Dilma? Provavelmente sim. O mundo não dá perdão às mulheres? Tam-bém. Mas o fato é que Dilma também não se ajuda, tropeçando em suas próprias declarações já há bastante tempo, na ilusão de que a governabilidade seja uma simples sentença matemática: fui eleita, LOGO sou presidente. Essa lógica, mais do que nunca, hoje, sabemos que não existe. Só Deus tem na mão o bastão do futuro. E ainda assim, não o usa.

Sábado, 16 de abril de 2016 2 Opinião

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FAZ PARTE DA SUA VIDA

Sobre crueldade e teorias evolutivasHumanidade é transcrita em dicionários como, além

do conjunto de características específicas à natureza hu-mana e palavra que generaliza a existência do ser huma-no, sentimento de bondade, benevolência ou compaixão em relação aos desfavorecidos. Por mais extremista que possa soar, parece que parte das criaturas alocadas nes-ta classificação natural estão longe de fazer jus ao sig-nificado do termo. Não é passível do comportamento humano, ou não deveria ser, por puro egoísmo, falta de capacidade cognitiva ou qualquer outra possível expli-cação obscura até então, optar por uma atitude covarde, irresponsável e sobre tudo criminosa de atentar contra a vida de um animal de estimação.

É como se a evolução das espécies, proposta em teoria por Charles Darwin há um século, tivesse pulado parte da humanidade, fazendo com que alguns permanecessem com sérias limitações intelectuais, como Homo sapiens. Na verdade ao fazer esse comparativo cometo uma in-justiça com nossos antepassados, pois sua classificação em tradução literal do latim quer dizer “homem sábio”,

adjetivo que parece não ter sido passado para a próxima geração. Não pretendo abrir discussão sobre teorias evo-lutivas ou criacionistas, mas sim, encontrar uma possível explicação para tamanha falta de raciocínio, até porque se tomarmos os ensinamentos religiosos como embasa-mento, creio que São Francisco de Assis não estaria muito animado com a atitude de alguns por aí.

O que precisa ser defendido, indiferente de raça, credo, etnia, nível acadêmico, opção sexual ou quaisquer outros fatores que possam ser utilizados como elementos de classi-ficação humana e a empatia com os outros seres vivos. Nos-sos antepassados entenderam o valor dos animais, domesti-caram lobos transformando-os em leias companheiros, em uma relação pura, de respeito e entendimento. Infelizmente elo se perdeu. Dizem que o que nos separa dos demais ani-mais são as capacidades sociais e intelectuais, mas que pro-ficiência de convívio tem um ser que não consegue suportar o latido de um cão, que muitas vezes já foi alvo de crueldade, descontrolando-se a ponto de envenenar o mesmo. Mas afi-nal, não era para nós sermos os racionais?

Artigo

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Painel

Sexta-feira é boa, ainda mais quan-do se tem de volta o projeto Sexta Rindo, do Teatro Sala de Ensaio. A primeira edição de 2016 já será em alta voltagem com a apresentação do espetáculo BAH!. O trabalho, uma mistura de humor, musica, mágicas, interatividade e improvisos, já tem um público cativo, pois a primeira sessão, às 19h30, já está esgotada. Ingressos a venda para o show ex-

tra, das 21h15min, na própria Sala de Ensaio e no Wolly Burguer (Kayser e Bela Vista) a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia e antecipado).

BAH! Foi criado e é conduzido pelos comediantes Caciano Kuffel e Rudy Martins. A dupla tem talento reconhe-cido no fazer rir. Kuffel participou no Prêmio Multishow de 2015 na catego-ria humor e, Martins, já foi ganhador do concurso Comediantes do RS.

Sexta Rindo retorna com BAH!

A ONG Patas e Focinhos realizará dois eventos neste sá-bado, 16: O Pedágio Solidário que acontece no semáforo da Praça Vico Barbieri com a rua Treze de Maio, das 9h às 17h, onde os motoristas podem deixar uma colaboração para ajudar na manutenção da ONG. O valor arrecadado será re-vertido para acolhimento, medicamento e cuidado dos ani-mais abandonados e maltratados.

E a tradicional FEIRA DE ADOÇÃO de Cães e gatos, será das 9h às 16h, no Recanto dos Animais- rua Julio de Casti-lhos, 186, no centro.

Pedágio Solidário e Feira de Adoções ocorrem neste sábado

Depois do sucesso no ano passado, o Uni-verso Alegria retoma os palcos da ExpoBento no dia 12 de junho, reunindo em uma única noite cinco nomes da música sertaneja. Pela primeira vez no palco da feira, a dupla Hen-rique & Juliano promete ser a grande atração da edição. Mas a programação contará, ain-da, com o talento e carisma de Michel Teló, que volta à feira. O cantor compositor e mul-

ti-instrumentista, Michel Teló, lançou seu primeiro álbum solo em 2009 e de lá para cá o sucesso não parou, embalados por hits como ‘Ai seu eu te pego’, ‘Ei, Psiu! Beijo me liga’. Para os fãs do sertanejo, a noite ainda reserva as apresentações de Marcos e Fer-nando, Breno & Caio César e Diego Strada.A ExpoBento acontece de 2 a 13 de junho, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

Sábado, 16 de abril de 2016 3Painel

Você não gostaria de estar em Brasília hoje negociando benesses e vantagens ao invés de estar trabalhando duro , gerando riquezas, provendo o sustento familiar e cuidando do futuro de seus filhos? Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

HUMOR Moacir ArlanINADIMPLENTES

NÃO NEGO. DEVO,

PAGO QUANDO

PUDER

PROIBIDAENTRADADECREDORES

bem-vindo ao clube, AMIGO. VOCÊ acaba

de ganhar uma lindacamiseta personalizada

e uma corda para colocar no pescoço

O crescimento do tráfico de drogas é apontado como uma das principais razões para o aumento da violência. Pensando na proteção dos jovens bento-gonçalvenses, o Conselho Municipal Antidrogas (Comad) promove a capacitação “Sobre Prevenção do Uso de Drogas para Educadores”. Serão dez encontros consecutivos todas as terças-feiras, das 13h30min às 17h30min, de 19 de abril até 21 de junho, na Faculdade Cenecista. “A intenção é proporcionar um trabalho seguro, aproveitando a rela-ção professor e alunos, e conscientizar sobre os riscos das drogas e como agir”, explica Pedro Della Corte, presiden-te do Comad. As inscrições gratuitas podem ser feitas até segunda-feira, 18, no site da Prefeitura (www.bentogon-calves.rs.gov.br). O curso é aberto para a comunidade, mesmo para quem não possa participar dos dez encon-tros. Mais informações pelo telefone (54) 9655.7766.

Comad promove capacitação de educadores contra as drogas Cinco atrações em uma noite na ExpoBento2016

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Sábado, 16 de abril de 20164 Geral

Uma bofetada!

Que bonito para nós, né?

Diante de tudo o que se tem visto nos últimos tempos no Brasil, não seria lícito se esperar que as repercussões no mundo todo não fossem as piores possíveis. Vivemos um tempo em que a intolerância atingiu patamares alta-mente preocupantes, mas, textos como este, escritos por uma revista norte--americana que desfruta de prestígio mundial, merece muito mais do que reflexão por parte dos cidadãos que possuem um QI um pouco mais elevado que o de um chimpanzé. O jornal ZH de ontem, em seu editorial na pá-gina 32, reproduz a publicação da revista Forbes, textualmente, colocando na berlinda o resquício de seriedade que, eventualmente, ainda pudesse ter perante seus cidadãos e o mundo. Leia abaixo o texto da Forbes.

Está lá, na página 32 da ZH de ontem. A revista Forbes escreveu: “É apenas uma intuição. Os processos abertos pela justiça federal contra dúzias de políticos brasileiros nos numerosos escândalos da Petrobrás serão encerrados ou jamais solucionados assim que a presidente Dilma Rousseff for afastada. Políticos serão absolvidos pelos seus crimes. A mídia vai parar de resmungar e tagarelar contra a corrupção. Alguns editores e repórteres não saberão mais sobre o que tuitar. Dilma se foi. Não há mais corrupção. A Petrobrás e todos os políticos associados a ela estão livres em casa”. Um texto que traduz, exatamente, o que sentem os brasileiros não fanáticos por petralhas ou demotucanalhas, mas conscien-tes, que têm na honestidade, na ética e na moral os alicerces de suas vidas. Bonito para nossa cara um texto desses! A que ponto chegamos!

ÚLTIMASPrimeira: Local:

Barra da Tijuca, área “chique” do Rio de Janeiro; fato: roubo de energia elétrica por parte de morado-res, tudo “gente chi-que, do bem”, muitos deles participantes de “panelaços” e “ma-nifestações contra a corrupção”;

Segunda: Local: Bento Gonçalves; fato: “gente do bem” esta-cionando em vagas de idosos e deficien-tes físicos, na rua ou em shoppings. Muitas ativas participantes de manifestações “contra a corrupção”;

Terceira: Locais: vários; fatos: ausên-cia ou descaso com caixas para atendi-mento de idosos, de-ficientes, grávidas, etc. Até na agência do Correio do centro a lei não é considerada;

Quarta: E se fa-larmos de alguns supermercados e as-semelhados, bem, aí o desrespeito é total. E todos esses infrato-res se julgam “gente de e do bem”. Tam-bém protestam con-tra a corrupção;

Quinta: Mas há coi-sas boas para serem comentadas. O Es-portivo de 2016 está cumprindo uma bela temporada. É terceiro lugar de sua chave, está jogando um bom futebol e sua torcida o está apoiando;

Sexta: E o Grêmio buscou sua classifica-ção para as oitavas de final da Libertadores na altitude de Quito, quando poucos ima-ginavam. O que virá agora? É o que a tor-cida quer saber;

Sétima: Hoje, às 16h20m, tem Inter x São José, pelo rurali-to. É o início das se-mifinais. Lamentável é saber que o Grêmio terá que jogar terça pela LA e quinta com o Juventude e em Ca-xias. Será que alguém pode imaginar isso como “normal”?

Antô[email protected] Estão abertas as inscrições

para a 38ª edição da Olimpía-da Brasileira de Matemática (OBM), que busca encontrar talentos e contribuir para a me-lhoria do ensino da disciplina no país, além de selecionar estu-dantes para representar o Brasil em competições internacionais.

As escolas das redes pública e privada podem inscrever seus alunos e indicar o coordenador até o dia 31 de maio, pelo site www.obm.org.br. A competi-ção é aberta a estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental e do ensino mé-dio, divididos em três níveis. Os estudantes de graduação também podem participar, e, para esse grupo, a inscrição vai até o dia 2 de setembro.

A olimpíada tem três fases: a primeira etapa será no dia 17 de junho, a segunda em 16 de setembro e a terceira nos dias 22 e 23 de outubro. Para o ní-vel universitário são duas fa-ses, aplicadas nos mesmos dias da segunda e terceira etapas.

Ensino criativo

A competição também tem entre seus objetivos estimular

formas mais criativas de ensinar matemática, segundo o coorde-nador. “A matemática em geral poderia ser ensinada de um jei-to muito mais estimulante para muita gente. As olimpíadas po-dem ter esse papel também, de levar a matemática interessante, divertida e criativa, mostrar que os alunos podem descobrir e fa-zer matemática por conta pró-pria desde muito cedo.”

No site da OBM há materiais gratuitos para estudo, como vi-deoaulas e provas anteriores. Os estudantes também podem participar do programa Polos Olímpicos de Treinamento In-tensivo (Poti), por meio do site http://poti.impa.br/.

A premiação dos medalhis-tas será feita na 20ª Semana Olímpica, em janeiro de 2017, quando também começa o pro-cesso de seleção de estudantes para as competições interna-cionais de matemática.

A OBM é uma iniciativa con-junta do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e da Sociedade Brasi-leira de Matemática (SBM), com apoio dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecno-logia e Inovação.

Olimpíada Brasileira de Matemática abre inscrições

Educação

Falta de autocrítica?

O que virá agora?

Agora vai!

A ausência de autocrítica é uma epidemia no Brasil de hoje. O que se vê por todos os lados, notadamente nas redes sociais, isso é escancarado. Pes-soas que qualificam políticos de todos os partidos com as piores agressões chulas, de rua, de botecos de quinta categoria, são as primeiras a falar em “liberdade de expressão”. Vou repetir o que tenho escrito há mais de dois anos. Petralhas e demotucanalhas se confrontam sem olhar para o próprio rabo sujo, imundo. E se a pessoa não ataca com impropérios aqueles que esse tipo de gente abomina, imediatamente é qualificado como “petralha” ou “demotucanalha” (alguns preferem “coxinhas”). É impossível alguém ter opinião própria. Ela deve ser idêntica à dessa gente ou salve-se quem puder.

Essa intolerância toda, essa agressividade, essa falta de noção das pessoas, alimentada por uma imprensa podre, a serviço dos espúrios interesses dos “donos do Brasil”, nos levará a uma convulsão social. Os mesmos mais de cento e cinquenta setores da economia que foram beneficiados pelas deso-nerações tributárias; os mesmos que foram beneficiados pelas isenções e re-duções tributárias, tudo provocando rombo nos cofres públicos e que agora reclamam da “situação econômica”, serão os que logo a seguir protestarão contra o retorno da imensa carga tributária da qual foram aliviados consi-deravelmente. E os mesmos políticos que agora bradam contra a corrupção, serão os mesmos que, impunes, seguirão roubando, só que, agora, sem a “isenta imprensa” na sua cola. Quem acha que agora está ruim, prepare-se, pois vai piorar.

Bem, creio que agora vai, mesmo. Ontem consegui resistir trinta e dois minutos assistindo na TV os discursos da deputaiada. Depois, por estômago revoltado, decidi assistir a VT de jogo. Ouvir corruptos e ladrões “conde-nando a corrupção” é demais para qualquer estômago que não comungue com esse estado de coisas. Mas, parece claro que haverá o impedimento da presidente Dilma. O que isso significará? Sem dúvidas, será a abertura de um precedente (querer que haja semelhança entre o de Collor e de Dilma é, no mínimo, forçar a barra). A partir de então ficará óbvio que quando um prefeito, governador ou presidente for incompetente ou mentir em campa-nha e não cooptar a maioria no parlamento, impedimento nele! Ah, sim, e se alguém não detonar Dilma, é chamado de petista; se não detonar “os outros”, é qualificado como “coxinha”. Por enquanto, “eu só óleo”...

Turmas abertas de inglês para crianças, jovens e adultos!

Insta

GASTRONOMIA CARGA HORÁRIA TURNO INÍCIO

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Sábado, 16 de abril de 2016 5

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Sábado, 16 de abril de 20166 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 2.022

IGVariedades

A FRASE VOCÊ sabia que vamos perceber o valor

da ÁGUA quando a fonte está seca? (.)

Longa tarde no paiolUM evento social e cultural expressivo e prestigiado reuniu fami-

liares e amigos, na histórica tarde noite de 30 de março de 2016, no aprazível cenário e belezas naturais do Hotel Villa Michelon, Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves - RS. - A noite foi memorável! Encontro para reviver um passado de realizações e emoções! Encontro que ser-viu para traçar o rumo e a vida intensa de um baluarte e dinâmica chamado Moysés Luiz Michelon, simplesmente o perfil de um ven-cedor em todos os sentidos. Uma trajetória de vida – lutas e conquis-tas- onde Moysés Luiz Michelon em seu pronunciamento fez questão de agradecer a todos quantos compartilharam de sua história e vida agora retratada e contada com riqueza de detalhes no Livro LONGA TARDE NO PAIOL, escrito de forma brilhante pela jornalista Ana Inês Facchin e participação do professor Roni Dall’Igna e, equipe de apoio. Uma noite de autógrafos e confraternização entre amigos! Parabéns Moysés! Muita paz, saúde e alegria! O trabalho vence! Tim tim....

Mostra Affemaq – Serra Gaúcha

CIC-BG – Palestra/Almoço

Os premiados

O giro social...

CDL - Mérito Lojista 2015

E o município de Bento Gonçalves vai preparando mais um ex-pressivo evento! A AFFEMAQ – Associação dos Fornecedores para as Indústrias de Madeira e Móveis- entidade liderada pelo presidente Fabricio Zanetti e equipe promovem na Fundaparque de 28 a 30 de junho de 2016 a Mostra Affemaq Serra Gaúcha Segundo o presidente a feira deverá reunir mais de 40 expositores ligados ao setor com solu-ções em máquinas, ferramentas e demais equipamentos destinados às atividades da indústria produtiva – cadeia madeira e móveis-. É mais uma vez Bento na frente! Informe-se 3451.2741 e fique ligado!

E o CIC-BG – Centro da Indústria, Comércio e Serviços-de Bento Gonçalves o porta voz da classe empresarial e das reivindicações da própria comunidade liderada pelo presidente Laudir Piccoli promo-ve no dia 25 de abril 2016-2ª feira, ao meio dia Palestra Almoço. Com o tema- Gestão para construção de uma marca global de desejo será palestrante Marlin Kohlrausch empresário presidente da Calça-dos Bibi. Fica o registro e convite! Informe-se 2105.1999! Participe!

FORAM agraciados com o Prêmio MÉRITO LOJISTA 2015 os em-presários: Comércio: Helenir Bedin – Lojas Carlize; Serviços: Vanderlei Dalla Costa – Dolce Gusto; Jovem Empreendedor: Felipe Possamai – Dema. E o prêmio Personalidade – Carlos José Perizzolo, idealizador do SPC em Bento Gonçalves. Valorizando conquistas de todo o comércio da cidade e empresariados do setor fizeram-se ouvir o presidente da Fe-comércio Vitor Koch e o Prefeito Guilherme Pasin. Valeu gente amiga!

BUSCANDO recursos para o LAR DO ANCIÃO de Bento Gonçalves que acolhe inúmeros idosos um grupo de amigos promove na noite deste sábado, 16 de abril às 20h no CTG Laço Velho Jantar Beneficente! TAM-BÉM neste sábado, 16 de abril às 20h no Salão Paroquial Santo Antônio o 9º Jantar MACARRÃO DA NONA, promoção beneficente da ADEF- As-sociação dos Deficientes Físicos – de Bento Gonçalves. Prestigie!

EM solenidade na noite de 7 de abril, Dall’Onder Grande Hotel a CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves valorizando os diferentes segmentos de atividades do setor promoveu a entrega do Prêmio MÉRITO LOJISTA 2015 aos empresários que se destacaram nas categorias: Comércio – Serviços - Jovem Empreendedor e Persona-lidade. Em seu pronunciamento o presidente reeleito da CDL Marcos Carbone destacou a importância do evento e da integração, avanços e conquistas beneficiando associados e a entidade, abrindo caminhos para novos horizontes, como o convênio firmado com o Sicredi.

fazer a prova pelo outro. É frau-de zero”, disse Mercadante.

A partir do Enem de 2016, os estudantes isentos de pagar a taxa de inscrição que não com-pareceram às provas em 2015, sem justificar a ausência, per-dem a isenção. A regra havia sido anunciada no ano passado e publicada em portaria.

O ministro Aloizio Mercadan-te disse que a expectativa é que não haja um crescimento ex-pressivo no número de inscritos em relação ao ano passado. A es-timativa para esse ano, segundo Mercadante, é de cerca de 8 mi-lhões de inscritos. “Vamos fazer um esforço de divulgação muito grande para chegar a 8 milhões de participantes e divulgar o aplicativo Hora do Enem”, disse.

Aplicativo Enem e horários de provas

Os estudantes poderão ins-talar em smartphones um aplicativo do Enem 2016 para acompanhar as inscrições e conferir informações como o

cronograma do exame, tira dúvidas e dicas.

Os portões dos locais de provas serão abertos às 12h e fechados às 13h, no horário de Brasília. Como no ano passado, o início das provas será às 13h30min. No dia 5 de novembro, o candidato terá quatro horas e meia para fa-zer as provas de Ciências Huma-nas e Ciências da Natureza.

No dia 6, serão cinco horas e meia para as provas de Lingua-gens, Códigos e suas Tecnolo-gias, Redação e Matemática. Para os sabatistas, a abertura dos portões será às 12h e o iní-cio das provas às 19h, no horário de Brasília. Os candidatos com deficiências poderão solicitar atendimento especializado e os participantes que desejarem tratamento pelo nome social - travestis e transexuais - deverão enviar, no sistema de inscrição, cópia do documento de identi-ficação e formulário específico entre os dias 1° a 8 de junho. Assim como no ano passado, o cartão de confirmação estará disponível apenas na internet.

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio

(Enem) de 2016 serão abertas às 10h do dia 9 de maio e termina-rão às 23h59 do dia 20 do mes-mo mês. As provas serão aplica-das nos dias 5 e 6 de novembro. A taxa de inscrição será de R$ 68, valor maior que os R$ 63 cobra-dos no último exame. As datas foram anunciadas na quinta--feira, 14, pelo ministro da Edu-cação, Aloizio Mercadante.

Uma das novidades deste ano é que o estudante poderá pagar a taxa de inscrição em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos Correios. Até o ano passado, a inscrição era paga apenas nas agências do Banco do Brasil. A taxa pode ser quitada até o dia 25 de maio, às 21h59min. Para aumentar a segurança e evitar fraudes, nesta edição de 2016 será colhida a impressão digi-tal dos candidatos.

A coleta poderá ocorrer no primeiro ou no segundo dia da aplicação do exame. “É uma das fraudes que identificamos, um

Dinheiro pode ser retirado por quem contribuiu com o fundo antes de 1988

Inscrições para o Enem serão abertas a partir de 9 de maio

Educação

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Sábado, 16 de abril de 2016 7Geral

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Sábado, 16 de abril de 20168 Geral

percebida em cinco dos seis segmentos avaliados pela pesquisa do IBGE. Os maio-res recuos foram observados em outros serviços (-6,1%) e serviços de informação e co-municação (-5,3%).

Também tiveram quedas os segmentos de serviços pro-

fissionais, administrativos e complementares (-4,3%), transportes, serviços auxilia-res de transporte e correios (-2%) e serviços prestados às famílias (-1,4%). A única alta foi registrada no agregado especial de atividades turísti-cas, com crescimento de 1,3%.

O volume de serviços no país teve uma queda de

4% em fevereiro deste ano, na comparação com o mes-mo período de 2015. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados quarta-feira, 13, pelo Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os servi-ços acumulam queda de 4,5% no ano e de 3,7% no período de 12 meses. O recuo de 4% em fevereiro deste ano foi o pior desempenho dos servi-ços em meses de fevereiro desde o início da série histó-rica em 2012.

Já a receita nominal dos serviços apresentou altas de 1,9% na comparação entre fevereiro deste ano com o fe-vereiro de 2015, de 0,9% no acumulado do ano e de 1,2% no acumulado de 12 meses. A receita nominal não reajus-ta os valores de acordo com a inflação.

A queda de 4% do volume de serviços em fevereiro foi

Queda foi percebida em cinco dos seis segmentos avaliados na pesquisa

Setores de informação e comunicação apresentaram recuo de 5,3%

Volume de serviços cai 4% em fevereiro segundo IBGE

Economia

[email protected]

DenisedaRé

Yoshy é um número! Mais: um número ímpar e indivi-sível. Igual a ele, nem os primos, que descendem do spitz alemão anão, também conhecido como lulu da pomerânia.

Adotado por uma professora de Língua Portuguesa, ele é paparicado através da linguagem mais envolvente que existe no mundo todo: o amor.

O carinha é descendente dos puxadores de trenó no gelo e, por isso, tem complexo de superioridade. Ele não se vê com apenas 20 cm de altura. Para fins de enfrenta-mentos, Yoshy se acha. Esse seu lado primitivo faz com que encare qualquer parada.

Noutro dia, a família foi a Santa Teresa, num camping muito bonito freqüentado por gente, gatos e cachorros. Yoshy ficou ouriçado. Embora tivesse intimidade com as gatas de sua casa – algumas, peludas, e outras, peladas – os felinos da vila lhe pareceram por demais esnobes. E ele, um mauricinho de Bento, não ia deixar passar...

De repente cadê o Yoshy? Em cachorrês, minha amiga pôs-se a chamá-lo. Nada do fulaninho. Desesperada, ela convocou seu povo para uma devassa nos arredores. En-contraram o bichinho rolando na boca de dois ogros que o haviam tocaiado embaixo de um caminhão.

-Seus, seus... totós de uma figa! Vazam daqui, filhos de uma cadela! – gritou minha amiga, possessa.

Os grandalhões se afastaram, mas sem abaixar o rabo.Yoshy, dolorido e mudo, com alguns rasgões entre os

pelos. Nada, porém, que pontos, antibiótico e analgésico não resolvessem.

Na verdade, o problema central nem é esse. Acontece que Yoshy anda com a saúde meio frágil. Os exames cons-tataram que seu coração também está ficando grande, assim como o ego. E para completar o check-up, foi soli-citado exame de urina. Foi então que começou a saga da família para coletar o xixi sem o uso de método invasivo...

Minha amiga, de canequinha em punho, seguindo o baixinho pelo pátio... Ele “sniff” aqui, “sniff” ali, levanta a patinha... E ela, atrás, já no aguardo. Ele desconfia... Algo não cheira bem... Ela disfarça, olha pro alto, chama os “mimis”, assobia... Ele anda mais alguns metros, mais cheiradas, levanta a patinha... Ela, atrás. Ele abaixa a pa-tinha e rosna. Outros canteiros são visitados e... Ele faz que vai, mas não vai. Ela, paciente, atrás.

Meia hora depois, e o bichinho ainda na indecisão: urinar ou não urinar? É a grande questão filosófica que o atormenta.

Anda pra cá, anda pra lá, até que a mulher pisa em algo gosmento e fedido que gruda em seu chinelo. Enquanto ela diz um palavrãozinho de nada, ele aproveita, levanta a patinha traseira e... Ela, mais rápida que um raio, ajeita a canequinha no lugar certo sem ele perceber. Ufa! Só quem tem um grande coração é capaz de cuidar de outro.

História para quem ama cães

DIVU

LGA

ÇÃO

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e braçadeira para os inscritos na corrida. Não será permiti-da a entrega de kits no dia da corrida ou após o evento, por isso, realize antecipadamen-te a sua inscrição. A retirada

dos itens será feita median-te apresentação do compro-vante de inscrição e um do-cumento de identificação oficial com foto.

Nas duas primeiras edições

nacionais, mais de 50 mil pes-soas participaram do Circuito SEST SENAT de Caminhada e Corrida de Rua evento. Em 2016, o evento conta com 14 etapas em diferentes estados

da federação. Além de Bento Gonçalves, receberão as pro-vas as cidades de Blumenau (SC), Brasília (DF), Cariacica (ES), Poços de Caldas (MG), Campo Grande (MS), Recife (PE), Manaus (AM), São Vi-cente (SP), Barra Mansa (RJ), Crato (CE), Aracajú (SE), Curitiba (PR) e Natal (RN).

Com o Circuito, o Sest Se-nat busca incentivar a prática de exercícios físicos entre os trabalhadores do transporte, fundamental para a saúde e o bem-estar físico e mental, prevenindo e controlando doenças, aliviando ou com-batendo o estresse, exercendo efeitos no convívio social des-ses profissionais e da popula-ção em geral.

Este é o terceiro ano do pro-jeto. Lançado em 2014, o Cir-cuito Sest Senat de Caminha-da e Corrida de Rua já passou por 21 cidades e reuniu mais de 50 mil participantes.

O Circuito Sest Senat de Ca-minhada e Corrida de Rua

chega a sua 3ª edição em 2016 e Bento Gonçalves foi escolhi-da para sediar a primeira eta-pa do ano, no dia 1° de maio. O percurso de corrida está previsto para as categorias de 10km e 5km e caminhada para 2km. As vagas são limi-tadas e devem ser realizadas no site oficial do evento, até o dia 24 de abril. Ao trabalhador do transporte a participação é gratuita, para a comunidade em geral a taxa é de R$ 50. Para se inscrever, os interes-sados devem acessar a página da instituição, pelo endereço projetossociais.sestsenat.org.br/Circuito.

Todos os participantes ins-critos receberão seu respecti-vo kit equivalente à categoria desejada. Camiseta e bolsa para quem se inscrever na ca-minhada, e camiseta, bolsa, toalha, viseira, fone de ouvido

Evento promovido pelo Sest Senat com foco na saúde do trabalhador do transporte será realizado dia 1° de maio

Percurso será dividido em duas categorias, sendo 10km e 5km para corredores e 2km para caminhada

Bento sediará circuito de corrida de ruaInscrições abertas

Sábado, 16 de abril de 2016 9Geral

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Sábado, 16 de abril de 201610 Geral

aberta sessão para manifesta-ção individual de deputados. Cada um terá três minutos para falar, conforme a ordem de inscrição. Haverá alternân-cia entre discursos favoráveis e contrários à continuidade do processo de impeachment.

O relator do processo, de-putado Jovair Arantes (PTB--GO), tem direito de falar depois de cada orador, mas pode optar por se pronunciar ao final de todas as manifes-tações. Deputados poderão apresentar requerimento pe-dindo o encerramento da dis-

cussão após a fala de quatro deputados.

No domingo, a sessão será aberta às 14h para votação, havendo a necessidade de quórum mínimo de 51 depu-tados para votar. O presiden-te da Câmara também está apto a votar.

Os líderes de todos os parti-dos poderão falar para orien-tar o voto de suas bancadas. Logo em seguida, será inicia-da a votação. Cada parlamen-tar será chamado pelo nome e terá 10 segundos para anun-ciar o voto.

O segundo mandato de Dil-ma Rousseff começou de

forma tão desastrosa que, antes de completar cem dias, o tema do impeachment deixou de ser tabu e passou a fazer parte da pauta política. Na segunda-fei-ra, 12, a comissão especial do impedimento na Câmara dos Deputados aprovou, por 38 votos a 27, o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) favo-rável à abertura do processo de afastamento da presidente Dil-ma Rousseff. O relatório segue agora para análise no plenário da Casa. A votação será a partir de 14h de domingo, 17.

Na reunião de líderes des-ta terça, Cunha entregou aos parlamentares uma síntese do processo de discussão do im-peachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello e disse que seguiria o mesmo ro-teiro. Tanto os autores do pe-dido de impeachment quanto a defesa da presidente terão 25 minutos para falar. Em segui-da, os representantes de cada um dos 25 partidos políticos terão direito de falar por uma hora. Os líderes das siglas in-dicarão até cinco deputados para discursar.

Neste sábado, às 11h, será

Parlamentares votam amanhã encaminhamento do pedido ao Senado

Caso aprovado no Senado, Dilma Rousseff ficará 180 dias afastada

Entenda como funcionará a votação do impeachment

PolíticaAssuntaDeParis

O pinheiro, amigo do imigranteAntes que aparecesse o chiclete americano, a gurizada

já se entretinha, marcando a rósea resina do dadivoso pinheiro. O duríssimo nó, que nunca apodrece, além de ser utilizado nas estufas para aquecer mansões, é também utilizado pelos artistas para esculpir imagens. Os artífices xilográficos de Treze Tílias, em Santa Catarina, descobri-ram que os enormes nós provenientes de antiquíssimos e agigantados pinheiros se prestavam admiravelmente para esculpir o rosto e cabeça de cristo coroado de espinhos, (o cristo de madeira do santuário Santo Antônio de Bento Gonçalves), servem também para representar as meigas e expressivas imagens de Nossa Senhora Mãe de Deus ou outros santos. Conforme o terreno que esta araucária nas-cia, desenvolvia-se ora mais, ora menos. Mas onde o ter-reno era fértil, desenvolvia-se de forma gigantesca, atin-gindo 25 e até 30 metros de altura, precisando uns três homens para abraça-lo. Em 1887, um imigrante morou durante muitos meses dentro de um pinheiro caído e oco.

Lamentavelmente, nem toda essa preciosa madeira foi corretamente aproveitada. Muita coisa foi esbanjada, des-perdiçada. Em geral utilizava-se uma parte do tronco de 5m 50cm, com, no máximo, dois cortes; a parte superior, onde apareciam os nós, era desprezada. Em muitas serrarias apo-dreceram milhares de tábuas por falta de comércio ou meio de transporte. Em diversas serrarias nos atuais municípios de Erechim e Getúlio Vargas, na década de 1920, por falta de preço compensador e carência de vagões para transportá-las para São Paulo, nas estações de Erebengo, Jacutinga e Capoe--rê, apodreceram umas 24 mil tábuas. Quando os agricultores faziam as roças, não tinham como aproveitar a madeira de lei, e assim milhares de pinheiros terminaram em adubo.

Os agricultores, observando esta árvore providencial, aprenderam que o pinhão não escolhe local para nascer; onde caísse, tratava de crescer e produzir suas pinhas, seus frutos. Eles também, onde estavam, deveriam prosperar. Percebiam que, em dias de vento ou quando soprara o géli-do e persistente minuano, os pinheiros mantinham-se fir-mes e em prumo, nunca procediam como taquaras que se inclinavam como qualquer outros arbustos. Porém, quando sobre elas desabava a tempestade, ou a violência dos ciclo-nes, eles se partiam, mas não se curvavam. Essa atitude dos pinheiros ensinou-lhes a firmeza, a perseverança na dureza da luta que estavam travando e assim os levou a vencerem. Sem essa utilíssima dádiva generosa de Deus, os imigrantes teriam passado inúmeras privações. O que o maná repre-sentou para os israelitas, nos 40 anos de deserto, aqui foi o pinheiro para os agricultores. Como justa gratidão, todos os que possuem terras na região serrana, em parte deveriam repovoá-las com pinheiros, pois eles ajudaram os imigran-tes do berço, na alimentação até o túmulo...

REPROD

UÇÃ

O

Cristiano [email protected]

Poema: “ O pinheiro” – Julio Posenato

Com tuas tábuas, preparavam abrigos, erguiam igrejas e campanários...

Estavas sempre ao lado dessa gente... do berço ao túmulo...”

Dúvidas frequentesSe a Câmara aprovar o impeachment, Dilma é afastada? Não. Se o pedido for aprovado

por dois terços dos deputados, o processo seguirá para o Senado dias após a votação.

É preciso avaliar de novo? Sim. O trabalho no Senado é diferente do que já foi feito, uma vez que a comissão da Câmara só avalia a admissibilidade, ou seja, se o processo tem condições ou não de seguir.

E se o Senado aceitar o pedido? A presidente é afastada por um período de 180 dias e o vi-ce-presidente Michel Temer assume o cargo. Dilma recebe um prazo de 20 dias para apresentar no-va defesa. Os senadores dispõem de 180 dias para julgar se Dilma é responsável pelos crimes de responsabilidade apontados no processo.

Como funciona a votação final? A sessão é presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Fe-deral. O impeachment é aprovado se dois terços dos senadores (54 dos 81) votarem a favor. Se Dil-ma for condenada, perde o mandato e se torna inelegível por oito anos. Se for absolvida, volta au-tomaticamente ao cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada.

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Sábado, 16 de abril de 2016 11Geral

CEU Ouro Verde

Complexo ainda sem data para entregaEspaço que irá agregar atividades culturais e esportivas está com atrasos nos repasses federais para conclusão da obra

Cleunice [email protected]

Aproximadamente 4 mil pessoas seriam benefi-

ciadas com a finalização das obras do Centro de Esporte, Lazer e Cultura Unificados (CEUs), do bairro Ouro Verde. Inicialmente previsto para ser inaugurado em junho, o pra-zo foi prorrogado por fatores econômicos e climáticos para dezembro de 2015. Entretan-to, a entrega não ocorreu no tempo previsto deixando no local apenas a estrutura do que um dia deveria ser um complexo de lazer.

De acordo com o secretário adjunto de Mobilidade Urba-na, Marcio Koltz, a obra deve ser disponibilizada à comuni-dade ainda no primeiro semes-tre, mesmo com os recursos

advindos do Governo Federal em atraso. “Deve ser entregue aos moradores da localidade e região nos próximos meses.

Há a demora nos repasses de verbas da União, que tarda em torno de 60 dias para efetuar os pagamentos”, relata.

Centro de Esporte e Lazer Unificado (CEU) é construído no Ouro Verde

Mesmo com os atrasos, a em-presa responsável pela cons-trução está dando continui-dade às obras. “Optamos por dar andamento à construção . É um local bonito e importan-te para aquela localidade e a construção está quase finaliza-da”, pontua.

Moradores aguardam com expectativas

De acordo com o projeto, o complexo contará com Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), salas multiuso, quadra poliesportiva coberta, pista de skate, entre outros. Os moradores da zona norte da cidade podem já visualizar a instalação dos brinquedos, construção de calçadas, esca-das, cercado e pintura. Gema Fantin, de 65 anos, é moradora

do bairro Ouro Verde há 13 e diz estar feliz com a finalidade da construção. “No início ficou por muito tempo parado, mas percebo que a área já está bem organizada. Além disso, será construído um campo com di-mensões menores. Acredito que daqui a alguns dias seja entregue”, relata.

Vanderleia Treméa, 32 anos, mora no Ouro Verde há 22 anos. Ela afirma que o local é um benefício para a comu-nidade. “Foi construído para ser algo bom para as pessoas. É uma área de lazer na qual crianças, jovens adultos e ido-sos poderão frequentar. De-vemos aguardar os próximos passos, pois muitos têm medo do que possa acontecer após a inauguração, principalmente com a questão de segurança, que é essencial”, frisa.

CLEUN

ICE PELLENZ

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Sábado, 16 de abril de 201612 Geral

Cerca de 4,6 milhões de ido-sos com mais de 70 anos que contribuíram para os fundos do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) têm direito a sacar cotas dos fun-dos. No total, R$ 7,5 bilhões estão disponíveis. O dinheiro pode ser retirado por trabalha-dores que contribuíram com os fundos antes da Constituição de 1988. Desse total, R$ 2,4 bilhões estão parados no Ban-

Idosos com mais de 70 anos têm direito a sacar o Pis/PasepEconomia

Após mais de um ano do início do inquérito sobre o

concurso público realizado em novembro de 2014 na Câmara de Vereadores, a investigação ganhou continuidade nesta se-mana. O processo, que corria em paralelo às investigações do concurso da Prefeitura, por ter sido realizado pela mesma empresa acusada de fraudar os resultados, iniciou fase de oiti-vas, após autorização da juíza Fernanda Ghiringhelli de Aze-vedo para utilização de provas recolhidas durante a Operação Cobertura.

O promotor da Justiça Es-pecializada Criminal de Porto Alegre, Mauro Rockenbach, começou a ouvir na quarta-fei-ra, 13, as testemunhas que po-dem ajudar a descobrir se hou-ve, ou não, irregularidades no certame. As oitivas acontecem na sede do Ministério Público (MP) de Bento Gonçalves.

Por razões de segurança e sigilo processual, a Promoto-ria não divulgou quem seriam

as testemunhas ouvidas no decorrer da semana. No dia 23 de março, foi aberto um Processo Investigatório Cri-minal (PIC), para apurar ir-

regularidades no concurso da Câmara de Vereadores. Isso porque durante os trabalhos de investigação de possíveis fraudes no concurso da pre-

Ministério Público coletou depoimentos de pessoas ligadas ao certame após anexação de provas obtidas na Operação Cobertura

Processo investigatório contra o Legislativo foi iniciado em março

Promotoria inicia etapa de oitivasConcurso da Câmara

CRISTIAN

O M

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IVO

Cristiano [email protected]

feitura de Bento Gonçalves, o MP encontrou documentos e interceptou gravações telefô-nicas que colocam em suspei-ta a regularidade do concurso do Legislativo. Com base nis-so, o promotor Rockenbach, ao fazer a entrega da denún-cia do inquérito da Operação Cobertura, solicitou à magis-trada que incluísse as provas no inquérito, possibilitando assim a abertura do processo na área criminal. A expectati-va é que a investigação esteja concluída até o início do se-gundo semestre de 2016.

Dois processos, uma linha de investigação

As investigações, que inicia-ram em março de 2015, cor-riam em paralelo à apuração do certame do Executivo. No-gueira averiguava se, com base em denúncias recebidas, exis-tiam inconformidades no con-curso do Legislativo. A linha de inquérito aplicada pela Pro-motoria era similar à adotada na investigação da Prefeitura, onde candidatos teriam sido

favorecidos sendo classificados para cargos sem terem alcan-çado a pontuação necessária. Até a autorização da magistra-da para utilização das provas no processo a investigação ain-da estava na fase de análise do processo licitatório.

Na época, quando questio-nado sobre o assunto, o presi-dente do Legislativo, Valdecir Rubbo (PTB), ressaltou estar tranquilo sobre a legitimidade do processo, sendo este reali-zado dentro das diretrizes de responsabilidade. Na ocasião a afirmação foi corroborada pelo então sócio-proprietário do Instituto de Desenvolvi-mento de Recursos Humanos (IDRH), Maicon Cristiano de Mello, atualmente preso em virtude das investigações.

As provas foram realizadas para os cargos de auxiliar ad-ministrativo, contador, gestor de Recursos Humanos, jorna-lista, oficial administrativo, técnico em processamento de dados, tesoureiro e zelador e motorista. Alguns aprovados já foram nomeados e exercem atividades no Legislativo.

co do Brasil, que administra o Pasep, formado pelas contri-buições de servidores públicos. Responsável pelo PIS, formado pelas contribuições de traba-lhadores da iniciativa privada e de empresas estatais, a Caixa Econômica Federal não divul-gou o valor, mas relatório do Tesouro Nacional divulgado em setembro do ano passado estima que R$ 5,1 bilhões este-jam parados no banco.

Em relação ao número de beneficiários que podem sacar

os recursos, a Caixa divulgou que 3,79 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 70 anos têm direto a rece-ber cotas do PIS. No Banco do Brasil, 860 mil participantes estão habilitados a sacar as cotas do Pasep.

O valor do benefício depende da contribuição de cada traba-lhador. De acordo com o rela-tório do Tesouro Nacional, o saldo médio das contas corres-ponde a R$ 1.135. Alguns tra-balhadores têm mais de uma

conta no PIS/Pasep.De acordo com levantamen-

to divulgado em fevereiro pela Controladoria-Geral da União (CGU), existem cerca de 31 milhões de contas nos fundos do PIS/Pasep. Atualmente, o volume depositado está em R$ 34,7 bilhões. No entanto, só tem direito a sacar o benefício quem tem pelo menos 70 anos.

Até 4 de outubro de 1988, cada trabalhador tinha uma ou mais contas no PIS/Pasep e recebia o valor conforme as cotas de contribuição. A par-tir da Constituição de 1988, a arrecadação do PIS/Pasep deixou de ir para as contas in-dividuais. Dois quintos da re-ceita dos tributos passaram a financiar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e três quin-tos passaram a ir para o Fun-do de Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o abono sa-

larial, o seguro-desemprego e financia cursos de capacita-ção profissional.

Para ter direito ao benefício, o trabalhador que contribuiu até 1988 deve procurar uma agência do Banco do Brasil, no caso da contribuição ao Pasep, ou da Caixa Econômica Fede-ral, no caso da contribuição ao PIS. No caso de falecimento do trabalhador, a solicitação pode ser feita por um herdeiro di-reto. Em nota, o Ministério da Fazenda esclareceu que, desde novembro de 2015, a Caixa pro-move campanha para divulgar o direito de saque do PIS. Em relação ao Pasep, o Banco do Brasil iniciou o levantamento em fevereiro e enviará as cartas aos beneficiários até quinta--feira (14). Segundo a Fazen-da, a dificuldade de o Banco do Brasil identificar os cotistas do Pasep com mais de 70 anos re-tardou o início da campanha.

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Sábado, 16 de abril de 2016 13Geral

Mortalidade Infantil

Bento teve aumento trianual notávelDe acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a maioria dos óbitos ocorridos nos útimos anos foram neonatais

Laura [email protected]

No Rio Grande do Sul, os números são animadores.

Enquanto atinge a menor taxa de mortalidade infantil da sua história, a marca chegou a uma média de 10,1 a cada mil nasci-dos. Entretanto em Bento Gon-çalves são preocupantes, pois caminham no sentido inverso das taxas do Estado. O Coefi-ciente de Mortalidade Infantil (CMI) aumentou relativamen-te. Em 2013 era 8,2; em 2014 9,3 e em 2015 ficou em 9,4. Os cálculos são feitos trianual-mente e para a Secretaria Mu-nicipal de Saúde (SMS) esse acréscimo pode ser resultado do aumento do número de in-seminações artificiais.

Para psicóloga da Secreta-ria Municipal de Saúde, Ka-rina Preisig Paggi, o que está ifluenciando este aumento é a prática elevada de insemina-ção artificial. “Uma gestação feita por técnica de reprodu-ção assistida, é uma gestação de alto risco e quando ela não tem um desfecho satisfatório, os bebês não nascem bem, o óbito geralmente não é de apenas um, mas de dois e as vezes até três bebês de uma só vez”, afirma.

Quando questionada sobre a que se concediam os núme-ros de 2015, Karina ressalta que a maioria dos óbitos fo-ram neonatais (quatro pri-meiras semanas de vida) , e

que esta é uma situação que vem se repetindo ao longos dos anos. “As mortalidades “pós natais” indicam maior falha na assitência à saúde, já que mostram que as crianças de 2 meses a 1 ano, ao apre-sentarem doenças (geralmen-te infecciosas), não tiveram acesso ao atendimento bási-co. Além de que, a mortalida-de “neonatal” (primeiro mês) e neonatal precoce (1 a 7 dias após o parto) é indicador de problemas relacionados ao pré natal e às gestações de ris-co. As gestantes que perdem bebês (tanto perdas fetais como principalmente óbitos neonatais) geralmente não possuem ou possuem poucas consultas de pré-natal, apre-sentam uma série de condutas de risco envolvendo infecções, problemas de saúde mental e dependência química. São pessoas que não acessam o sistema de saúde como deve-riam”, salienta a psicóloga.

Além destas situações, há também, segundo Karina, mortalidades que são consi-deradas inevitáveis, que ocor-rem por malformações con-gênitas como, por exemplo, cerebrais e cardiológicas. “Em Bento Gonçalves temos uma organização de assistência à saúde que apresenta alguns diferenciais no SUS: temos uma unidade de atendimen-to de gestantes de alto risco: o Centro de Referência Ma-terno Infantil, lá as gestantes

Em 2013 o Coeficiente de Mortalidade Infantil era 8,2, em 2014 era 9,3 e em 2015 subiu para 9,4

são atendidas por médicas gi-neco-obstetras e uma equipe multidisciplinar. Temos tam-bém um serviço especializa-do que acompanha gestantes com HIV/AIDS. A Secretaria Municipal de Saúde mantém em funcionamento o Comi-tê Municipal de Mortalidade Materna e Infantil e o Grupo Condutor Municipal da Rede Cegonha (programa quali-ficação da linha de cuidado materno-infantil). Esses gru-pos analisam os óbitos e iden-tificam problemas possíveis de serem resolvidos no nível da assitência pré natal, as-

sistência ao parto e acomap-nhamento da criança. Muitas ações são desenvolvidas e os coeficientes de mortalidade são monitorados sistematica-mente”, finaliza.

No Estado os números são promissores

O Rio Grande do Sul atingiu, em 2015, a menor taxa de sua história quando o assunto é mor-talidade infantil. A média de 10,1 a cada mil nascidos foi revelada na quarta-feira, 6 de abril, em ce-rimônia no Palácio Piratini.

A redução do Coeficiente de

Mortalidade Infantil (CMI), segundo a Secretaria Esta-dual de Saúde (SES), supera a registrada em 2014 e 2013, que foi de 1,5. Desde 2003 o estado tem reduzido o CMI, envolvendo ampliação do acesso aos serviços de saúde, implantação de equipes de saúde da família, qualifica-ção da atenção ao pré-natal, ao parto e ao nascimento, re-gionalização do parto, organi-zação e ampliação da rede de cuidados intensivos neona-tais e pediátricos e acompa-nhamento do desenvolvimen-to infantil.

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Sábado, 16 de abril de 201614 Geral

A voluntária Kátia da Cos-ta Moro é amiga de Márcia e acompanha o trabalho da vo-luntária e inclusive trouxe a cachorrinha Sol para a amiga cuidar. Ela relata que o Imi-grante não é o único local da Capital do Vinho que os ani-mais são envenenados. “Só nesta semana, no Zatt, dois vizinhos meus perderam seus bichinhos por envenenamen-to, um deles era uma cadelinha que estava esperando filhotes e o outro era dono de dois gati-nhos”, conta. Kátia lamenta o drama vivido pelos donos dos bichinhos. “É uma epidemia de veneno e estão jogando dentro do pátio, ninguém da batida em uma casa agrícola para ver se a estricnina está sendo comercia-lizada”, finaliza.

A rotina tranquila dos bento--gonçalvenses que têm bi-

chos de estimação está sendo abalada. Eles estão preocupados, pois a cidade está registrando inúmeros casos de envenena-mento de animas. Um dos locais de Bento que mais apresentam mortes é o Imigrante, o bairro já foi palco de quatro casos de cães envenenados por ingestão de es-tricnina. Dois deles foram diag-nosticados nesta semana, um dos cachorros segue em obser-vação numa clínica veterinária. A denúncia de envenenamento no local já havia sido noticiada pela reportagem do Semanário, no dia 19 de março, porém o cenário permanece o mesmo.

Uma das moradoras do Imi-grante, Marcia Manuel, realiza um trabalho voluntário de resga-te de animais vítimas de violência e está vendo seus esforços em re-cuperar a vida desses bichinhos ser desfeito. “Você não imagina o que é recolher um animal víti-ma de maus tratos, tratar, cuidar, recuperar a saúde e o emocional desse bichinho para depois en-contrar ele morto e recolher para enterrar. Tudo por causa de en-venenamento de alguém que não tem amor ao próximo, é muita maldade fazer isso”, lamenta.

A voluntária Kátia, comemora o fato de ter recuperado a vida da Sol

Márcia já adotou cinco cachorros e um gato, um deles é o Pit Bull Pitt, que era usado como cão de rinha

Moradores denunciam novas mortes Envenenamento de animais

A estricnina é um alcalóide cristalino muito tóxico. Foi usado como pesticida, principalmente para matar ratos. Porém agora a venda é proibida no Brasil. No entanto existem casas agropecuá-rias que vendem o produto ilegalmente.

Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária, as pessoas devem denunciar a venda pelo fala cidadão (0800 979 6866), as quais são anônimas; ou diretamente no Departamento de Vigilância Sanitá-ria, onde é necessário relatar por escrito e o denunciante deve assi-nar; ou ainda pela ouvidoria do SUS, a qual é encaminhada pela 5ª Coordenadoria Regio-nal de Saúde a este Departamento.

Quando o fiscal da Vigilância Sanitária en-contrao veneno em algum estabelecimento o produto é apreendido, lavra-se o Auto de Infração Sanitária e é aberto um Processo Administrativo Sanitário contra o estabe-lecimento autuado.

Envenenar animais é considerado cri-me e, dependendo do caso, a pena pre-vista pode chegar até a 15 anos de prisão. Além do que, usar venenos de venda proi-bida é crime contra saúde pública.

Bairro Zatt também registra casos

Caiani [email protected]

Cães e gatos mortos com estricnina viram rotina na Capital do Vinho, com pelo menos quatro casos recentes no Imigrante

Como o intervalo das mortes foi em poucos dias, a suspeita dos tutores dos bichos é de que uma mesma pessoa tenha cometido o crime contra os animais, elas ain-da aparentam um certo padrão, pois todos os cachorros mortos eram induzidos a comer pedaços de carne cozida com estricnina, Márcia explica que dessa vez não foi diferente. “Até pode ser mais

de uma pessoa que esteja matan-do esses cachorros, mas um de-talhe importante é que deixaram uma pista de envenenamento na casa de uma vizinha. O Zeus e a Chiquita, foram mortos com estricnina colocada em pedaços de frango. E no pátio dessa casa aqui da zona de envenenamen-to foi encontrado uma coxinha de frango jogada no chão, além

da casa da Tábata que também tinha um pedaço de carcaça de frango cozida”, explica.

Para tentar resolver o proble-ma Márcia registrou um Boletim de Ocorrência e denunciou o caso na Secretaria de Meio Ambiente, no entanto lamenta que não há resultados efetivos. “Falei com o secretário da pasta e segundo ele não havia registro de denúncias

na Secretaria, porém nas outras mortes eu entrei em contato. Dessa vez farão uma reunião com os moradores do bairro para conscientizar a população. Mas o que precisamos mesmo é de mais fiscalização e de um programa de castração eficiente”, protesta.

Segundo a fiscal do Meio Am-biente, Rovana Del Sávio, é de suma importância que o fato seja tratado como crime, é necessário que os moradores realizem de-núncias junto à Delegacia de Po-lícia, a fim de que os fatos e a au-toria dos crimes seja investigada. “Em caso de envenenamento de animais, é preciso que o morador saiba a autoria do fato para in-formar a Fiscalização Ambiental, através do Fala Cidadão, que este será responsabilizado através de multa, necessitando de provas (fotografias e vídeos) para com-provar a ação”, explica.

Álém das denúncias a Secreta-ria se comprometeu em realizar uma reunião com os responsá-veis pela Associação dos Mora-dores do Imigrante, para discutir medidas a fim de evitar que no-vos casos voltem a ocorrer. No entanto, para quem tem com os bichos, uma relação de amor, fica o medo de acontecer novamen-te. “Está todo mundo preocupa-do, colocando os cachorros no fundo, prendendo em estado de alerta”, finaliza Márcia.

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Sábado, 16 de abril de 2016 15Geral

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NI M

ARTIN

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Caiani [email protected]

A crise econômica que atra-vessa o país afeta a econo-

mia como uma bola de neve, atingindo todos os setores do mercado. Em consequência dessa avalanche, a inflação, o desemprego e o número de inadimplentes crescem. De acordo com dados divulgados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BG) o número de devedores no município cresceu 8% em 2016 no com-parativo com o ano anterior. As pendências referentes a valores entre R$ 100 e R$ 250 representam 34,35% do total. As pequenas dívidas de até R$ 50, no entanto, tiveram alta em 2016, constituem 19,19% do total até fevereiro.

Em contraponto aos dados expostos pelo CDL, o Sindi-cato do Comércio Varejista (Sindilojas-BG) trabalha com o banco de dados do SPC/BOAVISTA, que divulgou o índice de inadimplentes de março em 13,6%. “Porém se analisarmos o crescimento de janeiro e fevereiro houve um decréscimo de 0,5% na taxa. Em março esse acréscimo na inadimplência foi de 2,2%, ou seja, nosso banco de dados re-gistrou um percentual menor do que o SPC, porém mostra uma tendência para o futuro”, explica o presidente do Sindi-lojas, Daniel Amadio.

Ao dimensionar os números

As pendências referentes a valores até R$ 250 representam 34% do total, já as pequenas dívidas constituem 19%

As mulheres de Bento representam 66,78% dos inadimplentes, já os homens são 33,22% dos devedores

Número de inadimplentes cresce 8%Economia

da inadimplência, a CDL tam-bém verifica o perfil dos deve-dores. Segundo o relatório, na média do último período do ano as mulheres representam 66,78% dos inadimplentes e os homens 33,22%. Para Ama-dio esse crescimento se deve, principalmente, pela perda de renda dos trabalhadores rela-cionada ao fraco desempenho da economia como um todo. “O reflexo que agora começa a assombrar o comércio, já havia sido previsto pois é esse setor o último da cadeia eco-nômica que sente os reflexos

de uma recessão” esclarece. Ele lembra que a indústria

já vinha mostrando sinais de falta de crescimento e é pou-co otimista quanto ao futu-ro. “A tendência é de queda. Projeta-se para o segundo se-mestre e isso dependendo de como a crise política instau-rada no Brasil se resolva, uma estabilidade da inflação, com uma sensível melhora, já pro-jetando um 2016 com queda da ordem de 3% na economia nacional, esperando que em 2017 ela volte a crescer”, sen-tencia Amadio.

Lojistas maisprecavidos

De acordo com Luana Marini, que trabalha no departamen-to de cobrança da Vízia Óptica, o crescimento de clientes com nome no SPC/SERASA que tentam comprar na loja aumen-tou. “Nós não notamos tanto o crescimento de inadimplentes, porém como nós fazemos pes-quisas no CDL e Sindilojas, con-seguimos barrar as pessoas que estão com o nome registrado lá. Por isso a nossa inadimplên-cia acaba não subindo tanto”,

explica. A profissional afirma, ainda, que busca negociar a dí-vida com o cliente o mais rápido possível. “Procuramos acertar as pendências o quanto antes, não deixamos a dívida acumular por muito tempo. E damos opções do cliente renegociar o valor a ser pago”, finaliza Luana.

O cenário não é tão tranqui-lo na loja de móveis Colombo, segundo a gerente, Liane Haas, desde o final do ano passado ela nota um crescimento na inadim-plência. “Começou no final do ano passado, só que não foi tão significativo porque as pessoas tinham o 13º salário, muitos usaram para pagar o que conse-guiam. Porém, janeiro, fevereiro e março sentimos bastante, tanto a falta de pagamento das parce-las, como as pessoas que querem comprar, mas não conseguem, pois estão com o nome no CPC/SERASA, a cada 10 clientes que vem a loja, se eu conseguir apro-var dois é muito, o restante está com nome registrado”, lamenta.

A gerente explica que para os dois lados saírem ganhando a loja negocia ao máximo com o inadimplente, oferecendo mais parcelas e cortes de juros. “Eles imaginavam que não iriam ser afetados por essa crise, compra-ram e a agora não conseguem pagar. Nós tentamos de todas as formas fazer propostas e nego-ciações como tirar o juro e dimi-nuir o acréscimo, muitas vezes tirando todo o juro, cobrando só o valor bruto e nem assim há su-cesso”, finaliza.

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Sábado, 16 de abril de 201616 Geral

O primeiro turno das eleições municipais de 2016, que

elegerá vereadores e prefeitos, será realizado em 2 de outubro, primeiro domingo do mês. Em 2016, o Tribunal Superior Elei-toral (TSE), aprovou algumas alterações no calendário que dita o andamento do pleito. As prin-cipais mudanças nas eleições de 2016 com relação às de 2014 fo-

A sete meses do pleito que elegerá vereadores e prefeito, fique atento aos prazos que candidatos e siglas devem respeitar

De olho no cumprimento da democraciaEleições 2016

Cristiano [email protected]

ram determinadas pelo projeto de reforma política aprovado no Congresso em 2015 e sancionado pela presidente Dilma Rousseff em outubro do ano passado.

Na reforma aprovada pelos parlamentares, foram alterados, por exemplo, o prazo para início da campanha e a data-limite para candidatos se filiarem às legen-das pelas quais pretendem con-correr. Pensando na facilitação do acompanhamento de datas importantes para o pleito deste

ano, o Semanário elaborou um calendário com as principais da-tas referentes aos processos que antecedem às eleições.

Vale lembrar que em Bento Gonçalves o recadastramento biométrico só será obrigatório a partir de 2018, então o plei-to deste ano ocorrerá sem ne-cessidade de registro digital. Fique atento ao almanaque de datas para fiscalizar candi-datos e partidos, garantindo o exercício da democracia.

Prazo final para o candidato se filiar a um partido.

Prazo para o eleitor solicitar a segunda via do título de eleitor fora do seu domicílio eleitoral.

Data limite para os partidos e as coligações registrarem seus candidatos.

Data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão, em programação normal e em noticiário transmitir, ainda que sob a forma

de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou de qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral.

Início do período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

Está autorizada a propaganda eleitoral. A campanha começa.

Último dia para que os partidos políticos, as coligações e os candidatos enviem à Justiça Eleitoral os gastos de campanha dos candidatos.

Data a partir da qual nenhum eleitor poderá ser detido ou preso, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal por crime sem fiança ou por desrespeito a salvo-conduto.

Divulgação do relatório das receitas em dinheiro coletados pelos parti-dos e pelos candidatos para patrocinar as campanhas.

Data a partir da qual nenhum candidato poderá ser detido ou preso, salvo em flagrante delito.

Último dia para o eleitor solicitar a segunda via do título de eleitor dentro do seu domicílio eleitoral.

Fim da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

Termina o período de exibição de propaganda eleitoral paga.

Data a partir da qual não será veiculada a propaganda partidária gra-tuita, nem será permitido nenhum tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão

Data a partir da qual os candidatos podem fazer propaganda intrapar-tidária, visando sua nomeação à candidatura. É vetado o uso de rádio, televisão e outdoor.

Data a partir da qual são vedadas aos agentes públicos as seguintes condutas: nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios difi-

cultar o exercício funcional. Data a partir da qual é vedada, na realização de inaugurações, a contratação de shows artísticos pagos com recursos

públicos. Data a partir da qual é vedado a qualquer candidato compare-cer a inaugurações de obras públicas.

Os partidos são autorizados a promover convenções para definir seus candidatos.

Prazo para o eleitor tirar o título de eleitor, pedir transferência de domicílio, regularizar sua situação ou solicitar a transição para uma seção eleitoral especial (em caso de deficiência).

Último dia para os tribunais regionais eleitorais oficiarem ao Tribunal Superior Eleitoral informando a relação dos municípios

que terão eleições com identificação biométrica híbrida.

Início do período para nomeação dos membros das mesas recep-toras e do pessoal de apoio logístico dos locais de votação.

Data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão trans-mitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato, sob pena, no caso de sua escolha na convenção partidária, de imposição da multa

e de cancelamento do registro da candidatura do beneficiário.

Primeiro turno das eleições.Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita do segundo turno no rádio e na televisão e da propaganda paga na imprensa escrita.

Segundo turno das eleições.

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Doações

Cadeiras de rodas usadasBicicletas usadasAndadoresQualquer valor em dinheiro.

Sábado, 16 de abril de 2016 17Geral

Inclusão

Em busca de um mundo mais acessívelAssociação Anjos Unidos auxilia, por meio de invenções, portadores de deficiência a terem melhores condições

Laura [email protected]

A iniciativa já vinha de anos. Era em Natais, Páscoas

e datas comemorativas que a família Riviera fazia a alegria de pessoas com deficiência. O primeiro passo foi dado pela jovem Amanda Riviera, que pediu ao pai, Alcindo, que fos-se criado algo maior para auxi-liar os que mais precisavam. E então, 11 de outubro de 2015, dia em que é comemorado o Dia Nacional do Deficiente Fí-sico foi fundada a Associação Anjos Unidos.

A ação era viável e tudo que era pensado, beneficiava os porta-dos de deficiência. “Nossa ideia inicial era integrar deficiente físico com o esporte, que é uma modalidade que não existe no Estado, tampouco em Bento. E aí tu deves estar te pergun-tando, mas como fizemos isso? Criamos então bicicletas adap-tadas, tricíclos e quadricíclos todos com o terceiro banco para as crianças”, acrescenta Alcindo, Coordenador da As-sociação Anjos Unidos.

“A gente entrou no mundo deles”

O que para todos é um pou-co difícil, para esse grupo foi uma realização, eles entra-ram no mundo dos deficien-tes. Apresentaram a entidade para o Prefeito, mostraram que precisavam de parcerias e não apenas de dinheiro e que queriam mesmo fazer a di-ferença. “A gente fez então o primeiro natal da Anjos Uni-dos, no dia 19 de dezembro do ano passado, consegui-mos reunir muitas pessoas, muitos donativos. Visitamos Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Monte Belo e Muçum. A gente sentiu en-tão que estava no caminho certo, quando percebemos o sorriso das pessoas e o agra-decimento dos hospitais e dos familiares depois do evento”, comenta.

Mas, percebendo que não era apenas um dia de alegria que traria aquelas pessoas para uma nova realidade, o segundo passo foi dado pelos integrantes da Associação.

O planejamento finalmen-te foi aprovado e depois de muito pensar em como auxi-liar mais ainda as crianças, uma escada adaptada para as crianças que fazem ecotera-pia foi criada. Por meio dela, os pacientes conseguem se lo-comover mais facilmente da cadeira de rodas para o cava-lo. Além disso, depois de al-gumas reuniões com mães de crianças com deficiência múl-tipla (que eles já conheciam por meio da APAE) foi pen-sando em criar aparelhos que pudessem ajuda na locomo-ção destes jovens. “Convidei as mães para virem até a em-presa e conhecerem algumas máquinas que criamos. Apro-veitamos e mostramos o trenó adaptado que estamos finali-zando para o próximo Natal e foi aí que uma das mães disse ‘Por que tu não usas um des-ses carrinhos que tens para transportar carga, para fazer um deslocador para nossos filhos?’ Aí eu pensei, mas é uma coisa muito complexa, preciso visualizar algo pronto nesse sentido para poder ver se consigo pôr em prática”,

comenta Alcindo. Depois de dias à procura do

ideal na internet, e de muito conversar com pais e especia-listas no assunto (terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e pisicólogos), o Coordenador reuniou, às quintas-feiras dos primeiros meses do ano, as mães no saguão da empresa para mostrar como as inven-ções estavam ficando. “Elas vinham aqui, a gente fazia o teste, colocava a criança no aparelho e via o que precisava ser melhorado. A gente queria que eles ficassem em pé, não apenas sentados nas cadeiras de roda, pois ficando ereto o corpo, o sistema intestinal funciona melhor. Sem falar na autoestima deles que eleva em 100%, pois quando estão ao lado de uma pessoa, eles estão na mesma altura e não abaixo como tem ocorrido”, salienta.

O primeiro aparelho que ficou pronto foi o da Ângelo Giordani Pertile e, a partir desse, outros protótipos es-tão sendo executados. “Cada criança tem um tamanho de tóxax, de altura, de pernas,

então eu não posso fabricar em longa escala, é importante fazer um especial para cada tipo de pessoa que necessite. O que facilita para a gente fa-zer esses objetos aqui na em-presa, é que podemos vendê--los a preço de custo”, pontua.

É pensando no bem estar das pessoas com deficiência que a Associação se beneficia. “Eles não precisam só de donativos, eles precisam que as pessoas tirem 10 minutos do seu tempo para ir lá e conversar, precisam de alguém que pense em como melhorar a vida dessas pessoas e é isso que estamos tentan-do fazer”, finaliza.

Alcindo Riviera, Coord. da Anjos Unidos, com Ângelo Giordani Pertile

Na fábrica são criados diferentes tipos de meios de locomoção

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A ideia que saiu do papel e deu certo

Conta: 32328-8; Agência: 0167; Banco Sicredi

(nº 748)

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FOTOS DIVULGAÇÃO

- Sábado, 16 de abril de 201618Empresas Empresários&

Os bento-gonçalvenses, ago-ra, contarão com mais um op-ção de hospedadem. O Hotel Super 8 irá inaugurar no dia 28 de abril, às 19h30min.

A Fisa Incorporadora junto com o maior grupo hoteleiro do mundo Wyndham Hotel Group, proprietário de 15 mar-cas no setor, dentre elas a Rede

O Grupo Cinex acredita que um ambiente seguro auxilia na saúde dos colaboradores. Por conta disso, promoveu duran-te esta semana a SIPAT – Se-mana Interna de Prevenção de Acidentes.

A programação contou com informações para combate aos vírus transmitidos pelo mosqui-to Aedes Aegypti e uma palestra abordando estatísticas, preven-ção e consequências de doen-ças sexualmente transmissíveis (DSTs), ministrada pela enfer-meira Adriana Cirolini, além de testes de visão e ginástica laboral.

Cerca de 1,3 mil estudantes da rede municipal de ensino estão participando neste ano de um projeto da Secretaria Municipal de Educação, que recebeu pelo segundo ano se-guido o apoio do nosso Sin-dilojas Regional Bento e do Senac local. A ação, que visa o incentivo ao consumo de alimentos saudáveis e os cui-dados à preservação do meio ambiente, prevê a distribuição de sacolas retornáveis aos alu-nos que visitam a feira ecológi-ca, diminuindo assim a quan-tidade de sacolinhas plásticas empregadas para a embalagem dos produtos. Na avaliação do presidente Daniel Amadio, o projeto, além de expor a mar-ca da entidade, traz consigo a educação nutricional e am-biental. “Além de aproximar ainda mais o nosso sindicato da comunidade, estamos con-tribuindo para a formação de pequenos cidadãos, através

Sindilojas e Senac parceiros em ação educacional

A programação contou com informações para combate da dengue

Ação tem como objetivo incentivar o consumo de alimentos saudáveis

Inauguração do Super 8 em Bento

Cinex realiza semana de prevenção

Adelgides Stefenon, MSc.

Negócios& Empresas

Podemos falar qualquer coisa do PT. O que não se pode falar é que o marketing desse partido é ruim. Ao contrário, é o marke-ting que está sustentando o PT.

Quando Lula ganhou seu primeiro mandato, a virada triunfal do candidato derrotado até então foi quando o PT mudou de es-querda para o centro prometendo manter os legados de FHC e investir no social. Ganhou e o PT se apoderou do poder de forma tão forte que, mesmo com tamanha corrupção, ainda este mode-lo político é defendido com unhas e dentes por muitos.

O modelo socialista já levou multidões a defendê-lo em alguns países mas foi se esfacelando dia após dia mesmo na Rússia. Mas o incrível é que ainda possui muitos adeptos por aqui.

O discurso, principalmente em países pobres, como o nosso, longe de ser esquecido, ainda arregassa mangas para a luta. Se-ria um fanatismo? Quase uma seita? De onde vem sua força?

Na campanha para a primeira eleição de Dilma, uma desco-nhecida, o PT levou às telas da televisão, à internet e às ruas o discurso da elevada aprovação do governo Lula dizendo quase que “em time que está ganhando não se mexe”. Lula e Dilma de mãos dadas. O Mensalão estava ainda por crescer. O petrolão estava por nascer.

Dilma ganhou a eleição. O que se viu em termos de gestão todos já sabemos: um terror.

Em 2014, a desconstrução de todos os adversários, um a um, pela propaganda do PT foi a tônica.

Mas é inegável que o marketing sempre esteve lá ajudando a erguer o palanque vermelho. O marketing sustentou Dilma e Lula até agora.

Mesmo moribundo, uma nova sacada de mestre: “não vai ter golpe”. Uma frase de 4 palavrinhas que mostra mais uma vez como o marketing pode fazer coisas impossíveis. A oposição ao PT não conseguiu criar nada parecido. Ficou amordaçada e limi-ta-se a dizer que não é golpe, alimentando toda vez que cita que não é golpe, ainda mais a palavra golpe. Se queriam mais certeza para o impeachment, deviam ter criado algo também forte, no marketing. Não conseguiram. Vejo todos os dias propagandas do PT na tv. Não vejo da oposição.

Amanhã é o grande dia. Escrevo este artigo na quinta, 14.04.16. Continuo apostando que o impeachment vai ser aprovado. Ou agora ou mais tarde. Dilma não termina o seu mandato.

Mas a habilidade do marketing nunca mais será questionada. O marketing pode mudar pensamentos; o marketing pode mu-dar filosofias; o marketing pode mudar ideologias; será capaz de mudar a falta de saúde, de segurança, de educação, habitação e confiança?

Uma coisa é certa: se o impeachment for aprovado, o povo bra-sileiro dará outro exemplo aos políticos para que cuidem mais da coisa pública sob pena de novos impeachments ocorrerem no fu-turo. Este já é um ganho, seja qualquer o resultado final.

Como uma simples frase pode assumir tamanho barulho? Seu eco pode ser ouvido a muitos quilômetros. Uma mentira dita tan-tas vezes que se multiplica.

A história é sempre contada pelos vencedores. Tomara que o Brasil saia vencedor amanhã.

Adelgides Stefenon é economista, mestre em marketing, consultor nacional e internacional, professor universitário.

Envie seus comentários e/ou sugestões para [email protected]

NÃO VAI TER GOLPE!O MARKETING DO PT.

da conscientização deles e até mesmo de suas famílias”, ava-lia Amadio.

Conforme a Supervisora Pedagógica da Secretaria de Educação, Adriana Poletto Razia o apoio do Sindilojas foi fundamental para a continui-dade desta ação. “Isso mostra a sensibilidade e o compro-misso da entidade com a co-

munidade de Bento Gonçal-ves. Sem dúvida, as crianças atuarão como multiplicadores da ideia, gerando benefícios ao ambiente”, afirma.

Neste ano o projeto envol-veu as crianças do Jardim B e do 2º ano da rede municipal de ensino, estendendo-se a todas as Escolas de Ensino Funda-mental e Infantil.

Super 8, inauguram em Bento Gonçalves o segundo hotel do estado. Embora não partipe do financiamento dos projetos, o grupo Wyndham é responsável por fornecer treinamento e su-porte para os hotéis Super 8. O desenvolvimento ficará a cargo da Inncorp, que buscará expan-dir a rede por meio de parcerias

com incorporadoras locais e re-cursos de fundos imobiliários. Os interessados em compare-cer no evento devem confirmar presença até o dia 20 de abril pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 3052.0062. O Hotel está localizado na RSC-470, Km 219, nº 655, bairro Vinosul.

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DIVULGAÇÃO

EVANDO SOARES

Diretor da Bibi Marlin Kohlrausch

Presidente Volnei Benini

- Sábado, 16 de abril de 2016 19Empresas Empresários&

Vinícola Salton é homenageada pelo Governo do Estado

A Salton recebeu na quin-ta-feira (07/04) uma hom-enagem do Governo do Rio Grande do Sul pelo cen-tenário de contribuição ao desenvolvimento do Estado. O valor e a importância da empresa foram reconheci-dos como uma iniciativa de transformação positiva para o cenário gaúcho. No evento, que contou com a presença do governador José Ivo Sar-

Marlin Kohlrausch, presi-dente da Calçados Bibi, min-istrará a próxima palestra-al-moço no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), no dia 25 de abril, a partir das 12h. Com o tema ‘Gestão para con-strução de uma marca global de desejo’, o empresário gaú-cho utilizará como case sua marca, fundada em 1949, na cidade de Parobé. A Calçados Bibi é pioneira no Brasil na produção de calçados infan-tis. As confirmações podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 54 2105-1999. O in-vestimento para associados é

Diretor da Calçados Bibi no CIC/BG

tori, do vice-governador José Paulo Cairoli, do presidente da Fiergs, Heitor Müller, do secretário do Desenvolvimen-to Econômico, Ciência e Tec-nologia, Fábio Branco, e do presidente da Jucergs, Paulo Roberto Kopschina, a vinícola foi representada pela quarta geração da família com Dan-iela Salton, gerente de projetos de empresa, e Gregório Salton, um dos enólogos da vinícola.

O presidente da Movergs Volnei Benini, desembarcou na Itália na última semana.Por indicação do presidente da ABIMÓVEL, Daniel Lutz, o Cônsul Geral do Bra-sil na Itália, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, convidou o executivo para um evento organizado pelo consulado brasileiro em comemoração a participação do Brasil no ISaloni. O diplomata realizou um coquetel na quinta-feira, dia 14, no PatioBrazil S/A, em Milão.

Na ocasião, Benini apresen-tou o setor moveleiro gaúcho ao Cônsul, além de conversar sobre possíveis ações. O ex-ecutivo também participou

Presidente da Movergs representa o setor na Itália

do Salão do Móvel de Milão 2016 – evento que é referên-cia mundial no lançamento de tendências em arquitetura e decoração.

de R$ 75,00 para associados e R$ 105,00 para não asso-ciados. O cancelamento das inscrições só será aceito com antecedência mínima dois dias úteis antes do evento.

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Oportunidades oferecidas pelo Setor da Beleza

O setor de beleza segue na contramão da crise e não foi afetado pela desaceleração econômica, resultando em uma área promissora para in-vestir em tempos de insegu-rança financeira. De acordo com a diretora do Senac de Bento Gonçalves, Rosângela Jardim, a área da beleza não para de crescer, um exemplo disso são os inúmeros pro-fissionais empreendendo seu próprio negócio “O que vai diferenciar cada um é a exce-lência dos serviços prestados. Inclui-se aí um atendimento diferenciado, técnicas atualiza-das, um ambiente acolhedor e claro, as qualificações que cada profissional tem”, explica.

Um exemplo de investido-ra na área de beleza é a aluna Simone Rossatto que está fa-zendo o curso de cabeleireiro no Senac e conta que decidiu se matricular pois sabe da re-ferência da instituição na área. “As aulas são dinâmicas, muito práticas e que proporcionam um aprendizado diferenciado.

Todos sabem a importância das mães na vida dos filhos e, principalmente, de elas terem um dia especial em sua home-nagem. Sendo assim, aprovei-tar essa data para presentear a mulher que você mais ama no mundo é essencial para tornar esta data ainda mais significa-tiva. Pensando nisso, a Vízia Óptica preparou a campanha “O cuidado dela merece o me-lhor presente”, uma promoção com condições especiais.

Os filhos que desejarem pre-sentear suas mães poderão es-colher entre os produtos ofere-cidos pela Vízia Óptica, como a linha de solares Dolce & Ga-bbana, Vogue, Ray-Ban entre outras marcas conceituadas no mercado, além dos óculos de sol, há também os relógios que são um excelente presente. “Todo mundo tem uma mãe e elas merecem o melhor, por isso que a Vízia tem essa pre-ocupação em dizer que o me-lhor presente é aqui. Tanto os

Simone investiu no curso do Senac e prospera na área de beleza

Equipe Vízia está preparada para atender as mães como elas merecem

Estou muito satisfeita com tudo que estou vivenciando no curso”, declara. A profissional conta, ainda, que já está atu-ando com um salão próprio. “Em um mês já obtive retorno de boa parte do investimento.

O Senac foi uma plataforma onde pude me lançar na área que sonhava” finaliza. Ao lon-go do ano o Senac abre diversas turmas no turno da noite e da tarde para abranger diversos pú-blicos. Cursos como técnicas de

depilação, manicure e pedicure, cabeleireiro, micropigmentação, design de sobrancelhas e bar-beiro são alguns destaques da programação. Para os interessa-dos ainda há vagas disponíveis, porém as matrículas devem ser feitas com antecedência para ga-rantir que o interessado consiga participar.

O Senac está localizado na rua Saldanha Marinho, 820 - Cidade Alta. Mais informações pelo telefone: (54) 3452-4200.

- Sábado, 16 de abril de 201620Empresas Empresários&

Dia das Mães é na Vízia Óptica

óculos de sol que protegem os olhos, até a estética. Além dos relógios que são uma joia para as mães”, explica Aline.

A gerente salienta, ainda, que as peças são bonitas, delicadas e para todos os gostos e bol-sos, das mães mais clássicas até as modernas e antenadas na moda. “Nossos produtos são de marcas conceituadas, por

isso têm mais durabilidade, os óculos são feitos com tecnolo-gias avançadas e seguem a atu-al tendência do mundo óptico, como o espelhado, ” finaliza.

A campanha iniciou dia 11 de abril e segue até 7 de maio em todas as lojas da rede Vízia Óptica, de Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa e Caxias do Sul.

CAIANI MARTINS

CLEONICE PELENZ

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Em 2016, a Fiema Brasil avançou no conceito de facili-tar o acesso ao conhecimento e à inovação. Diversidade de assuntos, profissionais re-nomados e a profundidade de debates marcaram a edi-ção do FiemaCon: um palco que reuniu tecnologia e ex-periências sobre inovação e sustentabilidade.

Três grandes atividades tradicionais e consolidadas marcaram o FiemaCon: o 5º Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Am-biente, 5º Seminário Brasileiro de Gestão Ambiental na Agro-pecuária e 4º Seminário de Se-gurança do Trabalho. O Semi-nário de Energias Alternativas e o Ciclo de Palestras foram as principais novidades deste ano: os eventos reforçaram so-bre a importância da prática de energias renováveis e promo-veram discussões sobre temas como tecnologia em resíduos, águas e efluentes.

Encontro de grandes nomes

Outro destaque da programa-ção foi o debate de conceitos de ética e sustentabilidade dos ne-gócios, sob a ótica de profissio-nais que são ícones em gestão, durante o 3º Meeting Empresa-rial. Com público superior aos 300 participantes, colocou em pauta as adversidades enfrenta-das pelas empresas no dia a dia e exemplos de como os valores corporativos podem ser ferra-mentas importantes nas estra-tégias de crescimento.

A partir do tema “Ética e Sustentabilidade nos negó-cios”, o Meeting Empresarial congregou algumas das vozes mais representativas do setor. “Esse encontro prova, a cada edição, que a inovação per-manente e sustentável tratada como visão estratégica, con-tribuem para gerar resultados econômicos, sociais e ambien-tais. Os ganhos são reais para

todas as organizações, em-presas e comunidade. Temos diante de nós grandes exem-plos a serem seguidos”, des-tacou o presidente da Fiema Brasil 2016, Jones Favretto.

Para Erino Tonon, vice--presidente de Estratégias e Desenvolvimento da Randon, reunir pessoas influentes e preocupadas com a pauta am-biental é um passo importante para a sociedade.

Paulo Renato Herrmann, presidente da John Deere, apresentou destaques dos 179 anos da empresa, seu proces-so sucessório e os momentos mais marcantes dessa traje-tória. “Precisamos ter alguns cuidados com a sazonalida-de do mercado, mas isso não é uma particularidade do Brasil, é uma realidade para muitos. Valores como ética, integridade, qualidade e com-prometimento precisam ser aliados dos nossos negócios”, destacou Herrmann.

manha, Canadá, Argentina, Áustria, Espanha, Paraguai e Uruguai.

“Somos unânimes, organi-zadores e participantes, em dizer que a Fiema Brasil 2016 foi excelente. A feira cum-priu, mais uma vez, seu pro-pósito de oferecer oportuni-dades de desenvolvimento em gestão ambiental, mostrando

novas tecnologias para a in-dústria, além de servir como instrumento de propagação de informação sobre assuntos pertinente para quem procu-ra alternativas competitivas por meio da gestão ambien-tal, como fontes alternativas de energia. O público focado na geração de negócios e na busca por conhecimento con-

tribuiu para resultados asser-tivos, o que torna a participa-ção no encontro muito mais eficiente e rentável”, analisa o presidente da sétima edição, Jones Favretto.

Diversos fatores contribuí-ram os resultados positivos da edição de 2016 – entre os principais, o público qualifi-cado, composto quase que na totalidade por visitantes pro-fissionais e acadêmicos dire-cionados a construir, junto aos expositores, novas opor-tunidades. Com um formato de encontro dinâmico, a feira priorizou a geração de negó-cios, ampliação de networking e prospecção de mercado. “A Fiema Brasil exerceu por mais um ano a sua missão de gerar retornos reais para quem par-ticipa. Sua contribuição para o setor é inquestionável, tanto a nível nacional quanto interna-cional. Com mais esse desafio superado, unimos esforços para alinhar os preparativos para a edição de 2018”, afir-ma o presidente da Fundação Proamb, entidade promotora da feira, Neri Basso.

Edição de 2018 tem data confirmada

Antes mesmo de a sétima edi-ção estar concluída, as equipes trabalhavam nos preparati-vos para garantir o sucesso do próximo encontro, que já tem data marcada: a oitava Fiema Brasil ocorre nos dias 10, 11 e 12 de abril de 2018, em Bento Gonçalves. Além das defini-ções no calendário, também foram anunciados os nomes dos profissionais que estarão à frente da organização: Jones Favretto, reconduzido ao cargo de presidente da feira, conta o apoio do vice-presidente, Vita-lino Nichetti, do presidente da Proamb, Neri Basso, e da dire-tora executiva, Marisa Cislaghi na missão de construir, dentro de dois anos, uma Fiema Bra-sil capaz de superar as mais otimistas projeções e consoli-dando Bento Gonçalves como futuro pólo ambiental. “Esse é o nosso desafio: transformar o município em referência nesse segmento, pela combinação dos trabalhos da Proamb e da Fie-ma Brasil”, avalia Basso.

Um legado com o que há de mais atual em gestão am-

biental, inovação e tecnologia em resíduos, águas, efluentes e energia – com essa valiosa combinação, a Fiema Brasil encerra sua sétima edição surpreendendo pelos resul-tados apresentados após três dias de intensa programação. Consolidada como vitrine de boas práticas ambientais, a feira confirmou, em 2016, sua assertividade tanto na gera-ção de negócios para os ex-positores, como na difusão de informação e conhecimento.

A comprovação desse su-cesso aparece expressa pelos números: a Feira de Negócios e Tecnologia em Resíduos, Águas, Efluentes e Energia reuniu, de 5 a 7 de abril, em Bento Gonçalves, cerca de 130 marcas expositoras, en-tre nacionais e internacio-nais. Esses nomes atraíram um público de mais de 8 mil visitantes, que passaram pelo Parque de Eventos, vindas de todos os Estados brasileiros e de mais de nove países, en-tre eles Portugal, Itália, Ale-

Sétima edição do evento com foco em sustentabilidade recebeu mais de 8 mil visitantes e expositores de 10 países

Evento foi marcado por atividades como o 5º Congresso de Tecnologias

Feira atraiu visitantes de todos os estados brasileiros e nove países

Resultados da feira superam expectativasFiema Brasil 2016

Informação aliada ao conhecimento

Sábado, 16 de abril de 2016 21Geral

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Sábado, 16 de abril de 201622D

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JS - Quais são os aspec-tos que mais preocupam atualmente a administra-ção do Hospital?

HM - O que norteia nossos pensamentos, planejamentos e visão de futuro, sempre é o que a região já que somos um hos-pital regional está demandan-do e demandará nos próximos anos. O nosso olhar está sem-pre voltado para identificar o mais precocemente possível a tendência das doenças para conseguir trabalhar, investir e oferecer soluções. Esta é a grande preocupação dentro da missão de restabelecer as pes-soas no menor prazo possível.

JS - É uma maior atenção à medicina preventiva?

HM - Quando falamos em medicina preventiva, sempre pensamos na hipertensão, dia-betes e algumas outras doen-ças. Mas é preciso pensar no câncer também como uma me-dida preventiva. Recentemen-te, no Tacchini, realizamos um estudo com 7.500 casos e ava-liamos a sobrevida destas pes-soas. Os números que temos aqui são compatíveis com os melhores centros mundiais em termos de sobrevida quando identificada a doença e tratada.

Porém, identificamos que o paciente com câncer de cólon retal chega muito tarde para o tratamento. Tendo este conhe-cimento, nossas ações passam a se direcionar para identificar o mais cedo possível o diagnós-tico deste tipo de câncer, pois a condição de tratamento passa a ser outra.

O Tacchini tem pela frente a estruturação de um centro de pesquisa que vai, seguramente, estudar mais profundamente as patologias da nossa região, mesmo doenças graves, como forma de tentar se antecipar.

JS- A pesquisa na área da saúde ainda é pouco incentivada no Brasil? Há recursos públicos para esta área?

HM - Há, sim, recursos di-recionados para incentivar pesquisas no Brasil. Estamos aprendendo sobre o que exis-te de programas e para buscar os investimentos disponíveis para impulsionar esta área investigativa, de desenvolvi-

Natural de Porto Alegre, Hilton Mancio há seis anos é Superintendente Executivo do Tacchini. Nesta entrevista, fala

Para o Superintendente Executivo do Tacchini, Hilton Mancio, quem trabalha em um hospital não tem um trabalho, tem uma vocação

Hilton Mancio fala sobre Tacchini, Entrevista

mento, de geração de conhe-cimento. Recentemente nos habilitamos a duas linhas do Governo, com apoio de em-presas que se beneficiam de deduções fiscais no Imposto de Renda, através do Pronon (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica), por exemplo. E foi fantástica e imediata a adesão de grandes empresas da região. Estamos aguardando a aprovação fede-ral, mas já iniciamos a estrutu-ração de uma área e contamos com uma coordenadora que está atuando para que esse seja um diferencial muito grande.

JS - Qual a posição do Hospital no fornecimen-to de drogas que estão em fase experimental, como foi recentemente a polê-mica da fosfoetanolamina na cura do câncer?

HM - Nós temos uma legis-lação muito rígida. Não há mês do ano que não tenha algum

agente fiscalizando o Tacchi-ni, seja Ministério do Traba-lho, seja Vigilância Sanitária, conselho de alguma categoria profissional, enfim, sempre tem fiscalização. O que deman-da uma quantidade de horas significativa da equipe para atender estas questões. Falo isso para que as pessoas com-preendam que não podemos fornecer dentro da estrutura hospitalar nenhuma droga que não esteja aprovada pela Vigi-lância Sanitária. É uma legisla-ção muito rígida. O que pude observar é que, neste caso da fosfoetanolamina, não foi cumprido o tempo necessário de pesquisa e testes para que a Vigilância pudesse aprovar e liberar o uso deste medica-mento. E é um tempo longo, que demanda anos. No outro lado estão as pessoas que não tem este tempo, devido ao cân-cer, e não conseguem acesso a droga. A única maneira é par-ticipar como voluntárias nas

instituições que estão promo-vendo a pesquisa. Que não é o caso do Tacchini, pois ainda não estamos com estas linhas de pesquisas sendo realizadas, por isso não podemos fornecer esta medicação.

Quando tivermos estrutu-rada esta área de pesquisa no Tacchini, poderemos nos habi-litar para participar dos traba-lhos que estão em andamento e, aí sim, com um grupo de es-tudos monitorado, devidamen-te registrado e homologado, te-remos condições de fazer parte deste tipo de ensaio.

JS - Hoje, quem entra num hospital ou clínica é paciente ou cliente?

HM - Esta é uma excelente pergunta e é muito importan-te podermos falar sobre esta

questão. As equipes que tra-balham na assistência aos que estão sob atendimento enfren-tam uma tensão muito grande neste ambiente. A preocupação é tratar e devolver essa pessoa para seu meio normal o mais rápido possível. É essa a preo-cupação, o que pode ser nota-do principalmente no pronto socorro, onde os médicos estão monitorando vários pacientes ao mesmo tempo e vivem um período de atenção concentra-da por seis horas ou mais. Não conseguem dar a atenção de cliente, mas sim de paciente, o que muitas vezes é visto como um atendimento mais frio. Mas é uma exigência da com-plexidade que é o atendimento no pronto socorro, onde o ob-jetivo maior é salvar vidas.

Por isso estamos trabalhan-do para que as equipes tenham a visão do cliente. Ainda temos muito forte a visão do pacien-te e um nível de atenção ele-vado no sentido de seguir os

“”

Estamos trabalhando forte para ter a visão de cliente,

não só de paciente

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Sábado, 16 de abril de 2016 23

saúde e o dilema de paciente e clienteum pouco sobre suas escolhas de vida e a atuação numa área que é primordial para uma comunidade, a saúde

protocolos médicos à risca. O Tacchini realiza um trabalho com as equipes de humaniza-ção, mas, com tanta legislação, fiscalização e exigência, há um medo muito grande de fazer concessões para o cliente. O controle externo é tão rigoroso que há receio até numa auto-rização para liberar o acesso, fora do horário de visita, a um paciente em estado terminal na UTI. Porque está tudo mui-to rígido dentro da nossa es-trutura por conta das normas e legislações externas.

Sem dúvida que os proces-sos ajudam a controlar e or-ganizar. São fundamentais para medir resultados, para se fazer as coisas certas. Mas estamos discutindo muito, in-ternamente, as possíveis fle-xibilidades que podemos ter no dia a dia, com o objetivo de trabalhar mais a humanização. Tirar o medo das equipes que estão na linha de frente e ten-tar deixá-las mais encorajadas a tomar decisões em benefício do cliente. Não aceitamos que uma decisão seja tomada por conveniência; decisão tem que ser tomada por critério.

Em alguns setores, como de internação, já conseguimos ótimos resultados pelas ava-liações que o Hospital Tacchini recebe e estamos trabalhando para levar este atendimen-to voltado mais para o cliente para outros setores.

JS - O Ministro da Saúde disse que é preciso haver fontes permanentes de financiamento da saúde para garantir a melhoria de seus serviços. Qual sua opinião?

HM - Quando se estabeleceu que saúde é um direito de to-dos e um dever do Estado, não se estabeleceu de onde viria o dinheiro para bancar tudo isso. E esta questão é muito séria, pois o SUS há 13 anos não corrige tabelas, mas os salários dos profissionais que trabalham no Hospital sobem todos os anos, a medicação au-

menta todos os anos, os custos de uma forma geral não estão congelados e por isso é muito difícil, hoje, fazer gestão com os recursos disponíveis. O ano de 2015 exigiu muito controle financeiro, pois a falta de re-cursos e a crise que se estabe-leceu no governo do Rio Gran-de do Sul e no SUS como um todo, nos levou à situação de dificuldade financeira que não sei se houve similar na histó-ria do Tacchini. Isso fez com que fôssemos muito mais ri-gorosos, pois a contratação do SUS, levou 11 meses de nego-ciação com a Prefeitura, que é quem administra os recursos repassados pelos governos fe-deral e estadual.

JS - Interfere na qualida-de do atendimento?

HM - Faço questão de res-saltar que toda esta dificuldade não interfere na qualidade do atendimento. A medicação que é dada para o paciente do SUS é a mesma que o paciente par-ticular recebe. A sala cirúrgica é a mesma para ambos. Assim é com os equipamentos.

Não existe distinção de aten-ção e tratamento. O que existe é uma diferença no acesso. À medida em que se tem menos recursos e que há mais difi-culdade, é óbvio que pelo SUS acaba tendo um tempo diferen-te do paciente privado para ter acesso a certos serviços de saú-de. É um processo que precisa ser respeitado de acordo com o que há de disponibilidade para financiar todo este serviço.

JS - Também há ques-tão das especialidades que cada hospital atende pelo SUS?

HM - Sim, O Tacchini é alta complexidade pelo SUS em oncologia e nefrologia. Mas nas áreas de cardiologia, trau-mato ortopedia e neurologia, por exemplo, não somos. En-tão quando temos casos nestas áreas, precisamos transferir para os hospitais que estão habilitados para atender estas altas complexidades.

Por outro lado, o Tacchini tem uma estrutura de reta-guarda para pacientes em esta-do grave, que são as UTIs, que acaba sendo referência para todo o Estado. Temos pacien-

tes de todas as cidades do Rio Grande do Sul, não só da nossa região. Os leitos são regulados pela central em Porto Alegre, que verifica onde há recursos disponíveis e, quando precisa, transfere para o Tacchini, nos casos de alta complexidade.

JS - Quais as competên-cias que o senhor aponta que um gestor precisa ter para enfrentar a complexi-dade da Saúde?

HM - Tem uma questão im-portante, em que o SUS é uma rede e o gestor público contrata serviços conforme a necessida-de para atender. Por exemplo, o Rio Grande do Sul tem 10 mi-lhões de pessoas e para atender esta demanda vai precisar de um determinado número de leitos, um determinado núme-ro de atendimento de alta com-plexidade. E para isso contra-ta os serviços dos hospitais. O que as pessoas tem dificuldade de entender é porque são enca-minhadas para outros municí-pios se elas residem em Bento Gonçalves e aqui tem o Tacchi-ni. A questão é que o Tacchini não tem gerência sobre a rede do SUS. Quem define para onde o paciente vai, para re-ceber o atendimento, é a Cen-tral de Regulação. E isso mui-tas vezes gera conflitos, pois já tivemos pacientes de Bento Gonçalves que tiveram que ser transferidos a Rio Grande, onde tinha leito de UTI dispo-nível pelo SUS. Por isso quero deixar bem claro que não de-cidimos nem se o paciente que entra na emergência vai ficar no Tacchini. Quem decide é a Central de Regulação, em Por-to Alegre, que administra toda esta questão de vagas e aten-dimentos pelo SUS.

Por isso, acredito que o ges-tor público tem que ter a ca-pacidade de planejamento e de organização, além de muito diálogo para conseguir nego-ciar nas horas críticas. Diálogo e transparência são fundamen-tais para conseguir lidar com as situações mais difíceis.

JS - E para ser adminis-trador de um hospital?

HM - É fundamental ter a consciência de que não é uma pessoa que faz funcionar um hospital com mais de dois mil

funcionários. Todos nós temos limites e um hospital é uma estrutura que funciona com o trabalho em equipe. E tem que ter um time de pessoas extre-mamente motivado com a cau-sa. Quem trabalha em um hos-pital não tem um trabalho, tem uma vocação. Se a pessoa deci-diu trabalhar na área da saúde, sabe que o telefone vai tocar de madrugada, feriados e final de semana, e não tem cara feia. Se não gosta de gente e não está preparado para isso, não venha trabalhar no hospital.

Não dá para pensar que vai ser o salvador da Pátria trabalhando num hospital. Aqui tudo funcio-na com trabalho em equipe, e sempre vai depender de alguém para fazer alguma coisa. Um médico depende da enfermeira, que depende do almoxarife, que depende da higienização e se alguma parte falhar, o processo fica prejudicado.

Por isso temos uma equipe de gestores comprometida, motivada e acima de tudo in-tegrada por idealistas. Isso tem permitido tomar decisões centradas no que é melhor para o cliente.

JS - O SUS é uma parti-cularidade do Brasil ou outros países enfrentam problemas semelhantes?

HM - Participei de um con-gresso internacional, com a presença de vários governos, e me chamou a atenção o depoi-mento do representante do Mi-nistério de Saúde de Israel. Ele falou sobre a criação de um co-mitê, que tem representantes da comunidade e do governo, que quando chega uma nova tecnologia, antes de colocar em operação, vai para um debate técnico e de resultados. Depois disso vai ser avaliado se tem condições orçamentárias para bancar esta tecnologia. Hoje há tratamentos que custam de 500 mil a 1 milhão de reais que vão garantir uma sobrevi-da para o paciente por um pe-ríodo muito curto, em muitos casos de 15 dias. Neste sentido, o Ministério de Saúde de Is-rael entende que este benefício

precisa ser avaliado, não que a pessoa não mereça ou tenha direito, mas frente às dificul-dades que tem na área com re-cursos financeiros limitados e pensando na coletividade, eles ponderam quantas pessoas vão ser atendidas com estes valo-res. Isso nos faz pensar o quan-to a saúde deve ser planejada de forma coletiva. Um plano de saúde, por exemplo, é algo que funciona na coletividade, onde muitas pessoas pagam, mas utiliza quem precisa. É um sis-tema mutualista.

Saúde, no mundo inteiro, tem recursos limitados. É uma fatia do PIB de cada país. Se to-dos usarem ao mesmo tempo, em lugar nenhum do mundo há como atender.

JS - Todas as pessoas que procuram o hospital, realmente precisam do atendimento?

HM - 75% das pessoas tem classificação verde e azul (clas-sificação de risco), sendo que estas são situações que se tra-ta em consultório médico ou numa unidade de saúde. Mas a necessidade de ter uma atenção imediata, a ansiedade, faz com que estas pessoas procurem um atendimento hospitalar.

Tem um pouco de tudo, pois evoluímos muito em cima de extremos. Como sociedade não encontramos o ponto de equi-líbrio das coisas. São situações que saem do nada para o tudo e depois verifica-se que o tudo não é exequível e que é preciso discutir e encontrar a melhor forma de fazer. Achar a forma que cabe dentro da nossa so-ciedade. É bacana olhar para os americanos, ou para os euro-peus, e querer as coisas iguais, mas não é exequível muitas vezes. São culturas diferentes e sistemas de remuneração di-ferentes, as tecnologias até que são muito similares.

Além disso, a nossa socieda-de lida com o tempo de um jei-to diferente. É aquela situação em que a pessoa resolveu que o problema que está lhe incomo-dando há uma semana vai ser solucionado agora. E onde tem o serviço disponível? No pron-to socorro.

”Saúde é um direito de todos e um dever do Estado, mas faltou

definir de onde viriam os recursos

A saúde deve ser planejada de forma

coletiva

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Sábado, 16 de abril de 201624

“Autonomia é tudo e se eu perder, perco a motivação”

Para Hilton, o gestor público tem que ter planejamento e organização

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JS - Como obter satisfa-ção pessoal num cotidiano profissional permanente-mente em contato com a dor e o risco da morte?

HM - Mesmo não tendo o contato direto com o pacien-te, e atuando mais na gestão, a gente sente. Uma vez per-guntei para uma enfermeira: “como você consegue trabalhar numa UTI Neonatal, lidando com os bebês em situação de risco?” Ela me respondeu: “é o trabalho mais gratificante, pois a criança responde aos estímu-los, ao tratamento, de forma muito rápida”.

Eu trabalho com heróis no Tacchini. É uma equipe fan-tástica, com profissionais comprometidos que sentem o sofrimento dos pacientes, que se abalam, sim, mesmo não demonstrando, quando não conseguem o resultado dese-jado, quando precisam lidar com o óbito. Mas é um local onde muitas coisas boas acon-tecem, desde o nascimento de uma criança até a cura de um paciente. E isso nos motiva a trabalhar todos os dias.

JS - Como você define qualidade de vida nos dias de hoje?

HM - Eu entendo como qualidade de vida ter auto-nomia para fazer as coisas de forma independente. Para mim, autonomia é tudo e se eu perder, perco muito da mi-nha motivação.

Com exceção das doenças imprevisíveis, em geral va-mos ter a velhice relacionada a como nos tratamos até uma determinada idade. Se a pessoa é fumante a maior parte de sua vida, o que esperar quando fi-car idoso? Não há mágica para isso. A medicina, através dos estudos e pesquisas, aponta os grupos de riscos (hipertensão, obesidade, diabete, fuman-te, dependente químico, etc) e precisamos tentar ficar fora do maior número possível de-les para ter qualidade de vida, principalmente quando idoso, pois tudo o que a gente faz tem consequências, que podem ser boas ou ruins.

JS - Fale um pouco so-bre sua experiência pro-fissional

HM - A minha formação é Administração. Comecei a trabalhar cedo como bancá-rio e tive experiência na área do comércio e como dono do próprio negócio. Em 1993 fui trabalhar no Hospital Mãe de Deus (Porto Alegre) e tenho a lembrança de que no pri-meiro dia de trabalho a freira que era Chefe de Enferma-gem disse que eu iria assis-tir uma cirurgia. E me levou para o bloco onde acontecia uma cirurgia cardíaca, com o paciente com o peito aberto, o médico com o coração na mão e eu aguentei quatro ho-ras e meia, de pé, assistindo a cirurgia com a maior curiosi-

dade e muito interessado com o procedimento. No final ela disse: “tu é do ramo e vai te dar bem neste segmento”.

Aprendi muito nestes anos, na gestão hospitalar, tanto no Mãe de Deus como no Tacchi-ni, onde estou há mais de seis anos. A história do Tacchini, para mim, é uma fonte de inspiração.

JS - Como foi sua infân-cia e as melhores lembran-ças que guarda?

HM - Esta é daquelas per-guntas inesperadas. Mas lem-bro que na adolescência, na fase de escolha de profissão, sempre imaginei atuar numa área que fosse participativa na comunidade, que pudesse construir algo para o bem co-mum. E agora, olhando para o passado, vejo como há ligação com o que estou fazendo.

E acredito que o destino me ajudou, pois o primeiro vesti-bular foi para Análise de Siste-mas; como não passei, ingres-sei na segunda opção, que era Administração, com o objetivo de, depois, migrar para o curso pretendido. Gostei tanto, que não mudei e hoje não me ima-gino um analista de sistemas.

JS - Qual a importância da família na sua vida?

HM - Minha família é fun-damental e é o que me move. É minha fonte de inspiração para todos os dias. Porque, se por um lado tem a coisa bacana de cons-truir, de fazer parte e desenvol-ver projetos para o bem coletivo, há um nível de estresse elevado, onde as decisões têm impacto maior, a pressão do tempo nas tomadas de decisões também é um fator muito forte. O próprio nível de fiscalização, que deve ser o mais alto em relação à ou-tros segmentos, exige muito. E é na família que recarrego as bate-rias. Muitas vezes passar o final de semana em casa em compa-nhia da esposa e de meus dois filhos, é o melhor programa.

JS - Neste sentido, como é seu dia a dia fora do hospital?

HM - Para ser bem sincero, a academia faço por obrigação, porque preciso de atividade físi-ca. Adoro cinema. E gosto muito de viajar, tanto que já deixei de trocar de carro para fazer uma viagem. E tem os dois lados, um é o prazer de conhecer lugares e culturas, e o outro é o profissio-nal, onde já encontrei soluções de problemas para o Tacchini. Viajar é uma fonte constante de aprendizado. Se estiver com a mente aberta, estiver recep-tivo ao que vai ver e encontrar, o proveito é muito grande. As coisas estão ao nosso redor e é

uma questão de ter condição de poder e saber captar.

JS - Se pudesse voltar no tempo, e tivesse a oportuni-dade de promover uma mu-dança no mundo, qual seria esta mudança?

HM - A medicina , atualmen-te, está discutindo a produção de uma pílula que seria capaz de eliminar todos os traumas que a pessoa teve na vida. E eu pergunto: a tua vida seria a mesma e tu seria à pessoa que és se não tivesse passado os traumas que passou? É claro que há muitas coisas que gos-taríamos de ter evitado, seja na nossa vida pessoal, como traumas de proporção maiores como o 11 de setembro nos Es-tados Unidos, ou massacre em Paris, na França. Mas se na his-tória do mundo eliminássemos tudo que aconteceu de ruim, o que seria o mundo hoje? De uma forma ou de outra, cada vez que situações trágicas como estas acontecem, depois coisas boas também acontecem.

É uma pergunta muito difícil, porque aprendi com todas as ex-periências que tive, ruins e boas. Não há muito espaço para ar-rependimentos. O que precisa-mos é aprender, principalmente quando se erramos, e transfor-mar isso em energia. Viver a frustração, aprender a superar o obstáculo e levantar no outro dia pensando: “vamos de novo e vamos fazer melhor”.

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A família é minha fonte de inspiração para todos os dias

“A história do Tacchini, para mim, é uma fonte de inspiração”, revela o Superintendente Executivo

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Sábado, 16 de abril de 2016 25Bairros

Vinhedos

Escola integrada com a comunidadeA sociedade vive um período

de mudanças e é necessária a integração da sociedade para que muitas ações possam ser realizadas. Com este intuito, é dever e estratégia de diversas escolas do município promover melhor relacionamento com a comunidade local. Uma de-las é a Aurélio Frare, no bairro Vinhedos, que promoveu um encontro com a diretoria da As-sociação de Moradores da loca-lidade. O intuito do Círculo de Pais e Mestres, Conselho Esco-lar e Direção da Escola é envol-vê-los no planejamento e exe-cução de ações que contribuam para a melhoria tanto da escola, quanto da própria região.

A diretora Stael Invernizzi comenta que o objetivo é for-talecer a integração da escola com o território no qual está inserida. “Estamos visando uma maior participação das famílias e representantes da comunidade local na constru-ção e execução do Projeto Po-lítico Pedagógico. Esta é uma das formas de articulação da instituição com os familiares dos seus alunos e parceiros da comunidade”, destaca.

Ela ainda ressalta que o en-

gajamento da comunidade no projeto educativo das escolas contribui para que esta assu-ma, junto com a unidade de ensino, a responsabilidade pelo desenvolvimento inte-gral de seus educandos. “É uma condição necessária para a construção de uma educa-ção voltada para a cidadania, a convivência e os valores de-

Loteamento Capoani

Problema antigo ainda sem solução

mocráticos”, pontua. Para iniciar a caminhada

de parceria entre escola e As-sociação, a diretora convida para a eleição da nova direto-ria da Associação de Morado-res. “Ocorre na segunda-feira, 18 de abril, às 19h30min. É importante que a comunida-de participe para elegermos os representantes”, finaliza.

Reunião foi realizada pela instituição com Associação de Moradores

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Moradores aguardam há mais de uma década pelo cumprimento da promessa de pavimentação basáltica do local

Cleunice [email protected]

Estradas em boas condições de trafegabilidade e sanea-

mento básico são essenciais para os seres humanos. Mas a realidade vivida pelos morado-res do loteamento Capoani, no bairro Eucaliptos, é totalmente diferente. A reivindicação por melhorias, principalmente nas ruas da localidade, é antiga. Uma década após a criação, os problemas ainda são cons-tantes, e a solução é esperada pelos munícipes.

Sérgio Botoni, um dos pri-meiros moradores do bairro, comenta que a situação é preo-cupante. “Essa reivindicação ainda é da gestão antiga. Bata-lhei por muito tempo tentando resolver a situação. Realiza-mos um abaixo assinado para

que pudéssemos obter estas melhorias, mas nada foi efe-tuado”, comenta. Além disso, ele aborda que a questão foi debatida por diversas vezes. “Encontros foram realizados para chegarmos a uma solu-ção. Teve até um levantamento de quanto cada morador iria gastar com a pavimentação basáltica, mas até o momento nada foi feito”, destaca.

Marcieli de Lima também é uma das moradoras mais an-tigas da localidade. Devido à localização do loteamento, muitas vezes quando chove a tubulação não consegue dar vazão suficiente, e a água in-vade as ruas para escoar, o que causa erosão e diversos bu-racos nas vias. “Muitas vezes não consigo entrar de carro em minha garagem devido aos bu-racos. Existe a tubulação, mas

Moradores realizaram reparos nas vias para que automóveis trafeguem

CLEUN

ICE PELLENZ

acredito que esteja entupida, pois não comporta a vazão de água. Espero que o problema seja solucionado logo”, frisa. Além disso, pontua que há al-gum tempo a manutenção do calçamento era cobrada. “Ago-ra não é mais arrecadado, mas pagávamos”, relata.

Nesta semana, para tentar resolver a situação, moradores se uniram e taparam os bura-cos existentes na via para que os carros pudessem trafegar nas vias. “Gastamos quase mil reais por ano para poder man-ter os automóveis em bom es-tado de funcionamento. Não sou somente eu quem reclamo, muitos vizinhos volta e meia estão com pneus estragados ou pára-choques, por isso acredi-tamos que a situação deve ser resolvida o mais breve possí-vel”, destaca

De acordo com o secretário de Viação e Obras Públicas o local sempre apresentou pro-blemas. “Ainda não temos a previsão de calçar a rua. A

manutenção é realizada com frequência, mas quando chove o problema retorna. Sempre procuro auxiliar no que for preciso”, destaca.

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Paróquia São Roque

Paróquia Cristo Rei

Agenda dos Bairros

Hoje9h - 1º Encontro ‘Caminhos da Esperança’ para pessoas enlutadas, no Auditório 2 do Edifício Santo Antônio;14h - Celebração de Batizados no Santuário Santo Antônio;14h30min - Reunião com as zeladoras da Comunidade Santa Lú-cia no bairro Progresso;17h - Missa na Comunidade Santa Maria Goretti;18h30min - Missa nas Comunidades São Paulo Apóstolo/Tancredo Neves e Santa Catarina/Licorsul;19h30min - Missa na Comunidade N. Sra. de Fátima/Cohab.

Domingo10h30min - Missa com a visita da imagem e da relíquia do Padroei-ro Santo Antônio na Comunidade São José Operário/Fenavinho;10h45min - Missa da Família e após almoço na comunidade Ima-culada Conceição/Barracão;19h - Missa na Comunidade Santa Catarina/Licorsul.

HojeMissas nas comunidades: 15h - Nossa Senhora das Graças/Passo Velho; 16h - São Paulo/Linha Paulina; 16h30min - São Gotardo;18h- São Roque - com a visita da equipe de festeiros com a imagem e relíquia de Santo Antônio;19h - São João;19h30min - Cristo Redentor, com a renovação das promessas de Ba-tismo para as crianças que farão a 1ª Eucaristia;

Neste domingo festa na comunidade Santo Antão, com missa às 10h45min;

Envie a programação de seu evento para [email protected] ou pelo WhatsApp (54) 9909.4032

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Sábado, 16 de abril de 201626 Publicações Legais

Apesar do aumento de mu-lheres no mercado de trabalho nas últimas décadas, a equidade com os homens pode levar até 80 anos, segundo o Relatório Global de Equidade de Gênero, do Fórum Econômico Mundial. Para tentar diminuir esse tem-po, equivalente a uma geração, pesquisa feita com líderes de 400 empresas ao redor do mundo indicou que três medidas priori-tárias podem ser tomadas. Todas relacionadas ao engajamento da corporação na estratégia

As medidas constam do estu-do Women Fast Forward, feito pela consultoria Ernst & Young (EY) e apresentado no dia 9 de abril no Rio de Janeiro. O tra-balho indica como prioridade: “Iluminar o caminho para a liderança feminina, acelerar a mudança na cultura empresa-rial com políticas corporativas progressistas e construir um ambiente de apoio”, alicerça-do no combate ao preconceito “consciente e inconsciente”, para aumentar o ritmo das em-presas rumo à equidade.

De acordo com Tatiana da Ponte, sócia de Impostos da EY no Brasil, uma das princi-

pais vantagens da paridade é o ganho financeiro. Entre as empresas pesquisadas, 64% daquelas com melhores resul-tados econômicos encorajam suas funcionárias. Isso se deve, segundo ela, ao aumento da participação na tomada de de-cisões e favorece a visão global.

“Não é porque isso (a visão global) é mais da mulher ou do homem. É porque o aumento da participação gera diversida-de. São opiniões diferentes sub-sidiando as decisões”, explicou.

Outra pesquisa sobre a parti-cipação de mulheres no merca-do de trabalho da EY apresenta-da hoje descobriu que a vivência no esporte pode ajudar nos ne-gócios. Com base em 400 entre-vistas, a consultoria identificou que, na hora de tomar decisões importantes, aquelas mulheres que foram atletas são mais de-terminadas, guiadas por valores éticos e pelo espírito de equipe.

“O esporte ensina habilida-des de liderança intangíveis que não podem ser ensinados na escola”, disse Beth Brooke--Marciniak, vice-presidente de Políticas Públicas da EY e ex--atleta de basquete.

Igualdade de gênero pode demorar até 80 anos

Mercado de trabalho

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ObituárioSábado, 16 de abril de 2016 27

Falecimentos

FABIANO FERREIRA, no dia 07 de Abril de 2016. Natural de Restinga Seca, RS, era filho de Reni Edson Ferreira e Vera Lucia dos Santos Ferreira e tinha 35 anos.

GECI RODRIGUES GOGGIA, no dia 09 de Abril de 2016. Natural de Passo fundo, RS, era filha de Dante Felix Goggia e Vanda Rodrigues e tinha 71 anos.

NICOLE LUISA PEDERLE RIBEIRO, no dia 08 de Abril de 2016. Natural de Bento Gonçalves , RS, era filha de Tiago Gonçalves Ribeiro e Renata Luisa Federle e tinha 01 dia.

SILVINO ANGELA NADAL, no dia 08 de Abril de 2016. Natural de Lagoa Vermelha, RS, era filho de João Nadal e Joana Costenaro Nadal e tinha 71 anos.

LORENA MARIA TOAZZI, no dia 08 de Abril de 2016. Natural de Farroupilha, RS, era filha de Attilio Albino Toazzi e Ines Colombo Toazzi e tinha 66 anos.

ROSA BARBOSA DO ROSARIO, no dia 09 de Abril de 2016. Natural de Lagoa Vermelha, RS, era filha de José Alves da Silva e Ana Maria Barbosa de Oliveira e tinha 82 anos.

JOSÉ CLAUDIO ZAT, no dia 11 de Abril de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Cosntante Fortunato Zat e Florinda Gazzolla Zat e tinha 71 anos.

DARRIGO REBELLATTO, no dia 09 de Abril de 2016. Natural de Coronel Pilar / Garibaldi , RS, era filho de Pasqual Rebellatto e Rosina Frozza Rebellatto e tinha 85 anos.

ILENA OLANDA TREVISAN BELLESTRIN, no dia 11 de Abril de 2016. Natural de Farroupilha, RS, era filha de Ruggero Trevisan e Maria Viero Trevisan e tinha 89 anos.

CRIS DAIAN XAVIER DA COSTA, no dia 10 de Abril de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Vilmar Xavier da Costa Trevisan e Neila Todescato e tinha 21 anos.

CLADIS RUBINI, no dia 11 de Abril de 2016. Natural de Coronel Pilar / Garibaldi RS, era filha de Jandir Rubini e Maria Cettolin Rubini e tinha 48 anos.

IRECY ANTONIO OZELAME, no dia 11 de Abril de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Lodovino Ozelame e Maria Tereza Cronst Ozelame e tinha 75 anos.

EMILIO ANDREOLA, no dia 03 de Abril de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Orlando Domenico ANdreola e Marietta thereza Andreola e tinha 60 anos.

CATHARINO RIZZO ROSA, no dia 12 de Abril de 2016. Natural de Getului Vargas, RS, era filho de Pedro Rizzo e Maria Santi e tinha 89 anos.

DANILO ANTONIO SANDRIN, no dia 12 de Abril de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Victor sandrin e Arlinda Romagna Sandrin e tinha 83 anos.

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A diretoria voluntária do 27º Festiqueijo já definiu o preço dos ingressos desta edição. Em 2016, nas sextas-feiras e domin-gos, o valor é R$ 100 e nos sába-dos R$ 110. Crianças até 7 anos não pagam e de 8 a 12 pagam R$ 50. Os ingressos poderão ser ad-quiridos no local ou antecipada-mente pela internet – as vendas, porém, ainda não iniciaram.

Para excursões, a organiza-ção informa que também ha-verá venda mediante depósito

A Pré-Romaria dos Carros Rebaixados abre hoje, os even-tos religiosos em preparação a 137ª Romaria ao Santuário de Caravaggio, em Farroupilha. A concentração dos romeiros ocorre em frente à Escola São Tiago, na Rodovia dos Ro-meiros, a partir das 15h, com chegada prevista ao Santuá-rio, às 16h, onde será conce-dida uma bênção aos carros e motoristas. A expectativa dos organizadores é que nesta se-gunda edição o número de car-ros ultrapasse os 50 veículos registrados no ano passado. O Santuário de Caravaggio será mais uma vez o destino para cerca de 160 caminhonei-ros que integram a Cooperativa dos Transportadores Autôno-mos de Farroupilha (Cooper-far) e simpatizantes. A 10ª edi-ção terá concentração no Posto Treviso (na RS-122, ao lado do posto da antiga Polícia Ro-doviária Estadual, em direção ao Santuário), às 15h45min. Os caminhoneiros seguem em carreata até o Santuário, onde,

Durante a primeira edição do ano do Bom Dia Associado,

realizado na quarta-feira, 13 de abril, a presidente da Câmara de Indústria e Comércio (CIC), Alexandra Nicolini Brufatto, anunciou que a ExpoGaribaldi terá que ampliar o número de estandes previstos inicialmen-te. Segundo a dirigente, o even-to, promovido pela entidade, já vendeu todos os espaços do pa-vilhão principal. “Isso demons-tra adesão e confiança das em-presas associadas à CIC e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) a proposta da feira”, enfatizou.

A ExpoGaribaldi foi lançada oficialmente em 22 de março, com prioridade para a ocupa-ção dos espaços para empre-sas garibaldenses até o final de maio. “Cerca de 50 dias antes do final deste prazo foi preci-so rever o projeto do pavilhão 2 para proporcionar maior di-versidade e um maior número

Definidos os valores dos ingressos para Festiqueijo

A expectativa é que 160 caminhoneiros participem da 10ª Cooperfar

Presidente da entidade, Alexandra Nicolini Brufatto, fez o comunicado

Festival gastronômico ocorre de 1º a 31 de julho, no Salão Paroquial

CIC anuncia ampliação de espaços para expositores

Garibaldi

Caravaggio recebe duas pré-romarias

Sábado, 16 de abril de 201628 Regional

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Estandes localizados no pavilhão principal foram todos comercializados

de participantes”, complemen-ta a dirigente. O evento acon-tece de 6 a 11 de setembro, no Parque Fenachamp.

Durante o Café da Manhã, também aconteceu a apresen-tação da Associação Serrana de Recursos Humanos (ARH Serrana), com a participação de seu presidente, Fernando Guer-

ra. Na ocasião, ele destacou as ações promovidas pela entida-de, entre elas, cursos, palestras, visitas técnicas, pesquisas, se-minários e treinamentos. Por meio de um convênio entre as duas entidades, todos os asso-ciados da CIC e CDL recebem os mesmos benefícios que os filiados da ARH Serrana.

às 17h, será celebrada a missa com homenagem ao moto-rista mais antigo e o mais jo-vem, bênção das chaves, dos caminhões e dos motoristas. Segundo o coordenador, Al-cionei Roque Silva, a mudança da pré-romaria do domingo de manhã cedo para o sábado à tarde, vai proporcionar que mais caminhoneiros acompa-nhados dos familiares e amigos participem deste importan-te momento de fé e gratidão.

“Precisamos que agradecer a redução de 35% no número de acidentes registrados em nossa associação. Isto é resultado de um trabalho de diálogo, cons-cientização e, certamente, da fé e proteção de Nossa Senhora de Caravaggio”, reconhece.

A Romaria ao Santuário de Caravaggio ocorre nos dias 26 (dia de Corpus Christi), 28 e 29 de maio. O lema deste ano é “Mãe de misericórdia: vida, do-çura e esperança nossa, salve!”

antecipado. A cada 14 ingres-sos pagantes, o 15º é cortesia para os grupos. Para este bene-fício, é necessário apresentar a listagem do Daer-RS/ANTT no momento da compra ou na validação dos ingressos adqui-ridos pela internet.

O festival acontece de 1º a 31 de julho, no Salão Paroquial. Dúvidas podem ser esclareci-das pelo telefone 54 3433-2193 ou pelo e-mail [email protected].

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Região

Agenda de Eventos

Linha Eulália: Festa em honra a padroeira neste domingo, 17, na comunidade Santa Eulália, com missa celebrada às 10h30min. Ao meio-dia almoço;

Burati: Festa em honra ao padroeiro neste domingo, 17, no Capi-tal São Jorge com missa festiva, às 10h30min. Ao meio dia será ser-vido o almoço.

Monte Belo do Sul: No domingo, 16, ocorre a festa em honra a São Marcos. A missa será celebrada às 10h, na comunidade;

Carlos Barbosa: A Associação Barbosense de Atletismo (ABA) pro-move uma rústica ao seu 12º aniversário neste domingo, 17. A largada ocorre no Parque da Estação, na modalidade infantil será às 8h30min e da adulto às 9h30min;

Farroupilha: A exposição “Qual o limite da busca?”, de Pedro Emi-liano Cappelari Bin, segue aberta para visitação até o dia 30 de abril, na Casa de Cultura, em Farroupilha, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Garibaldi: A festa em honra a São Jorge ocorre no dia 24 de abril, na comunidade do padroeiro. A missa será celebrada às 10h30min.

Pinto Bandeira: O município completa 20 anos no sábado, 16. A abertura oficial ocorre às 14h, na Rua Coberta. Às 17h, ocorre o Curso de Degustação, organizado pela Associação dos Produtores de Vinhos de Pinto Bandeira (Asprovinho). No domingo, a programação inicia com mis-sa de encerramento da colheita, e após apresentação da Banda de Fuzi-leiros Navais de Rio Grande, Exposição de Carros Antigos e Pinto Stock.

Envie a programação de seu evento para [email protected] ou pelo WhatsApp (54) 9909.4032

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A 4ª Maratona Cultural de Farroupilha ocorre hoje, em Farroupilha. O evento já é tradicional, e proporciona mais de 12 horas de atrações culturais gratuitas para a po-pulação. A ação acontece na rua Coronel Pena de Moraes, em frente a Biblioteca Pública Municipal Olavo Bilac.

Além dos shows musicais, o evento terá apresentações de danças, feira de artesana-to e outras atividades. Entre os destaques da programação está o Rock de Galpão, projeto conduzido pela banda Estado das Coisas, com o intuito de resgatar e explorar a riqueza e diversidade sonora da música

A Associação do Comércio, Indústria e Serviços (ACI) de Carlos Barbosa esteve em Te-nente Portela no sábado, 9 de abril. No município, participou do evento de lançamento do roteiro turístico Caminhos do Interior, realizado pelo projeto Empreendedor Rural do Senar--RS, o mesmo que deu origem ao Recanto Bergamasco, loca-lizado no distrito Cinco da Boa Vista, em Carlos Barbosa.

Em sua segunda edição em Barbosa, o projeto Empreen-dedor Rural está qualificando a comunidade de Santo Antônio de Castro desde o dia 11 de fe-vereiro para explorar as belezas naturais e culturais da região.

No Seminário Integrado, parte diversificada da matriz curricular do Ensino Médio Politécnico, os alunos desen-volvem atividades de pes-quisa, colocando em prática os conhecimentos teóricos. Esta modalidade busca pre-parar os jovens para a sua futura inserção no mundo do trabalho ou para a conti-nuidade dos estudos no ní-vel superior. Com base nesta perspectiva, foi realizada uma pesquisa com os estudantes da Escola Estadual Professor José Pansera. No processo, os adolescentes demonstra-ram interesse em investigar as questões relacionadas ao município de Pinto Bandeira, abordando assuntos da atua-lidade brasileira.

Dentre deste plano, a insti-tuição de ensino desenvolve

O cultivo de caqui é reali-zado na região principal-

mente em algumas localidades do município de Pinto Bandei-ra. A fruta é uma das alterna-tivas de completar a renda das famílias de fruticultores.

Neste ano, a produção ficou bem abaixo do esperado. A fa-mília De Toni, que se dedica a produção há 35 anos, ini-ciou a colheita há mais de três semanas. De acordo com os fruticultores os indicativos de perda irão se confirmar.

Nos pomares localizados na linha São Marcos, são cul-tivados as variedades Fuyu. A agricultora Neusa De Toni explica que o Kioto (caqui preto) foi atingido por uma doença e aos poucos as ár-vores estão sendo cortadas, e apenas o caqui branco tem sido mantido.

A queda na produção da fruta começou a ser percebida ainda na época do raleio. Se-gundo a fruticultora, o clima não auxiliou neste ano. A fru-ta também apresentou pro-blema no desenvolvimento.

De acordo com a estima-

Produtores selecionam frutos com qualidade para a comercialização

Maratona Cultural reúne diversas atrações sábado

ACI divide experiência de turismo rural

Alunos do ensino médio da Escola Estadual Professor José Pansera

Andréia De Toni e Neusa De Toni iniciaram a colheita há três semanas

Associação apresentou o trabalho desenvolvido em Tenente Portela

Apesar de quebra, safra de caqui segue na região

Fruticultura

Farroupilha

Pinto Bandeira

Carlos Barbosa

Estudantes do Politécnicodesenvolvem pesquisa

Sábado, 16 de abril de 2016 29Regional

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Estefania V. [email protected]

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Durante a visita em Tenente Por-tela, a ACI também apresentou o Recanto Bergamasco, contan-do como a associação apoiou a

tiva divulgada pela Emater, na Serra são cultivados 1.200 hectares. Na safra anterior, a produção foi de 16.800 tone-ladas, porém neste ano, a pro-jeção é de apenas 6.600 tone-ladas, registrando uma queda de 10.200 toneladas. O im-pacto financeiro deverá ficar em torno de R$ 8,5 milhões.

De acordo com a entidade, os frutos apresentam calibre abaixo da média e coloração pouco marcante. Em virtude da baixa produtividade dos

pomares e da alta demanda do mercado, os fruticultores estão colhendo seletivamente considerando o aspecto vi-sual tradicional da fruta.

A incidência da pinta preta, maior desafio na produção da fruta na região, está sob con-trole, porém exige elevado número de aplicações de fun-gicidas. Nas fissuras, normal-mente se acumula umidade e não raras vezes acabam sen-do porta de entrada de fungos que apodrecem os caquis.

o projeto “Cidadania, Saúde e Bem-estar”, que visa desen-volver atividades de pesquisa, leitura, música, vídeos, entre-vistas, palestras entre outros, a fim de despertar no educan-do e na comunidade escolar a consciência de que a preven-ção e a prática de esportes tor-nam a vida do indivíduo mais saudável, resultando no bem--estar físico e mental.

Segundo a diretora do colé-gio, Beatriz Marchetto Sgan-zerla, o objetivo deste projeto interdisciplinar é estimular os jovens a desenvolverem o sen-so crítico frente a repercussão mundial dos assuntos rela-cionados ao bem-estar social, vinculado com a saúde e a cri-ticidade frente a sua postura cidadã. O plano segue em an-damento pelas turmas e pro-fessores do ensino médio.

iniciativa para que saísse do papel e se concretizasse como mais um roteiro de turismo rural na Serra Gaúcha.

regional e traduzi-la em ver-sões contemporâneas. O grupo é conduzido por Tiago Ferraz (voz e guitarra), Rafa Schuler (guitarra e vocais), Guilher-me Gul (bateria), Alexandre “Mestre Kó” Gaiga (teclados e vocais), Paulinho Cardoso (acordeon) e Gustavo Viegas (contrabaixo), além do convi-dado Diablo Jr, percussionista que faz uma intervenção com suas boleadeiras durante a apresentação.

O evento tem a finalidade de dar acessibilidade às mais variadas manifestações artís-ticas. Mais informações sobre a Marotona podem ser obtidas pelo telefone (54) 3261.6995.

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Sábado, 16 de abril de 201630 Esporte

Futsal

Equipe da Capital do Vinho enfrenta o União, às 20h, no ginásio municipal

Cleunice [email protected]

Taekwondo

Atletas da Zago conquistam medalhas em GravataíAtletas do taekwondo de

Bento Gonçalves participaram de um campeonato da modali-dade, em Gravataí. A primeira etapa do ranking faixa preta e 2ª etapa do ranking faixa co-lorida aconteceu no domingo, 10 de abril. A Academia Zago/Clube Botafogo foi representa-da por quatro atletas, duas na categoria faixa preta e duas na colorida, obtendo duas meda-lhas de ouro e uma de prata.

Na categoria ranking, faixa preta cadete, a atleta Eduarda Demarchi conquistou a meda-lha de ouro, mostrando que a vaga na seleção está próxima.

Na mesma categoria, faixa preta adulto peso pesado, o atleta Leandro Pereira, umas

das apostas de vaga na Sele-ção, acabou abandonando a luta, apesar de estar vencendo, devido a um a torção no joelho.

Já pela categoria mirim faixa colorida, a atleta Laura de Cam-po, esbanjando superioridade técnica conquistou a medalha de ouro. Pela mesma categoria o esportista Cassiano Fraga Al-ves também se destacou e con-quistou a medalha de prata.

Neste ano ainda estão pre-vistas quatro etapas do ranking gaúcho que irá selecionar os 4 melhores atletas de cada ca-tegoria, na qual lutarão todos contra todos em uma seletiva fechada. O melhor irá compor a Seleção Gaúcha de Taekwon-do 2017 que representará o

Rio Grande do Sul em eventos nacionais oficiais. Na catego-ria faixa colorida quem somar maior pontuação nas etapas do ranking será o Campeão Gaú-cho de 2016.

O Mestre Volnei Zago apoia a participação dos atletas nas competições. “Os parabenizo pelo empenho, garra, deter-minação e disciplina demons-trado na competição. A atleta Eduarda Demarchi irá par-ticipar da seletiva fechada e pode conquistar uma vaga na Seleção Gaúcha da modalida-de. Quero também agradecer o apoio recebido pelo Clu-be Botafogo, que patrocinou a inscrição e transporte dos atletas”, finaliza. Dois ouros e uma prata foram conquistadas pelos alunos de Volnei

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BGF inicia hoje a disputa da Copa Metro-Serra

Futebol americano

Bento Snakes enfrenta o Bulldogs em Vênancio Aires

Após jogar duas partidas em casa com a presença da torcida, o Bento Gonçalves Snakes vai até Venâncio Aires enfrentar o Bulldogs hoje, às 14h30min. Esta é a primeira das duas par-tidas decisivas para conquistar a classificação para a segunda fase do Campeonato Gaúcho de Futebol Americano.

O grupo de atletas segue trei-nando especificamente valên-cias que ainda precisam ser apri-moradas e entrosadas como um todo. “Estamos evoluindo jogo a jogo e buscando um melhor entrosamento dentro da pró-pria competição tendo em vista o pouco tempo que tivemos para nos preparar”, salienta Gustavo Rech, head coach do time.

Para essa partida, o time terá o retorno do Defensive Tackle

Tiago Dallegrave, do Center Gui-lherme Zatt e do Safetty Victor Giron. Por outro lado, desfalcam a equipe o Long Snapper Adria-no Chesini, o Defensive End Eduardo Ferretti e o Linebacker Deivid Petry.

O time iniciou as disputas pelo Campeonato Gaúcho no dia 13 de março, contra o Cha-cais, no Estádio da Montanha, na qual foram acompanhados por mais de dois mil torce-dores. O segundo confronto aconteceu também em Bento Gonçalves, contra o Soldiers. Nesta partida foi assinalado o primeiro touchdown em parti-das oficiais da história. O autor foi o fullback Lucas Soares.O último jogo da equipe ocorre no dia 7 de maio, em Ijuí, con-tra o Drones.

Time enfrentou o Santa Maria Soldiers, em casa, no dia 3 de abril

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Treinos em preparação às competições foram realizados na semana

Visando a disputa da Sé-rie Ouro em 2016, o Ben-

to Gonçalves Futsal (BGF) participa entre os dias 13 e 27 de abril da Copa Metro--Serra. O BGF foi o campeão em 2015 e vai em busca do bi--campeonato.O primeiro jogo dos bento-gonçalvenses é hoje, às 20h, contra o União, no Gi-násio Municipal de Esportes. Os ingressos para a partida desta noite são gratuitos.

A competição reúne seis times, divididos em dois gru-pos. Além do time da Capital do Vinho, integram o grupo B as equipes do União e Juven-tude. O grupo A é composto pela Associação Guaibense de Futsal (AGF), SER Alvorada e Afusca. Além do jogo desta noite, a equipe enfrenta o Ju-ventude na quarta-feira, 20, em Caxias do Sul.

As semi-finais estão marca-das para o sábado, 23, em local a ser definido. A final está con-firmada para ocorrer no Giná-sio Municipal de Esportes, em Bento Gonçalves, no dia 27, a partir das 19h30min.

Os jogadores estão ansiosos para iniciar com o pé direito o ano do BGF. A equipe se pre-parou durante 20 dias, com treinos realizados diariamente. O goleiro Daniel, há 2 anos no clube, comenta que os atletas estão preparados e em busca dos objetivos. “Sempre busca-mos a vitória e vamos tentar o bi-campeonato da Metro-Ser-ra. Esta é também uma pre-paração para a Série Ouro, na qual o primeiro objetivo é ficar

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entre os cinco, e podermos nos classificar, frisa.

Foppa, que joga na Itália e está auxiliando a equipe nesta copa, destaca a importância da participação dos atletas e o trabalho realizado. “Desde 2011 tenho relação com o BGF, e conheço como pessoas e pro-fissionais. Não mudaram mui-tas peças no time, mas percebo que eles já estão adequados ao trabalho e esperamos conquis-tar o bi-campeonato”, finaliza.

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Sábado, 16 de abril de 2016 31Esporte

Divisão de Acesso

Esportivo enfrenta o Santo ÂngeloPartida ocorre no Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos amanhã, às 15h30min, e torcida é convidada a comparecer

Futebol

Copa amizade inicia no dia 30

Com novas caras no plan-tel, o Esportivo vem em-

balado para a vitória após empate fora de casa no meio da semana. Faltando somente 3 rodadas para o término da primeira fase da competição, a equipe segue invicta sem perder um jogo fora de casa, e busca manter os bons resul-tados para a próxima etapa. O Alviazul enfrenta o Santo Ân-gelo amanhã, às 15h30min, no Parque Esportivo Monta-nha dos Vinhedos.

No primeiro jogo, as equi-pes empataram em 0 a 0, na partida realizada no dia 27 de março, em Ijuí. O jogo estava previsto para ser realizado no Estádio da Zona Sul, em Santo Ângelo, mas devido a falta de liberação do local pelo Corpo de Bombeiros, a partida foi transferida para o município vizinho.

Para o jogo de amanhã, o técnico Badico comenta que a presença do torcedor é fun-damental para apoiar o time.

Cleunice [email protected]

A 4º edição da Copa Ami-zade, promovida pela Secre-taria Municipal de Juventu-de, Esporte e Lazer (Semjel), inicia no dia 30 de abril. Ao todo, 16 times disputam o título da Divisão Principal e dois deles caem para a Divi-são de Acesso. Na Divisão de Acesso, 24 equipes disputam seis vagas para a principal.

A atividade foi criada em 2013, com 16 equipes parti-cipantes. No ano seguinte 20 times disputaram o campeo-nato. Em 2015, 28 planteis se inscreveram. Nesta edição, a competição conta com o en-volvimento de cerca de mil atletas, além da comissão técnica das equipes que dis-putarão os jogos em diversos campos da cidade, cedidos pelas comunidades.

A titular interina da Semjel,

Patrícia Dal Mass, acredita que o campeonato já é um sucesso e que isso não aconteceria sem a ajuda das localidades. “As co-munidades têm grande impor-

tância para o sucesso do cam-peonato, pois sem a estrutura e os campos cedidos por elas a realização da competição não seria possível”, destaca.

Na Divisão Principal, 16 equipes competem pelo título do campeonato

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Rúgbi

Farrapos busca vitória para manter aproveitamento

O Farrapos quer manter 100% de aproveitamento no Campeonato Gaúcho de Rugby e busca a vitória hoje, em Porto Alegre, contra o San Diego. O time joga às 15h, no Mundo Nativo, em Gravataí. O árbitro da partida é Vitor Magalhães, auxiliado por Ana Paula Ripoll, Lucas Santos e Debora Comparin.

Na primeira divisão, na ca-tegoria principal, três times seguem com cem por cento de aproveitamento: Farrapos, San Diego e Charrua. Assim, são destaques da etapa o jogo entre

Farrapos e San Diego, e a bus-ca do triunfo do Charrua sobre o Brummers. Serra Rugby e Centauros duelam pela recu-peração na tabela e pelo avan-ço para as semifinais.

Na categoria intermediária, o Farrapos joga para assumir a liderança isolada contra San Diego. Terceiro colocado, o ad-versário está apenas um ponto atrás do Charrua, que joga fora de casa contra o Brummers. Serra Rugby e Centauros se enfrentam pela reabilitação, e quem vencer aproxima-se mais do grupo principal.

Equipes se enfrentaram no dia 27 de março, em Ijuí, sem a presença da torcida, e empataram em 0 a 0

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“Quero ver mais de duas mil pessoas no Montanha dos Vi-nhedos amanhã nos auxilian-do”, comenta.

Para reforçar o plantel do time da Capital do Vinho, o Esportivo anunciou na quar-ta-feira, 13, a chegada de um novo reforço. O atacante Vini-cius dos Santos, 23 anos, que estava atuando no Cruzeiro e disputando o Gauchão 2016.

Alviazul mantém invencibilidade

O Esportivo manteve a in-vencibilidade jogando fora de casa pela Divisão de Acesso. A equipe enfrentou o Panambi na noite desta quinta-feira, 14 de abril, no Estádio João Marimon Júnior, e empatou em 3 a 3.

No primeiro tempo o Al-viazul saiu na frente. Luan marcou o gol aos 13 minutos. O empate veio com Andréas, aos 23. No segundo tempo, o time do noroeste marcou duas vezes com Kaká, aos 24 e 35 minutos, virando o jogo. O time da Capital do Vinho buscou o resultado e aos 43

Classificação1 Farrapos 102 Charrua 103 San Diego 10

4 Serra 05 Centauros 06 Brummers 0

minutos Lucas Lis balançou a rede. Nos acréscimos, Juni-nho Tardelli empatou para a equipe bento-gonçalvense.

O Alviazul ocupa a 3º co-locação do grupo B, com 14 pontos. A próxima partida do time bento-gonçalvense é no domingo, 17, contra o San-to Ângelo, às 15h30min, no Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos.

Tabela Grupo B

Time Pontos Jogos Vitórias Empates DerrotasSaldo

de gols

Caxias do Sul 21 9 7 0 2 18São Luiz 15 9 4 3 2 3Esportivo 14 9 3 5 1 3Tupi 13 9 3 4 2 2U. Frederiquense 12 9 3 3 3 -2Panambi 9 9 2 3 4 -1Santo Ângelo 7 9 1 4 4 -10Marau 5 9 1 2 6 -13

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Sábado, 16 de abril de 201632 Esporte

Esporte da mente e do golpe perfeitoO Judô é uma arte marcial criada no Japão, se tornou modalidade olímpica em 1964, e está presente no município

Circuito Olímpico em Bento

em Bento

Circuito Olímpico em Bento

O jornal Semanário apresenta aos seus leitores uma série de repor-tagens sobre os esportes das Olimpíadas do Rio de Janeiro, existen-tes em Bento Gonçalves. O destaque de hoje é o Judô.{

A modalidade desta sema-na foi criada no Japão em

1882 por Jigoro Kano. Ele foi professor de educação física e seu principal objetivo era criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico, espírito e a mente. O esporte teve uma grande aceitação na-quele país, e após esse tempo espalhou-se para o mundo, pois possui a vantagem de unir técnicas do jiu-jitsu (arte marcial japonesa) com outras artes marciais orientais. Em Bento Gonçalves também há a pratica desta modalidade, que atrai a cada dia mais adeptos.

A arte marcial chegou ao Brasil no ano de 1922, em ple-no período da imigração japo-nesa. Os judocas competem usando quimonos (ou judo-gis), uniformes compostos por casaco e calça de pano espes-so de cores diferentes: um de azul e outro de branco. A ação acontece na região de combate de cor amarela, que é envol-vida pela área de segurança de cor verde. Os tatames são feitos de material sintético es-pecial, pois com tantas quedas e choques na modalidade, é fundamental um material que absorva o impacto.

A paixão pelo tatame iniciou cedo para o professor André Oliveira. Aos 6 anos, ele já ar-riscava alguns golpes. “Como eu era uma criança muito ati-va e agitada, comecei a prati-car o judô em 1980. Estou na modalidade há 36 anos”, ex-plica. Oliveira comenta que o significado do judô é ju: suave dô: caminho. “Ele remete às relações humanas, com o exer-cício da gentileza, a inter-rela-ção pessoal mais harmônica e a sabedoria na resolução dos problemas. É usar a inteligên-cia sobrepondo a força. O judô é considerado uma discipli-na física e mental, e as lições aprendidas no tatame podem ser aplicadas na vida diária de seus praticantes”, destaca.

Para quem deseja praticar a modalidade, não há restrição de idade, mas existe um trei-

Cleunice [email protected]

O dicionário do JudôHajime!Você vai ouvir antes de cada luta – é o comando de “come-

çar!”, em japonês, dado pelo árbitro;Matte!Comando dado pelo árbitro para interromper momentanea-

mente a luta – indica que os adversários parem de lutar e re-tornem às suas posições iniciais;

Soremade!Comando dado pelo árbitro indicando o final do combate.

Cerca de 700 alunos são atendidos pelos projetos da Associação Physio Judô em diversas escolas do município

Pontuação:

Yuko:Pontuação mínima obtida ao derrubar o adversário de lado

ou imobilizá-lo por 10 segundos;Wazari:Resultado da queda do adversário sem bater totalmente com

as costas no chão ou sem todos os requisitos do ippon (força, velocidade e controle). Também pode ser obtido com uma imobi-lização de 15 segundos. Dois wazari correspondem a um ippon;

Ippon:É o golpe perfeito do do judô. Quem consegue aplicá-lo ven-

ce a luta. Consiste em jogar o adversário com força, velocida-de e controle com as costas no chão. Também pode ser obtido com uma imobilização de 20 segundos ou com a desistência de um oponente em virtude da aplicação de uma chave de braço ou estrangulamento.

no específico para as diferen-tes etapas da vida. “Hoje tra-balhamos com crianças de 4 anos sendo uma aula mais pe-dagógica, com brincadeiras. A partir dos 6 anos começamos a prática com atividades nor-mais, e não há limite de idade pois adequamos as atividades para cada um dentro de suas limitações”, pontua.

Além das regras normais com questão de pontuação, o professor destaca que é im-portante o respeito que cada atleta tem com o outro. Além disso, os interessados podem ingressar de duas formas na modalidade em Bento Gonçal-ves. Pelos núcleos de projetos sociais, ou particular. “Só no Projeto da Associação Physio Judô atendemos cerca de 700 alunos. O total no município chega à 850 se contarmos os projetos e particulares. Temos

núcleos na Escola Amaro Bi-tencurt, do bairro Aparecida, Escola José Farina, no Licor-sul, na Comunidade São Pedro Caminhos de Pedra, Escola Agostino Brum, ou particu-lar”, destaca.

Como as demais artes mar-ciais, o judô também precisa de faixas, são elas: branca, cinza, azul, amarela, laranja, verde, roxa e marrom. O pro-fessor explica como funciona o exame. “Ele tem como objeti-vo que o aluno aplique e mos-tre o seu conhecimento além de fazer parte de sua evolução no judô “, relata.

A rotina de quem concilia o esporte

Quem já passou pelos exa-mes e atualmente está na faixa marrom é Janaíra Machado. Recentemente a atleta partici-pou do Campeonato Brasileiro Regional V e obteve a terceira colocação. Ela diz que foi gra-tificante ver que o trabalho rende frutos. “Era uma com-petição com grandes nomes do esporte, a atleta que foi cam-peã na minha categoria é da seleção. Não esperava esse re-sultado, pois voltei a treinar no final do ano, mas estou muito

feliz com a colocação, afinal competi com pessoas que trei-nam 24h por dia”, acrescenta.

A atleta, de 28 anos, têm dois filhos e concilia a atividade esportiva com os familiares. “Para mim não foi nada fácil conciliar o trabalho, a família e o esporte, mas consigo. O judô é uma das coisas mais impor-tantes da minha vida. Entrei no esporte quando pequena para ver como funcionava e vi-rou uma paixão”, frisa.

Janaína treina uma hora em duas vezes por semana, e co-menta que o filho mais velho, de 10 anos, também pratica a mo-dalidade. “Incentivo o gosto pelo esporte e percebo que ele gosta de praticar a atividade”, destaca.

Além dela, que disputou na classe Senior, 52 kg, a jovem Andrieli Czeluchas, classe sub 13 Super Ligeiro, também con-quistou a medalha de bronze no campeonato realizado em Curitiba no final de semana. Ambas se credenciaram para a competição depois de vence-rem as seletivas no Rio Grande do Sul. Em seguida se uniram a Seleção Gaúcha e ajudaram o Estado na conquista de um to-tal de 71 medalhas. O próximo compromisso da equipe está marcado para o dia 22 de abril quando acontece a Copa Santa Maria de Judô, que faz par-te do circuito do Campeonato Gaúcho da modalidade.

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Sábado, 16 de abril de 2016 33Segurança

A perseguição começa na rua Olavo Bilac quando a Fiorino foge da abordagem

Houve alguma divergência de ruas até chegar na Domênico Zanetti, no Imigrante

Os policiais desembarcam, porém a Fiorino volta de ré e, então, ocorrem os disparos

Após escapar, os dois jovens tentam esconder a caminhonete no Santa Helena

A Fiorino acessa a Felice Pagot, porém derrapa na subida de terra e é cercada

A simulação ocorreu a noite para verificar a visão dos policiais na hora dos tiros

A Fiorino é encontrada na rua Francisco Tomasi e o caso vira destaque no noticiário

Uma das ocorrências poli-ciais de maior repercussão

em Bento Gonçalves, o chama-do Caso Fiorino foi reconstituí-do pelo Instituto Geral de Perí-cias (IGP) e a 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) nesta quarta e quinta-feira, 14. Foram refeitos e fotogrados cada passo da per-seguição policial que resultou na morte dos jovens Anderson Stiburski, de 16 anos, e Danú-bio Cruz da Costa, de 20, em 16 de março de 2014. As vítimas estavam na parte traseira da Fiorino. Foi recriada tanto a versão dos policiais militares quanto do motorista e carona da caminhonete envolvida.

A falta de recursos e dos servi-dores no IGP gaúcho é a explica-ção para a demora de dois anos na recriação dos fatos. O proces-so estava emperrado pois tanto o Ministério Público quanto a defesa dos policiais Edegar Jú-nior Oliveira Rodrigues e Neilor dos Santos Lopes requisitavam a diligência. “Acreditamos ser fun-damental para o processo. Para termos a perspectiva de como as coisas aconteceram, com essas condições de ser a noite, em um local ermo, a posição dos auto-móveis, todos estes detalhes são importantes para o conhecimen-to da real situação. Que bom que este trabalho competente foi feito pelo IGP”, argumenta o advoga-do Adroaldo Dal Mass.

O motorista da Fiorino, Tia-go Sarmento de Paula, é re-presentado por um defensor público, porém este não com-pareceu na reconstituição dos fatos. Quem esteve foi o dele-gado Álvaro Pacheco Becker, responsável pela investigação policial do caso. “As versões, dos policiais e dos jovens en-volvidos, serão confrontadas e perceberemos as divergências e como podem ser esclareci-das. Tivemos algumas dúvidas no trecho realizado pelo Tiago no segundo dia, porém de res-to acho que as versões parecem estar de acordo”, opina.

O ponto central, para a defe-sa dos policiais militares, foi a reprodução do local dos tiros. “O fato de uma arma ser visível (dentro na Fiorino), a posição dos veículos naquele momento, o posicionamento dos policiais,

Diligência chefiada pelo IGP busca esclarecer os acontecimentos da trágica perseguição policial de 16 de março de 2014

Caso Fiorino é recriado passo a passoReconstituição dos fatos

Leonardo [email protected]

A posição dos corpos das vítimas foi outro ponto detalhado na reprodução

como eles foram encurralados... Toda esta reconstituição dos tiros, para a defesa, era funda-mental”, aponta Dal Mass.

Relembre o caso

A trágica perseguição teve iní-cio por volta das 5h15min de 16 de março de 2014, quando os po-liciais militares tentaram abordar uma Fiorino no bairro Cidade Alta. O motorista Tiago de Paula, argumentaria mais tarde, fugiu da aproximação policial porque estava na carteira de habilitação provisória, com quatro tripulan-tes e havia ingerido bebida alcoó-lica naquela noite.

A perseguição continuou até o Imigrante, onde a Fiorino pa-tina em uma subida e é encur-ralada pela viatura. Os policiais desembarcaram e deram nova ordem de parada aos tripulan-tes. A caminhonete, porém, teria descido o barranco de ré e colidido contra a viatura. É neste momento que os policiais alegam ter ouvido dois dispa-ros vindos da Fiorino.

Em resposta a tal agressão, os soldados efetuaram diversos disparos que atingiram o com-partimento de carga da Fiorino e vitimaram Anderson Stiburs-ki e Danúbio Cruz da Costa. A Fiorino conseguiu manobrar e fugir, ficando em paradeiro desconhecido da polícia por cerca de 10 minutos.

A Fiorino foi encontrada es-condida em uma lavagem de carros na rua Francisco Toma-si, no Santa Helena. No báu da Fiorino, junto aos corpos das duas vítimas, foi encontrado um revólver Rossi calibre .38. O motorista Tiago de Paula alegou que a arma foi plantada pelos policiais militares.

Após cerca de seis meses, o MP indiciou os soldados Ede-gar Júnior Oliveira Rodrigues e Neilor dos Santos Lopes por duplo homicídio com dolo eventual (quando não há in-tenção, mas se assume o risco de matar) e dupla tentativa de homicídio. O motorista da Fio-rino, Tiago Sarmento de Pau-la, foi responsabilizado pelos crimes de desobediência (de ordem policial), porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo e resistência a ordem legal de servidor público me-diante violência.

Reconstituição do crime

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Sábado, 16 de abril de 201634 Segurança

Foram recuperados o automóvel e pertences roubados no Santa Rita

Réu condenado a 15 anos de prisãoHomicídio no Municipal

Exatamente um ano após o crime, Uelisson de Quadro Alves, conhecido como Peo, foi condenado a 15 anos de reclusão pelo homicídio de Airton Paulo Dias da Silva, no bairro Municipal. A sentença foi agravada pelo réu ser rein-cidente. Em setembro do ano passado, Peo foi considerado culpado pelo assassinato de Ronaldo Gomes, em março de 2013, na Estação Rodoviária. Agora, ele acumula 25 anos e 10 meses em condenações. Cabe recurso da decisão.

Em razão da reforma que ocorre no fórum de Bento Gonçalves, o júri desta quinta--feira, 14, ocorreu no audi-

tório do Bloco B do Campus Universitário da Região dos Vinhedos (UCS/Carvi) e foi acompanhado por diversos es-tudantes. Em frente ao Tribu-nal do Júri, Peo optou por não responder ao interrogatório. Seu advogado alegou legítima defesa, afirmando que o réu havia sido ameaçado.

Relembre o crime

Conforme denúncia do Mi-nistério Público, por volta das 8h30min, a vítima esta-cionava seu Fiat Uno em sua residência, na rua Valdelí-rio Guerreiro Vaz, quando foi emboscada pelo acusado.

Airton tentou correr, porém foi atingido por dois tiros, na cabeça e pescoço. O crime foi presenciado pelo filho da víti-ma, de 11 anos, que estava no interior do automóvel do pai.

A motivação do homicídio seria a conturbada relação de vizinhança estabelecida entre as famílias. Em depoi-mento, Alves afirmou que há muito tempo não se entendia com a vítima e era ameaçado de morte. Ele teria ido arma-do até a casa de Airton por estar com medo, mas queria resolver a questão numa boa. “Quando ele veio pro meu lado eu me assustei, daí eu dei os disparos”, conta o réu.

Uma família do bairro Santa Helena pede ajuda da comu-nidade para encontrar Ivania Bruscatto, 29 anos, que está desaparecida há 40 dias. A moradora da rua Pedro Batista Menegotto foi vista pela última vez saindo de casa na manhã de 6 de março. O caso é inves-tigado pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP). Quem tiver in-formações pode entrar em con-tato pelo telefone 3452.7003 ou com a família no 3451.6619.

Ivânia vestia uma blusa ca-muflada, calça jeans e tênis naquele dia. Ela também es-tava com uma bolsa cinza. “Estamos desesperados. Ela sumiu enquanto o marido es-tava tomando banho. Ele saiu a procura, porém não tivemos mais notícias”, lamenta a tia Carmen Bruscatto Araldi.

De acordo com a família, Car-men sofre de transtorno bipolar e possui histórico de depressão. Ela tinha o costume de cami-nhar. A tia descreve a desapare-cida como magra, cabelo crespo e cerca de 1,70m de altura.

Pedido de ajuda

Moradora do Santa Helena está desaparecida há 40 dias

Ivania Bruscatto foi vista pela última vez em 6 de março

Protagonista de um roubo a residência, fuga da Brigada

Militar (BM) e um acidente na terça-feira, 12, Luciano Gon-çalves Amaral, de 27 anos, é mais um exemplo de como a reincidência criminal incomo-da a comunidade e órgãos poli-ciais. O flagrado havia recebido liberdade horas antes, quando progrediu para o regime se-miaberto e teria conseguido um novo emprego.

Amaral estava recolhido no sistema penitenciário desde janeiro de 2014, quando foi preso em flagrante após um roubo a farmácia no Borgo. Ele ainda possui antecedentes por roubos em Farroupilha, Carlos Barbosa e Garibaldi.

A nova prisão

O roubo ocorreu por volta das 16h15min, quando dois indivíduos aproveitaram uma entrega de gás e renderam uma moradora do bairro Santa Rita. O veículo roubado, um Citroen C3, foi localizado e perseguido pela BM até a rua Buarque de Macedo, no Nossa Senhora da Saúde, onde houve uma colisão.

Horas após ser liberado, apenado é preso por roubo

Perseguição no Santa Rita

Luciano Gonçalves Amaral é mais um exemplo de reincidência criminal

Leonardo [email protected]

Dentro do veículo foram apreendidos dois revólveres de calibres .38, que estava com a numeração raspada, e um

.32, que havia sido furtado em Nova Prata em 14 de março. Os objetos do roubo foram recu-perados e o motorista preso.

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Um caso que assusta pela cruel-dade. Na tarde de terça-feira, 12, Carlos Pereira da Silva, 40 anos, foi executado com um tiro na ca-beça em sua residência no muni-cípio de Guaporé, proximidades da ponte do arroio Barracão. O seu filho Guilherme Pereira da Silva, 16 anos, foi sequestrado pe-los criminosos. O corpo do jovem foi encontrado em uma estrada vicinal próxima a ERS-431, no município de Santa Tereza, na manhã desta quarta-feira, 13.

O adolescente foi vítima de

três disparos de arma de fogo. Uma moradora relatou ter ou-vido o som de tiros na noite an-terior. O corpo foi encontrado por volta das 6h30min. A Bri-gada Militar isolou o local até a realização de perícia.

O caso é investigado pela Polícia Civil. As primeiras in-formações é que os assassinos foram até a residência das ví-timas a procura de um rapaz conhecido por Bruninho. Sem encontrá-lo, mataram o pai e sequestraram o adolescente.

Corpo de jovem foi encontrado na divisa de Santa Tereza com Bento

Homicídio de adolescente e seu pai assusta Guaporé

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Homem é flagrado por furto no Centro

PRF prende casal com munição restrita

Um homem de 40 anos foi preso após furtar um desengra-xante e um frasco de querosene de um supermercado da rua Treze de Maio na manhã de quinta-feira, 14. Em depoimen-to, o acusado afirmou “que não tinha a intenção de furtar, só mostrar ao gerente que qual-quer um sai do mercado com objetos escondidos”. Ele foi fla-grado escondendo os produtos embaixo da blusa. Ao sair do estabelecimento, foi abordado pelo vigia e a BM acionada.

Um casal foi preso por porte ilegal de munição restrita na BR-470. O flagrante da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ocorreu por volta das 4h de sexta-feira, 15. Os acusados são moradores de Caxias de Sul e transportavam 150 cartuchos. O homem, de 24 anos, e a mulher, de 31, estavam em um veí-culo GM Classic abordado em frente ao posto da PRF, próximo a Pipa Pórtico. A munição estava escondi-da em um fundo falso da bolsa da acusada. Entre os cartuchos, haviam 50 do calibre .357 Magnum, que tem uso restrito e possui extremo poder de letalidade. Os acusados afirmaram que as munições foram compradas no Paraguai e teriam destino Caxias do Sul. Foram apreendidos ainda R$ 3,5 mil em dinheiro e R$ 1 mil em mercadorias.

Sábado, 16 de abril de 2016 35Segurança

A 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) prossegue seus esfor-

ços para conter o avanço do trá-fico de entorpecentes em Bento Gonçalves. Nesta semana duas investigações distintas tiveram sucesso e desarticularam um esquema de tele entrega de co-caína no bairro Fátima e outro de maconha no bairro Licorsul.

A primeira operação foi de-sencadeada na tarde de quar-ta-feira, 13, com um flagrante de venda de droga próximo a estação da Maria Fumaça, no bairro Cidade Alta. Um dos detidos admitiu ser usuário de drogas e a compra. Ele foi libe-rado após prestar depoimento.

O segundo envolvido era Dou-glas Luiz de Oliveira, 27 anos, in-vestigado pela prática criminosa há dois meses. Em seu veículo, uma Montana de cor vermelha, foram encontradas 30 porções de cocaína escondidas.

Em sequência, os agentes

Operações nos bairros Fátima e Licorsul resultaram em duas prisões e um prejuízo de mais de R$ 30 mil aos traficantes

Investigação desarticula tele-entregasTráfico de entorpecentes

Leonardo [email protected]

Ação no Fátima resultou na apreensão 180g de cocaína e R$ 20 mil No Licorsul, foram encontrados quase 700g de maconha e R$ 1,6 mil

da 1ª DP cumpriram manda-do de busca e apreensão na casa do acusado, na rua Eliseu Dall’Onder, no bairro Fátima. No total foram apreendidos 180 gramas de cocaína e R$ 20 mil em dinheiro. Um veículo Sorento de cor branco, utili-zado para prática criminosa, também foi apreendido.

Prisão no Licorsul

Na noite de quinta-feira, 14, o mandado de busca e apreensão foi cumprido na rua Giovani Grando Filho, no Licorsul, onde André Luis Moreira Valente, 20 anos, morava com a avó. Foram apreendidas quase 700g de

maconha, além de R$ 1,6 mil e a motocicleta utilizada para entrega de drogas.

Ainda foi cumprido manda-do em uma segunda residên-cia, aproximadamente 30 me-tros de distância, que seria de “tios por adoção” do acusado e era utilizada para armazenar o entorpecente.

Valente era investigado há cerca de 15 dias. Em depoi-mento, ele confessou que rea-lizava a prática criminosa há três meses. As porções eram vendidas a R$ 20 e R$ 50. O indiciado ressaltou que só ven-dia para amigos e que a avó não tinha qualquer participação no esquema de tráfico.

Perícia deverá esclarecer morte de idoso em Garibaldi

Mistério no Fenachamp Plantão

A Polícia Civil de Garibaldi ainda espera o laudo oficial para confirmar a causa da mor-te de Emílio Erthal, 86 anos, na madrugada de quinta-feira, 14. O idoso foi encontrado caí-do em sua residência no bairro Fenachamp com ferimentos na cabeça. Caso confirmado, este seria o primeiro homicídio do município neste ano.

Devido a relatos no local do crime, a Brigada Militar re-gistrou o caso como um crime e apresentou uma suspeita de 19 anos na delegacia. A jo-vem prestou depoimento e

após liberada. “A suspeita não apresentava nenhum sinal de participação em uma briga ou alguma alteração, por droga ou bebida. Foi realizado um trabalho minucioso no local do crime e falamos com familiares para montar este quebra-cabe-ça”, explica o delegado Clóvis Rodrigues de Souza.

A autoridade policial pros-segue afirmando que “a boa técnica aconselha que o perito do local do fato converse com o da necropsia”. Uma resposta definitiva só será possível após a entrega deste laudo oficial.

POLÍCIA

CIVIL, DIVU

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Page 36: 16/04/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.224

Política

Deputados devem votar pedido de impeachment

Página 10

Concurso da Câmara

MP inicia fase de oitivas de envolvidos

Página 12

Passo a passo do Caso Fiorino

www.jornalsemanario.com.br

BENTO GONÇALVESSábado16 DE ABRIL DE 2016ANO 49 N°3224

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Texto: Caroline Pandolfo

Foto: Estúdio Pavan, capturando a essência e a força da mulher

Magda Brandelli

Zandoná

Autora de uma trajetória inspiradora, Magda Brandelli Zandoná nasceu em meio

a uma família de viticultores e apreciadores de vinho no Vale dos Vinhedos. “Cresci sob

os afagos de minha mãe e com ela aprendi os segredos e sabores da culinária italiana, sem

esquecer-se dos conselhos e sabedoria de meu pai”, revela à empresária. Trabalhou na

vinícola da família e lá, iniciou seu ingresso e a paixão pelo mundo do vinho.

Como uma legítima taurina, determinada e persistente, Magda ao lado do irmão

gêmeo Márcio, decidiu fazer carreira solo, construindo um novo conceito de vinícola,

abrindo então sua própria empresa – a Vinícola Almaúnica. “Local este onde encontrei

a minha plena realização como profissional na área empresarial”, emociona-se ela. E

conclui. “Amo o que eu faço, digo que eu não trabalho, pois o meu dia a dia é prazeroso,

este entusiasmo está no meu DNA”.

Há três anos, Magda assumiu o cargo de Diretora da Área Vitivinícola no Centro

da Indústria Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, além de participar da gestão da

ExpoBento 2015/2016, como Diretora de Eventos.

Casada com Edson Carlos Zandoná, eles tem duas filhas, Érica, nove anos e

Camile, sete anos. Uma mulher dinâmica, que busca conciliar seu lado profissional com

a família, que segundo ela são seu suporte. “Uma vida sem desafios não vale a pena ser

vivida”, de acordo com Magda, esta frase é sua inspiração, pois ela acredita que é preciso

apostar naquilo que acreditamos, batalhando para chegarmos, onde queremos.

“ No vinho estão a verdade, a vida e a morte. No

vinho estão a aurora e o crepúsculo, a juventude

e a transitoriedade. No vinho está o movimento

pendular do tempo. No vinho se espelha a vida.

(Roland Betch) “

Caderno