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Saúde - Jornal Semanário - Edição 2832 - 16/06/2012 - Bento Gonçalves

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PésPésPésPés

&aúde BelezaS Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012Sábado, 16 de junho de 2012

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REPRODUÇÃO

Diagramação e edição: Jussara [email protected]

Caderno

Este caderno faz parte da ediçãode sábado, 16 junho de 2012,do Jornal Semanário

SEDEWolsir A. Antonini, 451 - Bairro FenavinhoBento Gonçalves, RS54. 3455.4500

Direção: Henrique Alfredo [email protected]

&aúde BelezaS

Sábado, 16 de junho de 20122 &aúde BelezaS

Compare a pimenta com o pimentão vermelho

Cores e sabores

Ardida como ela só, a pimenta vermelha é assim graças à capsai-cina, um ingrediente que afasta a tristeza. Já o pimentão contém capsorubina, um pigmento an-tioxidante e protetor das células.

Visão protegida

O pimentão oferece três vezes mais betacaroteno, um compos-to que se transforma em vitami-na A, a guardiã dos olhos.

• Pimentão 812 microgramas• Pimenta 267 microgramas

Conte calorias

Embora nem uma nem outro ameacem a boa forma, o pimen-tão é o menos calórico da dupla e o maior aliado da balança.

• Pimentão 13 calorias• Pimenta 20 calorias

Imunidade garantida

O pimentão contém mais vitamina C, nutriente que dá uma força ao sistema imunoló-gico. Homens precisam de 90

miligramas e mulheres, de 75.• Pimentão 95 miligramas• Pimenta 72 miligramas

Músculos saudáveis

O potássio, mineral importante nas contrações musculares, apa-rece mais na pimenta. Precisa-mos de 2 mil miligramas por dia.

• Pimenta 161 miligramas• Pimentão 105 miligramas

Mais magnésio

Você encontra na pimenta. Esse nutriente é peça-chave na absorção de proteínas e carboi-dratos. A recomendação diária é de 420 miligramas.

• Pimenta 11,5 miligramas• Pimentão 6 miligramas

Ossos fortes

Para garantir a saúde do es-queleto, a melhor opção é a pimenta. Ela oferece pitadas a mais de fósforo, um mineral que participa da mineralização óssea. A dose ideal é 700 mg.

• Pimenta 21,5 miligramas• Pimentão 13 miligramas

* As quantidades comparadas referem-se a 50 gramas ou 5 uni-dades de pimenta vermelha e 1 pimentão vermelho pequeno.

Regina Pereira

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EspecialidadeCRM - XXXX

Sábado, 16 de junho de 2012 3&aúde BelezaS

Cuide da boca e evite doenças em outras partes do corpo

Muito mais que garantir um sorriso bonito, cuidar rigoro-samente dos dentes espelha saúde nos quatro cantos do organismo. E, aí, o portal por onde entram os nutrientes e de onde saem as palavras não abre alas para problemas sérios no estômago, nos pul-mões e até no coração.

Aqueles mandamentos que a gente conhece tão bem, mas nem sempre segue à risca, não são apenas indis-pensáveis à preservação da língua, da gengiva e de cada dente. Eles também ajudam a evitar infortúnios em outras redondezas do corpo. Sem exagero. Uma saúde bucal deficiente repercute em cheio nos vasos sangüíneos, nas ar-ticulações e em órgãos que, aparentemente, não mantêm íntimo contato com os den-tes. Só aparentemente.

A maioria dos estragos eclodidos na boca é prota-gonizada por uma infinidade de bactérias. Ora, a cavidade bucal é um verdadeiro Olim-po para esses microorga-nismos. E, justiça seja feita, nem todos eles são malignos ali existe uma flora bacteria-na essencial à digestão dos alimentos, por exemplo. O problema é quando a escova e o fio dental são deixados de escanteio. Aí os micró-bios nocivos, por trás das cáries, da gengivite e da pe-riodontite, proliferam-se e levam ao caos. Mesmo em uma boca saudável, há 200 milhões de microorganismos em 1 grama de placa bacte-riana, conta o periodontista Antonio Sallum. Se ela esti-ver a caminho da ruína, en-tão, o número pode bater a

casa do bilhão. E as ameaças também se multiplicam.

Se a gente mata a fome e se esquece da higiene bucal, poucas horas são suficien-tes para a formação da fa-migerada placa bacteriana. Num processo contínuo, micróbios e mais micróbios se unem para monopolizar os dentes e a gengiva. E é assim que a placa, também chamada biofilme, torna-se mais espessa, chegando às vezes ao ponto de ser vista a olho nu. Com os ventos a seu favor, as bactérias vilãs passam a subjugar as espé-cies do bem. A placa propi-cia o aparecimento de dois problemas: a cárie e a doença periodontal, diz o professor Antonio Sallum. A primei-ra, arquitetada pela bactéria Streptococcus mutans, mina aos poucos o próprio dente. Mas a segunda, que começa como uma gengivite e evolui para uma periodontite, é mais assustadora. Ela detona toda a estrutura que liga o dente à gengiva e ao tecido ósseo.

A doença periodontal é mais assustadora, porque a cárie provoca dor e ela não. No começo, só produz san-

gramentos na gengiva, alerta Sallum. Ou seja, poucos lhe dão a devida atenção. São mais de 100 tipos de micró-bios envolvidos com a pato-logia, que, se não tratada a tempo, faz os dentes desaba-rem. Ela é silenciosa e suas bactérias são mais agressivas, afirma a periodontista Elai-ne Escobar. De cair o queixo também é a estimativa da in-cidência do problema no país. Oito em cada dez brasileiros adultos têm desde uma gengi-vite até seu estágio avançado, a periodontite, conta Elaine.

As bactérias traiçoeiras fa-zem das lesões na gengiva e da corrosão do espaço entre dente e osso o seu portão de embarque para a corrente san-güínea. Alguns tipos mais terrí-veis compram, então, o bilhete para viajar até o coração, onde simplesmente estacionam. A doença periodontal aumenta o risco de problemas cardiovas-culares, constata Elaine. Pior ainda para quem já tem um de-feito em uma válvula cardíaca, por exemplo esse sujeito fica, então, tremendamente suscetí-vel à endocardite.

REPRODUÇÃO

Diogo Sponchiato

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Acne não é problema só de adolescente! Adultos também sofrem com isso

DIVULGAÇÃO

Muito marmanjo e mu-lher feita andam por aí com a cara pintada. É que, vira e mexe, lesões vermelhas, cheias de pus, resolvem co-lorir a face de indivíduos que já deixaram a adolescência para trás. Os especialistas es-timam que um em cada dez adultos padeça com a acne, problema mais associado à faixa etária teen, que vive em um turbilhão hormonal. Acontece que, nesse pessoal mais velho e com muitas es-pinhas, os hormônios conti-nuam em ebulição.

Não importa a idade, a le-são de pele começa nos folí-culos, aqueles orifícios que abrigam a raiz dos pelos e glândulas sebáceas, responsá-veis pela secreção da gordura, que forma uma película prote-tora sobre a pele. “Só que, na acne, essas glândulas produ-zem sebo em excesso”, expli-ca o dermatologista Adilson Costa, da Pontifícia Univer-sidade Católica de Campinas, no interior paulista. “Dessa forma, as bactérias que vi-vem normalmente sobre a pele se alimentam do material gorduroso, liberando toxinas que disparam uma inflama-ção”, continua. Aí, como num campo minado, as espinhas eclodem, estampando o rosto com aqueles pontos averme-lhados e doloridos.

Genética

Nos adultos, em especial, a genética tem lá suas pince-ladas de culpa nesse fenôme-no que derruba a autoestima de muita gente. “O DNA pode determinar uma glân-dula sebácea de tamanho exagerado e torná-la hipe-rativa”, afirma a dermatolo-gista Denise Steiner, de São Paulo. Pelo menos no time masculino, essa é a principal causa do problema. Sem fa-lar nos anabolizantes a que muitos marombeiros recor-rem indiscriminadamente para inflar os músculos e que, sim, interferem na ole-osidade cutânea.

Um rosto empipocado de espinhas costuma ser marca registrada da adolescência. No entanto, se com o passar dos anos elas persistem, podem sinalizar alguns desequilíbrios no organismo

“Já nas mulheres, os ge-nes costumam predispor à chamada síndrome dos ová-rios policísticos (SOP), que, como o próprio nome suge-re, se caracteriza pela forma-ção de cistos nesses órgãos”, esclarece o endocrinologis-ta Cristiano Barcellos, do Hospital das Clínicas de São Paulo. O distúrbio está as-sociado a uma maior produ-ção do hormônio masculino testosterona — que também está presente nelas em dosa-gens ínfimas e que, por sua vez, incita o folículo a liberar mais e mais sebo.

Resistência à insulina

A acne se torna pior ain-da se o indivíduo tiver re-sistência à insulina, quando esse hormônio não consegue queimar o açúcar circulante. O pâncreas tenta compensar essa situação liberando dosa-gens extras da substância. “A questão é que níveis altos de insulina levariam a uma maior fabricação de testosterona pelos ovários”, diz Barcellos. Felizmente, a medicina traz novidades que prometem li-vrar o rosto desses adultos do visual de cacto.

Enfrentar o espelho e en-carar as espinhas não é fácil.

Mas hoje existem incontáveis opções de tratamento. E, para se somar às terapias já consa-gradas, surgem algumas boas alternativas. “Uma delas é a metformina, já empregada na reversão da resistência à insu-lina porque diminuiria a ati-vidade da glândula sebácea”, conta o dermatologista Mar-celo Bellini, de São Paulo, que participou do evento.

Tratamentos

Outra novidade é o ace-tato de ciproterona, um con-traceptivo com efeito antio-leosidade. Bellini também destaca a associação de uma substância chamada adapale-no com o peróxido de ben-zoíla. Esse composto atu-aria na redução dos poros, na esfoliação superficial da pele e no controle do sebo. Cientistas também ressaltam a eficácia da doxicilina, um antibiótico com efeito an-tiinflamatório, e do tazarote-no, derivado de vitamina A, que age na glândula sebácea, com a vantagem de provocar pouca irritação na pele.

E, claro, dá para contar com outros medicamentos já estabelecidos no mercado para esse fim. Para eleger o melhor recurso, os médicos lançam

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Acne não é problema só de adolescente! Adultos também sofrem com isso

REPRODUÇÃO

Um rosto empipocado de espinhas costuma ser marca registrada da adolescência. No entanto, se com o passar dos anos elas persistem, podem sinalizar alguns desequilíbrios no organismo

mão de testes de sangue com o objetivo de verificar os níveis hormonais. Nos últimos tem-pos, também pedem exames de imagem para flagrar cistos ovarianos e alterações na su-prarrenal. “A meta é diagnos-ticar e tratar distúrbios por trás do problema”, afirma Denise Steiner. “Em caso de ovários policísticos, podemos pres-crever anticoncepcionais ou antiandrogênicos, drogas que baixam as taxas de testostero-na”, exemplifica.

Tratados os motivos, é hora de focar diretamente na acne. “Se ela for branda, receitamos substâncias tópicas como o ácido retinoico ou o salicílico, que desobstruem o folículo e renovam as células superficiais da pele”, descreve a dermato-logista Claudia Maia, da Socie-dade Brasileira de Dermatolo-gia, no Rio de Janeiro. Muitas vezes, é necessário associar um

antibiótico oral para aniquilar as bactérias.

Quando nada disso fun-ciona, o jeito é apelar para a famosa isotretinoína, cam-peã no nocaute às espinhas. “Ela diminui o tamanho da glândula sebácea, desentope

Existe uma relação entre o chocolate e a acne?

O aumento de peso pode até ser resultado do consumo de doces, mas quanto ao aparecimento da acne, ainda há controvérsias. “A gordura que nós comemos não vai para a pele. O assunto é controverso e muitos tentam estabelecer essa relação, mas não há nada comprovado na literatura”, afirma a dermatologista Annia Cordeiro Lourenço.

A especialista esclarece, no entanto, que há um efeito da alimentação na pele, mas que ele é indireto. Segundo Annia, o que acontece é que alguns alimentos ricos em carboidratos de rápida absorção – entre ele, o leite, o chocolate e outros doces - estimulam os receptores hormonais da pele e resultam no mau funcionamento da glândula sebácea. “Essa glândula produz o sebo, que, quando acumulado dentro do poro, resulta na proliferação da bactéria causadora das espinhas”, explica a dermatologista.

Fonte: Revista Abril

os poros e breca a liberação de gordura”, garante Deni-se. Mas atenção: o remédio é contraindicado em casos de gravidez, doenças do fígado e taxas de colesterol altas.

Adriana Toledo

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EspecialidadeCRM - XXXX

Sábado, 16 de junho de 20126 &aúde BelezaS

Cuide dos pés para mantê-los hidratados no inverno

Os pés escondem uma com-plexa anatomia para dar conta de nossa estrutura e movi-mento. Revestidos pela pele – que pode ser comparada a uma capa protetora –, estão 26 ossos, 114 ligamentos e 20 músculos em cada pé. Tudo funciona como uma orquestra, em que todos os componentes devem estar em perfeita sinto-nia. Uma pequena desafina-ção pode comprometer todo o conjunto. O problema é que o maestro neste caso somos nós, responsáveis, na maioria das vezes, por dores, bolhas, feridas, calos e mau cheiro que nos tiram, literalmente, o chão e acabam afetando o rit-mo de nosso dia-a-dia e até o nosso humor.

Resultado: os problemas de-correntes da falta de cuidados com higiene são os que mais levam os pacientes aos consul-tórios, alerta a dermatologista Márcia Naomi Yoshioka, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Cerca de 90% dos casos ficam por conta de micoses, seguidos pela calo-sidade e pela verruga plantar, mais conhecida como “olho de peixe”, revela a especialista. A maioria desses transtornos é causada por falta de cuidados básicos: usar objetos (alica-tes, tesouras, lixas) infectados, deixar os pés úmidos, usar sa-patos inadequados, andar des-calço ao redor de piscinas e na areia da praia.

Já nas clínicas de podologia, os principais incômodos são os calos, segundo Carlos Roberto Basseto, coordenador do Cur-so Técnico de Podologia do Serviço Nacional de Aprendi-zagem Comercial de São Pau-lo (Senac-SP). “Por isso, não é recomendável passar, com frequência, lixa na planta dos pés. Os calos nada mais são do que uma defesa do organismo, mais especificamente da pele, contra o atrito com o solo”, explica.

O ortopedista Carlos Al-fredo Lobo Jasmin, da Asso-ciação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) e da Sociedade Bra-

sileira de Ortopedia e Trauma-tologia, também aconselha so-bre a escolha dos sapatos: “o pé não pode ficar espremido, mas distribuído de forma har-moniosa”. Sigas algumas dicas:

Limpar e secar

Isso significa esfregá-los com esponja, água e sabão, com uma atenção especial à parte entre os dedos e cantos das unhas. E, para completar o ritual de limpeza, depois do banho, secar bem os pés com uma toalha. Uma boa dica para garantir a secagem e afastar os fungos causadores das frieiras é passar papel higiênico entre os dedos. Para evitar micoses e o incômodo mau cheiro, tam-bém é recomendado o uso uni-forme de talco.

Hidratar

Após a correta higienização, o uso de cremes hidratantes, deixa a pele dos pés mais macia e evita rachaduras - especial-mente nas estações mais frias e secas. Entretanto, fique atento ao excesso de hidratante entre os dedos e nos cantinhos das unhas, pois isso serve de porta

de entrada para os fungos.

Unhas quadradas

Esse tipo de corte, em ângu-lo reto, evita que as unhas fi-quem encravadas.

Movimentação

A principal orientação para quem é sedentário, é não deixar os pés parados em uma única posição por muito tempo, o que geralmente impede a circu-lação do sangue e provoca do-res e inchaço. “Mesmo sentado, é possível mexê-los (para fren-te, para trás e em movimento circular)”, ensina o ortopedista Carlos Alfredo Lobo Jasmin.

Troca de calçados

Para a manutenção da saúde dos pés, a dica é usar o mesmo par, no máximo, por dois dias seguidos. Antes de guardá-los, é recomendável que sejam co-locados em área ventilada e onde reflita os raios solares. Sprays antifungos também po-dem ser borrifados nos calça-dos, uma vez por mês.

REPRODUÇÃO

Sucena Resk

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Sábado, 16 de junho de 2012 7&aúde BelezaS

Os tratamentos inteligentes contra o câncerAntes limitado e quase tão nocivo ao organismo quanto ao tumor, o arsenal à disposição dos oncologistas evoluiu drasticamente e, hoje, provoca menos trauma aos indivíduos que enfrentam esse mal

IMAGENS: REPRODUÇÃO

A estratégia para superar esse inimigo mudou nas úl-timas décadas. Até os anos 1990, os médicos basicamente bombardeavam o câncer com as tradicionais quimio, radio e hormonioterapia ou tentavam extirpá-lo por meio de cirurgias. Esses tratamentos, embora ain-da sejam fundamentais na bata-lha, causam baixas expressivas no organismo por atingirem tanto o vilão da história como o tecido sadio, o que sempre traz complicações. No entanto, com um conhecimento cada vez maior nesse front, surgiu um conceito inovador: em vez de golpear o adversário diretamen-te, por que não tornar as tropas do próprio corpo mais eficazes contra ele, e apenas ele?

Essa tática inusitada ganhou destaque e avança a passos largos. Prova disso é o apare-cimento do ipilimumabe, fár-maco já aprovado nos Estados Unidos - e que deve desembar-car no Brasil nos próximos me-ses - para tratar o melanoma, um tipo extremamente agressivo de tumor de pele. “As células can-cerosas, apesar de possuírem al-terações, têm semelhanças com as saudáveis, e isso faz com que o sistema imunológico não as veja como ameaça. O ipilimu-mabe tira o freio das nossas defesas, deixando-as propensas a identificar e atacar a doença”, esclarece Paulo Hoff, diretor do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde parte das pesquisas com a droga foram realizadas. “A utilização dela aumentou em quatro meses a sobrevida dos pacientes. E isso é apenas uma média. Há casos em que o tempo foi significativamente superior”, ressalta Hoff.

Por atuar nos glóbulos bran-

cos, em tese o remédio deixaria o organismo mais preparado para debelar outros cânceres além do melanoma. “A lógica realmente faz sentido, mas são necessários estudos para cor-roborar essa teoria”, avisa o oncologista Ricardo Caponero, da Clínica de Oncologia Médi-ca, na capital paulista. O fato é que o medicamento se mostrou eficiente e, acima de tudo, foi bem tolerado por quem rece-beu suas doses.

Anticorpo monoclonal

O ipilimumabe é um anti-corpo monoclonal, unidade de defesa feita em laboratório que age em moléculas específicas no exterior de uma célula. “A diferença é que a nova droga atua diretamente no sistema imune, enquanto as outras da mesma classe se ligam ao cân-cer para avisar que ele está ali e deve ser exterminado”, diferen-cia Caponero. Acontece que, antes de criar essas armas tele-guiadas, é preciso achar alvos, ou melhor, antígenos onde elas

possam fazer seu trabalho. “E cada tipo de tumor tem antíge-nos únicos”, diz a radioterapeu-ta Deborah Kuban, diretora do MD Anderson Cancer Center, nos Estados Unidos.

Em outras palavras, a luta contra esse mal tende a ficar mais individualizada, porque os medicamentos começam a agir, de maneira bem eficaz, em mecanismos restritos a poucas versões da enfermida-de. “Já estão disponíveis trata-mentos sob medida para uma série de variações e esperamos que, no futuro, tenhamos op-ções para todas”, afirma Sér-gio Simon, oncologista do Hospital Israelita Albert Eins-tein, em São Paulo.

Tecidos saudáveis

Na contramão, pesquisado-res da americana Universidade Stanford estão em busca de um remédio com potencial para ar-rasar muitos tumores distintos sem danificar tecidos saudáveis. Em testes com camundongos, eles encontraram a proteína CD47, presente em cânceres de mama, ovário, cólon, bexiga, fígado, entre outros, e que, ao ser travada por um anticorpo monoclonal, inibia o cresci-mento da doença. “Isso mos-tra que essa proteína é um alvo promissor”, opina o patologista Irving Weissman, envolvido no

projeto. Embora animadora, a descoberta é vista com cautela. “Mesmo que o antígeno seja comum a vários tumores, em seres humanos a resposta ao seu bloqueio pode ser diferente de um caso para outro”, contra-põe Hoff.

Abaixo a resistência!

Frequentemente se obser-va uma terapia surtindo efei-to a princípio, mas que, logo depois, não contém mais o avanço do câncer. “Por isso, é fundamental contar com um arsenal vasto como o que co-meçamos a ter hoje em dia. Quando um tratamento para de funcionar, outro o substi-tui”, explica Carlos Henrique Barrios, oncologista da Ponti-

fícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

A resistência se instala devi-do a mutações que ocorrem no DNA das células cancerosas. Ainda bem que surgem manei-ras de ao menos postergá-las. Um bom exemplo é o everoli-mo. Esse novo fármaco retar-da a adaptação de um tipo de tumor de mama à hormonio-terapia, que diminui a atuação de hormônios por trás do mal. Com ele, o tempo de sobrevida médio das mulheres acometi-das por essa moléstia mais do que duplicou. “Os resultados são tão impressionantes que acreditamos se tratar de um dos maiores progressos dos últimos 20 anos”, analisa Barrios.

Theo Ruprecht

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Sábado, 16 de junho de 20128 &aúde BelezaS

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Aprenda a perder peso respirando corretamente

Seu desejo é reduzir as medi-das? Então, respire. Fundo. E na barriga não no peito. Pouca gente associa o ato de respirar com o emagrecimento, mas, acredite, há uma relação estrei-ta entre uma coisa e outra.

Para começar, saiba que a ansiedade é um dos principais inimigos de um corpo enxuto. Basta lembrar aqueles momen-tos em que estamos com os nervos à flor da pele. O que acontece? Normalmente, ata-camos a geladeira na tentativa de relaxar. Iniciar uma dieta também dispara os batimen-tos cardíacos de qualquer um, já que a restrição alimentar lembra sofrimento. Resultado: nossa respiração fica curta e se concentra na altura do peito, com movimentos superficiais e rápidos. Essa é a chamada res-piração torácica. Que, diga-se de passagem, tem o ritmo per-feito para acumular gorduras!

Já aprender a respirar, o que significa fazê-lo mais profundamente, é uma ótima estratégia para mudar não só o estado de espírito mas tam-bém nossas atitudes, inclusive frente ao prato. A respiração correta é um dos pilares para o tratamento de casos de an-siedade e obesidade, garante o médico e psicoterapeuta Ge-raldo Possendoro, especialista em ansiedade e professor de Medicina Comportamental da

Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Nossa proposta, então, é a seguinte: comece agora, neste instante, a sentir a diferença que faz uma respiração tranquila. As técnicas são simples e eficazes. É só seguir o passo a passo:

1. Respire pausadamente. E não no peito, por favor.

2. Ponha oar lá para bai-xo das cos- telas, sinta a barriga ir para fora e depois para dentro sem estufar o peito.

3. Repita o procedimento por alguns minutos. Você vai notar seus batimentos cardíacos e sua mente mais tranquilos.

Os sentimentos afetam o modo como respiramos. E vice- versa: se você mudar conscientemente a maneira como respira, será ca-paz de alterar o jeito de sentir e ver as coisas, afirma Anderson Allegro, biólogo e professor de ioga de São Paulo. Ao ficar mais calmo por respirar profunda-mente e de-va-gar, suas chances de tomar decisões mais apropria-das na hora de comer e de tocar a vida vão aumentar e muito.

Siga algumas dicas para res-pirar melhor:

* Preste atenção na respira-ção. Isso aumenta e melhora a sua percepção do corpo e do momento presente.

* Sempre que possível, inspi-re e expire pelo nariz.

* No dia a dia, procure ins-pirar e expirar usando todo o sistema respiratório. Ou seja, sinta o ar entrar pelo nariz, passar pelo peito, ir em direção

ao baixo ventre e sair fazendo o caminho oposto.

* Treine algumas vezes dia-riamente a respiração diafrag-mática. Vale fazer por 10 minu-tos, mas, se puder, repita outras duas vezes ao dia.

Como fazer a respiração diafragmática:

1. Deite de costas, com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão.

2. Esvazie completamente os pulmões e comece a inspirar le-vando o ar para a parte baixa des-se órgão, deixando-o seguir na região do abdômen e projetando a barriga para fora. O peito per-manece vazio, sem se mover.

3. Faça uma pequena pausa com os pulmões cheios e, em seguida, esvazie-os, “empur-rando” o umbigo na direção das costas só com a força da respiração.

4. Se quiser, pode respirar sentado, mas com a coluna bem ereta.

Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Nossa proposta, então, é a seguinte: comece agora, neste instante, a sentir a di-ferença que faz uma respiração tranquila. As técnicas são sim-ples e eficazes. É só seguir o passo a

1. Respire pau-sadamente. E não no peito,

barriga ir para fora e depois para den-

Carla Conte