16/01/2016 - jornal semanário - edição 3.198

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BENTO GONÇALVES Sábado 16 DE JANEIRO DE 2016 ANO 49 N°3198 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Estagnação econômica Oferta de emprego diminui e aumentam os problemas sociais no município Páginas 22 e 23 CAIANI LOPES MARTINS Crise atinge os mais necessitados

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16/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.198 - Bento Gonçalves/RS

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Page 1: 16/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.198

BENTO GONÇALVESSábado16 DE JANEIRO DE 2016ANO 49 N°3198

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Estagnação econômica

Oferta de emprego diminui e aumentam os problemas sociais no município

Páginas 22 e 23

CAIANI LOPES MARTINS

Crise atinge os mais necessitados

Page 2: 16/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.198

Novo paradigma da alteração de pensão alimentíciaO artigo 1.699 do Código Civil brasileiro vincula

à mudança na situação econômica de quem supre os alimentos condições para alterá-los ou deles se exonerar e, em inverso sentido, para quem os re-cebe, majorá-los.

Sempre controversa, no que tange ao ex-cônjuge ou parceiro (a), a obrigação alimentar, nestes casos, é considerada um ônus injusto no entendimento de quem o fornece. É entendido como um “castigo” à separação, ao divórcio ou ao fim da união estável.

Com tal juízo, consequentemente os ânimos ficam mais acirrados, principalmente porque os alimentos prestados a/ao cônjuge eram deferidos jurispruden-cialmente como uma verdadeira “pensão do INSS”. O acórdão, da lavra da ministra Nancy Andrighi, no RESP 933355/SP, com o mesmo entendimento do acórdão na apelação civil 70046501383, da 8ª Câ-mara Cível do TJ/RS, trouxe um novo paradigma à questão, autorizando a exoneração ou a redução dos alimentos pagos, independentemente da alteração no binômio capacidade/necessidade.

Tal jurisprudência lança nova luz sobre a questão, desvinculado da pessoa do ex-cônjuge alimentando o direito a exigir do alimentante verdadeira “apo-sentadoria”, como se o segundo fosse órgão público

de previdência. Deve ser ressaltado, em tais deci-sões, a valorização do lapso temporal no qual os ali-mentos são prestados, bem como a capacidade para o trabalho de quem os recebe, pela qual os doutos julgadores adequaram a aplicação da lei ao tempo em que vivemos.

Assim, a figura do alimentado/a , antes considera-do como hipossuficiente em relação ao alimentan-te, foi relativizada, passando a lhe ser exigido, com o novo entendimento, que paga a pensão por lapso temporal suficiente para que revertesse tal situação, se assim não agiu, não deve o alimentante ser pena-lizado por sua inércia.

O alívio aos prestadores de alimentos, nos novos termos postos pela jurisprudência atual, faz-se sen-tir a cada decisão exoneratória. Reflete-se sobre as novas ações de separação/divórcio e a dissolução de união estável, balizado o entendimento que os ali-mentados são agentes das próprias vidas e desvin-culando dos alimentantes a responsabilidade sobre o sustento prolongado daqueles.

Artigo

Isabel CochlarAdvogada

Encontro marcado com a mudançaEditorial

Inovação precisa ser mesmo a palavra do ano. Neces-sitamos com urgência ter ideias novas e colocá-las em prática. A economia funciona como um ciclo. Se a agri-cultura vai bem, a indústria produz, o comércio vende, o supermercado vê os carrinhos cheios o resultado é auto-mático. Todo mundo respira aliviado. Enquanto essa en-grenagem não estiver afinada ficaremos esperando para ver o que acontece. Temos a sorte de estar numa cida-de que empresários e lideranças já sabem que é preciso investir e buscam virar a página do ano complicado que foi 2015. Ainda vamos sentir o reflexo do segundo semestre do ano passado. As vagas ficaram escassas e o desemprego ficou à espreita. O desem-prego que havia dado uma trégua por al-guns anos está de volta. Esperamos que não seja por muito tempo. A torcida para que o país se estabilize é grande.

Para mudar não basta que só os empresários tentem encontrar soluções para a crise. Você veste a camiseta da sua empresa quando está empregado? Sai da cama e pensa em fazer o seu melhor? Não apenas para receber no final do mês – e sim, isso é muito importante – mas também para mostrar que você faz a diferença? Para deixar sua marca, propor soluções, trabalhar em equipe e tentar mudar? O desafio move o ser humano. E ago-

Sim, precisamos nos reinventar

ra não pode nos faltar desafio e superação. Mesmo que tenhamos que tomar fôlego no meio do caminho, todo mundo pode fazer um pouco mais. Ser um pouco mais. Ser aquele jogador que faz a diferença. Sim, precisamos nos reinventar.

E, por falar em melhorar, sair da crise e olhar pra frente, o que está havendo na área da segurança? Falta investi-mento? Estamos ficando mais violentos? Uma praça não pode ser simplesmente um lugar de passagem e descan-

so? Sensação de insegurança amedronta e desconforta. Andar pelas ruas preocu-pado não é nada bom. Nessa semana um homem foi morto durante uma briga na praça Walter Galassi, num final de tarde que era para ser tranquilo. É difícil enten-der como de um lado temos a Via del Vino,

que os turistas e moradores tanto gostam. Um local boni-to e agradável para um passeio, uma parada para conver-sar com amigos ou admirar a paisagem. Basta andar um pouco, atravessar uma rua e o clima muda. Na Walter Galassi, que tem em seu entorno muitas instituições ban-cárias, mulheres reclamam do assédio de homens que fi-cam por ali, muitas vezes sob o efeito de álcool. Brigas também acontecem no local. Ruim para quem trabalha por lá ou simplesmente precisa passar pelo lugar. O ano recém começou. Ainda dá tempo de mudar.

Sábado, 16 de janeiro de 2016 2 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

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FAZ PARTE DA SUA VIDA

Page 3: 16/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.198

Painel

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Se-nac) de Bento Gonçalves reali-za a mostra fotográfica ‘Bento ontem, Bento hoje’. O objetivo da exposição é resgatar a his-tória da cidade e compará-la com os dias atuais.

A mostra conta um pouco da história de Bento Gonçal-ves e fica no Senac até terça--feira, 19 de janeiro. O horá-rio para visitação é das 8h até às 21h (sem fechar ao meio dia). Após esta data as foto-

grafias serão levadas para estabelecimentos públicos e privados da cidade.

Os organizadores da mostra são os alunos do curso de As-sistente de Produção Cultural promovido pelo Senac/Pro-natec: Jéssica Fernanda Dale-piane, Cleber Barbosa Soares, Airton Antônio, Celso, Giorda-no Corbelini, Jonas Miqueias, orientados pela professora Jane Maria Dalpizzol Ficagna. O Senac fica na rua Saldanha Marinho ,820, Centro.

Bento ontem, Bento hoje

Sábado, 16 de janeiro de 2016 3

CURTI!

NÃO CURTI...

O legado deixado pelo coronel Ale-xander Eduardo Vicente Ferreira que deixou o comando do 6º BCOM. No período de dois anos à frente do ba-talhão conseguiu aproximar o Exérci-to da comunidade.

A imprudência no trânsito, seja por motoristas, motociclistas, pedestres que não atravessam na faixa de se-gurança e os skatistas que tomam conta das ruas como se fossem deles.

Painel

Prefeito Pasin, candidato à reeleição, já tem quatro candidatos à vice-prefeito. No que vai dar a candidatura dos partidos?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calarA equipe do jornal Semanário flagrou diversas peças de roupas abandonadas na esca-

daria no fim da rua Assis Brasil, no bairro São Francisco. A pessoa que deixou as vesti-mentas no local poderia ter entregue a alguma entidade do município, assim seria apro-veitada pelas famílias carentes do município. Da forma como foram deixadas ao relento irão servir apenas para acumular sujeira, além de estragar o visual da cidade.

Flagrante

Mande seu flagrante para o e-mail [email protected]

12ª La Prima Vendemmia em Nova Roma do Sul

Festiqueijo

CAIA

NI M

ARTIN

S

HUMOR Moacir Arlan

A corte da 12ª La Prima Ven-demmia formada pela rainha Daiane Klóss, 23 anos, e as prin-cesas Emanuele Salvatti, 21, e Kátia Dalló, 22, acompanhadas da assessora de imprensa Ales-sandra Muraro e o diretor de Marketing Gilmar Lodi, visitou o jornal Semanário na quinta--feira, 14. Com o tema “Aromas, lembranças e sabores”, a festa será realizada nos dias 22, 23 e 24 de janeiro, em Nova Roma do Sul. No encerramento da festa, no domingo, haverá show nacio-nal do cantor Gabriel Valim.

O Melhor Festival Gastronô-mico da Serra Gaúcha, o Fes-tiqueijo, já tem o presidente que coordenará os trabalhos na 27ª edição do evento. Ro-berto Da Fré tem 35 anos e exerceu o cargo de Diretor de Programação Cultural no ano de 2015. É gerente comercial e, em consonância com o go-verno, deverá montar uma equipe diretiva que atuará de forma voluntária na organiza-ção do Festiqueijo 2016, que ocorre no mês de julho, em Carlos Barbosa.

Bento Gonçalves é cenário de filmeBento Gonçalves é cenário

do filme Bem ao Lado, diri-gido por Márcio Kinzeski. As filmagens ocorrem até 20 de janeiro, e terá como locações o distrito de São Pedro (Ca-minhos de Pedra) e a Linha

Eulália (Rota Rural Encantos da Eulália). A produção é da Zeski Filmes. A prefeitura, por meio da Secretaria Mu-nicipal de Turismo (SemTur) e a Bento Film Comission apoiam a realização.

CRISTIAN

E GRO

HE G. A

RROYO

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Sábado, 16 de janeiro de 20164 Geral

De novo?

Novamente?

Como já comentei, estamos vivendo os momentos mais turbulentos da história do nosso Estado. Há décadas os governantes têm empurrado com a barriga os crescen-tes e visíveis problemas da administração pública do RS. Collares, já prevendo as dificuldades, deixou pronto o pedágio de Portão para que o brito (letra minúscula, sim) iniciasse a cobrança do pedágio, cuja lei foi clara ao estabelecer que a arrecadação deveria ser destinada à du-plicação da RS-122 de Portão a São Vendelino. Mas, brito gostou da “brincadeira” e introduziu (na acepção popular da palavra) no povo gaúcho os famigerados, desgraçados, polos de pedágios. Tanto que resolveu cercar as princi-pais cidades com eles, possibilitando boa arrecadação aos felizes concessionários das rodovias.

Os contratos de pedágio feitos magistralmente pelo brito, com o referendo da maioria dos deputados – alia-dos e adesistas de ocasião, tão comuns -, tiveram o va-lor já definido (R$ 3,00, em 1996), sem obrigações por parte das concessionárias, senão a manutenção – que foi precária – nos trechos. Sequer a exigência de am-bulância e guincho constavam nos contratos. Até o os minúsculos 13 quilômetros entre Farroupilha e Caxias ele teve coragem de pedagiar, sem lei que previsse. En-quanto isso, o governo federal licitou trechos para peda-giamento onde quem oferecesse o menor preço com os melhores serviços levaria a concessão, obtendo grande quilometragem por pouco mais de R$ 1,50. A ex-gover-nadora Yeda Crusius tentou prorrogação desses absur-dos contratos e os deputados não aprovaram, graças ao bom senso.

ÚLTIMASPrimeira: A cada dia temos a im-

pressão que haverá uma revolução na política partidária brasileira. São tantas denúncias, tantos envolvidos que deixa a polícia federal, o ministério público e a justiça cada vez mais cheios de traba-lho;

Segunda: : Estou esperançoso de que Marcos Valério, o operador do mensa-lão demotucanalha e petralha deixe de ameaças e denuncie, de verdade, tudo o que fez e todos os envolvidos. Têm muita gente, de todos os partidos, não dormindo à noite;

Terceira: É inacreditável o que se vê no trânsito, mesmo nessa época de férias. São motoristas, motociclistas, ci-clistas, skatistas sem noção dando ban-da na cidade;

Quarta: Têm pedestres que pensam que as faixas a eles destinadas são “en-feites”; têm motoristas que pensam que o pisca-alerta é a tecla que aciona o “estou invisível”; motociclistas que pensam serem indestrutíveis e skatis-tas cujos pais são tão sem noção quanto eles;

Quinta: Segue no litoral o festival de salvamentos gratuitos para algumas dezenas de inconsequentes, enquanto nós, os mais de 11 milhões que não pre-cisamos, pagam a conta;

Sexta: Enquanto isso, centenas de municípios veem seu efetivo da BM ser reduzido e a criminalidade aumentar dia a dia, assustadoramente;

Sétima: Mas, há coisas boas também. Nesta quinta-feira, os conselheiros do Funrebom acompanharam a prestação de contas e a apresentação do orçamen-to para 2016;

Oitava: Orgulhosamente ouvi e cons-tatei que temos o melhor e mais bem equipado corpo de bombeiros do Esta-do. Graças ao Funrebom, em março es-tará concluído o Centro de Treinamen-tos da Serra;

Nona: Bento é sede de treinamen-tos de bombeiros de todo o Estado, do Brasil e do exterior. Há um intercâmbio que torna nossos bombeiros homens de excelência no combate a incêndio e sal-vamentos;

Décima: O grupo do WhatsApp “Tri-color Gaúcho” realizou o churrasco na terça-feira. Há quem diga que o consu-mo de cerveja foi de dar inveja à okto-berfest de Munique;

Décima primeira: E o Grêmio se-gue sem contratar atacantes. Mas, za-gueiros já foram dois, mais um lateral. A esperança da contratação de dois ata-cantes continua. Afinal, a Libertadores vem aí e a torcida está apreensiva;

Antô[email protected]

Mais uma vez?

A saúde é de Bento

Agora, com o PMDB novamente no governo, eis que os pedágios voltam à ordem do dia. A desculpa de “falta dinheiro” para obras e recuperação das rodovias voltou a ser o motivo. Enquanto isso, a RS-122 pedagiada foi duplicada. Demorou beeeeemmmm mais do que deve-ria, mas foi concluída. Claro, demorou porque a tarifa arrecadada não foi toda aplicada na duplicação. Aliás, em todos os pedágios comunitários as tarifas devem es-tar indo para os cofres do governo e não para ampliação das duplicações e manutenção das rodovias. É por isso que algumas apresentam problemas. Sim, porque os R$ 4,80 cobrados em Portão representam muito mais do que o que é cobrado na BR-101 em Santa Catarina por uma quilometragem maior. Transformaram as tarifas em “fundos” para o Estado, certamente. E não falo de Gramado, onde se paga muito para rodar os míseros 32 quilômetros até Nova Petrópolis. E falam em pedagiar? De novo?

Impressionante como algumas pessoas abordam, pu-blicamente, assuntos valendo-se da “achologia”, exclusi-vamente como “palpiteiros” de plantão. Existem alguns órgãos ligados à saúde. Para se saber alguma coisa seria de bom alvitre que se ouvisse todos eles, tomasse conhe-cimento da atuação de todos, saber o que estão fazendo para, só depois, tecer comentários a respeito. Penso que a população, diretamente envolvida, tem mais responsabi-lidade ao tecer comentários do que alguns que se acham “formadores de opinião” e atacam pessoas e entidades sem saber o que estão falando. Portanto, prezado leitor, quando ouvir falar em “saúde pública”, consulte o Conse-lho Municipal de Saúde, fone 3452.9453, ou na Rua 13 de Maio, Casa dos Conselhos ou a Secretaria da Saúde. A boa informação está na fonte. Aprendi cedo isso.

Conselho é criado em Pinto Bandeira

Pela primeira vez, o municí-pio de Pinto Bandeira passa

a contar com o Conselho Tute-lar. No domingo, dia 10, cinco conselheiras e duas suplentes foram empossadas pelo Execu-tivo em uma cerimônia na sede do órgão. Uma sala foi alugada pela prefeitura em um prédio na rua Sete de Setembro, 1081, no antigo Moinho Tondo, para zelar pelos direitos das crianças e adolescentes do município.

A equipe formada por Marle-ne Aimi, Marinês Pagno, Mag-da Regina Palma, Patrícia Ma-chado da Silva, Noeli da Rocha Pegoraro e as suplentes Marilei Neuberger e Mariangela Leo-poldina foi eleita pela comuni-dade em votação realizada em outubro do ano passado.

No total 349 pessoas vota-ram para definir a primeira formação do órgão. Antes da diplomação, as candidatas passaram por diversas etapas, além de cursos e palestras.

De acordo com a secretária de Assistência Social, Habi-tação e Trabalho, Vanelí Tre-velin, já há uma demanda no

Infância e juventude

município, mas as conselhei-ras estão se inteirando dos casos. A equipe também deve começar a percorrer as escolas para orientar os alunos sobre a importância de estudar, evi-tando assim a evasão escolar. As conselheiras e suplentes vão permanecer nos cargos por quatro anos.

O Conselho Tutelar zela por crianças e adolescentes que foram ameaçados ou que ti-veram seus direitos violados. Toda suspeita e confirmação de maus tratos devem ser obri-gatoriamente comunicado ao Conselho, que não pode ser acionado sem que antes o mu-nícipe tenha comparecido ao serviço do qual necessita.

No Brasil, existem 5.956 con-selhos tutelares em 99,89% dos municípios, que elegeram pelo menos 29.780 conselheiros. Já o Estado conta com 518 conse-lhos, e três novos foram criados após as eleições, entre eles o de Pinto Bandeira. Isso representa 2.605 vagas para novos eleitos. Mesmo assim, o número ainda é insuficiente em relação à popu-lação. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), fal-tam pelo menos 20 entidades.

Juliana [email protected]

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Sábado, 16 de janeiro de 2016 5

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Sábado, 16 de janeiro de 20166 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 2.009

IGVariedades

A FRASE Irresponsabilidade uma questão

de princípios cuja cobrança poderá ser inevitável, fruto da própria incompetência!(.)

Fiema – Alta tecnologiaPROMOVIDA pela Proamb liderada pelo presidente Neri Gilber-

to Basso, a 7ª Fiema Brasil 2016 Feira de Negócios- Tecnologia em Resíduos-Águas e Efluentes- o presidente da feira Jones Favretto es-pera reunir mais de 200 expositores, 12 mil visitantes e profissionais do setor superando 13 países. Um evento focado em conectar quem busca com quem fornece tecnologia e soluções que reduzem custos e impactos ambientais. Uma feira que promove ainda a oportunidade de transformar resíduos em negócios, um mercado em alta. Na Fiema Brasil 2016 - de 5 a 7 de abril - Fundaparque - o visitante poderá co-nhecer a forma e destino de resíduos. Efluentes que ainda precisam de inovação, como são tratados os esgotos no país e os caminhos da água. Para coroar todo esse trabalho o presidente Jones Favretto anuncia durante a feira a realização de importantes encontros e seminários para debates de ideias e tendências com palestras e especialistas liga-dos ao setor ambiental. Vamos em frente!

Envase Brasil...

SBMI – Novas tecnologias

ExpoBento – uma grande família...

VEM aí mais uma edição da Envase Brasil Alimenta. Um gran-de encontro de oportunidades, inovação, tecnologia apurada e negócios para empresas de diferentes segmentos de atividades. O evento reunirá ainda palestrantes de alto nível e profissionais do setor em busca de novos conhecimentos e mercado no aguardado encontro que acontece na Fundaparque em Bento Gonçalves de 26 a 29 de abril 2016. A 12ª Envase Brasil Alimenta tem como diretor executivo Osmar Bottega da New Trade como entidade promotora e presidente Vicente Puerta, diretor de comercialização Joaquim Puerta e equipe. A Envase Brasil será focada na Vinotech- Tech-lac e Techbeer enquanto que a Brasil Alimenta terá lugar para a Multiagro e Encontro Produtor. É valorizar o setor produtivo que virá munido de importantes novidades. São aguardados milhares de visitantes! Fica o registro!

TRABALHO e determinação, visão empresarial, tecnologia e mercado! Tudo isso voltado para quem deseja buscar caminhos no crescimento da empresa que dirige cercado de colaboradores e profissionais qualificados. Uma atuação que vem sendo referen-cia no município de Bento Gonçalves e no exterior, Sempre com um olhar para frente o empresário Araci Carlos Basso, diretor da SBMI – Equipamentos de Movimentação Interna - Linha Salgado e fundada em 1997 com a expectativa de futuro promissor como vem acontecendo. Com espírito empreendedor, investimentos e novos mercados, a SBMI desenvolve máquinas especiais com engenha-ria e tecnologia destinada a diferentes segmentos de atividades. Atuação robótica, manipulação, layout, planejamento de fábricas e aplicação de novas tecnologias. A empresa participa também de importantes feiras ligadas ao setor, entre elas a Fima Brasil. Para-béns Araci! O trabalho vence!

SEGUEM os preparativos da 26ª ExpoBento – Uma Feira Sem Limites – Vitrine da Serra Gaúcha – evento promovido pelo CIC/BG e que acontece em Bento Gonçalves de 2 a 13 de junho de 2016. O presidente do CIC/BG Laudir Piccoli e presidente da ExpoBen-to 2016, Rafael Fantin, e membros diretivos esperam alcançar as metas traçadas alinhadas com a tradição, novidades, organização e credibilidade da maior feira Multisetorial do Brasil, que este ano tem como tema – Juntos Somos Uma Grande Família. Centenas de expositores, novidades, produtos de qualidade, atrativos e compras para milhares de visitantes, além de farta gastronomia e muito vi-nho faz parte da ExpoBento 2016 – Fundaparque, importante pon-to de referência para bons negócios. Fique ligado!

Espaço terá playground com peças desenhadas por designers locais

A inauguração, que será no próximo sábado, 23, terá brincadeiras

Novos brinquedos na praça Achyles Mincarone

Sindmóveis

DIVU

LGA

ÇÃO

Empresas de móveis e com-plementos de todo o país

estarão no município de 14 a 18 de março, para apresentar os lançamentos ao mercado varejista na 20ª edição da Mo-velsul Brasil. Além da intensa movimentação para a venda de espaços e atração de compra-dores, o Sindicato das Indús-trias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) está trabalhando em ações para envolver a comunidade nas co-memorações de 20 edições.

A entidade criou o projeto So-mos Móveis, além de um portal de memórias da feira na inter-net, a Movelsul Brasil vai mo-vimentar as praças da cidade com um evento itinerante nos meses de fevereiro e março. No dia 23 de janeiro, o Sindmó-veis entrega a revitalização dos brinquedos na Praça Achyles Mincarone, no bairro São Ben-to. Os brinquedos que serão instalados no espaço foram de-senhados voluntariamente por

seis estúdios de design locais: Bria Design, Eduardo Nuncio, Intervento Design, Projeto3 Design e Arquitetura, Studio Marta Manente e UNT Design.

O custeio dos brinquedos ficou a cargo do Sindmóveis e a instalação tem apoio das Se-

cretarias Municipais do Meio Ambiente e Turismo. Para o evento de inauguração, o Sindmóveis está preparando uma tarde de brincadeiras das 14h às 19h, com música, recreacionista e cerimônia de entrega às 16h.

Page 7: 16/01/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.198

Sábado, 16 de janeiro de 2016 7

Coronel Alexander Eduardo Vicente Ferreira fala sobre o tempo que ficou em Bento e a gratidão pelo acolhimento recebido

Prefeito Guilherme Pasin, comandante Lucio Guerra e coronel Alexander

Solenidade apresentou novo comando6º BCOM

CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO

Cristiane Grohe [email protected]

Geral

Em uma solenidade cheia de emoções ocorreu a

troca de comando do 6º Ba-talhão de Comunicações (6º BCOM). Na manhã de on-tem, 15 de janeiro, o coronel Alexander Eduardo Vicente Ferreira passou o comando para o tenente-coronel Lu-cio Mauro Villote Moreira Guerra. O prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, agradeceu ao coronel pela contribuição comunitária, enquanto comandante do 6° BCOM. “O legado deixado por ele durante esse período permanecerá na história de Bento Gonçalves”, afirma Pa-sin. Ele complementa dizen-do que Ferreira fez com que a organização militar conti-nuasse ativa e orgulhando a população. “O comandante

deixa na história uma heran-ça de humanidade, de ape-go a nossa comunidade e de aproximação ao nosso povo”, completa.

Ferreira se despediu com lágrimas lembrando que che-gou ao município em 5 de janeiro de 2014 e após dois anos no comando do Bata-lhão de Comunicações o que mais sente é gratidão e re-conhecimento. “Eu e minha família aprendemos a amar a cidade e conhecer a cultu-ra gaúcha. Tomei chimarrão e colhi uva nesta terra e fui feliz”, declara o comandante, que é natural do Rio de Ja-neiro.

Para ele foi importante aproximar o quartel do povo. “Bento faz parte do batalhão e o batalhão faz parte de Ben-to”, completa emocionado. Alexander e a família segem agora para Brasília.

Novos comandantes

Também foram apresenta-dos para a comunidade, auto-ridades e imprensa, o capitão Bruno Fernandes de Maga-lhães, que comandará a 15ª Companhia de Comunicações Mecanizada, subordinada a uma unidade militar sediada em Cascavel (PR) - a 15ª Bri-gada de Infantaria Mecaniza-da. “Uma organização militar de Bento Gonçalves vai pres-tar apoio de comunicações para Cascavel ou onde aquela Brigada for empregada”, ex-plica o comandante. Segundo ele, é um processo de trans-formação que o Exército está vivendo. “O Batalhão teve que ser reestruturado para permi-tir apoio de comunicações aos outros quartéis”, completa. Quem assume a 8ª Compa-nhia de Comunicações é o ca-pitão Leandro Silva Nery.

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Sábado, 16 de janeiro de 20168

[email protected]

DenisedaRé

A coisinha fofa de fitinha rosa na chuca-chuca ia à frente, divertida. Andava em ziguezague, se aventu-rava no meio da rua e voltava para a calçada, num ritmo cadenciado, com os machos, em torno de oito vira-latas, atrás dela, de língua de fora, também cos-turando os caminhos. Volta e meia, ela dava meia volta, fazia xixi e depois retomava o passeio sabe-se lá pra onde. E eles, atrás, cada um pingando no xixi do outro, na tentativa de marcar o território que, no fim das contas, era terra de ninguém.

Assim é a natureza. No auge da testosterona, o cé-rebro já não comanda. Tem uma piada interessante que, talvez, eu já tenha contado... Quem já a conhece pule esta parte:

Então um neurônio é enviado ao cérebro de um homem. Chegando lá, ele não encontra ninguém e fica se perguntando onde todos teriam ido. Está se lamentando, quando aparece outro neurônio todo apressado, que lhe pergunta:

-Cara, o que você faz aqui, sozinho? Ele responde que não imaginava existir tanta soli-

dão. -Está maluco, “véio”? Somos bilhões, mas está todo

mundo lá embaixo, onde há uma grande festa. Só subi pra buscar gelo.

Pois é! Em se tratando de sexo, homens e animais são muito parecidos. Na disputa pela fêmea, algumas vezes também acontecem brigas homéricas.

Não sei como terminou o caso da serelepe de raça indefinida que estava levando os cães à loucura. Tudo indica que ela ainda não havia se decidido pelo par-ceiro certo, que estava desfilando por aí para atrair o príncipe encantado, ou que talvez estivesse só fu-gindo de casa. Mas sei como terminou o caso de um guri, hoje pai de família, envolvido involuntariamen-te numa disputa dessas. Ele conta que, na saída do colégio, enquanto aguardava o ônibus, viu dezenas de mal-encarados em posição de espera, mas jamais poderia imaginar que era ele o esperado. E só perce-beu a gravidade da situação quando todos os alunos haviam passado pelo corredor humano, incólumes.

“Putz! Deve ser comigo”, pensou o bom moço, apa-vorado. Olhou para o relógio, que indicava faltarem ainda alguns minutos para chegar o transporte esco-lar. Ao fazer menção de seguir andando, a “matilha” caiu sobre ele, não sem antes explicar o motivo da desavença:

-Tu “ficô” com minha “mina”, seu bosta!Então era isso! A garota que lhe “deu mole” esta-

va na jogada. Mas como nosso personagem era – e ainda é – muito rápido no raciocínio, improvisou um teatro, com trejeitos femininos e rótulos bem artifi-ciais que desconsertaram a turma de machões, que foi se afastando.

E o ônibus chegou. Ao embarcar, ele resolveu se despedir com “Tchau, lindos!”. Só se salvou porque o veículo já havia fechado a porta e arrancado.

Coisas da natureza

Geral

Saúde

Greve dos médicos afeta atendimento de UBSsMédicos terceirizados estão paralisados desde o final de dezembro

Os atendimentos de urgência e emergência, na Unidade

de Pronto Atendimento (UPA) estão mantidos em Bento Gon-çalves. De acordo com a Asses-soria de Comunicação Social da Prefeitura, em cerca de sete bairros há falta de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o que provoca transtor-nos à população, mas o atendi-mento na UPA está normal. Ca-sos mais graves também estão sendo encaminhados ao local.

De acordo com a Assessoria, a prefeitura conseguiu uma limi-nar para que o Governo do Es-tado não atrase mais os repasses e, nesta semana, foi efetuado o pagamento de metade dos sa-lários aos terceirizados. O valor que está faltando deve ser pago no início da próxima semana.

Conforme o presidente do Sindicato dos Médicos, Mar-lonei Silveira dos Santos, a greve que iniciou no dia 28 de dezembro persiste. Houve o pagamento de apenas metade do salário. “Nesta semana re-

cebemos 50% do valor total”, comenta. Santos ainda relata que o Sindicato pode recorrer judicialmente. “Nós podere-mos entrar na justiça contra a Fundação e a Prefeitura nos próximos dias”, comenta o

presidente.O prefeito Guilherme Pasin

esteve em Brasília, também durante esta semana, para tra-tar sobre os atrasos no repasse de verbas do Estado e também da União.

Atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento estão normais

CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO, A

RQU

IVO

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Sábado, 16 de janeiro de 2016 9Geral

Nova gestão trabalha unida e convoca a população para ajudar na garantia ao direito dos menores do município

Equipe já trabalha com força total para a proteção de menores

Olhar atento para crianças e jovensConselho Tutelar

O Conselho Tutelar é um órgão inovador na sociedade brasileira, com a missão de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente e o potencial de contribuir para mudanças pro-fundas no atendimento à infância e adolescência. Para utilização plena do potencial transformador do Conselho Tutelar, é impres-cindível que o conselheiro, o candidato a conselheiro e todos os cidadãos conheçam bem sua organização.

A estrutura legal do Conselho Tutelar

É um órgão público municipal, que tem sua origem na lei, inte-grando-se ao conjunto das instituições nacionais e subordinando--se ao ordenamento jurídico brasileiro. Criado por Lei Municipal e efetivamente implantado, passa a integrar de forma definitiva o quadro das instituições municipais. Desenvolve uma ação contínua e ininterrupta. Sua ação não deve sofrer solução de continuidade, sob qualquer pretexto. Uma vez criado e implantado, não desapa-rece; apenas renovam-se os seus membros.

A sede da entidade fica na rua General Vitorino,173, bairro São Francisco. O telefone é o 3055-4437 e o número do plantão 24 horas é o 9159-5744.

O que é

LEON

ARD

O LO

PES

Cristiane Grohe [email protected]

O Conselho Tutelar gestão 2016 a 2019 iniciou os tra-

balhos no dia 10 de janeiro. Os cinco conselheiros foram em-possados pelo prefeito Guilher-me Pasin e pela presidente do Conselho dos Direitos da Crian-ça e do Adolescente (Comdica), Débora Frizzo, no dia 8 de janei-ro. Leonides Lavinicki, Renata Coelho Cardoso, Sonia Maria Padilha, Paulo Ricardo de Souza e Silvana Teresina Lima foram eleitos pela comunidade em ou-tubro do ano passado. O colegia-do fez a escolha da Coordenação, sendo Renata Coelho Cardoso a nova coordenadora e Leonides Lavinicki o novo secretário.

De acordo com Lavinicki, nesta nova fase dos Conselhei-ros do Brasil, quando os pro-cessos de escolha foram unifi-cados, depois da comemoração dos 25 anos do Estatuto da

Criança e Adolescente (ECA), os novos conselheiros tutelares de Bento Gonçalves vem atuan-do de forma ativa. “A união do grupo está sendo fundamental, para que nossas crianças te-nham seus direito garantidos”, explica o secretário. O Conselho Tutelar convoca a sociedade de

Bento Gonçalves,para que se-jam parceiros e para que cada morador da cidade tenha um olhar atento voltado para as crianças e adolescentes. “Nós seremos uma voz ativa ao que diz respeito aos direitos das crianças e adolescentes de Ben-to Gonçalves”, afirma.

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Sábado, 16 de janeiro de 201610 Geral

SELETA- , O livro máximo, de autoria de: Alfredo Clemente Pinto, que chegou a 54ª Edição, que durante um século serviu à formação cultural, literária e humana. “ Foi dedicado à mocidade estudiosa”.

AssuntaDeParis

Organização didática – peda-gógica nas escolas em Bento Gonçalves

Até o ano de 1914, era permitido ensinar na língua ita-liana. Na linha JOSÉ JÚLIO ensinavam na língua polo-nesa (os moradores eram todos poloneses). O programa era ensinar a ler, escrever e fazer cálculos. Segundo a professora Eurídica Grácia “dava-se análise grama-tical, redação, ditado (muito ditado), muita caligrafia num caderno próprio para esse fim, cálculos e tudo que estava na “SELETA” (era o livro máximo para aqueles que chegassem a “seleta”). O ensino era teórico, as aulas eram expositivas. Fazia-se muita leitura e interpretação e muitas perguntas e respostas que exigiam muita me-morização.

Os únicos recursos dos professores eram: giz, quadro negro, caneta-tinteiro, folhas de papel, alguns livros, a lousa (numa pedra de forma retangular de 25cm por 20cm) e alguns mapas.

No 2º, 3º e 4º ano, o currículo escolar era composto por: Português, Matemática, História Pátria, Geografia, Ciências Sociais, Ciências Naturais, Educação Física, Música, Trabalhos Manuais e Desenho. As provas es-critas eram elaboradas e aplicadas pela comissão exami-nadora destinada pela Intendência Municipal.

Pelo ato Nº 55, de 16 de setembro de 1925, o Inten-dente (Prefeito) João Batista Pianca aprovou o Progra-ma de Ensino das aulas municipais. Todo o programa de Ensino era pré-determinado. Os parágrafos 1º e 2º diziam à atenção especial à educação de ordem moral e cívica. “ Procurando mostrar aos alunos a grandeza da Pátria, explicando-lhes as datas nacionais os principais fatos de sua história, as riquezas naturais e os feitos de seus eminentes homens.

Pelo regulamento de 1928, não seriam mais permiti-dos castigos corporais. Mas nem todos os professores atenderam.

Em 1930, quando o país passava por grandes modifi-cações na estrutura social e política, os professores de-viam ter em suas escolas, a fotografia do Presidente da República e a Bandeira Nacional. O Hino Nacional era cantado diariamente e devia ser desenvolvido o espírito nacionalista, o amor à Pátria e os deveres cívicos do ci-dadão. Porém, as estradas estavam péssimas... Não era permitido falar em dialeto (italiano).

“Neste período que se inicia o ano escolar, que a nos-sa juventude tenhas bons ensinamentos nas escolas e

nas famílias, a fim de encon-trarem o rumo certo de suas vidas.”

O setor vitivinícola foi surpreendido negativamente com o veto e agora busca reverter a situação

CRISTIAN

O M

IGO

N, A

RQU

IVO

O setor vitivinícola foi surpreendido e busca reverter a situação

Vinho tem aumento na cobrança de IPI

Cristiane Grohe [email protected]

Economia

A presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei que au-

menta a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (IPI) sobre bebidas quen-tes, como vinho, cachaça e ou-tros destilados. O texto também suspende a isenção concedida por dez anos de algumas tarifas a computadores, smartphones, notebooks, tablets, modens e roteadores. A nova lei foi publi-cada em edição extra do Diário Oficial da União, editada no dia 31 de dezembro de 2015.

As novas regras fazem parte da Medida Provisória (MP) 690, agora convertida em lei, enviada ao Legislativo como parte do pa-cote de ajuste fiscal do governo, já que visa aumentar a arreca-dação por meio do aumento de tributos ao setor produtivo.

Com a mudança, o IPI cobra-do sobre as bebidas quentes passará a ser calculado com uma alíquota sobre o preço de cada produto. Isso signifi-ca que uma garrafa de bebida mais cara vai pagar um impos-to maior, proporcional ao seu valor. Antes da nova lei, era co-

brada uma taxa fixa por deter-minada quantidade produzida de um tipo de bebida, indepen-dente do seu valor.

Para uma garrafa de 750ml de vinho de mesa, por exemplo, era cobrada taxa fixa de R$ 0,73. Na nova regra, o imposto será de 10% do preço. Uma garrafa de vinho de R$ 80 passa a pagar, portanto, um imposto de R$ 8 ( ou seja, 10% de seu valor). Esta taxa para bebidas quentes varia de 10% a 30%. Ele será de 25% a 30% para aguardentes e de 30% para uísque e vodca.

Um dos dispositivos vetados pela presidente foi um parágrafo que definia as alíquotas máxi-mas do IPI para os produtos. A justificativa do governo é que os dispositivos tratam de IPI, carac-terizado como regulatório, “em razão de sua natureza extrafiscal e de sua seletividade” e, por isso, “não é adequada a fixação em lei de alíquotas máximas”.

O setor vitivinícola foi sur-preendido negativamente com o veto e agora busca reverter a situação mediante a apreciação pelo Congresso Nacional.

Para o diretor Executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Pa-

viani, o impacto causado pelo aumento do IPI é negativo, pois aumento de impostos significa sempre aumento de custos e re-passe para o consumidor. “Havia uma expectativa, com a aprova-ção da MP 690, conforme texto aprovado na Câmara e Senado, de que o IPI ficasse em 6% em 2016, baixando para 5% a partir de 2017”, revela. Como houve o veto, vai haver aumento, princi-palmente para vinhos finos, pois o valor cobrado antes era menor do que 10%. “No nosso entendi-mento, o vinho não deveria so-frer a cobrança de IPI, apenas de ICMS, pois não consideramos o vinho um produto industrial, já que é proveniente de um proces-so microbiológico natural, que é a fermentação. Não se adiciona, apenas se transforma a matéria--prima. Com a extração, o mosto passa por diversos processos na-turais, através dos quais é trans-formado em vinho”, explica.

Segundo Pavinai, a diferença no preço final, em alguns casos, pode ser de até 9%. Em outros casos pode ser ainda maior. “Para os vinhos de mesa, que já pagavam uma alíquota próxima à 10%, o aumento comparativa-mente será menor”, avalia.

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Sábado, 16 de janeiro de 2016 11Geral

O combate ao mosquito Ae-des Aegypti não pode parar.

Apesar dos inúmeros avisos di-vulgados na mídia pelos órgãos competentes, novos focos são en-contrados diariamente. A aten-ção da comunidade resultou na denúncia de dois novos pontos de risco com água parada nesta semana. Uma foi sobre a obra paralisada do Ceacri do bairro Municipal e a outra foi em rela-ção ao acampamento abando-nado pelos índios no quilômetro 215 da BR-470.

Os casos são utilizados para ressaltar a importância da po-pulação para manter Bento Gonçalves sem casos de dengue. De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental, Simo-ne Meneguetto, há 15 agentes para visitar 50 mil residências e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebe cerca de 15 denún-

Secretaria de Saúde recebe aproximadamente 15 ligações por dia, a maioria avisando sobre terrenos particulares

Denúncias de água parada se repetemAedes Aegypti

CAIA

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ARTIN

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Caiani [email protected]

cias por dia e a maioria é de casas e terrenos particulares. “Muitas vezes quando o fiscal vai até o denunciante para saber onde é o foco, ele tem uma surpresa, pois a própria pessoa que denunciou tem na sua casa potes, garrafas, vasos de flor ou pneus com água parada. A denúncia é importante, mas pedimos que todos cuidem de suas residências”, esclarece.

O processo para denúncia é metódico e inicia com o relato de um munícipe por meio de conta-to telefônico ou presencial com os agentes da vigilância. Com a denúncia, profissionais do setor vão até o local e verificam se a informação é procedente ou não. Foi o que o chapeador Antônio Poli, 71 anos fez. Na segunda-fei-ra, 11, ele ligou para o “Fala Cida-

dão” e relatou que nas margens da BR- 470, havia muito lixo acumulado, resultado do acam-pamento dos índios que costu-mam ficar lá. “Na verdade eu já fiz várias denúncias, a última foi nesta semana, todos os anos os índios vem para o mesmo local, e quando saem deixam muitos potes e garrafas que acumulam água e se torna um lugar peri-goso”, conta.

Nesta sema-na, os agentes da Secretaria do Meio Am-biente estive-ram no local e recolheram o lixo jogado. Assim como na obra do Ceacri, onde os fiscais notifica-ram a Secretaria de Assistência Social para furar a laje e escoar a água acumulada.

No entanto, há situações mais

complicadas de resolver, como os terrenos baldios, segundo a coordenadora. Nestes casos, é difícil localizar os donos. “Mui-tas vezes os fiscais ficam de mãos atadas, pois não conse-guem encontrar os donos dos

terrenos. É neces-sário uma pesqui-sa para localizar o proprietário e notificá-lo para re-solver a situação”, salienta.

Caso o proprietá-rio seja localizado ele é orientado e, em casos extremos, acionado para re-solver o problema em um prazo esti-

pulado pelos fiscais. “Se o pro-blema persistir e o dono não re-solver, nós realizamos um auto de infração seguido de um pro-cesso administrativo e, por fim, o uso de penalidades, como uma multa”, reforça Simone.

Moradores do Municipal identificaram problemas na obra do Ceacri

Para fazer uma denúncia basta

ligar para o Fala Cidadão:

0800.979.6866

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Sábado, 16 de janeiro de 201612 Geral

Fluxos e prazos para atendimento:

Planos de saúde terão novas regras em maio

Mudanças

Medida para as operadoras entra em vigor a partir de 15 de maio

A Agência Nacional de Saú-de Suplementar (ANS)

divulgou na sexta-feira, 15, as novas regras de atendimen-to prestado por operadoras de planos de saúde nas soli-citações de procedimentos e serviços de cobertura assis-tencial. As medidas, definidas pela Resolução Normativa 395, entram em vigor no dia 15 de maio. A multa em casos de descumprimento da norma varia de R$ 30 mil a R$ 100 mil. Uma das principais mu-danças é a implantação, por parte das operadoras, de uni-dade de atendimento presen-cial, em horário comercial du-rante os dias úteis nas capitais ou regiões de maior atuação dos planos. Ficam isentas as operadoras de pequeno porte, as exclusivamente odontoló-gicas, as filantrópicas e as de autogestão.

As empresas de grande por-te também terão que ofere-cer atendimento telefônico durante 24 horas, sete dias

por semana, enquanto as de médio e pequeno porte, as ex-clusivamente odontológicas e as filantrópicas deverão ter canal telefônico para atendi-mento em horário comercial nos dias úteis.

Além disso, as operadoras, quando demandadas, devem prestar imediatamente infor-mações e orientações sobre o procedimento ou serviço assis-tencial solicitado, esclarecendo se há cobertura prevista no rol da ANS ou no contrato.

Procedimentos e serviços

A resolução exige ainda que, sempre que houver so-licitação de procedimento ou serviço, independentemente do canal pelo qual seja feita, deverá ser fornecido núme-ro de protocolo no início do atendimento ou logo que o atendente identifique tratar--se de demanda que envolva cobertura assistencial. Nos

casos em que não for possível fornecer resposta imediata à solicitação, as operadoras terão prazo de até cinco dias úteis para responder direta-mente aos beneficiários. Se a resposta apresentada negar a realização de procedimentos ou serviços, devem ser infor-mados detalhadamente o mo-tivo e o dispositivo legal que o justifique. Nas solicitações de procedimentos de alta com-plexidade ou de atendimento em regime de internação ele-tiva, o prazo para resposta das operadoras é de até dez dias úteis. Já para procedimentos de urgência e emergência, a resposta deve ser imediata.

O consumidor também po-derá pedir o envio das infor-mações por escrito em até 24 horas e requerer a reanálise da solicitação, que será avaliada pela Ouvidoria da empresa.

1.Protocolo: As operadoras devem fornecer número de protocolo no início do aten-dimento ou logo que o aten-dente identifique tratar-se de demanda que envolva cober-tura assistencial;2. Prazos de resposta para solicitação de autorização de procedimentos e serviços:Urgência e emergência: res-posta imediata;Outros casos em que não é possível resposta imediata: em até cinco dias úteis;Procedimentos de alta com-plexidade ou internação ele-tiva: em até dez dias úteis.

Canais de atendimento obrigatórios1. Atendimento presencial; 2. atendimento telefônico;

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CNHs por categoriaA (motocicletas) - 1.741B (veículos leves) - 32.372AB (leves e motocicletas) - 14.492C (transporte leve até 3,5 ton) - 3.527D (veículos pesados com mais de oito lugares) - 1.787E (veículos acima de 6 toneladas) - 955

Sábado, 16 de janeiro de 2016 13Geral

Bento tem cerca de 80 mil veículosFrota

Em 2015 foi registrado um crescimento de 2,6% em relação à 2014, quando o total era de 77.854 veículos cadastrados

Um levantamento da Secre-taria Municipal de Gestão

Integrada e Mobilidade, junto ao cadastro do Departamen-to Nacional de Trânsito (De-natran) ,revelou que Bento Gonçalves encerrou 2015 com 79.923 veículos registrados no município. O dado representa um crescimento de 2,6% em relação à 2014, quando o total era de 77.854 veículos cadastra-dos. A estatística da Secretaria Municipal de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Segimu) também revela que, no período 2005-2015, a frota registrada aumentou 57%. Há dez anos, o total era de 45.631 veículos.

A mesma pesquisa buscou no cadastro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), o número de motoristas habilitados até novembro de 2015: 60.374, que representa

um aumento de 2,3% sobre os 58.984 do ano anterior.

De acordo com o secretário Mauro Moro, os dados indicam que o sistema de mobilidade urbana precisa estar sempre sendo avaliado e adequado à demanda de trafegabilidade.

“O atual governo vem desen-volvendo uma série de projetos e melhoras na qualidade do trânsito na cidade. Tudo com o objetivo de dar o maior índice de fluidez e segurança, não só ao motorista, mas também aos pedestres. Racionalizamos o

tráfego, criamos a faixa exclu-siva para ônibus e táxis, coi-bimos o tráfego de caminhões em determinados horários no Centro, fizemos intervenções viárias e implantamos o siste-ma operacional com lâmpadas de LED na sinalização sema-fórica, entre outras medidas, mas sempre teremos a mu-dança de polos geradores de tráfego e destinos de interesse residencial e comercial da nos-sa população”, destaca.

Número de motoristas habilitados aumentou 2,3% no período

LEON

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O LO

PES, ARQ

UIVO

Automóveis - 49.513

Motocicletas - 8.361

Camionetes - 6.422

Motonetas - 3.972

Caminhões - 3.416

Camionetas - 3.081

Ônibus - 368

Principais modalidades:

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Sábado, 16 de janeiro de 201614 Geral

Apresentar documento ofi-cial com foto; Idade entre 16 e 69 anos, sendo que a primeira doa-ção deve ser feita antes dos 60 anos (menores de idade devem ter autorização dos responsáveis); Peso mínimo de 50 quilos; Estar bem de saúde; Não ter diagnóstico de doen-ça de Chagas ou Hepatites; Não ter risco de doenças sexualmente transmissíveis; Não usar drogas

Horário de atendimentoSegunda à sexta, das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 16h30min. Nos sábados o serviço é fei-to mediante agendamento (1º sábado do mês) ou con-forme solicitação dos grupos de doadores.

O que precisa para ser um doador

Que tal salvar algumas vidas esse mês?Doação de sangue

Serviço de coleta é oferecido no Hospital Tacchini e demanda está dentro da meta de 120 doadores ao mês

Juliana [email protected]

Um ato de amor que pode salvar vidas, mas ainda

pouco comum à população bra-sileira. No país, apenas 1,8% das pessoas entre 16 e 69 anos doam sangue, conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU). O ideal seria uma taxa entre 3% e 5%, caso de outras nações desenvolvidas como Japão e Estados Unidos.

Em Bento Gonçalves, o Hos-pital Tacchini conta com uma Unidade de Coleta e Transfu-são desde 1997. Nesta época do ano, normalmente dimi-nui o número de doadores, porém em 2016 a situação é inversa. “Estamos recebendo interessados diariamente, in-clusive tenho percebido que o pessoal tem aproveitando o período de férias para doar”, destaca a enfermeira respon-sável pela Unidade, Aline So-mensi Manfredini.

Enquanto muitas pessoas deixam de doar por medo, questões culturais ou até pela falta de campanhas de incen-tivo, a enfermeira não verifica essa dificuldade de acesso no Tacchini. “Muito pelo contrá-rio, vejo a população de Bento Gonçalves mais atenta e procu-rando informações”.

Para que mais bento-gon-çalvenses façam esse gesto de amor e cidadania, a unidade hospitalar realiza palestras nas empresas, faculdades, ações sociais no centro da ci-dade, comemoração especial no dia do doador (25 de no-vembro) e utiliza ferramen-tas como as redes sociais. “A meta é de 120 doadores ao

Todos os tipos sanguíneos são importantes, porém a maior procura é pelo O negativo, doador universal

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SPITAL TACCH

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IVULG

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mês e estamos dentro disso”, informa a enfermeira.

Como funciona

O hospital aceita doações de sangue voluntárias e reposi-ção de convênios. Os casos de reposição para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e coleta de plaquetas são reali-zados no Hemocentro, em Ca-xias do Sul, onde existe toda a estrutura exigida para atender essas doações.

As bolsas coletadas no Tac-chini são enviadas ao Hemo-vida, em Novo Hamburgo,

para realização de exames e processamento das bolsas. “Não somos Banco de San-gue, portanto, não podemos realizar o processamento”, explica Aline. Após todo o processo, as bolsas retornam aptas para utilização nos pa-cientes do hospital.

A enfermeira ressalta que todos os tipos sanguíneos são importantes, porém a maior demanda é pelo sangue tipo O negativo, pois é o doador uni-versal e muito utilizado em po-litraumas e pediatria.

Para doar, o voluntário pas-sa pela etapa de cadastro, tria-

gem hematológica e clínica, coleta de sangue e hidratação pós doação. A coleta consiste na retirada de cerca de 450ml de sangue, através do uso de material descartável, de uso único e estéril. O tempo de permanência do doador no local é de aproximadamente 12 minutos. Sobre a impor-tância do ato a enfermeira destaca: “Você estará fazendo o bem e ajudando a salvar a vida de várias pessoas. Com uma doação podemos ajudar até quatro pessoas. É um ver-dadeiro ato de solidariedade e amor ao próximo”, diz.

Medula óssea

Também é possível se cadas-trar como doador voluntário de medula óssea. Os interessados precisam ir até o Hemocentro de Caxias, realizar o cadastro para doação de medula e cole-tar uma amostra de sangue. Se a pessoa for compatível poderá se tornar um doador.

Aproveite para seguir o exemplo dos que praticam o bem Ainda criança, Elvis Poloni

observava o tio comentar o quão satisfatório era ser um doador voluntário. O jovem, hoje com 25 anos, sempre teve o desejo de ajudar o pró-ximo desta forma. Aos 18 anos doou pela primeira vez e não parou mais. Com o sangue tipo O negativo, pelo menos quatro vezes ao ano (número máximo de doações permiti-

da ao homem), Poloni vai ao Hospital Tacchini para ajudar a salvar vidas “É muito grati-ficante, é um gesto de amor ao próximo, por isso tento incentivar outras pessoas a doarem também. Muitas fi-cam com receio, mas se estão com saúde não tem porque não doar”, revela o analista fi-nanceiro. Em 2015, sentiu na pele a importância do ato. Sua

mãe teve problemas de saúde e precisou de quatro bolsas de sangue. O jovem doou e ainda mobilizou familiares e amigos para ir até o hospital.

Poloni também quer doar a medula óssea, mas a questão da logística tem sido um obs-táculo. “Tenho muita vonta-de, mas dificulta ir até Caxias. O Hospital Tacchini deveria rever esta questão e passar a

coletar aqui, afinal conheço pessoas que querem doar, mas a distância atrapalha”.

Família unida

Os irmãos gêmeos Ademir e Valdemir Paese, 46 anos, são doadores há 20 anos. A pri-meira vez de Ademir foi para ajudar um familiar, mas depois passou a procurar o hospital de

uma a duas vezes ao ano para praticar o bem. Com o tempo, a esposa Silvana, vendo a ne-cessidade de muitas pessoas, se motivou e também tornou--se uma voluntária. “A im-portância de ser um doador é fundamental, estamos salvan-do vidas. Não tem nem o que pensar, afinal se temos saúde é obrigação ajudar o próximo”, revela Ademir.

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O fim de tarde estava agra-dável, o lugar era lindo e

rodeado por parreirais. Não faltaram comidas típicas da culinária italiana, acompa-nhadas de bons vinhos e es-pumantes. Foi com estas ca-racterísticas que a abertura do 7º Bento em Vindima foi realizada. O evento ocorreu na quinta-feira, 14 de janei-ro, no Sítio de Lazer Zucchi, na Rota Rural Encantos da Eulália e marcou o início da programação que irá até 13 de março.

A atividade reuniu autori-dades, integrantes de asso-ciações de turismo, demais convidados e imprensa. Para marcar o evento, houve pas-seio de tuc tuc e após a colhei-ta simbólica e pisa das uvas.

De acordo com o secretário de Turismo Gilberto Duran-te, o evento, que está na sua sétima edição, vem se con-solidando e se desenvolven-do a cada ano. “Nós estamos abrindo o Bento em Vindima e ao mesmo tempo muito fe-lizes, pois a expectativa é de receber cerca de 140 mil visi-tantes durante os 60 dias de programação”, declara.

No verão as pessoas geral-mente têm como destino de férias as praias, o que acaba causando uma superlotação destes lugares. Com a colhei-ta da uva, Bento Gonçalves

Evento, com colheita simbólica e pisa das uvas, foi realizado no final da tarde desta quinta-feira, 14 de janeiro

Autoridades, convidados e as soberanas da festa brindam a abertura

Expectativa é receber 140 mil visitantes

Programação

7º Bento em Vindima

Caiani [email protected]

Sábado, 16 de janeiro de 2016 15Geral

se tornou um ótimo destino para aqueles que buscam um lugar mais calmo para des-cansar. “Nós tínhamos esta jóia que é a colheita da uva e demoramos para despertar que este era um período de baixa temporada, então nós aproveitamos muito bem, re-cebendo em Bento e na região aquelas pessoas que preferem umas férias mais tranquilas”, explica Durante.

Para a diretora executiva do Sindicato dos hotéis, res-taurantes, bares e similares, Márcia Ferronato, o evento está no DNA da região em função dos imigrantes que se instalaram na Serra. “Esse tipo de evento é uma home-nagem, em primeiro lugar

a esses imigrantes que fize-ram tanto pela nossa terra e em segundo lugar, é uma experiência única que a gen-te apresenta para o turista”, valoriza.

Segundo o prefeito Gui-lherme Pasin, a abertura da Vindima é historicamente importante, pois é ligada com a valorização do meio rural. “É uma opção que temos na cidade de potencializar o tu-rismo, o ganho para o homem do interior e a manutenção do jovem na área primária. Além de mostrar as possibilidades de permanência de ganho de riqueza e principalmente de felicidade para o nosso povo é que realizamos esta belíssima abertura”, finaliza.

Dias: 31 de janeiro e 14 de fevereiro Colheita e Pisa de uvas Apresentação do Coral Italiano, merendin (polenta mole, coxinha de frango, salame, copa, pão colonial e geleias), degustação de vi-nhos e sucos, passeios de Tuc Tuc.Horário: 10h às 16hLocal: Sitio de Lazer Zucchi, Rota Rural Encantos de Eulália - Linha Eulália

Dia: 13 de fevereiroCurso de Degustação Tropical – Vinícola AuroraVárias possibilidades de harmonizar vinhos e espumantes com fru-tas. Horário: 18h Local: Dall’onder Grande HotelEndereço: Rua Herny Hugo Dreher, 197, Bairro Planalto

Dia: 14 de fevereiroMaratona do VinhoSaúde, esporte, convivência e alegria. A maratona comtempla as mais belas paisagens do Vale dos Vinhedos.Largada: 7hLocal da largada: Morro Cruz, Comunidade Ceará, Distrito Vale dos Vinhedos

Dia: 20 de fevereiroDegustação vertical de vinhos e espumantesPizzato Vinhas e Vinhos - Especial VindimaApreciação de várias safras de vinhos e espumantes. Horário: 18hLocal: Farina Park HotelEndereço: RST 453, Km 106

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Sábado, 16 de janeiro de 201618 Geral

Consumidor deixa de lado o tradicional rancho, opta por compras semanais e busca por promoções em supermercados

Pesquisa de preços passou a ser rotina para maior parte dos consumidores na hora de comprar alimentos

Compras ficam estáveis em dezembroCesta Básica

COMPARATIVO DE PREÇOS ENTRE DEZEMBRO/2014 E DEZEMBRO/2015, E NOVEMBRO/2015 E DEZEMBRO/2015

CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO

Cristiane Grohe [email protected]

O custo da cesta básica em de-zembro ficou em R$222,01,

levando em consideração 13 itens pesquisados. O valor foi 0,38% menor em relação a no-vembro, quando o custo ficou em R$222,84. Os preços foram pesquisados pela Agência de Proteção e Defesa do Consumi-dor (Procon). O levantamento do jornal Semanário apontou que dos 13 produtos que com-põem a cesta, cinco ficaram mais baratos e um ficou estável. O leite integral teve uma que-da de 5,25% no preço e o arroz (5kg) 4,48%. Já a margarina subiu 13,45%, a farinha milho 8,90% e o feijão 6,46%. O pro-duto que menos impactou no bolso do consumidor foi o óleo de soja.

Se for analisado o custo dos mesmos produtos em relação ao ano de 2014, o valor subiu 6,74%, já que naquele ano a conta ficava em R$207,98. Para o consumi-dor, a principal saída encontrada para economizar continua sendo a pesquisa de preços. A coorde-nadora da área do setor movelei-ro, Glaucia Fontanivi, costuma fazer compras semanais com o esposo Anderson Boacoski, que é trabalhador autônomo. Eles cos-tumam ficar de olho nas ofertas. “Ficamos atentos às propagan-das e compramos onde é mais barato”, explica Glaucia.

A dona de casa Suzana Soriano Rodrigues e o marido Eder Nu-nes, operador de guincho, tam-bém costumam comparar preços entre os estabelecimentos. “Nor-malmente não compramos tudo no mesmo lugar, vamos a mais de um supermercado e também à Feira Livre”, revela Nunes. Ele conta que o casal aboliu a com-pra mensal, o tradicional rancho, por compras menores. “Pesqui-samos bem antes de comprar qualquer coisa”, completa.

A inflação não será a única vilã do bolso dos contribuintes em 2016. Com perdas na arre-cadação, o governo federal e do estado elevaram os tributos. O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve aumento no Rio Grande do Sul e já assustou com o reajuste na gasolina. Para o mestre em economia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Jaci Tas-

ca, o consumidor deverá sentir o impacto deste aumento nos itens de supermercado a par-tir de março. “Por enquanto os supermercadistas têm merca-doria em estoque e não devem repassar o aumento”, analisa.

Pesquisar preços e evitar des-perdícios pode ajudar a dona de casa a economizar. O Brasil

é considerado um dos dez paí-ses que mais desperdiçam co-mida em todo o mundo, com cerca de 30% da produção agrí-cola, conforme dados da Or-ganização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Reaproveitar alimen-tos é uma ação de susten-tabilidade e uma forma de

utilizar melhor o alimento, potencializando suas qualida-des nutritivas. Grandes teores de vitaminas, minerais, fitonu-trientes e fibras se encontram nas partes desprezadas, como talo, semente, casca e bagaço.

Para a nutricionista, Renata Gabbardo, a maior parte do des-perdício acontece em casa. Para

ela é importante que as compras sejam feitas com planejamento. “Faça uma lista com os produtos que realmente estão em falta. Desse modo, você compra apenas o suficiente, sem deixar que nada se estrague desnecessariamente”, aconselha. Ela também indica a comprar embalagens menores e verificar data de validade. “Cuida-do com as promoções. Costumam ser irresistíveis, no entanto, nos estimulam a comprar um núme-ro alto de produtos, que acabam estragando”. Na hora de cozinhar priorize os alimentos que estão mais próximos do vencimento e não prepare grandes quantida-des de comida, evitando as so-bras. “Não coloque no seu pra-to mais do que vai comer. Sirva porções menores e se precisar, repita”, fala a profissional. Se comprar ou preparar uma por-ção a mais de comida, guarde para o dia seguinte, poden-do ser o prato reinventado ou congele para que possa comer em outra ocasião. “Higienizar e embalar as frutas, verduras e legumes aumenta a durabili-dade. Mantenha-os em embala-gens limpas na parte inferior da geladeira”. Se alguma parte de legumes estragar, não desper-dice. Utilize a parte boa na pre-paração de seleta, risotos e mo-lhos. “O mesmo acontece com o arroz, batatas e carnes que podem virar bolinhos, risotos, suflês, omeletes e as frutas se tor-nam sucos, bolos e muitas outras preparações”, observa Renata.

Produtos dez/14Diferença

em %Diferença

em R$dez/15

Óleo de soja 900 ml 2,85 17,50% 0,50 3,35Açúcar 5 Kg 7,97 43,41% 3,46 11,43Arroz Tipo 1- 5 kg 7,47 18,10% 1,35 8,82Feijão Preto Tipo 1- 1 Kg (4,5) 15,82 1,26% 0,20 16,02Farinha de Milho Md. 1 Kg (1,5) 2,99 11,84% 0,35 3,34Farinha de Trigo Especial 5 kg 7,97 43,41% 3,46 11,43Café em Pó 500 gr 6,39 10,75% 0,69 7,08Margarina 500 gr 3,69 9,72% 0,36 4,05Ovos vermelhos 1 dúzia 3,86 9,06% 0,35 4,20Leite Integral Cx (7,5) 14,94 3,48% 0,52 15,46Chuleta kg (6,6) 128,49 1,62% 2,09 130,58Creme Dental 90 gr 2,06 19,96% 0,41 2,47Papel Higiênico 4 rolos 60m 3,49 8,26% 0,29 3,78TOTAL 207,98 6,74% 14,02 222,01

nov/15Diferença

em %Diferença

em R$ dez/15

3,33 0,65% 0,02 3,3511,20 1,99% 0,22 11,439,24 -4,48% -0,41 8,82

15,05 6,46% 0,97 16,023,07 8,90% 0,27 3,34

11,20 1,99% 0,22 11,437,08 -0,07% -0,01 7,083,57 13,45% 0,48 4,054,31 -2,37% -0,10 4,20

16,32 -5,25% -0,86 15,46132,40 -1,38% -1,82 130,582,34 5,28% 0,12 2,473,74 1,24% 0,05 3,78

222,84 -0,38% -0,84 222,01

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Cada lâmpada representa uma redução de 50% no uso de energia e incide diretamente no consumo e no custo de serviço

Iluminação de LED é duplicadaConsumo de energia

GeralSábado, 16 de janeiro de 2016 19

Um levantamento da Secre-taria Municipal de Gestão

Integrada e Mobilidade Ur-bana (Segimu) revela que, em 2015, a Prefeitura instalou 142 novas lâmpadas de LED na via pública (30 de 150W e 112 de 210W). O dado representa um acréscimo de 137% se compa-rado ao ano anterior, quando foram instaladas 103 unidades (70 de 150W e 33 de 210W). Em dois anos, o investimento foi de R$ 424.432,50, sendo R$ 185.691,00 em 2014 e R$ 238.741,50 no ano passado.

As novas luminárias indivi-dualizadas proporcionam uma economia no valor do consumo pago à concessionária de até 50% do valor que vinha sendo pago, mesmo assim houve um aumento em mais de 60% da tarifa da iluminação pública entre 2014 e 2015 pelas auto-rizações governamentais. Essa qualificação da iluminação proporciona mais segurança para pedestres e motoristas.

A medição da economia é um processo complexo, confor-me explica o secretário Mau-ro Moro, pois cada lâmpada tem uma redução de até 50% no uso de energia por ser de LED, sendo que este fato inci-de diretamente no consumo e no custo do serviço prestado. Entretanto, há vários níveis de economia, dependendo da voltagem da LED (150 ou 210) e pela luminária que existia antes no local. Uma luminária normal de 250W (vapor de só-dio), por exemplo, precisa de um reator e fotocélula, totali-zando 425W de consumo. Já uma luminária de LED de 210 não necessita do equipamento auxiliar, e neste caso, há uma economia de 215W, significan-do um percentual médio de 49,41 % por luminária de LED instalada de 210W e de cerca de 64,7% com as de 150W.

O secretário destaca que a economia é medida a médio e longo prazo, porém há um re-torno imediato na qualidade do serviço. “O investimento influi diretamente na melhoria da visibilidade noturna. Com a garantia de cinco anos do equi-pamento, redução de 80% na manutenção, duração média de 15 anos por hora de uso há uma grande redução do con-sumo e do custo da tarifa men-sal”, ressalta.

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Calçada recebe piso tátil e será alargada

Motoristas precisam observar a sinalização que indica mudanças

Realização de obras muda trânsito no Centro

Projeto

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Sábado, 16 de janeiro de 201620 Geral

O trânsito de veículos está interrompido na rua Ma-

rechal Floriano, sentido leste--oeste, entre as ruas Félix da Cunha e Saldanha Marinho, para a segunda fase do projeto de Revitalização do Quadriláte-ro Central de Bento Gonçalves. A obra, que começou na terça--feira, 12, prevê o alargamen-to de 1,92metros na calçada e colocação de piso podotátil, em um total de 697,60metros quadrados de área construída. O investimento do município é de R$ 184.557,27. O projeto é coordenado pela Secretaria Municipal de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Segimu).

Com a interrupção do trânsi-to, motoristas que trafegam pela rua Saldanha Marinho e desejam acessar o sentido leste, devem utilizar o percurso rua Barão do

Rio Branco - travessa Maceió. O projeto ainda prevê a exclusão das vagas de estacionamento ro-tativo pago de veículos daquela quadra, que serão transferidas e ampliadas para a rua Estefâ-nia Pasquali Eder, entre as ruas Marechal Floriano e Dom José Barea. Já o estacionamento de Carga e Descarga foi transferido para o espaço delimitado na rua General Osório paralelo à Praça Walter Galassi.

O secretário da Segimu, Mauro Moro ressalta os bene-fícios da obra. “O projeto bene-ficia diretamente os pedestres, que vão ter mais espaço para se deslocarem, principalmente, nos horários de intenso movi-mento. Também racionalizará o fluxo de veículos naquele lado da via, proporcionando mais se-gurança viária”, destaca.

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Geral

Sábado, 16 de janeiro de 2016 21Geral

Reflexo do atual cenário econômico nacional, valor de alguns itens exigidos em listas de educandários aumentam até 54%

Volta antecipada é aposta mercadista

Estratégia adotada por consumidores este ano é a pesquisa de preço

Setor estima faturamento aproximado de R$ 70 milhões no Estado

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Cristiano [email protected]

dutos básicos, como cadernos, canetas e outros produtos de primeira necessidade”, ressal-ta Longo.

As crianças deverão ter papel decisivo na escolha dos produ-tos que serão utilizados em sala de aula em 2016. “Os produtos licenciados com personagens e super-heróis do momento es-tarão mais uma vez em desta-que. O supermercadista de su-cesso será o que melhor definir seu mix de acordo com os de-senhos, heróis infantis e perso-

nagens que o consumidor está buscando”, completa Longo.

O presidente destaca ainda que, nas redes maiores, artigos eletrônicos e itens como cartu-chos para impressora, tablets e pendrives também registram no período um aumento de procura pelos clientes. “Para os pequenos e minimercados, a proximidade de casa ou de ins-tituições de ensino será decisi-va para um crescimento subs-tancial de vendas no período”, observa Longo

Com objetivo de alavancar as vendas de volta às aulas, os su-permercados também iniciam a exposição de material esco-lar em seus corredores. Ante-cipada pelo calendário atípico deste ano, quando os alunos iniciarão o ano letivo em fe-vereiro, a expectativa do setor para as vendas de produtos como cadernos, canetas, esto-jos, lápis e mochilas é atingir os mesmos patamares que em 2015 em termos de volume.

Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Super-mercados (Agas), Antônio Longo, os preços dos produtos de material escolar estão em média 8% mais caros que no ano passado na rede merca-dista. O levantamento da As-sociação mostra que os itens de papelaria vão alavancar um faturamento de aproximada-mente R$ 70 milhões para os supermercados gaúchos entre os meses de janeiro e feverei-ro. Segundo o dirigente, os supermercados do RS deverão superar as livrarias e papela-rias, feiras, camelôs e lojas de R$ 1,99 como local preferido de compras de material esco-lar. “O crescimento nas vendas deverá ser puxado pelos pro-

escolares com o objetivo de poupar no final da compra.

Tendo anualmente que gas-tar com duas listas de mate-

riais, a auxiliar de PCP, Marli de Aguiar, adotou a pechincha como plano para poupar nas compras. “Dependendo da

loja, encontro produtos até pela metade do preço prati-cado pela concorrência”, afir-ma. Outra tática adotada pela profissional é estabelecer um limite no valor gasto em cada lista. Como faz compras acom-panhada por seus filhos, ela ressalta que o limite impede extrapolações nas finanças.

Enquanto do lado dos con-sumidores a situação pede atenção e prudência para não acabar o mês no vermelho, do lado dos comerciantes as ex-pectativas não poderiam ser melhores. No mercado há 10 anos, a proprietária da Bento Materiais para Escritório, Ana Paula Capoani, expõe que a es-tratégia utilizada para atrair a clientela sem precisar mexer nos preços é a compra anteci-pada de estoque. “Compramos em março uma boa quantidade de produtos, o que nos permite

oferecer descontos de 20% em listas, além de preços abaixo da média”, revela. Embora sem projeções oficiais, a expecta-tiva da proprietária é que as vendas ultrapassem o valor re-gistrado em 2015.

A expectativa também é po-sitiva na loja Papirus, onde a diversidade de produtos é a aposta para atingir bons resultados. De acordo com a gerente Josiele Pellizzari, embora os números mostrem uma queda na procura, em virtude do aumento nos pre-ços, as vendas podem superar o registrado no ano passado. “Oferecemos uma diversida-de significativa de produtos a preço acessível, o que tem chamado o consumidor para a loja”, afirma. Segundo ela, o estabelecimento também se prepara para uma grande promoção no futuro.

Com os constantes aumentos de alíquotas e impostos rea-lizados pelo Governo Federal durante 2015, além do reajuste do ICMS feito no início deste ano, a elevação do custo do ma-terial escolar não é novidade. Registrando elevação de 10% no comparativo com o mesmo período do ano passado, as lis-tas de produtos expedidas pe-los educandários para a volta às aulas tem pesado muito no bolso dos pais.

Com preços significativa-mente mais caros, a estratégia adotada pelo consumidor du-rante as compras foi a pesquisa de preço. Preferindo produtos de qualidade sem deixar de pe-chinchar por custos acessíveis, a clientela tem se mantido no essencial exigido pelas listas

Preço do material escolar sobe 10%Volta às aulas

Material 2015 R$ 2016 R$ Comparativo

Apontador com Lixeiro 1,75 2,12 21 %Bloco folhas A4 4,37 5,10 16 %Borracha 0,52 0,58 11 %Cad. 10x1 CD Espiral 12,62 9,95 -21 %Cad. de desenho 48 fls peq. 5,01 5,88 17 %Caderno espiral 96 fls peq. 5,27 4,71 -10 %Cad. quadriculado 1x1 peq. 2,88 5,62 95 %Caneta esferográfica 0,87 0,88 1 %Canetinha (12 un.) 7,28 8,88 21 %Cartolina 0,88 0,95 7 %Cola líquida 90g 2,06 2,38 15 %Dicionário Inglês/Port. Mini 7,11 7,14 0,4 %Giz de cera (12 cores) 3,08 3,85 25 %Grafite 0,5 1,93 1,46 -24 %Lápis de cor (12 un.) 5,54 6,75 21 %Lápis de escrever 0,53 0,65 22 %Lapiseira 0,5 2,64 2,92 11 %Líquido corretivo Pincel 1,69 2,61 54 %Líquido corretivo Caneta 5,10 6,90 35 %Massa modelar (6 cores) 2,33 2,84 21 %Papel crepom 1,00 1,16 15 %Papel laminado 1,04 1,03 13 %Papel lustroline 0,36 0,47 30 %Pasta plástica elástico 2,51 2,97 18 %Pincel - 10 2,52 2,95 17 %Régua 30cm 1,28 1,00 -21 %Tesoura sem ponta 3,05 3,29 6 %Tinta guache (6 cores) 3,40 4,13 21 %Total 91,40 100,16 10,2

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Sábado, 16 de janeiro de 201622 Geral

A crise atinge até mesmo as entidades que prestam aju-da para pessoas carentes. É o caso do Lar da Caridade, que este ano atingiu seu limite de doações. “Oferecemos de 100 a 120 almoços diários, além de auxiliar 70 famílias de bair-ros carentes, levando roupas e cestas básicas todo mês. No entanto, depois que paramos de receber auxílio do Poder Público no ano passado, tive-mos que reduzir estas doações e muitas famílias ficaram sem esta ajuda mensal”, explica o voluntário Glademir José.

De acordo com a secretária da Assistência Social, Rosali Fornazier, a mudança de pos-tura foi uma necessidade dian-te dos atrasos nos envios de re-cursos dos governos Estadual e Federal. “Sem estes repasses, nós temos comprado os Bene-fícios Eventuais com recurso próprio. Então, estamos prio-

Atualmente, a auxiliar de cozinha Simone sustenta sua família sozinha, pois o marido e filho mais velho estão desempregados. Esta situação é um reflexo da elevada exigência de quali-ficação profissional exigida pelo mercado. “Meu marido fez um curso de vigilante em Caxias, está com o diploma, mas, como não tem o ensino médio completo, não encon-tra emprego”, lamenta a mo-radora do Eucaliptos.

De acordo com o coorde-nador do FGTAS/Sine, Ale-xandre Maso, até abril a pro-cura por pessoas era grande, porque a demanda também era significativa. Embora a maioria dos trabalhadores que buscavam vagas não fos-sem qualificados, acabavam

A crise ecônomica que assola o país afeta a todos, no en-

tanto, algumas classes sofrem mais diante da recessão e falta de oportunidades. Para piorar, os donativos a entidades assis-tenciais também diminuem. Em Bento Gonçalves, as ofertas de vagas de trabalho caíram 85% em menos de um ano. Por ou-tro lado, as solicitações de cestas básicas, junto a Secretaria de As-sistência Social, aumentaram de 11, em outubro do ano passado, para 84, em dezembro.

De acordo com a titular, Rosali Faccio Fornazier, a Se-cretaria de Assistência Social realiza um trabalho exigido pelo Sistema Único de Assis-tência Social (SUAS), onde os municípios devem oferecer um serviço chamado de ‘Be-nefício Eventual’, que tem por objetivo atender as famílias que chegam a situação de de-semprego e estão com dificul-dades para se sustentar. “O Benefício Eventual é destinado para alimentação e a Prefeitu-ra de Bento disponibiliza cerca de R$ 100 mil ao ano para a

Mesmo cidades prósperas como Bento Gonçalves sofrem os efeitos da recessão econômica e falta de empregos

Crise aumenta exigências na hora de contratar

Lar da Caridade precisa de doações

Glademir explica que com o desemprego dobrou a procura por almoço

Com o marido e filho desempregados, Simone procurou ajuda no Cras

Crise amplia busca por cestas básicasAssistência social

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Caiani [email protected]

compra de cestas básicas. No entanto, notavamos que as fa-mílias que recebiam o auxílio logo se reestabeleciam. Agora, porém, a recuperação destas pessoas não é tão rápida e a necessidade do benefício acaba

prolongada”, explica. As cestas básicas são distri-

buídas por meio dos três Cen-tros de Referência de Assistên-cia Social (Cras) que atendem cerca de cinco mil pessoas cada. Uma das beneficiadas é a auxi-

liar de cozinha Simone Da Silva Dutra, 36 anos. A moradora do Eucaliptos morava em Itaqui, mas veio para a Capital do Vi-nho em busca de uma vida me-lhor para os quatro filhos. “Faz dois anos que estamos aqui, vendi minha casa lá para ofe-recer mais condições para os meus pequenos”, relembra.

Após a mudança, Simone co-meçou a trabalhar em um hotel da cidade, porém o emprego de era de dois turnos e a mãe não tinha com quem deixar a filha mais nova. “Eu trabalhava a noite toda e seguia direto pela manhã. A remuneração não compensava então tive que pedir demissão. Foi aí que tive de ir ao Cras para pedir as cestas básicas”, explica.

Muito mais do que uma jor-nada dupla de trabalho, Simo-ne enfrenta o elevado custo de vida. Ela gasta R$ 500 de aluguel em uma casa de dois cômodos que divide com mais cinco pessoas. “Aqui é tudo muito caro, a alimentação, rou-pas e o aluguel mais ainda. Eu tinha casa própria, mas vendi por R$ 3 mil que gastei para a viagem. Agora, as quatro crian-ças dormem no quarto e eu e o meu marido na sala”, conta

Migrantes

Com o desemprego, foi regis-trado no município, aumentou o número de pessoas que dese-jam retornar para suas cidades natais. A maioria chega à Capi-tal do Vinho com perspectivas de melhorar de vida, no entanto acabam descobrindo uma reali-dade mais complicada.

Além dos migrantes, a secre-tária Rosali relembra que cer-ca de 1,8 imigrantes, como os haitianos, chegaram a Bento Gonçalves. Eles também recor-rem à Secretaria de Assistência Social para pedir ajuda. “Nossa cidade é cara, não só nos gêne-ros alimentícios, mas também nos aluguéis de moradia. En-tão, quando alguém chega e não consegue uma boa remu-neração, decide voltar para sua cidade de origem”, aponta a titular de Assistência Social.

Para as pessoas que moram no Rio Grande do Sul, a Secre-taria oferece auxílio na mudan-ça, disponibilizando caminhão para o transporte dos móveis. “Antes desta crise era uma ou duas requisições por semana. Agora a média aumentou para três”, aponta Rosali.

contratados, pois não haviam outras opções. “Hoje a dis-ponibilidade é relativamen-te maior. As empresas estão mais exigentes e selecionan-do de forma mais criteriosa os candidatos”, relata.

O coordenador explica que, com maior disponibilidade de mão de obra qualificada em razão da crise econômi-ca, as empresas aproveitam para conseguir bons profis-sionais por um custo menor. A estratégia é reduzir o sa-lário proposto e aumentar a exigência para a ocupação da vaga. “Assim, elas podem contratar profissionais ca-pacitados por salários que muitas vezes não chegam a metade do que o candidato ganhava em seu último em-prego”, resume Maso.

rizando os alimentos nos Cras, pois quem é de bairros como o Vila Nova, não chega até o Lar da Caridade”, explica.

Além da falta de doações, o Lar da Caridade enfrenta a superlotação. A estimativa é que o dobro de pessoas tem

comparecido aos almoços. “Os imigrantes haitianos e os próprios brasileiros desem-pregados vem até o Lar para almoçar. Só que muitas vezes não temos mais comida e nem voluntários para ajudar”, la-menta Glademir.

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Apresentando crescimento de aproximadamente 150 pedidos entre 2014 e 2015, Maso revela que o número de pessoas que solicitam encaminhamento do seguro-desemprego poderia ser significativamente maior em 2015. Isto porque em junho, o Governo Federal sancionou a lei n° 13.134/2015, que altera diversos pontos na concessão de direitos a trabalhadores, reade-quando tempo de serviço neces-sário para ter direito ao seguro--desemprego e abono salarial.

O coordenador explica que a nova sistemática apresentou problemas no início e que mui-tos trabalhadores se sentiram

lesados com a implantação do novo prazo. “Foram feitos di-versos pedidos de recurso para recebimento, porém, se a alte-ração não tivesse vigorado, o número de encaminhamentos seria muito maior”, diz.

Com objetivo de facilitar o trabalho do FGTAS/Sine e dar praticidade e rapidez ao soli-citante, passou a funcionar no dia 4 de janeiro uma nova alter-nativa para encaminhamento do benefício. O cadastramen-to online para requisição do seguro-desemprego por meio do portal do órgão é uma opção para o fim das filas de espera no local. Ao acessar o sistema

do agendamento no site, o tra-balhador precisa informar CPF, PIS, nome do requente, nome completo da mãe do solicitante, data de nascimento e telefone para contato. O agendamento só poderá ser feito para datas a partir de sete dias da demissão. Na data e horário selecionados no agendamento, o trabalhador deve comparecer à Agência FG-TAS/Sine com requerimento do Seguro-Desemprego Emprega-dor Web, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Termo de Rescisão do Contrato de Traba-lho, Termo de Homologação ou Termo de Quitação e Compro-vante do FGTS.

situação econômica nacional, onde desde março do ano pas-sado empresas são obrigadas a desligarem centenas de fun-cionários em virtude das bai-xas nas vendas. O resultado da situação é o número mais alto de desempregados em Bento Gonçalves dos últimos anos.

Em plena retração comer-cial, recolocar estes profissio-nais no mercado de trabalho se tornou uma tarefa árdua. Isto porque com os setores em baixa, o número de vagas captadas tanto pelas empresas de recursos humanos, quan-to pelo FGTAS/Sine diminuiu consideravelmente. De acordo com o coordenador do órgão, Alexandre Maso, se feito um

comparativo com o número de profissionais solicitados pelas empresas até meados de 2015 e relacionarmos com as solici-tações atuais, o resultado será preocupante. “Temos apenas 31 vagas disponíveis hoje para centenas de desempregados. É alarmante”, expõe.

De acordo com dados do coordenador, em 2014 foram captadas 2.778 vagas pela ins-tituição. Em 2015 o número foi 35% menor, registrando 1.490 postos abertos. Ressonante a isso, a quantidade de recoloca-ções também apresentou que-da de 21% com diminuição de 235 profissionais realocados. Entretanto, contrastando es-ses números, a quantidade de

encaminhamentos a vagas rea-lizadas pelo FGTAS/Sine man-teve-se estável, apresentando queda de apenas 2%.

Uma das explicações expos-tas por Maso para esclarecer a queda na quantidade de rein-serções é a baixa escolaridade dos candidatos. O coordenador revela que muitos dos candi-datos que se apresentam não completaram se quer o ensino fundamental. Segundo ele, até meados do ano passado a falta de instrução não era um entra-ve tão considerável no encami-nhamento, porém, com a crise e o aumento da exigência das empresas, quem não possuir ao menos o segundo grau com-pleto terá dificuldades em en-

contrar um emprego. “Até abril a procura por pessoas era alta, porque a demanda também era significativa. Embora grande parte dos trabalhadores que requisitavam vagas não fossem qualificados, eram contrata-dos da mesma forma, pois não haviam outras opções. Como a disponibilidade hoje é relativa-mente maior, as empresas estão selecionando de forma mais cri-teriosa os candidatos”, explica.

Situação ainda mais delicada

Elemento fundamental para trabalho em equipe, a boa co-municação sempre foi pré-re-quisito para concorrer a uma vaga de trabalho. Entretanto a vinda de milhares de imigran-tes, principalmente haitianos ao Estado, o domínio da língua portuguesa passou a ser fator de exclusão na concorrência a postos de trabalho. De acordo com Maso, este elemento, jun-tamente à baixa escolaridade de grande parte dos imigrantes, complicam a inserção de es-trangeiros no mercado munici-pal. “O que fomentava o merca-do de trabalho dos imigrantes eram os frigoríficos da região que não pediam formação. Hoje, após alguns problemas em virtude de entraves com a língua, deixaram de contratar”, afirma. O coordenador revela que existem imigrantes há mais de quatro meses sem emprego.

De gerentes a funcionários de produção, de executivos

a auxiliares gerais, sem distin-ção de classe, etnia e credo. Os efeitos da atual crise econômi-ca do país seguem atingindo a população como um todo, mantendo elevado o número de demissões que contrasta com a baixa capacidade de recoloca-ções de profissionais no mer-cado de trabalho. Na cidade o cenário não é diferente. Segun-do dados da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FG-TAS/Sine), o número de vagas ofertadas para desempregados registrou queda de aproxima-damente 85% entre janeiro de 2015 e 2016. Como fator agra-vante ao cenário, a perspectiva para o ano é de continuidade na retração do número de pos-tos de trabalho e a elevação nos requisitos para preenchimento das oportunidades, situação que tende a deixar pessoas com baixa escolaridade sem traba-lho por muito tempo.

Com os pré-requisitos para preenchimento de vagas cada vez mais altos e profissionais com graduações básicas, o mo-mento proposto pelo mercado de trabalho atualmente exige profissionais qualificados, pa-gando muitas vezes salários abaixo do esperado pelos can-didatos. O cenário nada mais é do que um reflexo da atual

Comparativo entre 2014 e 2015 mostra redução de aproximadamente 1,2 mil postos de trabalho captados pela entidade

Pedidos de benefício mantêm equilíbrio

Como reflexo da estagnação econômica, órgão contabilizou 287 recolocações a menos que em 2014

Queda de 85% nas vagas de empregoFGTAS/Sine

Sábado, 16 de janeiro de 2016 23Geral

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Comparativo

2014

2015

Vagas captadas: 2.778Encaminhamentos: 9.250Colocações: 1.085Requisição de seguro-desemprego: 7.589

Vagas captadas: 1490Encaminhamentos: 9.022Colocações: 847Requisição de seguro-desemprego: 7.623

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O Rio Grande do Sul é o primeiro estado a ter uma regra complementar à Lei Federal 101, de 2000, que chega aos 15 anos

Sancionada LRFe do Rio Grande do Sul

Sábado, 16 de janeiro de 201624 Obituário

A Lei Complementar de Res-ponsabilidade Fiscal Estadual (LRFe) do Rio Grande do Sul foi sancionada na quinta-feira,14 de janeiro, pelo governador José Ivo Sartori e está publicada no Diário Oficial de sexta. Com o ato, o Estado é o primeiro a ter uma regra complementar à Lei Federal 101, de 2000, que chega aos 15 anos de vigência.

A LRFe se sustenta na lei fede-ral, aplicando medidas comple-mentares de responsabilidade fiscal, propondo normas para alcançar o equilíbrio financeiro, estabelecendo regras para a limi-tação do crescimento da despesa com pessoal e custeio para todos os poderes. A proposta é fazer com que a receita cresça mais que a despesa e permita estabele-cer um horizonte para a retoma-da dos investimentos mediante

limites para gastos públicos.Encaminhada pelo Executivo

à Assembleia em junho, foi apro-vada na sessão extraordinária do último dia 28. No retorno das atividades do Parlamento, em fe-vereiro, está previsto um encon-tro para destacar a importância de diferentes setores da socie-dade pela aprovação. A LRFe é uma das medidas de ajuste do governo gaúcho que terá efeito a longo prazo, assim como o novo regime de Previdência.

As sanções previstas caso a despesa total com pessoal ultra-passe o limite máximo de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL) são as mesmas da lei federal. A diferença é que, uma vez feito o ajuste, a lei gaúcha prevê que ele seja sustentado: por dois anos, reajustes e aumento de gastos com pessoal podem ocorrer, mas

condicionados ao aumento da in-flação e da arrecadação: 75% do aumento da receita real podem ser aplicados em custeio e inves-timento; 25% em pessoal.

A LRFe proíbe ao governador ou gestor a concessão de aumen-tos a serem pagos pelo sucessor, sem receita equivalente. Tam-bém há complementação no item da lei federal que trata dos bene-fícios fiscais. A lei recebeu emen-das, ratificando que os reajustes já concedidos para a Segurança Pública, até 2018, não serão re-vogados e reforçando o previsto na lei federal, excepcionalizando contratações nas áreas de saúde, segurança e educação.

O governador também sancio-nou a Lei 14.837, que autoriza o Executivo a ceder com custos a folha de pagamento ao Banrisul. A iniciativa estabelece uma me-dida protetiva ao Banrisul frente ao risco da venda da folha para outros bancos, causando even-tuais prejuízos ao banco estatal.

Na votação da convocação ex-traordinária, o projeto recebeu emendas e houve vetos parciais em relação a duas. Uma das emendas previa a destinação de 10% do resultante da venda da folha à Secretaria de Edu-cação para projetos de Esco-la de Tempo Integral. Ocorre que a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) veda a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despe-sa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdên-cia social, geral e próprio dos servidores públicos.

Outra emenda vedava ao Ban-risul debitar nas contas dos servi-dores estaduais que optarem pela portabilidade da conta corrente para outro banco eventuais débi-tos que os tenham junto ao ban-co estatal, salvo decisão judicial transitado em julgado. A medida iria contra as normas do Conselho Monetário Nacional, pois está re-lacionada à contratação de opera-ções bancárias e portabilidade de folhas de pagamento.

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Sábado, 16 de janeiro de 2016 25Publicações Legais

Falecimentos

ASSUNTA ZENI GARBIN, no dia 06 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Davide Zeni e Gema Angela Angheben Zeni e tinha 50 anos.

NEUCIR PEREGO, no dia 06 de Janeiro de 2016. Natural de Pérola d’Oeste, PR, era filho de Agenor Perego e Laurinda Budke Perego e tinha 40 anos.

ORALINA RIBEIRO,no dia 07 de Janeiro de 2016. Natural de Barracão, PR, era filha de Gomercindo dos Santos e Itelvina do Prado Santos e tinha 83 anos.

FIORINDO DOMINGOS PAULAZZI, no dia 08 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de José Paulazzi e Amalia Borotto Paulazzi e tinha 82 anos.

IVETE MARIA SERAFINI, no dia 07 de Janeiro 2016. Natural de Lagoa Vermelha, RS, era filha de Dante Grigoletto e Nair Berguer e tinha 73 anos.

MARIA LUCIA FERREIRA, no dia 08 de Janeiro de 2016. Natural de Orós , CE, era filha de Francisco Ferreira Lima e Maria Mariano e tinha 49 anos.

ATTILIO CAETANO COBALCHINI, no dia 08 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Santo Cobalchini e Carolina Cavalca Cobalchini e tinha 89 anos.

ERNESTO RODRIGUES DA ROSA, no dia 09 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Apolinário Rodrigues da Rosa e Maria Selma Bender Rodrigues da Rosa e tinha 85 anos.

OLYR ANTONIO SANTINI, no dia 09 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Cornélio André Santini e Vitalina Ghelen Santini e tinha 85 anos.

IRMA POLETTO ZAT, no dia 09 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Fiore Poletto e Alexandrina Maffessoni e tinha 94 anos.

ANTONIO JANDIR MARTINS, no dia 10 de Janeiro de 2016. Natural de Trindade do Sul, RS, era filho de Teodorico Pinto Martins e Elisa Martins e tinha 52 anos.

MANOEL MENUNCIN, no dia 11 de Janeiro de 2016. Natural de Santa Rosa, RS, era filho de Antonio Menuncin e Elinda Menuncin e tinha 84 anos.

ADÃO LUIZ NUNES, no dia 11 de Janeiro de 2016. Natural de Soledade, RS, era filho de Ordalina Maria Nunes e tinha 62 anos.

ARIALTINO CAETANO DE MELLO E SILVA, no dia 11 de Janeiro de 2016. Natural de Tupanciretã, RS, era filho de Rodolfo Caetano da Silva e Ibrahina C. Mello e Silva e tinha 91 anos.

ANNA BINATTI CARVALHO, no dia 11 de Janeiro de 2016. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Tranquilo Binatti e Ida Mensch Binatti e tinha 83 anos.

HONORIO LUCIETTO, no dia 13 de Janeiro de 2016. Natural de, Santa Tereza, Bento Gonçalves, RS, era filho de Angelo Lucietto e Vitoria Antoniazzi e tinha 83 anos.

CELITA CHIGGI CORTELINI, no dia 13 de Janeiro de 2016. Natural de Fagundes Varela, RS, era filha de Pasqual Chiggi e Emilia Gianchini Chiggi e tinha 69 anos.

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Sábado, 16 de janeiro de 201626 Publicações Legais

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Sábado, 16 de janeiro de 2016 27Esporte

UniãoAtletas do Farrapos unidos para pintura do Montanha VelhaAtividades foram realizadas nesta semana

Existe o ditado que diz que a “União faz a força”. Mui-

to além de unir, juntar forças em prol do bem-estar comum é importante para a comuni-dade. Unindo forças, o estádio Montanha dos Vinhedos, casa do Farrapos, ganhou uma nova cara. Os atletas da equipe se re-uniram nesta semana para mo-dificar o visual do local que fica na Avenida Osvaldo Aranha. Na terça-feira, 12, foi realizada a lavagem da parte externa do estádio e a raspagem da tinta antiga. Na quarta-feira, 13, os jogadores iniciaram a pintura do local, que recebe as cores verde e branca.

De acordo com o presiden-te do Farrapos, Luis Francisco Flores, esta é uma iniciativa da equipe adulta que envolveu também as categorias de base e contou com o apoio da Secre-taria de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel). “Este tipo de iniciativa é também uma forma de transmitir nossos valores aos que são mais recentes no clube, mostrando a importân-

cia do trabalho”, salienta. O secretário de Juventude

Esporte e Lazer, Gustavo Spe-rotto, diz que esta iniciativa busca melhorar o ambiente de treinamento e jogos. “No ano passado, o local foi aprovado como Centro de Treinamentos de Seleções de Rugby para as Olimpíadas 2016, o que deve-rá proporcionar ao município grande visibilidade internacio-nal, além de incentivar ainda mais a prática da modalidade esportiva entre os jovens”, afir-ma.

No local, também está sendo erguido o Centro de Treina-mento da equipe que contará com uma área de treinos, com-portando sanitários/vestiários, além de área com equipamen-tos de academia (150,00m²) e outra de uso social com sani-tários (84,64m²). Atualmente, cerca de 500 alunos da rede municipal de ensino são aten-didos pelo projeto de Contra-turno Escolar da Prefeitura, mantido em parceria com o Farrapos Rugby Clube, que atualmente conta com cerca de 100 atletas, nas categorias ju-venil, feminino e adulto.

Limpeza e pintura no local iniciaram na terça, 12, e quarta-feira, 13

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Cleunice [email protected]

Gauchão

Primeiros jogos ocorrem neste mêsA Federação Gaúcha de Fute-

bol publicou, nesta quinta-fei-ra, 14 de janeiro, o regulamento definitivo do Campeonato Gaú-cho de 2016. Os confrontos de-vem iniciar no dia 31 de janeiro.

A competição será disputa-

da por 14 equipes. Grêmio, de Porto Alegre; Internacional, Porto Alegre; Veranópolis, de Veranópolis; Brasil, de Pelo-tas; Novo Hamburgo, de Novo Hamburgo; São Paulo, de Rio Grande; Juventude, de Caxias

do Sul; Aimoré, de São Leopol-do; São José, de Porto Alegre; Cruzeiro, também da Capital Gaúcha; Ypiranga, de Erechim; Passo Fundo, de Passo Fundo; Lajeadense, de Lajeado e Gló-ria, de Vacaria.

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Sábado, 16 de janeiro de 201628 Esporte

ACBF

Desde o dia 4 de janeiro es-tão abertas as inscrições para o Peneirão para a categoria Sub-17 da Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF). Os garotos nascidos entre os anos 1999 e 2000 podem efe-tuar o cadastramento no site até o dia 29.

As avaliações ocorrem nos dias 22 e 23 de fevereiro, em Carlos Barbosa. Em 2015, mais de 10 atletas foram aprovados no teste para a equipe que sa-grou-se campeã Estadual e da Copa Nordestão.

A Associação não fornece ajuda de custos (passagem, hospedagem, alimentação, en-tre outros) para os inscritos nos testes. Os jovens atletas que participam e, por ventu-ra, forem aprovados, terão que arcar com os seus custos para participar das Categorias de Base da ACBF.

A dinâmica do Teste será de minijogos com equipes for-madas pelos inscritos. Após o primeiro dia do peneirão, os coordenadores da Base da ACBF farão uma pré-seleção para que os selecionados re-

tornem no segundo dia, no mesmo horário.

Alguns itens devem ser se-guidos pelos participantes, que dem estar às 13h30min, no Centro Municipal de Eventos Sérgio Luiz Guerra, o ginásio da ACBF/Carlos. Todos devem chegar ao local dos testes com 15min de antecedência. É ne-cessária a documentação como

Avaliações ocorrem nos dias 22 e 23 de fevereiro em Carlos Barbosa

A Montanha dos Vinhedos vai ficar mais acessível,

moderna e humanizada. Isso porque ocorre na terça-feira, 19 de janeiro, a licitação para as melhorias do Estádio Mon-tanha dos Vinhedos. O objeti-vo do certame é a contratação de empresa para a implan-tação de melhorias no local, com o fornecimento de mate-rial e mão de obra. O critério para a seleção de interessados é o menor preço.

Segundo o vice-presidente de Patrimônio do Clube Espor-tivo, Irani Raimond, havendo empresa declarada vencedora e passados os aspectos buro-cráticos, inicia-se o prazo de execução da obra. “Haverá ver-ba do Governo Federal, com contrapartida do município, em um valor total aproximado de R$ 2 milhões, com prazo de

conclusão de quatro meses”, explica o dirigente.

O edital pode ser conferido no portal de transparência da Prefeitura de Bento Gonçalves. Entre as ações previstas estão

reformas dos vestiários, pista atlética, instalação de eleva-dores, centro de fisioterapia, Memorial do Esportivo, refor-ma elétrica, arquitetônica e hi-drossanitária.

Ações de melhorias estão previstas para o Montanha dos Vinhedos

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Esportivo

Licitação para reforma do Estádio ocorre na terçaObjetivo é a contratação de empresa para implantar melhorias no local

Peneirão do Sub-17 em fevereiro

Certidão de Nascimento e/ou Carteira de Identidade Origi-nal, atestado médico e autori-zação dos pais ou responsável (por escrito). Também, o ma-terial para a Prática do Futsal deve ser levado. No dia do teste é recomendadofazer uma ali-mentação leve e manter-se hi-dratado, evitar realizar o teste fadigado e mal alimentado.

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Superliga

Bento Vôlei enfrenta o Juiz de Fora hoje em Minas

Fora de casa, o Bento Vôlei encara o Juiz de Fora hoje, às 18h, pela segunda rodada do returno da Superliga. O time comandado pelo técnico Pau-lão, nono colocado com 14 pontos conquistados, tenta a primeira vitória como visitante na competição. No confronto entre as duas equipes no pri-meiro turno, vitória dos gaú-chos por 3 sets a 2.

O líbero Daniel, que se des-taca como segundo melhor de-fensor da Superliga, acredita que é preciso manter o trabalho que já vem sendo feito para al-cançar a vitória diante dos mi-neiros. “Precisamos trabalhar muito, focar e estudar o time deles. Eles fizeram algumas contratações que nós conhe-cemos, mas o mais importante é sair daqui com vontade de trazer a vitória, porque a gente sabe que o returno é muito im-

portante pra gente conseguir a classificação”, analisa.

Para o atleta, faltam ape-nas alguns detalhes para que a equipe tenha um desempe-nho ainda melhor neste se-gundo turno. “Acho que te-mos que diminuir um pouco o número de erros. Em alguns momentos no primeiro turno começamos bem, depois tive-mos uma queda, mas termi-namos o turno bem. Temos que manter o ritmo forte de treinamento, com o time cada vez mais unido, porque sabe-mos da importância do retur-no pra gente”, finaliza.

Depois de voltar de Minas, o grupo terá até o dia 28 para se preparar para o confronto diante do Funvic/Taubaté, o primeiro com o apoio da tor-cida em 2016. A partida será disputada às 20h, no Ginásio Municipal de Esportes.

No confronto do primeiro turno, vitória dos gaúchos por 3 sets a 2

Santa Tereza

Próximo jogo do Torneio de Verão ocorre amanhã

O segundo jogo do 41° Torneio de Verão de Santa Tereza ocor-re amanhã. Os confrontos deste domingo iniciam a partir das 8h.

Ao todo, oitos jogos serão realizados com 16 equipes. Destas, campeão e vice retor-nam para o grupo A no dia 24 e fazem o 9° jogo.

Também, segundo a orga-nização, haverá nesta edição o troféu disciplina. A equipe mais disciplinada e que me-nos cartões levar, vai para a final e estará concorrendo ao troféu. Quem define o ganha-dor são as equipe de juízes e de trabalho.

Jogos

Fronteira x Glória Equipe ABangu x BarrenseGlória B x Arranca Toco Amigos do Isma/Tochas x

Triches Paranaguá x De Rossi VeículosIndependente x Araras Tandera x OlimpiacosDestroyer/Seiva do Mate x

Exporta Praga

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Sábado, 16 de janeiro de 2016 29Segurança

Roubos de veículos

Polícia procura por donos de peças apreendidasObjetos foram encontrados em desmanche durante a Operação Máscara

Leonardo [email protected]

A investigação da 2ª Delega-cia de Polícia (2ª DP) pro-

cura pelos proprietários das peças de veículos apreendidas em um desmanche durante a Operação Máscara, em 4 de janeiro. São objetos diversos como uma chave de veículo da marca GM, rádios automoti-vos, baterias, portas, eixos de suspensão, caixas de câmbio e até um forro de automóvel. A 2ª DP atende pelo telefone (54) 3452.7003 ou no 197.

Os produtos são resultados de uma série de roubos e fur-tos de veículos praticados pela quadrilha de Thiago Cristian Caurio, 30 anos. Na época da prisão, foram apreendidos quatro veículos roubados ou clonados nos bairros Bota-fogo, São Francisco e Lotea-mento Cembranel.

A 2ª DP espera que mais

Investigação

Residência é alvo de tiros durante a madrugada

A 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) divulgou imagens de um ataque a uma residência de um agente de Segurança Públi-ca ocorrido na madrugada de quinta-feira, 14. A intenção é que a comunidade possa auxi-liar na investigação com qual-quer informação.

Foram encontradas oito marcas de disparos de arma de fogo, que atingiram o por-

tão da residência e o para-brisa do veículo estacionado no in-terior. O morador dormia no momento do ataque. Não hou-ve feridos. O endereço da resi-dência foi preservado.

As denúncias podem ser fei-tas pelo telefone 197, padrão da Polícia Civil, ou pelo aplica-tivo Whatsapp no número (54) 8433.6936. É garantido o sigi-lo sobre as denúncias.

peças de veículos sejam reco-nhecidas até o final do mês, possibilitando a ligação da

Peças que não tiverem a procedência comprovada serão destruídas

quadrilha com mais crimes. O que não tiver a procedência comprovada será destruído.

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Foram encontradas oito marcas de tiros no portão e em um carro

Um adolescente de 17 anos foi assaltado quando caminhava pelo bairro Progresso na noite de quarta-feira 13. Conforme ocorrência regis-trada, o crime ocorreu por volta das 22h30min na rua Fiorelo Bertuol. O jovem estava sozinho quando uma motocicleta com dois tripulantes se aproximou. O caroneiro desceu do veículo, sacou uma arma de fogo e anunciou o assalto. Foram levados R$ 50 e o celular do adolescente. Ambos os acusados utilizavam capacete. A vítima não foi ferida.

Um jovem foi preso acusa-do de transportar maconha em um ônibus entre Bento Gonçalves e Veranópolis na tarde desta quarta-feira, 13. De acordo com as informa-ções da Brigada Militar (BM), a prisão ocorreu após uma denúncia anônima.

A guarnição efetuou a abor-dagem em uma parada de ôni-bus nas proximidades do está-dio Antônio David Farina, na entrada de Veranópolis. O in-

divíduo com as características informadas desembarcou e, ao perceber a presença policial, empreendeu fuga. O jovem de 21 anos foi detido e revistado. Foram encontrados dois tijolos de maconha (pesando 477g) dentro da cueca do acusado.

O rapaz foi apresentado na delegacia daquele município e, na sequência, conduzido ao Presídio Estadual de Nova Prata. O jovem não possuía antecedentes criminais.

Adolescente é vítima de roubo no Progresso

No transporte coletivo

Jovem é preso levando maconha para Veranópolis

Um jovem de 21 anos foi pre-so acusado de roubos nos bair-ros São Francisco e Fenavinho no final da manhã de sexta--feira, 15. A prisão ocorreu no bairro Eucaliptos. O indivíduo, identificado pela iniciais J.S.S., foi reconhecido após participar de um assalto a pedestre e ou-tro a transporte coletivo.

O primeiro crime ocorreu na rua Goes Monteiro, no São Francisco. Com as carac-terísticas de dois suspeitos, a Brigada Militar realizava bus-cas, quando um segundo rou-bo foi informado na avenida Humberto de Alencar Castelo

Branco, no Fenavinho.Os bandidos roubaram um

ônibus, agrediram o motorista com coronhadas no ombro di-reito e levaram a carteira de uma passageira. A dupla fugiu em di-reção ao Eucaliptos, onde o acu-sado acabou preso na rua Ari da Silva. Além de estar com as rou-pas descritas, boné azul e camisa preta, foi encontrado um cartão de celular da vítima e R$ 65.

O jovem foi conduzido à de-legacia de plantão para lavra-tura do flagrante. Ele possuía antecedentes criminais por dano ao patrimônio e tráfico de entorpecentes.

Rapaz detido após assalto a ônibusResposta policial

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Jovem de 21 anos também é acusado de assalto a pedestre

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Sábado, 16 de janeiro de 201630

Problemas na Walter Galassi

Briga em praça termina com homicídioApesar do choque pela gravidade, comunidade reclama que confusões entre bêbados se tornaram uma rotina no local

Leonardo [email protected]

Bastaram apenas 13 dias para Bento Gonçalves registrar o

primeiro homicídio em 2016. Jéferson Gomes Donatto, 32 anos, foi morto com uma faca-da no peito durante uma briga na praça Walter Galassi, no fi-nal da tarde de quarta-feira, 13. O fato indignou a comunidade que reclama do descaso das au-toridades com um ponto cen-tral da Capital do Vinho.

De acordo com a repercussão nas redes sociais, a área de la-zer na esquina das ruas Mare-chal Floriano com a Saldanha Marinho virou um ponto de encontro para desocupados e bêbados, com brigas frequen-tes. Mulheres reclamam do assédio e afirmam evitar tran-sitar pelo local. Alguns ainda lembravam a proximidade da algazarra com duas escolas e o risco aos estudantes.

Questionados, os represen-tantes da Prefeitura estranha-ram tal visão da comunidade. De acordo com o secretário de Gestão Integrada e Mobilida-de Urbana, Mauro Moro, não há registro de nenhuma recla-mação ou pedido de aumento de segurança para a praça nos últimos seis meses. O secre-tário de Meio Ambiente, Neri Mazzochin, complementa que a Walter Galassi é bem cuida-

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Segurança

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Próximo à escolas e estabelecimento bancários, praça central está sendo palco para bêbados e brigas

da e limpa todos os dias. “Esta visão de bagunça é uma novi-dade pra mim. Inclusive, eu passo todos os dias por este local e nunca percebi nada de anormal”, afirma Mazzochin.

Por outro lado, o secretário Mauro Moro afirma que ações preventivas e rondas periódi-cas em praças são um assunto recorrente com a Brigada Mi-litar, responsável pelo policia-mento ostensivo. Outro ponto ressaltado é que existem vigi-

lantes contratados para atuar em praças.

Vigilante relatabrigas de bêbados

Esta foi a segunda ocorrên-cia grave envolvendo um in-divíduo embriagado na Praça Walter Galassi neste início de ano. Em 6 de janeiro, um homem de 38 anos foi preso após ofender e ameaçar dois imigrantes haitianos com uma

faca de serrinha. Ele foi acusa-do de injúria racial e teve fian-ça estipulada em R$ 2,5 mil.

De acordo com o responsável pelos vigilantes contratados pela Prefeitura, Neri da Luz, o serviço destes é a proteção do patrimô-nio. Porém, os guardas tentam auxiliar no problema e costu-mam acionar o policiamento. “É uma pouca vergonha, im-portunando a vida das pessoas. Em maioria são mendigos que aparecem com garrafa de bebida

alcóolica, ficam cantando e co-meçam arranjar confusão. Ten-tamos chamar a atenção, mas é complicado. Nós não podemos nem encostar que somos vaia-dos e ameaçados, inclusive pela população”, aponta.

Problema semelhante ocor-reria na praça Doutor Bartho-lomeu Tacchini, ao lado do shopping Bento Gonçalves, na esquina da rua Júlio de Casti-lhos. O que dificulta a ação do vigilante, responsável pelas duas praças e toda extensão da Via del Vino. “Essas brigas e pessoas incomodando seria com a BM. Nós acionamos, só que não adianta muito, pois estes andarilhos saem por um tempo, mas logo estão de vol-ta”, conclui da Luz.

Outros dois vigilantes traba-lham na Prefeitura, controlando as entradas. Uma viatura atua-ria no deslocamento e fiscaliza-ção dos diversos postos. No to-tal, 52 vigilantes trabalham na proteção do patrimônio público em praças, Secretaria de Obras, na Unidade de Pronto Atendi-mento (UPA) e em escolas. “O problema é que, na atual con-tenção de gastos, quando há um evento, como a Feira do Livro, ou em situações de emergência, precisamos transferir estes vi-gilantes. Por isso, muitas vezes, a comunidade reclama que não encontra estes guardas”, relata o responsável.

Acusado é preso, porém já responde em liberdadeCom um efetivo que não re-

presenta metade do considerado ideal para o município, é público e notório que a Brigada Militar não pode manter uma guarnição parada em uma praça (mesmo que na área central). Ainda as-sim, a resposta policial foi ime-diata, com o acusado de 42 anos preso em flagrante e a arma do crime apreendida. Porém, o in-diciado seria liberado do Presídio Estadual de Bento Gonçalves, por meio de uma decisão judicial, em menos 20 horas.

De acordo com a ocorrência, por volta das 18h, uma guarni-ção do Pelotão de Operações Especiais (POE) realizava pa-trulhamento pela área central quando avistou uma aglome-

ração na praça Walter Galassi. Diante da aproximação poli-cial, diversas pessoas correram.

Os policiais abordavam um in-divíduo que sangrava quando foi denunciado que o homem

havia caído em meio à via pú-blica. A vítima, Jéferson Gomes Donato, foi encontrada na rua General Osório e socorrido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Ele viria a falecer no Hospital Tacchini mi-nutos depois devido a um golpe profundo de faca no peito.

Uma testemunha alertou que o primeiro ferido encontrado teria entrado em luta corporal com Donato. Foi realizada bus-cas nas proximidades e uma faca de serrinha ensanguenta-da encontrada. O acusado, que apresentava visíveis sinais de embriaguez, foi apresentado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Durante a prisão, o homem acusava ter

Acusado apresentava visíveis sinais de embriaguez durante a prisão

agido em legítima defesa e que a faca de serrinha seria da vítima.

Após lavratura do flagran-te, o indiciado deu entrada no Presídio Estadual de Ben-to Gonçalves às 23h30min de quarta-feira. A prisão foi ho-mologada pelo Poder Judiciá-rio, porém o juiz responsável decidiu pela liberdade provi-sória do acusado. Sendo assim, às 19h10min de quinta-feira, 14, o indiciado deixou a peni-tenciária para responder ao processo em liberdade.

O acusado possui antece-dentes criminais por ameaça e furtos. Responsável pelo caso, a 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) possui prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito policial.

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Situação atual: foragido desde 18 de dezembro, quando não retornou após permissão para procurar emprego

Antecedentes criminais: porte ilegal de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, roubo e receptação.

Prisão: estava recolhido desde 9 de maio de 2014

Sábado, 16 de janeiro de 2016 31Segurança

Problemas no semiaberto

Apenado coleciona nove recapturasDetentos aproveitam liberações judiciais para evadir e prisões de foragidos pela Brigada crescem 135% em dois anos

Leonardo [email protected]

Idealmente, o sistema de pro-gressão de regimes é utiliza-

do para, aos poucos, reincor-porar um apenado ao convívio social. Porém, nesta realidade sem investimentos, o sistema penitenciário não consegue atuar nesta reinserção e os pre-sídios se tornaram pontos de encontro para criminosos. Pior, a superlotação carcerária e falta de condições dignas aos apena-dos, obriga o Poder Judiciário a priorizar quem permanece recolhido. O que amplia a sen-sação de impunidade e cria ca-sos como o de Luciano da Silva, ligado ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves desde 2009 e que já foi recapturado nove ve-zes pela Brigada Militar (BM).

A história de Silva, 32 anos, é apenas mais um exemplo das di-ficuldades enfrentadas nesta cri-se da segurança pública gaúcha que ultrapassa governadores de diferentes partidos. Ao progre-direm para o regime semiaberto, os apenados recebem permissão de saída para procurar empre-go e acabam não retornando na data prevista, passando a condi-ção de foragido da Justiça.

A última prisão em flagrante de Silva ocorreu na tarde do dia 25 de junho de 2009, durante uma tentativa de furto de bi-cicleta na avenida São Roque. Vale considerar que o acusado

Outros foragidos de dezembro

possui antecedentes criminais anteriores por furtos, roubo, tentativa de homicídio em 2008, posse de droga, ato obs-ceno e receptação.

Três meses depois, Silva se torna um foragido e começa sua atual saga de idas e vindas ao sistema prisional. Nestes seis anos, foram nove recap-turas. Seu maior tempo em si-tuação de foragido foi entre 13 de novembro de 2014 até 5 de março do ano passado.

A última captura ocorreu nesta terça-feira, 12 de janei-ro, quando a BM foi acionada na rua Doutor Casagrande, no Centro, por populares que haviam detido um indivíduo no pátio de uma residência. Foi confirmada a situação de foragido de Silva e este foi re-conduzido ao sistema peni-tenciário. Ele era procurado desde 18 de dezembro, quando (novamente) foi liberado para procurar emprego e não retor-nou. Por enquanto, Silva segue recolhido no Presídio Estadual de Bento Gonçalves.

Recapturas sãouma constante

Nos últimos três anos, as prisões de foragidos pela BM teve um aumento de 135%. Fo-ram realizadas 174 recapturas no ano passado contra 74 em 2013. Em 2015, foram regis-trados 67 foragidos no Presídio

Entradas e saídasSua entrada no presídio remete a uma prisão em flagrante em

25 de junho de 2009, quando foi flagrado tentando furtar uma bicicleta na avenida São Roque

Foragido em 25/09/2009 Capturado em 06/11/2009 Foragido em 09/12/2009 Capturado em 18/12/2009

Foragido em 05/10/2010 Capturado em 22/10/2010

Foragido em 19/03/2012 Capturado em 25/04/2012 Foragido em 07/12/2012 Capturado em 31/12/2012 Foragido em 04/09/2013 Capturado em 21/09/2013 Foragido em 13/11/2014 Capturado em 05/03/2015 Foragido em 18/07/2015 Capturado em 24/07/2015 Foragido em 18/12/2015 Capturado em 12/01/2016

Estadual de Bento Gonçalves. Apenas em dezembro, 11 ape-nados saíram com permissão judicial e não retornaram na data estipulada.

Um destes era Leandro Vi-cari Delfini, com antecedentes criminais por tráfico de entor-pecente, receptação e furto em estabelecimento comercial. Recolhido desde 21 de outu-bro, Delfini recebeu permissão para serviço externo no dia 4 de dezembro de 2014 e não re-tornou como combinado, três dias depois. Ele acabou recap-turado em 8 de janeiro, duran-te patrulhamento da BM na rua Lajeadense, no Municipal.

Apesar deste enredo padrão de fugas e capturas, a história de Luciano da Silva é uma ex-ceção, pois, nestes seis anos de idas e vindas à penitenciária, o acusado não foi indiciado por nenhum outro crime. Sua úni-ca dificuldade seria em cum-prir as regras da pena imposta pelo Poder Judiciário.

O que incomoda os policiais, sejam civis ou militares, são os indivíduos que retornam à prá-tica criminosa, o que é quase uma regra, gerando o retrabalho policial e aquela sensação de que “são sempre os mesmos”. Estes delinquentes repetidamente presos em flagrante, seriam os principais responsáveis pelo aumento dos indicadores crimi-nais e a crescente sensação de insegurança pela população.

Apenado: Luciano da Silva

Situação atual: recolhido no Presídio Estadual de Ben-to Gonçalves.

Antecedentes criminais: furtos, roubo a estabeleci-mento comercial, receptação e uma tentativa de homicídio em 2008.

Período preso: estava recolhi-do desde 24 de julho de 2014

Seis anos de idas e vindas

Situação atual: foragido desde 18 de dezembro, quando não retornou após permissão para procurar emprego

Antecedentes criminais: roubo a residência, furto, amea-ça e estupro

Prisão: estava recolhido desde 24 de novembro de 2014

Situação atual: foragido desde 5 de dezembro, quando não retornou após permissão para procurar emprego

Antecedentes criminais: roubos a pedestre, furto em estabe-lecimentos comerciais e posse de entorpecente

Prisão: estava recolhido desde 23 de novembro de 2014

Roberto Ritter Rodrigues

Jair Andressa

Edson Maurício Silva Paz

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Cesta Básica

Preços ficam estáveis em dezembro

Página18

Walter Galassi

Homicídio aumenta insegurança em praça

Página 30

Doar sangue é mais fácil do que parece

A Edição www.jornalsemanario.com.br48 páginas

BENTO GONÇALVESSábado16 DE JANEIRO DE 2016ANO 49 N°3198

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Primeiro Caderno ......................32 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .......................4 páginas

Página 14

HO

SPITAL TACCH

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