1.2. – Situação da Cultura do Trigo no Brasil e no Mundo

TRIGO – BALANÇO MUNDIAL

Fonte: AGRIANUAL (2018) @ Previsão feita em agosto de 2017

Ano Área

(mil ha)

Produção

(mil t)

Consumo

(mil t)

Consumo

per capta

(kg/hab/ano)

Estoque final

(mil t)

2009/10 225.587 687.633 649.514 95,7 203.659

2010/11 216.847 649.460 653.296 95,2 199.035

2011/12 220.979 6978.320 690.028 99,4 198.928

2012/13 215.897 658.600 687.170 97,9 177.650

2013/14 219.655 715.080 690.760 97,4 194.798

2014/15 221.520 727.979 700.274 97,6 217.694

2015/16 225.062 736.970 708.988 97,8 242.855

2016/17 222.507 754.995 735.788 100,4 258.558

2017/18* 220.322 743.179 736.471 99,5 264.690

TRIGO – Oferta e Demanda Brasileira – Mil toneladas

Fonte: AGRIANUAL (2018) * kg/habitante/ano @ previsão feita em agosto/ 2017

Ano Produção Importação Consumo Per capta* Estoque

2009/10 5.026 5.922 9.614 49,7 2.871

2010 5.882 5.798 9.798 50,4 2.202

2011 5.789 6.012 10.145 51,4 1.956

2012 4.380 7.010 10.134 50,9 1.528

2013 5.528 6.642 11.382 56,6 2.269

2014 5.971 5.329 10.714 52,8 1.175

2015 5.535 5.518 10.367 50,7 809

2016 6.727 7.089 11.518 55,9 2.530

2017@ 5.196 7.000 11.475 55,3 2.552

TRIGO – Área Cultivada – Mil hectares

Fonte: CONAB (2018) – Levantamento Dezembro de 2017.

Regiões 2013 2014 2015 2016 2017

Sudeste 53,5 88,1 97,6 161,1 164,5

MG 21,5 36,2 51,8 84,3 84,6

SP 32,0 51,9 45,8 76,8 79,9

Sul 1.817,1 2.104,1 2.550,2 1.921,4 1.715,7

PR 773,8 992,8 1.350,2 1.086,4 962,6

SC 67,1 72,6 75,7 58,1 53,9

RS 976,2 1.038,7 1.124,0 776,9 699,2

C. Oeste 24,8 17,6 19,8 32,9 31,9

MS 15,0 8,5 11,0 17,8 20,0

GO 9,0 7,3 8,0 14,3 11,0

DF 0,8 1,8 0,8 0,8 0,9

Brasil 1.895,4 2.209,8 2.667,6 2.118,4 1.917,1

TRIGO – Produção Brasileira – Mil toneladas

Fonte: CONAB (2018) – Levantamento Dezembro de 2017.

Regiões 2013 2014 2015 2016 2017

Sudeste 162,4 210,6 275,6 459,4 492,9

MG 80,7 119,8 166,5 219,1 226,6

SP 81,7 90,8 109,1 240,3 266,3

Sul 4.148,9 5.257,7 7.158,0 6.129,1 3.673,5

PR 2.112,5 1.842,6 3.902,1 3.411,3 2.253,4

SC 141,6 236,7 220,3 220,8 143,4

RS 1.894,8 3.178,4 3.035,6 2.497,0 1.276,7

C. Oeste 68,2 59,6 69,9 120,3 103,0

MS 24,0 7,7 24,2 41,4 39,0

GO 39,6 39,3 40,9 74,1 58,6

DF 4,6 12,6 4,8 4,8 5,4

Brasil 4.379,5 5.527,9 7.503,5 6.726,8 4.299,4

TRIGO – Produtividade – kg/ha

Fonte: CONAB (2018) – Levantamento Dezembro de 2017.

Regiões 2013 2014 2015 2016 2017

Sudeste 3.036 2.717 2.851 2.852 2.996

MG 3.753 3.004 3.225 2.599 2.678

SP 2.553 2.404 2.450 3.129 3.333

Sul 2.283 2.124 2.684 3.190 2.141

PR 2.730 2.731 2.712 3.140 2.341

SC 2.110 2.939 2.902 3.800 2.660

RS 1.941 1.330 2.631 3.214 1.826

C. Oeste 2.750 3.682 3.239 3.657 3.229

MS 1.600 2.000 1.600 2.328 1.950

GO 4.400 5.397 5.539 5.182 5.330

DF 5.700 6.000 5.640 6.000 6.000

Brasil 2.311 2.165 2.697 3.175 2.243

TRITICALE - Área, Produção e Produtividade

Fonte: CONAB (2018) - Levantamento de Dezembro/2017

Região Área

(mil ha)

Produção

(mil t)

Produtividade

(kg/ha)

2016 2017 2016 2017 2016 2017

SUDESTE 7,5 7,5 21,4 20,8 2.853 2.773

SP 7,5 7,5 21,4 20,8 2.856 2.779

SUL 16,0 15,2 46,7 32,8 2.919 2.158

PR 9,7 9,5 30,0 22,4 3.097 2.359

SC 0,6 - 1,3 - 2.243 -

RS 5,7 5,7 15,4 10,4 2.700 1.826

BRASIL 23,5 22,7 68,1 53,6 2.898 2.361

ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE DO TRIGO DE 1970 a 1980. Ano Área

(mil ha)

Produção

(mil t)

Produtividade

(kg/ha)

1970 1.895 1.844 973

1971 2.270 2.011 886

1972 2.320 982 424

1973 1839 2.031 1.104

1974 2.471 2.858 1.157

1975 2.931 1.788 610

1976 3.564 3.216 908

1977 3.153 2.066 655

1978 2.811 2.691 957

1979 3.831 2.927 764

1980 3.122 2.702 865 Fonte: Adaptado por Arf (2018)

ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE DO TRIGO DE 1980 A 1993.Ano Área

(mil ha)

Produção

(mil t)

Produtividade

(kg/ha)

1981 1.920 2.210 1.151

1982 2.828 1.827 646

1983 1.879 2.237 1.190

1984 1.742 1.983 1.139

1985 2.677 4.320 1.614

1986 3.364 5.690 1.462

1987 3.446 6.035 1.746

1988 3.468 5.738 1.655

1989 3.281 5.883 1.692

1990 2.681 3.094 1.154

1991 2.049 2.917 1.423

1992 1.956 2.796 1.429

1993 1.491 2.201 1.476 Fonte: Adaptado por Arf (2018).

Tabela: Área, produção e produtividade da cultura do trigo no Brasil no período 1993/94 a 2007/08.Safra Área

(mil ha)

Produção

(mil t)

Produtividade

(kg/ha)

1993/94 1.482,2 2.197,3 1.482

1994/95 1.348,8 2.096,3 1.554

1995/96 994,7 1.533,9 1.542

1996/97 1.796,0 3.292,8 1.833

1997/98 1.521,5 2.489,1 1.636

1998/99 1.408,8 2.269,8 1.611

1999/00 1.249,8 2.461,9 1.970

2000/01 1.138,7 1.725,8 1.516

2001/02 1.728,2 3.260,8 1.887

2002/03 2.042,9 2.934,7 1.436

2003/04 2.560,2 6.153,5 2.396

2004/05 2.807,2 5.726,2 2.040

2005/06 2.361,8 4.873,1 2.036

2006/07 1.758,0 2.233,7 1.271

2007/08 1.812,1 3.823,3 2.110

Fonte: Adaptado deFornasieri Filho (2018).

TRIGO – Custo de Produção (R$) – 2015 kg/ha

Descrição 3.000 2.900 5.400@

Custo total/ha 1.821,82 1.821,82 3.261,96

Custo total/t 608,00 628,00 604,00

Receita/ha 2.250,00 1.943,00 4.320,00

Resultado/ha 425,00 121,00 1.058,00

Região PR RS SP

Fonte: AGRIANUAL (2016). @ São Paulo - Paranapanema

TRIGO – Custo de Produção (R$) – 2017 kg/ha

Descrição 3.300 3.000 4.200@

Custo total/ha 1.835,97 1.755,33 2.991,79

Custo total/t 556,00 585,00 554,04

Receita/ha 2.145,00 1.935,00 3.645,00

Resultado/ha 309,03 179,67 653,21

Região PR RS SP

Fonte: AGRIANUAL (2018). @ São Paulo - Paranapanema

“QUEM NÃO É FAVORÁVEL AO TRIGO NACIONAL

NÃO É MERECEDOR DO PÃO NOSSO DE CADA DIA”

Solenidade de abertura da VII Reunião da ComissãoBrasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale

Londrina-PR, 27 a 30 de agosto de 2013.

Políticas para o Trigo Brasileiro

- Cultivares x demanda;

- Processo de produção e segregação;

- Redução das incertezas de opções;

- Maior articulação da cadeia do trigo: harmonizar interesses;

Pesquisa x indústria x agricultor x consumidor

- Melhor infra-estrutura de armazenagem.

Fonte: Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de trigo e Triticale – 2013.

a) Medidas no âmbito da cadeia produtiva

Políticas para o Trigo Brasileiro

- Vontade política;

- Definir relação dentro do Mercosul;

- Políticas públicas claras;

-- - Fixação do preço mínimo (preço que cubra o custo operacional) e cumprimento do preço ;

-- - Seguro rural (Fundo de catástrofe)

- Melhorar a Infra-estrutura e logística.

Fonte: Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de trigo e Triticale – 2013.

b) Medidas no âmbito do governo

2. DESCRIÇÃO DA PLANTA

Triticum aestivum L

10 de novembro é comemorado o dia do trigo

PLANTA

Figura: Posição da folha bandeira no espigamento

Glumelas

Figura: Posição da espiga na maturação

Figura: Característica da espiga quanto à presença de arista

Espigamento

Tipos de espiga

Fruto: Cariopse

TRITICALE

Cereal artificialmente criado pelo homem resultado do

cruzamento entre Trigo (gênero Triticum) e Centeio

(gênero SecaleSecale)

VANTAGENS DO TRITICALE

- Planta mais rústica e resistente à doenças;

- A farinha pode substituir a do trigo na panificação;

- Pode ser usado na alimentação animal, o teor de proteínas

é de 11%, maior que do milho;

- Opção interessante para o período de inverno;

- Possui potencial para atingir até 7 toneladas/ha.

Fonte: Pesquisa Agropecuária Catarinense, v.9, n.1, 1996.

TRIGO DURUM (Triticum durum)

Trigo comum: glúten elástico e expansivo importante para o crescimento do pão.

Trigo durum – principais características:

- As espigas são mais compactas, aristas mais longas e possibilidadede germinação na própria espiga;

- Extração de sêmola destinada à fabricação de macarrão ou massasem geral, podendo ser misturadas na fabricação de pães, bolachas, etc;

- A tecnologia empregada é similar ao do trigo comum e normalmentevale em torno de 20% a mais que o trigo comum;

Trigo durum – principais características:

- A maioria dos cultivares são sensíveis ao alumínio tóxico do solosuperior a 5%;

- Em relação às doenças apresentam boa resistência às ferrugense oídio, entretanto mais suscetíveis às manchas foliares e doençasda espiga;

- A produção mundial é de 8 a 10% em relação ao do trigo comum;

- Quase 100% do trigo durum é importado da Argentina e do Canadá;

- Para o Paraná é indicado o cultivar IPR 90 e em São Paulo o IAC 1003.

CONCEITOS DE QUALIDADE DO TRIGO

TRITICULTOR

- Resistência à pragas e doenças;

- Alta produtividade de grãos;

- Alto peso ou massa hectolítrico (PH)

MOAGEIRO

- Forma e tamanho uniforme dos grãos;

- Alto rendimento em farinha;

- Boa coloração do produto final;

- Baixo consumo de energia para moagem.

PANIFICADOR

- Alta capacidade de absorção de água pela farinha;

- Tolerância ao amassamento;

- Glúten de força média a forte;

- Pães com boas características.

PROTEINAS DO TRIGO

Existem 02 grupos:

- Não formadoras de glúten – albuminas e globulinas

- Formadoras de glúten – gliadinas e gluteninas

GLÚTEN

Nome genérico do conjunto de proteínas com capacidade de

formar MASSA, ou seja, na mistura de farinha e água observa-se

a formação de uma massa constituída da rede protéica do glúten

ligada aos grânulos de amido.

O glúten em panificação retém gás carbônico produzido no

processo e faz com que o pão aumente de volume.

“FARINHA FORTE” ALTA RETENÇÃO DE CO2

CONSUMIDOR

- Alto valor nutritivo (exemplo alta % em proteínas);

- Pães com grande volume;

- Textura interna e externa adequada;

- Boa coloração do produto final.

Figura: Componentes da semente de trigo

TABELA: Composição química do trigo

Componente Grão Germe Farinha

Proteína 13,3 26,6 11,8

Gordura 2,0 10,9 1,2

Minerais 1,7 4,3 0,46

Fibra 2,3 2,3 0,40

Carboidratos 68,7 44,2 74,1

Água 12,0 11,5 12,0

Fonte: Reitz (1967)

TABELA: Valor nutritivo do trigo e alguns derivados por 100g do produto

0,010,010,45083,4111Macarrão*

0,060,081,2107229,3268Pão francês

0,130,193,6209499,4286Pão integral

0,120,357,63126012,7332Grão

VitaminaB2 (mg)

VitaminaB1 (mg)

Ferromg

Fósforomg

Cálciomg

Proteínag

Caloriaskcal/kg

Alimento

* Macarrão cozidoFonte: Franco (1992)

PESO HECTOLÍTRICO E MASSA DE 1000 GRÃOS DE TRIGO

Cultivar PH 1000 Grãos

BR 18 81,94 42,7

IAC 24 80,26 34,8

IAC 289 79,58 35,4

IAC 350 81,25 38,6

IAC 362 81,70 42,2

IAC364 81,90 44,1

IAC 370 82,10 42,5

Fonte: EMBRAPA

TIPOS DE TRIGOTipos PH

kg/100L

Matéria

estranha e

impurezas

Grãos danificados

Insetos Mofados e

ardidos

Chochos e

quebrados

Mínimo % Máxima

1 78 1,0 0,5 0,5 1,5

2 75 1,5 1,0 1,0 2,5

3 72 2,0 2,0 2,0 5,0

Fonte: Informações Técnicas para Trigo e triticale – Safra 2012