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LEIA NO EDITORIAL Saúde e hortas urbanas são destaques na Semana da Alimentação LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: área plantada no Estado chega aos 50% N.º 1.523 11 de outubro de 2018 Aqui você encontra: Editorial Notas Agrícolas Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Saúde e hortas urbanas são destaques na Semana da Alimentação Com o objetivo de alertar as pessoas sobre a importância da alimentação para a saúde, foi instituído o Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, data marcada também pela criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Celebrado a partir de 1981, o Dia Mundial da Alimentação é comemorado em mais de 150 países. No Brasil não é diferente e aqui no Rio Grande do Sul a data é celebrada com a realização de diversas atividades durante a já tradicional Semana da Alimentação. Neste ano, a 16ª Semana da Alimentação RS acontece de 15 a 21 de outubro e prevê uma série de atividades para disseminar a importância da utilização de alimentos frescos, in natura ou minimamente processados, de produção agroecológica, sem contaminantes químicos e que promovam a saúde, mostrando que uma alimentação saudável e sustentável é viável mesmo em grandes centros urbanos. Com o tema "Alimentação Saudável ao seu Alcance - Hortas Urbanas", o Estado, com o apoio da Emater/RS-Ascar e de entidades parceiras, sedia várias atividades, como rodas de conversas, seminários, feiras e ações culturais, entre outras, que abordam desde a produção até o consumo de alimentos. O objetivo é provocar a reflexão sobre o significado dos alimentos para a saúde das pessoas, estimulando inclusive a população a cultivar parte dos alimentos que consome em hortas caseiras ou comunitárias. Importante destacarmos que a participação da Emater/RS-Ascar se dará em eventos em todo o Estado, mas em Porto Alegre, através do Escritório Central, participaremos da Abertura da Semana, no dia 16, às 14h, com oficinas sobre hortas em pequenos espaços e feira para alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Humaitá. Esta escola é referência no estímulo a uma alimentação saudável, pois mantém uma horta cuidada por pais, alunos e comunidade escolar e usa o local como ponto de convivência das crianças. Nos dias 17 e 18, na Faculdade de Agronomia da Ufrgs, vários de nossos extensionistas participam do curso de extensão sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs), que valorizam nossa sociobiodiversidade. No dia 19 à tarde, na Famurs, vamos participar do VI Seminário Temático do CRN-2: Educação alimentar e nutricional. A Semana encerra no dia 21, na Praça de Segurança Alimentar e Nutricional que acontece das 10h às 16h no Parque Farroupilha, também conhecido como Redenção. Neste dia, vamos repassar orientações sobre a produção de plantas aromáticas e condimentares em pequenos espaços e sobre compostagem e demonstrar como fazer sal temperado utilizando essas plantas. Como faz parte de nossa vocação extensionista incentivar a produção, o processamento e o consumo de alimentos saudáveis, convidamos a todos os colegas a se engajarem nas atividades da Semana da Alimentação, repassando dicas e informações para que a sociedade tenha acesso cada vez maior a alimentos de qualidade. O objetivo é enfatizar a produção alimentos saudáveis e nutritivos, e ao mesmo tempo proteger a biodiversidade do Planeta, essencial para garantir a segurança alimentar e nutricional e melhorar os meios de subsistência no campo. No Estado, as atividades da Semana são organizadas pela Fesan/RS, Conselho Regional de Nutricionistas da 2ª Região (CRN-2), Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (Consan/RS), Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan/RS) e Emater/RS Ascar. A programação pode ser conferida nas redes sociais pelo Facebook (facebook.com/semdaalimentacaors) e Instagram (instagram.com/semanadaalimentacaors). A todos e todas, uma produtiva e saudável Semana da Alimentação! Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

Saúde e hortas urbanas são destaques na Semana da Alimentação

LEIA NESTA EDIÇÃO

Milho: área plantada no Estado chega aos 50%

N.º 1.523

11 de outubro de 2018

Aqui você encontra:

Editorial

Notas Agrícolas

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Saúde e hortas urbanas são destaques na Semana da Alimentação

Com o objetivo de alertar as pessoas sobre a importância da alimentação para a saúde, foi instituído o Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, data marcada também pela criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Celebrado a partir de 1981, o Dia Mundial da Alimentação é comemorado em mais de 150 países. No Brasil não é diferente e aqui no Rio Grande do Sul a data é celebrada com a realização de diversas atividades durante a já tradicional Semana da Alimentação. Neste ano, a 16ª Semana da Alimentação RS acontece de 15 a 21 de outubro e prevê uma série de atividades para disseminar a importância da utilização de alimentos frescos, in natura ou minimamente processados, de produção agroecológica, sem contaminantes químicos e que promovam a saúde, mostrando que uma alimentação saudável e sustentável é viável mesmo em grandes centros urbanos. Com o tema "Alimentação Saudável ao seu Alcance - Hortas Urbanas", o Estado, com o apoio da Emater/RS-Ascar e de entidades parceiras, sedia várias atividades, como rodas de conversas, seminários, feiras e ações culturais, entre outras, que abordam desde a produção até o consumo de alimentos. O objetivo é provocar a reflexão sobre o significado dos alimentos para a saúde das pessoas, estimulando inclusive a população a cultivar parte dos alimentos que consome em hortas caseiras ou comunitárias. Importante destacarmos que a participação da Emater/RS-Ascar se dará em eventos em todo o Estado, mas em Porto Alegre, através do Escritório Central, participaremos da Abertura da Semana, no dia 16, às 14h, com oficinas sobre hortas em pequenos espaços e feira para alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Humaitá. Esta escola é referência no estímulo a uma alimentação saudável, pois mantém uma horta cuidada por pais, alunos e comunidade escolar e usa o local como ponto de convivência das crianças. Nos dias 17 e 18, na Faculdade de Agronomia da Ufrgs, vários de nossos extensionistas participam do curso de extensão sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs), que valorizam nossa sociobiodiversidade. No dia 19 à tarde, na Famurs, vamos participar do VI Seminário Temático do CRN-2: Educação alimentar e nutricional. A Semana encerra no dia 21, na Praça de Segurança Alimentar e Nutricional que acontece das 10h às 16h no Parque Farroupilha, também conhecido como Redenção. Neste dia, vamos repassar orientações sobre a produção de plantas aromáticas e condimentares em pequenos espaços e sobre compostagem e demonstrar como fazer sal temperado utilizando essas plantas. Como faz parte de nossa vocação extensionista incentivar a produção, o processamento e o consumo de alimentos saudáveis, convidamos a todos os colegas a se engajarem nas atividades da Semana da Alimentação, repassando dicas e informações para que a sociedade tenha acesso cada vez maior a alimentos de qualidade. O objetivo é enfatizar a produção alimentos saudáveis e nutritivos, e ao mesmo tempo proteger a biodiversidade do Planeta, essencial para garantir a segurança alimentar e nutricional e melhorar os meios de subsistência no campo. No Estado, as atividades da Semana são organizadas pela Fesan/RS, Conselho Regional de Nutricionistas da 2ª Região (CRN-2), Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS (Consan/RS), Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan/RS) e Emater/RS Ascar. A programação pode ser conferida nas redes sociais pelo Facebook (facebook.com/semdaalimentacaors) e Instagram (instagram.com/semanadaalimentacaors). A todos e todas, uma produtiva e saudável Semana da Alimentação!

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

NOTAS AGRÍCOLAS

Contratação de crédito rural em alta de 32% no trimestre Entre julho e setembro, produtores brasileiros contrataram R$ 50 bilhões. Os primeiros três meses de vigência do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019 apresentam alta de 32% nos valores contratados, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre julho e setembro, produtores brasileiros contrataram R$ 50 bilhões do crédito rural, totalizando 204.356 operações. A maior parte do desembolso se destinou a operações de custeio, R$ 29,8 bilhões, seguida por operações de comercialização, com R$ 9,3 bilhões, programas de investimento, que totalizaram R$ 8,5 bilhões, e industrialização, com R$ 2,5 bilhões. Relativamente às disponibilidades de recursos para a safra, foram contratados 26% do volume, ante 20% em igual período na safra anterior. Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, a avaliação do período é positiva, em função da demanda muito superior à do ano passado. "O incremento de 32% ganha maior relevância, uma vez que houve crescimento em todas as finalidades: custeio, investimento, industrialização e comercialização". Segundo ele, o desempenho do crédito rural mostra que houve oferta oportuna de recursos e que os produtores rurais estão confiantes no seu negócio, investindo na atividade. "É um indicativo que caminhamos para termos novamente uma boa safra em 2018/2019", ressalta. O financiamento dos programas de investimento também teve crescimento expressivo no período, de 30,2%, dentre os quais se destaca o Programa de Modernização Fonte: MAPA (publicado em 05/10/2018)

Nova Instrução Normativa visa transição de rastreabilidade - IN 51 Gestão do protocolo para certificação de bovinos e bubalinos na exportação que exige identificação individual deve ir para setor privado O Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), publicou nesta segunda-feira (08) a Instrução Normativa (IN) n° 51, que flexibiliza obrigações previstas na IN nº 17/2006 e cria condições para a transição gradativa para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) da gestão do protocolo para certificação da

cadeia de carnes de bovinos e bubalinos, visando à exportação para países ou blocos que exigem identificação individual de animais. Segundo o auditor fiscal federal agropecuário, Bruno Cotta, “desde 2009, são preparados o alicerce, as adequações normativas e estruturais, a fim de dar prosseguimento e cumprimento da legislação vigente, transferindo paulatinamente a gestão dos protocolos de rastreabilidade da cadeia, de modo a conferir-lhes o caráter privado, conforme determinação legal”. Em 2009, foi publicada a Lei 12.097, que conceitua e disciplina a aplicação da rastreabilidade na cadeia produtiva de bovinos e bubalinos e elenca os instrumentos obrigatórios para essa atividade. “Ela prevê um sistema de adesão voluntária e que as regras desse sistema sejam acordadas entre as partes envolvidas”, afirmou Cotta. Já em 2011, foi editado o Decreto n° 7.623, que estabeleceu os requisitos mínimos para a aprovação dos protocolos de rastreabilidade de adesão voluntária. Ele também definiu a obrigatoriedade de que o instrumento seja gerenciado pela CNA. Em março de 2014, foi publicada a IN n° 6, definindo os procedimentos de homologação, a estrutura e os requisitos mínimos do manual de procedimentos dos referidos protocolos. Em agosto de 2015, a IN n° 23, institui, no âmbito do Mapa, a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA). Trata-se de um sistema público informatizado, composto por uma base de dados única (BDU) e módulos de gestão de informações de interesse da defesa agropecuária e do agronegócio brasileiro. “A PGA trouxe novas perspectivas à cadeia produtiva, inserindo-a no contexto das normas que determinam as garantias de rastreabilidade, efetivando um caráter de certificação oficial, com a finalidade de atender às demandas dos mercados importadores”, destacou. Fonte: MAPA (publicado em 08/10/2018)

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 04/10/2018 A 10/10/2018

Nos últimos sete dias predominou o comportamento típico da primavera, com grande amplitude térmica e eventos de chuva forte no RS. Entre a quinta-feira (04) e o sábado (06), a presença de ar seco manteve o tempo firme, com temperaturas amenas durante a noite e valores mais elevados no período diurno. No domingo (07)

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e segunda-feira (08), o ingresso de ar quente elevou a temperatura e ocorrerão chuvas isoladas entre o Planalto e a Serra do Nordeste. Entre a terça (09) e a quarta-feira (10), a propagação de uma frente fria provocou chuva em todas as regiões. Na maior parte do Estado os volumes acumulados oscilaram entre 15 e 30 mm, e foram inferiores a 10 mm na Fronteira Oeste e nas Missões. Na Campanha, Vale do Uruguai e no Planalto os totais superaram os 50 mm em alguns municípios. Os valores mais significativos observados na rede de estações INMET/SEAPI ocorreram em Mostardas (42 mm), Canguçu e Serafina Corrêa (44 mm), Santa Rosa (49 mm), Bagé (128 mm), Hulha Negra (38 mm), Bagé e Vacaria (56 mm) e Passo Fundo (73 mm). A temperatura mínima da semana foi observada no dia 06/10 em Santa Vitória do Palmar (4,5°C) e a máxima ocorreu em campo Bom (32,1°C) no dia 09/10.

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE

11/10/2018 A 17/10/2018

A semana entre 11 e 17 de outubro novamente poderá apresentar altos volumes acumulados no RS. Na quinta-feira (11), o tempo permanecerá firme, com temperaturas amenas e nebulosidade variável. Entre a sexta (12) e o sábado (13), a propagação de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocarão chuva em todas as regiões, com risco de temporais isolados, rajadas de vento e queda de granizo, principalmente no Vale do Uruguai, Planalto e Serra do Nordeste. Entre o domingo (14) e a terça-feira (16), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade e deixará as temperaturas amenas. Na quarta (17), a aproximação de uma nova frente fria provocará

chuva em algumas regiões, principalmente na Metade Sul. Os totais esperados deverão oscilar entre 35 e 50 mm na maioria dos municípios do território gaúcho. Na Zona Sul e na Serra do Nordeste os valores previstos oscilarão entre 60 e 80 mm em algumas localidades. No Alto Vale do Uruguai e no Planalto os volumes serão mais elevados e poderão superar os 120 mm. Fonte: Secretaria de Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação –SEAPI.

GRÃOS Arroz – Produtores seguem realizando intensamente as operações de drenagem das lavouras, reconstrução de canais, nivelamento de áreas, aplicação de produtos para dessecação da vegetação de inverno, entre outros serviços necessários à implantação da nova safra. Muitas áreas já estão preparadas para a semeadura da safra 2018-2019, aguardando os melhores momentos de umidade e temperatura do solo. Nesse sentido, segundo números analisados através do sistema de acompanhamento das lavouras (Ipan-quinzenal), o RS já tem 54 mil hectares semeados com a nova safra, cerca de 5% do total previsto para este ano, que é de um milhão de hectares. Ano passado, o percentual atingia 9% nesta mesma época. A grande maioria dessas áreas já semeadas se localiza nas regiões da Fronteira Oeste e Campanha (42 mil hectares). Milho – As chuvas fortes e a ocorrência de granizo, registradas no início deste mês de outubro, não provocaram danos significativos para a cultura como um todo, embora algumas lavouras

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apresentem redução do potencial produtivo, principalmente nos locais onde houve queda de granizo com maior intensidade. Essas mesmas intempéries têm causado atraso na implantação das lavouras em algumas áreas específicas e localizadas. Porém, o percentual de plantio atingido no momento, em nível estadual, se aproxima da média dos últimos anos, que é de 50% para esta época. De maneira geral as lavouras apresentam bom desenvolvimento, e a germinação das sementes nas áreas plantadas recentemente tem sido acelerada com a manutenção das temperaturas mais elevadas. Feijão 1ª safra – A evolução na semana se mostrou lenta na implantação da cultura no Estado em decorrência de a umidade do solo estar acima da ideal para a operação. Os agricultores do Baixo Vale do Rio Pardo iniciam a realização da adubação nitrogenada em cobertura nas primeiras lavouras semeadas. Na região Centro-Serra as áreas semeadas apresentam boa germinação e emergência, com ótimo estande de plantas. Apesar das fortes chuvas, o aspecto geral das lavouras é bom e no momento os agricultores monitoram doenças. Nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, as lavouras já implantadas também apresentam bom desenvolvimento, bom stand de plantas e baixa incidência de pragas e doenças. A comercialização se mantém estável no RS, com valor médio de R$ 139,52/sc. de 60 quilos, subindo 0,24% em relação à semana anterior.

Trigo – As lavouras começam a entrar de forma acelerada na fase de maturação, sendo que 1% da área cultivada nesta safra já foi colhida. Estas primeiras áreas já colhidas se localizam principalmente nas regiões de Santa Rosa e Frederico Westphalen e apresentaram produtividades que variam entre 2,8 mil e três mil quilos por hectare, com boa qualidade. Nas lavouras em fase de enchimento de grão, os trabalhos de campo se concentram na aplicação de fungicidas visando proteger as espigas de infecções de septoria e giberella e de inseticidas protetores do pulgão da espiga. Canola - A cultura no Estado permanece em fases de enchimento de grãos, maturação e colheita. Essa última fase já começa a aumentar sua abrangência no Norte do RS, pois além da região Noroeste, a primeira a iniciar a colheita, as regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial também começaram a colher canola. Essas

lavouras apresentam diferenciais de rendimento, pois nas áreas mais baixas onde a intensidade da geada foi maior há redução de produtividade. Locais de topografia mais elevada apresentam produtividades muito boas, próxima a 35 sacas por hectare. Produtores preocupados com as chuvas sequenciais, em razão da alta sensibilidade das síliquas a este fenômeno. Mesmo assim, estima-se produtividade média em torno de 1,5 t/ha, de boa qualidade comercial.

Preço de referência: entre R$ 74,00 e R$ 75,00/sc. de 60 quilos.

Cevada - A cultura encontra-se na fase majoritária de enchimento de grãos. As condições de clima do momento, com alta umidade relativa do ar e do solo, dias nublados e temperatura em ascensão, têm propiciado condições favoráveis à instalação de moléstias fúngicas, principalmente ferrugens da folha e do colmo e giberella nas espigas, assim como incidência de bacteriose. Em algumas áreas, a lavoura também está bastante danificada pela combinação de chuvas e ventos, aumentando o acamamento de plantas. A maior preocupação atual dos produtores é com as condições climáticas futuras, pois a lavoura se encontra na fase mais crítica em relação à definição da produtividade e da qualidade da safra. Até o momento, há estimativas de potencial produtivo para três toneladas por hectare em muitas lavouras. Preço de referência (balcão) no Planalto: R$ 45,00/sc. Aveia branca - Cultura no Estado evolui rapidamente para o final do ciclo, estando em maturação e início da colheita. Áreas de aveia branca que tiveram acamamento deverão sofrer perdas de qualidade de grãos. Em Panambi, no Noroeste Colonial, a colheita está evoluída e a qualidade do produto é baixa; parte da produção não vem sendo recebida pelas empresas comercializadoras, necessitando armazenagem na propriedade.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais

Em toda a região da Grande Porto Alegre (Vale do Paranhana, Metropolitana Delta do Jacuí, Centro-Sul, Vale do Rio dos Sinos e Litoral Norte), a semana iniciou com tempo bom, porém no seu decorrer, ocorreram pancadas bastante fortes de

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chuva, trazendo dificuldade no cultivo das hortaliças. Chuvas fortes e período de tempo nublado trouxeram dificuldades em relação ao desenvolvimento de folhosas e brássicas, além da dificuldade de controle de algumas pragas. Os produtores relatam perdas em função das fortes chuvas ocorridas no período. As estufas resistiram bem aos ventos, o que sempre é uma preocupação constante dos produtores que estão investindo na plasticultura, em razão do histórico climático da região. Percebe-se retardo de implantação de novas áreas, pois os produtores continuam enfrentando dificuldades com o clima para realização do preparo do solo, plantio das hortaliças, demais tratos culturais e colheita. Nos últimos dois decênios, o período foi bastante chuvoso nos vales do Caí e Taquari, prejudicando a colheita e os tratos culturais na olericultura e atrasando o preparo do solo e a implantação de novos cultivos. Em geral ocorreram algumas perdas por doenças fúngicas devido ao excesso de umidade e pela dificuldade de realização dos tratamentos. Apesar do clima, há aumento da oferta de hortigranjeiros no mercado em geral, devido ao aumento das temperaturas, principalmente. Registra-se um bom fluxo no comércio de produtos olerícolas, com um preço considerado satisfatório pelos olericultores (com exceção das folhosas). Os produtores dizem ainda, que se não fosse a entrada das hortaliças de outros estados, a situação estaria melhor. As atividades de preparo do solo e plantio de hortaliças nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, se concentraram mais no final do período semanal, mas com pouco avanço, em virtude da primeira metade da semana ter sido chuvosa. As hortaliças, de uma maneira geral com cultivos a campo, apresentam bom desenvolvimento. Têm contribuído para isso fatores climáticos da segunda metade da semana, como temperaturas mais elevadas, radiação solar e boa umidade do solo. É ótimo o desenvolvimento de folhosas (alface, chicória, rúcula etc.) Culturas como temperos, brássicas (repolho, couves e brócolis), cenoura e beterraba, com produção mais significativa nesta época do ano, estão com qualidade e produtividade satisfatórias. Na semana constatou-se elevada incidência de pulgões na couve, causando deformações de folhas e nesses casos faz-se necessário o controle para evitar perdas.

Aipim e batata-doce em colheita e plantio. As culturas do alho e cebola tiveram bom desenvolvimento nas últimas semanas, beneficiado pelas condições de boa radiação solar. Plantios mais precoces iniciam a bulbificação. Seguem os tratamentos fitossanitários preventivos em alho e cebola, especialmente para o controle da ferrugem que encontra condições ideais de incidência em clima quente e alta umidade, eventos mais frequentes nas últimas semanas. Olerícolas

Batata-doce – A perspectiva de abrangência da área total do cultivo na região Centro-Sul é de produção quase terminada, com área colhida próximo de 97%. A preocupação é com a baixa oferta, refletida na menor qualidade do produto nas bancas de venda a varejo; mesmo assim, o valor médio negociado é de R$ 27,50/cx. de 20 quilos, considerado bom até o momento. Na Ceasa o preço está variando de R$ 40,00 a R$ 50,00/cx. Está se confirmando a redução da produtividade pela ocorrência da estiagem ocorrida no último verão, com rendimento médio de 11 toneladas por hectare. O momento é de aquisição dos insumos para a safra 2018-2019; apresentaram um aumento considerável nesse momento, aproximadamente 30%, o que tem causado uma grande preocupação aos agricultores, em virtude do aumento do custo da lavoura. Cebola – As condições climáticas na região Serrana melhoraram na porção final do último período, amenizando a forte preocupação dos cebolicultores com o panorama da cultura, bastante castigada por chuvas frequentes e de altas intensidades. Algumas lavouras foram afetadas por ventos e queda de granizo. Outras se apresentam com infecções de fitopatias tradicionais acima do esperado, exigindo cuidados redobrados. As áreas de variedades mais precoces já recebem adubações de cobertura com fertilizantes nitrogenados e potássicos. O momento é de efetivação também das práticas culturais de tratamentos fitossanitários e controle químico das ervas espontâneas. Na região Nordeste do RS, outra importante área de cultivo desse bulbo, os produtores vêm dando atenção especial aos tratos culturais, principalmente para realização de controle fitossanitário devido ao excesso de chuvas e à baixa luminosidade, que favorecem o aparecimento de doenças. A colheita de

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variedades precoces deverá iniciar no final de outubro no município de Ibiraiaras. Lavouras apresentam pendoamento acima da média normal.

Na região Sul, o transplante das mudas foi concluído para todos as cultivares e ciclos. O plantio direto da cebola foi bastante reduzido, principalmente em função do manejo (maior dificuldade em controlar algumas plantas daninhas nesse sistema e maior desenvolvimento inicial quando plantadas mudas). Cebolicultores seguem com as pulverizações de fungicidas. Mesmo com o tratamento com fungicidas, em algumas áreas há presença da doença míldio. A área transplantada manteve-se próxima da safra passada, com leve recuo na área transplantada, ficando em 2.831 hectares.

Tomate-cereja - O clima dos últimos dias foi favorável para o desenvolvimento da cultura, que se encontra na fase de desenvolvimento vegetativo, com alguns locais pontuais com áreas novas em ambiente protegido sendo colhidas. A situação fitossanitária no geral é boa, com alguma limitação de crescimento em função do clima chuvoso e relatos de problemas decorrentes de Fusarium. Essa é uma cultura que a região do Vale do Caí cultiva praticamente o ano inteiro. A safra maior da saída de inverno encontra-se na fase de florescimento/frutificação em diversas propriedades. Os frutos que estão sendo colhidos neste momento estão sendo comercializados a valores que oscilam entre R$ 4,50 a R$ 6,00/kg.

Abóbora híbrida - Áreas em desenvolvimento vegetativo no Vale do Taquari. Uma propriedade familiar antecipou o plantio e já está realizando a polinização hormonal nas plantas. Em poucos dias terá moranga para comercialização. A área de intenção do cultivo aumentou um pouco em relação ao ano passado. Os principais motivos são diversificação de produção e diminuição do cultivo de aipim.

Brássicas - Desenvolvimento normal, apesar do clima desfavorável devido ao excesso de umidade e baixa luminosidade. Há áreas em fase de desenvolvimento vegetativo, colheita e em renovação. A cotação do repolho nos últimos dias ficou à ordem de R$ 1,00/unid.; couve-flor de R$ 15,00/dz. e a do brócolis a R$ 12,00/dz.

Repolho – No Vale do Caí, em geral, a cultura se desenvolve sem maiores problemas que comprometam a produção. Apesar do clima desfavorável com excesso de umidade e chuvas

acima da média, há locais em colheita e renovação de áreas. Houve problemas pontuais com relação ao ataque da traça, depreciando a qualidade do produto. A fase está em desenvolvimento vegetativo e colheita. A cotação do preço nos últimos dias deu uma pequena desvalorizada, com o preço médio praticado em torno de R$ 0,40/kg.

Chuchu - Cultivo em fase de desenvolvimento vegetativo; neste momento acolhe tratos culturais adequados, sem maiores dificuldades de desenvolvimento. Houve retração no preço oferecido anteriormente. A cultura se encontra na fase de intervalo de produção e desenvolvimento vegetativo. Os produtores fazem as manutenções necessárias no pomar e também algumas atividades de poda das plantas antigas para renovação das mesmas e principalmente a adubação em cobertura. O período foi de comércio do que ainda pôde ser estocado nas câmaras frias antes do intervalo de produção. Houve um decréscimo na cotação no decorrer do mês em função da entrada de produto de outras regiões. Os preços, nas últimas semanas se situaram em média R$ 0,70 a R$ 0,85/kg.

Frutícolas

Maçã - Os meses de agosto e setembro se caracterizaram por temperaturas baixas e constantes, mantendo as plantas em estado dormente, ou seja, atrasando o início do novo ciclo nos pomares da Serra gaúcha. Ao iniciar a fase de aumento das temperaturas, começaram o florescimento e a brotação concomitantes na varietal Gala, principal variedade cultivada no Estado. Tal fato é raro de se ver, pois a condição normal é o florescimento preceder a brotação das gemas vegetativas. Período atual com dois momentos bem distintos: parte inicial com muita umidade no solo e no ar e altos volumes de precipitações, prejudicando polinização e manutenção da sanidade das flores; na segunda metade, alívio aos maleicultores pelo retorno do tempo firme e de dias com boa insolação. Já são efetivados os primeiros tratamentos para prevenção e controle da sarna, uma das principais fitopatias da cultura. Comercialmente, a safra atual está, desde março, com precificação bem acima do ano anterior, possibilitando o retorno dos valores investidos e capitalizando a cadeia. Melão gaúcho – Na região do Vale do Rio dos Sinos, em Nova Santa Rita tradicionalmente são cultivados em torno de 60 hectares, sendo que

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90% já estão implantados para esta safra. A previsão de início de colheita é para novembro, e a safra segue até janeiro do próximo ano. A produtividade esperada é de 20 t/ha, e o preço estimado está acima dos R$ 2,30/kg. Morango - Período de intensificação de colheita no Vale do Taquari, após período muito ruim de luminosidade. Praticamente todos os produtores estão tendo grandes perdas na cultura, devido à podridão (mofo cinzento/botrytis). O preço de venda ao consumidor final está em R$ 15,00/kg dos produtores tradicionais e de R$ 18,00 a R$20,00/kg de morango orgânico. Os produtores do Vale do Caí relataram boa produção e venda satisfatória, com troca do cacho (floração) sendo realizada. Há relatos de ocorrências de pragas como ácaro e de doenças, como a podridão, devido às chuvas frequentes. A produção atual se encontra dentro do esperado para a época do ano e o preço da cumbuca está, em média, entre R$ 2,50 a R$ 3,50/unid. Citros – Na região do Alto Uruguai, região de grande importância na produção de citros do Estado, se intensifica a colheita de laranjas com a cultivar Valência; em alguns municípios a colheita já se encontra em fase final. O preço praticado é entre R$ 0,45 e R$ 0,52/kg da fruta para a indústria, tirada na propriedade; o preço de fruta para mercado está entre R$ 0,60 e R$ 0,65/kg da fruta. Excelente expectativa de safra futura em função da boa florada. Os produtores estão realizando manejo fitossanitário para prevenção de doenças. Observa-se melhoria no aspecto de qualidade e maior interesse dos produtores para o manejo fitossanitário. Vêm ocorrendo plantio de novos pomares e intensa busca por mudas para plantios futuros. Nessa mesma região, as bergamotas estão em fase de colheita. Na última semana, o mercado se mostrou bastante promissor, praticando preços entre R$ 14,00 e R$ 17,00/cx. de 25 quilos. Produtores realizam tratamentos fúngicos. No Médio Alto Uruguai, a maioria dos pomares encontra-se colhido, com boa qualidade e produtividade. Restam aproximadamente 3% de colheita tardia entre os citros. O que se pode destacar na região quanto à citricultura é a organização dos agricultores em forma associativa, conseguindo se enquadrar para vender o suco para o mercado justo. Por meio desta forma de organização os mesmos podem

exportar suco recebendo valores maiores do que os praticados no mercado local. Destaca-se a alta procura por áreas para plantio de novos pomares, inclusive com propostas de arrendamento de áreas para períodos de 20 anos com valores atrativos tanto para o arrendatário como para o arrendador que realizará o cultivo. Comercialização de Hortigranjeiros

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, de Porto Alegre, entre o período de 02 a 09/10/2018, tivemos 27 produtos estáveis em preços, cinco em alta e três em baixa. São analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto destacou-se em baixa. Dois produtos destacaram-se em alta. Brócolis – de R$ 1,00 para R$ 1,67/cabeça (+67,00%). A diminuição atual da oferta do brócolis no Litoral Norte do RS sinaliza a tradicional troca de zona produtora que se inicia na primavera. A produção desta região gaúcha é estabelecida nos meses mais frios do inverno, buscando temperaturas mais amenas onde o microclima auxilia o cultivo. Opostamente, quando as temperaturas se elevam no início do verão, os cultivos são transferidos para a região Serrana, onde o clima mais ameno favorece a produção nos meses mais quentes. O mercado foi abastecido nesta terça-feira por 5.707 dúzias de cabeças de brócolis, volume este bem reduzido se comparado com a média ocorrida por dia forte nos últimos três anos para outubro, 7.590 dúzias de cabeças. Avaliando o preço médio formado nesta oportunidade, R$ 1,67/cabeça, vemos que este valor num mercado de oferta e procura retrata bem a redução ocorrida na oferta, elevando moderadamente a cotação do produto, cuja média dos preços nos últimos três anos para outubro foi de R$ 1,47/cabeça. Batata-doce – de R$ 2,00 para R$ 2,50/kg (+25,00%). Lembramos que, devido ao excesso de chuvas nos meses de inverno, a batata-doce sofreu diminuição radical na oferta. No final de agosto, o volume colocado à disposição do mercado já era menor em aproximadamente 50% em relação à média de oferta dos últimos três anos. O encharcamento dos solos naquele período promoveu o aparecimento de doenças fúngicas, depreciando a apresentação do produto para o

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mercado. Outra ocorrência foi de que os produtores retiveram parte das raízes mais saudáveis, preocupados com a implantação da nova safra. Entraram para a formação dos preços de atacado nesta oportunidade 99.468 quilos de batata-doce, volume este bem reduzido se comparado com a média por dia forte ocorrida no último triênio para outubro que foi 159.780 quilos. Cerca de 37% do produto foi procedente da região Sudeste do Brasil. O preço formado nesta terça-feira, R$ 2,50/kg, é bem elevado se comparado ao preço médio relativo aos últimos três anos para outubro que foi R$ 1,85/kg.

Produtos em alta 02/10/18

(R$) 09/10/18

(R$) Aumento

(%)

Alface (pé) 0,58 0,67 + 15,52

Brócolis (unidade) 1,00 1,67 + 67,00

Couve-flor (cabeça) 1,67 2,08 + 24,55

Batata (kg) 1,20 1,40 + 16,67

Batata-doce (kg) 2,00 2,50 + 25,00

Produtos em baixa 02/10/18

(R$) 09/10/18

(R$) Redução

(%)

Tomate caqui longa vida (kg)

3,00 2,75 - 8,33

Cenoura (kg) 1,75 1,50 - 14,29

Ovo branco (dúzia) 2,33 2,00 - 14,16

Fonte: Ceasa/RS.

Preços em feiras na região do Alto Uruguai –

Erechim Alface: e boa qualidade, entre R$ 0,80 a R$ 2,50/dz. Couve e brócolis: boa qualidade; entre R$ 2,00 e R$ 4,00/unid. Repolho: entre R$ 2,00 e R$ 5,00/cab. Rúcula e radiche: a R$ 2,00/maço. Tempero verde: preços variam de acordo com o tamanho do maço; em média R$ 2,00. Tomate Gaúcho: entre R$ 4,00 e R$ 6,00/kg.

Preços praticados na Feira do Produtor em Passo Fundo

Produto Preço/unidade

Alface lisa e/ou crespa R$ 1,00/pé

Alface americana R$ 1,50/pé

Alface produzida estufa

R$ 1,00/pé

Almeirão R$ 1,50/pé

Rúcula R$ 1,50/pé

Brócolis R$ 2,00/molho

Chicória R$ 1,50/pé

Couve-flor R$ 3,00/cabeça

Couve folha R$ 1,50/molho

Tempero verde R$ 1,50/molho

Cenoura R$ 2,00/kg

Beterraba R$ 2,00/molho

Aipim (em pacote descascado)

R$ 3,00/kg

Repolho roxo R$ 2,50/cabeça

Repolho verde R$ 1,50/cabeça

Rabanete R$ 1,50/molho

Abóbora Cabotiá R$ 2,00/kg

Tomate R$ 3,50/kg Fonte: Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Passo

Fundo.

Referencias de comercialização de cultivos na região do Vale do Caí

Pimentão: entre R$ 35,00 e R$

45,00/cx. de 17 kg

Pepino conserva: de R$ 80,00 a R$

90,00/cx. de 20 kg

Feijão-vagem: de R$ 60,00 a R$

70,00/sc. de 10 kg

Aipim: de R$ 12,00 a R$ 15,00/cx. de

20 kg

Moranga: R$ 1,70/kg

Batata-doce: de R$ 20,00 a R$

40,00/cx. de 20 kg

Alface: R$ 7,00/dz.

Repolho: R$ 1,00/unid.

Couve folha: R$ 5,00/dz.

Brócolis: R$ 12,00/dz.

Couve-flor: R$ 12,00/dz.

Couve chinesa: R$ 12,00/dz.

Tempero verde: R$ 5,00/dz.

Beterraba: R$ 15,00/dz. ou R$

20,00/cx. de 20 kg

OUTRAS CULTURAS

Cana-de-açúcar – Na região das Missões, as áreas de cana-de-açúcar para a indústria permanecem em colheita. As condições meteorológicas na região estão sendo favoráveis para a cultura, e as áreas de rebrote apresentam um ótimo desenvolvimento. Produtores realizam o corte da cana para entrega às agroindústrias de melado e de açúcar mascavo. A cooperativa regional está fazendo a industrialização da cana e, até o momento, foram industrializadas em torno de 30 mil toneladas. Em decorrência da chuva da última semana, a colheita teve pequeno avanço, e de maneira lenta. O rendimento de álcool está em

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média a 60 litros por tonelada de cana. Segundo a indústria, a produção em toneladas por hectare está boa, confirmando neste início de safra a perspectiva dos agricultores. Das áreas destinadas à indústria na região, 68% delas estão já colhidas, sendo projetado para o final de outubro o encerramento da colheita. Nas áreas coloniais, continua o corte para produção, principalmente de cachaça. Nas áreas colhidas há uma boa brotação. Está ocorrendo o plantio de novas áreas, e as áreas brotadas estão com bom desenvolvimento. Nas regiões do Litoral Norte e Vale do Paranhana, a cachaça é comercializada entre R$ 4,00 e R$ 5,00/litro, na propriedade. Também é comercializada nas feiras do produtor com preço variando entre R$ 5,00 e R$ 10,00/litro. O período de preparo do solo para renovação de canaviais e tratos culturais nos já implantados (cana soca) continua, porém com muita dificuldade em razão das fortes chuvas ocorridas nessas últimas semanas. O melado está sendo comercializado a R$ 2,90/kg, e o açúcar mascavo a R$ 5,00/kg na propriedade e a R$ 6,00 na feira do produtor. As lavouras de cana apresentam um bom desenvolvimento vegetativo, sendo comercializada a R$ 150,00/T.

CRIAÇÕES Bovinocultura de corte - As temperaturas amenas, o aumento da luminosidade e a boa umidade do solo têm favorecido o rebrote das pastagens perenes e do campo nativo, mas com baixo suporte de carga animal. As vacas com terneiro ao pé e lotes em terminação, lotadas nas pastagens anuais de inverno (azevém) com razoáveis ofertas de alimento e condições de pastejo apresentam uma melhoria no ganho de peso. Está se encerrando o manejo nas pastagens de inverno e os animais já vêm sendo manejados sobre os campos nativos. Os produtores implantam pastagens anuais de verão, como milheto, sorgo forrageiro, capim sudão e milho para silagem. O rebanho em geral apresenta boas condições nutricionais e sanitárias, com o monitoramento das parasitoses. Mercado Ocorre elevada oferta de animais para o abate, pressionando a redução dos preços. Por outro lado o consumo está reduzido e os frigoríficos estão espaçando suas escalas de abate, compondo um cenário de alta oferta de boi gordo;

assim os preços permanecem estabilizados ou em leve tendência de baixa. Na região de Bagé, começam a ser realizadas nos diversos municípios as expofeiras agropecuárias e também as feiras oficiais de terneiros de primavera; na semana ocorreu a Feira de Terneiros de Caçapava do Sul, com médias para os terneiros de R$ 5,33/kg vivo e para as terneiras de R$ 4,84/kg vivo. Na feira de Lavras do Sul, os terneiros foram comercializados em média por R$ 5,45/kg vivo; as terneiras, por R$ 4,95/kg vivo. Na região de Erechim, o preço do boi gordo continua estabilizado em torno de R$ 4,00 a R$ 5,00/kg vivo; o da vaca em torno de R$ 3,50 a R$ 3,80/kg vivo; novilhos para reposição, de R$ 5,00 a R$ 5,20/kg vivo. Na região de Passo Fundo, os preços médios praticados apresentaram pequena variação no período, sendo de R$ 4,80 a R$ 4,90/kg vivo do boi gordo, de R$ 3,80/kg vivo da vaca descarte; o preço pago ao produtor pelo novilho para engorda ficou entre R$ 4,80 e R$ 5,00/kg vivo. Na região Centro-Sul, com a paralisação das exportações de terneiros, os valores ofertados diminuíram, e grande quantidade de terneiros deixaram de ser castrados na época oportuna. Preços na região Carbonífera e Centro-Sul

Categoria Preço (R$/kg vivo)

Boi gordo 4,72

Boi de invernar 4,10

Vaca gorda 4,05

Vaca de invernar 3,20

Novilho 4,40

Novilha 4,10

Terneiro 5,60

Terneira 4,80

Búfalo 4,00 Observação: prazos de pagamento 30 e 60 dias. Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre.

Bovinocultura de leite - O clima do início da semana proporcionou um quadro bastante positivo para as pastagens de inverno, mas a grande quantidade de precipitação no final de semana fez com que os animais fossem retirados das pastagens para não haver muito pisoteio. A cultura da aveia (preta e branca) está em final de ciclo, aumentando o teor de fibra. O azevém continua sendo a principal espécie forrageira de inverno responsável pela oferta de pastagem nessa época do ano. Com manejo adequado da adubação e do pastejo, esse material genético

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ainda proporciona pastagem em quantidade e qualidade para o rebanho leiteiro. Continua a implantação da cultura do milho para silagem, sendo que as melhores produtividades de milho na região ocorrem naquelas lavouras implantadas no cedo. Intensifica-se o plantio das culturas anuais de verão: capim sudão, milheto e sorgo forrageiro. As condições climáticas favorecem a germinação e o crescimento dessas forrageiras. Recomenda-se adubação com incorporação de fósforo, através da distribuição com plantadeira destinada à semeadura da soja. Está iniciando o rebrote do pasto nativo e das pastagens perenes de verão, sendo que as gramas jiggs e tíftons, hermátria, braquiária e capim-elefante estão mais avançadas e aumentando a massa verde disponível, em função do aumento da temperatura, boa umidade do solo e também em função da adubação de cobertura, para que se inicie o pastoreio o mais breve possível. Essas espécies perenes de verão, associadas às pastagens de azevém, são as principais fontes de forragens para o gado leiteiro, tendo reflexos positivos no volume da produção de leite e como consequência, na diminuição do custo de produção. Em propriedades onde a pastagem anual de inverno já começa a aumentar o teor de fibra e reduzir o teor de proteína, tem se orientado um aumento na proteína do concentrado fornecido como suplementação. Produtores realizam a confecção de silagem de aveia branca e trigo; porém a umidade em algumas áreas tem dificultado a elaboração da silagem no melhor estágio das culturas. Na parte sanitária, já temos infestações de ectoparasitas e muitos agricultores estão realizando aplicação de brincos mosquicidas nas vacas. Mercado Preços do leite recebido pelos produtores

Município Preços (R$/L)

Aceguá 1,29

Alegrete 1,20

Antônio Prado 1,29

Bagé 1,29

Canguçu 1,14

Carlos Barbosa 1,42

Chapada 1,38

Dr. Maurício Cardoso 1,44

Erechim 1,23

Frederico

Westphalen

1,15

Ibiraiaras 1,43

Lagoa Vermelha 1,28

Marau 1,22

Palmeira das

Missões

1,20

Passo Fundo 1,23

Pelotas 1,12

Rio Grande 1,00

Santa Maria 1,29

Santa Rosa 1,40

Santo Augusto 1,40

São Lourenço do Sul 1,10

Teutônia 1,32

Tupanciretã 1,20

Venâncio Aires 1,30

Fonte: Relatório de preços semanais recebidos pelos

produtores no período de 08 a 12/10/2018 – Núcleo de

Informações e Análises – GPL/Emater-RS/Ascar.

Conforme relatório de preços semanais recebidos

pelos produtores, produzido pelo Núcleo de

Informações e Análises (GPL- Emater/RS-Ascar),

no período de 08 a 12/10/2018 o preço do leite

variou entre R$ 1,00 e R$ 1,44/L, de acordo com o

volume e a qualidade do produto. O preço médio

ficou em R$ 1,26/L, apresentando estabilidade em

relação à semana anterior.

Ovinocultura - A ovinocultura está em época final de parição, e o clima ameno e seco do início da semana favoreceu o rebanho, que vinha sofrendo com as fortes chuvas e as baixas temperaturas. Os produtores estão fazendo tratamento de verminoses e iniciando a vacinação contra clostridioses, a assinalação, castração e a descola dos cordeiros; alguns produtores, principalmente de raças laneiras, já fizeram a esquila para aproveitar o preço favorável da lã fina (Merino). Produtores aceleram a esquila para aproveitar os bons preços praticados no mercado. Mercado A baixa oferta de animais para abate tem mantidos os preços do cordeiro e do borrego em patamares elevados, também decorrentes da época. Alta das lãs finas e mercado com maior procura que oferta. Suinocultura - Sem novidades para a suinocultura na semana. A margem de lucro ao produtor está baixa gerando descontentamento entre os produtores. O suíno integrado está sendo comercializado entre R$ 2,88 a R$ 2,90/kg vivo.

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Os produtores independentes estão recebendo entre R$ 3,60 e R$ 3,70/kg vivo, posto no frigorífico. Piscicultura - Na região de Erechim, piscicultores realizam reserva de alevinos e fazem reformas, manutenção e adubação dos tanques. Em relação à sanidade, ataques de lernea têm sido o maior problema. O filé de Tilápia foi comercializado a R$ 25,00/kg; o preço de carpas inteiras varia entre R$ 8,00 e R$ 12,00/kg. Na região de Porto Alegre, a piscicultura vem evoluindo devido ao incentivo da Emater/RS-Ascar e dos parceiros, com capacitações e informações técnicas aos produtores e acesso a políticas públicas, com construções de novos açudes para fomento da atividade. Na região de Santa Rosa, a oferta de pescado está normalizada. Continua o manejo de preparo dos tanques para receber o povoamento e iniciaram as encomendas e a reserva de alevinos para o povoamento e repovoamento de tanques e açudes. Em Cândido Godói na última semana foi realizada a entrega de alevinos pela Secretaria da Agricultura do município. Em Horizontina, produtores estão esperando pela adequação do abatedouro de aves de Mambuca para fazer o abate dos peixes. O início das atividades de abate está previsto para o primeiro trimestre de 2019. Em Tucunduva, tem aumentado bastante a criação de tilápias; neste ano, são 12 produtores produzindo no sistema de parceria com agroindústria. Em Santo Cristo, vários produtores têm encaminhado licenciamento ambiental para construção de tanques destinados

à criação de peixes. Pesca artesanal - Na região de Pelotas, foi aberta a safra na Lagoa dos Patos e são elaborados planos para prorrogação de dívidas. Ocorrem reuniões periódicas com a associação dos feirantes da colônia Z3 em Pelotas. Devido ao excesso de chuvas, a Lagoa dos Patos está muito alta e desfavorece a captura de pescado; pouca captura registrada, com baixo valor de comercialização. Aumenta o volume de peixe capturado na Lagoa Mirim e no rio Jaguarão. Em Tavares os pescadores têm capturado Peixe-rei na Lagoa do Peixe. Em Cidreira e Balneário Pinhal, as condições para a pesca no mar estiveram favorecidas e os pescadores capturaram pescada, linguado e corvina. Em Capão da Canoa, na Lagoa dos Quadros, Rio Tramandaí, banhados adjacentes e na parte de captura de água doce do Sul do Estado, foram capturados 1.569 quilos de Traíra, Tainha, Jundiá, Caraá e Muçum,

comercializados com preços que variam entre R$ 10,00 a R$ 15,00/kg. Na pesca no mar, foram capturados 368 quilos de Tainha, Pescada e Papa-terra, comercializados com preços entre R$ 10,00 a R$ 15,00/kg. Na região de Santa Rosa, iniciou em primeiro de outubro o período de defeso em que a pesca comercial nos rios é proibida, restrita à pesca com linhas, em função do período de piracema, durante o qual os peixes sobem os rios para reprodução. Apicultura - Abelhas em intenso período de forrageamento; apicultores colocam melgueiras e fazem desbloqueio de ninho. A expectativa é de uma alta produção nessa safra. Apicultores estão fazendo a troca de quadros velhos, a fim de possibilitar favos novos para indução de maior postura da rainha. As floradas são abundantes no período primaveril, o que denota o aumento de produção das colmeias neste período, principalmente as colmeias que tiveram alimentação suplementar. Preços praticados na comercialização do mel

Região A granel

(R$/kg)

Embalado (R$/kg)

Bagé 6,50 a 8,00 28,00

Erechim 15,00 20,00

Passo Fundo - 20,00 e 25,00

Pelotas 9,50 e 15,00 17,00 a 25,00

Porto Alegre 15,00 25,00

Santa Maria 9,00 25,00

Soledade 9,00 a 10,00 15,00 a 21,00 Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar.

ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL – ASCAR

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013/2017

11/10/2018 04/10/2018 13/09/2018 12/10/2017 GERAL OUTUBRO

Arroz em Casca 50 kg 44,13 44,45 43,72 41,19 45,79 46,15

Feijão 60 kg 139,72 139,38 133,16 148,88 189,96 185,75

Milho 60 kg 37,55 38,16 37,70 28,41 32,03 31,86

Soja 60 kg 80,26 81,67 80,24 68,48 76,42 76,03

Sorgo Granífero 60 kg 28,92 29,19 28,92 22,50 27,94 27,05

Trigo 60 kg 41,15 42,20 42,19 33,72 38,18 38,50

Boi para Abate kg vivo 4,67 4,65 4,71 5,16 5,39 5,12

Vaca para Abate kg vivo 3,90 3,88 3,98 4,41 4,81 4,54

Cordeiro para Abate kg vivo 6,41 6,38 6,30 6,71 5,72 5,84

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,06 3,05 3,10 3,74 4,00 4,08

Leite (valor liquido recebido) litro 1,26 1,26 1,28 1,10 1,11 1,15

08/10-12/10 01/10-05/10 10/09-14/09 09/10-13/10

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valor es corrigidos. Média Geral é

a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.