n.º 1.415 leia nesta ediÇÃo - emater.tche.br · de vida daquele que é nosso verdadeiro patrão,...

13
LEIA NO PANORAMA GERAL Governador reconhece Emater/RS-Ascar como referência nacional LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Produtores já semearam 36% da área estimada. N.º 1.415 15 de setembro de 2016 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Governador reconhece Emater/RS-Ascar como referência nacional É com satisfação que recebemos, nesta semana, na Emater/RS- Ascar, o governador José Ivo Sartori. De forma simbólica, o governador fez a entrega de 26 carros, que darão melhores condições de trabalho e deslocamento de nossos técnicos e extensionistas até as propriedades rurais, assistidas pela nossa Instituição, qualificando ainda mais os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) prestados no Estado a agricultores e pecuaristas familiares, indígenas, quilombolas, assentados, reassentados e pescadores artesanais. Para tanto, todas as regiões administrativas foram contempladas com essa aquisição, garantida através de convênio entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, representado pela Caixa Econômica Federal, por se tratar de um contrato de repasse. O convênio alcança o valor de R$ 1.013.480,00, sendo R$ 808.314,55 de recursos do MDA e R$ 205.165,45 de contrapartida do Estado. A distribuição dos automóveis será de dois carros para cada região, totalizando 24 veículos, além de um carro para o Escritório Central e um para o serviço de Classificação e Certificação da Instituição. Como presidente da Emater/RS, só tenho a agradecer ao governador pela oportunidade de gerir essa Instituição, da qual me sinto cada dia mais comprometido com a permanência desse rico e único trabalho de Aters, tão abnegadamente prestado pelos extensionistas rurais, fortalecendo o desenvolvimento do nosso Estado. Agradeço também o apoio recebido do secretário Tarcísio Minetto, parceiro de tantos projetos, que alavancam a qualidade de vida daquele que é nosso verdadeiro patrão, o agricultor familiar. A vinda do governador à Emater/RS-Ascar revigora e nos incentiva a continuar em frente, na defesa do bem-estar e da melhoria da qualidade de vida e de trabalho a todos, extensionistas e públicos assistidos. O reconhecimento, por parte do governador, da importância da nossa Emater/RS-Ascar para o desenvolvimento do Estado, colocando a agricultura familiar gaúcha em lugar de destaque no Brasil, nos desafia a ir sempre em frente, a enfrentar, de forma abrangente, coletiva, cooperativa e avançada, a permanência do agricultor e dos jovens no campo, garantido assim alimentos em qualidade e quantidade para todos os gaúchos. Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

Upload: phamnga

Post on 07-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

LEIA NO PANORAM A GERAL Governador reconhece Emater/RS-Ascar como referência nacional LEIA NESTA EDIÇÃO

Milho: Produtores já semearam 36% da área estimada.

N.º 1.415

15 de setembro de 2016

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Governador reconhece Emater/RS-Ascar como referência nacional

É com satisfação que recebemos, nesta semana, na Emater/RS-Ascar, o governador José Ivo Sartori. De forma simbólica, o governador fez a entrega de 26 carros, que darão melhores condições de trabalho e deslocamento de nossos técnicos e extensionistas até as propriedades rurais, assistidas pela nossa Instituição, qualificando ainda mais os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) prestados no Estado a agricultores e pecuaristas familiares, indígenas, quilombolas, assentados, reassentados e pescadores artesanais. Para tanto, todas as regiões administrativas foram contempladas com essa aquisição, garantida através de convênio entre a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, representado pela Caixa Econômica Federal, por se tratar de um contrato de repasse. O convênio alcança o valor de R$ 1.013.480,00, sendo R$ 808.314,55 de recursos do MDA e R$ 205.165,45 de contrapartida do Estado. A distribuição dos automóveis será de dois carros para cada região, totalizando 24 veículos, além de um carro para o Escritório Central e um para o serviço de Classificação e Certificação da Instituição. Como presidente da Emater/RS, só tenho a agradecer ao governador pela oportunidade de gerir essa Instituição, da qual me sinto cada dia mais comprometido com a permanência desse rico e único trabalho de Aters, tão abnegadamente prestado pelos extensionistas rurais, fortalecendo o desenvolvimento do nosso Estado. Agradeço também o apoio recebido do secretário Tarcísio Minetto, parceiro de tantos projetos, que alavancam a qualidade de vida daquele que é nosso verdadeiro patrão, o agricultor familiar. A vinda do governador à Emater/RS-Ascar revigora e nos incentiva a continuar em frente, na defesa do bem-estar e da melhoria da qualidade de vida e de trabalho a todos, extensionistas e públicos assistidos. O reconhecimento, por parte do governador, da importância da nossa Emater/RS-Ascar para o desenvolvimento do Estado, colocando a agricultura familiar gaúcha em lugar de destaque no Brasil, nos desafia a ir sempre em frente, a enfrentar, de forma abrangente, coletiva, cooperativa e avançada, a permanência do agricultor e dos jovens no campo, garantido assim alimentos em qualidade e quantidade para todos os gaúchos.

Clair Kuhn

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

2

ERVA-MATE, CURSOS E CERTIFICAÇÃO

Em atendimento a Portaria SES/RS Nº 194 DE 13/05/2016, publicada no DOE em 17 maio de 2016, que aprova a regulamentação dos cursos de capacitação em Boas Práticas de Fabricação de Alimentos para as Indústrias de Erva-Mate e Derivados, a Emater-RS/Ascar, considerando seu histórico no atendimento às agroindústrias e na formação, através dos cursos de Boas Práticas Agropecuárias e de Fabricação na Agroindústria, resolveu incorporar em seu rol de cursos ministrados o “Curso de Capacitação em Boas Práticas de Fabricação de Alimentos para as Indústrias de Erva-Mate e Derivados”, específico para as indústrias ervateiras e obrigatório para a renovação ou solicitação de Alvará Sanitário. Este curso atende, necessária e exclusivamente as questões sanitárias, em acordo com as boas práticas de fabricação de alimentos para as indústrias, fiscalizados pelas coordenadorias regionais de saúde pertencentes a Secretaria de Saúde do Estado. O curso tem carga horária de 40 horas e seu certificado tem validade máxima de 4 anos, devendo ser renovado com um curso de atualização, com carga horária de 16 horas, a cada 4 anos. A Emater-RS/Ascar além de ministrar o curso para as indústrias ervateiras atendendo a portaria 194/2016, também certifica a qualidade da erva-mate. Este é mais um serviço disponibilizado para atender a cadeia produtiva ervateira para as indústrias que reúnem ou poderão reunir condições legais para tal. Fonte: Emater/RS-Ascar

RELATÓRIO DA FAO DESTACA CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO AQUÍCOLA BRASILEIRA E MUNDIAL

O relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) “O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura 2016”, do SOFI (sigla em inglês de O Estado da Insegurança Alimentar e Nutricional), estima que o Brasil deve registrar um crescimento de 104% na produção da pesca e aquicultura até 2025. De acordo com o relatório, o aumento na produção brasileira será o maior até o momento, na região da América Latina e Caribe, seguido de México (54,2%) e Argentina (53,9%). Na pesca, segundo o estudo SOFI, no Brasil, projeta-se um crescimento da produção de 1,3 milhão de toneladas, observados no período de 2013 a 2015, para 1,9 milhão em 2025. O valor corresponde a 2% dos 11,7 milhões de toneladas

de todo o mundo (o líder é a China, com 2,2 milhões de toneladas). É preciso que cada vez mais se consolidem políticas públicas na pesca e aquicultura, pois a demanda irá crescer e esses produtos serão responsáveis por parte significativa da alimentação futura da população mundial. Também, segundo o relatório, a América Latina e o Caribe vão apresentar uma expansão importante na produção aquícola que pode chegar as 3,7 milhões de toneladas em 2025, um crescimento de 39,9% em relação à 2013/15, período em que foram produzidas em média 2,7 milhões de toneladas anuais. Já, em âmbito global, a produção aquícola deve crescer até alcançar 195,9 milhões de toneladas em 2025. O produto proveniente da pesca sempre dominou a mesa do consumidor, mas hoje, 50% do peixe consumido mundialmente é proveniente da aquicultura. Isso significa que, no ano 2025, o mundo vai produzir 29 milhões de toneladas a mais de peixe que em 2013/15 e quase todo esse aumento vai acontecer nos países em desenvolvimento por meio da aquicultura. A aquicultura emprega oficialmente 356 mil pessoas na América Latina e mais de dois milhões de pessoas se dedicam à pesca. Estima-se ainda que existam mais de 500 mil famílias que dependem da aquicultura de pequena escala para a própria segurança alimentar e renda familiar na região. De acordo com o SOFI, o emprego no setor pesqueiro cresceu moderadamente na região, enquanto que no âmbito de capturas reduziu. Já a produção aquícola, cresceu a taxas altas. Atualmente, a América Latina e o Caribe produzem e extraem milhões de toneladas de peixe, porém o consumo per capita na região alcançou apenas dez quilos de peixe por ano, a metade da média global, e abaixo do recomendado pela FAO - 12 quilos de peixe por habitante/ano. Para a FAO os fatores favoráveis para o aumento na produção incluem menor desperdício, melhores canais de distribuição, aumento da procura associada ao crescimento da população, maiores rendimentos e urbanização. O crescimento da aquicultura é considerado um fator-chave para impulsionar os níveis de consumo global de peixe por pessoa. A FAO sublinha que o comércio internacional tem desempenhado um papel importante para que haja um número cada vez maior de escolhas para os consumidores de peixe. Entre os países, espera-se que o Brasil tenha aumento no consumo de peixe por pessoa na próxima década. Fonte: FAO

3

BRASIL SERÁ O MAIOR PRODUTOR DO CARNE BOVINA DO MUNDO

Nos próximos cinco anos, estima-se que o Brasil será o maior produtor de carne bovina do mundo, superando os Estados Unidos, país que atualmente ocupa o primeiro lugar no ranking. A cadeia produtiva brasileira da carne bovina movimenta cerca de R$ 167,5 bilhões por ano e gera aproximadamente 7 milhões de empregos. O setor produz 9,5 milhões de toneladas, sendo 7,6 milhões destinadas ao mercado interno e 1,8 milhão exportadas para mais de 140 países. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rebanho bovino brasileiro possui mais de 212 milhões de cabeças. Há alguns anos implanta-se um modelo de pecuária, no qual se produz bovinos com sustentabilidade e produtividade de referência mundial, reforçando a vocação do Brasil nesta cadeia produtiva do agronegócio. A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte trabalha pelo desenvolvimento do setor, com vistas ao aumento da produção e à sanidade animal. A revisão do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do Mapa está entre as ações da Comissão. Na área da competitividade, trabalha-se na ampliação de áreas habilitadas para exportação de carne bovina in natura para União Europeia; também foca-se na ampliação das exportações de material genético de bovinos vivos e na elaboração de proposta de classificação de carcaças no Brasil; no projeto Campo Futuro, promove-se o levantamento de custos de produção da bovinocultura de corte; na promoção comercial, atua-se na homologação do regulamento da Cota Hilton 481 para exportação de carne para União Europeia; e na área de políticas públicas para o setor, realiza-se ações para otimizar linhas e recursos para créditos de custeio e investimento. Neste ano, acompanha-se o avanço da recaracterização dos circuitos pecuários, por meio da revisão do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. O Brasil se estabelece como fornecedor de alimento para o mundo e a pecuária de corte também assume importância socioeconômica cada vez maior. Todo esse avanço é demonstrado nas exportações nacionais de carne bovina que cresceram 737% em 14 anos. O Brasil é líder mundial em vendas externas do produto, com 21% do total. Fonte: Gazeta do Povo.

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 09/9/2016 A 15/9/2016

A semana compreendida entre 09 a 15 de setembro apresentou chuva significativa e fortes rajadas de vento no RS. Na sexta-feira (09/9), o predomínio de uma massa de ar seco e frio determinou o tempo firme, com temperaturas baixas em todas as regiões. Entre os dias 10/9 (sábado) e 12/9 (segunda-feira), o ingresso de uma massa de ar quente favoreceu a rápida elevação das temperaturas, com valores entre 26,0 °C e 28 °C na maior parte do Estado e registros superiores a 30 °C nas Missões e na Fronteira Oeste. Na terça (13/9) e quarta-feira (14/9), a propagação de um Ciclone Extratropical no Oceano Atlântico, favoreceu a formação de áreas de instabilidade e provocou chuva em grande parte do RS. A presença do ciclone também gerou forte fortes rajadas de vento, coma valores entre 80 e 100 km/h em diversas áreas do Estado. A partir do dia 15/9 (quinta-feira), o ingresso de uma nova massa de ar frio e seco determinou a redução da nebulosidade e das temperaturas em todas as regiões. Nas estações do INMET os totais oscilaram entre 15 e 35 mm na maioria das localidades do RS, com valores inferiores a 10 mm na faixa oeste. Na Zona Sul os volumes registrados variaram entre 35 e 50 mm. Os totais mais expressivos foram observados em Pelotas e Porto Alegre (32 mm), Bento Gonçalves e Campo Bom (34 mm), Canguçu (36 mm), Santa Vitória do Palmar (39 mm), Camaquã e Chuí (40 mm), Encruzilhada do Sul (46 mm) e Jaguarão (49 mm). A temperatura mínima do período foi registrada em Vacaria (1,8 °C) no dia 09/9 e a máxima ocorreu em São Borja (34,9 °C) no dia 12/9.

4

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE 16/9/2016 A 22/9/2016

O período entre 16 e 22 de setembro deverá apresentar pouca chuva no RS. Na sexta-feira (16/9) a presença de uma massa de ar seco e frio garantirá o tempo firme, com predomínio de sol e temperaturas amenas em todas as regiões. No sábado (17/9), o ar frio perde intensidade e as temperaturas estarão em elevação. No domingo (18/9), poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva, principalmente nas Missões, Alto Uruguai, Planalto e na Serra do Nordeste. A partir da segunda-feira (19/9), o ar seco irá predominar e as temperaturas serão mais elevadas, com valores superiores a 25 °C na maioria das regiões, e que poderão oscilar em torno de 30 °C na Fronteira Oeste. Os totais esperados oscilarão entre 10 e 20 mm nas Missões e no Alto Uruguai; no restante do Estado os valores variarão entre 5 e 10 mm, e em algumas localidades da Metade Sul não deverão ser registradas chuvas significativas. Fonte: CEMETRS – INMET/FEPAGRO

GRÃOS

Arroz – Neste período os produtores desenvolvem atividades dentro do planejamento das áreas a serem implantadas para a próxima safra, realizando trabalhos de drenagem, incorporação da resteva e estruturação das estradas internas, canais e revisão de máquinas. Em alguns casos há mobilização do solo, que diminui bastante o preparo de verão em função da lavoura de soja estabelecida nas várzeas. Já se observa, em algumas regiões, várias lavouras com preparo bastante avançado, principalmente onde é utilizado o sistema pré-germinado. Nestas, o trabalho está praticamente pronto para a

semeadura, o que deverá ocorrer nos próximos dias. A expectativa dos produtores é de uma safra melhor que a passada, pelas previsões meteorológicas para o período, fato que tem induzido o aumento de área em alguns locais. O mercado do grão continua aquecido e os preços permanecem elevados, com uma expectativa de maiores altas nas próximas semanas. Nesta, a saca de 50 kg teve preço médio de R$ 49,46 pagos ao produtor. Milho – O clima da semana favoreceu ao plantio de novas áreas. É bom o crescimento e desenvolvimento das plantas nas lavouras já semeadas, com as condições climáticas favoráveis. As lavouras apresentam um bom “stand”. Em nível estadual, o percentual de área plantada chega a 36% do total projetado (804 mil ha). A região mais adiantada segue sendo Santa Rosa (Missões e Fronteira Noroeste) com 65% de sua área já semeada, algo como 110 mil ha. Nas lavouras semeadas recentemente têm se constatado, em algumas situações, que a germinação é lenta em função das temperaturas amenas e falta de aquecimento do solo. As lavouras plantadas no cedo já estão recebendo a primeira aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, assim como está em andamento o controle de formiga e pragas com aplicação de inseticidas. Apesar das recentes quedas nas cotações do produto, o preço pago ao produtor, pela saca de 60 kg, segue bem acima do praticado anteriormente. Durante a semana o preço médio ficou em R$ 43,69, contra R$ 28,36 registrados ano passado nesta mesma época. Soja – Continua intensa a procura pelo custeio da lavoura junto aos agentes financeiros, elaboração de projetos, busca das interpretações das análises do solo e recomendação da adubação. Estão sendo providenciados os pedidos dos insumos. Nas áreas de pastagem anual de inverno, que serão destinadas à produção de soja, a tendência é que a retirada dos animais seja finalizada no final de setembro. Trigo – As condições das lavouras continuam com bom aspecto geral, sendo que a lavouras em fase de floração somam 43% do total e as em enchimento (formação) do grão 15%. A expectativa de produção para este ano é muito boa. Muitas lavouras semeadas no cedo e com uso de alta tecnologia em insumos e genética

5

estão expressando potencial produtivo de aproximadamente 3.000 kg/ha. Segue em andamento a aplicação preventiva de fungicidas para controle de doenças da espiga, especialmente a giberela, além da aplicação de inseticida para pulgão e lagarta do trigo. Em algumas lavouras (aveia e azevém) se observa incidência de invasoras, em função de não ter sido feito o controle no estágio inicial pelo alto custo do herbicida. O preço da saca de 60 kg ficou praticamente estável em R$ 39,50.

Canola - A maioria das lavouras de canola se encontra nos estágios de frutificação e de maturação. É bom o aspecto geral das lavouras. No momento, as expectativas de colheitas são de superar a estimativas iniciais. Os agricultores realizaram tratamentos fúngicos misturados com inseticidas para controlar Trips e lagartas, em algumas áreas de lavoura. A cotação dos grãos, em geral, é R$ 3,00 acima do preço da soja no Noroeste, no Planalto e na região Celeiro. O valor de referência é de R$ 70,00/saca. Os agricultores têm visto a cultura como uma boa opção de rotação de culturas no inverno e com boa possibilidade de retorno econômico.

Cevada - A lavoura, com muito bom padrão, encontra-se nas fases de espigamento e de floração. Os trabalhos concentram-se nos tratamentos fúngicos contra giberela e septória, visando proteção das espigas, para se conseguir boa classificação comercial. Preço balcão no Planalto - R$ 40,00/sc. Feijão – A cultura encontra-se no início da semeadura na região Sul. Esta região deverá semear uma área de aproximadamente 4,5 mil hectares. Há, ´pois, aumento em relação ao semeado na safra passada. Em São Lourenço do Sul iniciou-se o plantio de feijão em lavouras bem protegidas de ventos e de possíveis geadas tardias. A germinação das lavouras plantadas está bem uniforme. O tempo seco, com boa umidade do solo, aliado ao calor, tem favorecido a germinação e o crescimento inicial. Muitas semeaduras planejadas objetivam o consumo familiar e a comercialização de excedentes no mercado local. Em Pelotas, os produtores estão adquirindo sementes e informações de tecnologias de cultivo para o feijão. Irão implantar Unidades de

Observação com diferentes cultivares e tecnologias de cultivo em várias localidades. Atualmente os produtores rurais estão praticamente sem feijão para comercialização, mas nos municípios de Canguçu e São Lourenço do Sul há negócios sendo realizados entre R$ 180,00 a R$ 240,00, conforme a qualidade do produto. Em Arroio do Padre, o feijão, com ótima classificação, é comercializado a valores de R$ 250,00 a saca de 60 kg. Nas Missões e Fronteira Noroeste está em andamento o preparo do solo. Os produtores estão iniciando o plantio das primeiras lavouras que em geral apresentam boa germinação e sem ataque de pragas. São lavouras cuja produção se destina para o consumo da própria família.

Linhaça – Mantém-se o bom aspecto geral das lavouras. A maioria se encontra em formação do grão. Estimativa de produtividade inicial/atual varia de 900 a 1.200 kg/ha na região Noroeste.

Aveia branca – No Alto Jacuí e região Celeiro, a cultura está passando rapidamente para o estádio de formação e enchimento de grão, com boas condições fitossanitárias e alto potencial produtivo. Há dificuldade em separar a área que será destinada a produção de grãos e confecção de silagem.

HORTIGRANJEIROS

Situações Regionais

Na primeira parte deste período, nos vales do Taquari e Caí, ocorreu bom desenvolvimento dos cultivos, com a ocorrência de temperaturas amenas. Na última semana, entretanto, devido ao excesso de chuvas (113 mm no período) e dias nublados, seguidos de intensos ventos, algumas culturas foram prejudicadas como a do feijão-vagem. De forma geral os produtores têm reclamado muito da falta de vendas na CEASA, dado ao período de excesso de oferta.

Inferem sobre a entrada muito forte de produtos de outras regiões, principalmente de fora do Estado, que alcançam brássicas e até mesmo temperos, provocando forte queda no preço em geral, mesmo de unidades de produção diversificadas. Quem leva produtos embalados ainda têm uma comercialização um pouco melhor.

Questão também referida na região, com impacto negativo nesta cadeia produtiva, é a dificuldade de acesso ao custeio agrícola. Muitos agricultores estão pagando seus custeios e não estão

6

conseguindo renovação, principalmente porque os agentes financeiros estão exigindo muitas garantias do produtor.

Nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste há produção normal com boa oferta e qualidade dos produtos. As hortaliças estão se desenvolvendo bem nos últimos dias, em função das condições climáticas. As hortas caseiras estão fartas de produtos, alegrando os produtores. As condições ambientais estão muito favoráveis para culturas da alface, da rúcula, da beterraba, da couve-chinesa e do repolho, o que causa diminuição dos preços na comercialização. Em Santo Cristo alguns produtores hidropônicos manifestaram problemas de podridão na coroa da alface. Está sendo orientado a utilização de produtos à base de Trichoderma, para prevenção e controle. Em Alecrim está sendo divulgada na rádio e no jornal a feira de produtos ecológicos, organizada pelo Escritório Municipal, para que produtores da Chamada da Agroecologia comercializem seus produtos na praça do município. A feira ocorrerá nesta sexta-feira, dia 16, das 10 às 16 horas. Citros - A laranja variedade Valência e a bergamota variedade Montenegrina estão em fase final de colheita. As plantas cítricas estão em plena floração. Os parreirais de variedades precoces estão com adiantada brotação e já com a presença de flores. Iniciou, nos cultivos comerciais de videira, o controle da antracnose. Produtores de morango estão iniciando a colheita, com boa produção e bons preços. Comercialização a R$ 15,00 o kg. Os dias de pouco sol retardam a emissão de flores e promovem a formação de frutos albinos, isto é, sem cor. Em andamento o plantio da melancia. Os produtores que já semearam relatam que as lavouras apresentam boa germinação. Também já foi iniciado o plantio do melão.

Olerícolas

Alho – As condições climáticas reinantes durante o período, na região da Serra, foram bastante favoráveis ao desenvolvimento e manutenção da sanidade das lavouras. Áreas de materiais precoces, embora poucas, já em plena bulbificação. Outras áreas implantadas com variedades tardias, basicamente a São Valentin, já demonstram claros sinais de diferenciação, ou

seja, início de formação dos bulbilhos. Esta fase é bastante crítica devido à suscetibilidade maior das plantas à incidência de fitomoléstias e superbrotamento. O momento atual é de práticas culturais como: controle químico de ervas espontâneas, aplicações de fungicidas para prevenção de fitopatias e adubações de cobertura com nitrogênio e potássio.

Abóbora Híbrida Japonesa - Cultura na entressafra. Na Região Sul, municípios de Arroio Grande, Jaguarão, Herval e Pedras Altas, os produtores estão com o preparo das áreas de plantio bastante adiantadas. A expectativa é de aumento considerável na área semeada este ano na região. Grande procura por informações técnicas da cultura, por parte dos produtores. Estão sendo agendadas reuniões para facilitar a difusão das tecnologias de produção da cultura. Essa expectativa deve ocorrer também nos outros municípios produtores. Os preços se mantém estáveis, oscilando entre R$ 1,10 e R$ 1,40, para os produtores com abóboras armazenadas. Batata - Os produtores beneficiados pelo programa de sementes fiscalizadas da variedade Rosa Maçã já realizaram o plantio dos tubérculos nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste. A cultura apresenta boa brotação e desenvolvimento inicial. O destino da produção esperada é para o consumo familiar. Previsão de manter a mesma área de produção do ano anterior.

Pepino - O cultivo do pepino encontra-se em fase de desenvolvimento e início de colheita das áreas novas. O clima das últimas semanas, no Vale do Caí, não foi favorável para a cultura pelo excesso de umidade, registrando problemas fitossanitários pontuais e a ocorrência de pulgão e mosca-branca. A procura pelo produto está em alta nos mercados e o preço está em média de R$ 60,00 a caixa/20 kg (preço de entrega dos produtores), beneficiando propriedades que possuem melhores estruturas de ambiente protegido, o que permite o cultivo continuado.

Tomate - A maior parte da área de cultivo na região do Vale do Caí encontra-se em fase de desenvolvimento. É momento dos tratos culturais como: desbrote, amarrio e proteção. O clima das últimas semanas foi favorável ao desenvolvimento da cultura, com algum aparecimento precoce de pulgão e mosca-branca. Pequena oferta de tomate

7

cereja. O comercializado nesta semana acolheu preços à ordem de R$ 10,00 o kg.

Pimentão – No Vale do Caí, o pimentão plantado após as geadas e aquele com desenvolvimento anterior está tendo produção de boa qualidade e sanidade. O valor praticado no período é considerado bom (R$ 35,00 por caixa de 11 kg), mas a saída ainda é pequena.

Couve-flor, repolho e brócolis - Neste período intensificam-se as atividades de transplante e tratos culturais nas áreas com novos cultivos, no Vale do Caí, principalmente de folhosas e brássicas. A comercialização encontra-se retraída pela grande oferta de olerícolas em geral e o período de condições climáticas favoráveis.

Com as brássicas, aproximadamente 50% da área encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo e 50% em fase de colheita ou transplante. Com boa qualidade, o brócolis foi comercializado a R$ 12,00 a dúzia e a couve-flor e o repolho a R$ 20,00 a dúzia. Devido a esse padrão de remuneração (repolho R$ 0,35 e 0,45 a unidade em alguns municípios), algumas áreas de produção no Vale do Caí estão deixando de ser colhidas.

Alface - Há muita produção de alface de boa qualidade neste período, embora tenha ocorrido algumas perdas ocasionadas pelo apodrecimento por excesso de umidade. Continua a dificuldade de comercialização. De acordo com os agricultores visitados no Vale do Caí, nesta última semana, os preços na CEASA continuam em torno de R$ 2,00 a R$ 3,00 a dúzia das variedades lisa e crespa. Muitos agricultores não estão colhendo a produção e alguns optam por pulverizar um dessecante e realizar o preparo de canteiros novamente.

Beterraba - O cultivo de beterraba encontra-se na fase de colheita. A produção é de boa aparência e qualidade, mas os preços não são atrativos. Registra-se elevada incidência de antracnose (olho de perdiz) na beterraba.

Feijão-vagem - Ainda devido à baixa oferta desta leguminosa, o preço já chegou a R$ 50,00 (saco de 10 kg).

Aipim/mandioca - Muitas áreas já foram implantadas no Vale do Caí, sendo que alguns agricultores ainda estão preparando a área. O plantio pode se estender até o próximo mês devido

ao escalonamento realizado e as diferentes variedades.

Preços de alguns produtos recebidos pelo produtor na última semana de comercialização na CEASA Caxias do Sul:

Alface: R$ 5,00/dz.

Couve-Folha: R$ 10,00,00/dz.

Cenoura: R$ 15,00/dz.

Tempero Verde: R$ 9,00/dz.

Repolho: R$ 0,90/un.

Beterraba R$ 15,0/dz.

Brócolis: R$ 8,00/dz.

Couve-Flor: R$ 10,00/dz.

Tomate - No município de Muçum, no Vale do Taquari, que possui um microclima favorável, o cultivo de tomate se encontra em fase de desenvolvimento, manejo e tratamento fitossanitário, registrando-se bom desenvolvimento.

Alface - A cultura da alface se encontra com bom desenvolvimento e nas fases de colheita, desenvolvimento vegetativo e plantio. Neste momento há dificuldades de comercialização, mesmo com desenvolvimento muito bom.

Feijão-vagem - A cultura do feijão-vagem apresenta bom desenvolvimento com áreas em fase de desenvolvimento vegetativo e outras em colheita, no Vale do Taquari. Está sendo comercializada a R$ 5,00/kg.

Frutícolas

Morango – Em Bom Princípio, o morango cultivado no chão está com excelente desenvolvimento e com grande produção. Inicia-se a maturação do segundo cacho, com boa carga de frutos. O morango, em substrato de segundo ano, está com elevada carga de fruto amadurecendo e início de frutificação do segundo cacho. O do ano está iniciando a maturação. Pela carga de frutos e de flores, que estão à campo, a produção das próximas semanas promete ser grande. A comercialização do morango local girou em torno de R$ 12,00 (4 cumbucas) e a do morango mineiro (Serra) a R$ 8,00 (4 cumbucas).

No município da Feliz, a chuva ocorrida na última quinzena gerou problemas para a cultura do morango, como o mofo cinzento e ácaros. Os produtores estão fazendo novamente uma limpeza nas mudas e retirando os frutos atacados da

8

lavoura. A produção deu uma diminuída, mesmo assim encontramos lavouras com grande produção e comercialização do fruto. O preço da cumbuca neste município está entre R$ 1,50 a R$ 3,50, dependendo do produtor.

Banana – No Litoral Norte, nos municípios de Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Torres, a semana teve grandes variações na temperatura. A oferta de banana está cada vez mais reduzida e há pouca emissão de cachos novos, predizendo que a pouca oferta ainda irá se estender por um bom tempo, principalmente da variedade Caturra. Valor da banana Caturra se igualando ao da variedade Prata devido à baixa oferta.

Banana Caturra 1ª - R$ 40,00/caixa de 20

kg e de R$ 20,00/cx pela de 2ª.

Prata de 1ª - R$ 40,00 / Caixa de 20 kg e

R$ 20,00/cx de 2ª.

Banana Ecológica: R$ 3,50/kg.

Ameixa - Em fase de desenvolvimento dos frutos, nas áreas das regiões do Vale do Taquari e Alto da Serra do Botucaraí. Nessa fase também está sendo feito o raleio. Há uma espera de excelente produção, por conta das condições favoráveis do inverno (acúmulo de horas de frio). As ameixeiras apresentam uma produção bastante promissora, mas a espécie exige a prática de raleio de frutos. Havendo condições meteorológicas favoráveis, principalmente com a não ocorrência de geadas tardias, estima-se uma boa safra. Nessa época também é realizada a primeira adubação na cultura. Citros – Encaminha-se para o final a colheita da bergamota Montenegrina, principal fruta cítrica produzida na região Serrana. As frutas se mantêm com ótima coloração e sabor, livres de ataques de pragas, principalmente da mosca das frutas. Raros são os casos de incidência da principal fitopatia citrícola, a Pinta-preta. Exceto com as laranjas Valência e de umbigo, a safra está marcada pelo baixo calibre das frutas, ou seja, tamanho bem abaixo da média colhida na região. Também se destaca o número elevado de frutas por plantas. Perdas consideráveis estão sendo registradas nas laranjas de umbigo em função de dois fatores: a queda e a granulação, ou seja, a polpa seca. Fatos estes resultantes das intensas e frequentes friagens durante o inverno. Alguns citricultores tentaram encaminhar essas laranjas à

indústria de suco, mas foram rechaçadas. Variedades precoces cultivadas nos vales já se encontram em plena floração. Florada essa que se apresenta bastante intensa. Resta aguardar como vai ser a fixação das frutas, haja vista o estresse que as plantas apresentam do inverno passado e da carga de frutas da presente safra. Mercado se mantém com boa procura dos citros e, consequentemente, preços também se mantendo estáveis, com médias em R$ por quilo: Montenegrina: 1,10; Laranjas de umbigo: 1,20.

Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, no período entre 06/09/2016 a 13/09/2016, tivemos 23 produtos estáveis em preços, 03 em alta e 09 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Mercado de terça-feira, primeira quinzena do mês. Percebem-se os compradores varejistas retraídos na aquisição dos hortigranjeiros. Oferta e procura se equivaleram, mantendo a maior parte dos principais produtos com as cotações estáveis. Os Produtores ajustam a oferta de seus produtos para os próximos períodos à menor intenção de aquisição do Varejo, bem como os Atacadistas da mesma forma o procedem com os produtos oriundos de outras praças nacionais. Os períodos de recessão proporcionam um ensinamento para todos os participantes de um mercado que trabalha com produtos perecíveis, pois profissionalizam os agentes no sentido de ajustar sua oferta à capacidade de pagamento das diversas camadas da população representadas pelo Varejo. Nenhum produto destacou-se em alta ou em baixa.

PRODUTOS EM ALTA

06/09 (R$)

13/09 (R$)

Aumento (%)

Laranja suco (kg) 1,20 1,25 + 4,17

Morango (kg) 5,50 5,71 + 3,82

Couve (molho) 0,67 0,83 + 23,88

9

PRODUTOS EM BAIXA

06/09 (R$)

13/09 (R$)

Baixa (%)

Banana Prata (kg) 3,50 3,25 - 7,14

Mamão Formosa (kg)

3,50 3,00 - 14,29

Manga (kg) 2,78 2,50 - 10,07

Brócolis (unidade) 1,25 1,00 - 20,00

Couve-flor (cabeça) 1,67 1,50 - 1018

Repolho verde (kg) 0,67 0,55 - 17,91

Tomate caqui Longa Vida (kg)

3,75 3,25 - 13,33

Alho importado (kg) 19,00 18,00 - 5,26

Batata (kg) 2,40 2,00 - 16,67 Fonte: Ceasa/RS

OUTRAS CULTURAS

Cana-de-açúcar - O rendimento médio, para as áreas de abrangência de cooperativa na região das Missões, está se confirmando em 55 toneladas de cana por hectare. O rendimento de álcool obtido na indústria está na média de 66 litros de álcool por tonelada de cana. O valor pago para o produtor pela tonelada está em R$ 60,00. As lavouras destinadas ao corte para agroindústrias do melado, do açúcar mascavo e da cachaça estão efetuando a colheita e obtendo bons resultados. Em torno de 55 toneladas por hectare e com bom rendimento de produção, em função da cana estar com bom grau brix. Não são constatadas perdas com geada, pois as principais áreas se encontram na costa do rio e não sofreram danos que prejudiquem seu desenvolvimento. Juntamente com a colheita, os agricultores estão efetuando o plantio de novos canaviais e extinção dos mais velhos, fazendo, assim, a renovação das lavouras. A expectativa anterior de pequena diminuição das áreas com cana comercial não está se confirmando, sendo feito a renovação e manutenção da área existente.

CRIAÇÕES

Pastagens - As pastagens cultivadas de inverno apresentam bom desempenho, pois começa a aumentar o período de luz, melhorando consideravelmente a oferta de forragens, também favorecidas pelo aumento das temperaturas, principalmente no período da tarde. As pastagens de trevos e cornichão de segundo ano ou mais antigas também contribuem na dieta dos animais e deverão atingir maior produção a partir de agora, com a proximidade da primavera. Por outro lado, a situação dos campos nativos se apresenta boa, visto que ocorre boa rebrota e crescimento das

espécies em geral com a chegada do calor e de maior luminosidade, não ocorrendo a geada que era esperada para a última semana. Nas regiões mais chuvosas temos dificuldade para o pleno aproveitamento das pastagens, pois com o alto teor de umidade dos solos, o pisoteio dos animais prejudica o desenvolvimento das mesmas. Alguns produtores estão adotando o pastoreio controlado nas pastagens de inverno. Em algumas regiões os produtores estão disponibilizando, aos rebanhos, as pastagens com aveia e azevém em desenvolvimento e realizando o pastoreio com diversas categorias do rebanho. Porém em algumas áreas observa-se que o ciclo produtivo das pastagens cultivadas poderá ser de um período insuficiente para um adequado ganho de peso dos animais até a época recomendada pelo zoneamento agrícola do novo plantio de soja. Determinadas áreas de aveia preta plantadas no cedo e não manejadas adequadamente já apresentam início de amadurecimento, podendo ser utilizadas para fenação. Na região de Bagé, observa-se ao longo das rodovias algumas queimadas. A vegetação muito seca facilita ocorrência de pequenos incêndios que podem atingir campos próximos desses eventos. Nas áreas de lavoura é feita a rotação com a lavoura de soja. Até o final deste mês serão retirados os animais, para que aumente o volume de massa. Em alguns casos o produtor colhe a semente, mas, em outros apenas dessecam para garantir uma boa cobertura de solo para a próxima safra. Começa a ocorrer a brotação mais significativa nas pastagens perenes de verão, como nos tiftons e nas brachiarias. Bovinocultura de Corte – O estado nutricional do rebanho bovino em geral ainda é satisfatório. Período de manejo pré-parto do gado de cria. O rebanho bovino está na fase de início da parição que deverá se estender para os próximos meses. Cerca de 20% já nascidos em algumas regiões. O gado, que está sendo retirado das pastagens das restevas inverno, volta para o campo em boas condições nutricionais. Nessa época é importante o aproveitamento da oferta ainda existente de pasto maduro do campo natural. Com o uso de sal proteinado há suprimento da deficiência de proteína devido à redução da qualidade das espécies forrageiras do campo nativo. Também nesse período os produtores estão manejando os rebanhos para adequar a carga animal às condições de disponibilidade forrageira dos campos nativos.

10

Os animais que estão em campo nativo apresentam perda de peso, consequência das condições nutricionais ofertadas pelas forrageiras no campo nativo neste período. Alguns produtores estão fornecendo aos rebanhos alternativas de alimentação como feno de palha de arroz e sal proteinado para auxiliar na nutrição dos rebanhos. Em alguns locais, áreas com pastagens cultivadas de azevém e aveia estão em condições plenas de utilização pelos animais, com obtenção de ganhos satisfatórios de peso. Alguns produtores estão usando cercas elétricas para divisão das áreas em potreiros e, assim, obter melhor manejo das pastagens e com isso permitir ampliação da oferta de forragem aos rebanhos. Os produtores mantêm cuidados sanitários nos rebanhos e realizam monitoramento dos animais, principalmente para o combate as verminoses, realizando tratamentos estratégicos. Um produtor da região de Santa Rosa relata que está usando a homeopatia animal com sucesso para controle de carrapato, uma vez que em anos anteriores na mesma época, não havia conseguido uma diminuição considerável da população. Comercialização - No geral a oferta está aquecida em razão de que os agricultores precisam liberar as áreas de lavoura, para realizarem o plantio das culturas de verão. A baixa procura pelos frigoríficos, em função da recessão econômica do país, provocou uma leve queda dos preços do boi gordo, que se situa entre R$ 4,70 e R$ 4, 90/kg de peso vivo. Vaca de invernar, com cotações de R$ 3,90 a 4,00/kg vivo. Vaca gorda com preços entre R$ 4,40 a R$ 4,50 por kg de peso vivo. Bovinocultura de Leite - Os produtores de leite, desde a última quinzena, ficaram um pouco mais tranquilos por causa da volta com mais regularidade da chuva, recompondo a umidade do solo e propiciando um maior rebrote das pastagens. O crescimento das pastagens de inverno como o azevém e trevos é considerado bom, com bom rebrote das áreas pastejadas. As matrizes estão começando a melhorar o estado corporal, em função da utilização das pastagens cultivadas que estão apresentando um melhor desenvolvimento e proporcionam acréscimo na produção. Alguns produtores que utilizam o sistema de piqueteamento nas pastagens têm conseguido um melhor aproveitamento das forrageiras. Produtores que conseguiram produzir silagem em boas quantidades têm custos mais baixos e têm

mais facilidade para manter a produção e poupar as pastagens em épocas chuvosas. Em alguns locais, o aumento da quantidade de ração e de milho tem sido estratégia para evitar queda na produção e manter o estado corporal dos animais. A compra de milho, sorgo, farelo de arroz e casca de soja tem sido alternativa utilizada por alguns produtores para continuar fornecendo concentrado aos animais com menores custos. As pastagens de inverno avançam para o final de ciclo e para a produção de sementes. A aveia preta ainda apresentando boa produção de massa, mas com qualidade inferior. A aveia branca está sendo colhida para silagem. As pastagens perenes de verão, como o Tifton 85, Panicuns, Capim Elefante, entre outras, estão apresentando boa rebrota. Não ocorrendo novas geadas, proporcionará pastejo nos próximos dias. Muitos produtores estão fazendo aquisição de brincos mosquicidas, para controle de parasitas. As temperaturas amenas têm favorecido a condição de bem-estar animal e a produção de leite. O estado corporal e sanitário do rebanho se encontra satisfatório. Em Morro Redondo, venda de terneiras e novilhas, devido às dificuldades em criar esses animais. As vacas de leite estão sendo inseminadas com raças de carne na tentativa de melhorar o valor de venda das crias para corte. Em São Lourenço do Sul, período de muita umidade e com bastante barro ao redor das instalações dificulta o acesso dos animais aos estábulos, aumentando a ocorrência de células somáticas, devido ao barro e a umidade. O solo muito úmido também estraga as pastagens, pelo pisoteio do gado. Os produtores estão preparando o solo e adquirindo os insumos para implantação das pastagens anuais de verão. Agricultores ainda se mantém cautelosos quanto ao plantio do milho para silagem, em virtude das baixas temperaturas dos solos, desfavoráveis à germinação dessa cultura. Comercialização - Existe temeridade por parte dos produtores em relação à redução do preço do leite, devido ao aumento da oferta de produção, pelo aumento da oferta de pastagem, a partir do final do inverno e início da primavera. Ovinocultura - Neste período está ocorrendo a fase final do nascimento de cordeiros nas propriedades. Os ventres estão sendo colocados nos melhores potreiros. Os produtores realizam cuidados especiais com os rebanhos em

11

produção, realizando a revisão diária dos rebanhos nesse período de parição, principalmente para evitar mortalidade nos cordeiros recém-nascidos. Os rebanhos apresentam condição corporal razoável. Os animais que estão em campo nativo perderam peso devido às condições do clima deste inverno, que influenciou as pastagens nativas. A maioria dos ovinos está em boas condições sanitárias. O período é de lactação das ovelhas. Prosseguem os trabalhos com cordeiros nascidos como: descola, castração e assinalação. Estão redobrando os cuidados nos dias de chuva, pois houve registros de morte de cordeiros por inanição/frio em algumas propriedades onde o clima desfavorável atingiu os rebanhos. Ocorre também relatos de ataque de javalis, grachains, caranchos e outros predadores. Os produtores realizam cuidados especiais no controle das miíases e haemonchoses. Os problemas de verminose são percebidos em todas as categorias do rebanho, inclusive cordeiros e borregos, com relatos de algumas mortes. Os produtores estão atentos ao controle da verminose ovina. Existem relatos da ocorrência de podridão do casco em alguns rebanhos. De maneira geral ainda não começou a prática da esquila, mas os produtores estão fazendo tratativas para a realização da mesma. Comercialização - Pouca oferta de animais para abate. Nesta época do ano os produtores preferem esquilar seus animais para depois comercializar para o abate. Embora os preços do cordeiro estejam atrativos, a oferta está muito baixa. Na maioria das propriedades está no início da produção. As negociações que estão ocorrendo estão direcionadas aos borregos até dois dentes e ovelhas de descarte. A indústria de lã ainda não forneceu preços para a próxima safra. Na região de Pelotas, preço da carne ovina nos açougues entre R$ 19,50 a R$21,00/kg. Na região de Santa Rosa, preços praticados: Capão a R$ 5,50/kg vivo; Ovelha entre R$ 4,80 a R$ 5,00/kg vivo e Cordeiro entre R$ 5,50 a R$ 6,00/kg. Suinocultura - Os suinocultores continuam insatisfeitos com o retorno econômico obtido no desenvolvimento da atividade. Na região de Erechim o milho está sendo comercializado de R$ 42,00 a 58,00 por saca, o kg do farelo de soja de R$ 1,40 a 2,00 e o kg do suíno vivo R$ 3,00. O preço pago pelo kg de suíno é menor que o custo de produção. A ACSURS, informa cotação média

da agroindústria de R$ 2,98/kg mais tipificação de carcaças. O suinocultor independente está recebendo entre R$ 4,00 e R$ 4,10/kg de peso vivo.

Apicultura - Com a elevação da temperatura, os apicultores aproveitaram para monitorar seus apiários. Os enxames apresentam boas condições sanitárias. Dias nublados e frios ocorridos na

última semana prejudicaram o trabalho das abelhas, sendo que os apicultores estão fazendo manejo alimentar das colmeias com alimento energético. Em função da proximidade da primavera, aumenta a disponibilidade de floradas e pólen, com predomínio de floradas de citros, canola, frutíferas e espécies nativas. Alguns apicultores migraram seus apiários para locais onde as abelhas estão trabalhando mais forte e em melhores condições pela diversidade da florada. As colmeias mais populosas estão com bom volume de favos com crias e mel. A expectativa inicial de rendimento da próxima safra é de 12-15kg por colmeia. Apicultores iniciam a reposição de cera alveolada em caixas iscas, para entrada de enxames, e manejo de eliminação de favos velhos, limpeza de colmeias e sobreposição de melgueiras pré- florada de primavera. Houve relatos, de vários apicultores, relacionados a mortandade das abelhas e a redução dos enxames, com consequente redução na produção, que poderá se refletir nos preços do produto. No município de Candido Godoi, entre os beneficiários da Chamada Pública da Sustentabilidade, houve uma redução em 67% no número de colmeias (984 para 324 caixas), com a mortandade dos enxames e o enfraquecimento dos remanescentes, reduzindo drasticamente à colheita de mel, com média de 7,7 Kg ano por colmeia. A perda já havia sido informada pela associação de apicultores. No último ano foi de 70% das colmeias existentes, sem determinação de causa específica, sendo os agrotóxicos apontados como possíveis responsáveis. A extração de mel ficou limitada a 20% do normal para o período, pois as colmeias apresentam redução de operárias.

Comercialização - Na região de Caxias do Sul, a baixa produção tem mantido os altos preços do mel. Mel no varejo a Kg 22,00/kg e mel no atacado a Kg 12,00/kg.

12

Na região de Erechim, alguns produtores fizeram pequena colheita de mel e estão comercializando diretamente ao consumidor, com preços que variam entre R$ 20,00 a R$ 25,00/kg. Na região de Pelotas, preços do mel embalado segue sem alteração, variando de R$ 15,00 a R$ 25,00/kg. A granel o mel está sendo comercializado de R$ 8,50 a R$ 12,00/kg. Na região de Porto Alegre, preços atuais do mel embalado é de R$ 20,00/kg. O mel de quitoco, que é um mel mais claro e suave, está com valor de R$ 25,00/kg. Na região de Soledade, o preço pago ao produtor fica em torno de R$ 8 a 9,00/kg, no entanto o mel vendido direto ao consumidor chega a R$ 18,00/kg.

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2011/2015

15/09/2016 08/09/2016. 11/08/2016 10/09/2015 GERAL SETEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 49,46 49,58 49,68 40,03 37,03 38,43

Feijão 60 kg 223,70 224,55 223,38 131,43 140,65 137,40

Milho 60 kg 43,69 44,30 45,13 28,36 29,08 28,46

Soja 60 kg 70,24 70,34 70,10 80,80 67,26 71,70

Sorgo Granífero 60 kg 40,23 39,89 40,26 24,33 24,42 24,36

Trigo 60 kg 39,50 39,92 40,17 35,02 33,54 34,28

Boi para Abate kg vivo 4,84 4,84 5,07 5,46 4,43 4,29

Vaca para Abate kg vivo 4,36 4,41 4,60 4,79 3,98 3,84

Cordeiro para Abate kg vivo 5,55 5,51 5,45 5,56 4,87 4,93

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,36 3,33 3,31 3,41 3,35 3,32

Leite (valor liquido recebido) litro 1,35 1,34 1,27 0,99 0,91 0,94

12/09-16/09 05/09-09/09 15/09-19/09 14/09-18/09

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2011-2015 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2011-2015.