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LEIA NO EDITORIAL Emater/RS-Ascar na Semana da Alimentação LEIA NESTA EDIÇÃO Trigo: lavouras colhidas no RS já alcançam 10% da área estimada N.º 1.524 18 de outubro de 2018 Outubro Rosa Aqui você encontra: Editorial Notas Agrícolas Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Emater/RS-Ascar na Semana da Alimentação Estamos celebrando mais uma Semana da Alimentação no RS e nesta 16ª edição o tema é "Alimentação Saudável ao seu Alcance - Hortas Urbanas". Até domingo (21/10), muitas atividades são realizadas em todo o Estado, com o objetivo de provocar a reflexão sobre a produção de alimentos considerados limpos, cultivados sem o uso de agrotóxicos e priorizando o acesso do consumidor através de feiras, ou seja, as cadeias curtas, que reduzem o manuseio/a manipulação e o transporte, favorecendo a qualidade e a aparência dos alimentos. Também neste ano é incentivado o cultivo de alimentos em pequenos espaços, seja hortas em casa ou comunitárias, tudo para favorecer o acesso das pessoas a alimentos em quantidade e qualidade, permitindo a segurança alimentar da população. É importante recordar que a Semana da Alimentação foi instituída em 1981 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) com o objetivo de comemorar o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro. Neste dia, em Porto Alegre, participamos da solenidade oficial de abertura da Semana, realizada na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Humaitá. A Escola é considerada referência no estímulo a uma alimentação saudável. Isso porque a horta com temperos e verduras é cuidada por pais, alunos e pela comunidade escolar. No local há também um pequeno forno de barro e uma composteira, além de bancos e mesa para as crianças lancharem e realizarem atividades, como a oficina de plantio ministrada pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS- Ascar de Porto Alegre, Sandro Fidler, que também explicou como o composto vira adubo, a partir da utilização de cascas, talos e folhas das frutas e verduras utilizadas na merenda das crianças. Ao final da atividade, cada criança recebeu uma muda de temperos no compromisso de cuidar e regar todos os dias, envolvendo a família, pais e irmãos, na defesa de uma alimentação de qualidade. Enquanto Sandro ensinava como plantar, no Refeitório da Escola crianças aprendiam como fazer suco verde de couve e maçã, e degustaram, dizendo que gostaram do sabor. Do lado de fora da Escola, agricultores do Assentamento Filhos de Sepé, de Viamão, e da Cooperativa de Trabalho e Desenvolvimento dos Povos Tradicionais (Cooptma) comercializaram alimentos orgânicos, destacando inclusive que, além da produção de alimentos seguros, devemos evitar o desperdício e incentivar o aproveitamento integral dos alimentos. As atividades da Semana da Alimentação são resultado da parceria entre Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Fesan), Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-2), Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Caisan), Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e Emater/RS Ascar. Como já é tradicional, a Semana da Alimentação encerra no domingo (21/10), no Parque Farroupilha (Redenção), na Praça de Segurança Alimentar e Nutricional. Das 10h às 16h, estaremos lá demonstrando o cultivo de plantas aromáticas, condimentares e medicinais, compostagem e a utilização de plantas na elaboração de sal temperado. Então, convidamos a todos para participar dos eventos da Semana da Alimentação, assim como sugerimos que façam suas hortas, seja em casa ou apartamento, cultivem alimentos saudáveis, cultivem saúde. Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

Emater/RS-Ascar na Semana da Alimentação

LEIA NESTA EDIÇÃO

Trigo: lavouras colhidas no RS já alcançam 10% da área estimada

N.º 1.524

18 de outubro de 2018

Outubro Rosa

Aqui você encontra:

Editorial

Notas Agrícolas

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Emater/RS-Ascar na Semana da Alimentação Estamos celebrando mais uma Semana da Alimentação no RS e nesta 16ª edição o tema é "Alimentação Saudável ao seu Alcance - Hortas Urbanas". Até domingo (21/10), muitas atividades são realizadas em todo o Estado, com o objetivo de provocar a reflexão sobre a produção de alimentos considerados limpos, cultivados sem o uso de agrotóxicos e priorizando o acesso do consumidor através de feiras, ou seja, as cadeias curtas, que reduzem o manuseio/a manipulação e o transporte, favorecendo a qualidade e a aparência dos alimentos. Também neste ano é incentivado o cultivo de alimentos em pequenos espaços, seja hortas em casa ou comunitárias, tudo para favorecer o acesso das pessoas a alimentos em quantidade e qualidade, permitindo a segurança alimentar da população. É importante recordar que a Semana da Alimentação foi instituída em 1981 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) com o objetivo de comemorar o Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro. Neste dia, em Porto Alegre, participamos da solenidade oficial de abertura da Semana, realizada na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Humaitá. A Escola é considerada referência no estímulo a uma alimentação saudável. Isso porque a horta com temperos e verduras é cuidada por pais, alunos e pela comunidade escolar. No local há também um pequeno forno de barro e uma composteira, além de bancos e mesa para as crianças lancharem e realizarem atividades, como a oficina de plantio ministrada pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, Sandro Fidler, que também explicou como o composto vira adubo, a partir da utilização de cascas, talos e folhas das frutas e verduras utilizadas na merenda das crianças. Ao final da atividade, cada criança recebeu uma muda de temperos no compromisso de cuidar e regar todos os dias, envolvendo a família, pais e irmãos, na defesa de uma alimentação de qualidade. Enquanto Sandro ensinava como plantar, no Refeitório da Escola crianças aprendiam como fazer suco verde de couve e maçã, e degustaram, dizendo que gostaram do sabor. Do lado de fora da Escola, agricultores do Assentamento Filhos de Sepé, de Viamão, e da Cooperativa de Trabalho e Desenvolvimento dos Povos Tradicionais (Cooptma) comercializaram alimentos orgânicos, destacando inclusive que, além da produção de alimentos seguros, devemos evitar o desperdício e incentivar o aproveitamento integral dos alimentos. As atividades da Semana da Alimentação são resultado da parceria entre Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Fesan), Conselho Regional de Nutricionistas (CRN-2), Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Caisan), Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e Emater/RS Ascar. Como já é tradicional, a Semana da Alimentação encerra no domingo (21/10), no Parque Farroupilha (Redenção), na Praça de Segurança Alimentar e Nutricional. Das 10h às 16h, estaremos lá demonstrando o cultivo de plantas aromáticas, condimentares e medicinais, compostagem e a utilização de plantas na elaboração de sal temperado. Então, convidamos a todos para participar dos eventos da Semana da Alimentação, assim como sugerimos que façam suas hortas, seja em casa ou apartamento, cultivem alimentos saudáveis, cultivem saúde.

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

NOTAS AGRÍCOLAS Engenheiros agrônomos passam a ser responsáveis pelo receituário de agrotóxicos

Acordo assinado nesta quinta-feira (11) no gabinete do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), atribui ao engenheiro agrônomo a responsabilidade pelo receituário de aplicação de agrotóxicos. Até então, o receituário reproduzia o que é previsto nas bulas emitidas pelos fabricantes. “Empoderamos os engenheiros agrônomos, que também passam a definir as misturas que podem ser feitas desses produtos. Era uma demanda antiga dos profissionais”, disse o ministro. Pelo acordo, assinado com o presidente do Confea, Joel Kruger, é delegada a edição de atos normativos no que se refere ao receituário agronômico, para incrementar o gerenciamento de risco no uso de agrotóxicos. “A gente ficava escravo da recomendação das indústrias. Hoje, a receita já pode ser incrementada pelo conhecimento técnico, pelas referências bibliográficas e cientificas disponíveis no mercado, na bibliografia acadêmica. E o engenheiro agrônomo tem mais um pouco de liberdade para fazer recomendações, do jeito que é necessário para o controle fitossanitário”, disse o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel. “Com o acordo de cooperação, podemos avançar, dar ao engenheiro agrônomo o que lhe é de direito pela lei que instituiu a sua profissão, que é fazer a recomendação com base técnica do produto usado no campo”, completou o secretário. Além do receituário, a mistura em tanques, antes da aplicação na agricultura, também passa para a responsabilidade dos agrônomos, “utilizando o conhecimento que eles têm”. Segundo o secretário, a medida também “tira da sombra de uma ilicitude involuntária, os agricultores. A prática era essa pela falta de responsável técnico na recomendação. Obviamente, a responsabilidade do Confea é fiscalizar o exercício profissional”. “São usados vários produtos para otimizar o processo e existem riscos de eventual mistura criar incompatibilidade química no tanque de pulverização, precipitando uma substância, entupindo bico, criando fitotoxidade, dependendo da cultura, da forma como é aplicado. E só quem entende de fato desse assunto é o engenheiro agrônomo”, lembrou. Por meio de portaria, foi instituído, no âmbito da agenda anual da Secretária de Defesa Agropecuária o Encontro Nacional de Fiscalização e Seminário sobre Agrotóxicos, evento que se

realiza há 15 anos, mas que não estava no calendário oficial do Ministério da Agricultura. A partir de agora, será organizado em conjunto pela Secretária de Defesa Agropecuária e pelo Confea, com objetivo de discutir a fiscalização agropecuária, o uso de produtos, o contrabando de agrotóxicos e o exercício profissional. As decisões foram tomadas um dia antes da comemoração ao Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo, comemorado nesta sexta-feira (12). Além disso, foi definida lista de pragas prioritárias do ministério, editada anualmente. A lista demonstra para as empresas que oferecem tecnologia quais são as principais preocupações fitossanitárias do Mapa. “Listamos quais são as pragas que nos preocupam e que precisam de inovações tecnológicas, de ofertas de produtos tecnológicos”, explicou Rangel. Fonte: MAPA (publicado em 11/10/2018)

Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) repassará cerca de R$ 3 milhões para ações

conjuntas que contribuam com a diminuição de perdas na cadeia produtiva

Brasília - Está aberto até o dia 26 de outubro o edital do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para apoiar a redução das perdas e do desperdício de alimentos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A iniciativa soma-se ao acordo de cooperação técnica assinado entre o MDS e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Por meio de convênio, o governo federal vai repassar cerca de R$ 3 milhões para ações conjuntas nos três Estados. De acordo com a secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, o objetivo é incentivar as unidades federativas a apoiarem municípios, cooperativas e agricultores que queiram implementar projetos para redução das perdas e dos desperdícios de alimentos. “Queremos que os Estados coloquem suas estruturas à disposição para o desenvolvimento de ações técnicas e de sensibilização, tanto para cooperativas e produtores, quanto para os municípios, a fim de combater a perda e o desperdício”, explica. Os convênios que serão firmados preveem também a capacitação de técnicos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para atuar em pontos críticos da cadeia de produção de alimentos, além da elaboração de materiais informativos sobre boas práticas de produção, manuseio, transporte, conservação e consumo. Também serão incentivadas parcerias entre varejistas, atacadistas, distribuidores e organizações sociais para a doação de alimentos.

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Crédito - A secretária destaca ainda que é importante o apoio dos Estados para que os interessados possam - a partir do ano que vem – ter acesso aos recursos disponibilizados pelo BRDE. O banco facilitará o crédito para o desenvolvimento de tecnologias e melhorias de infraestrutura e logística na produção, no armazenamento, no processamento, no transporte, na distribuição e comercialização de produtos. “Cooperativas e produtores poderão criar projetos para a construção de silos de armazenagem e comprar caminhões, por exemplo. Já os municípios poderão estruturar seus bancos de alimentos e unidades armazenadoras de produtos da agricultura familiar, promover melhorias nas cozinhas das escolas e em outras instituições”, exemplificou. As orientações gerais para a apresentação das propostas e encaminhamento ao Sistema de Convênios (Siconv) estão disponíveis no site: http://mds.gov.br/assuntos/seguranca-alimentar/editais. Em abril deste ano, a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN) publicou a Estratégia Intersetorial para Redução das Perdas e Desperdícios de Alimentos no Brasil. Números - Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que, a cada ano, perdem-se aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de alimentos no mundo – o que corresponde a mais de 30% de toda a produção mundial e 15% de todas as calorias produzidas. Entre as principais causas estão a precariedade na produção e na infraestrutura de transporte e logística, os problemas de armazenamento, a falta de campanhas educativas e de boas práticas. Fonte: MDS (publicado em 03/10/2018)

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 11/10/2018 A 17/10/2018

A semana de 11 a 17 de outubro apresentou distribuição irregular da chuva no RS. Na quinta-feira (11), o tempo permaneceu firme, com temperaturas amenas e nebulosidade variável. Na sexta (12) e no sábado (13), a propagação de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocaram chuva em todas as regiões, com ocorrência de temporais isolados. Entre o domingo (14) e a terça-feira (16), o ingresso de ar seco afastou a nebulosidade e deixou as temperaturas amenas. Na quarta (17), a propagação de uma

área de baixa pressão provocou pancadas de chuva e trovoadas isoladas em algumas regiões. No período, os valores de precipitação acumulada oscilaram entre 20 e 30 mm na maior parte do RS, e ficaram abaixo de 10 mm no Vale do taquari e na Região Metropolitana. No Vale do Uruguai e na Serra do Nordeste os totais variaram de 35 a 50 mm. Na Campanha e na Zona Sul os volumes acumulados superaram 60 mm superaram em alguns municípios. Os totais mais expressivos registrados na rede de estações INMET/SEAPI ocorreram em Soledade (48 mm), Caxias do Sul (49 mm), Jaguarão (50 mm), Santana do Livramento (51 mm), Frederico Westphalen (52 mm), Bagé (62 mm), Hulha Negra (63 mm) e Pelotas (68 mm). A temperatura mínima ocorreu em Hulha Negra (6,5°C) no dia 14/10 e a máxima da semana foi observada em Campo Bom (31,8°C) no dia 17/10. PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE

18/10/2018 A 24/10/2018

O período entre 18 e 24 de outubro terá temperaturas amenas no RS. Na quinta-feira (18), a presença de uma área de baixa pressão manterá a nebulosidade e ocorrerão pancadas isoladas de chuva, principalmente nas faixas Leste e Norte. Entre a sexta (19) e segunda-feira (22), o tempo permanecerá firme em todas as regiões. Na terça-feira (23), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá o aumento nebulosidade, com temperaturas próximas de 30°C e possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Na quarta (24), as instabilidades se afastarão e o tempo seco predominará em todo Estado. Os volumes previstos serão inferiores a 20 mm na maior parte da Metade Sul e na Região Metropolitana. Na Metade Norte, Zona Sul e em parte da Campanha os totais deverão oscilar entre

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20 e 35 mm na maioria dos municípios. No Alto Vale do Uruguai e no Planalto os valores poderão alcançar 50 mm. Fonte: Secretaria de Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação –SEAPI

GRÃOS

Grãos de inverno Trigo – As chuvas recorrentes e os dias nublados trazem apreensão aos produtores, que receiam perdas em qualidade do produto com a maior exposição do grão em maturação à umidade ambiente. Foi observada a ocorrência de giberela e brusone em lavouras que tiveram floração sob uma sequência de dias nublados e com ocorrência de chuvas de baixa intensidade. Estas doenças tendem a diminuir a produtividade das lavouras e a depreciar a qualidade dos grãos colhidos. Espera-se que durante o final dessa semana a colheita se intensifique e seja possível observar, com maior precisão, os danos ocorridos. Por ora, nos 10% da área já colhida, as produtividades situam-se ao redor dos 2.900 quilos por hectare, com qualidade entre regular e boa. Cevada - Lavoura em ponto crítico em relação à definição do potencial produtivo final. As maiores áreas onde predominam as fases de enchimento dos grãos e maturação final estão prejudicadas pelo excesso de umidade das últimas semanas, elevação da temperatura e dias nublados, favorecendo o aparecimento de doenças fúngicas como ferrugem, helmintosporiose e giberela. Os tratos culturais específicos foram feitos; resta realizar ainda na maioria das lavouras tratamento fúngico para proteger a folha bandeira e as

espigas das plantas. O potencial produtivo da cevada até o momento permanece de regular a bom. Preço referencial (balcão) na região do Planalto: R$ 42,00/sc. de 60 quilos Canola - As lavouras do Estado estão em maturação dos grãos e colheita; esta última, nesta semana, em ritmo lento. Há possibilidade de que nos próximos dias, dependendo das condições do tempo, a colheita seja finalizada em algumas regiões, como Noroeste e Missões. No Planalto Médio, a colheita deverá iniciar nos próximos dias. No Noroeste, as últimas áreas a serem colhidas têm apresentado grande debulha das síliquas, o que pode diminuir a rentabilidade das lavouras. Se as condições climáticas não melhorarem, isso poderá ocorrer também no Planalto quando do início da colheita. A cultura apresenta bons índices de aceitação pelos produtores, pois com preços iguais aos da soja, ela promove boa rentabilidade e diversifica a propriedade. Preços médios referenciais por região pela saca de 60 quilos

Nas Missões e Fronteira Noroeste - R$

76,73

No Alto Jacuí, região Celeiro e Noroeste

Colonial - R$ 73,50

Nas regiões da Produção e Nordeste do

Estado – R$ 73,00

Aveia branca - A maior parte das lavouras destinadas para grãos e sementes foi colhida nas últimas semanas, especialmente no Centro e Noroeste da metade Norte do RS. A colheita enfrentou algumas dificuldades, já que grande parte das lavouras teve influência negativa dos ventos ocorridos nas semanas anteriores, sendo observado acamamento das plantas. Além de dificultar o corte com colheitadeiras, o acamamento diminui a perda de água no colmo das plantas, mantendo a fibra mais resistente. Assim, o tempo de colheita foi maior que o esperado, e significativo o dispêndio de combustível para concluir as atividades de colheita das lavouras. Com o excesso de umidade, a maior parte da produção que seria destinada ao consumo humano deverá ser destinada para outros fins, como ração para animais, pois a cultura não está atingindo o pH ideal;

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consequentemente o preço pago por quilo será reduzido. A qualidade do produto tem apresentado grande variação entre cultivares, e as com menor acamamento apresentam melhor produtividade. Grãos de verão Arroz – Com a pouca chuva ocorrida nas lavouras do Centro e Oeste do Estado, os orizicultores dessas regiões puderam acelerar ainda mais o plantio da nova safra, fazendo com que o percentual de área plantada em nível estadual chegue, nesta semana, a 25% do total previsto. Apesar do esforço, esse percentual não atinge a média para o período, que é de 28%. Nesse início de safra, não são relatados problemas com germinação ou pragas de solo que resultem em diminuição no stand de plantas. Quanto aos preços, seguem não agradando ao produtor. Durante a semana, o preço médio pago ao produtor pela saca de 50 quilos ficou em R$ 43,77. Milho – A semeadura do milho avançou pouco na semana passada, principalmente em áreas mais ao Norte onde as precipitações foram um pouco mais frequentes. Todavia, informações que nos chegam apontam para 55% da área plantada no Estado. Destes, 98% estão em desenvolvimento vegetativo e 2% entrando na fase inicial de floração. Em andamento o controle de ervas invasoras em pós-emergência e a adubação nitrogenada em cobertura nas lavouras. No momento não há registros sobre ataques mais severos de pragas nesta fase da cultura. As lavouras no geral expressam bom estado fitossanitário e bom desenvolvimento vegetativo; as plantas apresentam tonalidade verde escuro e vêm atingindo porte considerado satisfatório. O preço médio da saca de 60 quilos, pago ao produtor, teve baixa de 1,65% durante o período, ficando em R$ 36,97. Soja – A atividade de semeadura da soja ainda é tímida na maioria das regiões do Estado; poderia ser mais efetiva não fossem as chuvas ocorridas em áreas mais ao Norte. Mesmo assim, segundo informações colhidas junto ao Ipan quinzenal, cerca de 60 mil hectares já estão plantados, principalmente na região das Missões e no Noroeste.

A expectativa é que a prática se intensifique na última semana de outubro e no início de novembro. Influenciado pela variação cambial dos últimos dias, o preço médio pago ao produtor pela saca de 60 quilos teve recuo de 1,50%, ficando em R$ 79,06. Feijão 1ª safra – A cultura se encontra ainda em semeadura em várias regiões produtoras. No Baixo Vale do Rio Pardo, a semeadura foi concluída e no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra, segue em ritmo normal. No Litoral Norte, a implantação das lavouras já ultrapassa os 60% da área estimada. No Alto Jacuí e Noroeste Colonial, praticamente toda a área semeada já se encontra em desenvolvimento vegetativo. Os agricultores do Baixo Vale do Rio Pardo iniciaram a adubação nitrogenada em cobertura e o controle de plantas invasoras nas primeiras lavouras implantadas. As lavouras apresentam boa germinação e emergência, com ótimo estande de plantas. Os agricultores monitoram possíveis focos de doenças. Os negócios mantiveram-se estáveis na semana, assim como seu preço, que caiu apenas 0,99% ficando na média de R$ 138,33/sc de 60 kg.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Quadro de desenvolvimento das olerícolas sem grande alteração em relação ao da semana anterior nas áreas das regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial. Com a elevação da temperatura e os dias mais longos, o desenvolvimento das plantas é mais rápido, e o solo perde umidade mais facilmente, auxiliando nas operações de encanteiramento. Grande produção e oferta de folhosas, com destaque para alface, que apresenta baixa incidência de doenças, embora a alta umidade. Repolho apresenta algumas plantas com rachadura da cabeça e aumento da incidência de bacteriose. Cultura da mandioca apresenta emergência das plantas e boa brotação das manivas. Tomate apresenta muito bom desenvolvimento, continuidade da florada e bom pegamento de frutos. Entre as frutíferas, as videiras apresentam maior crescimento dos ramos e boa emissão de cachos. Produtores realizam aplicação de fungicidas para evitar doenças.

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Pêssego apresenta as primeiras culturas em maturação, com pouco sabor e pouca doçura. Boa sanidade até o momento e baixa incidência de mosca das frutas. Citros em final da floração, com boa perspectiva de produtividade para a próxima safra. Melão e melancia com desenvolvimento lento. Melão com emissão das primeiras flores. No Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a semana foi caracterizada por boa incidência de radiação solar, temperaturas normais e à noite amenas, chuvas regulares, fatores climáticos favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das hortaliças em geral. Os cultivos em estufas intensificam o desenvolvimento por conta da temperatura e radiação solar favoráveis, associado ao aumento do fotoperíodo. As espécies mais cultivadas nesses ambientes são pepino para conserva, tomate, pimentões e foliosas, principalmente alface. Estão em fase de plantio culturas como aipim/mandioca e batata-doce. Alho e cebola intensificam bulbificação. A cebola apresenta problemas com manchas foliares, que necessitam de manejo fitossanitário para evitar prejuízos na produção. Surge infestação de pulgões, nas brássicas em geral, devido à elevação da temperatura média. Olerícolas Alho - Semana com condições climáticas razoáveis ao bom desenvolvimento e à sanidade das lavouras, com temperaturas medianas, pouca precipitação e boa parte dos dias com plena insolação na região Serrana. Esse quadro veio atenuar a situação imposta à cultura pelas condições climáticas anteriores, justamente pelo fato de a cultura estar saindo da fase fenológica mais crítica das plantas, a diferenciação e o início da bulbificação – formação dos bulbilhos (dentes). Lavouras recebem adubações de cobertura com fertilizantes nitrogenados e potássicos. Áreas cultivadas com sementes livres de vírus vêm apresentando um desempenho superior às demais, com maior vigor, uniformidade, antecipação do ciclo vegetativo e aumento da produtividade. Batata - Produtores da região Nordeste do RS, especialmente do município de Ibiraiaras, continuam realizando os tratamentos fitossanitários devido à pressão de doenças,

principalmente em decorrência do clima úmido. Mantém-se para o final de novembro a previsão para a colheita das lavouras plantadas no cedo. A comercialização da produção da safra passada da região Sul permanece difícil, com a queda acentuada no preço, estando entre R$ 40,00 e R$ 50,00/sc. de 50 quilos. Frutícolas Pêssego – Na Serra gaúcha, os primeiros frutos da safra atual estão sendo colhidos em pessegueirais de variedades superprecoces, como a Kampai e o PS 2, cultivados em locais com mesoclimas mais quentes, ou seja, vales dos maiores rios da região Serrana: Antas e Caí. Os frutos apresentam características como coloração e calibre (tamanho) um pouco aquém do esperado, como efeito das condições climáticas ocorridas em agosto e setembro. Esses dois meses apresentaram temperaturas mais baixas que a média histórica, índices pluviométricos altíssimos e muitos dias sem insolação. As plantas se mantêm sadias e com bom vigor. A não ocorrência das principais pragas da cultura – mosca-das-frutas e mariposa oriental (broca-dos-ponteiros) traz tranquilidade aos persicultores, pela desnecessidade de uso de inseticidas, refletindo-se em menor custo de produção e maior segurança alimentar do produto. O raleio da principal cultivar, a Chimarrita, já foi concluído, iniciando-se o das varietais mais tardias, como Chiripá e Eragil. Adubações de cobertura e poda verde são outras práticas culturais em execução. Preço médio na propriedade: RS 3,50/kg

Citros - Está praticamente encerrada a safra de citros na região do Vale do Caí, principal produtora de citros no Rio Grande do Sul. Ainda resta colher 10% das frutas da laranja variedade Valência e 15% do tangor Murcott, também conhecida como bergamota Morgote. Também está em colheita a lima ácida Tahiti, o limãozinho verde, que não tem um período definido de colheita, já que floresce e produz em diversos períodos do ano. A safra deste ano foi muito boa, pois desde a formação das frutas, no final do inverno e início da primavera de 2017, as condições do tempo foram favoráveis, com chuvas regulares que propiciaram o bom desenvolvimento das frutas, e, principalmente, sem a ocorrência de fenômenos prejudiciais como granizo, geadas ou chuva em excesso.

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Os preços, no geral, foram satisfatórios, superiores aos da safra 2017. Os preços médios recebidos pelos citricultores pela laranja Valência para mesa, colhida nesta primeira quinzena de outubro, são de R$ 15,00/cx. de 25 quilos. O preço recebido, em média R$ 11,00/cx. de laranja Valência para suco, agrada os produtores. No município de Tupandi, o Sindicato de Trabalhadores Rurais faz a organização da venda conjunta dos citricultores para as indústrias de suco, sendo já foram encaminhadas 150 cargas de laranja. No município de Brochier, os citricultores receberam R$ 460,00 pela tonelada da Valência para indústria; pela Murcott, receberam em média R$ 40,00/cx.; pelo limão Tahiti, o preço atual está em R$ 80,00/cx., mas com baixo volume de frutas sendo colhidas. Ao mesmo tempo em que se encerra a safra 2018, já está em formação a safra 2019, resultado da floração ocorrida em agosto e setembro. As frutinhas em desenvolvimento são abundantes e sadias, graças às chuvas regulares que estão acontecendo neste período. Os citricultores têm realizado tratamentos com fungicidas, visando prevenir a ocorrência de doenças, garantindo a boa sanidade das frutas. No Alto Uruguai, é intensa a colheita da cultivar Valência, já se encontrando em finalização. O preço praticado está entre R$ 0,50 a R$ 0,55/kg da fruta (indústria) tirada na propriedade, mostrando pequeno aumento na semana. Preço de fruta para mercado estável, entre R$ 0,60 e R$ 0,65/kg. Há expectativa de excelente safra futura, em decorrência da floração atual. Produtores continuam realizando manejo fitossanitário para prevenção de doenças. Há expectativas de ótima qualidade em razão do maior interesse dos agricultores no trabalho de fitossanidade. Permanece o plantio de novos pomares e há muita procura por mudas para novos plantios. No Vale do Rio Pardo, os citros em geral estão em final da fase de floração e fixação de frutos. Nessa época os produtores fazem o manejo visando evitar a podridão floral ou antracnose (Colletrotichum spp). Encontram-se em colheita as varietais de bergamotas Montenegrina e Murcott; a qualidade (cor e sabor) é ótima; laranjas de umbigo e Salustiana, em final de colheita. A produtividade dos pomares está sendo satisfatória. Inicia a infestação de pulgões nas brotações jovens; se for intensa, será necessário o manejo com produtos fitossanitários seletivos, para evitar a eliminação de inimigos naturais.

Moranguinho – Na Zona Sul do Estado, segue a intensificação da colheita do morango cultivado no solo e em substratos. Destaque para a cultivar Mercedes, com boa produção e qualidade do fruto. Preços de comercialização entre R$ 6,00 e R$ 15,00/kg. Morangos de segundo e terceiro anos da variedade San Andreas estão com uma excelente floração. Em Pelotas seguem as reuniões para organização da segunda Festa do Morango. Em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Rural de Pelotas, produtores organizaram os locais de pontos de comercialização da fruta em toda a área urbana de Pelotas, concentrando na área central da sede do município. É importante destacar que os mercados começam a exigir a rastreabilidade do produto, o que gera demanda por informações sobre a Instrução Normativa 02 conjunta da Anvisa e do Mapa. Preços de comercialização do morango - produção orgânica - variam de R$ 18,00 a R$ 25,00/kg, dependo do comércio e das condições das frutas. No Vale do Rio Pardo e no Alto da Serra do Botucaraí, há boa oferta do produto no mercado. Apesar das frequentes chuvas, o morango tem boa qualidade referente a tamanho, cor e sabor. O clima da semana, com temperaturas amenas e boa radiação solar, favoreceu também a emissão de flores. Com relação a aspectos fitossanitários, foram realizados na semana tratamentos preventivos para ácaros. Nessa época do ano a frutificação e consequentemente a produção é intensificada. Há grande oferta do produto. Nas rodovias, a bandeja de 500 gramas de morangos está sendo comercializada a R$ 10,00; nas feiras, a R$ 15,00. Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, entre o período de 09 a 16/10/2018, tivemos 27 produtos estáveis em preços, oito em alta e nenhum em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Nenhum produto destacou-se em baixa. Dois produtos destacaram-se em alta. Milho verde – de R$ 1,50 para R$ 2,00/bandeja (+33,33%). Espigas são procedentes da região Sudeste do Brasil. O mercado foi abastecido nesta terça-feira por 7.300 bandejas com três espigas. Este volume é bem reduzido se comparado com a

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média ocorrida por dia forte nos últimos três anos para outubro, de 14.230 bandejas. O preço médio formado nesta oportunidade, de R$ 2,00/bandeja, encontra-se mesmo assim logo abaixo do preço médio estabelecido nos últimos três anos para outubro, de R$ 2,13/bandeja. Entressafra gaúcha. Tomate caqui longa vida – de R$ 2,75 para R$ 4,00/kg (+45,45%). Para nosso abastecimento de tomates, dependemos no momento da safra do Sudeste do Brasil. Naquela região a safra ainda não está plenamente implantada; a oferta ainda é pequena, e a demanda de todo o país é muito grande. No RS estamos em período de entressafra; a pequena produção em cultivo protegido ou em microclima ameno não satisfaz nem 5% de nossas necessidades. A região Sudeste do Brasil é quem está comandando a produção e a formação de preços de atacado. Segundo nossos atacadistas, a normalização da oferta deve ocorrer em dez dias, quando os preços de atacado deverão cair. A formação dos preços de atacado nesta terça-feira foi referenciada pela presença de apenas 114.080 quilos de tomate caqui longa vida. Este volume é extremamente reduzido se o compararmos com a média ocorrida por dia forte nos últimos três anos para outubro, que foi 537.810 quilos. Devido à grande disputa do produto pelo mercado varejista, o mercado da semana anterior foi de procura. O preço formado nesta oportunidade, R$ 4,00/kg, agora dispara se tivermos como referência a média do último triênio para outubro, que foi R$ 2,79/kg.

Produtos em alta

03/10/18 (R$)

16/10/18 (R$)

Aumento (%)

Abacate (kg) 2,78 3,00 + 7,91

Brócolis (unidade)

1,67 2,08 + 24,55

Couve-flor (cabeça)

2,08 2,50 + 20,19

Milho verde (bandeja)

1,50 2,00 + 33,33

Tomate caqui longa vida (kg)

2,75 4,00 + 45,45

Batata (kg) 1,40 1,60 + 14,29

Cebola nacional (kg)

1,25 1,50 + 20,00

Cenoura (kg) 1,50 1,75 + 16,67 Fonte: CEASA/RS.

OUTRAS CULTURAS

Fumo - No Baixo Vale do Rio Pardo, a semana foi de atividades intensas na realização de práticas culturais de adubação nitrogenada em cobertura,

aplicações de inseticidas e manejo de plantas invasoras. Também nessa região iniciou a colheita das folhas do baixeiro, as primeiras a serem colhidas, das lavouras implantadas no cedo. Em regiões de maior altitude, como Centro-Serra e Alto da Serra do Botucaraí, os agricultores estão finalizando a operação de plantio e aplicando a primeira adubação nitrogenada em cobertura.

CRIAÇÕES Pastagens - Nas regiões produtoras de leite, estamos em um período de transição das pastagens (inverno/verão), reduzindo assim a oferta e principalmente a qualidade dos alimentos volumosos das pastagens de inverno. No entanto, o clima tem sido favorável ao desenvolvimento das forrageiras, apresentando bom rebrote das pastagens perenes de verão, como braquiária, tífton e capim elefante. Devido a esse período de transição, os bovinocultores menos organizados no processo produtivo aumentam o fornecimento de alimento volumoso (silagem) as vacas, o que deverá refletir no custo de produção. Na região de Santa Maria, uma das pastagens perenes de verão que tem chamado a atenção dos produtores é o capim elefante anão variedade Kurumi, que tem propiciado até dois pastejos em algumas áreas. Esta pastagem tem apresentado alto potencial de produção e excelentes características nutricionais, ampliando assim a área plantada desta variedade na região. Intensifica-se o plantio das culturas anuais de verão: capim sudão, milheto e sorgo. As condições climáticas se tornam favoráveis para a germinação das forrageiras e também para seu crescimento. A colheita de feno de aveia e de azevém está paralisada devido à alta umidade do solo, pois as máquinas atolam ao acessar as lavouras. Essa demora acarreta uma queda na qualidade do feno, pois a aveia e o azevém começam a amadurecer. A semente de azevém a ser colhida, que está entrando na fase de maturação, apresenta baixa qualidade e quantidade, ambas prejudicadas pelas chuvas anteriores. Intensifica-se a implantação da cultura do milho para a silagem. Os produtores já realizam o manejo (piqueteamento, adubação nitrogenada, pastejo) das pastagens perenes de verão e seguem a implantação das pastagens anuais de verão de maneira escalonada. Os agricultores aproveitam o tempo favorável do momento em algumas áreas, para efetuar a adubação de manutenção e de cobertura,

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adequada ao crescimento e desenvolvimento dessas espécies forrageiras de verão, para que se inicie o pastoreio o mais breve possível. Nas regiões de pecuária de corte, o campo nativo está iniciando o rebrote, devido à temperatura média estar mais alta no período, aumento do fotoperíodo e boa umidade do solo, melhorando sua produção de forragem. No entanto, as pastagens de inverno (principalmente azevém e aveia) estão chegando ao final do ciclo de pastoreio. Na região Sul, as áreas mais baixas estão inundadas, reduzida assim a área útil para pastoreio. Isso ocorre principalmente nas áreas em pastejo nas áreas implantadas em restevas de lavouras de verão. Bovinocultura de corte - Em algumas áreas, atrasou o desenvolvimento das pastagens devido ao excesso de umidade, o que vem retardando o acabamento dos animais para abate. Na maioria das propriedades, o quadro de carência alimentar coincide com o início da parição, que eleva o requerimento dos animais, causando maior descompasso entre a necessidade de nutrientes e a oferta de forragem. Alguns pecuaristas estão alimentando o gado com silagem de milho. O estado nutricional do rebanho em geral está em fase de recuperação das deficiências nutricionais do período de inverno. Pecuaristas organizam-se para a próxima estação de monta e inseminação; fase de nascimento de terneiros. A sanidade dos animais é boa, com redução de infestações de carrapatos, por conta dos manejos adequados. Preços nas principais praças de

comercialização do Estado

Município Boi gordo

(R$/kg vivo)

Vaca gorda

(R$/kg vivo)

Alegrete 4,70 3,90

Bagé 4,52 4,10

Bom Jesus 4,50 4,10

Cachoeira do Sul 4,75 4,05

Canguçu 4,40 3,80

Dom Pedrito 4,60 4,00

Encruzilhada do

Sul

4,90 4,09

Jaguarão 4,60 3,80

Júlio de Castilhos 4,80 4,20

Lagoa Vermelha 5,00 3,80

Palmeira das

Missões

4,60 3,80

Pelotas 4,72 3,92

Santa Maria 4,80 4,09

Santana do

Livramento

4,65 3,90

Santiago 4,70 4,00

Santo Antônio da

Patrulha

4,90 3,80

São Borja 4,60 4,00

São Gabriel 4,55 3,80

Uruguaiana 4,65 3,80 Fonte: Núcleo de Informações e Análises –

GPL/Emater/RS-Ascar.

Começam a ser realizadas nos diversos municípios as expofeiras agrícolas e os remates de primavera, que balizam os preços das diversas categorias animais. Os reprodutores bovinos têm sido comercializados com valores em torno de R$ 9.000,00/cab. Há oferta elevada de animais para o abate, pressionando a redução dos preços. Além disso, também ocorre redução significativa da procura de animais para abate. No último remate realizado em Herval, houve valorização do gado magro. Foram retomadas as compras de terneiros inteiros, com preços mais baixos que os de lotes anteriores. Há bastante oferta de terneiros e outras categorias saindo das restevas da soja. Nesta última semana, houve o embarque de três mil cabeças para o Oriente Médio, e continuam os confinamentos de animais para futuros embarques. Conforme relatório de preços semanais recebidos pelos produtores, produzido pelo Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar), no período de 15 a 19/10/2018, o preço do boi para abate variou entre R$ 4,40 e R$ 5,00/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 4,87/kg vivo, apresentando preços estabilizados em relação à última semana, de 4,88/kg vivo. O preço da vaca gorda variou entre R$ 3,60 e R$ 4,20/kg vivo. O preço médio ficou em R$ 3,92/kg vivo, apresentando leve aumento de +0,51% em relação ao preço médio da semana anterior, de R$ 3,90/kg vivo. Evento Em 10 de outubro ocorreu o Seminário Microrregional da Pecuária Familiar em Santo Antônio das Missões, realizado para qualificar as informações sobre pecuária. Os assuntos abordados pelos palestrantes da Embrapa, UFSM e Emater/RS-Ascar se relacionaram a solos, pastagens, sanidade, genética, o pecuarista na sociedade e as perspectivas futuras para o sistema. Participaram 200 pessoas, entre

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produtores, estudantes e profissionais da extensão rural. Bovinocultura de leite – No geral, o período é de alta produção devido à oferta de pasto. Porém, nas propriedades com menos tecnologia, temos um ligeiro declínio na produção devido ao período de transição na produção de forragens. A atividade produtiva deverá ser retomada com força logo em seguida, dependendo do clima nos meses de novembro e dezembro. Na região de Pelotas, a semana passada foi prejudicial à atividade, retornando os problemas decorrentes do clima chuvosos, com períodos de alta umidade, queda da produção e dificuldade no transporte, devido às péssimas condições das estradas. Os produtores com bom planejamento apresentam resultados muito satisfatórios em relação à produção de leite neste momento, devido à grande oferta e à qualidade nutricional das pastagens anuais de inverno e ao início do pastoreio nas pastagens anuais e perenes de verão. Nestes casos, realizam o manejo (piqueteamento, adubação nitrogenada, pastejo) das pastagens perenes de verão e seguem a implantação de maneira escalonada das anuais de verão. Em decorrência das atuais condições climáticas, de alta umidade no solo, tem provocado desconforto aos animais, principalmente devido ao barro que se acumula próximo das instalações e à falta de locais secos para o descanso. Tal condição também prejudica as pastagens que os animais acabam pisoteando, compactando o solo e estragando mais do que aproveitando a forrageira. Com o forte calor que ocorre em algumas horas do dia e que se intensifica nessa época do ano, os animais dificilmente pastejam nas horas mais quentes, obrigando os produtores a aumentarem o fornecimento de silagem/feno/pré-secado para suprir o volumoso aos animais e para manter a produtividade média do seu plantel de matrizes. O preço do litro do leite está elevado, relacionado com a escala de produção e a qualidade do produto; atingiu preços recordes, se comparados aos valores pagos nos últimos anos. Conforme relatório de preços semanais recebidos pelos produtores, produzido pelo Núcleo de Informações e Análises – GPL/Emater/RS-Ascar, no período de 15/10/2018 a 19/10/2018, o preço do leite variou entre R$ 0,96 e R$ 1,44/L, de acordo com o volume e a qualidade do produto. O preço médio ficou em R$ 1,24/L, apresentando uma queda de

1,59%, em relação ao preço da semana anterior, de R$ 1,26/L. Preços recebidos pelos produtores em alguns

municípios do Estado

Município Preços (R$/L)

Aceguá 1,29

Alegrete 1,15

Antônio Prado 1,29

Bagé 1,29

Canguçu 1,14

Carlos Barbosa 1,42

Chapada 1,37

Dr. Maurício Cardoso 1,44

Encruzilhada do Sul 1,00

Erechim 1,23

Frederico Westphalen 1,15

Ibiraiaras 1,35

Júlio de Castilhos 0,96

Lagoa Vermelha 1,28

Marau 1,22

Palmeira das Missões 1,20

Passo Fundo 1,30

Pelotas 1,12

Rio Grande 0,98

Santa Maria 1,29

Santa Rosa 1,40

Santo Augusto 1,34

São Lourenço do Sul 1,07

Sertão 1,30

Teutônia 1,30

Tupanciretã 1,18

Venâncio Aires 1,31 Fonte: Núcleo de Informações e Análises –

GPL/Emater/RS-Ascar.

Evento Em Cerrito, ocorre neste fim de semana a 14ª Festa Municipal do Leite Jersey, com exposição e concurso leiteiro de animais das raças Holandesa e Jersey. Ovinocultura - O estado geral do rebanho é bom. Por outro lado, as chuvas excessivas prejudicaram um pouco os rebanhos, principalmente os que ainda não foram tosquiados. Rebanho ganha peso devido à recuperação dos campos nativos, proporcionada pelas chuvas e temperaturas mais altas. Ovelhas em boas condições nutricionais; cordeiros bem desenvolvidos e livres de verminoses. Há casos de incidência de doença

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dos cascos em propriedades que encharcam durante o período. Produtores aceleram a esquila para aproveitar os bons preços praticados no mercado de lãs, principalmente das raças laneiras. No entanto, o percentual tosado de ovinos ainda é bastante baixo. Mercado Segue a procura de animais para abate e terminação, tanto de cordeiros como outras categorias. O preço médio do cordeiro tem se mantido praticamente sem alterações, ficando em R$ 5,88/kg. Na região Noroeste e Missões, produtores manifestam contentamento com os preços obtidos pela lã fina (Prima A e Amerinada), entre R$ 23,00 e R$ 34,00/kg. Já as lãs abaixo da cruza 2, ou seja, de ovinos tipo carne, os preços ficam abaixo dos R$ 7,00/kg. Na região de Pelotas, uma cooperativa de lãs está entrando em contato com chineses, para negócios futuros com lã. Mercado com maior procura do que oferta das lãs finas. Preços recebidos pelos ovinocultores na região Sul

Produto/espécie Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Ovelha 5,00 5,50

Cordeiro 6,20 7,00

Capão 5,00 6,00

Lã Merina 24,00 33,00

Lã Ideal (Prima A) 18,00 23,00

Lã Corriedale (Cruza 1) 8,00 12,00

Lã Corriedale (Cruza 2) 4,00 6,00 Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas.

Evento Em 12 de outubro foi realizado concurso de borregas na 92ª Expofeira de Pelotas, com a participação de 13 trios de cinco municípios da região, de diversas raças: Ideal, Corriedale, Texel, Hampshire Down e Dorper. Houve também demonstração de esquila australiana. Suinocultura Na região de Erechim, a atividade suinícola continua sem alterações no mercado comprador. No sistema de parceria, os produtores estão recebendo entre R$ 30,00 e R$ 35,00/animal terminado. O suíno está sendo comercializado a R$ 2,90/kg vivo. A margem de lucro está baixa, gerando descontentamento entre os produtores.

Na região de Passo Fundo, os preços pagos ao produtor ficaram estáveis comparativamente ao período anterior, com valores de R$ 2,80/kg vivo para o produtor integrado e de R$ 3,60 a R$ 3,70/kg vivo para o produtor independente. Na região de Santa Rosa, ocorreu leve elevação do preço pago aos terminadores, porém ainda é considerado baixo. Os integrados estão recebendo entre R$ 17,00 e R$ 25,00/suíno terminado, dependendo da conversão das carcaças. Para produtores independentes, preço médio de R$ 3,05/kg vivo. Alguns produtores estão receosos em investir em novas instalações devido aos juros muito altos e à baixa remuneração por suíno terminado. Por outro lado, não querem perder a oportunidade de entrar na atividade em função da complementação entre suinocultura e bovinos de leite. Em Candido Godói será instalada a partir de fevereiro de 2019 uma central de coleta de sêmen com 150 animais reprodutores. Piscicultura – Época de realizar reserva de alevinos; alguns produtores fazem reformas, manutenção e adubação dos tanques. O momento é de preparação para a produção do próximo período produtivo. Mercado Na região de Porto Alegre, a piscicultura vem crescendo devido ao incentivo da Emater/RS-Ascar e dos parceiros, com capacitações e informações técnicas aos produtores e acesso a políticas públicas, com construções de novos açudes para fomento da atividade. Preços praticados para peixes de água doce

Produto/espécie Mínimo (R$/kg)

Máximo (R$/kg)

Carpa cabeça grande (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa cabeça grande (vivo)

6,00 8,00

Carpa capim (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa capim (vivo) 6,00 8,00

Carpa húngara (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa húngara (vivo) 6,00 8,00

Carpa prateada (feira - vivo)

13,00 14,00

Carpa prateada (vivo) 6,00 8,00

Carpas em geral (eviscerada)

14,00 15,00

Carpas em geral (em 22,00 25,00

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postas)

Tilápia (filé) 27,00 32,00

Tilápia (vivo) 5,50 6,50 Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre e Erechim.

Pesca artesanal Lagoa dos Patos - está muito cheia em função das chuvas, sendo registrada pouquíssima captura, com baixo valor de comercialização. Lagoa Mirim - registrado aumento do volume de peixe capturado. Rio Jaguarão - também com nível muito alto, dificultando a pesca. Lagoa do Peixe – em Tavares, os pescadores têm capturado Peixe-rei. Rio Uruguai e Rio Ijuí - o período de defeso iniciou em primeiro de outubro, em função de que os peixes estão subindo os rios para reprodução (piracema). Portanto, a pesca comercial está proibida, restrita à pesca com linhas. Lagoa dos Quadros, Rio Tramandaí, banhados adjacentes e parte capturada nas águas doces do Sul do Estado: captura de 1.333 quilos de pescado das espécies de Traíra, Tainha, Jundiá, Caraá, Muçum, comercializadas ao preço entre R$ 10,00 e R$ 15,00/kg. Pesca no mar em Capão da Canoa: o mar estava muito turbulento, portanto desfavorável à pesca. Foram capturados 637 quilos de pescado das espécies de Tainha, Pescada e Papa-terra, comercializados entre R$ 10,00 e R$ 15,00/kg. Pesca no mar em Torres: dentro da normalidade para a época. Preços pagos aos pescadores do município de Torres

Espécie/produto Preços (R$/kg)

Abrótea (filé) 12,00

Anchova 15,00

Corvina 11,00

Linguado (filé) 25,00

Pampo 11,00

Papa-terra 12,50

Peixe-anjo (filé) 16,00

Pescada (filé) 16,00

Sardinha 10,00

Tainha 13,80

Tilápia (filé) 22,00

Tilápia (eviscerada) 14,00

Tilápia (viva) 8,00 Fonte: Escritório Regional de Porto Alegre

Apicultura - Mesmo com baixa insolação, logo após as chuvas foi observado bom movimento das colmeias, que buscam pasto apícola em floradas de maria-mole e flor-roxa. Os apicultores com mais estrutura estão fornecendo alimentação suplementar, preparando os enxames para a florada de primavera. Já é observada floração em algumas espécies nativas e também em algumas variedades de eucalipto. Apicultores realizam captação de novos enxames e colocação de cera alveolada em substituição aos favos velhos. Também fazem a divisão de enxames mais saudáveis. Produtores estão com boas perspectivas para a próxima safra. No município de Rio Grande, os apicultores devem ter uma colheita em novembro dentro da média esperada. Alguns enxames mais fortes e bem manejados já possuem produção de mel. Preços praticados na comercialização do mel

no Estado

Região A

granel(R$/kg)

Embalado

(R$/kg)

Bagé 6,50 a 8,00 25,00

Erechim 15,00 20,00

Pelotas 6,00 a 13,00 17,00 a 25,00

Porto

Alegre

- 18,00 a 25,00

Santa

Maria

9,00 25,00

Soledade 7,00 a 9,00 15,00 a 21,00 Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar.

O valor pago pelo quilo do mel tem preocupado produtores, mesmo com a inclusão do mel nos mercados institucionais. Alguns apicultores ainda encontram dificuldade de comercialização e estão com mel estocado, o que justifica sua preocupação, pois em novembro já inicia a colheita, e os consumidores preferem mel novo.

ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL – ASCAR

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013/2017

18/10/2018 11/10/2018 20/09/2018 19/10/2017 GERAL OUTUBRO

Arroz em Casca 50 kg 43,77 44,13 44,00 40,88 45,79 46,15

Feijão 60 kg 138,33 139,72 133,16 153,43 179,96 185,75

Milho 60 kg 36,93 37,55 37,87 28,72 32,03 31,86

Soja 60 kg 79,06 80,26 82,59 69,38 76,42 76,03

Sorgo Granífero 60 kg 28,92 28,92 28,92 22,80 27,94 27,05

Trigo 60 kg 40,18 41,15 42,34 33,70 38,18 38,50

Boi para Abate kg vivo 4,68 4,67 4,71 5,20 5,39 5,12

Vaca para Abate kg vivo 3,92 3,90 3,95 4,41 4,81 4,54

Cordeiro para Abate kg vivo 6,39 6,41 6,29 6,86 5,72 5,84

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,10 3,06 3,12 3,74 4,00 4,08

Leite (valor liquido recebido) litro 1,24 1,26 1,26 1,09 1,11 1,15

15/10-19/10 08/10-12/10 17/09-21/09 16/10-20/10

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Médi a Geral

é a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.