10 médico guardense desenvolve cirurgia robótica...garda, duas armas brancas, um “tablet”, um...

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10 Quinta-feira 04 de outubro de 2018 PUB A GNR identificou cinco feirantes no Tortosendo, na passada sexta-feira, pela prática do crime de contrafação. De acordo como o Comando Ter- ritorial de Castelo Branco, a a ação de fiscalização aos acesso e à feira de São Miguel, naquela localidade, foi levada a cabo por militares do Destacamento da Covilhã. Além da identificação dos suspeitos, quatro homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 30 e 47 anos, foram ainda elaborados 36 autos de contraordenação. Desses, oito por condução sob efeito de álcool e dois por posse e consumo de estupefacientes. Nesta operação a GNR apreendeu 726 artigos de vestuário e calçado contrafeito, que correspondem ao valor aproximado de 30 mil euros, cinco doses de haxixe e cinco doses de cannabis. TORTOSENDO GNR apreendeu 30 mil euros de mercadoria contrafeita na feira anual A GNR deteve, em Seia, dez pessoas por tráfico de estupefacientes e detenção de armas proibidas. Segundo o Comando Territorial da Guarda, a ação foi concretizada no do- mingo na sequência de dois inquéritos que decorriam há cerca de seis meses, tendo culminado com 20 buscas, onze domiciliárias e nove não domiciliárias. Na operação foram apreendidas sete viaturas, 19 plantas cannabis, cinco doses de haxixe, três doses de cocaína, dois frascos de metadona e 25 telemóveis. Os militares confiscaram ainda duas pistolas de “airsoft”, uma arma pressão de ar, uma pistola de alarme, uma espin- garda, duas armas brancas, um “tablet”, um computador, duas balanças de pre- cisão e 342 peças de vestuário e calçado contrafeito. Com idades compreendidas entre os 22 e 49 anos, os detidos, com antecedentes criminais pelos crimes de tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida, foram presentes a tribunal na terça-feira para primeiro interrogatório judicial. A operação en- volveu 124 militares de vários postos territoriais e da Secção de Informações e Investigação Criminal, bem como dos Grupos de Intervenção de Operações Es- peciais, de Ordem Pública e Cinotécnico, com nove binómios. SEIA Dez detidos por tráfico de droga e posse de arma proibida O médico guardense João Casanova está há um ano na Fundação Champali- maud a trabalhar no desenvolvimento da cirurgia robótica nalguns cancros ginecológicos e na cirurgia complexa do cancro do ovário. O ginecologista oncológico regres- sou a Portugal após ter trabalhado dois anos no Memorial Sloan-Kettering Can- cer Center, em Nova Iorque. «Este ano tem sido dedicado à atividade cirúrgica, tendo procurado introduzir e consolidar algumas técnicas que aprendi nos Es- tados Unidos», refere o especialista a O INTERIOR. João Casanova adianta que uma das áreas que está a ser desenvolvida na cirurgia do cancro do endométrio diz respeito à pesquisa do gânglio sentinela. «Basicamente esta técnica consiste em identificar, através da injeção de um cor- ante especial, um determinado gânglio linfático pélvico (que é o “primeiro”, daí o nome sentinela) e removê-lo durante a cirurgia. Ao fazermos isto, procuramos evitar algumas complicações frequentes que resultam da remoção de todos os gânglios linfáticos pélvicos, sem compro- meter o resultado oncológico», explica. Médico guardense desenvolve cirurgia robótica João Casanova trabalha há um ano na Fundação Champalimaud na área da ginecologia oncológica A Fundação Champalimaud é «o lugar ideal» para trabalhar, garante João Casanova realizados em regime de ambulatório. O cancro do ovário é outra «área de interes- se» de João Casanova, que tem na Funda- ção Champalimaud a possibilidade de tra- balhar com equipas multidisciplinares. «Infelizmente este cancro é silencioso, e quando surge, geralmente é em estádios avançados. As cirurgias são geralmente muito complexas e extensas, o que obriga a que haja cirurgiões treinados nestes procedimentos e na Fundação temos essa capacidade técnica». O ginecologista oncológico garante que o potencial para investigação clínica, mas também de ciência básica, «é imenso nestas áreas e na Fundação Champalimaud temos todas as condições para isso». Por isso, não está arrependido de ter voltado para Portugal. Além do motivo familiar, João Casanova adianta que também foi encarregue pelos seus mentores nos Estados Unidos de «disseminar e trazer para o meu país tudo o que por lá aprendi». Por último, o médico garante ter encontrado na Funda- ção Champalimaud «o lugar ideal» para trabalhar. «Tem um potencial humano, técnico e científico extraordinário, tem um prestígio que ultrapassou há muito as fronteiras de Portugal e da Europa, e vejo- me, espero eu, a ficar por aqui muitos e bons anos», espera. Por outro lado, este procedimento «é mais simples e fácil de realizar» por haver na Fundação Champalimaud uma plata- forma de cirúrgica robótica, uma área de investigação que «interessa muito» ao clínico, pelo que a grande maioria destes procedimentos cirúrgicos robóticos são DR

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Page 1: 10 Médico guardense desenvolve cirurgia robótica...garda, duas armas brancas, um “tablet”, um computador, duas balanças de pre-cisão e 342 peças de vestuário e calçado contrafeito

10 • • Quinta-feira • 04 de outubro de 2018

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A GNR identificou cinco feirantes no Tortosendo, na passada sexta-feira, pela prática do crime de contrafação.

De acordo como o Comando Ter-ritorial de Castelo Branco, a a ação de fiscalização aos acesso e à feira de São Miguel, naquela localidade, foi levada a cabo por militares do Destacamento da Covilhã. Além da identificação dos suspeitos, quatro homens e uma mulher,

com idades compreendidas entre os 30 e 47 anos, foram ainda elaborados 36 autos de contraordenação. Desses, oito por condução sob efeito de álcool e dois por posse e consumo de estupefacientes. Nesta operação a GNR apreendeu 726 artigos de vestuário e calçado contrafeito, que correspondem ao valor aproximado de 30 mil euros, cinco doses de haxixe e cinco doses de cannabis.

tortosenDo

GNR apreendeu 30 mil euros de mercadoria contrafeita na feira anual

A GNR deteve, em Seia, dez pessoas por tráfico de estupefacientes e detenção de armas proibidas.

Segundo o Comando Territorial da Guarda, a ação foi concretizada no do-mingo na sequência de dois inquéritos que decorriam há cerca de seis meses, tendo culminado com 20 buscas, onze domiciliárias e nove não domiciliárias. Na operação foram apreendidas sete viaturas, 19 plantas cannabis, cinco doses de haxixe, três doses de cocaína, dois frascos de metadona e 25 telemóveis. Os militares confiscaram ainda duas pistolas de “airsoft”, uma arma pressão de ar, uma pistola de alarme, uma espin-

garda, duas armas brancas, um “tablet”, um computador, duas balanças de pre-cisão e 342 peças de vestuário e calçado contrafeito. Com idades compreendidas entre os 22 e 49 anos, os detidos, com antecedentes criminais pelos crimes de tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida, foram presentes a tribunal na terça-feira para primeiro interrogatório judicial. A operação en-volveu 124 militares de vários postos territoriais e da Secção de Informações e Investigação Criminal, bem como dos Grupos de Intervenção de Operações Es-peciais, de Ordem Pública e Cinotécnico, com nove binómios.

seia

Dez detidos por tráfico de droga e posse de arma proibida

O médico guardense João Casanova está há um ano na Fundação Champali-maud a trabalhar no desenvolvimento da cirurgia robótica nalguns cancros ginecológicos e na cirurgia complexa do cancro do ovário.

O ginecologista oncológico regres-sou a Portugal após ter trabalhado dois anos no Memorial Sloan-Kettering Can-cer Center, em Nova Iorque. «Este ano tem sido dedicado à atividade cirúrgica, tendo procurado introduzir e consolidar algumas técnicas que aprendi nos Es-tados Unidos», refere o especialista a O INTERIOR. João Casanova adianta que uma das áreas que está a ser desenvolvida na cirurgia do cancro do endométrio diz respeito à pesquisa do gânglio sentinela. «Basicamente esta técnica consiste em identificar, através da injeção de um cor-ante especial, um determinado gânglio linfático pélvico (que é o “primeiro”, daí o nome sentinela) e removê-lo durante a cirurgia. Ao fazermos isto, procuramos evitar algumas complicações frequentes que resultam da remoção de todos os gânglios linfáticos pélvicos, sem compro-meter o resultado oncológico», explica.

Médico guardense desenvolve cirurgia robóticaJoão Casanova trabalha há um ano na Fundação Champalimaud na área da ginecologia oncológica

A Fundação Champalimaud é «o lugar ideal» para trabalhar, garante João Casanova

realizados em regime de ambulatório. O cancro do ovário é outra «área de interes-se» de João Casanova, que tem na Funda-ção Champalimaud a possibilidade de tra-balhar com equipas multidisciplinares. «Infelizmente este cancro é silencioso, e quando surge, geralmente é em estádios avançados. As cirurgias são geralmente muito complexas e extensas, o que obriga a que haja cirurgiões treinados nestes procedimentos e na Fundação temos essa capacidade técnica». O ginecologista oncológico garante que o potencial para investigação clínica, mas também de ciência básica, «é imenso nestas áreas e na Fundação Champalimaud temos todas as condições para isso». Por isso, não está arrependido de ter voltado para Portugal. Além do motivo familiar, João Casanova adianta que também foi encarregue pelos seus mentores nos Estados Unidos de «disseminar e trazer para o meu país tudo o que por lá aprendi». Por último, o médico garante ter encontrado na Funda-ção Champalimaud «o lugar ideal» para trabalhar. «Tem um potencial humano, técnico e científico extraordinário, tem um prestígio que ultrapassou há muito as fronteiras de Portugal e da Europa, e vejo-me, espero eu, a ficar por aqui muitos e bons anos», espera.

Por outro lado, este procedimento «é mais simples e fácil de realizar» por haver

na Fundação Champalimaud uma plata-forma de cirúrgica robótica, uma área de investigação que «interessa muito» ao clínico, pelo que a grande maioria destes procedimentos cirúrgicos robóticos são

DR