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OS PRIMEIROS PASSOS DE UMA NOVA CRIATURA 1ª Parte O QUE JESUS CRISTO FEZ POR VOCÊ! LIÇÃO 01 Você foi adotado! Texto Áureo: “Mas a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. João 1.12 APRESENTAÇÃO Amado irmão, bem-vindo à família de Deus! A partir de hoje, você participará das reuniões de discipulado para se manter firme na fé e confirmar sua chamada para salvação. Ao longo das próximas lições estudaremos dois blocos de assuntos: Na primeira parte: “O que Jesus Cristo fez por você” e na segunda parte: O que você pode fazer em Cristo” Lembre-se, agora você é um filho de Deus, seu aluno pessoal um discípulo de Cristo: “Ide, portanto, e fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo” (Mateus 28.19). Nesta lição estudaremos a bênção da adoção pela qual Deus nos concede privilégios de filhos. 1 AS BÊNÇÃOS DA ADOÇÃO Você sabia que antes não éramos filhos de Deus, pois não participávamos da sua natureza? A Bíblia diz: quem nasce da carne é carne, e quem nasce do Espírito é espírito. Isto significa que éramos apenas criaturas. Nossa filiação com Deus estava restrita à nossa natureza material. Quanto à nossa natureza espiritual, com o pecado de Adão que alcançou todas as gerações, nos tornamos filhos da ira, filhos da desobediência, filhos das trevas. Mas, ao entregarmos nossas vidas a Cristo, o primogênito de muitos irmãos, somos adotados por Deus, nos tornamos desse modo, filhos da graça, filhos da luz, filhos do dia, filhos de Deus. Mesmo assim, ao ensinar isto a uma pessoa não cristã, seja cauteloso! Não a ofenda afirmando que ele é apenas criatura de Deus e, você filho dEle. Lembre-se que até mesmo você foi adotado pelos méritos de Cristo e não por seus próprios. Que tal então, dizer que todos segundo a carne são filhos de Deus pela criação, mas não filhos de sua natureza espiritual? (mesmo porque Deus não é carne, mas Espírito). Diga a essa pessoa que nessa condição de criatura, fomos afastados pelo pecado de nosso “Pai-Criador”. E, o que é nascido da carne e, permanece na carne. Somente através do novo nascimento, todos podemos nos tornar filhos adotados para participar da natureza espiritual de Deus em Cristo. A primeira coisa interessante de ser filho de Deus é o fato de que podemos entrar na sua presença e contar nossas dificuldades e anseios. O Senhor nos permite a grande dádiva de o chamarmos de “Paizinho” (‘Aba). Sim, nós que antes éramos seus inimigos pelo pecado, somos recebidos na família de Deus e, na casa de Deus. Para começar a se relacionar com Deus como um verdadeiro filho e desfrutar de bênçãos eternas; compreenda que você não apenas entrou em uma nova religião, mas entrou em uma nova 01 02

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OS PRIMEIROS PASSOS DE UMA NOVA CRIATURA

1ª Parte

O QUE JESUS CRISTO FEZ POR VOCÊ!

LIÇÃO 01

Você foi adotado! Texto Áureo: “Mas a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. João 1.12

APRESENTAÇÃO

Amado irmão, bem-vindo à família de Deus! A partir de

hoje, você participará das reuniões de discipulado para se manter firme na fé e confirmar sua chamada para salvação. Ao longo das próximas lições estudaremos dois blocos de assuntos: Na primeira parte: “O que Jesus Cristo fez por você” e na segunda parte: “O que você pode fazer em Cristo” Lembre-se, agora você é um filho de Deus, seu aluno pessoal – um discípulo de Cristo: “Ide, portanto, e fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo” (Mateus 28.19). Nesta lição estudaremos a bênção da adoção pela qual Deus nos concede privilégios de filhos.

1 AS BÊNÇÃOS DA ADOÇÃO

Você sabia que antes não éramos filhos de Deus, pois não

participávamos da sua natureza? A Bíblia diz: “quem nasce da carne é carne, e quem nasce do Espírito é espírito”. Isto significa que éramos apenas criaturas. Nossa filiação com Deus estava restrita à nossa natureza material.

Quanto à nossa natureza espiritual, com o pecado de Adão que alcançou todas as gerações, nos tornamos filhos da ira, filhos da desobediência, filhos das trevas. Mas, ao entregarmos nossas vidas a Cristo, o primogênito de muitos irmãos, somos adotados por Deus, nos tornamos desse modo, filhos da graça, filhos da luz, filhos do dia, filhos de Deus.

Mesmo assim, ao ensinar isto a uma pessoa não cristã, seja cauteloso! Não a ofenda afirmando que ele é apenas criatura de Deus e, você filho dEle. Lembre-se que até mesmo você foi adotado pelos méritos de Cristo e não por seus próprios. Que tal então, dizer que todos segundo a carne são filhos de Deus pela criação, mas não filhos de sua natureza espiritual? (mesmo porque Deus não é carne, mas Espírito). Diga a essa pessoa que nessa condição de criatura, fomos afastados pelo pecado de nosso “Pai-Criador”. E, o que é nascido da carne e, permanece na carne. Somente através do novo nascimento, todos podemos nos tornar filhos adotados para participar da natureza espiritual de Deus em Cristo.

A primeira coisa interessante de ser filho de Deus é o fato de que podemos entrar na sua presença e contar nossas dificuldades e anseios. O Senhor nos permite a grande dádiva de o chamarmos de “Paizinho” (‘Aba). Sim, nós que antes éramos seus inimigos pelo pecado, somos recebidos na família de Deus e, na casa de Deus.

Para começar a se relacionar com Deus como um verdadeiro filho e desfrutar de bênçãos eternas; compreenda que você não apenas entrou em uma nova religião, mas entrou em uma nova

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família. Deste modo, comece mudando sua visão sobre a pessoa de Deus, ele não é um pai carrasco disposto a ti rejeitar na sua primeira falha, mas também não é um pai negligente que não se preocupa com você ou que permite que você viva de qualquer jeito. Pelo contrário, Deus é um pai amoroso. Ele tem muito para oferecer, mas também quer ensiná-lo a ser um filho bom, íntegro e fiel.

Entenda também que após sua decisão de entregar sua vida a Cristo, você se tornou participante de uma família eterna. A partir de hoje, você pode invocá-lo como Deus, servi-lo como Senhor e confiar e descansar nEle como um Pai, o nosso Pai Eterno.

- Nos tornamos filhos de Deus pela fé: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus.” (Rm 8.14-16) (...).“Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26)(ver também: I Jo 3.1,2, Ef 2.19)

- A adoção é garantia de nossa inclusão no reino de Deus: “Não temais, ó pequeno rebanho! Porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino” Lc 12.32

- A adoção nos garante a provisão e os cuidados divinos: “Se vós, pois sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará boas coisas aos que lhes pedirem”. Mt 7.11

Assim como na lei humana, uma adoção é irrevogável, isto é, depois que uma família adota uma criança, não pode mais voltar atrás e ela passa a ter todos os direitos e obrigação de um filho comum, de igual modo, na lei eterna da adoção em Cristo Jesus, o genuíno crente, goza de absoluta garantia. (Lc 16.8, Jo 12.36, Ef 5.8): “porquanto vós todos sois filhos da luz, e filhos do dia, nós não somos da noite, nem das trevas” I Ts 5.5.

- Pela adoção Cristo compartilha conosco as bênçãos que lhes são reservadas “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se com ele sofrermos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8.17)....“De sorte que já não és escravo, porém filho, sendo filhos, também herdeiro por Deus” Gl 4.7.

2 AS RESPONSABILIDADES DA ADOÇÃO

Tornar-se filho de Deus, traz-nos responsabilidades. Cristo

nos deu o exemplo: como filho obediente, sua “comida” era fazer a vontade de seu Pai. Assim, como reivindicaremos tal filiação, para adquirir privilégios, se nossos atos demonstrarem que não temos a natureza de nosso Pai?

Lembremo-nos, enquanto o Diabo é o Pai da mentira, é o Destruidor, o Acusador, o Adversário, nosso Pai é amor, misericórdia, paz, santidade e, n’Ele habita toda a verdade. Mas, não se preocupe, não nos tornamos parecidos com Deus, nosso pai adotivo da noite para o dia.

Imagine uma criança adotada, acostumada com o estilo de vida totalmente diferente e, quando chega à casa nova, percebe que é um bom lugar para se viver, mas que tem muita coisa em sua vida que precisa se ajustar para que seja feliz em seu novo lar. É exatamente assim que acontece conosco – chegamos na família de Deus e perceberemos que há muita paz e alegria nos esperando, mas também Deus espera que sejamos gratos por tudo e, que possamos agir como filhos obedientes.

Você entendeu? Nós nos tornamos filhos de Deus no exato momento em que entregamos de forma sincera a nossa vida a Cristo, mas, é claro que aprender a ser um filho obediente, leva tempo, paciência e esforço. Não iremos nos acostumar da noite para o dia com nossa nova família, nem com o nosso novo Pai, mas ele é paciente e nos ajudará em nossas dificuldades iniciais. Precisamos

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confiar e aproveitar esta oportunidade, a nossa nova casa, e a família linda que Deus está nos dando. Por isso, preste atenção, em algumas lições que todo filho de Deus precisa aprender:

2.1 Os filhos de Deus suportam os sofrimentos:

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus.” Rm 8.18,19

2.2 Os filhos de Deus não vivem na Prática do Pecado:

“Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do Diabo, todo aquele que não pratica de Deus justiça não procede de Deus, também aquele que não ama a seu irmão” I Jo 3.10.

2.3 A adoção importa em sermos rejeitados pelo mundo:

“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus, e nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a ele” I Jo 3.1 (Ver Fp 2.15)

2.4 Os filhos de Deus são disciplinados por Deus:

(...)“já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como filhos: Filho meu, não despreze a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido; pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita todo o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos, pois qual é o filho a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, sois então bastardos, e não filhos.”12.5-8.

4 NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

A confissão de fé da Igreja de Cristo no Brasil não utiliza de

forma expressa esse termo “adoção” do Pai que recebemos de Cristo Jesus, mas em vários aspectos afirma como resultado da nossa Regeneração, Justificação e na intercessão de Cristo diante de Deus mas, sobre estes assuntos discorremos nas próximas lições.

Sobre a exclusividade de Cristo na intercessão e mediação que nos trouxe a filiação do Pai, afirmamos:

CREMOS: “Na intercessão de Jesus Cristo, como único mediador e Salvador entre Deus e os homens, Jo 14:6-13; I Tm.2:5; At 4:11-12.”

Em artigo oficialmente publicado no Site da Igreja de Cristo, o Pr. Carlos Iremar Santos afirma:

(...) “A salvação somente através de Cristo é graciosa, porque reconhece o sacrifício de Jesus na cruz do calvário como o único meio de escape para a humanidade, possibilitando a salvação a todos os cree em sua palavra. Como único mediador entre Deus e os homens “

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Em Cristo Jesus você foi

adotado para desfrutar da natureza espiritual de Deus! Você foi recebido na família de Deus para sempre. Você é filho de Deus, seu herdeiro, irmão de Cristo pelo novo nascimento, coerdeiro de suas inefáveis e graciosas bênçãos!

ANOTAÇÕES:

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O QUE JESUS CRISTO FEZ POR VOCÊ!

LIÇÃO 02

Você foi resgatado!

Texto Áureo: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. 1 Pedro 1:18-19

1 INTRODUÇÃO

Você certamente conhece pessoas que por diversas vezes

frequentaram a igreja, assistiram aos cultos, ouviram a Palavra de Deus, se emocionaram, mas no momento em que foram convidadas para entregarem as vidas à Cristo, retrocederam. Outras ainda foram à frente, receberam a oração, mas depois fugiram dos irmãos e das visitas até serem esquecidas. Quantas desculpas, quantas fugas, qual a explicação?

A melhor explicação para tudo isto, é que estas pessoas, mesmo bem-intencionadas, não têm forças para seguir a Cristo, porque estão presas, ainda são escravas de um poder invisível e espiritual que as detém. As pessoas das quais estamos falando, ainda são reféns, e precisam ser libertas, resgatadas, do poder do pecado, do poder do mal e até de si mesmas.

Veja como o assunto é sério, mesmo que você queira que alguém aceite a Cristo, ela poderá não ter forças, pois precisa ser resgatada. E é assim, que nenhuma pessoa conseguirá se libertar sozinha, se não for ajudada espiritualmente para que isto aconteça. Primeiro, porque está em débito com Deus, segundo porque possui uma natureza decaída e terceiro; porque está sendo subjugada por um poder espiritual e contrário a Deus.

2 ENTENDENDO A REDENÇÃO

Quando Cristo liberta uma pessoa que entrega sua vida a

Ele, algo muito especial acontece na estrutura espiritual da pessoa. Ocorre aquilo que chamamos de “redenção”. A palavra redenção no sentido que pretendemos estudar significa resgatar alguém de algum poder, força, cativeiro ou sistema. Quando, a Bíblia diz que fomos redimidos, ela se refere ao poder das trevas que agia em nós a tal ponto de não conseguirmos seguir a Cristo, até que Ele verdadeiramente nos libertasse.

A escravidão do mal acontece na vida de todos os homens, desde a desobediência de Adão, depois que ele pecou, todos nós recebemos uma espécie de herança – uma natureza má e que permanece em nós e que sempre tenta nos afastar de Deus - por causa dessa natureza estávamos irremediavelmente perdidos e fadados à condenação eterna. Estávamos subjugados a esta natureza porque sendo pecadores adquirimos uma dívida humanamente impagável para com Deus.

Você entendeu? Antes de conhecermos a Cristo, éramos escravos do mundo, do Diabo, do pecado e até de nossa natureza carnal. Ao sermos redimidos, Cristo Jesus, feito semelhante a nós, pagou a nossa dívida para com Deus (Hb 2:14). Mas, de que forma Jesus paga o preço a Deus por nossa libertação dessa natureza que nos afasta da vida eterna? Jesus pode assegurar nossa redenção pelo fato de ter se mantido puro, sem mácula, e sem pecado (Hb 2.15, At 20:28) e ao se entregar para morrer por nós de forma livre e

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voluntária (Lc 22:42), seu sacrifício foi aceito e nossa dívida paga, nos dando o direito de sermos livres de tudo que possa nos impedir de sermos reconciliados com o Pai. Por isso, se você aceitou a Cristo e, hoje sente prazer na casa de Deus e, mesmo com todas as dificuldades, decidiu seguir a Cristo, bom então, meus parabéns, você foi resgatado!

Existe diferença entre redenção e remissão – Redimir (redenção) significa resgatar mediante pagamento, e remir (remissão) significa perdoar uma dívida por misericórdia – Em um único ato na cruz de Cristo, fomos remidos (perdoados) através do seu sangue derramado e redimidos (resgatados) da dívida e do sistema espiritual que nos aprisionava ao pecado: “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a PACIÊNCIA (MISERICÓRDIA) DE DEUS” (RM 3.25).

3. O QUE PRECISO SABER SOBRE MINHA REDENÇÃO.

Existem uma série de verdades encontradas nas Escrituras

e, que são o fundamento de nossa confiança no poder da Redenção em Cristo. Sendo as seguintes:

3.1. É exclusiva da graça e misericórdia de Deus - Somos justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. (Rm 3:24)

3.2. É um ato voluntário do Filho de Deus – O preço de nossa redenção era tão elevado, que não poderia ser pago por nenhum ato ou sacrifício humano. Apenas o sangue de Jesus, poderia satisfazer tal exigência. Nosso Salvador Jesus Cristo era o único capaz de nos redimir. Uma vez que nosso castigo era resultado de nosso pecado e, por esta causa nos tornamos devedores de Deus, cuja condenação era a morte. Por sua vez, nosso Senhor cumpriu toda exigência de que a redenção exigia. Sim, Jesus com o

derramamento de seu sangue inocente, pode nos resgatar, nos redimir de todo o mal. (Hb 9:12, I Pe 1:18): “O qual se deu a si mesmo por nós para nos redimir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” Tito 2:14 (...) "Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos. (Mateus 20:28)"

3.3. Deus era o nosso único Credor e constituiu Cristo como nosso Redentor – Para que você entenda bem, nosso credor sempre foi Deus, foi contra Ele que o homem pecou desde o princípio e como nosso credor ele impôs que o nosso castigo seria a morte. E por isso, permitiu ao nosso inimigo Satanás que nos escravizasse por meio da mentira, do engano e dos prazeres terrenos. Entretanto, através do plano da cruz, Deus nos redime dessa escravidão.

4. O PODER DE NOSSA REDENÇÃO EM CRISTO

Assim, vencendo o pecado e a morte na cruz, nossa redenção

foi estabelecida contra todo mal e castigo:

4.1 Do Castigo que Deus estabeleceu contra o pecado: O salário do pecado é a morte (Rm 3.23, Gl 3:13), Mas em Cristo, somos livres do domínio do pecado. Rm 6:12-14;

4.2 Do Reino das Trevas: Somos livres da obscuridade do conhecimento de Deus, e de todo engano do Diabo (Rm 6:2,6,9-13; Tt 2:14; 1Pe 1:18-19);

4.3 Da própria lei: Estamos livres para servi-lo em novidade de vida, e não seguindo a rituais temporários ou religiões fanáticas, e que não produzem qualquer efeito espiritual verdadeiro. (Rm 7:4;) 4.4 De Satanás - Da dominação do inimigo de nossas almas, que nos tenta manter sob o jugo do seu reino de trevas e pecado. E

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quanto ao nosso adversário, o Diabo – para ele não haverá perdão, ele foi eternamente condenado, sem qualquer direito a reconciliação pois as próprias Escrituras testificam que ele será lançado no lago de fogo e enxofre. (2 Tm 2:26)

4.5 - Da presença de todo mal - tanto da corruptibilidade moral e espiritual, quanto da corruptibilidade do nosso corpo mortal, que se dará no Arrebatamento. (I Co 15) e ainda: “Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente...” (Tito 2:11-12).

5 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

A confissão de fé da Igreja de Cristo no Brasil sobre a

Redenção da culpa e do domínio do pecado declara assim:

CREMOS: “na redenção da culpa, da pena, do domínio e da presença do pecado, somente por meio da morte expiatória do Senhor Jesus Cristo, no sangue do Unigênito Filho encarnado de Deus, nosso representante e substituto. Rm 3.24-25; 4;25; 5,6-10; I Co 1.30; 15.50-57.

Em artigo publicado oficialmente no site da Igreja de

Cristo no Brasil, o Pr. João de Sousa assim afirma sobre a redenção:

(...) “A redenção desse modo, ocorrida em Cristo, abrange mais que o simples livramento da condenação da culpa pelo pecado, mas se refere também ao livramento do domínio e da constante presença do pecado na vida do nascido de novo. Quando falamos do domínio é porque de fato o novo nascimento, a conversão genuína nos liberta inteiramente da escravidão do pecado a que estava sujeita a nossa carne. (...) O domínio, ou poder do pecado, que nós carregamos em nossos corpos, Jesus Cristo, no derramamento do seu sangue nos comprou para Deus tirando o poder da destruição do pecado e do império das trevas, como diz Efésios 2.8-9 e Colossenses 1:12.

(...) E segundo, em sentido mais escatológico, de que o ato pretérito de Cristo, se projetará na redenção final da Igreja, quando toda a presença final do pecado será cabalmente afastada.” (...)Quanto à expressão “presença do pecado”, faz necessárias algumas considerações bastante pertinentes. (...)O apóstolo Paulo em Romanos 7 ao usar a frase “miserável homem que sou”, está de algum modo, afirmando que a carne é tão dominada pelo pecado e a única coisa que pode destruir a presença do pecado do homem é a destruição do corpo – a tendência pecaminosa. (...) Então essa presença do pecado estará sempre atuante na vida de todos nós e somente na época do arrebatamento e redenção final da igreja quando este corpo do pecado for desfeito e estaremos recebendo um novo corpo, um corpo glorioso é que seremos livres dessa presença, para vivermos na santidade da presença de Deus, por toda a eternidade. I João 3:2.

O Pr. Kleber Júnior de Sousa em artigo publicado oficialmente

no site da Igreja de Cristo, o afirma:

(...)Livres da condenação dos pecados, pelo seu sacrifício de expiação, onde ele mesmo nos substituiu, entregando-se à morte por todos, consumando a obra da Redenção e ascendeu aos Céus. Podemos agora, tentar entender a natureza da obra intercessória de Cristo, a começar pelo fato de ter ele entrado a presença do Pai, a qual chamamos de Santo dos santos, e nos concedeu acesso a esse lugar, pelo novo e vivo caminho a nós consagrado pela sua carne. Como registra o escritor aos Hebreus: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no santo dos santos, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne”. (Hebreus 10:19-20).

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Você foi resgatado, foi liberto de toda maldição trazida pelo pecado! Essa redenção garantirá a você a vitória contra o Diabo, sobre a carne e contra o mundo! Por fim, você receberá o resgate final da presença do pecado e, viverá em Cristo, com Deus na Eternidade!

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O QUE JESUS CRISTO FEZ POR VOCÊ!

LIÇÃO 03

Você nasceu de novo!

Texto Áureo: “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura, as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Coríntios 5.17

1 INTRODUÇÃO

A doutrina da Regeneração ou do Novo Nascimento como

efeito e requisito da salvação começou a ser ensinado por Jesus em sua conversa com um Mestre da Lei chamado Nicodemos. Para o nosso Senhor, o novo nascimento não é uma simples mudança de opinião, nem um melhoramento de caráter, mas uma verdadeira mudança interior operada de forma sobrenatural pelo Espírito Santo

A Bíblia diz que a nossa natureza humana é radicalmente corrupta, e que por isso, precisamos de uma nova. Mesmo os que são naturalmente amáveis, criados moral e religiosamente conforme altos padrões, não deixam de ser pecadores perdidos — espiritualmente mortos. Precisam nascer de novo para verem o reino de Deus.

Assim, existem algumas coisas que precisamos saber sobre o novo nascimento e, que poderão nos ajudar a reconhecer a verdadeira obra de Deus em nós, diferencia-las das expectativas humanas, e como as Escrituras e o Espírito são essenciais para o genuíno desenvolvimento de nossa nova vida em Cristo Jesus nosso Salvador e para a manutenção de nossa fidelidade.

2- QUAL O FUNDAMENTO DE NOSSA REGENERAÇÃO?

1º — SOMOS REGENERADOS GRAÇAS À VONTADE DE DEUS - A regeneração é uma obra divina no coração humano. Deus é o Autor de toda a vida, e acima de tudo, esta nova vida é dada por Ele. Não nascemos de novo pela religião, nem pela reeducação (João 1:12). A conversão, a regeneração, a restauração e o novo nascimento são atos exclusivos de Deus:

"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1:12,13

2º — SOMOS REGENERADOS GRAÇAS AO SACRIFÍCIO DE CRISTO. A morte de Cristo nos garantiu a oportunidade de nascer de novo. “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” Tito 3.5.

3º — SOMOS REGENERADOS PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO E DA PALAVRA DE DEUS. As figuras empregadas pelo Senhor, na Sua conversa com Nicodemos, são "água e espírito", referindo-se à Escritura Sagrada, e ao poder do Espírito Santo. "A fé vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Deus" (Romanos 10:17).

Ver também: I Pedro 1:23 e Tiago 1:18

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Ao ouvir a Palavra de Deus o pecador arrependido; confessa sua necessidade de salvação, sendo convencido pelo Espírito Santo que Jesus Cristo é o Senhor e, é nesse exato momento que esta pessoa, se torna uma nova criatura e recebe o selo do Santo Espírito como promessa, penhor e garantia dessa nova vida:

"... em quem também vós, depois de ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa " Efésios 1:13.

(...) “Graças a Deus porque fez em nós uma obra Eterna, dando-nos o Seu coração”. Hebreus 10:18

(...). “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que morreu e ressuscitou”. II Coríntios 5:15.

2 O QUE É “SER UMA NOVA CRIATURA”?

“Ser uma nova criatura” é algo que ocorre em nosso interior,

o Espírito Santo estabelece em nós um contato; um relacionamento com Deus (que chamamos de comunhão). A partir da conversão você se sente ligado a Ele de tal forma, que você quer agradá-lo, servi-lo e, por razões que nem mesmo é capaz de explicar, sente uma grande tristeza quando peca contra ele e o desobedece.

Quando nos entregamos a Cristo com sinceridade, sentimos que o perdão de Deus nos muda e, passamos a sentir prazer em estar em sua casa, e somos invadidos por um temor e obediência à sua Palavra. Em nós são aflorados o fervor espiritual, e o nosso coração se enche de alegria e de amor pelos nossos irmãos. Deus desperta em nós o desejo de compartilhar com os demais, essas mudanças; e somos motivados a pregar a Palavra de Deus às outras pessoas.

É diferente o coração da nova criatura, mudam os seus sentimentos, as suas vontades e até os seus projetos de vida. O homem nascido de novo, olha o mundo de um jeito completamente novo.

Assim, são muitos e maravilhosos os sinais de nosso novo nascimento, até mesmo o semblante do novo homem é diferente da velha criatura, pois agora resplandecemos o caráter e a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

3 O QUE NÃO É “SER UMA NOVA CRIATURA”?

Quando dizemos que o novo nascimento acontece no

momento da conversão, não estamos dizendo que naquele exato instante, nossa velha criatura morre definitivamente, e nem que uma vez nascidos de novo perdemos completamente a tendência e a capacidade de pecar. Ser nova criatura não significa que você não se sentirá mais atraído pelas coisas deste mundo. Ser nova criatura também não significa que você não irá mais cobiçar coisas que farão mal a sua vida espiritual. Aliás, algumas vezes, no início da sua fé, ainda sentirá o desejo de largar o Senhor e voltar para o mundo, e para as velhas práticas.

O que ocorre de verdade, é que ao se tornar uma nova criatura, você ganha uma nova natureza (boa, agradável e que quer servir Deus sempre e com alegria), mas a sua antiga natureza, ainda lhe perturbará, tentando reassumir o controle de seu coração. À medida que você se envolve com Cristo, cada dia mais sua nova natureza se fortifica e a sua velha natureza enfraquece. Ao ser transformado, antigas práticas deste mundo, perderão a graça e o sentido para você, como por exemplo: festas mundanas, a embriaguez e a prostituição. E por outro lado, aumentará o seu prazer em servir a Deus e estar na Igreja e nos cultos.

Fique Atento: “O Nosso novo nascimento é imediato e acontece no momento da conversão, mas a santificação que é o fortalecimento de nossa nova natureza, é progressiva”.

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4 A LUTA ENTRE AS DUAS NATUREZAS -

(Preste atenção, isto é muito importante!):

Durante a sua vida cristã as duas naturezas (a nova e a

velha) conviverão combatendo entre si: “carne lutando contra o espírito e o espírito contra a carne”. Por várias vezes, nas muitas batalhas que serão travadas daqui para frente, ambas alternarão suas vitórias e isto vai acontecer até a vinda do nosso Senhor, quando Ele, nos libertará finalmente de toda natureza corruptível. Por isso, à medida que as vitórias de nossa nova natureza se tornam mais constantes, isso é um sinal de desenvolvimento espiritual.

Ao final de cada batalha desta terminável guerra, sempre haverá resultados bons ou ruins, dependendo de como você se prepara e se fortalece. Quando nossa nova natureza vence, subimos um degrau de nossa maturidade cristã, damos bom testemunho e aumentamos nossa comunhão com Deus. Por outro lado, quando nossa velha natureza prevalece, sentimos uma tristeza profunda, descemos um degrau de nossa comunhão e ainda afetamos nosso serviço para Deus. Por isso, a importância de valorizar cada batalha, e vencer uma após a outra. Isso é gratidão, mas também sabedoria!

A melhor maneira de vencer as batalhas é fortalecer nossa natureza, isso ocorre através de um processo pessoal e devocional chamado “santificação” – sobre o qual falaremos depois. Não esqueça, porém que como nova criatura, você deve buscar sempre ser bem-sucedido na batalha espiritual. E ainda que eventualmente você venha a pecar, prossiga sem desistir da abençoada jornada de uma vida vitoriosa em Cristo.

5 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ

A Confissão de Fé da Igreja de Cristo no Brasil afirma

que nossa conversão e, novo nascimento (regeneração) é resultado de uma missão soberana e pessoal do Espírito Santo, portando não apenas esse renascimento é uma obra executada por Ele, e que que

se inicia bem antes pelo Espírito Deus, que produz em nós o arrependimento, e, prossegue sua obra durante toda a nossa vida cristã, pelo processo de santificação.

CREMOS: “na missão soberana e pessoal do Espírito Santo, no arrependimento, na regeneração e na santificação dos genuínos cristãos. Jo 3:3-7; 16:7-11; II Cor 5:17; Ef 1:13-14; Tt 3:5.

Sobre a Regeneração, em artigo publicado oficialmente no

site da Igreja de Cristo no Brasil, o Pr. Otoniel Marcelino afirma:

(....) “A Regeneração ou Novo nascimento é o ato regenerador, uma concessão da natureza divina ao homem (2 Pe 1.4). O Espírito Santo é o agente da transmissão dessa nova natureza. É o momento em que o Espírito de Deus se une ao Espírito do homem. A regeneração cristã assim difere do conceito humano de “mera reabilitação”, é na verdade uma nova geração divina, tendo como o novo nascimento uma condição essencial para uma nova vida. Assim, a regeneração não é um processo, mas um ato divino em nós. Uma vez nascido de novo, nascido para sempre.” (...) “E, uma vez recebida essa nova natureza, torna-se possível por esta revificação espiritual e a nossa recuperação moral. Desse ato transformador de nossa natureza, é possível a todos aqueles que creem no Senhor Jesus andarmos segundo sua vontade. Essa mudança interior é produto do arrependimento para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Cremos, portanto, que a nossa regeneração (novo nascimento) é um ato irreversível de Deus.”

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Você nasceu de novo! Você agora é uma nova criatura! O Espírito de Deus habita em você! Você recebeu a natureza de Deus para sempre! Mesmo diante das dificuldades e dos erros, dentro de você uma consciência espiritual pulsará. Seja sensível à voz do Espírito! Busque-a! Ouça-a! Obedeça-a!

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O QUE JESUS CRISTO FEZ POR VOCÊ!

LIÇÃO 04

Você foi salvo!

Texto Áureo: “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida.’ João 5.24

1 INTRODUÇÃO

Continuamos falando acerca dos efeitos de nossa

conversão. Nosso assunto hoje é a sobre a certeza de salvação. Quando lidamos com este assunto é normal termos dúvidas; já que aprendemos desde cedo que para sermos salvos precisamos de boas obras (não mentir, não matar, não beber, não fumar, fazer o bem e etc.). Entretanto este tipo de pensamento é uma interpretação distorcida das Escrituras. Acredite o primeiro passo para entender a nossa salvação; é a convicção de que ela é imerecida. Vou explicar bem direitinho, o porquê. Preste atenção!

Normalmente, as pessoas se escandalizam quando afirmamos que temos certeza da salvação, isto porque muitos delas associam nossa conversão às alterações de nosso comportamento,

principalmente, quando passamos a frequentar a igreja, não é isso mesmo? Por isso, a pessoas subentendem que nossa salvação está fundamentada nas coisas que deixamos de fazer: ir a festas dançantes, ingerir bebidas alcoólicas etc. A verdade também é que muitos de nós mal orientados ou mal discipulados também acreditamos que nossa salvação se dá simplesmente em razão de certas mudanças de hábitos. A partir dessa lição, pretendemos nos aproximar maximamente do verdadeiro fundamento de nossa salvação: a obra de Deus em nós que começa e termina com nosso Salvador, Jesus Cristo, ele é autor e consumidor de nossa fé.

2 A INCONDICIONALIDADE DE NOSSA SALVAÇÃO

A salvação na qual podemos e devemos ter certeza

não está baseada numa mudança de comportamento e, sim de coração. Nossa salvação é um presente de Deus, nós não a merecemos antes de recebê-la, não a merecemos durante toda a nossa jornada cristã, e nem mesmo na eternidade haverá um só momento que a mereceremos. Deus, por seu grande amor, por sua infinita misericórdia e por sua abundante graça decidiu nos salvar por meio do sacrifício de seu filho Jesus Cristo na cruz do calvário.

Nossa conversão é uma obra do Espírito Santo mediante

a Palavra de Deus que nos convenceu de nosso pecado, e nos fez entregar as nossas vidas nas mãos do filho de Deus como nosso suficiente Salvador. Somente Ele tem o poder e o mérito por nossa salvação, porque com seu sangue nos comprou, e a Ele pertencemos por toda a eternidade.

Assim, não fazemos o bem depois que nos

convertemos para sermos salvos, mas porque já fomos salvos. Deus não apenas nos salva do inferno, mas também do pecado.

Você não precisa sair alardeando que é salvo, pois isso só afastará as pessoas de você, mas deve testemunhar que Jesus tem poder para salvar e que ele pode salvar qualquer um que venha a ele, por isso você se entregou ao Salvador. Infelizmente para a

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maioria das pessoas ouvir você dizer que é salvo, soa muito ofensivo e arrogante. Elas acham que quando você afirma que está salvo, está se exaltando, se vangloriando. Algumas delas dizem: “ele já pecou e errou tanto e agora quer dá uma de santo, e dizer que é salvo, francamente!”. Lembre-se de esclarecer que você continua pecador, mas que Jesus pode salvar todos aqueles que por intermédio dele se chegam à Deus.

Imagine uma pessoa que não sabe nadar caindo no mar; você acha que ele sozinho será capaz de salvar-se a si mesmo e voltar para o barco? Mas, se um salva-vidas experiente pular e salvá-lo? De quem é o mérito pela salvação de quem estava se afogando ou de quem o salvou? Pois bem, conosco, acontece o mesmo. Pergunte a pessoa que questionar a sua salvação, se Jesus quiser salvar alguém, se ele seria um bom salva-vidas ou se ele seria um mau salva-vidas? E se ele sendo um bom salva-vidas, a pessoa que irá ser salva clamar para que Ele a salve; acha que Ele conseguiria? Compreendeu? Diga que você aceitou ser salvo e isso pode acontecer com qualquer um!

3 SINERGISMO X MONERGISMO

Quanto ao entendimento da Salvação, existem duas

correntes pensamentos: o “SINERGISMO” e o “MONERGISMO”. Podermos depreender o significado de suas raízes morfológicas:

“Mono”: único, “Sin” – cooperação, concurso e “Ergo” – Trabalho, Esforço. Destes radicais surgem dois conceitos:

SINERGISMO: Ação combinada entre dois ou mais fatores

que contribuem para o resultado de um processo ou atuação. Desse conceito, advém a doutrina protestante segundo a qual o homem, apesar do pecado original, conserva o livre-arbítrio na busca da salvação e na obtenção da graça divina.

Para o Sinergismo o homem embora morto em delitos e

pecados não perdeu a capacidade de escolha, nem de livre-arbítrio,

sendo que embora o Espírito de Deus o convença do pecado, é do homem a decisão de convergir ao chamado de Deus, arrependendo-se dos seus pecados, para que só então, o Espírito Santo comece à obra de salvação: regeneração, santificação e redenção.

MONERGISMO: Ação unilateral para a realização de um

resultado de um processo ou atuação. Desse conceito, advém a doutrina protestante segundo a qual Deus age de forma completamente soberana e independente na salvação humana, desde o seu arrependimento e regeneração, prosseguindo na santificação até a glorificação final do cristão.

Assim, para o Monergismo o homem não discerne as coisas

Espirituais, sendo uma obra soberana do Espírito de Deus revifica-lo e conduzi-lo ao arrependimento, regenera-lo e, santifica-lo até o dia da redenção final.

4 PONTOS DE FÉ PARA A CONVICÇÃO DE NOSSA SALVAÇÃO 4.1 Nossa Salvação está baseada no fato de termos crido na

mensagem e atendido o chamado de Cristo:

"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (João 1:12).

4.2 Nossa salvação repousa no exclusivo poder de remissão de Cristo Jesus que nos comprou e nos dá liberalmente por sua graça a vida eterna:

"Quem crê no Filho tem a vida eterna ; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele." (João 3:36).

4.3 São dois os fundamentos principais de nossa salvação: a Palavra de Deus e o convencimento interior do Espírito Santo de que somos filhos de Deus:

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Além da garantia de salvação que a Palavra de Deus nos dá, o Espírito de Deus também fala no coração do filho de Deus, confirmando que ele foi salvo: "Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna." (1 João 5:13).

5 OS PERIGOS DE ACREDITAR QUE A SALVAÇÃO É PELAS OBRAS

Infelizmente várias pessoas ainda confiam em seus méritos

pessoais para obter a própria salvação. Apesar disto, podemos enumerar pelo menos três resultados nefastos de acreditar na doutrina da salvação pelas obras:

5.1 – O primeiro deles é a sensação de frustração diante da constatação de que nosso processo de santificação (separação das coisas do mundo) é algo demorado e sujeito à várias resvaladas e deslizes – Depois que uma pessoa se entrega a Cristo, inicia na sua vida um processo de santificação, que dependendo do ambiente (igreja), do ensino (discipulado) e do esforço pessoal (dedicação) pode levar mais ou menos tempo. Por isso se alguém achar que é salvo pelas obras durante o processo de santificação pode equivocamente pensar distorcidamente assim: “realmente, essa vida de crente não dá pra mim!”. Por outro lado, se entender de forma correta, a doutrina bíblica da salvação pela fé, aprenderá que nunca mereceremos a salvação, ela é um dom de Deus, e é o Espírito de Deus, Ele quem nos desperta o sentimento de buscar agradar à Deus e a obedecê-lo, e isto também leva tempo e esforço.

5.2 – O segundo resultado de acreditar que a salvação acontece pelas obras pode dar a alguns à falsa sensação de “super-santidade” e passarem a se considerar melhores que outros irmãos mais fracos na fé – e ai se precipitarem em julgamentos e imposição de rigores, até assumirem uma posição de religiosidade extremada e sem misericórdia – lamentavelmente,

isto acontece com muita frequência - alguns crentes quando aumentam seus momentos de devoção ou serviço a Deus caem na tentação de achar que outros irmãos são “menos santos” ou que são menos dignos de salvação e aí começam a julgá-los e às vezes a exigir e impor a estes algum tipo de jugo ou regra religiosa como requisito para a salvação, do tipo: “se você não guardar este dia da semana, perderá a salvação”, “se não usar certo tipo de roupa irá para o inferno”, “se não falar em línguas não poderá ser um crente espiritual” etc.

5.3 – O terceiro e mais grave resultado de acreditar que a salvação é pelas obras é não valorizar o sacrifício de nosso Senhor Jesus na cruz do calvário como meio suficiente para a salvação de qualquer pecador arrependido – Desde modo, nossa certeza de salvação deve está alicerçada naquilo que Cristo fez na sua cruz e não naquilo que poderemos fazer ou deixar de fazer durante toda a nossa caminhada cristã:

“não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3:5). “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” Ef 2.8,9 (Ver também: 1 João 5:11-13)

Fique atento – Ser salvo pela fé significa que esta salvação produzirá em nós boas obras. A salvação em Cristo não apenas nos livra do inferno, mas também nos ajuda a vencer o pecado. No princípio, pequenas mudanças, que talvez nem sejam notadas pelos outros, mas essas mudanças se tornam crescentes e inevitáveis, se a nossa conversão for genuína:

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas já passaram; eis que coisas novas surgiram”. 2 Co 5.17.

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6 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

A Confissão de Fé da Igreja de Cristo, declara os seguintes

fundamentos:

6.1 Sobre o Pecado Universal afirmamos:

CREMOS: “na pecaminosidade universal e na culpabilidade de todos os homens, desde a queda de Adão, início da ira de Deus e na condenação de todos os homens. Gen 2:16-17; 3:1-24; Rm 3:9-23; 5:12-21; 6:23 e Hb.9:27-28.

Em artigo publicado no site nacional da Igreja de Cristo no Brasil, o Pr. Vitor Paulo afirma:

(...) A morte é um conceito amplo em suas dimensões e se extende sobre toda constituição humana; ela é: Espiritual; que é a perda da comunhão do homem com Deus decorrente do pecado. De imediato, quando Adão pecou perdeu a comunhão com Deus. E, por causa disso experiências estranhas passaram a fazer parte da realidade humana: ele, como todos nós, passa a esconder-se de Deus; a fugir Dele, ou seja, a relação de comunhão quebrada tornou Deus, para o homem, uma ameaça, nos tornou inimigos de sua ira. Deus é a fonte da vida, romper com ele acarretará, consequentemente, ao falecimento dela. Por isso, a Bíblia vai associar o pecado a morte. “Porque o salário do pecado é a morte...” (Rm 6:23, cf. Col 2:13, Ef 2:1). A perda da comunhão com Deus é um divórcio com a vida em todas as suas dimensões. 6.2 Sobre a obra do Espirito Santo em toda a obra de Salvação, afirmamos:

CREMOS: na missão soberana e pessoal do Espírito Santo, no arrependimento, na regeneração e na santificação dos genuínos cristãos. Jo 3:3-7; 16:7-11; II Cor 5:17; Ef 1:13-14; Tt 3:5.

A Igreja de Cristo no Brasil acredita que a obra do Espírito Santo é soberana desde o princípio, isto é; desde o arrependimento que gera a conversão e prossegue, na regeneração do salvo e, na continuidade dessa santificação na vida dos genuínos cristãos. Esse pensamento é uma firme base de fé para a salvação incondicional, uma vez que reconhecemos que o homem natural não pode discernir as coisas espirituais, cabendo ao Espírito revelar o Pai em Cristo e nos convencer do pecado, da justiça e do juízo.

É importante, afirmar que nosso credo, ao declarar a missão

soberana do Espírito Santo no arrependimento, a justificação sem o concurso de mérito próprio e a salvação incondicional – revelou-se nestes aspectos predominantemente monergista (calvinista). Mas, ao mesmo tempo, não fundamentou essas bases na doutrina da predestinação, preferindo silenciar quanto aos detalhes da operação dessa missão soberana do Espírito Santo. Assim, nossa confissão de fé, não declara que Deus escolheu alguns para a salvação e outros para perdição – como fazem explicitamente as declarações de fé de igrejas puramente reformadas.

Fique Atento: Nenhum dos 14 pontos de nossa Confissão de Fé utiliza claramente os dois “termos mais comuns dessa dualidade monergista x sinergista, que são: “a predestinação” (calvinista) e “o livre-arbítrio” (arminiano), uma vez que qualquer uma destas expressões, seriam taxativas em nos definir com exclusividade, “calvinistas” ou “arminianos”. Os organizadores preferiram, então, não mencioná-las; com vistas ao equilíbrio.

Assim, reservamo-nos em nossa Confissão de Fé em declarar

simplesmente a missão soberana do Espírito Santo em todo o processo de salvação desde o arrependimento. Conquanto, a explicação mais tradicionalmente aceita para o preenchimento dessa lacuna tem sido que Deus em sua presciência conhece de antemão os nomes daqueles que estão escritos no livro da vida, guardando para si mesmo esse “mistério”, e por consequência, diante desse conhecimento tão reservado ao Deus Soberano, restou-nos presumir que nossa missão é pregar o evangelho a toda criatura, acreditando firmemente no que dizem as Escrituras: quem crer será salvo, quem

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não crer, será condenado”. Quanto ao convencimento em cada coração, essa missão e obra é do Espírito de Deus, e não nossa.

Acerca dessa a dualidade na formação da doutrina da

salvação da Igreja de Cristo, detalharemos na próxima revista Encontro de Discípulos II.

6.3 obre a salvação incondicional, afirmamos:

CREMOS: "na doutrina da justificação pela fé, salvação eterna do crente genuíno, sem concurso do mérito próprio. A justificação do pecador é somente pela graça de Deus, na suficiência do sangue remidor de Jesus Cristo, com eterna segurança. Jo 10.27-29; Rm 8.1-2, v.31-39 e Ef 2.1-9.”

Em um artigo oficialmente publicado no site

nacional da Igreja de Cristo no Brasil, o Pr. Otoniel Medeiros afirma:

(...) A Igreja de Cristo no Brasil tem como um dos fundamentos de ensino da sua organização que o verdadeiro crente jamais perde a sua salvação. (...) Por isso, admira-nos, imaginar que alguém que nasceu genuinamente em Cristo volte a praticar o pecado como antes, desvairadamente e esquecido de Cristo, como se jamais tivesse recebido o Espírito. Mas, é cogitável considerar que alguém mesmo nascido de novo possa cometer pecados eventuais ou passar por fraquezas momentâneas que o afastem da comunhão, mas que mantenham sua consciência triste e sensível a voz do Espírito testificando que onde ele esteja é um filho de Deus e, deve render-se e voltar à comunhão.

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Você foi salvo e todos os méritos por sua salvação vem de seu Salvador, Jesus Cristo! Confie no seu poder de salvar! Aceite com humildade o fato de que aquele que começou a obra em sua vida irá completa-la até o dia Cristo! Acredite, se você foi genuinamente salvo, ninguém... ninguém mesmo, poderá te arrebatar das mãos do teu Salvador!

O QUE JESUS CRISTO FEZ POR VOCÊ!

LIÇÃO 05

Você foi Justificado!

Texto Áureo: “Quem intentara acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica!” Romanos 8.33

1 INTRODUÇÃO

Nosso assunto de hoje requer um pouco de sua atenção e,

de seu raciocínio. Falaremos hoje sobre a “justificação” que é uma das provas da justiça e retidão de nosso salvador. A doutrina da justificação baseia-se em uma verdade lógica: todos pecaram, o castigo do pecado é a morte, e um Deus justo não poderia simplesmente fazer de contas que nada aconteceu, por isso enviou o seu filho para pagar a nossa dívida, morrendo em nosso lugar e nos justificar.

Se pensarmos em Deus em termos absolutos, chegaríamos a

conclusão de que sua Santidade é tão infinita, que por melhor que sejamos ou que nos tornemos, nunca poderíamos conviver com ele nessa nossa condição de pecador. Nossas boas ações por melhores

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que sejam seriam apenas uma pequena chama a ser engolida pelo peso da glória de sua Santidade Isto significa, que nossas justiças, (salvos ou não), jamais seriam suficientes na satisfação de Sua Excelsa Justiça. Do mesmo jeito, sem Cristo, qualquer pecado por menor que seja, ou qualquer mérito por maior que seja, antes ou depois de nossa conversão, não mudariam em nada essa distância entre o nosso estado e a sua Santidade. Por isso, não tendo Cristo pecado, e morrido em nosso lugar, pode plenamente nos justificar para sempre, de modo que possamos permanecer na presença de Deus, hoje e na eternidade.

2 ENTENDENDO A JUSTIFICAÇÃO

2.1 Pecado, Condenação e Morte

Deus havia proibido Adão e Eva de comerem de um fruto de

uma árvore do jardim – se eles comessem a morte entraria no mundo. Deus disse a Adão: "porque no dia em que dele comeres, certamente morrerás". O fruto mesmo não tinha nenhum poder, mas a proibição de Deus era um teste de obediência, quando a serpente os seduziu e eles comeram do fruto - desobedeceram a Deus, pecaram e, perderam a inocência!

O castigo pela desobediência é a morte. Naquele momento, Deus estabeleceu a lei da semeadura – todo mal que você plantar, você vai colher – o fruto do pecado é a morte. O pagamento, do pecado é a morte. A partir do pecado de Adão a morte passou a ser um castigo para todo pecador. Primeiro porque Deus é justo. Você acharia certo alguém fazer o mal; por exemplo: assaltar ou matar uma ou várias pessoas e não sofrer nenhum castigo? Pois bem o castigo do pecado é a morte.

Você já imaginou um mundo em que as pessoas pudessem pecar e nunca morrerem, nunca ficarem doentes? Sabe o que aconteceria? Este mundo seria um lugar terrível para viver, os maus dominariam, roubariam, destruíram e fariam todo tipo de maldade porque eles jamais morreriam e os bons sofreriam eternamente nas

mãos dos maus. Os ricos seriam cada vez mais ricos e do outro lado, os pobres mais pobres. Você compreende o porquê, num mundo onde existe o pecado Deus teve que castigar com a morte? Ela leva os maus, reduz o sofrimento dos bons e ainda causa nos homens o medo necessário para o arrependimento. Lembre-se, onde há pecado, há morte! E com o pecado de Adão, o homem passou a sofrer a morte em três estágios:

Primeiro Estágio – A morte Espiritual – Quando o homem pecou; ele se afastou de Deus, perdeu a comunhão com o pai. Hoje todos os homens que se afastaram de Deus ou que nunca se arrependeram estão mortos espiritualmente. Este mundo está morto. A Bíblia diz que o mundo “jaz” (está morto) no maligno! Os homens estão separados de Deus, e não querem voltar para ele, porque estão mortos em seus delitos e pecados. Um homem que não se entrega a Cristo está vivo fisicamente, mas espiritualmente ele permanece morto.

Segundo Estágio – A morte Física – Todo homem está destinado a morrer fisicamente. Os bons e os maus. Por mais que hoje pela ciência e pela medicina os homens possam prolongar a vida. Todos em algum momento ou por um acidente de automóvel, ou por uma doença ou por qualquer outra fatalidade enfrentarão a morte física.

Terceiro Estágio – A morte Eterna – Todos aqueles que não forem resgatados ou que não forem justificados em Cristo Jesus, depois da morte física terão que prestar contas com Deus e depois disso, se iniciará a pior de todas as mortes. A morte Eterna! Onde as pessoas passarão toda a eternidade longe de Deus e em sofrimento.

Você entende a seriedade quando a Bíblia diz que o pagamento do pecado é a morte, e que toda alma que pecar está fadada a morrer? Pois bem é partir dessa explicação que poderemos entender a Justificação. Se todos pecaram e todos merecem morrer, somente alguém justo, estaria livre de tal condenação, certo?

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A Bíblia é categórica em considerar que não há um justo, nem um sequer, não há ninguém que faça o bem, nem que busque a Deus, por conta disso, todos nós estaríamos passíveis da condenação eterna pelo simples de fato de que não nos tornamos pecadores quando pecamos, mas por já nascermos com esta condição. Desde modo, como Deus anunciou uma sanção (castigo) penal para o pecado (a morte) existe um aspecto judicial em nossa salvação: para ser sermos adotados, redimidos, regenerados e salvos por Deus, é necessário que Deus nos declare para todo o mundo espiritual (homens, anjos e demônios) de que agora nós fomos justificados (absolvidos) em Cristo Jesus da condenação da morte espiritual, física e eterna. – A justificação é um ato solene e exclusivo de Deus. (Is. 50.8, Rm 8.33)

3 JUSTIFICAÇÃO, UMA SENTENÇA DE DEUS POR CRISTO EM NOSSO FAVOR

3.1 - A justificação é a certeza jurídica de nossa salvação

Gosto de dizer que a justificação pode ser comparada como

uma sentença dada por Deus pela cruz de Cristo que garante que não seremos condenados pelos pecados que praticamos antes ou depois de conhecermos verdadeiramente a Cristo Jesus. Nosso Deus é plenamente justo e, um dia irá julgar todos os moradores da terra, “justos e injustos”, naquele momento de terrível sofrimento para muitos, vários seres serão condenados (homens e anjos maus) à morte eterna, e até poderiam argumentar que Deus tenha sido em algum momento injusto em nos salvar já que todos pecaram e destituídos ficaram da glória de Deus. Disto vem a grande importância de nossa justificação, pois justificados em Cristo não precisamos temer a condenação eterna.

3.2 - A justificação é o cumprimento de uma promessa divina em Cristo - Quando recebemos a Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas; somos declarados justificados em Cristo Jesus. Essa declaração Deus faz nas Escrituras antes de aceitarmos a Cristo,

logo a sentença de absolvição ou de justificação já estava nas Escrituras como uma promessa para nós e, se completa na cruz de Cristo, sendo operada quando aceitamos a Cristo: A sentença da Justificação é pretérita, definitiva e para sempre: “Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus”. Rm 8.1. (Is 45.25, 53.11, Gl 2.16, Rm 5.1, At 13.39, Rm 3.28, Gl 5.4, Gl 2.14ss)

3.3 - A justificação é uma obra definitiva de Cristo por nós e, não um esforço nosso para merece-la.

Algumas pessoas têm dificuldade em entender o valor desta justificação. Consideram que somos considerados justos apenas no momento da conversão e, que depois passamos a depender de nossas obras para nos mantermos ou não justos diante de Deus.

Fique Atento: É importante não confundir a justificação (que é um aspecto legal de nossa salvação) com a regeneração que nos dá um coração disposto a obedecer e, com a santificação que é o exercício progressivo desta obediência.

Se nos impusermos às boas obras após a conversão como condição para permanecermos justos, estaremos trocando uma coisa pela outra, "seis por meia dúzia". O cristianismo não será uma religião melhor que as outras, se formos justificados em Cristo e, depois dependermos de nossas boas obras para manter tal justificação (a maioria das religiões também prega que fazer boas obras pode salvar o homem). O que diferencia a bênção da justificação de qualquer rito religioso é seu caráter contínuo e renovado na vida do cristão, independentemente de seus méritos. Por isso, graças à justificação, quando pecamos, Deus passa a nos ver através de Cristo. O acusador poderia até dizer: " mas este cristão pecou novamente!", mas Deus olhando para os méritos de Jesus e seu sacrifício na cruz, poderia responder firmemente: "nenhuma condenação há para aquele que está em Cristo Jesus!" (Rm 8.1, 33).

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3.4 – Nossa justiça está em Cristo! Por ele também somos santificados - A justificação não significa que nossos pecados perderam em nossa vida seu poder destrutivo, ou se tornaram incapazes de nos entristecer e até nos afastar momentaneamente da presença divina, da unção do Espírito e da comunhão com o Pai, mas significa que estes não são determinantes na nossa sentença de salvação, que é irrevogável e, inapelável. Disto, a importância da santificação na vida do cristão genuíno – para que não sejamos apenas juridicamente justificados (absolvidos), mas que nos tornemos também progressivamente justos em nossas obras e mais parecidos com o nosso Pai. (fazendo aquilo que agrada a Deus). Por esta justificação, adquirimos a bênção da perseverança descrita em Romanos 8.30 ss : " E aos que predestinou, a esses também chamou, e aos que chamou, a esses também justificou, e aos que justificou, a esses também glorificou" (...) nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

Fique Atento: Através da justificação o Senhor nos garante a salvação e nos livra de qualquer acusação de nosso adversário, e, também de nossas consciências, e nos permite através da lavagem da Palavra de Deus, do Novo Nascimento e da santificação agradecermos e agradarmos a Deus por nossa redenção.

4 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

A nossa Confissão de Fé afirma sobre a Justificação:

CREMOS: na Doutrina da justificação pela fé, salvação eterna do crente genuíno, sem concurso do mérito próprio. A justificação do pecador é somente pela graça de Deus, na suficiência do sangue remidor de Jesus Cristo, com eterna segurança. Jo 10.27-29; Rm 8.1-2, v.31-39 e Ef 2.1-9.”

Em artigo publicado oficialmente no site da Igreja de Cristo, o Pr. Otoniel Marcelino afirma:

(...) Desse modo, a justificação diz respeito à nossa posição perante Deus judicialmente, e não ao nosso estado de vida moral e espiritual. Desse modo é que afirma Bancroft: “A justificação presente na vida do cristão, se estende em duas direções: o passado e o futuro. Trata do pecado e da culpa, de ambas, judicialmente, e estabelece o crente como eternamente justo na presença de Deus.”(...)O homem trabalha a justificação muito diferente do tratamento de Deus, porém, no que diz respeito a justificação (garantia de nossa salvação eterna), o método é divino e não humano. O homem justifica o inocente, Deus justifica o culpado; o homem justifica à base do mérito; Deus justifica à base da misericórdia, dia Bancroft, cite-se Rm 8.33: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justiça”. Ainda, Rm 3,24: “justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”.

O Pr. Kleber Júnior de Sousa em artigo publicado oficialmente

no site da Igreja de Cristo, o afirma:

(...) Livres da condenação dos pecados, pelo seu sacrifício de expiação, onde ele mesmo nos substituiu, entregando-se à morte por todos, consumando a obra da Redenção e ascendeu aos Céus. Podemos agora, tentar entender a natureza da obra intercessória de Cristo, a começar pelo fato de ter ele entrado a presença do Pai, a qual chamamos de Santo dos santos, e nos concedeu acesso a esse lugar, pelo novo e vivo caminho a nós consagrado pela sua carne. Como registra o escritor aos Hebreus:“Tendo pois, irmãos, intrepidez para entrar no santo dos santos, pelo, novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10:19-20).

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Agradeça a Deus porque a obra de Cristo na cruz, garante que Deus ao olhar para você e seus pecados veja a santidade e o sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Essa justiça de Cristo sobre sua vida o protege de um Deus que é fogo consumidor e, é isso o que realmente aplaca a ira divina, não as tuas obras por mais piedosas que elas sejam!

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O QUE JESUS CRISTO FAZ POR VOCÊ!

LIÇÃO 06

Você está sendo santificado!

Texto Áureo: “E por eles me santifico a mim mesmo para que também eles sejam santificados na verdade” João 7.19

1 INTRODUÇÃO

Passaremos a estudar a última lição desta primeira etapa de

estudos sobre a nossa salvação.

Entendemos que essa salvação ocorre em vários atos e processo realizados por Deus em Cristo Jesus através da ação soberana do Espírito Santo em nós.

Vimos que fomos convencidos pelo Espírito Santos ao arrependimento e adotados por Deus para a família do céu; fomos regenerados em nosso interior pela obra do novo nascimento, redimidos (resgatados) e remidos (comprados pelo sangue de Jesus) e também justificados na obra da cruz de Cristo que tendo morrido em nosso lugar sem ter cometido pecado, se fez maldição por nós e, garantiu uma sentença da parte de Deus que a partir da

obra de Cristo, nosso Salvador, não sofreremos a condenação que merecíamos. E, ainda vimos que a nossa salvação foi um ato soberano e incondicional de Deus e, que não a obtivemos pelas obras, sendo exclusivo de Deus todo o mérito por essa tão grande e maravilhosa salvação. Doravante; passaremos a entender, como o Espirito Santo através de um processo chamado “santificação” passa a nos preparar para viver eternamente com Deus em justiça e retidão.

2 O QUE NÃO É SANTIFICAÇÃO

Antes de conhecemos à Palavra de Deus, aprendemos

que a santificação era algo reservado a algumas poucas pessoas que através de um processo longo de clausura, sofrimento, e jejum eram capazes de realizar milagres. Pensávamos até que o poder de tornar alguém santo (canonizar) estava nas “mãos da Igreja”. Por isso, naquela época, para nós a santidade era algo que não estava ao alcance de todas as pessoas, mas apenas de “Sua Santidade”, e de alguns homens e mulheres que se dedicassem completamente a Deus e a Igreja e que fossem depois de mortos, reconhecidos pela Igreja como santos. Tanto que hoje existem milhares de pedidos em várias cidades do mundo, para que as alguns de seus “ilustres filhos” sejam considerados santos e a partir dessa confirmação passem a ter devotos e, capelas com os seus nomes. O processo de canonização que torna algumas pessoas “santas” é bem simples: acontece um milagre (uma cura ou algo sim) e então se levantam testemunhas para confirmar se a pessoa que foi agraciada rogou àquele que deverá se canonizado ou através da mediação do mesmo. Por essa razão, antes de conhecermos as Escrituras, achávamos inclusive que alguém que foi considerado “santo” pela “Igreja”, estaria apto para ouvir as nossas preces e leva-las para Deus. Achávamos que ao invés de orarmos diretamente a Deus, era preferível “rezar” aos “santos” para que eles fizessem milagres em nossa vida ou intercedessem diante de Deus por nós.

Na verdade, a maioria desses homens e mulheres

considerados “santos” pela Igreja fizeram justamente o oposto: ao

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invés de se dedicarem a “outros santos”, eles desenvolveram sua espiritualidade servindo ao próprio Deus”. Nenhum dos chamados apóstolos: Pedro, Tiago, Paulo etc. adoraram, “veneraram” ou serviram outra pessoa que não fosse a Cristo. Desde agora, porém, aprenderemos que ser santo não é nenhum “bicho de sete cabeças”, pois a santidade está acessível a todo servo de Deus e, assim como qualquer um dos apóstolos, se alguém quiser santo, deve servir a Cristo e não a homens, pois nenhum homem ou mulher, além de nosso Senhor, podem ser adorados ou venerados, mas tão somente admirados como exemplos de fé e obediência a Deus.

3 O SIGNIFICADO DA SANTIFICAÇÃO

A palavra “santificação” significa separação, consagração,

dedicação ou aperfeiçoamento em Deus. A Santificação é um processo que inicia com a Regeneração, e possui um duplo aspecto. Uma ação de Deus em nós por Sua Palavra e pelo Espírito Santo que resulta em uma reação, por gratidão com obediência e disciplina no Espírito. A Santificação desse modo é:

3.1 - É a participação na natureza e santidade de Deus, nosso Pai

Antes de estarmos em Cristo não tínhamos a santidade, pois não éramos participantes da glória de Deus (Rm 3.23; Ef 2.12,). Mas sendo regenerados recebemos uma nova natureza. Essa nova natureza cresce mais e mais “para o conhecimento e semelhança segundo a imagem dAquele que a criou. (II Co 5.17; Rm 12.2; Tt 3.5)

(...) Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra”. (Efésios 5:25-26) (Ver: Cl. 3.10; II Co 4.16).

3. 2. A Santificação é uma garantia conquistada pela presciência e propósito de Deus a todo crente salvo – Paulo chamava afetuosamente os crentes de santos:

“A Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos (1 Coríntios 1:2) (....) Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: ... (1 Pedro 1:2) ... com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. (Hebreus 10:14)

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; (1 Coríntios 1:30) (....) E estais perfeitos nEle (Cristo), que é a cabeça de todo o principado e potestade; (Colossenses 2:10) (....) Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade; (2 Tessalonicenses 2:13)

3.3 É o desenvolvimento de um novo caráter à imagem e semelhança de Cristo, nosso Salvador

Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo criado em si um novo coração e um novo espírito, são santificados real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, pela sua Palavra e pelo seu Espírito, que neles habita; o domínio do corpo do pecado é neles todo destruído, as suas várias concupiscências são mais e mais enfraquecidas e mortificadas, e eles são crescentemente vivificados e fortalecidos em toda a graça salvadora, para a prática da verdadeira santidade, sem a qual ninguém verá a Deus.

E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (I Tessalonicenses 5:23)

3.4 É o desenvolvimento de uma responsabilidade e um compromisso pessoal com o evangelho motivado por nossa gratidão a Cristo Jesus.

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A santificação renova o crente para que ele seja uma pessoa com hábitos, ânimos, desejos e estilos que mostrem mais a maneira de Deus. Mas inclui a nossa responsabilidade de nos despojar dos traços do velho homem como diz a Bíblia: “renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade." (Ef 4.23,24).

3.5 A presença do Espírito Santo em nós nos motiva a deixarmos os traços do velho homem (Fp 2.13).

A nossa obediência à Palavra de Deus em amor e fé é um meio pelo o qual essa santificação se opera em nossas vidas (Rm 6.19). Teremos mais esperança aqui e agora enquanto estamos sendo santificados para aquele dia. Na santificação, nos tornamos mais e mais parecidos com Cristo para a glória de Deus!

“(...)esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição; (I Tessalonicenses 4:3) (...) “não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação”. (I Tessalonicenses 4:7)

3.6 - É desenvolvida em nós pelo Espírito de Deus

A santificação é o desenvolvimento progressivo do caráter de Deus e se dá através do fruto do Espírito Santo (Gl 5.19-25). A Palavra de Deus, não fala de frutos (grego: Karpoi), mas de fruto (grego: karpós) o que nos dá a idéia de que o crente, no processo de sua santificação, passa a apresentar cada vez mais gomos do mesmo fruto. “O que acontece com o fruto de uma árvore pode acontecer na santificação: podem ocorrer, no mesmo fruto, alguns gomos maduros e deliciosos e outros ainda azedos e não amadurecidos”. São compartimentos da vida cristã, ainda não totalmente dominados pelo Espírito Santo. É assim que Deus está nos santificando pela sua Palavra, desenvolvendo em nós o fruto do Espírito (Gal 5. 18-22)

3 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ

A nossa Confissão de Fé afirma sobre a Santificação:

CREMOS “na missão soberana e pessoal do Espírito Santo, no arrependimento, na regeneração e na santificação dos genuínos cristãos”. Jo 3:3-7; 16:7-11; II Cor 5:17; Ef 1:13-14;Tt 3:5.

Assim como o arrependimento e a regeneração (novo nascimento), nossa santificação é uma obra do Espírito Santo.

Em artigo publicado o Pr. Otoniel Marcelino em artigo

publicado afirma oficialmente no site da Igreja de Cristo, afirma:

(...) A Santificação cuida-se do nosso estado, tanto quanto e a justificação de nossa posição. Na justificação somos declarados justos, na santificação nos tornamos progressivamente justos. A justificação nos torna seguros, a santificação nos faz sadios. Sobre a justificação, Deus a afirmou de uma vez por todas e Cristo sofreu de uma vez por todas, então, a revelação e a redenção cristãs estão completas em jesus sem nenhum acréscimo humano. Isso é justificação pela fé, somente.

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Entenda que sem santificação

ninguém verá à Deus! Mas, saiba também que é o Senhor que nos purifica por meio de sua Palavra e de Seu Espírito! Deixe-se santificar, e ele continuamente te separará para uma vida santa em Sua presença.

ANOTAÇÕES:

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OS PRIMEIROS PASSOS DE UMA NOVA CRIATURA

2ª Parte

O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CRISTO!

LIÇÃO 07

Lute para agradar à Deus!

Texto Áureo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso vulto racional- Romanos 12.1

1 INTRODUÇÃO

Na primeira parte de nossa revista, estudamos sobre a obra

soberana do Espirito Santo e, aquilo que Cristo fez em nós: adoção, redenção, regeneração, justificação e salvação incondicional.

E ainda estudamos como a santificação é uma obra

progressiva operada em nós pelo Espírito Santo e pela palavra de Deus. Doravante, passamos a estudar tudo que podemos fazer estando em Cristo, aprendendo a utilizar ferramentas espirituais para agradecer ao Senhor, retribuir minimamente sua obra em nossas vidas e, servir a Deus em plenitude de vida.

Começamos essa nossa fase de nosso estudo, entendendo um outro aspecto da nossa santificação, aquela que diz respeito à nossa reação consciente a obra do Espírito e, a nossa luta e esforço pessoal dia a dia para agradarmos a Deus.

Aquele que teve um novo nascimento genuíno sente em seu

coração, um desejo puro e verdadeiro de fazer todo o possível para fazer a vontade do Pai que o chamou para tão grande salvação. Essa é a trajetória da vida cristão, a constante luta para agradar à Deus!

2 A LUTA PARA AGRADAR À DEUS

2.1 Ainda pecamos, mas não permanecemos no pecado

Uma das características da santificação é uma luta

constante entre a velha natureza, resquício do pecado e a nova natureza, resultante da salvação. Em Romanos capítulo 7, percebemos que o apóstolo Paulo ao falar sobre o pecado, admite a sua condição de pecador: “não faz o que prefere (a vida santa) e, sim, o que detesta (o pecado)”. No seu interior de homem regenerado, tem prazer na lei de Deus, mas em seus membros guerreia outra lei, que o mantém ligado ao pecado. Vivemos assim como o apóstolo esta luta constante para não retornarmos às práticas da velha natureza (Rm 7.24). Mas, graças a Deus que nos dá vitória nosso Senhor Jesus Cristo. (Ef. 6.10-13; Rm 8.31).

O apóstolo João nos encoraja a não pecarmos, mas admite que isto pode acontecer; caso em que nossos pecados e os nossos erros não serão fatais, se buscarmos a ajuda de Deus: "para que não vivais em pecado; mas se alguém pecar possui um advogado junto ao Pai...” Aqui está a diferença de nossa antiga vida e a nova vida em Cristo - no fato do novo homem não desejar viver mais no pecado, mas caso venha, praticá-lo, não permanecerá nele. (1Jo 2.1,2).

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2.2 - Lidando com as Tentações - A Palavra de Deus nos afirma que basta ao servo ser como o seu Senhor. Cristo em tudo foi tentado durante o seu ministério e, não será diferente conosco, diariamente durante toda a nossa caminhada cristã nossos inimigos nos importunarão na tentativa de nos afastar do caminho da salvação. Assim que tivermos vencido uma tentação, outra surgirá, e ainda mais forte. Entretanto a cada vitória, não apenas seremos cheios da glória de Deus por fazermos a Sua vontade, como estaremos mais fortes para os novos desafios.

Por mais fortes, preparados e firmes na fé que estejamos não podemos brincar com situações de tentação. A melhor maneira de vencer a tentação é: em primeiro lugar nos fortalecermos orando, lendo a Palavra de Deus e freqüentando os cultos, e em segundo lugar, fugindo da tentação, desviando o nosso caminho do mal. Por isso, se eventualmente não pudermos evitar cruzar o caminho do pecado, temos de ser objetivos com os “agentes” da tentação. Nada de evasivas, ou de dizer: ‘talvez’, “hoje não”, “não tenho certeza etc”. Temos que pedir ajuda a Deus, e emitirmos, um veemente: “NÃO”! “Não obrigado, sou um servo de Deus!” “Não, a Palavra de Deus me orientar a agir de outra forma”. “Não posso fazer isto, eu agora sou de Cristo!”

3 OS AGENTES DA TENTAÇÃO

3.1 A carne

Lutamos contra os desejos dos olhos, da carne e da soberba

da vida. Esta luta é contra nós mesmos, contra nossa antiga natureza, as coisas erradas que fazíamos e nos habituamos antes de conhecermos a Cristo e, que insistem em retornar para nossa nova forma de viver.

Ponto de Fé: Somos novas criaturas em Cristo Jesus, e vivemos pela fé, e temos o Espírito Santo que habita em nós - II Co 5.17

3.2. O mundo

Não estamos falando do ambiente físico, do nosso planeta, ou das pessoas de nosso convívio social (embora o mundo e a sociedade também estejam decaídos). Estamos falando do mundo enquanto sistema espiritual que o domina; da forma como as pessoas se inclinam para o mal, para a imoralidade, para a corrupção, para a desonestidade, para a idolatria, para a falsa religião, para a descrença e até para o esquecimento de Deus. Sentimo-nos muitas vezes tentados, a agir conforme tais conceitos, e não segundo a orientação da Palavra de Deus.

Ponto de Fé: Não pertencemos mais a este mundo, somos propriedade exclusiva de Deus. Não podemos nos conformar com os conceitos pagãos deste mundo, e sim impactá-los; confrontá-los com o conhecimento que aprendemos sobre Deus - I Jo 2.15-17, Rm 12.2, Ef. 5.11

3.3 O Diabo

Satanás é um inimigo intelectual, sagaz, mentiroso, estratégico e experiente, seu império das trevas baseia-se na mentira, na dissimulação, na usurpação e na deturpação da verdade. Segundo as Escrituras, ele caiu do céu com grande raiva de toda a humanidade, e nos acusa dia e noite. (Luc 10.18ss): “ai dos moradores que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” (Ap 12.4)

Ao imaginar um inimigo tão astuto e conhecedor de cada vício da humanidade, poderíamos deduzir que seria praticamente uma guerra impossível de vencer, se não fosse a proteção de Cristo, que não permite que o Maligno nos fira e nos defende de suas acusações. ( 2 Jo 5.18, 2 Co 11.14, I Pe 5.8,9 )

Ponto de Fé: O Diabo está derrotado pela cruz de Cristo, Nosso Senhor pisou a cabeça da serpente e o venceu na cruz. A melhor forma de vencê-lo é resistindo através da Palavra de Deus e,

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invocando sempre ao Senhor que nos ajude contra suas ciladas e seus dardos inflamados (mentira, acusação, engano, amargura, rancor, sentimento de culpa, de inferioridade, de fracasso, de abandono, de solidão etc.) Ef 6.11, Tg 4.7.

O Diabo tenta atingir por meios de ciladas e de seus agentes por meio das seguintes ações:

1. Influência Maligna – Tanto nós quanto as pessoas que amamos, amigos e familiares podemos está cedendo a algum tipo de influência espiritual maligna, esta tem o objetivo nos afastar de Deus ou abalar a nossa fé, ou ainda permitir cairmos em tentação. Através da influência maligna, pessoas que amamos podem ser usadas para nos enfraquecer ou para tentarem nos impedir de servir a Deus.

2. Opressão Maligna – A opressão é um sentimento da alma, mas que se revela como uma sensação emocional que atinge também o corpo, e é sempre causada por um espírito maligno. Além de nós, a opressão pode atingir as pessoas que amamos. Na vida do cristão ela só acontece por permissão divina para nos provar, para glorificar a Deus, para nos fortalecer ou mostrar a excelência do seu amor e proteção. A opressão pode se manifestar por meio de uma enfermidade, de uma sensação ruim de tristeza ou outros sentimentos negativos que buscam trazer desânimo para a nossa vida espiritual e algumas vezes é efeito ou causa de uma depressão.

3. Possessão e Manifestação – A possessão ocorre quando um espírito maligno passa a residir no interior do corpo e da alma de uma pessoa. Nós cristãos verdadeiros não podemos ficar possessos, pois o Espírito Santo habita em nós e não permite a entrada de qualquer agente do mal, mas nossos entes queridos, amigos e até irmãos, nominais da igreja podem manifestar a possessão. A manifestação ocorre quando o espírito ou demônio se apresenta por meio de palavras de engano, convulsões, ataques físicos etc.

4 PREPARE-SE PARA AS BATALHAS DA FÉ! REVISTA-SE DA ARMADURA DE DEUS! (Efésios 6.10-18)

Nosso adversário sempre tentará dispersar nossa atenção

para que estejamos lutando contra homens, mas a nossa luta é no mundo Espiritual, por isso precisamos nos fortalecer com armas espirituais. Devemos nos revestir de Deus, na força do Senhor. Nossas armas, são o desenvolvimento de virtudes que podemos buscar em Deus pela obediência em sua palavra:

4.1. O Cinto da Verdade – Cinja-se com a verdade! Mas, não qualquer verdade! Enriqueça seu espírito com a verdade que está nas páginas da Bíblia! Creia de todo coração nessa verdade! Acredite quando a Bíblia diz que você foi adotado, que foi perdoado, que foi regenerado, que foi justificado. Creia na verdade! Fale sempre a verdade!

4.2 A Couraça da Justiça – Aconteça o que acontecer, não confie em sua própria justiça ou bondade para proteger seu coração! Confie na Justiça de Cristo, Ele nos justificou!

4.3. As sandálias da preparação do Evangelho da Paz – Se você proteger os seus pés, protegerá seu coração! Onde você pisar, não negue que é um filho de Deus! Assuma sua identidade, testemunhe dela! O inimigo fugirá de você ao perceber que você não se envergonha do evangelho. E, essa é uma arma poderosa! Use-a!

4.4 O Escudo da Fé - A verdadeira fé não é usada para conquistar, mas para se defender! Não use sua fé para ganhar coisas de Deus, mas para proteger seu coração diante das adversidades! A fé não é uma espada, ela é um escudo para sua mente e para a sua alma quando você estiver em dúvida, ou receber acusações ou estiver em escassez. Esses são os dardos inflamados que o inimigo tentará lançar contra sua mente! Mas, use a fé para dizer: “eu confio, eu espero com paciência!” Afirme: “eu posso todas as coisas naquele que me fortalece, não importa a tribulação, eu espero em Deus!”

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4.5 O Capacete da Salvação – Você precisa proteger sua cabeça, sua mente com a doutrina da salvação e do amor incondicional. Você foi salvo por favor imerecido! Pela graça de Deus! Confie no seu Salvador! Entregue-se continuamente a Ele! Proteja seus pensamentos!

4.6 A Espada do Espírito – Muito cuidado com falsos ensinos! O Espírito de Deus para operar, manuseia a palavra de Deus! Essa é a espada do Espírito! Foi com ela, que Deus criou o mundo e tudo que existe! Foi por ela que o Espírito Santo ressuscitou a Cristo! Ela é indestrutível, afiada, penetrante! Não se impressione com fábulas, revelações ou histórias mirabolantes de operações que não estejam respaldadas na Palavra de Deus! Não abra mão da espada Espírito por nada! Lembre-se, o Espírito de Deus, não usa outra arma, por isso sem ela, você estará vulnerável às mentiras dos homens e do Diabo!

4.7 A Oração e a Súplica– A oração deve nos fortalecer e aos outros, é uma forma de ouvirmos as instruções de nosso comandante, de estar em comunhão com ele. Orando também pelos outros e, pela missão da Igreja.

Ver: I Tess. 5:23; I João 1:10; Fil. 3:12; Gal. 5:17; I Pe 2:11.

5 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

A nossa Confissão de Fé afirma:

CREMOS: “na missão soberana e pessoal do Espírito Santo, no arrependimento, na regeneração e na santificação dos genuínos cristãos”. Jo 3:3-7; 16:7-11; II Cor 5:17; Ef 1:13-14;Tt 3:5.

Os santos crescem em graça, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus, mas nossa plena santificação não se completará nesta vida; pois antes da redenção do nosso corpo permanece uma guerra contínua e irreconciliável - a carne lutando contra o espírito (nossa nova natureza) e o espírito contra a carne (nossa velha

natureza), e em algumas batalhas desta mesma guerra, prevalecem algumas vezes às corrupções do nosso velho homem, contudo, pelo contínuo socorro da eficácia do santificador Espírito de Cristo, ao final a parte regenerada do genuíno salvo vencerá.

Em artigo publicado oficialmente no site da Igreja, o Pr. Otoniel Marcelino afirma:

(...) O cristianismo é uma religião de salvação. Salvação não é apenas sinônimo de perdão. “É muito mais do que isso! Representa todo o plano de Deus para a humanidade, e isso inclui pelo menos três fases, senão vejamos: (...) A PRIMERA diz respeito à nossa libertação da culpa e do juízo causados pelo pecado e ao nosso perdão pleno e gratuito, acompanhado da nossa reconciliação com Deus e da adoção como seus filhos (adoção, salvação, redenção inicial, regeneração, justificação).

(...) A SEGUNDA é nossa libertação progressiva dessa natureza do mal que nos mantém cativos ao pecado, começando com nosso novo nascimento na família de Deus e continuando com nossa transformação pelo Espírito à imagem de Cristo. (santificação) (...) A TERCEIRA é a libertação final do pecado, que persiste tanto em nossa natureza caída como em nosso ambiente social, quando, no dia final, receberemos um corpo novo e glorioso e seremos transportados para um novo céu e uma nova terra” (redenção final, glorificação).”(...) Dessa maneira, como afirmado por Paulo, vivemos na tentativa de escapar do poder do pecado e lutando contra a presença do pecado, devemos buscar a santificação como diz o Senhor Jesus Cristo em Mateus 26.41: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação, na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”(...) O mesmo apóstolo nos adverte sobre uma interminável luta até redenção final, narrada por ele em gálatas 5.15.

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Não desista de sua luta para agradar a Deus! Não retroceda! Não aceite acusações! Nossos erros não são fatais! Seja humilde diante de Deus, peça seu perdão e recomece sempre! Esta é uma guerra de várias batalhas!

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O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CRISTO!

LIÇÃO 08

Mantenha uma vida devocional!

Texto Áureo: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e as ações de graças”. Efésios 4.6

1 INTRODUÇÃO

A vida devocional é de extrema importância para o discípulo

de Cristo Jesus, uma vez que através dela não apenas mantemos um relacionamento espiritual com Deus, mas também crescemos em graça e conhecimento.

Com seu sacerdócio e, seu sacrifício perfeito, nosso Salvador

conquistou para nós o livre acesso a presença de Deus por meio da oração e da adoração. Podemos adorar ao Pai em Espírito e em verdade, conforme o escritor aos Hebreus: “Aproximemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência, e lavado o corpo com água pura.” (Hb 10.22)

Desse modo, atendendo a esse privilégio, devemos cultivar uma vida devocional contínua e sadia que desenvolva nosso relacionamento com Deus e com os nossos irmãos, pela prática da oração, do louvor e da leitura da Palavra de Deus. Esse tipo de experiência gera intimidade com o Pai e resulta em frutos saudáveis para edificar nossa vida pessoal, e ainda servir a Deus por meio da Igreja.

Assim, a vida devocional pode ser desenvolvida de duas formas: litúrgica e relacional e deve ser exercida de forma pessoal, e em comunidade. Comentemos, sobre cada uma delas.

2 VIDA DEVOCIONAL PESSOAL

Nossa vida devocional pessoal é aquela que

desenvolvemos a sós com Deus e, se dá pelo desenvolvimento de hábitos de oração e leitura bíblica, uma vez que precisamos desfrutar durante o dia de um momento especial reservado ao Senhor.

Existem algumas lições práticas para a vida devocional que podem nos ajudar:

2.1 Uma prática diária

a) hora e lugar – é importante definirmos um horário específico (preferencialmente pela manhã) e de um lugar para fazermos nossa devocional (seu quarto, sua escola, seu trabalho etc). "Pela manhã ouves a minha voz, ó Senhor; pela manhã te apresento a minha oração e fico esperando”. (Salmo 5:3)

E ainda: “Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado. (Mc 11.24) (... ) é necessário orar sempre (Lc 18.1). ...Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca. “(Mt 26.41)“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. (Jo 15.7)”

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b) modo - durante sua devocional, você poderá cantar alguns hinos (ou ouvir música evangélica no rádio ou cd), meditar num texto da Bíblia e acima de tudo orar. E, embora este não deva ser um momento de sacrifício, mas de prazer, é preciso haver um mínimo de disciplina para termos uma vida devocional agradável e duradoura.

c) tempo - não é a quantidade de tempo que passamos em devocional, mas a qualidade desse tempo, por isso, é importante que façamos nossa devocional num lugar silencioso e no qual não sejamos interrompidos. Não importa se sua devocional demora dez minutos ou duas horas. É melhor que ela aconteça por pouco tempo, todo dia; do que por muito tempo, uma vez por semana.

2.2. Como fazer - A oração acima de tudo deve ser livre, espontânea e sem rodeios. Ao conversar com Deus, primeiramente confesse seus pecados, e peça perdão ao Senhor, diga a Ele cada uma das dificuldades que você enfrenta para servi-lo. Interceda pela Igreja, corpo de Cristo, por sua comunidade local, pelas necessidades especificas dos irmãos em Cristo, e por seus amigos, familiares e vizinhos.

1. Sempre que pegamos a Bíblia para lê-la, o Espírito Santo está do nosso lado para nos ajudar a entendê-la, por isso é importante que você sempre ore antes e, durante a leitura faça pausas, pedindo ao Senhor que abra a sua mente para compreender o que está escrito.

2. Estude a Bíblia de forma sistemática, o ideal é começar pelo Novo Testamento, lendo os evangelhos e depois passe para as epistolas, e por fim para o Apocalipse, seguindo sempre uma seqüência e não textos isolados. Se tiver dúvidas, em qualquer coisa que você leu pergunte ao seu Pastor ou ao seu professor da Escola Bíblica. Depois da sua primeira leitura no Novo Testamento, você poderá estudar a Bíblia a partir de algum estudo bíblico, livro evangélico ou revista da Escola Dominical, ler também o Antigo Testamento.

3. Existem bons livros evangélicos que poderão ajudar sua leitura Bíblica, mas antes de começar a lê-los, mostre ao seu Pastor e,

pergunte se ele recomenda. Pois existem livros que poderão confundi-lo mais do que ajudá-lo.

4. Estudamos a Bíblia não apenas para conhecê-la, mas para aplicá-la a nossa vida. Procure no texto se existe alguma atitude em sua vida que precisar ser mudada ou algum mandamento que precisa ser obedecido. (Sl 119.15, Sl 19.14)

Fique Atento: Ao ler a Bíblia é sempre bom termos papel e caneta em nossas mãos, para anotarmos aquilo que achamos interessante. Não lemos a Bíblia por obrigação, mas por prazer. Como cristãos genuínos, devemos ter sempre um grande prazer em estudar as Escrituras.

3 A VIDA DEVOCIONAL EM COMUNIDADE

Quando você recebeu a Jesus Cristo como seu Senhor e

Salvador pessoal, você iniciou um relacionamento não só com Jesus Cristo, mas também com outras pessoas, que tomaram este passo de fé. Não importa sua opinião anterior, ir à igreja hoje é uma experiência rica e recompensadora. Está escrito: minha casa é uma casa de oração” (Mt 21.13)

1. Na Igreja você terá a oportunidade de adorar e aprender - Através do ensino e da pregação da Palavra de Deus a sua compreensão da vida cristã será cada vez maior. Por isso, freqüente o maior número de cultos que puder. Você terá oportunidade de fazer perguntas e discutir sobre as Escrituras com outras pessoas. Você aprenderá a adorar a Deus, louvá-lo por tudo que Ele é, e agradecer por tudo que Ele tem feito por você.

2. Adorando, aprendendo e servindo com outros cristãos, você descobrirá outras pessoas com quem poderá ter uma amizade duradoura. Tais círculos de amizade é a forma que Deus planejou para que cresçamos em perfeita comunhão. É plenamente saudável irmos à igreja para adorarmos e Deus, mas também com o propósito

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de revermos e desfrutarmos da companhia de outros filhos de nosso Pai. Igreja é sim lugar de cultivar amizades e formar novas famílias.

3. Frequente os Cultos de Ensino e a Escola Bíblica Dominical para que possa aprender melhor a Palavra de Deus. Muitos crentes que não freqüentaram Reuniões de Ensino acabaram afastando-se da fé, ou tendo um conhecimento bem pequeno das Escrituras, a ponto até de envergonhá-los. Nenhuma campanha milagrosa, nenhum show gospel ou evento evangélico, ou ainda qualquer mensagem por mais bela que seja pode concorrer com o sistemático e paciente ensino que podemos adquirir na EBD ou em outro culto específico de ensinamento da Palavra de Deus. (I Pe 3.18)

4. A Igreja é um lugar de encontrar amigos e irmãos e de aprender com eles – mas, algumas vezes, a igreja pode se tornar um lugar de decepções, à medida que nem todos os cristãos agem segundo o evangelho. Assim, devemos estar preparados para algumas decepções, mesmo porque ninguém é perfeito – podemos nos decepcionar com algumas pessoas tanto quanto podemos decepcioná-las. Lembre-se que a culpa disto, não é de Deus, nem do evangelho, nem da Igreja em si, mas da própria natureza humana. Por isso, tenha sempre expectativas positivas quanto às atitudes das outras pessoas, mas não seja ingênuo de achar que as pessoas estão isentas de falhas. Em qualquer lugar (mesmo na igreja) existem bons e maus exemplos. Espelhe-se nos bons exemplos e mantenha firme a sua fé em Deus. Não fique como muitos pulando de congregação em congregação, por que supostamente alguém te decepcionou: olhe para Jesus, o autor e consumidor de sua fé!

Não abandone a Deus ou seu chamado para servi-lo só porque as coisas não saíram como você esperava. Também não cometa o erro de achar que você pode ser crente apenas em sua casa. Se você pretende seguir a Cristo, saiba que uma ovelha precisa de um pastor. Se você é uma ovelha, precisa estar no rebanho. Lembre-se a igreja é o corpo de Cristo e, fora da igreja, você não fará parte do corpo, será apenas um membro amputado que começará a necrosar (apodrecer).

A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

Nossa Confissão de Fé sobre o fundamento da Palavra de Deus, e do nosso pertencimento à Igreja do Senhor, afirma:

CREMOS: (...) na suficiente inspiração divina, veracidade e integridade da Bíblia, tal como foi revelada originalmente, com suprema autoridade em matéria de fé e conduta prática. Mt 24:35; Hb 4:12 (...) na existência de uma única Igreja de Cristo, Invisível, Santa e Universal, que é o Corpo de Cristo, à qual pertencem todos os genuínos cristãos(...) Mt 16:18; I Co 12:12-13; Ef 4:1-16

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Você precisa de uma dieta espiritual saudável para se fortalecer e para ajudar teus irmãos na fé a permanecerem firmes no Senhor. Não seja preguiçoso, nem displicente! Estude a bíblia! Ore sempre! Não deixe de se congregar como é o costume de alguns!

ANOTAÇÕES:

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O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CRISTO!

LIÇÃO 09

Busque os dons do Espírito Santo

para Servir!

Texto Áureo: Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos; somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.” Romanos 12:4,5

1 INTRODUÇÃO

Os dons espirituais nos são dados “de acordo com a graça

divina”. Devemos entender que os dons (charismata) espirituais (pneuma) são resultantes da graça (charis) soberana de Deus e, devem ser usados em benefício da obra de Deus. Mas, existe uma grande diferença na operação do Espírito Santo através dos tempos, antes Ele agia em heróis bíblicos como no Antigo Testamento, a exemplo de Sansão, Gideão, Davi, que recebiam uma unção especial para realizar algum feito a favor do povo de Deus. Na nova aliança; porém, o Senhor levantou a sua Igreja, e cada um de nós como membros do Corpo de Cristo recebemos dons para edificar toda a Igreja e realizar com poder a obra de Deus.

Assim, podemos afirmar que Deus tem operado neste mundo através dos seus filhos como instrumentos capacitados de acordo com a distribuição dos seus dons espirituais (sobrenaturais - I co 12 e ministeriais – Ef 4.11). Por isso, dizer que os dons são usados para o bem do corpo não restringe os seus benefícios à Igreja, uma vez que o Senhor nos revestiu do seu poder para testemunhar e evangelizar.

2 O ENSINO SOBRE A ATUALIDADE DOS DONS NAS IGREJAS EVANGÉLICAS

O ensino sobre o “revestimento de poder” e a vazão dos

dons espirituais difere entre as igrejas evangélicas. Pois, quanto à vigência dos dons espirituais, enquanto as igrejas evangélicas “continuístas” acreditam que os dons sobrenaturais ou miraculosos são para os nossos dias; as igrejas evangélicas “cessacionistas” acreditam que estes dons cessaram, sendo úteis apenas no início da Igreja Primitiva; restando hoje, uma operação diferenciada desses dons reservados ao serviço dos dons ministeriais, estes sim relativamente, prevalecentes.

1.1 As igrejas “pentecostais”, em sua maioria são continuístas afirmam que depois da conversão os cristãos devem buscar o “batismo com o Espírito Santo” para receber dons espirituais. Dentre estas, algumas afirmam que o “sinal inicial e invariável” de que alguém foi batizado com o Espírito Santo é o de falar em outras línguas, enquanto outras afirmam que ao ser batizado a pessoa pode manifestar qualquer outro dom sobrenatural.

1.2 As igrejas tradicionais negam a atualidade dos dons sobrenaturais do Espírito Santo, relevando apenas os dons ministeriais. E afirmam que o “batismo com o Espírito Santo” ocorre no momento da conversão. E, por fim, preferem contextualizar os dons sobrenaturais, afirmando, por exemplo: que o falar línguas seria uma capacidade intelectual que Deus dá para missionários aprender outros idiomas, o dom profético refere-se ao ensino e a pregação etc.

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1.3 A Igreja de Cristo ensina que o “batismo com o Espírito Santo” é o mesmo que Dom do Espírito, referindo-se ao evento em que o Espírito de Deus passa a habitar no crente no momento da conversão, em que o cristão é mergulhado (batizado) em Cristo e no Espírito Santo, recebendo o “selo” do Espírito Santo. Cremos, entretanto que após esta experiência o cristão poderá buscar os dons espirituais (sobrenaturais). Para essa experiência, as expressões que costumamos usar são: “ser cheio do Espírito Santo”, “ser pleno do Espírito Santo” ou “ser revestido do poder do Espírito Santo”.

Fique Atento: Embora as nomenclaturas sejam diferentes; a grande maioria das igrejas evangélicas acreditam no poder no Espírito Santo tanto na conversão e transformação do homem, quanto na distribuição de dons espirituais: sobrenaturais e ministeriais para a edificação da igreja e para a obra de evangelização do mundo.

3 ACERCA DOS DONS

3.1 Para que servem? (14:1-19)

Os nossos dons espirituais, mesmo diferentes uns dos

outros, são todos úteis para edificação mútua e crescimento do reino de Deus.

(...) “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.” (I Co 12:4-6).

Assim, objetivo dos dons espirituais é a edificação de todo corpo de Cristo pelo serviço de cada um de seus membros. Por exemplo, o dom de profecia serve ao ensino, consolo e exortação, enquanto o dom de línguas serve como um sinal para os incrédulos (14:20-25) e a interpretação de línguas para que aquele que fala em

línguas edifique a si mesmo e aos outros revelando a mensagem contida nas línguas faladas.

3.2 Como busca-los?

A Palavra de Deus no diz que os dons espirituais devem ser buscados e, isto significa que o discípulo de Cristo sabe que sua tarefa de evangelizador conta com o poder sobrenatural de Deus. Deste modo o salvo, deve orar a Deus para ser revestido desse poder miraculoso, que servirá não apenas para sua edificação pessoal, como também para ajudar em seu testemunho. Assim, se você não possui qualquer dom sobrenatural, poderá aproveitar o momento de sua devocional e os cultos de oração para pedir ao Senhor seus dons espirituais. (I Co 12.31)

1º - Peça respeitando a Soberania do Espírito – É o Senhor que segundo a sua boa vontade distribui os dons espirituais e ministeriais. O Espírito distribui os dons “como lhe apraz, a cada um, individualmente (I Co 12:11)”. Ao buscar os dons Espirituais devemos pedir ao Senhor, observando o seguinte:

2º - Peça sem ansiedade, mas com perseverança - A Palavra de Deus no diz que não devemos andar ansiosos por coisa alguma; então busque os dons espirituais sem fazer disto a única razão de sua fé.

3º - Peça com humildade: sem determinações ou reivindicações como ensinam alguns, afinal os dons são de Deus, e Ele dá a cada um como lhe apraz. Aproveite as reuniões de oração, de louvor e as devocionais. Nelas, busque adorar ao Senhor de todo coração, clame ao Senhor, pedindo que lhe encha do seu Espírito para testemunhar.

4º - Peça com um Propósito – Ao buscar os dons espirituais, proponha em seu coração que ao ser cheio do Espírito e receber os dons espirituais irá utilizá-los na obra de Deus, no seu louvor e na evangelização.

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5º - Peça sem vaidades – Busque os dons que você precisa para ajudar na casa de Deus e, não para sua própria vaidade ou extravagância. Não peça dons miraculosos apenas porque você ficou impressionado ou pretende imitar alguém que admira! Isso costuma ser perigoso, catastrófico para você e para a Igreja. Lembre-se, se seu ministério demandar de dons miraculosos, Deus lhe dará, ainda que você não os peça.

4 O USO CORRETO DOS DONS ESPIRITUAIS

Alguns dons, como a profecia, o discernimento, o falar em

línguas e o interpretar línguas são utilizados diretamente no culto. Daí, porque o Apóstolo Paulo nos faz as seguintes recomendações em I C0 14:

1. Todo que fala em línguas estranhas deve orar e pedir a Deus para que possa também interpretá-las, para edificar não apenas a si mesmo, mas toda a Igreja. As línguas não devem ser proibidas no culto, mas; se alguém fala em línguas e não consegue interpretá-las, deve baixar a voz e “falar baixinho” apenas com Deus. (vv 28,29)

2. Se alguém possui o dom de línguas, deve ter por mais excelente, o buscar o dom de profetizar. E, ao profetizar deve fazer com ordem, pois o espírito do profeta lhe é submisso (vv 39,40). Ninguém, segundo as Escrituras, pode alegar que não conseguiu se controlar porque estava cheio do Espírito Santo, se isto acontecer, o crente deve desenvolver o domínio próprio para que o dom de línguas não sirva de confusão ou escândalo. Assim, no culto existe o momento apropriado para que o cristão fale em línguas, isto é, durante o louvor ou durante a oração, mas sempre com ordem e moderação. O cristão que fala em línguas no culto, deve silenciar no momento da pregação ou do ensino.

3. Segundo a palavra de Deus, não há necessidade que várias pessoas profetizem ou falem em línguas no mesmo culto, no máximo duas ou três, pois deve haver espaço para o louvor e para a Palavra. Aliás, nenhum culto pode ficar restrito a um tipo de rito ou

manifestação, pois precisamos ser edificados em todas as áreas, de forma individual e coletiva. Vv 29-32, 26

Fique Atento: Excepcionalmente poderão ocorrer momentos especiais, conduzidos pela direção de Deus e, rompendo a ordem natural do culto (isto geralmente durante o louvor ou oração, ou “ministração específica” ou revelação divina) nos quais; a congregação coletivamente, movida e plena do Espírito Santo poderá glorificar a Deus e os crentes falarem em línguas e profetizarem na vazão livre e soberana do Espírito de Deus. Normalmente esse tipo de clamor ocorre diante de necessidades especiais, como lutos, perseguições intensas, intercessões para crises profundas, casos em que o povo de Deus é movido pelo Espírito em uma manifestação tão soberanamente controlada, que mesmo em tais circunstâncias, não há meninice, fanatismo ou escândalo. (Sl 34.17,Ex 2.23, Ex 3.7).

5 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

Nossa Confissão de Fé afirma sobre a vigência dos Dons do Espírito Santo:

CREMOS: na vigência do exercício dos Dons Ministeriais, do Dom e Dons do Espírito Santo, tal qual se encontram na Palavra de Deus. Mc 6:17-20; At 2:1-13, 38-39; 10:44-47; Rm 12:3-8; I Co 13 e 14; Ef 4:11.

Em artigo publicado oficialmente no site da Igreja de

Cristo, o Pr. Herbeth Amorim afirma:

(...) Há a necessidade de esclarecer a diferença entre um continuísta e um pentecostal. Não visamos com isso nenhum tipo de censura, mas apenas a melhor compreensão do fenômeno carismático e de sua teologia. Alguns continuístas famosos não estão dentro da tradição pentecostal. Alguns teólogos como Donald A. Carson, John Piper, Wayne Grudem, por exemplo, são de tradição calvinista, e aqui podemos assemelhar a Igreja de

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Cristo no Brasil, a da doutrina da salvação eterna do crente genuíno, e declara que, com esta posição não possuem nenhuma ligação direta com igrejas pentecostais(...)o pentecostalismo clássico; é um continuíssimo acrescentado de outro dom extraordinário: o Batismo “no” ou “com” o Espírito Santo. (...)o pentecostalismo clássico: é um continuíssimo acrescentado de outro dom extraordinário: o batismo “no” e batismo “com” o Espírito Santo. Para estes, o primeiro se refere a salvação e o segundo ao revestimento de poder. A pequena diferença da Igreja de Cristo no Brasil para o pentecotalismo clássico é que, utilizamos ambas as expressões: o “batismo no” e o “batismo com” o mesmo significado, qual seja: o dom salvífico e o recebimento dos dons, como o revestimento de poder. Cremos no Dom (salvação) e nos dons do Espírito. (plenitude, enchimento, revestimento). (...) A Igreja de Cristo no Brasil, não entende o falar em línguas como a evidencia inicial do revestimento de poder dado pelo Esprito Santo, pois esse enchimento pode ser evidenciado por qualquer dom carismático.

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Você recebeu o Dom do Espírito Santo, ele habita você! Você está selado com Ele para o dia de Cristo. Não se sinta de modo algum inferiorizado a respeito de nenhuma operação, dom ou ministério de outra pessoa. Busque ser cheio do Espirito que já está em você! Você pode buscar uma variedade de dons, apenas lembre-se, que só receberá o que Deus achar necessário para a edificação da igreja e para a evangelização!

ANOTAÇÕES:

O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CRISTO!

LIÇÃO 10

Trabalhe para Deus com amor!

Texto Áureo: Procure apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. - 2 Timóteo 2.15

1 INTRODUÇÃO

Na última lição estudamos como Deus distribui seus dons de

poder aos seus filhos. E, vimos que tais servem não para a nossa satisfação pessoal, mas para o serviço da Igreja. Deste modo, no encontro de hoje aprenderemos como é importante trabalhar para o Senhor e, como Deus pode desenvolver nossos talentos por meio do serviço cristão. (Ef. 4:12; I Co. 15:58)

Conforme a sua soberania, Deus decidiu instrumentalizar homens, mulheres, crianças, adolescentes e jovens cristãos para fazer sua obra. Deus nos chamou para servirmos e não para sermos servidos, para trabalhar e não para darmos trabalho. Deus reservou para nós um lugar apropriado onde podemos

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contribuir para o crescimento de sua obra. Precisamos descobrir em qual lugar poderemos servi-lo melhor e a partir daí, nos dedicarmos a este serviço. A exemplo dos heróis na fé, quanto mais talentos recebermos, mais aumentará a nossa responsabilidade, (Hebreus 11:35-37). Teremos que prestar contas ao Senhor de tudo que fizermos ou não fizermos na sua obra. “Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: Quem enviarei? Quem irá por nós? E eu respondi: “Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6:8). “Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor.” Ef 2.19-21

2 O PERFIL DO SERVO DE DEUS

2.1 Seja um Servo Humilde e Obediente – Aquele que serve a Deus, não pode se ufanar disto, mas o seu desejo durante o labor no evangelho deve ser o de glorificar a Deus e, não a si mesmo. O Servo de Deus é aquele que lança mão no arado e não olha para trás; que procura conhecer e andar no centro da vontade de Deus, e que mantém a visão de que a obra é Deus e, não sua. Ninguém serve a Deus com espírito rebelde. Na obra de Deus, nada deve ser feito com raiva, por inveja ou vanglória. “Sejam todos humildes uns para com outros, porque, Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido”. 1 Pe 5.5-6 1.2 Seja um Servo Fiel e Amoroso - Não basta fazer coisas na casa de Deus, é preciso fazê-las bem feito. Não adianta pregar bem, é importante ter uma vida devocional e bom testemunho. Não adianta

cantar bem, é preciso ser fiel a Ele, e louvá-lo de coração e com sinceridade e devoção. Assim também, aquele que serve ao Senhor, sirva-o, com amor e alegria. O pastor deve ser amoroso, assim também cada presbítero, cada diácono, o ministro de louvor e o zelador devem tratar o rebanho com doçura e respeito. A obra de Deus é feita com amor! “Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz” (Jo 13:15). (...) À medida que se aproximam dele, a pedra viva — rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele — vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo” (1Pe 2:4-5)

3 O SERVIÇO NA CASA DE DEUS 3.1 Deus soberanamente capacita seus servos - Somos capacitados a trabalhar naquilo que o Senhor nos chamou, cada um de nós deve descobrir o seu dom e abundar nele. (I Co 12:16). É Deus quem nos dá capacidade e função no seu corpo. Os dons ministeriais descritos em Ef 4.11-13 são vocacionais, pois é o Senhor quem constitui cada servo para um chamado distinto e, diferentemente dos dons sobrenaturais não devem ser buscados e sim desenvolvidos.

Deus concede os dons ministeriais para a administração, ensino e exortação e cuidado com sua igreja, e os dons sobrenaturais para auxiliar os dons ministeriais. Por exemplo, o chamado para pastor e mestre é auxiliado pelos dons de sabedoria e discernimento de espíritos, o chamado para apóstolo e evangelista pelos dons de curar e de realizar maravilhas, o chamado para profeta com dons de profetizar, o de profeta, pelo dom de línguas e de interpretação de línguas etc. Assim, dons ministeriais e sobrenaturais servem para o aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do ministério e para a edificação do corpo de Cristo (I Co 12. 28-31).

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3.2 Toda boa recompensa virá do Senhor - A obra de Deus não precisa de exibicionistas, de quem chama atenção apenas para si mesmo e se esquece do Pai, e do propósito de sua obra. Importa que nós diminuamos, e que Ele cresça. Ao sermos elogiados pelos talentos recebidos, devemos reconhecer que a glória pertence a Deus, pois todo dom perfeito vem do Pai, e sem Cristo nada podemos fazer. Isto, não significa que devemos ser ingratos com os que atuam na casa de Deus. Jesus elogiou João Batista; o apóstolo Paulo aos seus cooperadores – e de igual modo, devemos reconhecer os ministérios e dar a honra àqueles que merecem honra. Se alguém prega ou canta bem, um elogio (e não uma bajulação) poderá estimulá-lo a fazer a obra de Deus com mais empenho. Se você foi abençoado no culto com um belo hino bem ensaiado e ungido, não há nada de errado em chegar-se ao irmão que o cantou e dizer: “Você é uma bênção para mim! “Deus falou comigo naquele hino, continue assim”! e etc.

É claro que você precisa ter cautela com os elogios extremados, bajuladores, e acima de tudo, cuidado com o assédio a cantores, pastores ou pregadores, como se servíssemos aos homens e não a Deus. Nenhum homem ou mulher por mais abençoado que seja, pode ser tratado como um ídolo, como se não estivesse sujeito às falhas ou erros. Todo cantor desafina, e todo pregador por mais famoso que seja pode não se sair bem durante um sermão. Deste modo, erram aqueles que têm em tão elevada estima o famoso pregador que considera tudo o que diz, sem certificar-se pessoalmente nas Escrituras, se o que foi ensinado está certo. Por isso, é um perigoso exagero os fã clubes de cantores evangélicos, que poderiam poupar esse precioso tempo e dinheiro e investi-los em grupos e estratégias de evangelização e missão – demonstrações de carinho, não devem se confundir com idolatria.

3.3 Esteja pronto para toda boa obra

Demora um tempo para descobrirmos qual o nosso real ministério na casa de Deus e, isto ocorre, para que cresçamos em sua obra com paciência e humildade. Por exemplo, você pode ter recebido de Deus o dom do louvor, mas na igreja local, pode haver no momento outras necessidades que precisam ser supridas.

Deste modo, submeta-se Deus e à liderança da igreja e, no momento apropriado você se encaixará naquilo para o qual foi chamado. Ainda que você já esteja desenvolvendo seu ministério, disponha-se a ajudar naquilo que for necessário. Quem disse que o Pastor não pode ajudar na limpeza do templo, ou que a recepcionista não poderá recolher a oferta? Seja prestativo, companheiro e servil. Todo o corpo deve participar do crescimento da igreja, não existe nenhuma tarefa na casa do Senhor que podemos classificar como desonrosa para o servo de Deus.

Fique Atento: Lembre-se, a obra de Deus não se resume a pregar ou cantar. Existem tantas tarefas quem podem ser feitas na casa de Deus e que não envolvem necessariamente um microfone ou um instrumento musical. Você pode ser um recepcionista, pode ajudar no apoio dos cultos e eventos, pode convidar novos amigos para o culto etc. O importante é que você se sinta útil na casa de Deus. Por fim, e acima de tudo, não se preocupe se as pessoas não estão reconhecendo o seu trabalho ou se há pouca exposição de sua imagem, acredite que o nosso pai nos vê em secreto, e em secreto nos recompensará.

4 NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

CREMOS: na existência de uma única Igreja de Cristo, Invisível, Santa e Universal, que é o Corpo de Cristo, à qual pertencem todos os genuínos cristãos (...) e que na terra se manifesta nas Igrejas locais, como Igrejas Militantes. Mt 16:18; I Co 12:12-13; Ef 4:1-16; Cl 4:15.

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Demonstre para Deus sua gratidão por todo dom gracioso que Ele tem te dado, sobretudo a Salvação. Compartilhando de graça, o que de graça você recebeu! Ame e honre à Deus por meio de atos de serviço à Igreja, família de Deus e na expansão do seu reino no coração da humanidade! Trabalhe para Deus com zelo e amor!

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O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CRISTO!

LIÇÃO 11

SEJA BATIZADO EM ÁGUAS!

Texto Áureo: “Ide por todo mundo e fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Marcos 28.19

1 INTRODUÇÃO

A palavra batismo significa imersão – (João 3:23, Atos

8:38-39). A prática Bíblica era o mergulho total do batizado nas águas. Entretanto, algumas igrejas evangélicas, optaram pelo batismo por aspersão; isto é, com um simples derramar de uma porção de água sobre a cabeça da pessoa que será batizada.

Respeitamos o batismo por imersão, uma vez que o batismo é apenas um símbolo pelo qual o novo crente testemunha ao mundo (aos seus amigos, familiares) e a própria Igreja de que sua decisão por Cristo é definitiva. E por conta disto, não podemos afirmar que o batismo por aspersão seja menos significativo para um cristão, que sinceramente ver nele a mesma importância do batismo por imersão. Entretanto, concordamos com a maioria das igrejas evangélicas que adotaram o batismo por imersão por considerar que simbolicamente represente de forma mais clara a experiência do salvo que morreu para o mundo e vive uma nova vida para Deus,

além do que era fórmula usada por João, o Batista, e pelos discípulos de Cristo (uma vez que Jesus mesmo não batizava).

De igual modo, assim como Cristo morreu e ressuscitou vitorioso, simbolicamente morremos e emergimos das águas para uma vida vitoriosa.

“ide por todo mundo e fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Marcos 28.19

2 O PROPÓSITO DO BATISMO EM ÁGUAS

O batismo do Novo Testamento era o ponto de entrada na

nova vida oferecida por Cristo Jesus. Ele mesmo disse, "Quem crer e for batizado será salvo" (Mc 16:16). O batismo sem fé não tem qualquer proveito. Cremos, por esta razão, que o batismo não está compreendido na obra regeneradora, como bem enfatizou o apóstolo Paulo: "pela graça sois salvos por meio da fé... e não pelas obras." (Ef 2:8). Entretanto o batismo é uma confirmação da salvação. Podemos dizer então, que o batismo é um sinal visível e exterior de uma decisão por Cristo (Atos 2:41, Atos 16.33). O batismo é um ato de fé, confiando em Jesus e em seu sangue para purificar o pecador. (Cl 2:11-12, Rm 6:4, At 2:38, Rm 8:11, Jo 3:5)

2.1 – O batismo em águas salva?

Muitas igrejas evangélicas defendem que o batismo é um requisito para a salvação (“quem crer e for batizado será salvo”), entretanto, este pensamento não pode ser correto, a Palavra de Deus fala claramente que somos salvos pela graça por meio da fé, e não por qualquer obra, mesma que seja o batismo. O ladrão da cruz, por exemplo, foi salvo, sem que fosse batizado, e várias pessoas professaram a fé no leito de morte, e nem por isto, foram desclassificadas para a salvação.

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Quando Cristo afirma que quem crer e for batizado será salvo, e quem não crer já está condenado, a principal ênfase é de que aqueles que não creram ainda permanecem no mesmo estado de condenação que qualquer homem possui sem Cristo. Ao mesmo tempo não está dizendo que serão salvos apenas aqueles que forem batizados e, sim que o batismo é uma demonstração da verdadeira conversão que já aconteceu no coração do homem pela fé.

Por esse ensino de nosso Salvador, entendemos que todo aquele que creu não se envergonhará de ser batizado. Por isso, se alguém afirma ter crido, e mesmo sem possuir qualquer impedimento para o batismo, tem vergonha de decidir-se definitivamente por Cristo e declarar que realmente é uma nova criatura, fica evidente que esta pessoa em seu coração nunca foi verdadeiramente salva!

Assim concluímos também, que se qualquer pessoa que teve uma experiência de salvação verdadeira e, que por algum motivo humano ou eclesiástico não tenha oportunidade de descer águas, essa situação, não será razão para perder a salvação recebida diretamente de Cristo.

Um exemplo comum, em nossos dias, ocorre, quando a igreja possui algum tipo de restrição doutrinária para batizar membros com pendências matrimoniais e etc. A boa notícia é que com ou sem batismo nas águas, ela será e permanecerá salva porque já foi batizada no Espírito Santo em seu coração e, já mergulhou em Cristo Esse é o melhor e mais glorioso batismo, o batismo do coração!

2.2 – O batismo em águas uma ordenança

Embora o batismo nas águas não tenha o condão de salvar

ou mesmo contribuir para a salvação do homem, concedida exclusivamente pela fé no Senhor Jesus Cristo, esse meio de testemunho exterior é bíblico, sendo assim como a ceia do Senhor, uma ordenança importante e, que não deve ser desprezada pela Igreja em nossos dias.

(...) “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?

(...) Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

(...) Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Romanos 6:3-7.

2.3 - O batismo em águas como inclusão na membresia de uma denominação

A Prática da participação na ceia do Senhor apenas dos crentes batizados é antiga e segundo a tradição remonta a era dos apóstolos. Entretanto, o batismo como forma de inclusão do salvo no rol de membros começa por tradição ainda no catolicismo.

Não há nada de é errado no fato das Igrejas Locais incluírem em seu rol de membros aqueles convertidos que queiram comprometer-se definitivamente com a denominação através do batismo. Afinal, não é incomum que algumas pessoas embora se decidam durante os cultos, não demonstram qualquer interesse em viver do modo digno do evangelho e, poderiam trazer escândalos à denominação da qual se tornaram membros. Entretanto não podemos considerar o batismo apenas como meio de inclusão na membresia de uma igreja terrena, pois sua maior importância é o testemunho da verdadeira ligação espiritual e sobrenatural com a Igreja Invisível de Cristo formada por crentes genuínos de todos os tempos, lugares e diferentes denominações.

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3 A IMPORTÂNCIA ESPIRITUAL DO BATISMO EM ÁGUAS NA VIDA DO CRISTÃO

O Batismo é um testemunho daquele que verdadeiramente

crê. (Mc 16:15-16). Sendo sua fórmula ensinada por Jesus em nome do PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO – (Mt. 28:19) e mantida pelos apóstolos (At 2.37, 16:33). E simbolicamente representa a purificação de pecados (At 22:16) e que morremos para o mundo e ressuscitamos para Deus Rm 6:4.

Algumas pessoas temem descer às águas em razão de acharem que suas responsabilidades como cristãos aumentarão depois do batismo. Lamentavelmente este tipo de consciência demonstra a fragilidade da conversão ou do novo nascimento de alguns de nós. O cristão genuíno, por sua vez, deseja mais e mais pertencer ao seu Salvador Jesus e testemunhar de forma mais ardente o seu compromisso com o reino de Deus. O novo homem não se envergonha do evangelho porque sabe que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê. Por isso, embora, seja sábio o costume dos pastores evangélicos discipularem e preparem os candidatos antes de batizá-los, os requisitos bíblicos para que alguém desça às águas ainda é a fé em Cristo como Senhor e uma conversão genuína.

O Batismo para a Igreja deve ser uma festa, uma celebração de alegria, pois os novos convertidos, sobre os quais ainda pairavam dúvidas sobre sua decisão voluntária de servir a Cristo, conseguem após serem discipulados e entenderem a essência da obra de Deus, livre e espontaneamente testemunhar que sua opção por Cristo é definitiva e irrevogável.

Como dissemos, Cristo ensinou aos apóstolos que a fórmula do batismo é em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, isto revela a operação das três pessoas da Trindade em todo o gracioso processo de salvação daquele que se torna discípulo de Cristo (Mateus 28.19).

4 NOSSA CONFISSÃO DE FÉ:

Nossa Confissão de Fé afirma sobre a Triunidade de Deus, utilizada em nossa fórmula batismal.

CREMOS: na existência de um só Deus Triúno, Pai, Filho e Espírito Santo, um em essência e Trino em Pessoa. Mt 28:19; Jo 14;8-11,16-17; 16:13-15; I Jo 5:5-8.

Em artigo publicado o Pr. Manoel Góis em artigo publicado afirma oficialmente no site da Igreja de Cristo, afirma:

(...) “Nas Escrituras do Velho e Novo Testamento, é muito claro a apresentação de três pessoas significativas no relacionamento do homem com o mundo espiritual. A cada uma dessas pessoas é atribuído, pelos escritores sagrados, qualidades divinas.”

PONTO DE AFIRMAÇÃO: Se sua decisão por Cristo foi verdadeira, seu desejo de testemunhar dele e do que ele fez por você também será! O batismo nas águas é uma experiência extraordinária e, maravilhosa. Ele representa que você morreu para o mundo e para si mesmo e agora vive em Cristo para Deus! Busque e viva essa experiência do batismo nas águas!

ANOTAÇÕES:

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O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CRISTO!

LIÇÃO 12

PARTICIPE SEMPRE DA

CEIA DO SENHOR!

Texto Áureo: Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" I Coríntios 11:26

1 INTRODUÇÃO

Tanto o Batismo quanto a Ceia do Senhor são

ordenanças do Senhor Jesus à sua Igreja. Ele disse: "Fazei isto em memória de mim". Lucas 22:19. (I Coríntios 11:23-26). Vários textos da Bíblia registram o modo de celebração da "Ceia do Senhor". (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:19-20 I Coríntios 11:23-26)

A Palavra de Deus nos ensina sobre a Ceia do Senhor. A Bíblia nos relata que os discípulos se reuniam no primeiro dia da

semana para a ceia (Atos 20:7, I Coríntios 10:14-22, I Coríntios 11:17-20).

2 O SIGNIFICADO DA SANTA CEIA DO SENHOR

A ceia assim como o batismo é simbólica. Jesus utiliza

dois símbolos para representar seu corpo e seu sangue: o pão e o vinho. "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Mateus 26:28). Na ceia o pão não se torna o corpo de Cristo, nem o vinho o seu sangue (transubstanciação) como ensinam alguns, mas são apenas elementos, símbolos que avivam em nossa memória a entrega sacrificial do Cordeiro de Deus que derramou o seu sangue na cruz para nossa salvação

É prudente que a ceia seja celebrada na congregação e

na assembleia dos santos, mas é claro que isto não impede que o obreiro ministre a ceia do Senhor na casa de um idoso ou de algum membro enfermo que não possa deslocar-se para a congregação. Assim, onde a Igreja estiver reunida sob a autoridade pastoral ou outorgada por este, a ceia pode ser celebrada. A Igreja de Deus ultrapassa os limites do Templo, mas em hipótese alguma deve ser celebrada sem o consentimento do pastor da Igreja para evitar que pessoas se reúnam nas suas casas e cometam erros semelhantes aqueles da Igreja de Corinto. (I Coríntios 11:20-22).

3 OS PROPÒSITOS DA SANTA CEIA DO SENHOR

3.1 Lembrar dos Sacrifício de nosso Senhor Jesus - "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). A Ceia do Senhor é o momento espiritual e abençoado de recordar o sacrifício de Cristo que nos concedeu a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (I Coríntios 11:26).

É na ceia do Senhor que a Igreja reunida lembra, medita

e se consterna com os sofrimentos de Cristo, alegrando-se em

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seguida com os resultados desse sacrifício, mantendo todos em suas mentes a visão da cruz, e alimentando sua gratidão pelo grande e insondável amor de Deus por nós (I Coríntios 2:1-2).

3.2 Praticar a comunhão – A Palavra de Deus nos relata que a ceia é um ato sublime de comunhão entre os crentes e Deus e os crentes entre si, desde modo não há lugar para hipocrisias. A própria atmosfera espiritual e solene do culto de ceia nos deixa pouco à vontade para brincarmos com um momento tão importante como este.

A ceia do Senhor é o momento da Igreja do Senhor celebrar a “koinonia” (comunhão), por isso, deve ser celebrada coletivamente, todos reunidos para celebrar o mútuo perdão e a unidade da Igreja do Senhor. O partir do pão simboliza reconhecer que nos aceitamos como membros do mesmo corpo de Cristo, em uma só fé e esperança. Tomar o cálice e compartilhar dele representa que todos ali, são igualmente pecadores remidos, sem diferenças ou níveis, e todos, sem exceção foram agraciados pela salvação, mediante o derramamento do sangue do nosso Senhor. A ceia do Senhor simboliza que somos iguais, e que devemos estar juntos unidos no mesmo propósito de nos ajudar mutuamente até a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo. 3.3 Examinar-se a si mesmo – Durante o culto de ceia, somos chamados a examinar-nos a nós mesmos, isto é, ninguém além de nós, é capaz de avaliar nossa dignidade para sentar-se à mesa do Mestre. (I Coríntios 11:27-29). Esta atitude de nos examinarmos nos permite a cada ceia avaliar a regularidade de nosso serviço cristão, nossa obediência a Deus, nosso fervor espiritual, e nosso relacionamento com os nossos irmãos e é também uma renovada oportunidade de arrependimento e restauração.

3.4 A ceia é o local de confirmação de que estamos sendo preservados por Deus para a redenção final – Cada vez que um cristão participa de uma celebração da ceia do Senhor com o restante da Igreja, este pode aumentar a viva esperança de que está sendo guardado por Deus, de sucumbir às tentações desta vida. E,

isto, por si só é motivo de festa e de celebração. Na ceia do Senhor o cristão pode e deve louvar a Deus de todo coração, como uma verdadeira festa de felicidade, uma declaração de agradecimento: “porque até aqui nos ajudou o Senhor!” 3.5 Reafirmar a vinda de nosso Senhor até que Ele venha – O quinto propósito da contínua celebração da ceia do Senhor, é o testemunho de que Ele retornará. E, que a Igreja reunida se submete ao seu mandamento de celebrar a nossa comunhão até o vitorioso retorno de nosso Salvador. Cada vez que nos reunimos para celebrar a ceia do Senhor rebatemos as críticas daqueles que não mais acreditam no retorno de nosso salvador para levar a sua Igreja para a eternidade. 3.6 Testemunhar que cremos na intercessão de nosso Salvador por sua Igreja até a sua vinda

A Ceia do Senhor nos permite lembrar dos sacrifícios de Jesus por nós, avaliar o nosso fervor espiritual e testemunhar que cremos na intercessão de Cristo por sua Igreja até que ele venha. Ele estará conosco e intercede por nós até a consumação dos séculos!

Esse propósito de acreditar no cuidado de Cristo por nós,

revelou-se em momentos de grande perseguição no início da Igreja perseguida em Roma que se reunia no primeiro dia da semana para celebrar a santa ceia do Senhor. E, ainda hoje devemos cultivar esse ambiente de refrigério e fé, reafirmando que Cristo se mantém, como nosso Sacerdote, advogado e intercessor diante do pai, não apenas dos pecados que comentemos, mas dos sofrimentos que passamos por amor de Cristo.

Não cremos que os elementos físicos do corpo e do sangue

de Cristo estão na ceia e, sim que nela há oportunidade de clamar o perdão de Cristo pelos pecados que ainda cometemos ao longo da batalha espiritual e, acima de tudo sentimos sua presença pessoal e espiritual, e confiamos em sua intercessão.

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3.7 Celebrar a ressureição de Cristo, e esperar pela na nossa por meio dele.

A Ceia do Senhor nos permite reafirmar aos homens que acreditamos na ressurreição corporal de Cristo e mantermos acesa a expectativa do momento em que nos reuniremos novamente com o Senhor, no encontro glorioso, a que figurativamente chamamos de Bodas do Cordeiro para celebrarmos uma ceia espiritual e eterna.

4 A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ

4.1 Na Intercessão de Jesus Cristo CREMOS: (...) na intercessão de Jesus Cristo, como único mediador e Salvador entre Deus e os homens, Jo 14:6-13; I Tm.2:5; At 4:11-12

Sobre a contínua obra intercessória de Cristo por sua Igreja, o Pr. Carlos Iremar Santos em artigo publicado oficialmente no site da Igreja de Cristo, afirma: (...) Outro ponto relativo à obra intercessora de Cristo é que ela está relacionada com a nossa santificação completa, irrestrita. Quando nos dirigimos ao Pai, em nome de Cristo (Mt.18:18-20; Jo.14:13), as nossas orações defeituosas são afinadas Nele; os nossos pecados são perdoados por Ele; as nossas limitações humanas e materiais são plenamente suplantadas e superadas por sua divindade eterna. (...)Em suma, só existe um único intercessor e mediador entre Deus e os homens pelo qual uma pessoa possa ser salva. E esse mediador se deu em preço de redenção por todos aqueles que cressem, assim como o amor e a misericórdia de Deus foi estendida a todo o mundo, a obra intercessora de Jesus Cristo também foi estendida a todos os homens. Ele pagou um preço suficiente para a salvação de toda a humanidade, o seu sacrifício fez com que todos estivessem debaixo de novos termos diante de Deus, não estando mais sob a lei como um pacto de obras, mas a realidade genuína de

estar em Cristo como um estilo de vida e assim desfrutar da graça. Não debaixo da inocência, mas debaixo do novo pacto: “Ele se deu a si mesmo em preço de redenção”. Por isso cremos na intercessão de Jesus Cristo como único mediador e salvador entre Deus e os homens. 4.2 Na Ressurreição Corpórea do Senhor Jesus Cristo

CREMOS: (...) na ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo e Sua gloriosa ascensão à direita de Deus Pai. Jo 20:1-29; At 1:9-11; Rm 4:25.

Sobre ressurreição corpórea de Cristo, o Pr. Kleber Sousa em

artigo publicado oficialmente no site da Igreja de Cristo, afirma:

(...)Sendo o primeiro deles que a ressurreição de Cristo o confirmou como o Senhor da vida. Ele é Aquele que tem a vida em Si mesmo, e pode concedê-la a quem quer. Em seguida, o fato de que a ressurreição de Cristo declarou a sua divindade, conforme Rm.1:4. (...)O terceiro a verdade de que a salvação em sua inteireza, do princípio ao fim, depende da ressurreição de Cristo. A justificação é garantida nela (Rm.4:25). Mas, agora, a vida depende da "vida que nos foi dada, através da ressurreição de Cristo". Podem os remidos, compartilhar de sua vida eterna (Rm.5:10; 1Co.15:12,17,20). (...) Não menos importante, o quarto aspecto sobressai que fomos regenerados para uma viva esperança: a conversão original, a regeneração, a transformação progressiva segundo a imagem de Cristo, haverão de ser compartilhadas por nós, mediante a graça de Deus em Cristo (Jo.5:25,26; 6:57; 2Co.4:14; 1Pe.1:3,4). (...) E, por fim que com a ressurreição de Cristo, igualmente, o corpo dos remidos ressurretos não será composto dessa carne e sangue, visto que “a carne e sangue não podem herdar o reino

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de Deus” (ICo.15:50). Antes, será semelhante ao corpo de Cristo (Fp.3:21; 1Jo.3:2).

Sobre a relação da ressurreição de Cristo e a igreja, o Pb. Geraldo Jordão Andrade Jr. em artigo publicado oficialmente no site da Igreja de Cristo, afirma: (...) A crença na ressurreição nos proporciona um novo sentido para esta existência terrena. Ela nos faz enxergar além da finitude, nos dando a expectativa da entrada em um novo ciclo de existência humana, que trará respostas para muitos dos nossos questionamentos e nos levará a uma experiência que transcende toda a anterior e a todo o conhecimento acumulado até hoje através das civilizações, como descrito pelo apóstolo Paulo: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” (I Carta aos Coríntios 2:9). PONTO DE AFIRMAÇÃO: Todo cristão anseia por esse momento maravilhoso de participar da ceia! Encare a ceia do Senhor como uma oportunidade de declarar a vitória de Cristo sobre a morte, mas também sobre o pecado que persiste em afastar você do Senhor! Cada santa ceia é uma oportunidade de celebrar tudo que Cristo em seu corpo e por seu sangue conquistou por nós! Seja bem-vindo à mesa do Senhor!

ANOTAÇÕES:

REVISÃO:

1. Você poderia expressar de forma simples o que cada um desses elementos significa:

a) Adoção b) Redenção c) Regeneração d) Certeza de Salvação e) Justificação. f) Santificação

2. Você acredita que mesmo passando por algumas provas, completará a carreira cristã?

3. Como você lida com os fracassos nas tentações?

4. Alguma vez sentiu que deveria desistir de servir a Cristo e abandonar a caminhada cristã?

5. Você tem conseguido manter a sua vida devocional em casa?

6. Como tem sido sua freqüência nos cultos desta Igreja?

7. Você tem buscado os dons espirituais? Já possui algum?

8. Você está trabalhando na casa de Deus? Já definiu qual o serviço ou ministério que pretende desenvolver?

9. Você se sente motivado a descer às águas batismais? Por quê?

10. Você tem vontade de participar da santa ceia? Por quê?

Permitida a livre reprodução com citação da fonte).

Todososdireitosreservados.marciodemoraes/patente

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4ª Edição

Pr. Márcio Moraes

O QUE JESUS CRISTO FEZ POR VOCÊ!

Você foi adotado! Você foi resgatado! Você nasceu de novo! Você foi salvo! Você foi justificado! Você está sendo santificado!

O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CRISTO!

Lute para agradar a Deus! Mantenha uma Vida Devocional! Busque os Dons Espirituais para o Serviço! Trabalhe para Deus com amor! Seja Batizado em Águas! Participe sempre da Ceia do Senhor!