1 os desafios atuais da comercialização de arroz no brasil: informação e novos instrumentos...

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1 Os desafios atuais da comercialização de arroz no Brasil: informação e novos instrumentos contratuais Silvia H. G. de Miranda Silvia H. G. de Miranda CEPEA/ESALQ-USP CEPEA/ESALQ-USP Cachoeirinha-RS Cachoeirinha-RS Fevereiro/2008 Fevereiro/2008

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Os desafios atuais da comercialização de arroz no Brasil: informação e novos

instrumentos contratuais

Silvia H. G. de MirandaSilvia H. G. de MirandaCEPEA/ESALQ-USPCEPEA/ESALQ-USP

Cachoeirinha-RSCachoeirinha-RS

Fevereiro/2008Fevereiro/2008

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Estrutura da apresentaçãoEstrutura da apresentação

1. O Indicador de Preços CEPEA-ESALQ/BM&F a importância da informação

2. Alguns fatores determinantes para o mercado de arroz

3. Requisitos para a formação de um contrato futuro de arroz

4. Considerações finais

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1 -Indicador de Preços de Arroz – CEPEA/BM&F

• Parceria com a BM&F:• Atender à demanda do setor orízicola junto à

Câmara Setorial;• Referência de preço para o setor

• Experiência do Cepea em projetos de Indicadores de Preços com a BM&F

• Elaboração:• início: abril de 2005• viagem ao RS: contato com os agentes• formação da rede de colaboradores• Divulgação: set./2005

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Características do IndicadorCaracterísticas do Indicador

• Produto em casca

• Arroz branco Tipo 1• Portaria n. 269/88 do MAPA

• Renda base 68%:• Rendimento: 58% de inteiros e 10% de

quebrados

• Saca de 50 Kg

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MetodologiaMetodologiaFontes das informaçõesFontes das informações

• Periodicidade: Diária• Efetivos x Nominais

• Colaboradores• Todos os segmentos envolvidos com

comercialização do arroz em casca• Independente da escala

• Coleta de dados: visitas, ligações de rotina, repasse periódico

• Regiões• Divisão do IRGA

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6

1 - Fronteira Oeste

2 – Campanha

3 - Depressão Central

4 - Planície Costeira Interna

5 - Planície Costeira Externa*

6 - Zona Sul

Regiões do IRGARegiões do IRGA

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MetodologiaMetodologiaProcedimento do cálculoProcedimento do cálculo

• Descontados os impostos;

• Transformação dos Preços à vista;• Taxa para conversão do preço a prazo: CDI –

referência site Cepea

• Posto-indústria • Adição do frete, quando necessário

• Média Regional• Registro do dado pela praça de destino

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MetodologiaMetodologiaProcedimento do cálculoProcedimento do cálculo

• Calcula-se a média aritmética;• Participação da região no beneficiamento do RS.

16.5

9.8

28.730.4

15.0 15.6

11.7

19.5

12.2

5.4

15.8

19.2

0

5

10

15

20

25

30

35

%

Campanha FronteiraOeste

DepressãoCentral

Plan.Costeira Int.

Plan. Cost.Externa

Zona Sul

Participação das regiões na produção e beneficiamento de arroz em casca no RS. 2005 (Fonte: IRGA)

Produção Beneficiamento

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MetodologiaMetodologiaProcedimento do cálculoProcedimento do cálculo

• Tem-se o Indicador em Reais

• Para conversão em dólar (US$):• Taxa de câmbio comercial (de venda)

16h30 – disponível no site Cepea

• Indicador disponibilizado diariamente:• a partir das 18h30 no site do CEPEA

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Coletas de dados adicionais

• Preço do arroz com 50 a 55 inteiros – para indústria do parboilizado

• Preço do arroz com mais de 60 inteiros

• Contatos no MT: regiões de Cuiabá e Sinop

• Varejo no interior de São Paulo

Não são indicadores

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Indicador mensal de preços médios de Indicador mensal de preços médios de arroz em casca – RS (R$/sc e US$/sc)arroz em casca – RS (R$/sc e US$/sc)

•Padrão: Arroz 58 inteiros/10 quebrados,posto indústria, sem impostos

Indicador de Preços do Arroz em Casca - RS. Valores nominais em R$ e US$/sc 50 kg. Set/05 a Fev./08

0

5

10

15

20

25

30

9/1/

2005

11/1

/200

5

1/1/

2006

3/1/

2006

5/1/

2006

7/1/

2006

9/1/

2006

11/1

/200

6

1/1/

2007

3/1/

2007

5/1/

2007

7/1/

2007

9/1/

2007

11/1

/200

7

1/1/

2008

R$

e U

S$/

sc 5

0kg

ValorVista - R$ ValorVista-US$

27/02/08 = R$23,49/sc

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Preços médios mensais regionais de arroz em casca (58/10) – RS. Valores nominais. Set./05 a Fev/08

0

5

10

15

20

25

30

Sep-0

5

Nov-0

5

Jan-

06

Mar

-06

May

-06

Jul-0

6

Sep-0

6

Nov-0

6

Jan-

07

Mar

-07

May

-07

Jul-0

7

Sep-0

7

Nov-0

7

Jan-

08

R$

/sc

50

kg

Plan. Interna Campanha Dep. Central Front. Oeste Lit. Sul

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Variações nos preços – pagos ao produtor e pelo consumidor

Índice de preços do arroz em casca - RS. Índice de Inflação Geral (IPCA) e Índice de Inflação do Arroz (IPC-Arroz/FGV).

(Set/2005 = 100)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Sep-0

5

Nov-05

Jan-

06

Mar

-06

May

-06

Jul-0

6

Sep-0

6

Nov-06

Jan-

07

Mar

-07

May

-07

Jul-0

7

Sep-0

7

Nov-07

Jan-

08

Indicador IPC-Arroz IPCA

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Causalidade e transmissão de preços no mercado de arroz irrigado e de terras altas

- ajuste dos preços mensais é imediato entre produtor e atacado para ambos os tipos, sendo a relação mais alta no caso do irrigado;

- As variações de preços se transmitem do atacado para o varejo do agulhinha, ao longo de três meses: a elasticidade contemporânea é de 0,26; no 1o. mês é de 0,27 e no 2o. mês é de 0,43.

- Há causalidade dos preços ao produtor para os preços ao varejo do agulhinha, sendo relevante a transmissão contemporânea das variações de preços e nos dois meses seguintes, em proporções semelhantes.

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2 - Alguns fatores determinantes para o

mercado de arroz

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O comportamento do consumidor- Payeras (2008)

• O arroz é um dos itens alimentícios com maior elasticidade-preço (-0,922), ficando acima de produtos como carne de primeira.

– Substituição de marcas?

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Custos de produção – Parceria Cepea/ESALQ-IRGA

• De modo geral, nos vários sistemas, os principais itens que pesam nos custos são:– Adubação

– Despesa com arrendamento de terra

– Preparo de solo e semeadura

– Manejo de água – mão-de-obra

• É preciso reduzir custos, alcançar eficiência produtiva e na comercialização

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Tabela - Apoio do Governo à Comercialização (mil toneladas – Ano safra mar/fev)

Item 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 Vendas PEP

- Ofertado - - -

-

-

- -

480,0

485,0

- Vendido - - -

-

-

- -

459,8

157,5

AGF Direta 424,8

630,6

268,6

60,0

-

- 571,4

307,7

62,0

PROP

- Ofertado - - -

-

-

- 700,1

548,0

-

- Vendido - - -

-

-

- 327,6

238,9

-

OPÇÕES

- Ofertado 920,5

836,9

-

1.374,3

-

- 350,0

- 910,2

- Vendido 518,9

833,7

-

611,5

-

- 350,0

- 857,7

- Exercido 411,4

764,8

-

4,4

-

- 350,0

- -

- Repasse / Recompra - -

-

-

-

- -

- -

- Ofertado - - -

343,1

-

- -

- -

- Vendido - - -

221,9

-

- -

- -

Total Apoio 943,7

1.464,3

268,6

671,5

-

- 1.249,0

1.006,4

1.077,3

Produção 11.582,2 11.423,1

10.386,0

10.626,1

10.367,1

12.960,4

13.355,2

11.721,7

11.315,9

Participação % 8,1

12,8

2,6

6,3

-

- 9,4

8,6

9,5

Fonte: MAPA/SPA/DEAGRO.

Fonte: extraído de Adami (2007)

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Outros fatores

• Armazenagem

• Grau de endividamento

• Interface externa: importações e exportações– Baixa correlação entre os preços internacionais

e os preços domésticos

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BRASIL: perfil do comércio externo e efeitos sobre preços domésticos

• Tradicionalmente: importador-líquido. – Produtos: arroz polido, arroz em casca e descascado– Origem: Uruguai e Argentina

• Nos últimos anos: auto-suficiência – possibilidade de exportar– Até o momento: a maior parte da exportação é de arroz

quebrado para países mais pobres; – Possibilidades com exportações de parboilizado

• Câmbio: determinante da competitividade das exportações/importações

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Balanço de importação/exportação. Brasil e Mercosul

Fonte: Sumário Executivo – Arroz. SPA/MAPA (2006)

Comércio externo de arroz. Mercosul. 2000/01-2005/06. Milhões de toneladas

-1000

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06

Milh

ões

t

Saldo Importação Exportação

Comércio externo de arroz. Brasil. 2000/01-2005/06(Lev. Jan/2006). Milhões de toneladas

-2000

-1500

-1000

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06Milh

ões

t

Saldo Importação Exportação

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3 - Requisitos para a formação de um contrato

futuro de arroz

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• Volatilidade dos preços afeta a rentabilidade dos negócios de arroz

Os agentes de comercialização de arroz do RS podem dividir este risco com

outros agentes de mercado e especuladores, usando contratos

futuros da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)?

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Alguns elementos do mercado futuro Alguns elementos do mercado futuro para produtos agrícolaspara produtos agrícolas

• Função do mercado futuro: permitir que todos os interessados em uma dada mercadoria possam fixar um preço de compra/venda em uma data futura, reduzindo assim o risco de perdas decorrentes das variações desfavoráveis de preço.

• Ferramenta de gerenciamento de risco

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Agentes do mercado futuroAgentes do mercado futuro

• Hedgers: interesse direto na mercadoria objeto e buscam proteção no mercado futuro

• Arrozeiros, cooperativas, exportadores, engenhos, atacadistas, grandes indústrias

• Hedge = “seguro” de preçoHedge = “seguro” de preço

• Especuladores: investidores apenas com posição no mercado futuro.

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• Para funcionar bem o mercado futuro, é preciso de especuladores dispostos a oferecerem um preço futuro seguro aos hedgers.

• Especuladores são atraídos por um prêmio pelo risco

• Hedging e Risco de Base = Para que seja efetiva a proteção ao risco de preços é preciso que a correlação entre os preços no mercado spot e o do mercado de futuros seja elevada

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Condições para desenvolvimento do mercado futuro (de arroz) no Brasil (1)

1. Tamanho do mercado disponível;

2. Volatilidade de preço (mercado em condições competitivas);

3. Mercado a termo pouco expressivo;

4. Inexistência de políticas governamentais que assegurem menor risco para o produtor;

5. Unidades mensuráveis e homogêneas;

6. Pequeno risco residual relativamente ao contrato de cross hedge

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Condições para desenvolvimento do mercado futuro de arroz no Brasil (2)

7. Liquidez do contrato;

8. Disponibilidade de infra-estrutura para operacionalizar um sistema de classificação, distribuição, transporte e armazenamento;

9. Possibilidade de estocagem da commodity;

10. Estabilidade do câmbio;

11. Delineamento dos contratos e Instituição regulatória que exerça suas funções com competência

– Treinamento para hedgers (BM&F)

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Tamanho do mercado Tamanho do mercado disponíveldisponível

Brasil (IBGE) 1995/96

Proprietários Arrendatário Parceiro Ocupante Total

Arroz 84.031

49.728 32.534 62.429 228.722

Soja 97.222

14.824 7.824 3.484

122.991

•Fonte: IRGA (2006)

•Fonte: IBGE

Campanha 27Depressão Central 67Fronteira Oeste 48Planície Costeira Externa 36Planície Costeira Interna 43Zona Sul 34Externa a Região Arrozeira 12Rio Grande do Sul 267

Regional Nº Engenho (2005)

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Mercado a termo pouco Mercado a termo pouco expressivoexpressivo

• Pequena parcela dos negócios são a termo

– Arroz em depósito

– Fidelidade de alguns vendedores/compradores

– Mato Grosso: algumas iniciativas de contratos de compra antecipada

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Inexistência de políticas governamentais

• Para que o mercado futuro funcione bem é preciso que não haja políticas governamentais intervindo no mercado e assegurando menor risco para o produtor

• Essas políticas afetam os preços de mercado e as expectativas dos agentes

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Unidades mensuráveis e Unidades mensuráveis e homogêneashomogêneas

• Essencial que o produto seja muito bem definido no contrato: tranquilidade aos agentes

• Mesmo que a especificação delimite um produto muito específico – para outros produtos diferentes, trabalha-se com os ágios/deságios – desde que os mercados estejam correlacionados fortemente

• Risco de entrega física

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Pequeno risco residual relativamente ao contrato de cross hedge

• Cross-hedging: estabelecimento de posições em produtos diferentes, porém correlacionados

• Já existem contratos, mesmo que não sejam futuros, sobre o mesmo produto que se analisa?

– Contrato de arroz MT?– Contrato de arroz em outras bolsas? Ex: Chicago

Board of Trade?– Contrato para arroz de mais de 60 inteiros da Planície

Costeira Externa?– Contrato para arroz do Mercosul

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RISCO DE BASERISCO DE BASE

Base = PL – PF

• PL = preço à vista local• PF = preço futuro para dado dado mês de

vencimento

• Risco de base é usualmente quantificado pela variância ou desvio padrão durante o período.

• Quanto menor o risco de base, maior a efetividade de fazer o hedge

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Risco de Base – Planície Costeira Risco de Base – Planície Costeira Interna x IndicadorInterna x Indicador

Coeficiente de correlação entre o Indicador de Preços ESALQ/BM&F e os preços regionais - Planície Costeira

Interna

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

Julho

/200

5

Agost

o/20

05

Setem

bro/

2005

Outub

to/2

005

Novem

bro/

2005

Dezem

bro/

2005

Jane

iro/2

006

Feve

reiro

/200

6

Abril/2

006

Maio

/200

6

Junh

o/20

06

Julho

/200

6

Agost

o/20

06

Setem

bro/

2006

Outub

ro/2

006

Novem

bro/

2006

Dezem

bro/

2006

Jane

iro/2

007

Feve

reiro

/200

7

Abril/2

007

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Risco de Base – Fronteira Oeste x Risco de Base – Fronteira Oeste x IndicadorIndicador

Coeficiente de correlação entre Indicador de Preço CEPEA/BM&F e preços regionais - Fronteira Oeste

0

0.20.4

0.60.8

11.2

Julh

o/20

05

Ago

sto/

2005

Set

embr

o/20

05

Out

ubto

/200

5

Nov

embr

o/20

05

Dez

embr

o/20

05

Jane

iro/2

006

Fev

erei

ro/2

006

Mar

ço/2

006

Abr

il/20

06

Mai

o/20

06

Junh

o/20

06

Julh

o/20

06

Ago

sto/

2006

Set

embr

o/20

06

Out

ubro

/200

6

Nov

embr

o/20

06

Dez

embr

o/20

06

Jane

iro/2

007

Fev

erei

ro/2

007

Mar

ço/2

007

Abr

il/20

07

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Risco de base: medida pelo Risco de base: medida pelo desvio Padrão e CVdesvio Padrão e CV

Risco de base – Preços regionais (58/10) x Indicador

Coeficiente de Variação (%)

Planície Costeira Interna 1,4291 Litoral Sul 1,5026 Campanha 1,4948 Depressão Central 1,8203 Fronteira Oeste 1,4149 Planície Costeira Externa (arroz com mais de 60 inteiros)*

4,9091

Mato Grosso (arroz com menos de 58 inteiros)*

2,6591

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Propriedades necessárias Propriedades necessárias para bons indicadorespara bons indicadores

• É importante ter indicadores de preços que conjuguem as seguintes propriedades, para fins de uso na liquidação financeira em contratos futuros:

Visibilidade

Credibilidade

Eficácia          

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• Visibilidade: grau com que o indicador reflete os preços de negociações efetivadas no Mercado, ou seja, o indicador deve representar um preço bem aproximado ou bem relacionado àquele ao qual transações de compra e venda podem ser realizadas no Mercado físico.

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• Credibilidade: avaliada, subjetivamente através do levantamento de opiniões dos agentes de Mercado

• Um bom indicador seria aquele cujas variações não-esperadas estivessem em conformidade com as variações não-esperadas nos preços observados na maioria das praças, se não em todas elas.

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• Eficácia: refere-se à probabilidade de realização de operações de hedge bem sucedidas quando da utilização desse indicador para liquidação financeira de contratos futuros do produto.

• Dado um conjunto de praças com preços, com certa variabilidade, o indicador mais eficaz é aquele que proporciona o menor risco de base para a maioria das praças consideradas.

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Considerações finaisConsiderações finais

• Há elementos favoráveis, mas há também gargalos

• Mais estudos e mais detalhamento na análise do potencial do mercado futuro para o arroz– BM&F– Interesse de agentes internacionais:

Mercosul e EUA• Uso de indicador para desenvolvimento do

mercado a termo (vendas antecipadas)

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