1 | janeiro/fevereiro 2012 editorial · 2012. 12. 30. · redao e administrao r 14 2 4000263 or...

82

Upload: others

Post on 16-Feb-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • PropriedadeVida Económica - Editorial S. A.

    DIRECTOR

    João Peixoto de Sousa

    COORDENAÇÃO E COlAbORAÇÃO

    Ricardo Rodrigues Pereira

    COlAbORADORES

    João luís de SousaDaniela RôlaTeresa Alves de Sousa

    PAGINAÇÃO

    Rosa Ribeiro

    REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

    R. Gonçalo Cristóvão, 14, 2º4000-263 Porto Telef.: 223 399 400Fax: 222 058 098E-mail: [email protected]

    DElEGAÇÃO EM lISbOA

    Av. Fontes Pereira de Melo, nº 61069-106 lisboa Telef.: 217 937 747Fax: 217 937 748

    IMPRESSÃO

    Uniarte Gráfica - Porto

    Registo nº 108640 no ICS

    Nº 1 | Janeiro/Fevereiro 2012

    3REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    EditorialA pressão fiscal sobre as empresas e sobre os particulares aumentou

    muito e, por isso, Portugal não reúne as condições necessárias para, no curto e no médio prazo, resolver o seu problema crónico de falta de competitividade a nível fiscal e conseguir captar investimento estran-geiro.

    As múltiplas alterações legislativas da mais diversa índole, nomea-damente no âmbito tributário, e a situação económica que estamos a atravessar prejudicam muito o investimento estrangeiro em Portugal e o investimento português no estrangeiro, feito a partir de Portugal.

    Na realidade, o nosso país está fora do mapa do investimento estran-geiro, faltando-nos um regime interno que seja verdadeiramente favorá-vel à captação desse investimento.

    Por outro lado, Portugal não é atractivo na óptica das empresas que pretendam internacionalizar a sua actividade, sobretudo para países de fora da União Europeia, pois não dispõe ainda de uma ampla rede de convenções de dupla tributação internacional com esses Estados. Ora, sabido, como é, que as situações de dupla tributação internacional são altamente penalizadoras para o comércio internacional, para o investi-mento externo e para a internacionalização das empresas, é evidente a desvantagem (perante outros países como, por exemplo, a Holanda) que para nós resulta da falta daquela rede abrangente de convenções de dupla tributação internacional.

    Assim, apesar de a fiscalidade não ser o único factor de atracção de investimento estrangeiro (a dimensão da economia, as perspectivas de crescimento económico, os custos laborais e as designadas economias de aglomeração (vantagens da proximidade entre actividades económi-cas) também são factores a considerar), urge repensar a nossa políti-ca fiscal, sob pena de continuarmos a assistir quer à deslocalização de grupos económicos portugueses para outros países com regimes fiscais mais propícios ao investimento empresarial, quer à perda de grandes projectos de investimento estrangeiro que muito contribuiriam para o relançamento da nossa economia e do mercado de emprego nacional.

    Se não o fizermos, não nos assiste qualquer direito de crítica e, muito menos, de censura relativamente aos agentes económicos, nacionais ou estrangeiros, que procurarem outras paragens mais vantajosas para as suas empresas e para os seus investimentos. Porquanto, só nos podere-mos queixar de nós próprios!

  • 4 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    5

    8

    376267

    70

    70

    71

    73 74

    78 79

    81 81

    SumárioActualidade

    Análise O Orçamento do Estado para 2012 e o procedimento e processo tributário: altera-ções legislativas

    JurisprudênciaAnotadaResumosSumários

    Instruções Administrativas (AT)IRS – Liquidações aos contribuintes faltosos. Reclamações graciosas. ProcedimentosResponsabilidade dos gestores de bens ou direitos de não residentes prevista no art. 27.º n.º 3 da LGT. Implicações para os advogados no decurso da sua actividade profissional

    Avaliação Geral. Regime de Avaliação Geral de Prédios Urbanos para efeitos tribu-tários. Lei nº 60-A/2011, de 30.11. DL nº 287/2003, de 12.11. CIMI IVA – Orçamento do Estado para 2012. Revogação do regime especial de tributação dos combustíveis gasososIVA – Orçamento do Estado para 2012. Alterações ao Código do IVA e regime do IVA nas transacções intracomunitárias

    SínteseJurisprudênciaLegislação

    União EuropeiaLegislação Jurisprudência

  • actualidade

    5REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    Autoridade Tributária e Aduaneira

    A Autoridade Tributária e Aduaneira, que resulta da fusão da Direção-Geral dos Impostos (DGCI), da Direção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Espe-ciais sobre o Consumo (DGAIEC) e da Direção-Ge-ral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), iniciou a sua actividade no dia 1 de Janeiro de 2012. A nova Autoridade sucede em todas as atribuições e competências das anteriores Direções-Gerais, procedendo-se a uma simplificação da estrutura organizativa da administração tributária e aduaneira.

    A Autoridade Tributária e Aduaneira tem como mis-são administrar os impostos, os direitos aduaneiros e os demais tributos em Portugal, exercendo ainda o contro-lo da fronteira externa da União Europeia e do território aduaneiro nacional.

    A reforma operada tem como objectivo assegurar uma maior coordenação na execução das políticas fiscais definidas pelo Governo, reforçar o combate à fraude e evasão fiscais e garantir uma mais eficiente utilização dos recursos existentes, sempre preservando as competên-cias especializadas que antes cabiam a DGCI, DGAIEC e DGITA.

    A Autoridade Tributária e Aduaneira assegura, des-de 1 de Janeiro de 2012, todo o atendimento e apoio aos contribuintes nos locais e serviços onde até agora vinham operando as Direções-Gerais agora passam a es-tar integradas na nova Autoridade.

    Convenção Modelo da OCDE

    O Comité de assuntos fiscais da OCDE havia tor-nado público, em Maio de 2011, um documento versan-do sobre questões relativas à aplicação do modelo de convenção fiscal da OCDE no âmbito do comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa. Na sequência do processo de discussão pública desse docu-mento, o Comité divulga agora os comentários recebi-dos, os quais podem ser consultados na secção de Fisca-lidade do site da OCDE.

    Estes contributos serão objecto de análise por parte do Grupo de Trabalho n.º 1 do Comité de assuntos fis-cais aquando de uma próxima reunião que terá lugar em Fevereiro de 2012.

    Ataque de “Phishing” – Alerta

    O Ministério das Finanças divulgou novo comunica-do, no qual alerta os utilizadores do Portal das Finanças para o envio de mensagens fraudulentas. Estas mensa-gens aparentam ser enviadas pela DGCI e utilizam um texto falso, convidando o destinatário da mensagem a aceder a um endereço através do link fornecido, como forma de obter informações sensíveis ou comprometer em termos de segurança o computador utilizado (técnica apelidada de “phishing”). Trata-se de um esquema desti-nado a concretizar a instalação de software malicioso na máquina de quem recebeu a mensagem por correio elec-trónico. O software é instalado se o utilizador executar o link apresentado na mensagem. O link aparenta estar apontado para a página do Portal das Finanças, mas a ligação é feita para um outro domínio.

    Como forma de proteger os utilizadores do Portal das Finanças de mensagens de teor fraudulento como a que foi agora detectada, a DGCI fixa três indicadores que podem servir para identificar mensagens legítimas. Em primeiro lugar, as mensagens de e-mail que a DGCI envie aos contribuintes identificam sempre o nome completo e o NIF do destinatário. Não serão enviadas mensagens de carácter genérico que não incluam a iden-tificação do contribuinte. Em segundo lugar, a DGCI só enviará mensagens de e-mail aos contribuintes que tenham senha de acesso ao Portal das Finanças e que te-nham autorizado o envio de mensagens por correio elec-trónico. Por último, alerta-se para o facto de que todas as caixas de correio electrónico da DGCI têm o formato [email protected].

    Fiscalidade e União Aduaneira

    A Comissão Europeia adoptou uma proposta relati-va ao programa FISCUS, na sequência da acção desen-volvida ao nível da política fiscal e aduaneira da UE. Este programa contará com um orçamento de 777,6 milhões de euros e terá uma duração de sete anos, com início em 1 de Janeiro de 2014.

    A Comissão sublinha o facto de as políticas desen-volvidas nesta área terem benefícios consideráveis para os cidadãos e as empresas da UE, quer seja através do bloqueio de importações não seguras ou ilegais, quer fa-cilitando a fluidez das trocas comerciais e um forte mer-cado interno, ou ainda reduzindo os custos de confor-midade e a burocracia para as empresas transfronteiriças.

  • actualidade

    6 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    O FISCUS agrupa dois programas que até agora existiam de forma independente, para o domínio fiscal e o domínio aduaneiro, dando resposta a objectivos de simplificação e de redução de custos, sem que sejam postas em causa as actividades da Comissão em cada uma destas áreas.

    O FISCUS destina-se a proteger os interesses finan-ceiros da UE e dos Estados-Membros, facilitar o comér-cio, garantir a protecção e segurança dos cidadãos da UE, melhorar as capacidades das autoridades aduaneiras e fiscais e aplicar a legislação da UE nestes domínios.

    O FISCUS apoiará a cooperação entre as autoridades aduaneiras e fiscais e outras partes, com vista a contri-buir para maximizar a sua eficiência e evitar disparidades no seu trabalho, o que poderia prejudicar o Mercado In-terno. A Comissão entende que, num futuro próximo, deve ser dada especial atenção à luta contra a fraude, à redução dos encargos administrativos e à cooperação com países terceiros.

    O projecto de regulamento apresentado será agora debatido pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu com vista à sua adopção até ao final de 2012. Prevê-se que o novo programa tenha início em 1 de Janeiro de 2014.

    OCDE – Resolução de Litígios

    A OCDE divulgou dados estatísticos de 2010 rela-tivos à utilização da figura do Procedimento Amigável, processo tradicional de resolução de litígios no quadro das convenções fiscais. A OCDE divulga, em cada ano, dados estatísticos sobre o número de casos de procedi-mentos amigáveis nos países da OCDE (e países não-OCDE que optem por divulgar estes dados). Os dados agora disponibilizados dizem respeito ao ano de 2010. Esta acção insere-se no esforço que a OCDE tem vindo a desenvolver no sentido de reduzir o tempo necessário para processamento e conclusão dos casos de procedi-mento amigável (previsto nas convenções fiscais), pro-curando alcançar uma maior transparência no que toca à utilização deste procedimento.

    De acordo com as estatísticas agora divulgadas, o nú-mero de casos de procedimento amigável subiu conside-ravelmente no período 2006-2009, verificando-se uma ligeira descida no ano de 2010. Tendo em conta os da-dos obtidos em matéria do tempo médio necessário para conclusão de um procedimento, o período de tempo em causa foi constante nos anos de 2006, 2008 e 2009, com uma ligeira diminuição em 2007 e um aumento em 2010.

    A divisão realizada entre casos de países OCDE e casos de países não-OCDE permite concluir que, em regra, mais de 90 por cento dos casos de procedimento amigá-vel dos países OCDE envolvem outros países OCDE.

    Este sistema de recolha de informação estatística foi implementado em 2007, devendo os países membros da OCDE fornecer relatórios anuais contendo dados esta-tísticos relativos ao número de caos de procedimento amigável, seguindo um procedimento e formato pre-viamente definidos pelo Secretariado do Comité de as-suntos fiscais. O formato utilizado para estas estatísticas anuais foi recentemente alterado, por forma a separar os casos de procedimentos amigáveis em casos que en-volvam países OCDE e casos que envolvam países não-OCDE. Esta modificação permite identificar os casos de dupla contagem dos casos reportados, permitindo igualmente uma recolha de informação quanto à eficá-cia do procedimento quando estejam envolvidos países não-OCDE.

    IRS – Despesas de Saúde

    O Ministério das Finanças divulgou recentemente informação relativa à dedução de despesas de saúde à colecta de IRS. De acordo com o despacho emitido pelo Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, clarifica-se que apenas as facturas emitidas com a identificação do

    adquirente podem ser utilizadas para esse efeito. Es-clarece-se ainda que, no casos em que o adquirente não seja um sujeito passivo de IVA, não será necessário que a factura contenha o NIF do mesmo.

    Nos termos do n.º 6 ao artigo 78.º do Código do IRS (na redacção resultante da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro – Lei do Orçamento do Estado para 2011), a dedução de despesas de saúde só pode ser realizada: a) mediante a identificação fiscal dos dependentes, ascen-dentes, colaterais ou beneficiários a que se reportem, fei-ta na declaração a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º; b) mediante a identificação, em factura emitida nos termos legais, do sujeito passivo ou do membro do agregado a que se reportem, nos casos em que envolvam despesa.

    Ora, nos termos do referido despacho, tratando-se de destinatários ou adquirentes que não sejam sujeitos passivos de IVA, a indicação do NIF não é obrigatória.

    Ainda segundo o teor do despacho emitido pelo Se-cretário de Estado dos Assuntos Fiscais, as facturas emi-tidas em nome dos pais relativas a despesas de saúde su-portadas com os filhos deverão ser aceites como despesa do dependente (uma vez que está em causa uma despesa

  • actualidade

    7REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    do agregado familiar). Basta, para tanto, que a factura ou documento equivalente seja emitida com o nome do sujeito passivo, podendo posteriormente ser introduzido o nome do dependente a quem as despesas ou encargos dizem respeito (o que poderá ser feito de forma manual).

    Conselho de Finanças Públicas

    O Ministério das Finanças divulgou, em comuni-cado, terem o presidente do Tribunal de Contas, Gui-lherme d’Oliveira Martins, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, apresentado a sua proposta de nomeação dos membros do Conselho Superior do Conselho de Finanças Públicas. Assim, forma propostos os seguintes membros: Maria Teodora Osório Pereira Cardoso, presidente; Jürgen von Hagen, vice-presidente; Rui Nuno Garcia de Pina Neves Baleiras, vogal execu-tivo; George Kopits, vogal não executivo; e Carlos José Fonseca Marinheiro, vogal não executivo.

    União Europeia - Sistema do IVA

    A Comissão Europeia adoptou recentemente uma comunicação sobre o futuro do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), na qual são definidas as caracterís-ticas fundamentais em que deve assentar o novo regi-me deste imposto e as acções prioritárias para a criação de um sistema do IVA na União Europeia que se revele mais simples, mais eficaz e mais sólido.

    O Comissário Algirdas Šemeta (responsável pela Fis-calidade e União Aduaneira, Luta contra a Fraude e Au-ditoria) reconhece que o sistema do IVA da UE já não está adaptado uma economia que se baseia nos serviços e na tecnologia. Acresce que o IVA, representando mais de 20% das receitas nacionais, tem um impacto signifi-cativo na vida dos cidadãos da UE.

    Em 1 de Dezembro de 2010, a Comissão adoptou o “Livro Verde sobre o futuro do IVA - Rumo a um sistema de IVA mais simples, mais sólido e eficaz”. No âmbito desta iniciativa foi realizada uma consulta pública de seis meses, durante a qual a Comissão recebeu 1700 contributos de empresas, académicos, cidadãos e autori-dades fiscais.

    A concepção de um novo sistema do IVA deverá as-sentar em três objectivos primordiais. Em primeiro lugar, as empresas deverão ter maior facilidade na aplicação do IVA. A Comissão propõe, nomeadamente, o alargamen-

    to do conceito de balcão único para as transacções além fronteiras, a normalização das declarações de IVA e um acesso claro e fácil a informações pormenorizadas sobre todos os regimes nacionais de IVA, através de um portal Web central.

    Em segundo lugar, reconhece-se que o IVA deve ser mais eficaz em termos de apoio aos esforços de con-solidação orçamental dos Estados-Membros e ao cres-cimento económico sustentável. A criação de novas receitas para os Estados-Membros poderia passar pelo alargamento das bases fiscais e a limitação do recurso a taxas reduzidas, sem que tal implicasse necessariamen-te o aumento das taxas de tributação. Na comunicação agora adoptada são definidos os princípios que devem orientar a revisão das isenções e das taxas reduzidas.

    Em terceiro lugar, a existência de fraudes e de não cobrança de IVA são apontadas como causa de uma perda significativa de receitas, estimando-se que cerca de 12 % do total do IVA que deveria ser cobrado, não o seja de facto. A Comissão irá proximamente propor um mecanismo de reacção rápida para garantir que os Estados-Membros possam reagir melhor aos mecanis-mos de fraude sob suspeita. Por outro lado, a Comissão verificará se os actuais mecanismos de combate à fraude necessitam de ser reforçados e analisará se os controlos multilaterais podem ser facilitados por uma equipa de auditoria transfronteiras.

    A Comissão conclui, finalmente, ter deixado de ser pertinente a questão relativa à possibilidade de adopção de um sistema do IVA baseado no país de origem. O IVA deverá continuar a ser cobrado no país de destino (ou seja, no lugar onde esteja situado o cliente) e a Co-missão continuará a trabalhar na criação de um sistema do IVA da UE moderno que se baseie neste princípio.

  • análise

    8 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    O Orçamento do Estado para 2012 e o procedimento e processo tributário: alterações legislativas

    Por Ricardo Rodrigues Pereira

    O Orçamento do Estado para 2012, aprovado pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro (LOE 2012), in-troduziu diversas alterações em normas quer da Lei Ge-ral Tributária (LGT), quer do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), com consequente im-pacto nas regras legais que regem o procedimento e o processo tributário.

    Elencaremos, seguidamente, essas alterações legais, fazendo-o separadamente para cada um dos menciona-

    dos diplomas legais e referindo, para cada norma que foi objecto de alteração, a redacção anterior e a redacção ac-tual e, nesta última, destacamos o que foi concretamente introduzido pela LOE 2012.

    I – Lei Geral Tributária

    a) Alterações à LGT O artigo 149.º da LOE 2012 alterou a redacção dos

    artigos 19.º, 23.º, 43.º, 44.º, 45.º, 46.º, 48.º, 52.º, 54.º, 57.º, 59.º, 61.º, 68.º e 100º da LGT.

    Artigo 19.º (Domicílio fiscal)Redacção anterior Redacção actual

    1 - O domicílio fiscal do sujeito passivo é, salvo disposição em contrário:a) Para as pessoas singulares, o local da residência habitual; b) Para as pessoas colectivas, o local da sede ou direcção efectiva ou, na falta destas, do seu estabelecimento estável em Portugal.2 - É obrigatória, nos termos da lei, a comunicação do domicílio do sujeito passivo à administração tributária.3 - É ineficaz a mudança de domicílio enquanto não for comuni-cada à administração tributária.4 - Os sujeitos passivos residentes no estrangeiro, bem como os que, embora residentes no território nacional, se ausentem deste por período superior a seis meses, bem como as pessoas colectivas e outras entidades legalmente equiparadas que cessem a activida-de, devem, para efeitos tributários, designar um representante com residência em território nacional.5 - Independentemente das sanções aplicáveis, depende da desig-nação de representante nos termos do número anterior o exer-cício dos direitos dos sujeitos passivos nele referidos perante a administração tributária, incluindo os de reclamação, recurso ou impugnação.6 - A administração tributária poderá rectificar oficiosamente o domicílio fiscal dos sujeitos passivos se tal decorrer dos elementos ao seu dispor.

    1 - O domicílio fiscal do sujeito passivo é, salvo disposição em contrário:a) Para as pessoas singulares, o local da residência habitual; b) Para as pessoas colectivas, o local da sede ou direcção efectiva ou, na falta destas, do seu estabelecimento estável em Portugal.2 – O domicílio fiscal integra ainda a caixa postal electrónica, nos termos previstos no serviço público de caixa postal electrónica.3 – É obrigatória, nos termos da lei, a comunicação do domicílio do sujeito passivo à administração tributária.4 - É ineficaz a mudança de domicílio enquanto não for comunica-da à administração tributária.5 - Os sujeitos passivos residentes no estrangeiro, bem como os que, embora residentes no território nacional, se ausentem deste por período superior a seis meses, bem como as pessoas colectivas e outras entidades legalmente equiparadas que cessem a actividade, devem, para efeitos tributários, designar um representante com re-sidência em território nacional.6 - Independentemente das sanções aplicáveis, depende da desig-nação de representante nos termos do número anterior o exercício dos direitos dos sujeitos passivos nele referidos perante a adminis-tração tributária, incluindo os de reclamação, recurso ou impug-nação.7 – O disposto no número anterior não é aplicável, sendo a de-signação de representante meramente facultativa, em relação a não residentes de, ou a residentes que se ausentem para, Estados membros da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu, neste último caso desde que esse Estado membro esteja vinculado a cooperação administrativa no domínio da fiscalidade equivalente à estabelecida no âmbito da União Europeia.8 – A administração tributária poderá rectificar oficiosamente o domicílio fiscal dos sujeitos passivos se tal decorrer dos elementos ao seu dispor.

  • 9REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    análise

    9 – Os sujeitos passivos do imposto sobre o rendimento das pes-soas colectivas com s ou direcção efectiva em território português e os estabelecimentos estáveis de sociedades e outras entidades não residentes, bem como os sujeitos passivos residentes enquadrados no regime normal do imposto sobre o valor acrescentado, são obri-gados a possuir caixa postal electrónica, nos termos do n.º 2, e a comunicá-la à administração fiscal. (1)10 – O Ministro das Finanças regula, por portaria, o regime de obrigatoriedade do domicílio fiscal electrónica dos sujeitos passi-vos não referidos no n.º 9.

    Artigo 23.º (Responsabilidade tributária subsidiária)Redacção anterior Redacção actual

    1 - A responsabilidade subsidiária efectiva-se por reversão do pro-cesso de execução fiscal.2 - A reversão contra o responsável subsidiário depende da fun-dada insuficiência dos bens penhoráveis do devedor principal e dos responsáveis solidários, sem prejuízo do benefício da excussão.3 - Caso, no momento da reversão, não seja possível determinar a suficiência dos bens penhorados por não estar definido com preci-são o montante a pagar pelo responsável subsidiário, o processo de execução fiscal fica suspenso desde o termo do prazo de oposição até à completa excussão do património do executado, sem prejuízo da possibilidade de adopção das medidas cautelares adequadas nos termos da lei.4 - A reversão, mesmo nos casos de presunção legal de culpa, é precedida de audição do responsável subsidiário nos termos da presente lei e da declaração fundamentada dos seus pressupostos e extensão, a incluir na citação.5 - O responsável subsidiário fica isento de custas e de juros de mora liquidados no processo de execução fiscal se, citado para cumprir a dívida constante do título executivo, efectuar o respecti-vo pagamento no prazo de oposição.6 - O disposto no número anterior não prejudica a manutenção da obrigação do devedor principal ou do responsável solidário de pagarem os juros de mora e as custas, no caso de lhe virem a ser encontrados bens.

    1 - A responsabilidade subsidiária efectiva-se por reversão do pro-cesso de execução fiscal.2 - A reversão contra o responsável subsidiário depende da fun-dada insuficiência dos bens penhoráveis do devedor principal e dos responsáveis solidários, sem prejuízo do benefício da excussão.3 - Caso, no momento da reversão, não seja possível determinar a suficiência dos bens penhorados por não estar definido com preci-são o montante a pagar pelo responsável subsidiário, o processo de execução fiscal fica suspenso desde o termo do prazo de oposição até à completa excussão do património do executado, sem prejuízo da possibilidade de adopção das medidas cautelares adequadas nos termos da lei.4 - A reversão, mesmo nos casos de presunção legal de culpa, é precedida de audição do responsável subsidiário nos termos da presente lei e da declaração fundamentada dos seus pressupostos e extensão, a incluir na citação.5 - O responsável subsidiário fica isento de custas e de juros de mora liquidados no processo de execução fiscal se, citado para cumprir a dívida constante do título executivo, efectuar o respecti-vo pagamento no prazo de oposição.6 - O disposto no número anterior não prejudica a manutenção da obrigação do devedor principal ou do responsável solidário de pagarem os juros de mora e as custas, no caso de lhe virem a ser encontrados bens.7 – O dever de reversão previsto no n.º 3 deste artigo é extensível às situações em que seja solicitada a avocação de processos referida no n.º 2 do artigo 181.º do CPPT, só se procedendo ao envio dos mesmos a tribunal após despacho do órgão da execução fiscal, sem prejuízo da adopção das medidas cautelares aplicáveis.

    Artigo 43.º (Pagamento indevido da prestação tributária)Redacção anterior Redacção actual

    1 - São devidos juros indemnizatórios quando se determine, em reclamação graciosa ou impugnação judicial, que houve erro im-putável aos serviços de que resulte pagamento da dívida tributária em montante superior ao legalmente devido.

    1 - São devidos juros indemnizatórios quando se determine, em reclamação graciosa ou impugnação judicial, que houve erro impu-tável aos serviços de que resulte pagamento da dívida tributária em montante superior ao legalmente devido.

    (1) O artigo 151.º, n.º 1, da LOE 2012 preceitua o seguinte:“Os sujeitos passivos referidos no n.º 9 do artigo 19.º da LGT devem completar os procedimentos de criação da caixa postal electrónica e comunicá-la à administração tributária, por meio de transmissão elec-trónica de dados disponibilizada no portal das finanças na Internet, www.portaldasfinancas.gov.pt, mediante acesso restrito ao sujeito passivo, nos seguintes prazos:

    a) Os sujeitos passivos do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas e os sujeitos passivos enquadrados no regime normal men-sal do imposto sobre o valor acrescentado que tenham, ou devam ter, contabilidade organizada, até 30 de Março de 2012; b) Os sujeitos passivos enquadrados no regime normal do imposto sobre o valor acrescentado, não abrangidos pela alínea anterior, até 30 de Abril de 2012.”

  • análise

    10 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    2 - Considera-se também haver erro imputável aos serviços nos casos em que, apesar de a liquidação ser efectuada com base na de-claração do contribuinte, este ter seguido, no seu preenchimento, as orientações genéricas da administração tributária, devidamente publicadas.3 - São também devidos juros indemnizatórios nas seguintes cir-cunstâncias:a) Quando não seja cumprido o prazo legal de restituição oficiosa dos tributos; b) Em caso de anulação do acto tributário por iniciativa da admi-nistração tributária, a partir do 30.º dia posterior à decisão, sem que tenha sido processada a nota de crédito; c) Quando a revisão do acto tributário por iniciativa do contri-buinte se efectuar mais de um ano após o pedido deste, salvo se o atraso não for imputável à administração tributária.4 - A taxa dos juros indemnizatórios é igual à taxa dos juros com-pensatórios.

    2 - Considera-se também haver erro imputável aos serviços nos casos em que, apesar de a liquidação ser efectuada com base na declaração do contribuinte, este ter seguido, no seu preenchimento, as orientações genéricas da administração tributária, devidamente publicadas.3 - São também devidos juros indemnizatórios nas seguintes cir-cunstâncias:a) Quando não seja cumprido o prazo legal de restituição oficiosa dos tributos; b) Em caso de anulação do acto tributário por iniciativa da admi-nistração tributária, a partir do 30.º dia posterior à decisão, sem que tenha sido processada a nota de crédito; c) Quando a revisão do acto tributário por iniciativa do contribuin-te se efectuar mais de um ano após o pedido deste, salvo se o atraso não for imputável à administração tributária.4 - A taxa dos juros indemnizatórios é igual à taxa dos juros com-pensatórios.5 – No período que decorre entre a data do termo do prazo de execução espontânea de decisão judicial transitada em julgado e a data da emissão da nota de crédito, relativamente ao imposto que deveria ter sido restituído por decisão judicial transitada em julgado, são devidos juros de mora a uma taxa equivalente ao dobro da taxa dos juros de mora definida na lei geral para as dívidas ao Estado e outras entidades públicas. (2) (3)

    Artigo 44.º (Falta de pagamento da prestação tributária)Redacção anterior Redacção actual

    1 - São devidos juros de mora quando o sujeito passivo não pague o imposto devido no prazo legal.2 - O prazo máximo de contagem dos juros de mora é de três anos, salvo nos casos em que a dívida tributária seja paga em prestações, caso em que os juros de mora são contados até ao termo do prazo do respectivo pagamento, sem exceder oito anos.3 - A taxa de juro de mora será a definida na lei geral para as dívi-das ao Estado e outras entidades públicas.4 - No caso de a dívida ser paga no prazo de 30 dias contados da data da citação, os juros de mora são contados até à data da emissão desta.

    1 - São devidos juros de mora quando o sujeito passivo não pague o imposto devido no prazo legal.2 – Os juros de mora aplicáveis às dívidas tributárias são devidos até à data do pagamento da dívida. (4) (5)3 – A taxa de juros de mora é a definida na lei geral para as dívidas do Estado e outras entidades públicas, excepto no período que decorre entre a data do termo do prazo de execução espontânea de decisão judicial transitada em julgado e a data do pagamento das dívida relativamente ao imposto que deveria ter sido pago por decisão judicial transitada em julgado, em que será aplicada uma taxa equivalente ao dobro daquela. (6) (7)4 - No caso de a dívida ser paga no prazo de 30 dias contados da data da citação, os juros de mora são contados até à data da emissão desta.

    (2) O artigo 151.º, n.º 3, da LOE 2012 estipula o seguinte:

    “A nova redacção do n.º 5 do artigo 43.º e do n.º 3 do artigo 44.º da LGT tem aplicação imediata às decisões judiciais transitadas em jul-gado, cuja execução se encontre pendente à data da entrada em vigor da presente lei.”

    (3) O artigo 151.º, n.º 4, da LOE 2012 estabelece o seguinte:

    “Os juros devidos, ao abrigo da nova redacção do n.º 5 do artigo 43.º e dos n.ºs 2 e 3 do artigo 44.º da LGT, nos processos de execução fis-cal que se encontrem pendentes e nas decisões judiciais transitadas em julgado, cuja execução se encontre pendente, só se aplicam ao período decorrido a partir da entrada em vigor da presente lei.”

    (4) O artigo 151.º, n.º 2, da LOE 2012 estatui o seguinte:

    “A nova redacção do n.º 2 do artigo 44.º da LGT tem aplicação ime-diata em todos os processos de execução fiscal que se encontrem pen-

    dentes à data da entrada em vigor da presente lei.”

    (5) O artigo 151.º, n.º 4, da LOE 2012 estabelece o seguinte:

    “Os juros devidos, ao abrigo da nova redacção do n.º 5 do artigo 43.º e dos n.ºs 2 e 3 do artigo 44.º da LGT, nos processos de execução fis-cal que se encontrem pendentes e nas decisões judiciais transitadas em julgado, cuja execução se encontre pendente, só se aplicam ao período decorrido a partir da entrada em vigor da presente lei.”

    (6) Idem.

    (7) O artigo 151.º, n.º 3, da LOE 2012 estipula o seguinte:

    “A nova redacção do n.º 5 do artigo 43.º e do n.º 3 do artigo 44.º da LGT tem aplicação imediata às decisões judiciais transitadas em jul-gado, cuja execução se encontre pendente à data da entrada em vigor da presente lei.”

  • 11REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    análise

    Artigo 45.º (Caducidade do direito à liquidação)Redacção anterior Redacção actual

    1 - O direito de liquidar os tributos caduca se a liquidação não for validamente notificada ao contribuinte no prazo de quatro anos, quando a lei não fixar outro.2 - Nos casos de erro evidenciado na declaração do sujeito passivo ou de utilização de métodos indirectos por motivo da aplicação à situação tributária do sujeito passivo dos indicadores objectivos da actividade previstos na presente lei, o prazo de caducidade referido no número anterior é de três anos.3 - Em caso de ter sido efectuado reporte de prejuízos, bem como de qualquer outra dedução ou crédito de imposto, o prazo de cadu-cidade é o do exercício desse direito.4 - O prazo de caducidade conta-se, nos impostos periódicos, a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributário e, nos impostos de obrigação única, a partir da data em que o facto tributário ocorreu, excepto no imposto sobre o valor acrescentado e nos impostos sobre o rendimento quando a tributação seja efec-tuada por retenção na fonte a título definitivo, caso em que aquele prazo se conta a partir do início do ano civil seguinte àquele em que se verificou, respectivamente, a exigibilidade do imposto ou o facto tributário.5 - Sempre que o direito à liquidação respeite a factos relativamente aos quais foi instaurado inquérito criminal, o prazo a que se refere o n.º 1 é alargado até ao arquivamento ou trânsito em julgado da sentença, acrescido de um ano.6 - Para efeitos de contagem do prazo referido no n.º 1, as notifi-cações sob registo consideram-se validamente efectuadas no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.

    1 - O direito de liquidar os tributos caduca se a liquidação não for validamente notificada ao contribuinte no prazo de quatro anos, quando a lei não fixar outro.2 - Nos casos de erro evidenciado na declaração do sujeito passivo ou de utilização de métodos indirectos por motivo da aplicação à situação tributária do sujeito passivo dos indicadores objectivos da actividade previstos na presente lei, o prazo de caducidade referido no número anterior é de três anos.3 - Em caso de ter sido efectuado reporte de prejuízos, bem como de qualquer outra dedução ou crédito de imposto, o prazo de cadu-cidade é o do exercício desse direito.4 - O prazo de caducidade conta-se, nos impostos periódicos, a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributário e, nos impostos de obrigação única, a partir da data em que o facto tributário ocorreu, excepto no imposto sobre o valor acrescentado e nos impostos sobre o rendimento quando a tributação seja efec-tuada por retenção na fonte a título definitivo, caso em que aquele prazo se conta a partir do início do ano civil seguinte àquele em que se verificou, respectivamente, a exigibilidade do imposto ou o facto tributário.5 - Sempre que o direito à liquidação respeite a factos relativamente aos quais foi instaurado inquérito criminal, o prazo a que se refere o n.º 1 é alargado até ao arquivamento ou trânsito em julgado da sentença, acrescido de um ano.6 - Para efeitos de contagem do prazo referido no n.º 1, as notifi-cações sob registo consideram-se validamente efectuadas no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.7 – O prazo referido no n.º 1 é de 12 anos sempre que o direito à liquidação respeite a factos tributários conexos com:a) País, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças, que devendo ser declarados à administração tributária o não sejam; oub) Contas de depósito ou de títulos abertas em instituições finan-ceiras não residentes em Estados membros da União Europeia cuja existência e identificação não seja mencionada pelos sujeitos passi-vos de IRS na correspondente declaração de rendimentos do ano em que ocorram os factos tributários.

    Artigo 46.º (Suspensão do prazo de caducidade)Redacção anterior Redacção actual

    1 - O prazo de caducidade suspende-se com a notificação ao contri-buinte, nos termos legais, da ordem de serviço ou despacho no iní-cio da acção de inspecção externa, cessando, no entanto, esse efeito, contando-se o prazo desde o seu início, caso a duração da inspecção externa tenha ultrapassado o prazo de seis meses após a notificação.2 - O prazo de caducidade suspende-se ainda:a) Em caso de litígio judicial de cuja resolução dependa a liquidação do tributo, desde o seu início até ao trânsito em julgado da decisão; b) Em caso de benefícios fiscais de natureza contratual, desde o início até à resolução do contrato ou durante o decurso do prazo dos benefícios; c) Em caso de benefícios fiscais de natureza condicionada, desde a apresentação da declaração até ao termo do prazo legal do cumpri-mento da condição; d) Em caso de o direito à liquidação resultar de reclamação ou im-pugnação, a partir da sua apresentação até à decisão;3 - Em caso de aplicação de sanções da perda de benefícios fiscais de qualquer natureza, o prazo de caducidade suspende-se desde o início do respectivo procedimento criminal, fiscal ou contra-orde-nacional até ao trânsito em julgado da decisão final.

    1 - O prazo de caducidade suspende-se com a notificação ao contri-buinte, nos termos legais, da ordem de serviço ou despacho no iní-cio da acção de inspecção externa, cessando, no entanto, esse efeito, contando-se o prazo desde o seu início, caso a duração da inspecção externa tenha ultrapassado o prazo de seis meses após a notificação.2 - O prazo de caducidade suspende-se ainda:a) Em caso de litígio judicial de cuja resolução dependa a liquidação do tributo, desde o seu início até ao trânsito em julgado da decisão; b) Em caso de benefícios fiscais de natureza contratual, desde o início até à resolução do contrato ou durante o decurso do prazo dos benefícios; c) Em caso de benefícios fiscais de natureza condicionada, desde a apresentação da declaração até ao termo do prazo legal do cumpri-mento da condição; d) Em caso de o direito à liquidação resultar de reclamação ou im-pugnação, a partir da sua apresentação até à decisão;e) Com a apresentação do pedido de revisão da matéria colectável, até à notificação da respectiva decisão.3 - Em caso de aplicação de sanções da perda de benefícios fiscais de qualquer natureza, o prazo de caducidade suspende-se desde o início do respectivo procedimento criminal, fiscal ou contra-orde-nacional até ao trânsito em julgado da decisão final.

  • análise

    12 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    Artigo 48.º (Prescrição)Redacção anterior Redacção actual

    1 - As dívidas tributárias prescrevem, salvo o disposto em lei es-pecial, no prazo de oito anos contados, nos impostos periódicos, a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributário e, nos impostos de obrigação única, a partir da data em que o facto tributário ocorreu, excepto no imposto sobre o valor acrescentado e nos impostos sobre o rendimento quando a tributação seja efec-tuada por retenção na fonte a título definitivo, caso em que aquele prazo se conta a partir do início do ano civil seguinte àquele em que se verificou, respectivamente, a exigibilidade do imposto ou o facto tributário.2 - As causas de suspensão ou interrupção da prescrição aprovei-tam igualmente ao devedor principal e aos responsáveis solidários ou subsidiários.3 - A interrupção da prescrição relativamente ao devedor principal não produz efeitos quanto ao responsável subsidiário se a citação deste, em processo de execução fiscal, for efectuada após o 5.º ano posterior ao da liquidação.

    1 - As dívidas tributárias prescrevem, salvo o disposto em lei es-pecial, no prazo de oito anos contados, nos impostos periódicos, a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributário e, nos impostos de obrigação única, a partir da data em que o facto tributário ocorreu, excepto no imposto sobre o valor acrescentado e nos impostos sobre o rendimento quando a tributação seja efec-tuada por retenção na fonte a título definitivo, caso em que aquele prazo se conta a partir do início do ano civil seguinte àquele em que se verificou, respectivamente, a exigibilidade do imposto ou o facto tributário.2 - As causas de suspensão ou interrupção da prescrição aprovei-tam igualmente ao devedor principal e aos responsáveis solidários ou subsidiários.3 - A interrupção da prescrição relativamente ao devedor principal não produz efeitos quanto ao responsável subsidiário se a citação deste, em processo de execução fiscal, for efectuada após o 5.º ano posterior ao da liquidação.4 – No caso de dívidas tributárias em que o respectivo direito à liquidação esteja abrangido pelo disposto no n.º 7 do artigo 45.º, o prazo referido no n.º 1 é alargado para 15 anos.

    Artigo 52.º (Garantia da cobrança da prestação tributária)Redacção anterior Redacção actual

    1 - A cobrança da prestação tributária suspende-se no processo de execução fiscal em virtude de pagamento em prestações ou recla-mação, recurso, impugnação e oposição à execução que tenham por objecto a ilegalidade ou inexigibilidade da dívida exequenda, bem como durante os procedimentos de resolução de diferendos no quadro da Convenção de Arbitragem n.º 90/436/CEE, de 23 de Julho, relativa à eliminação da dupla tributação em caso de cor-recção de lucros entre empresas associadas de diferentes Estados membros.2 - A suspensão da execução nos termos do número anterior de-pende da prestação de garantia idónea nos termos das leis tribu-tárias.3 - A administração tributária pode exigir ao executado o reforço da garantia no caso de esta se tornar manifestamente insuficiente para o pagamento da dívida exequenda e acrescido.4 - A administração tributária pode, a requerimento do executado, isentá-lo da prestação de garantia nos casos de a sua prestação lhe causar prejuízo irreparável ou manifesta falta de meios eco-nómicos revelada pela insuficiência de bens penhoráveis para o pagamento da dívida exequenda e acrescido, desde que em qual-quer dos casos a insuficiência ou inexistência de bens não seja da responsabilidade do executado.5 - A garantia pode, uma vez prestada, ser excepcionalmente subs-tituída, em caso de o executado provar interesse legítimo na subs-tituição e daí não resulte prejuízo para o credor tributário.6 - A garantia só pode ser reduzida após a sua prestação nos casos de anulação parcial da dívida exequenda, pagamento parcial da dí-vida no âmbito de regime prestacional legalmente autorizado ou se se verificar, posteriormente, qualquer das circunstâncias referidas no n.º 4.

    1 - A cobrança da prestação tributária suspende-se no processo de execução fiscal em virtude de pagamento em prestações ou recla-mação, recurso, impugnação e oposição à execução que tenham por objecto a ilegalidade ou inexigibilidade da dívida exequenda, bem como durante os procedimentos de resolução de diferendos no quadro da Convenção de Arbitragem n.º 90/436/CEE, de 23 de Julho, relativa à eliminação da dupla tributação em caso de cor-recção de lucros entre empresas associadas de diferentes Estados membros.2 - A suspensão da execução nos termos do número anterior de-pende da prestação de garantia idónea nos termos das leis tribu-tárias.3 - A administração tributária pode exigir ao executado o reforço da garantia no caso de esta se tornar manifestamente insuficiente para o pagamento da dívida exequenda e acrescido.4 - A administração tributária pode, a requerimento do executado, isentá-lo da prestação de garantia nos casos de a sua prestação lhe causar prejuízo irreparável ou manifesta falta de meios económicos revelada pela insuficiência de bens penhoráveis para o pagamento da dívida exequenda e acrescido, desde que em qualquer dos casos a insuficiência ou inexistência de bens não seja da responsabilidade do executado.5 – A isenção prevista no número anterior é válida por um ano, devendo a administração tributária notificar o executado da data da sua caducidade, até 30 dias antes.6 – Caso o executado não solicite novo período de isenção ou a administração tributária o indefira, é levantada a suspensão do pro-cesso.7 – A garantia pode, uma vez prestada, ser excepcionalmente subs-tituída, em caso de o executado provar interesse legítimo na substi-tuição e daí não resulte prejuízo para o credor tributário.8 – A garantia só pode ser reduzida após a sua prestação nos casos de anulação parcial da dívida exequenda, pagamento parcial da dí-vida no âmbito de regime prestacional legalmente autorizado ou se se verificar, posteriormente, qualquer das circunstâncias referidas no n.º 4.

  • 13REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    análise

    Artigo 54.º (Âmbito e forma do procedimento tributário)Redacção anterior Redacção actual

    1 - O procedimento tributário compreende toda a sucessão de ac-tos dirigida à declaração de direitos tributários, designadamente:a) As acções preparatórias ou complementares de informação e fiscalização tributária; b) A liquidação dos tributos quando efectuada pela administração tributária; c) A revisão, oficiosa ou por iniciativa dos interessados, dos actos tributários; d) O reconhecimento ou revogação dos benefícios fiscais; e) A emissão ou revogação de outros actos administrativos em matéria tributária; f) As reclamações e os recursos hierárquicos; g) A avaliação directa ou indirecta dos rendimentos ou valores pa-trimoniais; h) A cobrança das obrigações tributárias, na parte que não tiver natureza judicial.2 - As garantias dos contribuintes previstas no presente capítulo aplicam-se também à autoliquidação, retenção na fonte ou reper-cussão legal a terceiros da dívida tributária, na parte não incompa-tível com a natureza destas figuras.3 - O procedimento tributário segue a forma escrita, sem prejuí-zo da tramitação electrónica dos actos do procedimento tributário nos termos definidos por portaria do Ministro das Finanças.4 - Os documentos emitidos e os actos praticados por meios elec-trónicos pela administração tributária têm o mesmo valor legal dos documentos autênticos emitidos e dos actos praticados em suporte papel, desde que garantida a sua autenticidade, integridade, confi-dencialidade e conservação de acordo com os requisitos legais e regulamentares exigíveis pelo Sistema de Certificação Electrónica do Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas, nos termos a re-gulamentar por portaria do Ministro das Finanças.5 - Sem prejuízo do disposto na presente lei, o exercício do direito de inspecção tributária constará do diploma regulamentar próprio.

    1 - O procedimento tributário compreende toda a sucessão de ac-tos dirigida à declaração de direitos tributários, designadamente:a) As acções preparatórias ou complementares de informação e fiscalização tributária; b) A liquidação dos tributos quando efectuada pela administração tributária; c) A revisão, oficiosa ou por iniciativa dos interessados, dos actos tributários; d) O reconhecimento ou revogação dos benefícios fiscais; e) A emissão ou revogação de outros actos administrativos em matéria tributária; f) As reclamações e os recursos hierárquicos; g) A avaliação directa ou indirecta dos rendimentos ou valores pa-trimoniais; h) A cobrança das obrigações tributárias, na parte que não tiver natureza judicial.2 - As garantias dos contribuintes previstas no presente capítulo aplicam-se também à autoliquidação, retenção na fonte ou reper-cussão legal a terceiros da dívida tributária, na parte não incompa-tível com a natureza destas figuras.3 – O procedimento tributário segue a forma escrita, sem preju-ízo da tramitação electrónica dos actos do procedimento tributá-rio nos termos definidos por portaria do Ministro das Finanças, mediante a qual será regulada a obrigatoriedade de apresentação em suporte electrónico de qualquer documento, designadamente requerimentos, exposições e petições. 4 - Os documentos emitidos e os actos praticados por meios elec-trónicos pela administração tributária têm o mesmo valor legal dos documentos autênticos emitidos e dos actos praticados em suporte papel, desde que garantida a sua autenticidade, integridade, confi-dencialidade e conservação de acordo com os requisitos legais e regulamentares exigíveis pelo Sistema de Certificação Electrónica do Estado - Infra-Estrutura de Chaves Públicas, nos termos a re-gulamentar por portaria do Ministro das Finanças.5 – Os actos praticados por meios electrónicos pelo dirigente má-ximo do serviço são autenticados com assinatura electrónica avan-çada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação Electrónica do Estado – Infra-Estrtura de Chaves Públicas.6 – Sem prejuízo do disposto na presente lei, o exercício do direito de inspecção tributária constará do diploma regulamentar próprio.

    Artigo 57.º (Prazos)Redacção anterior Redacção actual

    1 - O procedimento tributário deve ser concluído no prazo de seis meses, devendo a administração tributária e os contribuintes abs-ter-se da prática de actos inúteis ou dilatórios.2 - Os actos do procedimento tributário devem ser praticados no prazo de 10 dias, salvo disposição legal em sentido contrário.3 - No procedimento tributário, os prazos são contínuos e contam-se nos termos do Código Civil.4 - Os prazos referidos no presente artigo suspendem-se no caso de a dilação do procedimento ser imputável ao sujeito passivo por incumprimento dos seus deveres de cooperação.5 - Sem prejuízo do princípio da celeridade e diligência, o incum-primento do prazo referido no n.º 1, contado a partir da entrada da petição do contribuinte no serviço competente da administração tributária, faz presumir o seu indeferimento para efeitos de recurso hierárquico, recurso contencioso ou impugnação judicial.

    1 – O procedimento tributário deve ser concluído no prazo de qua-tro meses, devendo a administração tributária e os contribuintes abster-se da prática de actos inúteis ou dilatórios. 2 - Os actos do procedimento tributário devem ser praticados no prazo de oito dias, salvo disposição legal em sentido contrário.3 - No procedimento tributário, os prazos são contínuos e contam-se nos termos do Código Civil.4 - Os prazos referidos no presente artigo suspendem-se no caso de a dilação do procedimento ser imputável ao sujeito passivo por incumprimento dos seus deveres de cooperação.5 - Sem prejuízo do princípio da celeridade e diligência, o incum-primento do prazo referido no n.º 1, contado a partir da entrada da petição do contribuinte no serviço competente da administração tributária, faz presumir o seu indeferimento para efeitos de recurso hierárquico, recurso contencioso ou impugnação judicial.

  • análise

    14 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    Artigo 59.º (Princípio da colaboração)Redacção anterior Redacção actual

    1 - Os órgãos da administração tributária e os contribuintes estão sujeitos a um dever de colaboração recíproco.2 - Presume-se a boa fé da actuação dos contribuintes e da admi-nistração tributária.3 - A colaboração da administração tributária com os contribuintes compreende, designadamente:a) A informação pública, regular e sistemática sobre os seus direi-tos e obrigações; b) A publicação, no prazo de 30 dias, das orientações genéricas sobre a interpretação e aplicação das normas tributárias;c) A assistência necessária ao cumprimento dos deveres acessó-rios;d) A notificação do sujeito passivo ou demais interessados para esclarecimento das dúvidas sobre as suas declarações ou documen-tos;e) A prestação de informações vinculativas, nos termos da lei;f) O esclarecimento regular e atempado das fundadas dúvidas so-bre a interpretação e aplicação das normas tributárias;g) O acesso, a título pessoal ou mediante representante, aos seus processos individuais ou, nos termos da lei, àqueles em que te-nham interesse directo, pessoal e legítimo;h) A criação, por lei, em casos justificados, de regimes simplifica-dos de tributação e a limitação das obrigações acessórias às neces-sárias ao apuramento da situação tributária dos sujeitos passivos; i) A publicação, nos termos da lei, dos benefícios ou outras vanta-gens fiscais salvo quando a sua concessão não comporte qualquer margem de livre apreciação da administração tributária; j) O direito ao conhecimento pelos contribuintes da identidade dos funcionários responsáveis pela direcção dos procedimentos que lhes respeitem;l) A comunicação antecipada do início da inspecção da escrita, com a indicação do seu âmbito e extensão e dos direitos e deveres que assistem ao sujeito passivo.4 - A colaboração dos contribuintes com a administração tributária compreende o cumprimento das obrigações acessórias previstas na lei e a prestação dos esclarecimentos que esta lhes solicitar so-bre a sua situação tributária, bem como sobre as relações econó-micas que mantenham com terceiros.5 - A publicação dos elementos referidos nos alíneas a), b), e), f) e i) do n.º 3 é promovida por meios electrónicos.6 - A administração tributária disponibiliza a versão electrónica dos códigos e demais legislação tributária actualizada.

    1 - Os órgãos da administração tributária e os contribuintes estão sujeitos a um dever de colaboração recíproco.2 - Presume-se a boa fé da actuação dos contribuintes e da admi-nistração tributária.3 - A colaboração da administração tributária com os contribuintes compreende, designadamente:a) A informação pública, regular e sistemática sobre os seus direi-tos e obrigações; b) A publicação, no prazo de 30 dias, das orientações genéricas sobre a interpretação e aplicação das normas tributárias;c) A assistência necessária ao cumprimento dos deveres acessórios;d) A notificação do sujeito passivo ou demais interessados para esclarecimento das dúvidas sobre as suas declarações ou documen-tos;e) A prestação de informações vinculativas, nos termos da lei;f) O esclarecimento regular e atempado das fundadas dúvidas so-bre a interpretação e aplicação das normas tributárias;g) O acesso, a título pessoal ou mediante representante, aos seus processos individuais ou, nos termos da lei, àqueles em que tenham interesse directo, pessoal e legítimo;h) A criação, por lei, em casos justificados, de regimes simplifica-dos de tributação e a limitação das obrigações acessórias às neces-sárias ao apuramento da situação tributária dos sujeitos passivos; i) A publicação, nos termos da lei, dos benefícios ou outras vanta-gens fiscais salvo quando a sua concessão não comporte qualquer margem de livre apreciação da administração tributária; j) O direito ao conhecimento pelos contribuintes da identidade dos funcionários responsáveis pela direcção dos procedimentos que lhes respeitem;l) A comunicação antecipada do início da inspecção da escrita, com a indicação do seu âmbito e extensão e dos direitos e deveres que assistem ao sujeito passivo.m) Informação ao contribuinte dos seus direitos e obrigações, de-signadamente nos casos de obrigações periódicas;n) A interpelação ao contribuinte para proceder à regularização da situação tributária e ao exercício do direito à redução da coima, quando a administração tributária detecte a prática de uma infrac-ção de natureza não criminal.4 - A colaboração dos contribuintes com a administração tributária compreende o cumprimento das obrigações acessórias previstas na lei e a prestação dos esclarecimentos que esta lhes solicitar sobre a sua situação tributária, bem como sobre as relações económicas que mantenham com terceiros.5 - A publicação dos elementos referidos nos alíneas a), b), e), f) e i) do n.º 3 é promovida por meios electrónicos.6 - A administração tributária disponibiliza a versão electrónica dos códigos e demais legislação tributária actualizada.

    Artigo 68.º (Informações vinculativas)Redacção anterior Redacção actual

    1 - As informações vinculativas sobre a situação tributária dos su-jeitos passivos, incluindo, nos termos da lei, os pressupostos dos benefícios fiscais, são requeridas ao dirigente máximo do serviço, sendo o pedido acompanhado da descrição dos factos cuja qualifi-cação jurídico-tributária se pretenda.2 - Mediante solicitação justificada do requerente, a informação vinculativa pode ser prestada com carácter de urgência, no prazo de 60 dias, desde que o pedido seja acompanhado de uma proposta de enquadramento tributário.3 - As informações vinculativas não podem compreender factos abrangidos por procedimento de inspecção tributária cujo início

    1 - As informações vinculativas sobre a situação tributária dos su-jeitos passivos, incluindo, nos termos da lei, os pressupostos dos benefícios fiscais, são requeridas ao dirigente máximo do serviço, sendo o pedido acompanhado da descrição dos factos cuja qualifi-cação jurídico-tributária se pretenda.2 - Mediante solicitação justificada do requerente, a informação vinculativa pode ser prestada com carácter de urgência, no prazo de 120 dias, desde que o pedido seja acompanhado de uma pro-posta de enquadramento jurídico-tributário.3 - As informações vinculativas não podem compreender factos abrangidos por procedimento de inspecção tributária cujo início tenha sido notificado ao contribuinte antes do pedido.

  • 15REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    análise

    tenha sido notificado ao contribuinte antes do pedido e, caso re-vista natureza urgente, os actos ou factos cujo enquadramento jurídico-tributário se pretende têm de ser prévios ao pedido.4 - O pedido pode ser apresentado por sujeitos passivos, outros in-teressados ou seus representantes legais, por via electrónica e segun-do modelo oficial a aprovar pelo dirigente máximo do serviço, e a resposta é notificada pela mesma via no prazo máximo de 90 dias.5 - As informações vinculativas podem ser requeridas por advo-gados, solicitadores, revisores e técnicos oficiais de contas ou por quaisquer entidades habilitadas ao exercício da consultadoria fiscal acerca da situação tributária dos seus clientes devidamente identifi-cados, sendo obrigatoriamente comunicadas também a estes.6 - Caso a informação vinculativa seja pedida com carácter de ur-gência, a administração tributária, no prazo máximo de 15 dias, notifica obrigatoriamente o contribuinte do reconhecimento ou não da urgência e, caso esta seja aceite, do valor da taxa devida, a ser paga no prazo de cinco dias.7 - Pela prestação urgente de uma informação vinculativa é devida uma taxa a fixar entre 25 a 100 unidades de conta, a fixar em fun-ção da complexidade da matéria.8 - A proposta de enquadramento jurídico-tributário dos factos a que se refere o pedido de informação vinculativa urgente considera-se tacitamente sancionada pela administração tributária como infor-mação vinculativa se o pedido não for respondido no prazo previsto no n.º 2.9 - Os efeitos do deferimento tácito previsto no número anterior restringem-se especificamente aos actos e factos identificados no pedido e ao período de tributação em que os mesmos ocorram.10 - Se a administração tributária notificar o requerente da ine-xistência dos pressupostos para a prestação de uma informação vinculativa urgente, da existência de especial complexidade técni-ca que impossibilite a prestação da informação vinculativa, ou em caso de falta de pagamento da taxa prevista no n.º 6, o pedido segue o regime regra da informação vinculativa.11 - Caso os elementos apresentados pelo contribuinte para a pres-tação da informação vinculativa se mostrem insuficientes, a admi-nistração tributária notifica-o para suprir a falta no prazo de 10 dias, sob pena de arquivamento do procedimento.12 - O pedido de informação vinculativa é arquivado se estiver pen-dente ou vier a ser apresentada reclamação, recurso ou impugnação judicial que implique os factos objecto do pedido de informação.13 - Antes da prestação da informação vinculativa e quando o en-tender conveniente, a administração tributária procede à audição do requerente, ficando suspensos os prazos previstos nos n.os 2 e 4.14 - A administração tributária, em relação ao objecto do pedido, não pode posteriormente proceder em sentido diverso da informa-ção prestada, salvo em cumprimento de decisão judicial.15 - As informações vinculativas caducam em caso de alteração superveniente dos pressupostos de facto ou de direito em que as-sentaram.16 - As informações vinculativas podem ser revogadas, com efeitos para o futuro, após um ano a contar da sua prestação, precedendo audição do requerente, nos termos da presente lei, com a salvaguar-da dos direitos e interesses legítimos anteriormente constituídos.17 - Todas as informações vinculativas prestadas, incluindo as urgen-tes, são publicadas no prazo de 30 dias por meios electrónicos, sal-vaguardando-se os elementos de natureza pessoal do contribuinte.18 - O incumprimento do prazo previsto no n.º 4 do presente artigo, quando o contribuinte actue com base numa interpretação

    4 - O pedido é apresentado por sujeitos passivos, outros interes-sados ou seus representantes legais, por via electrónica e segundo modelo oficial a aprovar pelo dirigente máximo do serviço, e a resposta é notificada pela mesma via no prazo máximo de 150 dias.5 - As informações vinculativas podem ser requeridas por advo-gados, solicitadores, revisores e técnicos oficiais de contas ou por quaisquer entidades habilitadas ao exercício da consultadoria fiscal acerca da situação tributária dos seus clientes devidamente identifi-cados, sendo obrigatoriamente comunicadas também a estes.6 - Caso a informação vinculativa seja pedida com carácter de ur-gência, a administração tributária, no prazo máximo de 30 dias, notifica obrigatoriamente o contribuinte do reconhecimento ou não da urgência e, caso esta seja aceite, do valor da taxa devida, a ser paga no prazo de 5 dias.7 - Pela prestação urgente de uma informação vinculativa é devida uma taxa entre 25 unidades de conta e 250 unidades de conta, a fixar em função da complexidade da matéria.8 - A proposta de enquadramento jurídico-tributário dos factos a que se refere o pedido de informação vinculativa urgente conside-ra-se tacitamente sancionada pela administração tributária como informação vinculativa se o pedido não for respondido no prazo previsto no n.º 2.9 - Os efeitos do deferimento tácito previsto no número anterior restringem-se especificamente aos actos e factos identificados no pedido e ao período de tributação em que os mesmos ocorram.10 - Se a administração tributária notificar o requerente da ine-xistência dos pressupostos para a prestação de uma informação vinculativa urgente, da existência de especial complexidade técni-ca que impossibilite a prestação da informação vinculativa, ou em caso de falta de pagamento da taxa prevista no n.º 6, o pedido segue o regime regra da informação vinculativa.11 - Caso os elementos apresentados pelo contribuinte para a prestação da informação vinculativa se mostrem insuficientes, a administração tributária notifica-o para suprir a falta no prazo de 10 dias, sob pena de arquivamento do procedimento, ficando sus-pensos os prazos previstos nos n.ºs 2 e 4.12 - O pedido de informação vinculativa é arquivado se estiver pen-dente ou vier a ser apresentada reclamação, recurso ou impugnação judicial que implique os factos objecto do pedido de informação.13 - Antes da prestação da informação vinculativa e quando o en-tender conveniente, a administração tributária procede à audição do requerente, ficando suspensos os prazos previstos nos n.os 2 e 4.14 - A administração tributária, em relação ao objecto do pedido, não pode posteriormente proceder em sentido diverso da informa-ção prestada, salvo em cumprimento de decisão judicial.15 - As informações vinculativas caducam em caso de alteração super-veniente dos pressupostos de facto ou de direito em que assentaram.16 - As informações vinculativas podem ser revogadas, com efeitos para o futuro, após um ano a contar da sua prestação, precedendo audição do requerente, nos termos da presente lei, com a salvaguar-da dos direitos e interesses legítimos anteriormente constituídos.17 - Todas as informações vinculativas prestadas, incluindo as urgen-tes, são publicadas no prazo de 30 dias por meios electrónicos, sal-vaguardando-se os elementos de natureza pessoal do contribuinte.18 - O incumprimento do prazo previsto no n.º 4 do presente artigo, quando o contribuinte actue com base numa interpretação plausível e de boa-fé da lei, limita a sua responsabilidade à dívida do imposto, abrangendo essa exclusão de responsabilidade as coi-mas, os juros e outros acréscimos legais.

    plausível e de boa-fé da lei, limita a sua responsabilidade à dívida do imposto, abrangendo essa exclusão de responsabilidade as coi-mas, os juros e outros acréscimos legais.19 - A limitação de responsabilidade prevista no número anterior compreende o período entre o termo do prazo para a prestação da informação vinculativa e a notificação desta ao requerente.

    19 - A limitação de responsabilidade prevista no número anterior compreende o período entre o termo do prazo para a prestação da informação vinculativa e a notificação desta ao requerente.

  • análise

    16 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    Artigo 100.º (Efeitos de decisão favorável ao sujeito passivo)Redacção anterior Redacção actual

    A administração tributária está obrigada, em caso de procedência total ou parcial de reclamação, impugnação judicial ou recurso a favor do sujeito passivo, à imediata e plena reconstituição da le-galidade do acto ou situação objecto do litígio, compreendendo o pagamento de juros indemnizatórios, se for caso disso, a partir do termo do prazo da execução da decisão.

    A administração tributária está obrigada, em caso de procedência total ou parcial de reclamações ou recursos administrativos, ou de processo judicial a favor do sujeito passivo, à imediata e plena re-constituição da situação que existiria se não tivesse sido cometida a ilegalidade, compreendendo o pagamento de juros indemnizató-rios, nos termos e condições previstos na lei.

    b) Aditamento à LGTO artigo 150.º da LOE 2012 aditou o artigo 60.º-A à LGT, com seguinte redacção:

    Artigo 60.º-A (Utilização das tecnologias da informação e da comunicação)1 – A administração tributária pode utilizar tecnologias da informação e da comunicação no procedimento tributário.2 – A administração tributária dispõe de um serviço na Internet que proporciona, nos termos referidos no número anterior, funcionali-dades idênticas às dos serviços em instalações físicas. 3 – Por portaria do Ministro das Finanças são identificadas as obrigações declarativas, de pagamento, e as petições, requerimentos e outras comunicações que são obrigatoriamente entregues por via electrónica, bem como os actos e comunicações que a administração tributária pratica com utilização da mesma via, devendo respeitar-se sempre o princípio da reciprocidade.

    II – Código de Procedimento e de Processo Tri-butário

    § único: Alterações ao CPPTO artigo 152.º da LOE 2012 alterou a redacção dos

    artigos 24.º, 27.º, 29.º, 38.º, 39.º, 41.º, 42.º, 43.º, 59.º, 63.º, 88.º, 89.º, 103.º, 150.º, 151.º, 163.º, 169.º, 170.º, 181,º, 189.º, 190.º, 191.º, 192.º, 193.º, 195.º, 196.º, 198.º,

    199.º, 217.º, 227.º, 239.º, 242.º, 244.º, 248.º, 249.º, 250.º, 255.º, 256.º, 257.º, 262.º, 264.º e 269.º do CPPT.

    O artigo 153.º da LOE 2012 revogou os n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 27.º, o artigo 28.º, o n.º 4 do artigo 59.º, os n.ºs 2, 9 e 10 do artigo 63.º, o n.º 4 do artigo 150.º, os nºs 2 e 7 do artigo 189.º, os n.ºs 3, 4 e 9 do artigo 249.º e o n.º 7 do artigo 262.º do CPPT.

    Artigo 24.º (Passagem de certidões e cumprimento de cartas precatórias. Prazos)Redacção anterior Redacção actual

    1 - As certidões de actos e termos do procedimento tributário e do processo judicial, bem como os comprovativos de cadastros ou outros elementos em arquivo na administração tributária, sem-pre que informatizados, são passados por via electrónica através da Internet ou mediante impressão nos serviços da administração tributária, e os pedidos respectivos formulados por transmissão electrónica de dados, nos termos previstos por portaria do Minis-tro das Finanças.2 - Nos procedimentos e processos não informatizados, as certi-dões e termos serão obrigatoriamente passados mediante a apre-sentação de pedido escrito ou oral, no prazo máximo de 10 dias.3 - As certidões poderão ser passadas no prazo de 48 horas caso a administração tributária disponha dos elementos necessários e o contribuinte invoque fundamentadamente urgência na sua ob-tenção.4 - A validade de certidões passadas pela administração tributária que estejam sujeitas a prazo de caducidade poderá ser prorrogada, a pedido dos interessados, por períodos sucessivos de um ano, que não poderão ultrapassar três anos, desde que não haja alteração dos elementos anteriormente certificados.5 - O pedido a que se refere o número anterior pode ser formulado no requerimento inicial, competindo aos serviços, no momento da prorrogação, a verificação de que não houve alteração dos elemen-tos anteriormente certificados.6 - As cartas precatórias serão cumpridas nos 60 dias posteriores ao da sua entrada nos serviços deprecados.

    1 - As certidões de actos e termos do procedimento tributário e do processo judicial, bem como os comprovativos de cadastros ou ou-tros elementos em arquivo na administração tributária, sempre que informatizados, são passados, no prazo máximo de três dias, por via electrónica através da Internet ou mediante impressão nos serviços da administração tributária.2 - Nos procedimentos e processos não informatizados, as certidões e termos são passados mediante a apresentação de pedido escrito ou oral, no prazo máximo de cinco dias.3 - As certidões poderão ser passadas no prazo de 48 horas caso a administração tributária disponha dos elementos necessários e o con-tribuinte invoque fundamentadamente urgência na sua obtenção.4 - A validade de certidões passadas pela administração tributária que estejam sujeitas a prazo de caducidade poderá ser prorrogada, a pedido dos interessados, por períodos sucessivos de um ano, que não poderão ultrapassar três anos, desde que não haja alteração dos elementos an-teriormente certificados.5 - O pedido a que se refere o número anterior pode ser formulado no requerimento inicial, competindo aos serviços, no momento da prorrogação, a verificação de que não houve alteração dos elementos anteriormente certificados.6 - As cartas precatórias serão cumpridas nos 60 dias posteriores ao da sua entrada nos serviços deprecados.7 – Os documentos emitidos nos termos do n.º 1 são autenticados com um código de identificação, permitindo-se a consulta do original electrónico disponibilizado no serviço electrónico da Internet da ad-ministração tributária pela entidade interessada, considerando-se ine-xistente o documento enquanto não for efectuada a confirmação da conformidade do seu conteúdo em papel com o original electrónico.

  • 17REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    análise

    Artigo 27.º (Processos administrativos ou judiciais instaurados)Redacção anterior Redacção actual

    1 - Dos processos administrativos ou judiciais instaurados extrair-se-ão verbetes informatizados, os quais conterão o seu número, a data da autuação, nome, número de identificação fiscal e domicí-lio do requerente, reclamante, impugnante, executado ou arguido, proveniência e montante da dívida ou valor do processo e natureza da infracção.2 - No espaço reservado a averbamentos, além de quaisquer ou-tras indicações úteis, anotar-se-ão, além do respectivo número de identificação fiscal, o novo domicílio do requerente, reclamante, impugnante ou executado, os nomes e moradas dos representantes das sociedades ou empresas de responsabilidade limitada, dos res-tantes responsáveis solidários ou subsidiários e dos sucessores do executado e os motivos de extinção da execução.3 - Sempre que exista, em relação ao interessado, algum verbete relativo a outro processo administrativo ou judicial, extrair-se-ão dele os elementos úteis ao andamento do novo procedimento ou processo.4 - Serão também extraídos verbetes informatizados das cartas precatórias recebidas.5 - Apenas em caso de impossibilidade de processamento dos verbetes por meios informáticos, poderão estes ser processados manualmente.

    1 – A administração tributária e os tribunais tributários registam e arquivam os procedimentos administrativos e os processos judi-ciais instaurados, sempre que possível em suporte informático, por forma que seja possível a sua consulta a partir de vários critérios de pesquisa.2 - Os arquivos são obrigatoriamente mantidos durante os 10 anos seguintes à decisão dos procedimentos ou ao trânsito em julgado das decisões judiciais.3 – (Revogado)4 – (Revogado)5 – (Revogado)

    Artigo 28.º (Arquivo)Redacção anterior Redacção actual

    1 - Com os verbetes a que se refere o artigo anterior, organizar-se-á um índice geral alfabético informatizado dos processos adminis-trativos e judiciais.2 - À medida que os processos administrativos ou judiciais finda-rem, serão os verbetes retirados do índice geral vivo e com eles organizar-se-ão, de acordo com as características do serviço e a natureza de cada um dele, os seguintes índices históricos:a) Processos administrativos de reclamação graciosa; b) Processos administrativos de cobrança a posteriori dos tributos; c) Processos administrativos de reembolso ou dispensa de paga-mento dos tributos;d) Processos de impugnação judicial; e) Execuções extintas por cobrança; f) Execuções extintas por dação; g) Execuções extintas por confusão; h) Execuções extintas por conversão de créditos em capital;i) Execuções extintas por transferência de titularidade dos créditos; j) Execuções extintas por perdão ou amnistia;k) Execuções extintas por prescrição; l) Execuções extintas por anulação das dívidas; m) Execuções extintas por declaração em falhas; n) Cartas precatórias cumpridas; o) Outros processos administrativos; p) Outros processos judiciais.3 - Apenas em caso de impossibilidade de processamento dos ín-dices por meios informáticos, poderão estes ser processados ma-nualmente.4 - Os documentos integrando os processos administrativos ou judiciais correspondentes aos verbetes referidos no n.º 2 manter-se-ão arquivados por 8 anos, salvo aqueles em que tenha havido venda de bens, sub-rogação, oposição, embargos de terceiros e reclamação de créditos quando os pagamentos tenham sido efec-tuados de acordo com a graduação de créditos, que permanecerão arquivados por tempo indeterminado.

    (Revogado)

  • análise

    18 REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    Artigo 29.º (Modelo dos impressos processuais) Redacção anterior Redacção actual

    1 - Os impressos a utilizar no procedimento administrativo tribu-tário obedecerão a modelos aprovados pelo membro do Governo ou órgão executivo de quem dependam os serviços da administra-ção tributária.2 - Os impressos a utilizar no processo judicial tributário e no processo de execução fiscal obedecerão a modelos aprovados pelo Ministro das Finanças e pelo Ministro da Justiça.

    1 - Os impressos a utilizar no procedimento administrativo tribu-tário não informatizado, incluindo o processo de execução fiscal, obedecem a modelos aprovados pelo membro do Governo ou ór-gão executivo de quem dependam os serviços da administração tributária.2 - Os impressos a utilizar no processo judicial tributário obedecem a modelos aprovados pelos Ministros das Finanças e da Justiça.3 – A cópia para suporte papel dos procedimentos e processos in-formatizados deve ser efectuada, sempre que possível, no formato dos impressos aprovados.

    Artigo 38.º (Avisos e notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas)Redacção anterior Redacção actual

    1 - As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta re-gistada com aviso de recepção, sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos contribuintes ou a convocação para estes assistirem ou partici-parem em actos ou diligências.2 - Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para levantamento de carta registada remeti-da pela administração fiscal deve sempre conter de forma clara a identificação do remetente.3 - As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as rela-tivas às liquidações de tributos que resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido objecto de notificação para efeitos do direito de audição, são efec-tuadas por carta registada.4 - As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei são efectuadas por simples via postal.5 - As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas proceder o entender necessário.6 - Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.7 - O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a identificação do procedimento ou pro-cesso e o resumo dos seus objectivos.8 - As notificações referidas nos n.os 3 e 4 do presente artigo po-dem ser efectuadas, nos termos do número anterior, por telefax quando a administração tributária tenha conhecimento do número de telefax do notificando e possa posteriormente confirmar o con-teúdo da mensagem e o momento em que foi enviada.9 - As notificações referidas no presente artigo podem ser efectu-adas por transmissão electrónica de dados, que equivalem, conso-ante os casos, à remessa por via postal registada ou por via postal registada com aviso de recepção.10 – (Revogado)

    1 - As notificações são efectuadas obrigatoriamente por carta regis-tada com aviso de recepção, sempre que tenham por objecto actos ou decisões susceptíveis de alterarem a situação tributária dos con-tribuintes ou a convocação para estes assistirem ou participarem em actos ou diligências.2 - Para efeitos do disposto no número anterior a comunicação dos serviços postais para levantamento de carta registada remetida pela administração fiscal deve sempre conter de forma clara a identifi-cação do remetente.3 - As notificações não abrangidas pelo n.º 1, bem como as rela-tivas às liquidações de tributos que resultem de declarações dos contribuintes ou de correcções à matéria tributável que tenha sido objecto de notificação para efeitos do direito de audição, são efec-tuadas por carta registada.4 - As notificações relativas a liquidações de impostos periódicos feitas nos prazos previstos na lei são efectuadas por simples via postal.5 - As notificações serão pessoais nos casos previstos na lei ou quando a entidade que a elas proceder o entender necessário.6 - Às notificações pessoais aplicam-se as regras sobre a citação pessoal.7 - O funcionário que emitir qualquer aviso ou notificação indicará o seu nome e mencionará a identificação do procedimento ou pro-cesso e o resumo dos seus objectivos.8 - As notificações referidas nos n.os 3 e 4 do presente artigo po-dem ser efectuadas, nos termos do número anterior, por telefax quando a administração tributária tenha conhecimento do número de telefax do notificando e possa posteriormente confirmar o con-teúdo da mensagem e o momento em que foi enviada.9 - As notificações referidas no presente artigo podem ser efectu-adas por transmissão electrónica de dados, que equivalem, conso-ante os casos, à remessa por via postal registada ou por via postal registada com aviso de recepção.10 – (Revogado)11 – Quando se refiram a actos praticados por meios electrónicos pelo dirigente máximo do serviço, as notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados são autenticadas com assinatura electrónica avançada certificada nos termos previstos pelo Sistema de Certificação Electrónica do Estado – Infra-Estrutura de Chaves Públicas.12 – A administração fiscal disponibiliza no seu serviço na Internet os documentos electrónicos de notificação e citação a cada sujeito passivo.

  • 19REVISTA FISCAL Janeiro/Fevereiro | 2012

    análise

    Artigo 39.º (Perfeição das notificações)Redacção anterior Redacção actual

    1 - As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo anterior presumem-se feitas no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.2 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo notifi-cado quando não lhe seja imputável o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a administração tributária ou o tribunal, com base em requerimento do interessado, requerer aos correios informação sobre a data efectiva da recepção.3 - Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efectuada na data em que ele for assinado e tem-se por efectuada na própria pes-soa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja sido assi-nado por terceiro presente no domicílio do contribuinte, presumindo-se neste caso que a carta foi oportunamente entregue ao destinatário.4 - O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pesso-as referidas no número anterior por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.5 - Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier assinado por o destinatário se ter recusado a recebê-lo ou não o ter levanta-do no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de recepção, presu-mindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança de residência no prazo legal.6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a notificação presume-se feita no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.7 - Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de emissão, servindo de prova, res-pectivamente, a cópia do aviso de onde conste a menção de que a mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor ou o extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.8 - A presunção referida no número anterior poderá ser ilidida por informação do operador sobre o conteúdo e data da emissão.9 - As notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados consideram-se feitas no momento em que o destinatário aceda à caixa postal electrónica.10 - Em caso de ausência de acesso à caixa postal electrónica, deve ser efectuada nova transmissão electrónica de dados, no prazo de 15 dias seguintes ao respectivo conhecimento por parte do serviço que tenha procedido à emissão da notificação, aplicando-se com as necessárias adaptações a presunção prevista no n.º 6, caso, no prazo de 10 dias, se verifique de novo o não acesso à caixa postal electrónica.11 - O acto de notificação será nulo no caso de falta de indicação do autor do acto e, no caso de este o ter praticado no uso de delegação ou subdelegação de competências, da qualidade em que decidiu, do seu sentido e da sua data.12 - O presente artigo não prejudica a aplicação do disposto no n.º 6 do artigo 45.º da Lei Geral Tributária.

    1 - As notificações efectuadas nos termos do n.º 3 do artigo ante-rior presumem-se feitas no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.2 - A presunção do número anterior só pode ser ilidida pelo no-tificado quando não lhe seja imputável o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presumida, devendo para o efeito a administração tributária ou o tribunal, com base em requerimen-to do interessado, requerer aos correios informação sobre a data efectiva da recepção.3 - Havendo aviso de recepção, a notificação considera-se efec-tuada na data em que ele for assinado e tem-se por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja sido assinado por terceiro presente no domicílio do contri-buinte, presumindo-se neste caso que a carta foi oportunamente entregue ao destinatário.4 - O distribuidor do serviço postal procederá à notificação das pessoas referidas no número anterior por anotação do bilhete de identidade ou de outro documento oficial.5 - Em caso de o aviso de recepção ser devolvido ou não vier as-sinado por o destinatário se ter recusado a recebê-lo ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e não se comprovar que entretanto o contribuinte comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução por nova carta registada com aviso de recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levantada, sem prejuízo de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mu-dança de residência no prazo legal.6 - No caso da recusa de recebimento ou não levantamento da carta, previstos no número anterior, a notificação presume-se feita no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.7 - Quando a notificação for efectuada por telefax ou via Internet, presume-se que foi feita na data de emiss�