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Contrato nº 594655 DE11562011GRC Diretor-adjunto: Miguel Peixoto de Sousa Diretor: Peixoto de Sousa 4,00 euros (IVA incl.) NOVEMBRO • 2ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • N o 22 A proposta de Orçamento de Estado para 2015, apresentada pelo Governo no passado mês de outubro, prevê diversas alterações ao nível do aumento da receita fiscal, tendo como vetores essenciais: a consolidação das condições de competitividade da economia portu- guesa; o reforço do combate à fraude e evasão fiscais; a consolidação orçamental e equidade; e a reforma estrutural da administração tributária e dos direitos do contribuinte. Principais alterações ao nível do aumento da receita fiscal Orçamento de Estado para 2015 NESTE NÚMERO: • IRS: deduções e benefícios scais 2014 • IRC: benefícios scais aplicáveis ao exercício de 2014 (Continua na pág. 756) SUMÁRIO Legislação Decl. de Retif. n.º 46/2014 de 29.10, de 24.10 (Lei dos Baldios - retificação da Lei n.º 72/2014, de 2.9) .................................................................... 779 Informações vinculativas IVA: contrato de comissão - faturação; impostos especiais de consumo - gasóleo colorido – regime de isenção e redução do ISP - fatura-recibo e fatura simplificada; motociclos – isenção de IVA por incapacidade; localização das operações; prática de natação e aulas de inglês; exploração de piscinas municipais por autarquia .............................. 770 a 779 Impostos especiais de consumo: venda de gasóleo colorido e marcado ................................................ 774 Obrigações fiscais do mês e informações diversas........................................................... 754 a 760 IRC: benefícios fiscais 2014........................................ 769 IRS: deduções e benefícios fiscais 2014 ..................... 761 Trabalho e Segurança Social Legislação, Informações Diversas, e Regulamentação do Trabalho ...................... 781 a 786 Sumários do Diário da República............................ 788 Relativamente à consolidação das condições de competitividade da economia portuguesa, o Governo apresenta 2015 como sendo “o ano da estabilização do sistema fiscal”, pretendendo fazê-lo através da promo- ção de um contexto fiscal favorável ao investimento e à criação de emprego. Nesta senda, propõe o Governo uma redução da taxa de IRC de 23% para 21%. Não obstante esta redução, prevê um aumento de receitas com este imposto, de 4511,5 milhões de euros, em 2014, para 4690 milhões de euros em 2015. Relativamente ao regime de regularização de IVA associado a créditos de cobrança duvidosa, imple- mentado em 2014, o Governo propõe clarificações do mesmo, com vista a tornar a adesão “mais simples” por parte dos contribuintes. Ora, esta medida afigura- -se bastante positiva, já que o regime atualmente em

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Page 1: Orçamento de Estado para 2015 - vidaeconomica.pt · A proposta de Orçamento de Estado para 2015, apresentada pelo Governo no passado mês de outubro, prevê diversas alterações

Contrato nº 594655DE11562011GRC

Diretor-adjunto:Miguel Peixoto de Sousa

Diretor:Peixoto de Sousa

4,00 euros (IVA incl.)

NOVEMBRO • 2ª QUINZENA ANO 82º • 2014 • No 22

A proposta de Orçamento de Estado para 2015, apresentada pelo Governo no passado mês de outubro, prevê diversas alterações ao nível do aumento da receita fi scal, tendo como vetores essenciais: a consolidação das condições de competitividade da economia portu-guesa; o reforço do combate à fraude e evasão fi scais; a consolidação orçamental e equidade; e a reforma estrutural da administração tributária e dos direitos do contribuinte.

Principais alterações ao nível do aumento da receita fi scal

Orçamento de Estado para 2015

NESTE NÚMERO:

• IRS: deduções e benefícios fi scais 2014

• IRC: benefícios fi scais aplicáveis ao exercício de 2014

(Continua na pág. 756)

SUMÁRIOLegislaçãoDecl. de Retif. n.º 46/2014 de 29.10, de 24.10 (Lei dos Baldios - retifi cação da Lei n.º 72/2014, de 2.9) .................................................................... 779Informações vinculativas IVA: contrato de comissão - faturação; impostos especiais de consumo - gasóleo colorido – regime de isenção e redução do ISP - fatura-recibo e fatura simplifi cada; motociclos – isenção de IVA por incapacidade; localização das operações; prática de natação e aulas de inglês; exploração de piscinas

municipais por autarquia .............................. 770 a 779Impostos especiais de consumo: venda de gasóleo colorido e marcado ................................................ 774Obrigações fi scais do mês e informações diversas ........................................................... 754 a 760IRC: benefícios fi scais 2014 ........................................ 769IRS: deduções e benefícios fi scais 2014 ..................... 761Trabalho e Segurança SocialLegislação, Informações Diversas, e Regulamentação do Trabalho ...................... 781 a 786Sumários do Diário da República ............................ 788

Relativamente à consolidação das condições de competitividade da economia portuguesa, o Governo apresenta 2015 como sendo “o ano da estabilização do sistema fi scal”, pretendendo fazê-lo através da promo-ção de um contexto fi scal favorável ao investimento e à criação de emprego.

Nesta senda, propõe o Governo uma redução da taxa de IRC de 23% para 21%. Não obstante esta redução, prevê um aumento de receitas com este imposto, de 4511,5 milhões de euros, em 2014, para 4690 milhões de euros em 2015.

Relativamente ao regime de regularização de IVA associado a créditos de cobrança duvidosa, imple-mentado em 2014, o Governo propõe clarifi cações do mesmo, com vista a tornar a adesão “mais simples” por parte dos contribuintes. Ora, esta medida afi gura--se bastante positiva, já que o regime atualmente em

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Boletim do Contribuinte754NOVEMBRO 2014 - Nº 22

IRSMais-valias – declaração Modelo 11

Entrega, até ao dia 15, da Declaração Modelo 11, por transmissão eletrónica de dados, pelos notários e outros fun-cionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profi ssionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, ou que intervenham em operações previstas nas alíneas b), f) e g) do nº 1 do artigo 10º do CIRS, das relações dos atos praticados no mês anterior suscetíveis de produzir rendimentos.

IVADeclaração periódica

Envio da declaração periódica do IVA, até ao dia 10 de dezembro, por transmissão eletrónica de dados, acompanhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do re-gime normal mensal, relativa às operações efetuadas em agosto.

Pedido de restituição de IVAEntrega durante o mês de dezembro do pedido de restitui-

ção do IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso, em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a € 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos, tal como refere o DL nº 186/2009, de 12.8.

Declaração recapitulativaEntrega, até ao dia 22 de dezembro, da declaração reca-

pitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos do regime normal mensal que tenham efetuado transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços noutros Estados-membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas nos termos do artº 6º do CIVA, e para os sujeitos passivos do regime normal trimes-tral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens a incluir na declaração tenha no trimestre em curso (ou em qualquer mês do trimestre) excedido o montante de € 50 000.

Entrega, até ao dia 22 de dezembro, da declaração recapitulativa por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº. 53º. que tenham efetuado prestações de serviços noutros Estados Membros, no mês anterior, quando tais operações sejam aí localizadas.

Comunicação de faturas à ATComunicação, até ao dia 26 de dezembro, por transmissão

eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior pelas pessoas singulares ou coletivas que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fi scal em território português e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA.

PAGAMENTOSEM DEZEMBRO

OBRIGAÇÕESEM DEZEMBRO

I R S (Até ao dia 22 de dezembro)– Entrega do imposto retido no mês de novembro sobre

rendimentos de capitais, prediais e comissões pela inter-mediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS.

(Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

– Entrega do imposto retido no mês de novembro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respetivamente).

(Al. c) do nº 3 do art. 98º do Código do IRS)

– 3º pagamento por conta do imposto de 2014.(Art. 102º do Código do IRS)

I R C– Entrega das importâncias retidas no mês de novembro

por retenção na fonte de IRC, nos termos do art. 84º do Código do IRC. (Até ao dia 22 de dezembro)

(Arts. 106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)

– 3º pagamento por conta do imposto de 2013. (Até ao dia 15 de dezembro)

(Al. a) do nº 1 do art. 96º e art. 97º do Código do IRC)

– 3º pagamento adicional por conta da derrama estadual devido por entidades residentes que exercem, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e por não residentes com estabelecimento estável que tenham no ano anterior um lucro tributável superior a 1 500 000 €, com periodicidade coincidente com o ano civil (Até ao dia 15)

I V A (Até ao dia 10 de dezembro)– Entrega do imposto liquidado no mês de novembro

pelos contribuintes de periodicidade mensal do regime normal.

O pagamento pode ser efetuado nas estações dos CTT, no Multibanco ou numa Tesouraria de Finanças com o sistema local de cobrança até ao último dia do prazo.

TAXA SOCIAL ÚNICA (De 11 a 22 de dezembro)– Contribuições relativas às remunerações do mês de

novembro.

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 31 de dezembro)

– Liquidação, por transmissão eletrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de dezembro.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 22 de dezembro)– Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no

mês de novembro. O pagamento deve ser efetuado nos locais habituais – tesourarias da Fazenda Pública, caixas multibanco ou balcões dos CTT.

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Boletim do Contribuinte 755NOVEMBRO 2014 - Nº 22

OBRIGAÇÕESEM DEZEMBRO

IRSDeclaração Mensal de Remunerações

Entrega, até ao dia 10 da Declaração Mensal de Remune-rações, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS, ainda que dele isentos, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, nos termos dos artigos 2.º e 12.º do Código do IRS, para comunicação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.

IVARegisto no minibalcão único

Entrega, até ao dia 31 de dezembro, da declaração de registo no minibalcão único, pelos sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-membro de consumo ou não estabelecidos na Comunidade que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão e serviços por via eletrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou domiciliadas na Comunidade, que pretendam optar pela aplicação do regime especial do IVA a que se refere o artigo 3.º do DL 158/2014, de 24 de Outubro. A entrada em vigor do regime ocorrerá em 1 de janeiro de 2015.

IMIParticipação de rendas

Entrega, até ao dia 15 de dezembro, da participação de rendas relativas a dezembro, pelos sujeitos passivos que sejam proprietários, usufrutuários ou superfi ciários de prédios urbanos, arrendados por contratos celebrados antes da entrada em vigor do Regime do Ar-rendamento Urbano e que estejam a benefi ciar do regime previsto no artigo 15º-N do Dec. Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro.

IMIPagamento até 30 de novembro

Este é o primeiro ano em que é possível pagar o IMI em três prestações, nos meses de abril, julho e novembro (artigo 120º do Código do IMI com a redação dada pela lei nº 66-B/2012, de 31.12 – OE para 2013). O pagamento da 3ª prestação ter-mina no último dia de novembro. No entanto, a possiblidade de pagamento em 3 prestações é aplicável apenas a quem paga mais de 500 euros anuais de Imposto Municipal sobre Imóveis. .

Os contribuintes que pagam de IMI mais de 250 euros e menos de 500 euros por ano também são chamados a pagar a 2ª prestação no mês de novembro.

A primeira fatura foi paga em abril.

IRSSenhorios podem passar a ser tributados de acordo com as regras da categoria B

Os proprietários imobiliários que tenham vários imóveis no mercado vão poder tornar-se “empresários” e passar a pagar IRS de acordo com as regras da categoria B, que são aplicadas aos empresários em nome individual/trabalhadores independentes.

Esta alteração foi proposta pela Comissão para a Reforma do IRS que, a ser acolhida, contribui para a criação de um ambiente fi scal mais favorável para os senhorios que tenham no arrendamento a sua atividade principal.

De referir que atualmente os senhorios são tributados pelas regras da categoria F do IRS, de rendimentos prediais.

Relembramos que, com o Orçamento do Estado para 2013, as rendas passaram a pagar uma taxa especial de 28% e a única forma de a evitar era optar pelo regime de englobamento. Para tal os senhorios tiveram de englobar todos os outros rendimentos sujeitos a taxas especiais ou liberatórias (mais-valias, juros de depósitos e outras aplicações fi nanceiras).

No caso particular dos depósitos bancários, precisaram de se munir de uma declaração do banco que tinha de ter sido obrigatoriamente pedida antes de 31 de janeiro. Com uma de-claração fora dessa data, as Finanças travavam o englobamento.

Opinião da OTOC“O Orçamento de Estado para 2015 apresenta mudanças

profundas na fi scalidade nacional, com amplo impacto na or-ganização fi nanceira de empresas e famílias, e representando um desafi o para os TOC. Por exemplo, os senhorios passam a poder considerar as receitas com rendas de casas como rendimentos de atividade empresarial, mas só quem optar pela contabilidade organizada, dispondo de um TOC, poderá fazer deduções sobre os encargos que tem com as habitações.”

Tribunais tributários com novas alçadas

A alçada dos tribunais tributários encontra-se actual-mente fi xada em um quarto da alçada dos tribunais judiciais de 1.ª instância, ou seja, a alçada atual é de 1250 euros.

A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2015 prevê o aumento da alçada defi nida para os tribunais tri-butários de 1.ª instância, a qual passará a ser a mesma dos tribunais judicias de 1.ª instância, fi xada nos € 5000,00

Em termos práticos, deixará de existir a possibilidade de recurso das decisões de processos judiciais de valor inferior a €5000,00

Nesta matéria verifi ca-se uma diminuição do valor a partir do qual passa a ser obrigatória a constituição de mandatário nos processos judiciais que passa dos atuais € 12 500. para € 10 000.

Está previsto que estas alterações apenas produzam efeitos relativamente aos processos que se iniciem após a entrada em vigor do Orçamento para 2015, ou seja a partir de 1 de janeiro de 2015.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte756NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Orçamento de Estado para 2015 Principais alterações ao nível do aumento

da receita fi scal

(Continuação da pág. 753)

deu origem a diversas controvérsias, sendo necessário um ofício circulado, com vista à melhor interpretação do mesmo.

Também está prevista no OE2015 a reformulação da política fi scal internacional, através da celebração de Con-venções para evitar a Dupla Tributação, bem como a revisão das já existentes, sobretudo com os países que representam “mercados prioritários” para as empresas portuguesas.

No que concerne ao reforço do combate à fraude e evasão fi scais, este é considerado uma prioridade do Governo para 2015, estando prevista a criação de um Plano Estratégico de Combate à Fraude e Evasão Fiscais e Aduaneiras (PECFE-FA), aplicável entre 2015 e 2017.

Este plano estratégico pressupõe uma articulação de medidas ao nível legislativo e operacional, entre outros, e prevê-se que reúna contributos dos serviços de inspeção da AT (Autoridade Tributária).

As áreas de intervenção prioritária, nas quais incidirá a atuação da inspeção tributária e aduaneira, serão identifi ca-das no plano, com vista à maior agilização operacional, bem como melhorando a qualidade do serviço prestado.

Relativamente ao vetor da consolidação orçamental e equidade, o OE2015 propõe a introdução de um “crédito fi scal”, no âmbito da sobretaxa em sede de IRS.

Ora, o Governo mantém a sobretaxa de 3,15% em 2015 e introduz este “crédito fi scal”, mas o mesmo só terá aplicação se existir excedente de receita de IRS e IVA. Parece-nos que, não obstante se tratar de uma medida interessante no plano teórico, esta terá uma aplicação prática diminuta, não contribuindo para desagravar a carga fi scal das famílias, como apresentado na proposta do OE, já que, para o cálculo do excedente só se incluem dois impostos (IRS e IVA), e as receitas dos mesmos terão de ser superiores à previsão de 27,7 mil milhões de euros.

Para além disso, havendo lugar a reembolso, este poderá não ser integral. É necessário que a receita fi scal de 2015 suba 6,4% face à de 2014 para que a devolução seja feita na totalidade, o que se nos afi gura bastante improvável.

Acresce que esta proposta suscita, ainda, muitas dúvidas ao nível dos princípios da anualidade do orçamento, já que no OE2015 se preveem regras para o ano de 2016; bem assim o princípio da não afetação das receitas, visto que o pretendido excedente seria canalizado, em exclusividade, aos contribuintes.

O Governo, segundo o OE2015, irá introduzir a tributação do rapé, do tabaco de mascar, tabaco aquecido e do líquido contendo nicotina utilizado nos cigarros electrónicos, tendo

justifi cando esta medida por “razões de equidade, neutralida-de fi scal, saúde pública e de defesa da concorrência”. Alega o Executivo que este tipo de produtos tinha um tratamento fi scal mais favorável, em comparação com outros tabacos manufaturados.

No que concerne ao vetor da reforma estrutural da ad-ministração tributária e dos direitos do contribuinte, e na linha da reestruturação orgânica da AT operada em 2012, a proposta do Governo para 2015 inclui um processo de transformação das estruturas organizativas e dos processos de funcionamento da AT.

Assim, o Executivo propõe uma estrutura organizada por funções, ao invés de uma estrutura organizada por imposto, que é a que vigora actualmente.

O OE2015 prevê a dispensa de prestação de garantia para suspensão do processo de execução fi scal de valor inferior a 2500 e 5000 euros, para as pessoas singulares e para as pessoas colectivas, respetivamente, quando se pretenda o pagamento prestacional da dívida. Parece-nos que esta me-dida, apesar de muito positiva, se afi gura pouco adequada à realidade, sobretudo das empresas, pelo que importaria aumentar estes montantes, até porque a AT é, na prática, extremamente exigente ao aprovar as garantias.

O OE2015 contempla a continuação da reforma fi scal, iniciada em 2014, com a reforma do IRC.

Por outro lado, em 2015, será o IRS a sofrer uma deno-minada “reforma”.

Esta reforma, considerada “decisiva” para o Governo, inclui medidas como: a alteração do quociente conjugal do IRS para o quociente familiar, fi xando limites de redução da colecta; sistema de dedução da coleta “inovador”, permitindo a elegibilidade de despesas em todos os setores; o alargamento dos vales sociais aos jovens dependentes até aos 25 anos; maior dedução à coleta das despesas de saúde; a manutenção da dedução à coleta por exigência de fatura de 15% do IVA, com o limite de 250 euros, suportadas nos setores de restauração, ofi cinas e cabeleireiros; entre outras medidas de simplifi cação.

Esta pretendida reforma do IRS agora apresentada pelo Governo não constitui uma verdadeira reforma, já que não há uma alteração substancial e signifi cativa para poder apelidar estas pequenas modifi cações de “reforma”, tanto mais que no relatório fi nal da Comissão do IRS, no artigo referente às alterações ao Código do IRS, fi gura uma alteração a mais de 50 artigos, mas nem sequer existe uma efetiva alteração à estrutura e lógica sistemática do mesmo.

Por fi m, o OE2015 prevê a reforma da fi scalidade verde, apresentada como uma “reforma amiga do ambiente, mas também amiga das empresas e das famílias, contribuindo para o desenvolvimento económico sustentável”.

Algumas das medidas apresentadas no âmbito da fi sca-lidade verde são: taxa sobre o carbono impercetível; oito cêntimos por cada saco de plástico; imposto de três e quinze euros para viagens aéreas; imposto sobre veículos 3% mais caro; taxas de resíduos cinco vezes mais caras; e vales para transportes públicos.

Não obstante o montante signifi cativo de receita esperada , esta reforma tem suscitado diversas dúvidas, sobretudo no que concerne à prossecução dos objetivos desenhados para a mesma.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 757NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Aliás, suscita-se a questão de outros países mais desen-volvidos que o nosso e em melhor situação fi nanceira não terem sido tão “fundamentalistas” neste tipo de tributação, pelo que nos parece que a mesma tem, primordialmente, a pretensão de arrecadar receita, em detrimento da melhoria do ambiente.

Numa apreciação global das medidas fi scais do lado do aumento da receita previstas no OE2015, podemos dizer que não introduzem verdadeiras e signifi cativas alterações, como seria necessário e esperado.

Nuno SantosSá Miranda & Associados - Sociedade de Advogados, RL

IRS e IRCNovas Convenções para Evitar

a Dupla Tributação

Foram recentemente publicadas Convenções para Evitar a Dupla Tributação celebradas entre Portugal e Barbados, Senegal, São Marino e Etiópia.

CDT com BarbadosA Resolução da Assembleia da República nº 92/2014, de

12.11, aprovou a Convenção entre Portugal e Barbados para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Ma-téria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Londres, a 22 de outubro de 2010.

Nos termos desta Convenção, são considerados impostos sobre o rendimento todos os impostos incidentes sobre o ren-dimento total ou sobre elementos do rendimento, incluídos os impostos sobre os ganhos derivados da alienação de bens mobiliários ou imobiliários, os impostos sobre o montante global dos vencimentos ou salários pagos pelas empresas, bem como os impostos sobre as mais-valias.

Os impostos atuais a que a mesma Convenção se aplica são, em Portugal:

- IRS, IRC e derrama.

Em Barbados:- o imposto sobre o rendimento (incluindo o imposto sobre

os prémios de seguros);- o imposto sobre as sociedades (incluindo o imposto sobre

os lucros das sucursais);- o imposto sobre os rendimentos da atividade petrolífera.Esta Convenção entrará em vigor 30 dias após a data de

recepção da última notifi cação, por escrito e por via diplomá-tica, de que foram cumpridos os requisitos do direito interno dos Estados Contratantes necessários para o efeito.

CDT com o SenegalA Resolução da Assembleia da República nº 92/2014,

de 12.11, aprovou a Convenção entre Portugal e o Senegal para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa, em 13 de junho de 2014.

Consideram-se impostos sobre o rendimento todos os impostos incidentes sobre o rendimento total ou sobre ele-mentos do rendimento, incluídos os impostos sobre os ganhos derivados da alienação de bens mobiliários ou imobiliários, os impostos sobre o montante global dos salários pagos pelas empresas, bem como os impostos sobre as mais-valias.

Os impostos atuais a que a Convenção se aplica são, no Senegal:

- o imposto sobre o rendimento das sociedades;- o imposto mínimo sobre as sociedades;- o imposto sobre o rendimento das pessoas singulares;- a contribuição a cargo dos empregadores;- o imposto de mais-valias sobre terrenos edifi cados e não

edifi cados.Em Portugal:- IRS, IRC e derrama.

CDT com São MarinoA Resolução da Assembleia da República nº 95/2014, de

13.11, aprovou a Convenção entre Portugal e a República de São Marino para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em São Marino em 18 de novembro de 2010.

Os impostos a que a referida Convenção se aplica são, em Portugal:

- IRS, IRC e derrama.Em São Marino:O imposto geral sobre o rendimento incidente sobre:- pessoas singulares; pessoas colectivas, mesmo quando

cobrado por retenção na fonte.

CDT com a EtiópiaPor último, a Resolução da Assembleia da República nº

96/2014, de 13.11, aprovou a Convenção entre Portugal e a Etiópia para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Adis Abeba, a 25 de maio de 2013.

Os impostos atuais a que a Convenção se aplica são, no caso de Portugal:

- IRS, IRC e derrama.No caso da Etiópia:- o imposto sobre o rendimento e os lucros estabelecido

pela Lei do Imposto sobre o Rendimento; - o imposto sobre o rendimento das atividades mineiras, pe-

trolíferas e agrícolas estabelecido pelas leis respetivas.Tal como sucede nas anteriores Convenções, no caso da

celebrada com a Etiópia a mesma entrará em vigor 30 dias após a data de recepção da última notifi cação, por escrito e por via diplomática, de que foram cumpridos os requisitos do direito interno necessários para o efeito.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte758NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Sector empresarial

Medidas para evitar endividamento e insolvências

O Governo colocou recentemente em consulta pública diversas medidas para travar novas insolvências e reduzir os níveis de endividamento empresarial, as quais devem ser implementadas no primeiro trimestre de 2015.

A primeira medida deve avançar no dia 1 de janeiro de 2015 e prende-se com um sistema de alerta de empresas em risco, que estimulará a sua reestruturação a tempo.

Este sistema funcionará com base na atribuição de “ra-tings” e será gerido pela Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), que presta garantias fi nanceiras às pequenas e médias empresas (PME) para facilitar a obtenção de crédito.

Tendo por base indicadores como o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ou a estrutura da dívida, serão atribuídas notações.

Quando o “rating” entrar em zona de risco, será disparado um alerta interno para as empresas, para compelir as mesmas a partirem voluntariamente para uma reestruturação. Apesar de não ter um cariz obrigatório esta medida deverá ser sufi -ciente para forçar as empresas a encontrarem uma solução, desde logo porque a própria Sociedade Portuguesa de Ga-rantia Mútua terá de agir em função da notação que atribuir.

Outras medidas agora anunciadas já estão em prática, tais como, a redução do limite para as deduções fi scais no fi nanciamento bancário ou o aumento dos benefícios fi scais para os lucros reinvestidos na actividade das empresas

Uma das medidas que falta implementar é a criação de sociedades de investimento imobiliário que permitirão às em-presas retirar do balanço os encargos com esta componente.

De referir que no âmbito destas medidas está prevista a revisão do Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (Sireve), em que a negociação com os credores é feita com a mediação do Iapmei, e o Processo Especial de Revitalização (PER), que corre nos tribunais.

De acordo com a referida revisão, no âmbito do Sireve, as empresas em difi culdades serão sujeitas a um diagnós-tico fi nanceiro mais aprofundado para se perceber se são operacionalmente viáveis. Se for essa a conclusão tenta-se o acordo com os credores para recuperarem ou seguir-se-á a via judicial, através do PER. Mas, se não for esse o caso, estas empresas seguem para a insolvência.

Uma alteração importante nesta matéria tem a ver com o impedimento de recorrerem ao Sireve negócios que tenham sido declarados insolventes no passado.

Regularização de IVACréditos incobráveis e nos créditos

de cobrança duvidosa

A proposta do Orçamento do Estado para 2015 contempla importantes alterações em matéria IVA, no que diz respeito à regularização do imposto.

Assim, alteram-se as regras das regularizações a favor do sujeito passivo, nomeadamente:

- A dedução do imposto respeitante a créditos considerados incobráveis após o trânsito em julgado da sentença de verifi cação e graduação de créditos; e/ou

- Nos créditos em mora há mais de 24 meses, deixa de se exigir que o ativo seja desreconhecido contabilísticamente.

A regularização nestas situações passa a depender apenas da existência de provas objetivas de imparidade e de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento.

Quando haja lugar à regularização do IVA, a comunicação a efetuar ao adquirente dos bens ou serviços, caso este seja sujeito passivo de imposto, deverá conter os seguintes elementos:

- identifi cação das faturas cujo IVA se regulariza;- montante do crédito e do IVA a ser regularizado;- processo (extra)judicial ou acordo em causa; e,- período em que a regularização será efetuada.Por outro lado, a regularização do IVA nos créditos de cobrança

duvidosa, cujo vencimento tenha ocorrido após 1 de janeiro de 2013, e que se encontrem em mora há mais de 24 meses desde a data do respetivo vencimento, deixa de estar condicionada pelo desreconhecimento contabilístico do respetivo ativo.

De referir que, nos casos em que se verifi que a transmissão da titularidade de créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis e em que tenha havido a regularização do IVA a favor do sujeito passivo, este deve proceder à correspondente regularização do imposto a favor do Estado.

Ainda de acordo com a proposta, nas situações em que, após a regularização do IVA se verifi que o recebimento, total ou parcial, do valor do crédito, o sujeito passivo deverá devolver o montante de imposto a favor do Estado na declaração periódica do período do recebimento, independentemente do prazo geral de caducidade do imposto.

Por ultimo, nos casos de créditos de cobrança duvidosa, quando a regularização dos créditos não depender do pedido de autorização prévia, a certifi cação por ROC deverá ser feita até ao termo do prazo estabelecido para a entrega da declaração periódica.

Procedimento extrajudicial pré-executivo (PEPEX)

Tal como já demos conta em edições anteriores o novo procedimento extrajudicial pré-executivo (PEPEX), aprovado pela Lei º 32/2014, de 30.5, encontra-se em vigor desde 1 de setembro de 2014.

O recurso a este procedimento extrajudicial pré-executivo só é admissível nos casos em que o requerente seja possuidor de título executivo que lhe permita o recurso ao processo executivo sumário para pagamento de quantia certa.

Este procedimento é mais célere, tem natureza facultativa e permite a verifi cação prévia da situação patrimonial do de-

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 759NOVEMBRO 2014 - Nº 22

vedor através do agente de execução e a inclusão do devedor na lista pública de execuções.

Os prazos deste procedimento não se suspendem durante as férias judiciais.

No fundo são três os requisitos fundamentais sem os quais o credor não poderá recorrer ao PEPEX:

- A obrigação deverá ser líquida e exigível; - Os NIFS do requerente e requerido são necessários;- É necessário já estar munido de um título executivo que per-

mita a utilização da forma de processo sumário (decisão judicial, injunção com força executória, ou título extra-judicial de obrigação pecuniária vencida – cheque, letra, acta de condomínio, entre outros –, cujo valor seja inferior € 10 000,00 ou esteja garantido por hipoteca ou penhor.

Ora, é exactamente neste ponto que surge o problema. É que estão automaticamente excluídas deste procedimento todas as situações em que a dívida seja de valor superior a dez mil euros (€10 000,00). Como tal este procedimento não

introduz qualquer vantagem na cobrança das pequenas dívidas na medida que não lhes é sequer aplicável.

A vantagem mais óbvia deste procedimento é que se o requerido não responder à notifi cação do agente de execução em 30 dias será incluído na lista pública de devedores e, neste caso, o requerente pode obter a certidão eletrónica de incobra-bilidade da dívida para dedução do IVA.

Entretanto, recordamos que acaba de ser publicada em Diário da República a Portaria nº 233/2014, de 14 de novembro, que regulamenta o procedimento extrajudicial pré-executivo e proce-de à primeira alteração à Portaria n.º 282/2013, de 29 de agosto, que regulamentou vários aspetos das ações executivas cíveis.

Atividades de comércio, serviços e restauração

Períodos de funcionamento e liberalização dos saldos

No Conselho de Ministros de 13 de novembro foi aprova-do o regime de acesso e de exercício de diversas atividades de comércio, serviços e restauração, assim como o respetivo regime contraordenacional.

(recortar ou fotocopiar) [email protected] • 223 399 400 • http://livraria.vidaeconomica.pt

Autores: Jorge Pires e João GomesPáginas: 656 | P.V.P.: € 32

Autores: Duarte Nuno Araujo, Patrícia Cardoso, José Novais Páginas: 136 | P.V.P.: € 20

Manual de Prestação de Contas nas Entidades do

Setor Não Lucrativo

Uma obra que dá resposta às necessidades emergentes do SNC-ESNL, principalmente quanto à elaboração do Relatório de Ativi-dades e das Demonstrações Financeiras que integram o Relatório e Contas. O único manual de prestação de contas para sociedades comerciais que condensa as obrigações referentes ao Relatório de Gestão e ao Anexo às Contas.

Normalização Contabilística para Entidades do

Setor Não Lucrativo

“Este livro pode dar um importante contributo, enquanto fonte de informação, sistematização de conceitos e apresentação de casos práticos, junto das nossas instituições, permitindo-lhes uma melhor compreensão do seu sistema contabilístico.”

Padre Lino Maia (presidente da CNIS).

Edições Vida Económica

(Continua na pág. seguinte)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte760NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Este novo regime visa facilitar o enquadramento legal do acesso e exercício de determinadas atividades económicas, prevendo-se um alargamento do leque de serviços passíveis de serem realizados online, bem como de todas as funciona-lidades previstas no sistema Licenciamento Zero atualmente em funcionamento no Balcão do Empreendedor.

Foram agora introduzidas simplifi cações em diplomas conexos, em matéria de horários de funcionamento de esta-belecimentos de comércio e de serviços e de vendas a retalho com redução de preço, a fi m de revitalizar o pequeno comércio e os centros urbanos onde se localiza.

Procede-se, ainda, a uma descentralização da decisão de limitação dos horários, podendo as autarquias restringir os períodos de funcionamento, atendendo a critérios relacionados com a segurança e proteção da qualidade de vida dos cidadãos.

Relativamente à venda a retalho com redução de preço, embora se mantenha o período de quatro meses por ano em que se podem realizar saldos, elimina-se a limitação da realização dos mesmos em períodos defi nidos por lei, conferindo aos operadores económicos a liberdade de defi nirem o momento em que os pretendem realizar.

Aprovado o Regime Geral dos Organismos de Investimento

Coletivo

Já foi aprovada em Conselho de Ministros a proposta de lei que procede à revisão do regime jurídico dos organismos de investimento coletivo, do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e do Código dos Valores Mobiliários, e aprova o Regime Geral dos Organismos de Investimento Coletivo.

Trata-se de alterações que decorrem da transposição de duas diretivas da União Europeia relativas aos gestores de fundos de investimento, abrangendo matérias como as polí-ticas e práticas remuneratórias, subcontratação, depositários e transparência.

A unifi cação no Regime Geral do Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo e do Regime Jurídico dos Fundos de Investimento Imobiliário justifi ca-se por razões de simplifi cação legislativa.

Os organismos de investimento coletivo passam a sujeitar--se a um mesmo patamar de exigências mínimas.

No que respeita às normas sancionatórias, o Regime Geral adota um regime autónomo e específi co, que visa dar cumpri-mento aos princípios da legalidade e da igualdade, assegurando um regime unitário para os ilícitos, independentemente da competência contraordenacional ser do Banco de Portugal ou da CMVM.

Regulamentado o apoio fi nanceiro a projetos de modernização da gestão

autárquica

Foi publicada no dia 15 de outubro a Portaria n.º 213/2014, que regulamenta o apoio fi nanceiro a projetos de modernização da gestão autárquica.

O diploma regula a utilização da dotação global inscrita no Orçamento do Estado para 2014 para fi nanciamento de projetos relacionados com a administração local, para apoio a projetos de modernização da gestão autárquica quando rea-lizados por municípios, freguesias, associações de autarquias de fi ns específi cos, entidades intermunicipais ou associações de autarquias locais de âmbito nacional, incluindo a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), desde que para benefício direto dos seus associados.

No caso de projetos desenvolvidos diretamente por autar-quias locais, entidades intermunicipais ou associações de fi ns específi cos o diploma prevê um modelo de realização pontual de concursos mediante avisos de abertura que defi nem o objeto elegível, os prazos de candidatura e de execução dos projetos, os critérios para apreciação e seleção dos mesmos e os limites de investimento e comparticipação fi nanceira.

A regulamentação incentiva a cooperação e os ganhos de escala de intervenção dos projetos, prevendo um modelo de “guichet aberto” para os projetos desenvolvidos por asso-ciações de autarquias locais de âmbito nacional, incluindo a ANMP e a ANAFRE. O apoio fi nanceiro tem como limite a despesa elegível do projeto, deduzido da eventual comparti-cipação por fundos comunitários.

A comparticipação fi nanceira do Estado é de 70% da despesa elegível, deduzido da eventual comparticipação por fundos comunitários, quando os projetos são desenvolvidos por municípios e freguesias.

Harmonização do Código Processo Penal com as regras do processo civil

No Conselho de Ministros de 13 de novembro foi aprovada uma proposta alteração ao Código de Processo Penal, tendo em vista a sua harmonização com o Código de Processo Civil em matéria de prazos para a prática dos atos processuais, bem como a clarifi cação dos poderes do juiz no que concerne à admissão da ultrapassagem do limite máximo do número de testemunhas.

Com esta alteração visa-se, ainda:- resolução das questões colocadas pelo falecimento ou

impossibilidade superveniente de um magistrado nas audiên-cias em curso, realizadas em tribunal coletivo, no sentido do aproveitamento dos atos processuais já praticados no decurso da audiência;

- eliminação da sanção consistente na perda da prova, por ultrapassagem do prazo de trinta dias para a continuação de audiência de julgamento interrompida; e

- alargamento da gravação da audiência a todos os atos nela praticados, incluindo os requerimentos, promoções e despachos.

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 761NOVEMBRO 2014 - Nº 22

IRSBenefícios e deduções fi scaisAplicáveis ao exercício de 2014

Deduções à coleta de IRS em vigor em 2014/2015

2014 2015

Casados Casados

Dedução específi ca por:

i) Por Contribuinte (sujeito passivo) 427,5 euros Deixa de existir

ii) Famílias monoparentais - Deixa de existir

iii) Dependentes 213,75 euros 325 euros

Dependentes <= 3 anos a 31 de Dezembro do ano em causa 427,5 euros Deixa de existir

Agregados familiares com 3 ou mais dependentes a seu cargo / Por dependente 237,5 euros Deixa de existir

iv) Ascendentes em comunhão de habitação com o contribuinte e rendimento <= à pensão mínima do regime geral 261,25 euros 300 euros

v) Apenas um ascendente em comunhão de habitação com o contribuinte e rendimento <= à pensão mínima do regime geral 403,75 euros 300 euros

Pessoas portadoras de defi ciência

i) Por sujeito passivo (No pressuposto que os dois sujeitos passivos são portadores de defi ciência) 3800 euros 3800 euros

ii) Por dependente portador de defi ciência 712,5 euros 712,5 euros

iii) Por ascendente portador de defi ciência 712,5 euros 712,5 euros

iv) 30% de despesas educação e reabilitação Sem limite Sem limite

v) 25% de prémios de seguros de vida e contribuições para associações mutualistas 15% coleta 15% coleta

Se contribuições pagas para reforma por velhice 130 euros 130 euros

Despesas de saúde

Dedução de 10% das seguintes despesas: Passa a 15%

a) aquisição de bens e serviços isentos de IVA ou sujeitos à taxa reduzida de 6% (Este limite aplica-se à alínea a) e b) ) 838,44 euros 1000 euros

b) aquisição de outros bens e serviços desde que devidamente justifi cados através de receita médica

65,00 euros ou 2,5% de a) se

superiorDeixa de existir

c) Nos agregados com três ou mais dependentes com despesas de saúde o limite é elevado por dependente em: 125,77 euros Deixa de existir

São cada vez menores as despesas que os contribuintes podem ir recolhendo ao longo do ano para abater no IRS.

Dos quadros-síntese a seguir publicados onde se dá con-ta das deduções à coleta e benefícios fi scais aplicáveis aos rendimentos obtidos em 2014 que serão declarados em 2015, verifi ca-se pois que as deduções com os juros associados ao empréstimo da casa serão mais reduzidas.

E a tendência é para estas deduções serem cada vez meno-res, o que conduzirá em muitas situações a um agravamento da carga fi scal.

Com a reforma do IRS, são reformuladas as deduções à coleta (cfr. quadro-síntese), sendo que a maioria desaparece e

opta-se por uma dedução “conjunta” – dedução das despesas familiares gerais.

É ainda de destacar que, caso os contribuintes não entre-guem a declaração anual de IRS dentro dos prazos legais pre-vistos, perderão o direito às deduções referentes às despesas gerais familiares, despesas de saúde e à dedução de 15% do valor do IVA decorrente da exigência de fatura.

No quadro-síntese que publicamos em seguida, e no que respeita ao ano de 2015, a informação foi produzida com base na proposta do OE para 2015, que no momento se encontra em discussão para aprovação na especialidade.

No próximo número publicaremos mais esclarecimentos.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte762NOVEMBRO 2014 - Nº 22

2014 2015

Casados Casados

Despesas de educação e formação profi ssional

i) Dedução de 30% das despesas com o limite de: 760 euros Ver Abatimento no fi nal

ii) Nos agregados com três ou mais dependentes com despesas de educação o limite é elevado por cada dependente com despesas de Educação em: 142,50 euros Ver Abatimento

no fi nal

Encargos com lares

Dedução de 25% dos encargos relativos ao próprio e ascendentes e colaterais até ao 3º grau com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional 403,75 euros Deixa de existir

Prémios de seguros de vida e acidentes pessoais

Dedução de 25% dos prémios de acidentes pessoais e seguros de vida (riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice após os 55 anos de idade e 5 anos de contrato)

Apenas se mantêm para profi ssões de desgaste rápido e

pessoas portadoras de defi ciência

Deixa de existir

Pensões de alimentos

Dedução de 20% das importâncias suportadas 419,22 euros

por mês, por benefi ciário

Sem limite

Encargos com imóveis

Dedução de 15% dos seguintes encargos

a) Juros de dívidas, por contratos celebrados até 31 de Dezembro de 2011, contraídas com a aquisição, construção ou benefi ciação de imóveis para habitação própria e permanente ou arrendamento devidamente comprovado para habitação permanente do arrendatário.

296 euros Deixa de existir

b) Prestações devidas, em resultado de contratos celebrados até 31 de Dezembro de 2011 com cooperativas de habitação ou no regime de compras em grupo, para aquisição de imóveis para habitação própria e permanente ou para arrendamento para habitação permanente do arrendatário, na parte que respeitem a juros das correspondentes dívidas

296 euros Deixa de existir

c) Importâncias pagas a título de rendas por contrato de locação fi nanceira celebrado até 31 de Dezembro de 2011 relativo a imóveis para habitação própria permanente efetuadas ao abrigo deste regime, na parte que não constituam amortização de capital

296 euros Deixa de existir

d) Importâncias líquidas de subsídio ou comparticipações ofi ciais, suportadas a título de renda pelo arrendatário de prédio urbano ou da sua fração autónoma para fi ns de habitação permanente, quando referentes a contratos de arrendamento celebrado ao abrigo do RAU ou do NRAU

414 euros Deixa de existir

Os limites estabelecidos nas alíneas a), b) e c) são elevados da seguinte forma:

- rendimento coletável até ao limite do 1º escalão – 50%, 444 euros Deixa de existir

- rendimento coletável até ao limite do 2º escalão – 20%. 355,2 euros Deixa de existir

O limite estabelecido na alíneas d) é elevado da seguinte forma:

- rendimento coletável até ao limite do 1º escalão – 50%, 621 euros Deixa de existir

- rendimento coletável até ao limite do 2º escalão – 20%. 496,8 euros Deixa de existir

Fundos de Poupança-Reforma e Planos de Poupança-Reforma (Não são dedutíveis os valores aplicados após a data de passagem à reforma)

Dedução de 20% do valor aplicado

i) Pessoas com idade inferior a 35 anos 800 euros Deixa de existir

ii) Pessoas com idade compreendida entre os 35 e os 50 anos inclusive 700 euros Deixa de existir

iii) Pessoas com idade superior a 50 anos 600 euros Deixa de existir

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Boletim do Contribuinte 763NOVEMBRO 2014 - Nº 22

2014 2015

Casados Casados

Prémios de seguro de saúde

Dedução de 10% de despesas com prémios de seguros de saúde 100 euros Deixa de existir

Por cada dependente acresce: 25 euros Deixa de existir

Donativos

Dedução de 25% dos donativos:

i) Administração Central, Regional ou Local; Fundações (com condições) Sem limite Sem limite

ii) Donativos a outras entidades 15% da coleta 15% da coleta

Regime Público de capitalização

Dedução de 20% do valor aplicado em contas individuais geridas em regime público de capitalização 700 euros Deixa de existir

Dedução do IVA suportado (restauração, cabeleireiros, reparações automóveis e motociclos)

Dedução de 15% do IVA suportado, por qualquer membro do agregado familiar, que conste de faturas que titulem determinadas prestações de serviços comunicadas à Autoridade Tributária 250 euros 250 euros

Despesas Gerais Familiares

40% das faturas registadas nas Finanças e atribuídas através da indicação do número de contribuinte a algum dos membros do agregado familiar Não existia

300 euros /por sujeito passivo até um máximo

de 600 euros

Outros benefícios fi scais Limites

Conta Poupança reformado Ficam isentos os juros na parte em que o saldo seja igual ou inferior a 10.500 €

Propriedade intelectual Os direitos de autor auferidos pelo titular originário residente em território português são englobados em 50% do seu valor, estando o valor excluído de tributação limitado a 10.000 €.

Fundos de investimento Estão isentos os rendimentos de unidades de participação em fundos de in-vestimento mobiliário, imobiliário e fundos de fundos

Fundos de capital de risco As mais-valias resultantes de transmissões de unidades de participação são tributadas à taxa de 10%

Fundos de investimento imobiliário em recursos fl orestais As mais-valias resultantes de transmissões de unidades de participação são tributadas à taxa de 10%

Mais-valias de não residentes

Estão isentas as transmissões de

- Partes sociais de sociedades portuguesas;- Outros valores mobiliários emitidos por sociedades portuguesas;- Warrants autónomos emitidos por sociedades portuguesas;- Derivados transacionados em bolsa;- Unidades de participação em fundos de capital de risco.

Exceções

- Pessoas residentes em paraíso fi scal;- Transmissão de partes sociais em sociedades cujo ativo seja cons-

tituído em mais de 50% por imóveis localizados em território português.

Contribuições de entidades patronais para regimes de segurança social

As contribuições de entidades patronais para fundos de pensões (ou outros regimes complementares de segurança social) estão isentas de IRS no momento em que são efetuadas, desde que cumpridas determinadas condições

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte764NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Outros benefícios fi scais Limites

Desportistas

- Ficam excluídos de tributação os prémios e as bolsas atribuídas aos despor-tistas com defi ciência e aos desportistas de alto rendimento

- Ficam também excluídos de tributação as bolsas de formação desportiva para agentes desportivos não profi ssionais (praticantes, juízes e árbitros), até 2375 €.

Outros

- Pessoal das missões diplomáticas e consulares e das organizações estrangeiras ou internacionais

- Pessoal em missões de salvaguarda de paz

- Acordos e relações de cooperação

- Empreiteiros e arrematantes de obras e trabalhos das infraestruturas comuns da NATO

IVA suportado em facturas

5% do IVA suportado que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à AT, com o limite global de € 250.

Para o efeito, são relevantes as faturas relativas às seguintes prestações de serviços:• Manutenção e reparação de veículos automóveis;• Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios.E-fatura social. Com a alteração do artigo 66º-B do Estatuto dos Benefícios Fiscais pela Lei nº 83/2013, de 9.12 (2º Orçamento Retifi cativo para 2013), tornou-se possível atribuir a uma igreja ou Instituição Particular de Solidarie-dade Social (IPSS) o benefício em sede de IRS atribuído através da dedução de parte do IVA pago nas contas do restaurante, cabeleireiro e ofi cinas. O contribuinte terá apenas de escolher a IPSS que quer ajudar e que conste da lista ofi cial das instituições.

Abatimento ao Rendimento – IRS 2015

Abatimentos ao Rendimento Líquido por Despesas de Formação e Educação com Membros do Agregado Familiar

1100 euros por cada sujeito passivo ou dependente, com despesas de formação e educação; caso benefi cie de vales sociais educação, as despesas pagas por esses vales não podem ser aqui consideradas.Limites:– 2250 euros por declaração;– 4500 euros por declaração se esta for conjunta

Escalões de rendimento Para 2014, o limite da soma das Deduções à Coleta é: (1)

Para 2014, o limite da soma dos Benefícios Fiscais é:

- Rendimento coletável situado no 1º escalão (até 7000 euros) Sem limite Sem limite

- Rendimento coletável situado no 2º escalão (de mais 7000 até 20 000 euros) 1250,00 (2) 100,00

- Rendimento coletável situado no 3º escalão (de mais 20 000 até 40 000 euros) 1000,00 (2) 80,00

- Rendimento coletável situado no 4º escalão (de mais 40 000 até 80 000 euros) 500,00 (2) 60,00

- Rendimento coletável situado no 5º escalão (superior a 80 000 euros) 0,00 0,00

(1) Inclui despesas de saúde, educação e formação, encargos com lares, encargos com imóveis e pensões de alimentos(2) Estes limites são majorados em 10% por cada dependente ou afi lhado civil que não seja sujeito passivo de IRS

TAXAS DO IRS PARA 2014

Rendimento coletável(em euros)

Continente Madeira AçoresTaxa Parcela a abater Taxa Parcela a abater Taxa Parcela a abater

Até 7000 14,50% - 14,50 - 11,60% -

Mais de 7000 a 20 000 28,50% 980 28,50 980 22,80% 784,00Mais de 20 000 a 40 000 37,00% 2680 37,00 2680 29,60% 2.144,00Mais de 40 000 a 80 000 45,00% 5880 45,00 5880 36,00% 4.704,00Superior a 80 000 48,00% 8280 48,00 8280 38,40% 6.624,00

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Boletim do Contribuinte 765NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Benefícios fi scais ao investimento de natureza contratual

Para projetos de investimento em território português, de montante igual ou superior € 3.000.000 (€ 2.000.000 na R.A.A., sendo de € 400.000 nalgumas ilhas da R.A.A.) e que verifi quem determinadas condições, podem ser concedidos os seguintes benefícios (por um período de vigência até 10 anos):

- crédito de imposto entre 10% e 20% das aplicações relevantes a deduzir à coleta do IRC (nalguns casos sujeito a limite anual);

- isenção ou redução de IMI;- isenção ou redução de IMT; e - isenção ou redução de Imposto do Selo.Os contratos devem prever normas que salvaguardem as

contrapartidas dos incentivos fi scais em caso de cessação da atividade da entidade benefi ciária, designadamente por transferência da sede e direção efetiva para fora do território português. Nestas situações, poderão ser exigidas as impor-tâncias correspondentes às receitas fi scais não arrecadadas, acrescidas de juros compensatórios.

É concedida a dispensa de prestação de garantia dos direitos de importação e demais imposições, eventualmente devidos na importação de mercadorias sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro, aperfeiçoamento ativo em sistema suspensivo ou destino especial.

• O regime contratual é aplicável a projetos de investimento realizados até 31.12.2020.

(Arts. 41º do EBF e 83º do Código do IRC)

Sistema de incentivos em investigação e desenvolvimento empresarial (SIFIDE II)

O SIFIDE II vigora até 2020.Com a aprovação do Orçamento do Estado 2014, pela Lei

83-C/ 2013 de 31/12/2013, foi alargado o período de vigência do Regime fi scal do Sistema de Incentivos Fiscais em Investi-gação e Desenvolvimento Empresarial II (SIFIDE II) até 2020.

O SIFIDE é um sistema fi scal de incentivos que permite às empresas a dedução à coleta de IRC do montante corres-pondente às despesas com investigação e desenvolvimento, na parte que não tenha sido objeto de comparticipação fi nanceira do Estado a fundo perdido, até ao limite da sua concorrência.

O período de reporte foi prorrogado para 8 anos, ou seja, as despesas que, por insufi ciência de coleta, não possam ser deduzidas no exercício em que foram realizadas podem ser deduzidas até ao oitavo exercício subsequente.

Para efeitos do SIFIDE II, consideram-se despesas ele-gíveis:

- Despesas de investigação: as despesas realizadas pelo sujeito passivo de IRC com vista à aquisição de novos conhecimentos científi cos ou técnicos;

- Despesas de desenvolvimento: as despesas realizadas pelo sujeito passivo de IRC através da exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos científi cos ou técnicos com vista à descoberta ou melhoria substancial de matérias-primas, produtos, serviços ou processos de fabrico.

(Cfr. capítulo V do Código Fiscal de Investimento, apro-vado pelo DL nº 162/2014, de 31.10, transcrito no Boletim do Contribuinte, pág. 736)

Criação líquida de empregos

As empresas que aumentem o número de empregados por via da admissão de jovens com idade superior a 16 anos e inferior a 35 anos, inclusive, com exceção dos jo-vens com menos de 23 anos, que não tenham concluído o ensino secundário, e que não estejam a frequentar uma oferta de educação-formação que permita elevar o nível de escolaridade ou qualifi cação profi ssional para assegurar a conclusão desse nível de ensino, ou de desempregados de longa duração, por contrato sem termo, poderão majorar em 50% o custo fi scal relativo aos correspondentes encargos. Essa majoração poderá ser efetuada durante um período de 5 anos, a contar do início da vigência do contrato de trabalho.O montante máximo da majoração anual, por posto de trabalho, é de 14 vezes a retribuição mínima mensal garantida.

A majoração em 50% dos encargos suportados com o mes-mo colaborador passa, a partir de 2011, a poder ser aplicável a mais do que uma entidade patronal, desde que entre estas não existam relações especiais.

Este regime não é cumulável com outros incentivos de apoio ao emprego, aplicáveis ao mesmo trabalhador ou posto de trabalho (art. 19º do EBF).

Mecenato

São considerados como gasto fi scal (dentro de determina-dos limites e, em determinadas circunstâncias, com majoração) os donativos concedidos a determinadas entidades cuja ativi-dade consista predominantemente na realização de iniciativas nas áreas social, cultural, ambiental, científi ca ou tecnológica, desportiva e educacional (art. 62º do EBF).

IRCBenefícios fi scais aplicáveis às empresas

Exercício fi scal 2014

Com o aproximar do fi m do exercício fi scal referen-te a 2014, será de todo conveniente descreverem-se, sumariamente, alguns dos principais benefícios fi scais

disponíveis para sujeitos passivos de IRC, deixando desde já um alerta para possíveis alterações propostas para o próximo número.

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte766NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Crédito por dupla tributação internacional

É concedido crédito por dupla tributação internacional, correspondente à menor das seguintes importâncias:

a) Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro; oub) Fração do IRC, calculado antes da dedução, correspon-

dente aos rendimentos que no país em causa possam ser tributados, líquidos dos gastos direta ou indiretamente suportados para a sua obtenção.

Quando existir convenção para eliminar a dupla tributação celebrada por Portugal, a dedução referida não pode ultrapas-sar o imposto pago no estrangeiro nos termos previstos pela convenção (Art. 91º-A do Código do IRC).

Zona franca da Madeira e da Ilha de Santa Maria Os rendimentos das entidades que se licenciem nas re-

feridas zonas até 30 de Junho de 2014 para o exercício de atividades industriais, comerciais, de transportes marítimos e de outros serviços não excluídos do presente regime e que criem entre um a cinco postos de trabalho durante os primeiros 6 meses de atividade e realizem um investimento de 75.000 euros na aquisição de ativos fi xos corpóreos ou incorpóreos, nos 2 primeiros anos de atividade, ou criem seis ou mais postos de trabalho, nos 6 primeiros meses de atividade, são tributados em IRC à taxa de 5% até 2020.

O benefício a conceder fi ca limitado através da aplicação de plafonds máximos à matéria coletável, assim como por outras restrições previstas no n.º 3 e seguintes do art.º 36.º do EBF.

Sociedades Gestoras de Participações Sociais (SGPS) e Sociedades de Capital de Risco (SCR)

O Orçamento do Estado para 2014 (aprovado pela Lei nº 83-C/2013, de 31.12) revogou o artigo 32º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, pelo que deixaram de existir os benefícios fi scais relativamen-te às mais-valias e menos-valias obtidas pelas Sociedades Gestoras de Participações Sociais (SGPS), o mesmo acontecendo com as Sociedades de Capital de Risco (SCR) por força da revogação dos nºs 1 e 2 do artigo 32º-A do EBF.

Eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos por sociedades residentes nos PALOP e em Timor-Leste

O artigo 42º do Estatuto dos Benefícios Fiscais foi revogado pelo Orçamento do Estado para 2014, pelo que este benefício deixou de existir.

Serviços fi nanceiros a entidades públicas

O Estado, Associações de Direito Público e Instituições de Segurança Social, quando realizem operações de fi nanciamen-to a empresas com recurso a fundos obtidos de empréstimo junto de instituições de crédito, fi cam sujeitos a tributação, relativamente a esses rendimentos, pela diferença, verifi cada em cada exercício, entre os juros e outros rendimentos de ca-pitais de que sejam titulares relativamente a essas operações e os juros devidos a essas instituições, com dispensa de retenção na fonte de IRC (art. 29º do EBF).

Empresas armadoras da marinha mercante nacional

Apenas 30% dos lucros resultantes exclusivamente da atividade de transporte marítimo são tributados.

Isenção de imposto do selo nas operações de fi nancia-mento externo para aquisição de navios, contentores e outro equipamento para navios, contratados por empresas armadoras da marinha mercante, ainda que essa contratação seja feita através de instituições fi nanceiras nacionais (art. 51º do EBF).

Entidades gestoras de sistemas integrados de gestão de fl uxos específi cos de resíduos

Ficam isentas de IRC, exceto quanto aos rendimentos de capitais, tal como são defi nidos para efeitos de IRS, durante todo o período correspondente ao licenciamento, relativamente aos resultados que, durante esse período, sejam reinvestidos ou utilizados para a realização dos fi ns que lhes sejam legalmente atribuídos (art. 53º do EBF).

Coletividades desportivas, de cultura e recreio

Os rendimentos das coletividades desportivas, de cultura e recreio fi cam isentos de IRC, desde que a totalidade dos seus rendimentos brutos sujeitos a tributação, e não isentos, não exceda o montante de 7500 €. As importâncias investidas pelos clubes desportivos em novas infraestruturas, não provenientes de subsídios, podem ser deduzidas à matéria coletável até ao limite de 50% da mesma, sendo o eventual excesso deduzido até ao fi nal do segundo exercício seguinte ao do investimento (art. 54º do EBF).

Associações e confederações

As pessoas coletivas públicas, de tipo associativo, criadas por lei para assegurar a disciplina e representação do exercício de profi ssões liberais e as confederações e associações patro-nais e sindicais fi cam isentas de IRC, exceto no que respeita a rendimentos de capitais e a rendimentos comerciais, industriais ou agrícolas, tal como são defi nidos para efeitos de IRS.

IRCBenefícios fi scais aplicáveis às empresas

Exercício fi scal 2014

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 767NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Ficam também isentos de IRC os rendimentos das asso-ciações sindicais e das pessoas coletivas públicas, de tipo associativo, criadas por lei para assegurar a disciplina e representação do exercício de profi ssões liberais, derivados de ações de formação prestadas aos respetivos associados no âmbito dos seus fi ns estatutários.

Ficam igualmente isentos de IRC os rendimentos obtidos por associações de pais derivados da exploração de cantinas escolares (art.55º do EBF).

Baldios e comunidades locais

Estão isentas de IRC as comunidades locais, quanto aos rendimentos derivados dos baldios, incluindo os resultantes da cessão de exploração, bem como os da transmissão de bens ou da prestação de serviços comuns aos compartes, quando, em qualquer caso, aqueles rendimentos sejam afe-tos, de acordo com o plano de utilização aprovado, com os usos ou costumes locais, ou com as deliberações dos órgãos competentes dos compartes, em investimento fl orestal ou outras benfeitorias no próprio baldio ou, bem assim, em me-lhoramentos junto da comunidade que os possui e gere, até ao fi m do quarto exercício posterior ao da sua obtenção, salvo em caso de justo impedimento no cumprimento do prazo de afetação, notifi cado à Direção-Geral dos Impostos, acom-panhado da respetiva fundamentação escrita, até ao último dia útil do 1.º mês subsequente ao termo do referido prazo. Não são abrangidos pelas isenções referidas os rendimentos de capitais, tal como são defi nidos para efeitos de IRS, e as mais-valias resultantes da alienação, a título oneroso, de áreas do baldio (art. 59ºdo EBF).

Nota: A nova Lei dos Baldios – Lei n.º 72/2014, de 2 de setembro –, entrou em vigor a 1.10.2014. Os principais propósitos desta alteração à lei anteriormente existente são adequar o quadro legal à realidade atual, eliminar algumas barreiras anteriormente impostas à gestão dos baldios, proporcionar uma maior transparência ao nível da gestão fi nanceira dos mesmos e promover uma maior responsabi-lização dos compartes.

Entre as várias alterações efetuadas, destaque para a obrigatoriedade de inscrição dos baldios na matriz predial, a possibilidade de arrendamento de baldios, que antes se encontrava vedado, a possibilidade de disponibilizar os bal-dios na bolsa de terras, mediante deliberação da assembleia de compartes, e a responsabilidade contraordenacional dos baldios, a regulamentar em decreto-lei.

Embora se mantenha a generalidade dos benefícios fi s-cais dos baldios, o novo diploma legal elimina a isenção de IMI nos casos em que os baldios sejam explorados por tercei-ro fora de uma atividade agrícola, silvícola ou silvopastoril.

Incentivos à aquisição de empresas em situação económica difícil

De acordo com o Sistema de Incentivos à Revitalização e Modernização Empresarial (SIRME), a aquisição de empresas em situação económica difícil pode traduzir-se numa dedução ao lucro tributável dos prejuízos fi scais gerados e ainda não deduzidos pela empresa adquirida nos cinco períodos de tributação anteriores.

Este benefício fi scal exige autorização prévia do Mi-nistério das Finanças e o cumprimento de um conjunto de requisitos (por exemplo: aquisição de uma participação de, pelo menos, 50%). Este regime é aplicado na proporção da participação no capital social da sociedade adquirida, com o limite anual de 60% do lucro tributável da sociedade ad-quirente, e desde que não se ultrapasse o período de reporte de prejuízos fi scais.

Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI)

De acordo com o artigo 22º do Código Fiscal do Inves-timento, o RFAI aplica-se a investimentos relevantes rea-lizados nos exercícios de 2013 a 2017 em ativos tangíveis e intangíveis. Pode usufruir deste benefício fi scal se a sua empresa desenvolver atividade nos setores agrícola, fl orestal, agroindustrial e turístico e ainda da indústria extrativa ou transformadora. Este regime prevê uma dedução à coleta, até à concorrência de 50% da mesma. Para investimentos até cinco milhões de euros, a dedução é de 20% do investimento relevante. Acima desse patamar, a dedução é de 10% do in-vestimento relevante. São ainda concedidas isenções de IMI, IMT e Imposto do Selo relativamente a aquisição de prédios que constituam investimento relevante.

(Cfr. informação publicada no Boletim do Contribuinte, 2014, págs. 714 e 715)

(Cfr. Capítulo III do Código Fiscal de Investimento, apro-vado pelo DL nº 162/2014, de 31.10, publicado no Boletim do Contribuinte, pág. 733)

Dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR)A dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR)

constitui um regime de incentivos fi scais ao investimento em favor de pequenas e médias empresas, que permite a dedução à coleta do IRC de 10% dos lucros retidos que sejam reinvestidos, em ativos elegíveis, no prazo de 2 anos contados a partir do termo do período de tributação a que correspondam os lucros retidos, com o máximo de dedução anual de 25% da coleta do IRC.

(Cfr. artigo 29º do Capítulo IV do Código Fiscal de Inves-timento, aprovado pelo DL nº 162/2014, de 31.10, publicado no Boletim do Contribuinte, págs. 734 e 735)

IRCBenefícios fi scais aplicáveis às empresas

Exercício fi scal 2014

(Continua na pág. seguinte)

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Boletim do Contribuinte768NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Limitação aos benefícios fi scais em sede de IRC

O artigo 92º do Código do IRC limita as deduções à coleta no que respeita aos benefícios fi scais concedidos a empresas que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, bem como as não residentes com estabelecimento estável em território português.

Como consequência da referida limitação, o IRC liqui-dado, após as deduções correspondentes à dupla tributação internacional e das relativas a benefícios fi scais, não poderá ser inferior a 90% do montante que seria apurado caso o contribuinte não usufruísse de benefícios fi scais relativos a contribuições suplementares para fundos de pensões e equi-paráveis destinadas à cobertura de responsabilidades com benefícios de reforma (artigo 43º, nº 13, do Código do IRC) e à transmissibilidade de prejuízos fi scais em sociedades fundidas (artigo 75º do Código do IRC).

Todavia, a limitação prevista no referido artigo 92º possui

IRCBenefícios fi scais aplicáveis às empresas

Exercício fi scal 2014

exceções. Ou seja, o referido preceito comporta em si mesmo algumas exclusões, não abrangendo os seguintes benefícios fi scais:

- os que revistam caráter contratual;- os incentivos fi scais à investigação e desenvolvimento

empresarial II (SIFIDE II);- os benefícios fi scais relativos às zonas francas;- os benefícios que operem por redução das taxas;- os benefícios fi scais previstos em alguns artigos do esta-

tuto dos benefícios fi scais como é o caso: • do benefi cio fi scal à criação de emprego (art. 19º

do EBF);• do benefi cio fi scal aplicável às sociedades gesto-

ras de participações sociais (SGPS), sociedade de capital de risco (SCR) e investidores de capital de risco (ICR);

• do benefício fi scal relativo à eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos por sociedades residentes nos PALOP.

(Continuação da pág. anterior)

IRCBenefícios fi scais – alterações previstas para 2015

MECENATO CULTURAL

Introduz-se um regime autónomo aplicável ao mecenato cultural, no qual, em suma, se estabelece:

a) Entidades benefi ciárias são as pessoas coletivas, públicas ou privadas, que desenvolvam, sem fi ns lucrativos, atividades de natureza e interesse cultural, nomeadamente de defesa do património material e imaterial, teatro, ópera e bailado, música, organização de festivais e outras manifestações artísticas e da produção cinematográfi ca, audiovisual e literária, museológica, bibliotecária e arquivística;

b) Entidades promotoras, as pessoas singulares e coletivas, públicas ou privadas, que efectuem donativos às entidades acima referidas;

c) As entidades benefi ciárias terão obrigatoriamente de obter junto do membro do Governo responsável pela Cultura, previa-mente à obtenção dos donativos, a declaração do seu enquadramento no regime do mecenato cultural e do interesse cultural das atividades ou das ações desenvolvidas, salvo se a atividade a benefi ciar do donativo for, comprovadamente, objeto de apoios públicos atribuídos por organismos sob a tutela do membro do Governo responsável pela Cultura;

d) São gastos ou perdas do exercício, em valor correspondente a 120% do respetivo total, para efeitos de IRC ou da categoria B6 do IRS, os donativos atribuídos às entidades acima referidas;

e) São gastos ou perdas do exercício, até ao limite de 0,6% do volume de vendas ou de serviços prestados, em valor correspon-dente a 120% para efeitos do IRC ou da categoria B do IRS, os donativos atribuídos às entidades de natureza privada;

f) Os donativos são considerados gastos em valor correspondente a 130% do seu valor quando atribuídos ao abrigo de contratos plurianuais que fi xem objetivos a atingir pelas entidades benefi ciárias e os montantes a atribuir pelos sujeitos passivos.

Quando haja mecenato de recursos humanos, o valor da cedência de um técnico especialista é o valor correspondente aos encargos despendidos pela entidade patronal com a sua remuneração, incluindo os suportados para regimes obrigatórios de segurança social, durante o período da respetiva cedência.

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Boletim do Contribuinte 769NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Mais-valiasEstão isentas de IRC as mais-valias realizadas por entida-

des não residentes com a transmissão de:• Partes sociais de sociedades portuguesas;• Outros valores mobiliários emitidos por sociedades

portuguesas;• Warrants autónomos emitidos por sociedades portuguesas

e transacionados em bolsa;• Derivados transacionados em bolsa;• Unidades de participação em fundos de capital de risco

transacionados em bolsa;• Tributação de 10% do saldo positivo entre as mais-

-valias e as menos-valias na alienação de unidades de participação em fundos de capital de risco, quando o titular desses rendimentos, entidade não residente, não benefi cie de isenção.

Exceções:Não benefi ciarão daquela isenção/redução de taxa de IRC

as mais-valias realizadas por não residentes com a transmissão onerosa de partes sociais e outros valores mobiliários quando se verifi que uma das seguintes situações:

• Entidades residentes em paraíso fi scal;• Entidades detidas em mais de 25% por entidades resi-

dentes;• Transmissão de partes sociais cujo ativo seja constituído

em mais de 50% por bens imóveis situados em Portugal.

Juros de empréstimoEstão isentos, quando decorrem de empréstimos de ins-

tituições fi nanceiras não residentes a instituições de crédito residentes.

Ganhos em “swaps”Estão isentos quando obtidos por instituições fi nanceiras

não residentes, em operações com instituições de crédito residentes ou com o Estado.

Juros de depósito a prazoEstão isentos os juros de depósitos a prazo efetuados por

instituições de crédito não residentes.

Fundos de investimentoEstão isentos os rendimentos de unidades de participação

de fundos de investimento mobiliário, imobiliário e fundos de fundos obtidos por entidades não residentes. Os rendimentos de unidades de participação de fundos de capital de risco também se encontram isentos, exceto nas situações em que a entidade seja residente em paraíso fi scal ou seja detida, direta ou indiretamente, em mais de 25%, por entidade residente em território português, situação em que os rendimentos se encontrem sujeitos a retenção na fonte à taxa de 10%.

Benefícios Fiscais a Não ResidentesExercício fi scal 2014

Juros de títulos de dívida pública ou privadaPoderão estar isentos os rendimentos obtidos em territó-

rio português por não residentes, no caso de títulos de prazo superior a um ano e integrados em sistema centralizado de liquidação.

Empréstimos externos e rendas de locação de equipamentos importados

O Ministro das Finanças pode, a requerimento e com base em parecer fundamentado da Direcção-Geral dos Im-postos, conceder isenção total ou parcial de IRS ou de IRC, relativamente a juros de capitais provenientes do estrangeiro, representativos de empréstimos e rendas de locação de equi-pamentos importados, de que sejam devedores o Estado, as Regiões Autónomas, as autarquias locais e as suas federações ou uniões, ou qualquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados, compreendidos os institutos públicos e as empresas que prestem serviços públi-cos, desde que os credores tenham o domicílio no estrangeiro e não disponham em território português de estabelecimento estável ao qual o empréstimo seja imputado.

Juros de capitais provenientes do estrangeiroFicam isentos de IRS ou de IRC os juros de capitais pro-

venientes do estrangeiro representativos de contratos de em-préstimo Schuldscheindarlehen celebrados pelo IGCP, E.P.E., em nome e em representação da República Portuguesa, desde que o credor seja um não residente sem estabelecimento estável em território português ao qual o empréstimo seja imputado. A isenção fi scal fi ca subordinada à verifi cação, pelo IGCP, E.P.E., do cumprimento dos requisitos estabelecidos.

Regime especial de tributação de valores mo-biliários representativos de dívida emitida por entidades não residentes

Benefi ciam de isenção de IRS e de IRC os rendimentos dos valores mobiliários representativos de dívida pública e não pública emitida por entidades não residentes, que sejam considerados obtidos em território português nos termos dos Códigos do IRS e do IRC, quando venham a ser pagos pelo Estado Português enquanto garante de obrigações assumidas por sociedades das quais é acionista em conjunto com outros Estados membros da União Europeia.

Operações de reporte com instituições fi nanceiras não residentes

Ficam isentos de IRC os ganhos obtidos por instituições fi nanceiras não residentes na realização de operações de reporte de valores mobiliários efetuadas com instituições de crédito residentes, desde que os ganhos não sejam imputáveis a estabelecimento estável daquelas instituições situado em território português.

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770 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

associados e as respetivas cooperativas agrícolas (i.e., disponibilização, a estas últimas, de bens agrícolas, com o escopo da sua posterior venda/introdução no mercado) fundamentadas/sustenta-das na existência de um contrato de comissão, são consideradas como transmissões de bens, com a particularidade de a exigibilidade do imposto se verifi car, nestes casos, apenas no momento em que a comissário/cooperativa procede à venda do produto fi nal (vide n.º 5 do art. 7.º do CIVA).

2. O que signifi ca que só no momento em que ocorre esta venda do produto fi nal é que: a. A Requerente constitui-se na obrigação de pagamento, ao Estado, do imposto, por si liquidado, em resultado da venda do produto fi nal (nos termos e prazos constantes do n.º 1 do art. 27.º, da alínea c) do n.º 1 do art. 29.º, n.º 1 do art. 41.º; todos do CIVA). b. Os associados da Requerente se constituem na obrigação de entrega, ao Estado, do imposto relativo à transmissão, para a Requerente, dos bens agrícolas, provenientes das respetivas explorações agrícolas (nos termos e prazos mencionados nos normativos legais iden-tifi cados na alínea imediatamente precedente).

3. Dado que, como se referiu, a Requerente recorre, nos termos do n.º 14 do art. 29.º do CIVA, à autofa-turação (e contanto que se mostrem cumpridos os requisitos previstos nas alíneas a) a c) do n.º 11 do art. 36.º do CIVA), a fatura, referente à aquisição dos bens agrícolas aos respetivos associados deve ser, por si, emitida, o mais tardar, no prazo de 5 dias úteis da data em que ocorra a segunda transmissão, i.e., venda do produto fi nal [vide n.º 5 do art. 7.º, alínea a) do n.º 1 do art. 36.º, ambos do CIVA].

4. Não obstante, sempre que se verifi que a ocorrência de pagamentos antecipados (a efetivar pela Reque-rente aos respetivos associados), a respetiva fatura deve ser emitida no momento do recebimento desses montantes [vide alínea b) do n.º 1 do art. 29.º, e alínea c) do n.º 1 do art. 36.º do CIVA]. Mostrando-se, neste caso, o imposto exigível, nesse momento, i.e., a data do recebimento dos pagamentos antecipados [vide alínea c) do n.º 1 do art. 8.º do CIVA].

5. Isto, apesar de a obrigação de pagamento/entre-ga, ao Estado, do imposto liquidado nestas faturas recair, exclusivamente, sobre os associados da Requerente, devendo estes cumprir, igualmente, com todas as obrigações declarativas legalmente previstas, como seja o caso da obrigação de entrega das correspondentes declarações periódicas de IVA [vide n.º 1 do art. 27.º, alínea b) do n.º 1 do art. 29.º e alíneas a) e b) do n.º 1 do art. 41.º do CIVA].

6. Podendo, por seu turno, a Requerente deduzir o imposto (eventualmente constante das faturas por si autofaturadas, ao abrigo do consignado no n.º 14 do art. 29.º do CIVA) nos termos e de acordo com os limites instituídos pelo n.º 1 do art. 20.º, e art. 21.º, ambos do CIVA.

7. Não obstante, se os associados estiverem enqua-drados no regime especial de isenção, previsto no art. 53.º e ss. do CIVA, não haverá imposto a liqui-dar no que concerne à transmissão das uvas para a

IVAContrato de comissão - Faturação

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: Nº 14 do art. 29.º; 36ºAssunto: Faturação – Adiantamentos – Autofaturação - Con-

trato de comissão, fi rmado entre uma entidade e os respetivos associados

Processo: nº 7043, por despacho de 2014-10-22, do SDG do IVA, por delegação do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: I - Pedido A Requerente solicita, nos termos do art. 68.º da

Lei Geral Tributária (“LGT”), a emissão de uma informação vinculativa, com o propósito de se providenciar o enquadramento jurídico-tributário no que concerne aos seguintes factos:

• A Requerente é um sujeito passivo de imposto, enquadrada no regime normal, submetida à perio-dicidade mensal de entrega das respetivas declara-ções periódicas de imposto, que reveste a natureza jurídica de cooperativa agrícola, exercendo, a título principal, a atividade de PRODUÇÃO DE VINHOS COMUNS E LICOROSOS, a que corresponde o CAE 11021.

• A Requerente, no âmbito de um contrato de co-missão, fi rmado entre si e os respetivos associados (através do qual atua em nome próprio, mas por conta dos interesses destes), procede à receção das uvas resultantes das respetivas explorações agríco-las, com o escopo da sua vinifi cação, conservação, destilação, embalagem e colocação no mercado.

• Em regra, o pagamento aos associados ocorre apenas aquando da venda do produto fi nal, i.e., vinhos. Contudo, a Requerente efetua, ocasional-mente, pagamentos antecipados.

• A Requerente, por referência a todo e qualquer pagamento aos respetivos associados, procede ao processamento das faturas com base no preceituado no n.º 14 do art. 29.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (“CIVA”), i.e., por recurso a autofacturação.

II - Enquadramento jurídico-tributário Pronunciando-nos sobre os factos descritos pela

Requerente, cumpre informar o seguinte: 1. Nos termos da alínea c) do n.º 3 do art. 3.º do

CIVA (e de acordo com o entendimento já sufra-gado por esta Direção de Serviços, nomeadamente através da Informação n.º 1871, de 1993.06.15, averbada de despacho concordante, de 1993.06.16, do subdiretor geral do IVA), as operações entre os

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Boletim do Contribuinte 771

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Requerente, e as respetivas faturas deverão conter, para além da menção “autofacturação”, prevista na alínea c) do n.º11 do art. 36.º do CIVA, também a menção obrigatória relativa ao motivo justifi cativo da não aplicação do imposto, i.e., “IVA - regime de isenção”, por força do disposto no art. 57.º do CIVA.

IVAImpostos especiais de consumoGasóleo colorido – regime de isenção

e redução do ISP

Fatura-recibo e fatura simplifi cada

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 36º e 40ºAssunto: Faturas – Gasóleo colorido, adquirido pelos

portadores de cartão microcircuito (emitido para benefi ciários de isenção ou redução de ISP)

Processo: nº 6231, por despacho de 2014-04-28, do SDG do IVA, por delegação do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por « ….A…», presta-se a seguinte informação.

1. A requerente, enquadrada no regime normal de tributação, de periodicidade mensal, pelo exercí-cio, a título principal, da atividade de comércio a retalho de fl ores, plantas, sementes e fertilizantes, em estabelecimentos especializados e, a título secundário, da atividade de comércio a retalho de combustível para veículos a motor, em estabeleci-mentos especializados, vem expor e requerer nos seguintes termos: «Tendo esta Cooperativa um posto de abastecimento devidamente licenciado e realizando operações de venda de combustíveis líquidos aos seus associados — gasóleo colorido, os quais possuem cartão microcircuito (emitido para benefi ciários de isenção ou redução de ISP), vimos pela presente solicitar esclarecimento sobre os elementos necessários que devem constar dos documentos que são emitidos aquando dessas vendas.

Esta cooperativa usa FA [fatura], FR [fatura-recibo] e FS [fatura simplifi cada] — assim em cada um dos casos quais os elementos que devemos obrigato-riamente preencher, sendo que sabemos que o n.º de cartão tem que constar dos mesmos?

A principal dúvida reside se a identifi cação do cliente (nome, morada e NIF) é sempre obrigatória, mesmo que não emitamos uma FA, ou seja, podemos emitir FS / FR nestas situações, como nos outros casos em geral, atendendo ao DL 197/2012, ou nestes casos é sempre necessário emitir FA?

E se podemos usar FR e FS estão dispensados os campos do nome e NIF do cliente, apesar de termos que indicar o n.º do cartão microcircuito?

Por outro lado, em termos fi scais é necessário guar-dar o talão POS [«point of sale», expressão inglesa que deve traduzir-se para a língua portuguesa como «posto de venda»] que é emitido aquando da venda com o cartão microcircuito?

Se sim, durante quanto tempo?» 2. As questões colocadas prendem-se, por um lado,

com os requisitos a que deve obedecer a emissão da fatura que serve de suporte a cada abastecimento de gasóleo colorido e marcado e, por outro lado, com os aspetos relativos à eventual obrigação de arquivar e conservar os talões emitidos aquando da aquisição daquele combustível nos terminais postos de venda (point of sale, na terminologia do n.º 3 da Portaria n.º 361-A/2008, de 12 de maio).

Este diploma estabelece as regras de comercializa-ção do gasóleo colorido e marcado e os respetivos mecanismos de controlo, tendo em vista a correta afetação do produto aos destinos que benefi ciam de isenção ou de aplicação de taxas reduzidas do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), nos termos previstos no Código dos Impostos Especiais de Consumo (CIEC).

3. No tocante à eventual obrigação de arquivo e conservação do «talão POS» para efeitos fi scais, a informação de tal matéria insere-se no âmbito das atribuições cometidas à Direção de Serviços dos Impostos Especiais de Consumo e do Imposto sobre Veículos, pelo que a requerente deve remeter àquele serviço a correspondente dúvida, suscitada no presente pedido.

4. A transmissão de gasóleo colorido e marcado está sujeita ao imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) e é regulada, no que concerne à redução da taxa, pelo artigo 93.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo (CIEC).

5. Citam-se, a propósito, os números 3 e 5 daquele artigo: «[…] 3 — O gasóleo colorido e marcado só pode ser consumidos por: a) Motores estacionários utilizados na rega; b) Embarcações referidas nas alíneas c) e h) do n.º 1 do artigo 89.º; c) Tratores agrícolas, ceifeiras-debulhadoras, motocultiva-dores, motoenxadas, motoceifeiras, colhedores de forragem para silagem, colhedores de tomate, gadanheiras-condicionadoras, máquinas de vindi-mar, vibradores de tronco para colheita de azeitona e outros frutos, bem como outros equipamentos, incluindo os utilizados para a atividade aquícola, aprovados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áres das fi nanças, da agricultura e do mar; d) Veículos de transporte de passageiros

(Continua na pág. seguinte)

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772 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

e de mercadorias por caminho-de-ferro; e) Motores fi xos; f) Motores frigorífi cos autónomos, instala-dos em veículos pesados de transporte de bens perecíveis, alimentados por depósitos de combus-tível separados, e que possuam certifi cação ATP (Acordo de Transportes Perecíveis), nos termos a defi nir em portaria dos membros do Governo res-ponsáveis pelas àreas das fi nanças, da agricultura e dos transportes. […] 5 — O gasóleo colorido e marcado só pode ser adquirido pelos titulares do cartão eletrónico instituído para efeitos de controlo da sua afectação aos destinos referidos no n.º 3, sendo responsável pelo pagamento do montante de imposto resultante da diferença entre o nível de tributação aplicável ao gasóleo rodoviário e a

taxa aplicável ao gasóleo colorido e marcado, o proprietário ou o responsável legal pela exploração dos postos autorizados para a venda ao público, em relação às quantidades que venderem e que não fi quem devidamente registadas no sistema eletrónico de controlo. […]» .

6. O «cartão eletrónico» referido no n.º 5 do artigo 93.º do CIEC é o denominado cartão de microcir-cuito, como esclarece a mencionada Portaria n.º 361-A/2008, de 12 de maio, no seu n.º 5.º, nos seguintes moldes: «5.º O gasóleo colorido e marcado só pode ser vendido nos postos de abastecimento aos benefi ciários de uma isenção ou redução de taxa de ISP que sejam titulares de cartões de microcircuito emitidos para o efeito pela DGADR [Direção-Geral de Agricultura e do Desenvolvimento Regional], através dos quais são registadas todas as transa-ções de gasóleo colorido e marcado no sistema informático gerido pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS).»

7. A obrigação de faturação associada às transações referenciadas no ponto precedente está explicitada no n.º 8.º daquela Portaria, como se transcreve:

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Boletim do Contribuinte 773

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

«8.º O registo no sistema informático, através dos terminais POS, de cada abastecimento efetuado, não dispensa a emissão de respectiva fatura […], emitida em nome do titular do respetivo cartão de microcircuito.»

8. A obrigação específi ca aludida na disposição trans-crita está, aliás, em consonância com a obrigação genérica dos sujeitos passivos de IVA estatuída na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA (CIVA), a saber: «b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, tal como vêm defi nidas nos artigos 3.º e 4.º, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, ainda que estes não a solicitem, bem como pelos pagamentos que lhes sejam efetuados antes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços».

9. No que respeita aos requisitos a que deve obedecer a emissão de faturas, os mesmos estão elencados no n.º 5 do artigo 36.º do CIVA, como, seguidamente, se transcreve:

«5 — As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos a) Os nomes, fi rmas ou denominações sociais e a sede ou domicílio do fornecedor de bens ou prestador de serviços e do destinatário ou adquirente, bem como os correspondentes números de identifi cação fi scal dos sujeitos passivos de imposto; b) A quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados, com especifi cação dos elemen-tos necessários à determinação da taxa aplicável; as embalagens não efectivamente transacionadas devem ser objeto de indicação separada e com menção expressa de que foi acordada a sua devo-lução; c) O preço, líquido de imposto, e os outros elementos incluídos no valor tributável; d) As taxas aplicáveis e o montante de imposto devido; e) O motivo justifi cativo da não aplicação do imposto, se for caso disso; f) A data em que os bens foram colocados à disposição do adquirente, em que os serviços foram realizados ou em que foram efetua-dos pagamentos anteriores à realização das opera-ções, se essa data não coincidir com a da emissão da factura. No caso de a operação ou operações às quais se reporta a factura compreenderem bens ou serviços sujeitos a taxas diferentes de imposto, os elementos mencionados nas alíneas b), c) e d) devem ser indicados separadamente, segundo a taxa aplicável.

10. Importa salientar que, no caso sob análise, os sócios da Cooperativa, lavradores e adquirentes do gasóleo colorido e marcado, são sujeitos passivos do IVA na aceção da alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA, a qual diz textualmente: «1 — São sujeitos

passivos do imposto: a) As pessoas singulares ou coletivas que, de um modo independente e com carácter de habitualidade, exerçam atividades de produção, comércio ou prestação de serviços, in-cluindo as atividades extrativas, agrícolas e as das profi ssões livres, e, bem assim, as que, do mesmo modo independente, pratiquem uma só operação tributável, desde que essa operação seja conexa com o exercício das referidas atividades, onde quer que este ocorra, ou quando, independentemente dessa conexão, tal operação preencha os pressupostos de incidência real do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC)».

11. Nesta conformidade, a Cooperativa, ao vender o gasóleo colorido e marcado aos sócios titulares do cartão de microcircuito, deve emitir uma fatura por cada abastecimento, no integral respeito pelas regras plasmadas no n.º 8.º da Portaria n.º 361-A/2008 e nas correspondentes prescrições do CIVA.

12. Neste sentido, é imprescindível atender-se, igualmente, às particularidades que enformam a obrigação de faturação no contexto do Regime de Tributação dos Combustíveis Líquidos Aplicável aos Revendedores, compreendido entre os artigos 69.º e 75.º do CIVA.

13. Deste modo, mencionam-se, pela sua pertinên-cia, os n.ºs 2 a 4 do artigo 72.º do citado Código: «2 — O direito à dedução referido no número anterior só pode ser exercido com base em fatu-ras passadas na forma legal, podendo, porém, os elementos relativos à identifi cação do adquirente, com exceção do número de identifi cação fi scal, ser substituídos pela simples indicação da matrícula do veículo abastecido. 3 — As faturas emitidas pelos revendedores devem conter a indicação do preço líquido, da taxa aplicável e do montante de imposto correspondente ou, em alternativa, a in-dicação do preço com a inclusão do imposto e da taxa aplicável. 4 — No caso de entregas efetuadas por revendedores por conta dos distribuidores, as faturas emitidas pelos revendedores devem conter a menção ‹IVA — não confere direito à dedução› ou expressão similar.»

14. Conjugando o n.º 8.º da Portaria que vimos referindo com os artigos 36.º e 72.º do CIVA, pode desde já concluir-se que o nome, fi rma ou denominação social do adquirente, bem como o seu número de identifi cação fi scal devem constar nas faturas a processar na situação exposta. A sede ou domicílio deste podem ser omitidos, desde que seja indicada a matrícula do veículo abastecido. O preço pode apresentar-se líquido de imposto ou com imposto incluído; no primeiro caso, deve apor-se o correspondente montante de imposto. Todos os restantes itens contidos no n.º 5 do artigo 36.º do CIVA devem ser escrupulosamente cumpridos. Verifi cando-se a ocorrência específi ca reportada no n.º 4 do artigo 72.º do CIVA, a fatura emitida pela Cooperativa deve conter a menção ‹IVA — não

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774 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

confere direito à dedução› ou expressão similar. 15. No que diz respeito à possibilidade ou não de

emitir fatura-recibo ou fatura simplifi cada na situa-ção em apreço, deve reter-se que a primeira destas fi guras é aplicável quando a operação é liquidada a pronto pagamento e que o seu processamento se rege pelos requisitos exigíveis para a fatura.

16. Já no concernente à fi gura designada como fatura simplifi cada, o processamento da mesma obedece a quesitos distintos dos anteriormente referidos, observando-se no n.º 2 do artigo 40.º do CIVA (que se ocupa deste tipo de faturas), por comparação com a fatura ou a fatura-recibo, uma redução de elementos a considerar no seu preenchimento.

17. Assim, os elementos que, obrigatoriamente, devem ser incluídos numa fatura simplifi cada não satisfazem plenamente a previsão estatuída no n.º 8.º da Portaria atrás citada, porquanto, relativamente àquele documento, no que se refere ao sujeito pas-sivo adquirente, apenas se exige o seu número de identifi cação fi scal e não a sua identifi cação nominal.

18. Por tudo o que antecede, concluímos: 18.1. Quando a Cooperativa vende gasóleo colorido

e marcado aos sócios, nas condições atrás descritas, tal transmissão deve ser suportada pela emissão de uma fatura ou fatura-recibo, nas quais devem constar os nomes e números de identifi cação fi scal destes. A sede ou domicílio do adquirente podem ser omitidos, desde que seja indicada a matrícula do veículo abas-tecido. O preço pode constar líquido de imposto ou com imposto incluído; se líquido de imposto, deve indicar-se o montante de imposto devido. Todos os restantes itens elencados no artigo 36.º do CIVA devem ser escrupulosamente cumpridos.

18.2. Nas condições particulares enunciadas no n.º 4 do artigo 72.º do CIVA, a fatura ou fatura-recibo a emitir deve conter ainda a menção ‹IVA — não confere direito à dedução› ou expressão similar.

18.3. A fatura simplifi cada, cujos requisitos obri-gatórios não contemplam o nome nem o domicílio do adquirente que seja sujeito passivo, não reúne os pressupostos que permitam a sua utilização no caso sob análise.

Impostos especiais de consumoVenda de gasóleo colorido e marcado

FICHA DOUTRINARIADiploma: Código dos Impostos Especiais de Consumo

(CIEC) e Portarias nºs 361-A/2008, de 12 de maio e 840/2010 de 2 de setembro

Artigo: Artigo 93º do CIEC (nos 1, alínea f), do nº 3, e nº 5) Portaria nº 361-A/2008, de 12/05 (nºs 5°,6° e 7º) Portaria nº 840/2010, de 02/09 (nº 1 do artigo 3º)Assunto: Venda de gasóleo colorido e marcado (GCM) para

abastecimento de motores frigorífi cos autónomos, instalados em veículos pesados de transporte de bens perecíveis - depósitos colocados nas instalações das empresas autorizadas

Processo: 205.20.10-59/2014 - Despacho concordante de 2014/09/02, do Senhor Diretor Geral.

Conteúdo: A venda de GCM a entidades devidamente habilita-das (titulares de cartão) destinados ao abastecimento de equipamentos autorizados esta sujeita a uma formalidade essencial - o registo pelo vendedor, em terminal de pagamento automático (fi xo ou móvel) das quantidades abastecidas, no momenta em que ocorrem (nº 5 do artigo 93º, do CIEC, conjugado com os nºs 5, 6 e 7 da Portaria nº 361-A/2008, de 12/05).

O registo das vendas no terminal de pagamento automático vendedor e feito, mediante a utilização obrigatória do cartão atribuído ao benefi cia rio para o efeito, apos o reconhecimento do benefi cia em causa.

A venda de GCM para o abastecimento dos equipa-mentos previstos na alínea f) do nº 3 do artigo 93º do CIEC (motores frigorífi cos autónomos, instalados em veículos pesados de transporte de bens pere-cíveis, alimentados par depósitos de combustível separados e que possuam certifi cação ATP) está condicionada, uma vez reconhecido o benefício, à utilização obrigatória do cartão atribuído para o abastecimento desse equipamento (um cartão par cada motor frigorifi co autorizado), nos termos do nº 1 do artigo 3º da porta ria nº 840/2010, de 02/09.

Nestes termos, estando a venda de GCM sujeita ao registo obrigatório no momento em que esta é efetuada mediante a utilização do cartão atribuído para o efeito (igualmente obrigatória) e sendo, no caso dos motores frigorífi cos, atribuído um cartão por cada motor autorizado instalado em veículo pesado de mercadorias, conclui-se que a venda de GCM para abastecimento destes equipamentos, em depósitos colocados para o efeito nas instalações das empresas autorizadas, não logra enquadramento na legislação aplicável, na medida em que:

• Não é de molde a assegurar a cumprimento, por parte do vendedor, da obrigação de registo das vendas efetuadas para abastecimento de cada motor frigorifi co autorizado mediante a utilização (igualmente obrigatória) do respetivo cartão (nº 5 do artigo 93º, do CIEC e nºs 5, 6 e 7 da Portaria nº 361-A/2008, de 12/05, conjugados com o nº 1, do artigo 3º da Portaria nº 840/2010, de 02/09);

• Inviabiliza a controlo da afetação do produto aos equipamentos autorizados, o qual, no âmbito do benefi cio em causa, tem par base os abastecimentos efetuados a cada motor frigorifi co, devidamente registados através do cartão atribuído a esse equi-pamento.

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 775

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

IVABenefícios fi scais

Motociclos – Isenção por incapacidade

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: n.º 8 do artigo 15.º; 13.º, n.º 1, alínea j)Assunto: Enquadramento – Exclusão da isenção - Adquirente,

de um Motociclo novo, com um grau de incapaci-dade motora permanente de 62%

Processo: nº 7682, por despacho de 2014-10-22, do SDG do IVA, por delegação do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-culativa, apresentado nos termos do artigo 68.º da Lei Geral Tributária (LGT), relativo à possibilidade, colocada pelo Requerente, de o n.º 8 do artigo 15.º do CIVA isentar de IVA a aquisição de um motociclo novo, cumpre informar o seguinte:

I - MATÉRIA OBJETO DE APRECIAÇÃO 1. O Requerente, não é sujeito passivo de IVA, nos

termos do artigo 2.º, n.º 1, alínea a), do Código do IVA (CIVA).

2. O Requerente solicita informação sobre a pos-sibilidade de isenção de IVA nos termos do artigo 15.º, n.º 8, do CIVA, na aquisição de um motociclo novo, possuindo um grau de incapacidade motora permanente de 62% (sessenta e dois por cento), segundo atestado médico de incapacidade anexo ao pedido.

II - ENQUADRAMENTO APLICÁVEL EM SEDE DE IVA

3. A nível comunitário, as isenções previstas no Código do IVA dimanam, no essencial, da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado. Assim, e segundo jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), as isenções de IVA devem ser interpretadas de forma restrita, por constituírem exceções ao princípio geral segundo o qual qualquer operação efetuada a título oneroso, por um sujeito passivo, está sujeita a imposto.

4. No caso específi co do n.º 8 do artigo 15.º do CIVA, são isentos do imposto “as transmissões de triciclos, cadeiras de rodas, com ou sem motor, automóveis ligeiros de passageiros ou mistos para uso próprio de pessoas com defi ciência, de acordo com os condicionalismos previstos no Código do Imposto sobre Veículos, devendo o benefício ser requerido nos termos estabelecidos naquele Código”.

5. Por outro lado, encontram-se também isentas, nos termos do artigo 13.º, n.º 1, alínea j), do CIVA e artigo 15.º, n.º 1, alínea b), do RITI, as importações e aqui-sições intracomunitárias dos veículos enunciados no ponto anterior, nas mesmas condições estabelecidas para a transmissão no mercado interno.

6. O benefício em sede de IVA está condicionado aos veículos expressamente enunciados na legislação citada, sem prejuízo da verifi cação dos condicio-nalismos previstos no Código do Imposto sobre Veículos (Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho).

7. O motociclo, sendo classifi cado como veículo dotado de duas rodas, com ou sem carro lateral, com motor de propulsão com cilindrada superior a 50 cm3, no caso de motor de combustão interna, ou que, por construção, exceda em patamar a velocidade de 45 km/h (vide artigo 107.º, n.º 1, do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio) não integra qualquer dos tipos descritos, quer no n.º 8 do artigo 15.º, quer na alínea j) do n.º 1 do artigo 13.º, ambos do CIVA.

III – CONCLUSÕES 8. Face ao referido anteriormente, a isenção de IVA

prevista no artigo 15.º, n.º 8, do CIVA [bem como a prevista no artigo 13.º, n.º 1, alínea j), do CIVA quando se trate de importação de veículos] não se aplica a motociclos.

IVALocalização das operações

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 6ºAssunto: Localização de operações - Prestação de serviços

de transporte, em que o serviço de armazenagem é um elemento do serviço prestado.

Processo: nº 7269, por despacho de 2014-09-26, do SDG do IVA, por delegação do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por «….A…», presta-se a seguinte informação.

1. Pretende a Requerente o sancionamento do seguinte entendimento:

i) “Numa prestação de serviços de transporte, em que o serviço de armazenagem é um elemento do serviço prestado, o serviço de transporte deve ser localizado, para efeitos de tributação em sede de IVA, de acordo com a regra geral de localização dos serviços.

ii) O entendimento explanado no Regulamento nº1042/2013, de 7 de outubro, sobre a defi nição de serviços relacionados com bens imóveis, não obstante apenas entrar em vigor a 1 de janeiro de 2017, pode já ser seguido enquanto orientação

(Continua na pág. seguinte)

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776 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

genérica sobre a interpretação que os Estados Membros dão ao artigo 47º da Diretiva;

iii) Apenas se deve considerar um serviço de arma-zenagem como tendo uma relação sufi cientemente direta com um imóvel [e, consequentemente, apenas nessa circunstância fi car abrangido pela regra de localização especifi ca, prevista na alínea a) do número 8 do artigo 6º do Código do IVA], quando simultaneamente: i) o serviço de armazenagem for considerado um elemento central e essencial do serviço a ser prestado e,

ii) for dado ao benefi ciário do serviço, o direito exclusivo de utilizar todo ou uma parte expressa-mente determinada desse imóvel.

iv) Não se verifi cando uma das condições acima mencionadas, o serviço de transporte fi cará abrangi-do pela regra de localização da alínea a) do número 6 do artigo 6º do Código do IVA.”

2. Dispõe o artigo 44.° da Diretiva IVA que «O lugar das prestações de serviços efetuadas a um sujeito passivo agindo nessa qualidade é o lugar onde esse sujeito passivo tem a sede da sua ativi-dade económica. Todavia, se esses serviços forem prestados a um estabelecimento estável do sujeito passivo situado num lugar diferente daquele onde este tem a sede da sua atividade económica, o lugar das prestações desses serviços é o lugar onde está situado o estabelecimento estável. Na falta de sede ou de estabelecimento estável, o lugar das presta-ções dos serviços é o lugar onde o sujeito passivo destinatário tem domicílio ou residência habitual.»

3. Por sua vez, o artigo 47.° da referida Diretiva dispõe que «O lugar das prestações de serviços relacionadas com bens imóveis, incluindo os ser-viços prestados por peritos e agentes imobiliários, a prestação de serviços de alojamento no setor hoteleiro ou em setores com funções análogas, tais como campos de férias ou terrenos destinados a campismo, a concessão de direitos de utilização de bens imóveis e os serviços de preparação e de coordenação de obras em imóveis, tais como os serviços prestados por arquitetos e por empresas de fi scalização de obras, é o lugar onde está situado o bem imóvel.»

4. Estas normas estão consagradas no Código do IVA, no nº 6 do art. 6º (regras gerais de localização das prestações de serviços) e nas regras especiais estabelecidas nas al. a) dos nºs 7 e 8 do mesmo art.6º, quanto à localização das prestações de serviços relacionadas com bens imóveis.

5. A localização das prestações de serviços de arma-zenagem foi objeto de um Acórdão do TJUE, datado de 27/06/2013, no processo C-155/12, que teve na

sua origem um pedido de decisão prejudicial nos termos do artigo 267º do TFUE, formulado pelo Supremo Tribunal polaco, quanto à interpretação dos artigos 44º e 47º da Diretiva IVA.

6. De acordo com o § 39º do Acórdão em questão, “o artigo 47° da Diretiva IVA deve ser interpretado no sentido de que uma prestação de serviços complexa de armazenagem, consistente na receção das merca-dorias em armazém, na sua colocação nos espaços de armazenagem apropriados, na sua conservação, no seu acondicionamento, na sua entrega, na sua descarga e na sua carga, só está abrangida pelo disposto nesse artigo se a armazenagem constituir a prestação principal de uma operação única e se aos benefi ciários dessa prestação for concedido um direito de utilização da totalidade ou de parte de um bem imóvel expressamente determinado.”

7. Ora, os efeitos materiais dos acórdãos do TJUE, no que se refere às questões prejudiciais de inter-pretação, vinculam quer o tribunal que suscitou a questão quer os restantes tribunais nacionais e do espaço da União, quanto às conclusões – bem como à fundamentação – do acórdão prejudicial, por razões de uniformidade. Não obstante, caso a questão seja novamente colocada pelo juiz nacio-nal, a decisão anterior do TJUE pode ser revista ou modifi cada por este, alterando o conteúdo e o sentido do acórdão anterior.

8. Tratando-se de acórdão interpretativo, a inter-pretação incorpora-se na norma que interpreta, vinculando o juiz nacional à sua aplicação com o sentido e o alcance que foi defi nido pelo acórdão.

9. Assim, nos acórdãos interpretativos, a regra é a produção de efeitos “ex tunc”, ou retroatividade dos efeitos do acórdão interpretativo. Todavia, o TJUE – e apenas este – tem a faculdade, em todos os casos, de limitar os efeitos do acórdão prejudicial, de interpretação (ou de apreciação de validade), no tempo.

10. Deste modo, é à luz dos critérios interpretativos fi xados pelo TJUE e citados ao longo desta infor-mação que a requerente deve aferir a localização da prestação de serviços contratada com os seus clientes.

11. Assim, caso a prestação de serviços de armaze-nagem contratada, se trate de uma única prestação e apresente uma “ligação sufi cientemente direta com um bem imóvel”, no sentido de os adquirentes do serviço terem “direito de acesso à parte do imóvel onde as mercadorias estão armazenadas”, então trata-se de uma operação sobre imóvel, localizada e tributada no local da situação do imóvel.

12. Caso contrário, isto é, se a prestação de serviços de armazenagem for acessória de outra prestação de serviços e o adquirente do serviço não tiver di-reito de acesso/utilização a imóvel expressamente determinado, não se trata de uma prestação de serviços sobre imóvel e considera-se localizada e tributada segundo a regra geral de localização das prestações de serviços, consagrada na al. a) do nº6 do art.6º do CIVA, ou seja, na sede do adquirente, sujeito passivo de imposto.

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 777NOVEMBRO 2014 - Nº 22

IVAPrática de natação e aulas de inglês

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: 2ºAssunto: Exclusão da isenção - Prática de natação e a aulas

de inglêsProcesso: nº 7641, por despacho de 2014-10-22, do SDG do

IVA, por delegação do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por «….A…», presta-se a seguinte informação.

No presente pedido de informação vinculativa, a requerente pretende confi rmação sobre a aplicabi-lidade do regime de isenção previsto na alínea 7) do artigo 9.º do Código do IVA (CIVA) à prática de natação e a aulas de inglês que, no âmbito da sua atividade, pretende disponibilizar aos seus utentes.

DESCRIÇÃO DOS FACTOS 1. A requerente encontra-se registada para efeitos

fi scais com a atividade de “Atividades de cuidados para crianças, sem alojamento” - CAE 88910 tendo, em sede deste imposto, enquadramento na isenção prevista no artigo 9.º do CIVA.

2. Pretendendo disponibilizar aos seus utentes a prática de natação bem como aulas de inglês, refere ter celebrado protocolos com uma instituição des-portiva e com uma escola de línguas (instituições que não identifi ca) que irão faturar a totalidade dos serviços prestados diretamente à requerente que, por sua vez irá faturar, mensalmente, os mesmos serviços aos seus utentes.

ENQUADRAMENTO LEGAL 3. Em sede de IVA a atividade desenvolvida por

estabelecimentos de apoio social está contemplada na alínea 7) do artigo 9.º do Código do IVA (CIVA) que determina que estão isentas de imposto “As prestações de serviços e as transmissões de bens estreitamente conexas, efetuadas no exercício da sua atividade habitual por creches, jardins-de-infância, centros de atividade de tempos livres, estabele-cimentos para crianças e jovens desprovidos de meio familiar normal, lares residenciais, casas de trabalho, estabelecimentos para crianças e jovens defi cientes, centros de reabilitação de inválidos, lares de idosos, centros de dia e centros de convívio para idosos, colónias de férias, albergues de juven-tude ou outros equipamentos sociais pertencentes a pessoas coletivas de direito público ou instituições particulares de solidariedade social ou cuja utilidade social seja, em qualquer caso, reconhecida pelas autoridades competentes, ainda que os serviços sejam prestados fora das suas instalações”.

4. A isenção prevista nesta norma abrange assim, não só as prestações de serviços e as transmissões de

bens estreitamente conexas, efetuadas no exercício da sua atividade habitual por quaisquer equipa-mentos sociais pertencentes a pessoas coletivas de direito público ou a instituições particulares de solidariedade social, mas, também, as efetuadas por equipamentos sociais pertencentes a quaisquer outras entidades, seja ou não prosseguida uma fi nalidade lucrativa (Ofício-Circulado n.º 30071, de 2004.06.24, da DSIVA) desde que, neste caso, a utilidade social se veja reconhecida.

5. Deste modo, para benefi ciar da isenção prevista na alínea 7) do artigo 9.º do CIVA, torna-se necessário que as entidades privadas que desenvolvam ativi-dades de apoio social (no caso, creche e jardim de infância) obtenham o reconhecimento de utilidade social, nos termos do Decreto-Lei n.º 64/2007, de 14 de março (alterado e republicado pelo Decreto--Lei n.º 99/2011, de 28 de setembro).

6. Refi ra-se, contudo, que esta isenção abrange somente as operações prestadas aos utentes diretos dos sujeitos passivos nela enquadrados, não se apli-cando às prestações de serviços e às transmissões de bens efetuados a terceiros, ainda que no exercício da sua atividade ou como sua consequência (ofício--circulado n.º 115934, de 1988.12.19).

7. Tendo em conta a questão colocada, importa, ainda, fazer referência à alínea 9) do artigo 9.º do CIVA segundo a qual estão isentas de imposto “As prestações de serviços que tenham por objeto o ensino, bem como as transmissões de bens e prestações de serviços conexas, como sejam o fornecimento de alojamento e alimentação, efetu-adas por estabelecimentos integrados no Sistema Nacional de Educação ou reconhecidos como tendo fi ns análogos pelos ministérios competentes”.

8. Encontra-se, assim, englobado nesta isenção o ensino efetuado por estabelecimentos integrados no Sistema Nacional de Educação, ou reconheci-dos como tendo fi ns análogos pelo Ministério de Educação, através de uma certifi cação expressa de que o ensino ministrado se integra nos objetivos do citado Sistema Nacional de Educação.

9. Por sua vez, o Despacho n.º 9265-B/2013, de 15 de julho, do Gabinete do Ministro da Educação e Ciência (que revogou o Despacho n.º 14460/2008, de 15 de maio e o Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho) vem regulamentar as normas de funciona-mento das atividades de enriquecimento curricular, bem como a componente de apoio à família e das atividades de animação e de apoio à família.

10. O citado Despacho aplica-se, conforme deter-mina o seu artigo 1.º “ (…) aos estabelecimentos de educação e ensino público nos quais funcionem a educação pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino bá-sico e defi ne as normas a observar no período de funcionamento dos respetivos estabelecimentos, bem como na oferta das atividades de animação e de apoio à família (AAAF), da componente de apoio à família (CAF) e das atividades de enriquecimento curricular (AEC) “.

(Continua na pág. seguinte)

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778 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

NOVEMBRO 2014 - Nº 22

11. De acordo com o artigo 7.º do mesmo Despacho, consideram-se atividades de enriquecimento curri-cular no 1.º ciclo do ensino básico as atividades edu-cativas e formativas que incidam na aprendizagem da língua inglesa ou de outras línguas estrangeiras e nos domínios desportivo, artístico, científi co, técnico e das tecnologias da informação e comunicação, de ligação da escola com o meio e de educação para a cidadania.

12. As atividades de enriquecimento curricular são de frequência gratuita, sendo a inscrição facultativa (n.º 1 do artigo 8.º do Despacho).

13. Em conformidade com o artigo 10.º do citado Despacho, podem ser entidades promotoras das ativi-dades de enriquecimento curricular: os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas; autarquias locais; associações de pais e encarregados de educação e instituições particulares de solidariedade social (IPSS).

14. Face ao estabelecido no citado Despacho n.º 9265-B/2013, considera-se que as atividades de enriquecimento curricular que se encontram mencio-nadas no seu artigo 7.º estão integradas nos objetivos do Sistema Nacional de Educação.

ANÁLISE DA SITUAÇÃO E CONCLUSÃO 15. Não obstante o mencionado, as disposições con-

tidas no Despacho n.º 9265-B/2013 aplicam-se aos estabelecimentos de educação nos quais funcionem a educação pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino básico.

16. De acordo com o disposto na Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, que consagra a Lei-quadro da Educa-ção Pré-Escolar, a educação pré-escolar destina-se a crianças compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico e é ministrada em estabelecimentos de educação pré-escolar, sendo, no entanto, facultativa a sua frequência.

17. Por consulta aos registos informáticos da Segu-rança Social verifi ca-se que a requerente se encontra devidamente licenciada nos termos do Decreto-Lei n.º 64/2007, de 14 de março, para o exercício da atividade de “Creche”, pelo Centro Distrital de Aveiro considerando-se, por tal facto, de utilidade social.

18. Deste modo, face aos escalões etários previstos na licença de funcionamento (até 36 meses), o disposto no Despacho n.º 9265-B/2013 não tem aplicabilidade ao caso da requerente.

19. As prestações de serviços e as transmissões de bens estreitamente conexas, efetuadas pela requeren-te no exercício da sua atividade de “Creche”, estão isentas de IVA nos termos da alínea 7) do artigo 9.º do CIVA.

20. Por sua vez, importa referir que, caso a reque-rente, para além da atividade em que se encontra registada iniciar qualquer outra atividade, deve

proceder em conformidade com o estipulado no n.º 1 do artigo 32.º do CIVA, que determina que “Sempre que se verifi quem alterações de qualquer dos elementos constantes da declaração relativa ao início de atividade, deve o sujeito passivo entregar a respetiva declaração de alterações”, no prazo de 15 dias a contar da data da alteração (n.º 2 do artigo 32.º) podendo utilizar um dos meios previstos no n.º 1 do artigo 35.º do CIVA.

21. Dado que, no caso da requerente, o exercício das atividades de natação e inglês não merecerem acolhimento na isenção da alínea 9) do artigo 9.º do CIVA estará a realizar, simultaneamente, opera-ções isentas que não conferem o direito à dedução (atividade principal) e operações tributadas, que conferem esse direito, pelo que passa a considerar--se, para efeitos de IVA, um sujeito passivo misto. Tal circunstância deve ser assinalada na declaração de alterações a entregar.

22. Para efeitos do exercício do direito à dedução do imposto suportado nas aquisições de bens e serviços, deve atender à disciplina do artigo 23.º do CIVA no que respeite aos bens e serviços que utilize simultaneamente nas atividades que exerce (isenta e tributadas), devendo indicar qual o método de dedu-ção a utilizar: método de percentagem de dedução, denominado prorata, ou o método da afetação real.

IVAExploração de piscinas municipais

pela autarquia

FICHA DOUTRINÁRIADiploma: CIVAArtigo: alínea 8) do artigo 9.ºAssunto: Isenções - autarquia que elaborou um protocolo com

uma fundação para passar a efetuar a exploração direta das piscinas daquela entidade.

Processo: nº 6589, por despacho de 2014-04-01, do SDG do IVA, por delegação do Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira - AT.

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa solicitada, ao abrigo do art° 68° da Lei Geral Tributária (LGT), por « ….A…», presta-se a seguinte informação.

A presente informação vinculativa prende-se com o enquadramento de operações na alínea 8) do artigo 9.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA).

SITUAÇÃO APRESENTADA 1. A requerente é uma autarquia que elaborou um

protocolo com uma fundação para passar a efetuar a exploração direta das piscinas daquela entidade.

2. Assim, pretende saber «(…) o enquadramento em sede de IVA dos valores a cobrar no acesso às Piscinas Municipais».

ENQUADRAMENTO LEGAL 3. De acordo com a alínea 8) do artigo 9.º do Código

do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA),

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 779NOVEMBRO 2014 - Nº 22

são isentas de imposto «(a)s prestações de serviços efetuadas por organismos sem fi nalidade lucrativa que explorem estabelecimentos ou instalações destinados à prática de atividades artísticas, des-portivas, recreativas e de educação física a pessoas que pratiquem essas atividades».

4. Consideram-se organismos sem fi nalidade lu-crativa, de acordo com defi nição prevista no artigo 10.º do CIVA, aqueles que simultaneamente: «a) Em caso algum distribuam lucros e os seus corpos gerentes não tenham, por si ou por interposta pessoa, algum interesse direto ou indireto nos resultados da exploração; b) Disponham de escrituração que abranja todas as suas actividades e a ponham à disposição dos serviços fi scais, designadamente para comprovação do referido na alínea anterior; c) Pratiquem preços homologados pelas autoridades públicas ou, para as operações não suscetíveis de homologação, preços inferiores aos exigidos para análogas operações pelas empresas comerciais sujeitas ao imposto; d) Não entrem em concorrência directa com sujeitos passivos do imposto».

5. Atenta a sua natureza de pessoa coletiva de direito público, as câmaras municipais confi guram, em princípio, organismos sem fi nalidade lucrativa. A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) elaborou o ofi cio-circulado n.º 174 229, de 1991.11.20, da Direção de Serviços do IVA (então Direção de Serviços de Conceção e Administração), sobre o enquadramento das diversas atividades desenvolvidas pelas câmaras municipais, onde esclarece que «a utilização de ins-talações desportivas, incluindo as piscinas, quando diretamente exploradas pela Câmara, «são operações sujeitas a imposto, mas dele isentas».

6. Nestes termos, os serviços disponibilizados pelos Municípios, que explorem estabelecimentos ou instalações destinados à pratica de atividades artís-ticas, desportivas, recreativas e de educação física a pessoas que pratiquem essas atividades, no caso, piscinas, benefi ciam da isenção prevista na alínea 8) do artigo 9) do CIVA, quando os benefi ciários efetivos dos referidos serviços sejam os praticantes dessas atividades, ainda que faturados a um terceiro.

7. A isenção preconizada na alínea 8), bem como as restantes consignadas no artigo 9.º do CIVA, são designadas por isenções incompletas, uma vez que os sujeitos passivos por ela abrangidos não liquidam o imposto nas operações que praticam nesse âmbito, nem têm direito a deduzir o imposto suportado nas aquisições de bens e serviços relacionados com essa atividade, dado que estas operações não se encontram contempladas no artigo 20.º do citado diploma legal. Nestes termos, o imposto suportado no âmbito daquelas operações é um encargo para os sujeitos passivos que as praticam.

CONCLUSÃO Atendendo a que a autarquia faz a exploração direta

das piscinas municipais, nos valores a cobrar aos utentes pelo acesso àqueles equipamentos não deve proceder à liquidação do imposto, nos termos anteriormente referidos.

Lei dos BaldiosRetifi cação da Lei n.º 72/2014, de 2.9Declaração de Retifi cação n.º 46/2014

de 29 de outubro(in DR nº 209, I série, de 29.10.2014)

Para os devidos efeitos, observado o disposto no n.º 2 do artigo 115.º do Regimento da Assembleia da República, declara-se que a Lei n.º 72/2014, de 2 de setembro, que «Procede à segunda alte-ração à Lei n.º 68/93, de 4 de setembro, que estabelece a Lei dos Baldios, à alteração ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de julho, e à nona alteração ao Regulamento das Custas Processuais, aprovado pelo Decreto--Lei n.º 34/2008, de 26 de fevereiro», foi publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 168, de 2 de setembro de 2014, com as seguintes incorreções, que assim se retifi cam:

No artigo 1.º:onde se lê «...Lei n.º 89/97, de 30 de junho...»deve ler-se «...Lei n.º 89/97, de 30 de julho...»No n.º 2 do artigo 31.º da Lei n.º 63/93, de 4 de setembro, na

redação constante do artigo 2.º e da republicação anexa:onde se lê «As parcelas sobre que incidam os direitos a alienar

não podem ter área superior à estritamente necessária ao fi m a que se destinam e, quando afetados a objetivos de expansão urbana, não podem exceder 1500 m por cada nova habitação a construir.»

deve ler-se «As parcelas sobre que incidam os direitos a alienar não podem ter área superior à estritamente necessária ao fi m que se destinam e, quando afetadas a objetivos de expansão urbana, não podem exceder 1500 m2 por cada nova habitação a construir.»

No artigo 3.º: onde se lê «...Lei n.º 89/97, de 30 de junho...»deve ler-se «...Lei n.º 89/97, de 30 de julho...»No n.º 3 do artigo 1.º da Lei n.º 63/93, de 4 de setembro, na

redação constante da republicação anexa:onde se lê «São compartes todos os cidadãos eleitores, inscritos

e residentes nas comunidades locais onde se onde se situam os respetivos terrenos baldios ou que aí desenvolvam uma atividade agrofl orestal ou silvopastoril.»

deve ler-se «São compartes todos os cidadãos eleitores, inscritos e residentes nas comunidades locais onde se situam os respetivos terrenos baldios ou que aí desenvolvem uma atividade agrofl orestal ou silvopastoril.»

No artigo 41.º da Lei n.º 63/93, de 4 de setembro, na redação constante da republicação anexa:

onde se lê «Sem prejuízo da entrada em vigor das normas da presente lei que possam ser diretamente aplicáveis, o Conselho de Ministros procederá à regulamentação necessária à sua boa execução, no prazo de 90 dias a contar da entrada em vigor da presente lei.»

deve ler-se «A regulamentação necessária à boa execução da presente lei reveste a forma de decreto-lei.»

N.R. 1 - A Lei nº 72/2014, de 2.9, foi transcrita no Boletim do Contribuinte, 2014, pág. 613.

2 - Chama-se a especial atenção dos interessados para o facto de esta Lei ter introduzido alterações à Lei dos Baldios (Lei nº 68/93, de 4.9), ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (artigo 59º) bem como ao Regulamento das Custas Judiciais, aprovado pelo Dec.-Lei nº 34/2008, de 26.2.

3 - A Lei nº 68/93, de 4.9, atualizada foi reproduzida no Boletim do Contribuinte, 2014, págs. 615 a 621.

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NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Boletim do Contribuinte780

APOSTE NA QUALIDADE E OBTENHA RENTABILIDADE!As inúmeras responsabilidades dos TOC, traduzidas pelas alterações legislativas dos últimos anos, levaram os gabinetes de contabilidade a repensar o seu modelo de negócio.

ESTA FORMAÇÃO TEM POR BASE:

Uma aplicação informática que funciona em ambiente web.

OBJETIVOSPerceber as etapas da gestão de um gabinete de contabilidade, através do planeamento semanal de cargas de trabalho, apuramento de desvios e lançamento de ações corretivas e preventivas.

a produtividade, os objetivos a atingir, eliminando clientes não rentáveis gerindo o gabinete em tempo real.

Estudos indicam que “Menos de 10% das estratégias efetivamente

executadas” e que “na maioria das falhas - em torno dos 70% - o problema real não é estratégia ruim... É execução ruim”.

Porto 16 dezembro09h30 às 13h /14h30 às 18h

Organização:

Ana Rita Bessa (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA. | Tlf: 223 399 427/00 | Fax: 222 058 098Email: [email protected]

PROGRAMA:1. Como distribuir cargas de documentos pelos colaboradores2. Controlo do trabalho realizado diariamente3. Como planear evitando desvios4. Gestão de pedidos recebidos e tratados

6. Avaliação do desempenho do gabinete7. Avaliação de desempenho dos colaboradores8. Como evitar incumprimentos e coimas9. Como concentrar informação crítica do cliente10. Avaliação de rentabilidade por cliente11. Determinação do justo valor da avença a praticar12. Como informar melhor as alterações legislativas aos clientes13. Reconciliação bancária automática

PREÇOS*: Assinantes VE: 80€ +IVA | Público em geral: 120€ +IVA

A Gestão de Gabinetes de Contabilidade do Século XXI

Formador: Dra. Alice Carla Campos, formadora na área da contabilidade desde 1998, Licenciada em Contabilidade e Administração de Empresas pelo I.S.C.A. Aveiro. Pós graduada em Direito Fiscal pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.Gestora de um gabinete de contabilidade com presença no mercado Nacional e Moçambicano.Coordenadora de várias ações de formação para empresários.

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Boletim do Contribuinte 781

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2014 - Nº 22

Segundo o Governo, o Programa de Estágios Profi ssionais na Administração Local (PEPAL), aprovado pelo Decreto--Lei nº 166/2014, de 6.11, permite aos estagiários o desempenho de funções no contexto da Administração Local, prioritariamente as correspondentes à carreira de técnico superior do regime geral da função pública.

DestinatáriosO PEPAL, com duração de 12 meses

não prorrogáveis, destina-se a jovens que preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos:

- estejam à procura do primeiro em-prego ou sejam desempregados à procura de novo emprego;

- tenham até 29 anos de idade, inclu-sive, aferidos à data de início do estágio. No caso de pessoas com deficiência e ou incapacidade, o limite de idade é de 35 anos.

- possuam uma qualifi cação corres-pondente, pelo menos, ao nível 6 (li-cenciatura) da estrutura do Quadro Nacional de Qualifi cações (QNQ). No caso de estágios em funções correspondentes a carreira diver-sa de técnico superior, o PEPAL pode abranger jovens detentores de nível de qualifi cação inferior à licenciatura.

Considera-se que está à procura do primeiro emprego ou desempregado à procura de novo emprego, o jovem que se encontre numa das seguintes situações:

- nunca tenha tido registo de remu-nerações em regimes de proteção social de inscrição obrigatória e não se encontre inscrito em qualquer sistema de ensino ou formação profi ssional a tempo inteiro;

- esteja inscrito nos serviços de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, na quali-dade de desempregado.

Apresentação de candidaturas As candidaturas à frequência dos

estágios profi ssionais são apresentadas junto das entidades promotoras dos estágios.

Os candidatos que tenham frequen-tado programas de estágios profi ssionais financiados por fundos públicos só podem frequentar um novo estágio ao abrigo do PEPAL caso se verifi que, no processo de seleção para o estágio a que se candidatam, a inexistência de candi-datos aprovados que nunca realizaram estágios fi nanciados.

Recrutamento e seleçãoO procedimento de recrutamento e

seleção dos candidatos é da responsabi-lidade da entidade promotora do estágio.

Na seleção dos candidatos são aplica-dos os métodos da avaliação curricular e da entrevista individual.

A entidade promotora pode, no âmbito do procedimento concursal pu-blicitado, dar preferência aos candidatos residentes na área do município.

As entidades promotoras estão obri-gadas a assegurar aos estagiários o de-senvolvimento exclusivo de atividades correspondentes à sua área de formação e para as quais foram admitidos.

Bolsa de estágioAos estagiários é atribuída, por cada

um dos meses de duração do estágio, uma bolsa de estágio de montante fi xado por portaria do Governo.

Aos estagiários são ainda concedidos os seguintes apoios:

- subsídio de refeição de valor cor-respondente ao praticado para a generalidade dos trabalhadores que exercem funções públicas;

- seguro que cubra os riscos de eventualidades que possam ocorrer durante e por causa das atividades correspondentes ao estágio profi s-sional, bem como nas deslocações entre a residência e o local de estágio.

Efeitos fi scais e Segurança SocialA bolsa de estágio está sujeita a tri-

butação, nos termos do Código do IRS.A relação jurídica decorrente da

celebração de um contrato de estágio é

equiparada, exclusivamente para efeitos de Segurança Social, a trabalho por conta de outrem.

Avaliação e classificação final dos estagiários

No fi m do estágio é realizada uma avaliação do estagiário, a qual tem em consideração o cumprimento dos obje-tivos e do plano de estágio.

A avaliação é sempre fundamentada e compete ao dirigente máximo da enti-dade promotora, mediante proposta do orientador do estágio, obedecendo a uma escala de 0 a 20 valores.

Termo do estágio e preferênciasNo fi m do estágio é entregue ao es-

tagiário um certifi cado comprovativo de frequência e avaliação fi nal.

A conclusão do estágio com ava-liação positiva não tem como efeito a constituição de uma relação jurídica de emprego público ou qualquer outro tipo de vinculação com o Estado.

Os estagiários que tenham obtido aproveitamento com avaliação não inferior a 14 valores, no âmbito dos procedimentos concursais a que se candidatem, publicitados pela entidade promotora onde realizaram o estágio e para ocupação de posto de trabalho da carreira de técnico superior cujas caracte-rísticas funcionais se identifi quem com a atividade desenvolvida durante o estágio, e se candidatem, nos termos legais, a procedimento concursal de recrutamento publicitado no período de dois anos após o termo do estágio, têm preferência na lista de ordenação fi nal dos candidatos, em caso de igualdade de classifi cação.

RegulamentaçãoO Programa de Estágios Profi ssionais

na Administração Local será regulamen-tado por meio de portaria do Secretário de Estado da Administração Local, de-signadamente em matéria de acesso ao programa de estágios e respetivos termos de execução.

Por último, refi ra-se que a regulamen-tação a publicar deverá assegurar que os estagiários não desenvolvem, no decurso do estágio, atividades que, perante as circunstâncias concretas, correspondam à supressão de carências de recursos humanos da entidade promotora.

ADMINISTRAÇÃO LOCALPrograma de Estágios Profi ssionais

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Boletim do Contribuinte782

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2014 - Nº 22

O Decreto Legislativo Regional nº 13/2014/M, de 5.11, fi xou em 515,10 euros o valor da retribuição mínima mensal a aplicar na Região Autónoma da Madeira, com efeitos reportados a 1 de outubro de 2014.

O novo montante do salário mínimo corresponde a um acréscimo de 2% (complemento regional) relativamente ao novo valor de 505 euros, fixado para o Continente pelo Decreto-Lei nº 144/2014, de 30.9 (Bol. do Contribuinte, 2014, pág. 702).

Por sua vez, na Região Autónoma dos Açores o salário mínimo passou de 509,25 euros para 530,25 euros, repre-sentando um acréscimo de 5% em rela-ção ao montante aplicado no Continente, conforme resulta do Decreto Legislativo Regional nº 8/2002/A, de 10.4.

De acordo com o Decreto-Lei nº 154/2014, de 20.10 (Bol. do Contribuin-te, 2014, pág. 744), o aumento do salário mínimo é acompanhado de uma redução em 0,75% da taxa social única (TSU) que as entidades empregadoras descontam para a Segurança Social, diminuindo de 23,75% para 23%.

Esta redução da taxa contributiva, aprovada pelo Decreto-Lei nº 154/2014, de 20.10 (Bol. do Contribuinte, 2014, pág. 744), reporta-se às contribuições referentes às remunerações devidas nos meses de novembro de 2014 a janeiro de 2016, nas quais se incluem os montantes devidos a título de subsídios de férias e de Natal.

Importa ter presente que a redução da taxa contributiva é concedida ofi cio-samente pelos serviços da Segurança So-

cial quando se verifi quem as condições de atribuição.

Apenas no caso de trabalhadores com contrato de trabalho a tempo parcial é ne-cessária a apresentação de requerimento, encontrando-se disponível em www4.seg-social.pt/formularios.

A redução da taxa contributiva aplica-se às entidades empregadoras de direito privado, contribuintes do regime geral de segurança social dos trabalhado-res por conta de outrem, relativamente a cada trabalhador ao seu serviço.

Benefi ciam ainda da medida as en-tidades cuja redução de taxa resulte do facto de serem pessoas coletivas sem fi ns lucrativos (instituições particulares de solidariedade social, associações, fundações, cooperativas, associações de empregadores, sindicatos e respetivas uni-ões, federações e confederações, ordens profi ssionais, partidos políticos, casas do povo, caixas de crédito agrícola mútuo) ou por pertencerem a setores economicamen-te débeis (agricultura e pescas).

MADEIRAAtualização do montante do salário mínimo

Importa recordar que o Decreto-Lei nº 13/2013, de 25.1, estabelece a possi-bilidade de ser concedido subsídio de desemprego aos quadros técnicos das empresas que sejam substituídos por outros trabalhadores, visando o reforço da qualifi cação e da capacidade técnica das mesmas organizações.

Assim, no caso de existência de acordo entre a entidade empregadora e os trabalhadores visados, será considerado desemprego involuntário para efeitos de atribuição de subsídio de desemprego.

Nestas situações está prevista a atribuição de subsídio de desemprego desde que seja mantido o nível líquido de emprego anterior da empresa.

Estão em causa postos de trabalho a que corresponde o exercício de atividade de complexidade técnica, elevado grau

de responsabilidade ou que pressupõem uma especial qualifi cação.

O art. 10º-A do Decreto-Lei nº 220/2006, de 3.11, do regime de pro-teção no desemprego, veio estabelecer as condições a que devem obedecer as cessações de contrato de trabalho por acordo desses trabalhadores de modo a revestirem situações de desemprego involuntário, as quais não fi cam sujeitas às quotas (limites de trabalhadores a abranger) já previstas relativamente às cessações do contrato de trabalho por acordo, fundamentadas em motivos que permitam o recurso ao despedimento co-letivo ou extinção do posto de trabalho.

A manutenção do nível de emprego tem de se verifi car até ao fi nal do mês seguinte ao da cessação do contrato de trabalho e considera-se assegurada por meio de contratação de novo trabalhador mediante contrato sem termo a tempo

completo, para posto de trabalho a que corresponda o exercício de atividade de complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou que pressuponha uma especial qualifi cação.

Constitui contraordenação grave a cessação de contratos de trabalho com acesso ao subsídio de desemprego em violação das regras descritas.

Nas situações de cessação do contra-to de trabalho por acordo, em violação dolosa de tais normas, o trabalhador mantém o direito às prestações de desem-prego, fi cando o empregador obrigado perante a Segurança Social ao pagamento do montante correspondente à totalidade do período de atribuição da prestação inicial de desemprego.

Refi ra-se que a estas situações não se aplicam os limites que funcionam para as outras rescisões por acordo, ou seja, até 3 trabalhadores ou até 25% do quadro de pessoal, nas empresas até 250 trabalhadores, e até 62 trabalhadores ou até 20% do quadro de pessoal, nas em-presas com mais de 250 trabalhadores, em cada triénio.

ACORDO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Atribuição de subsídio de desemprego

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Boletim do Contribuinte 783

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2014 - Nº 22

O Provedor de Justiça pediu urgência ao Instituto da Segurança Social para a regularização da situação dos trabalha-dores independentes que requereram redução de escalão de base de incidência contributiva.

Segundo informação divulgada no portal do Provedor de Justiça (www.provedor-jus.pt), o mesmo remeteu um ofício ao Instituto da Segurança Social (ISS) para que seja realizada com urgên-cia a regularização da base de incidência contributiva dos trabalhadores indepen-dentes que apresentaram requerimento em fevereiro e junho do corrente ano ao abrigo do nº 2 do art. 164º do Código Contributivo e ainda não obtiveram a correção do seu escalão de rendimentos.

De facto, a Lei do Orçamento do Estado para 2014 (Lei nº 83-C/2013, de 31.12) veio introduzir uma alteração ao Código Contributivo, permitindo que em fevereiro e junho de cada ano o trabalhador independente possa requerer a alteração da sua base de incidência contributiva entre os dois escalões ime-

CONTRIBUIÇÕES DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES PARA A SEGURANÇA SOCIAL

Regularização da base de incidência

diatamente inferiores ou superiores ao correspondente ao rendimento relevante, com efeitos no mês seguinte ao do reque-rimento. Por esse motivo, muitos traba-lhadores independentes, em fevereiro e junho de 2014, requereram essa redução de base de incidência contributiva, sem que tal medida lhes tenha sido aplicada.

O Provedor de Justiça intervém pela segunda vez nesta matéria, uma vez que em julho fora já dirigido um ofício ao citado Instituto a este respeito, na se-quência das diversas queixas recebidas sobre o assunto.

Em resposta ao primeiro ofício, o Conselho Diretivo do ISS informou que estavam em causa constrangimen-tos informáticos relacionados com o sistema de informação da Segurança Social, estando previsto que em agosto do corrente ano todos os requerimentos estariam tratados.

Não obstante a posterior confi rma-ção desta informação junto do mesmo Instituto, foram recebidas novas quei-

xas de vários casos concretos ainda por regularizar.

Por este motivo, o Provedor de Justi-ça dirigiu-se novamente ao ISS para ser esclarecido do motivo pelo qual ainda não foi concretizada a regularização da base de incidência destes trabalhadores independentes e para que a mesma seja operada com urgência, em articulação com o Instituto de Informática da Segu-rança Social.

Foram ainda salientados os prejuízos e transtornos que o atraso na regulariza-ção causa aos interessados, uma vez que são obrigados a pagar um valor superior de contribuições até à data em que são notificados do deferimento dos seus requerimentos e, em seguida, caso pre-tendam pagar pelo valor correto, têm de se deslocar às tesourarias da Segurança Social com o ofício que receberam.

Por último, foi ainda referido o facto de os trabalhadores independentes em causa não serem notifi cados da regula-rização da sua conta corrente e da forma como podem obter a restituição dos cré-ditos que eventualmente tenham, sendo também evidenciada a iminência da nova fi xação anual da base de incidência contributiva, que poderá ser prejudicada pela falta de concretização dos reposicio-namentos de fevereiro e junho.

O subsídio de refeição não constitui, em princípio, retribuição, uma vez que o seu pagamento traduz a assunção pelo empregador das despesas com a alimen-tação que o trabalhador realiza por causa da prestação do trabalho.

Assim, o subsídio de refeição não constitui uma contrapartida específi ca da prestação do trabalho, sendo, ao contrário, uma compensação inerente ao próprio contrato de trabalho, e que tem por objetivo compensar uma despesa em que o trabalhador incorre diariamente com a alimentação por ter que prestar a atividade ao empregador.

No entanto, se o seu valor for tal que exceda largamente o gasto que pretende

SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO Conceito de retribuição

compensar (montantes normais) já será considerado retribuição.

É precisamente tendo em consi-deração o fim específico do subsídio de refeição que não pode utilizar-se o mesmo para outros fi ns, nomeadamente para premiar a produtividade de certos trabalhadores, a sua assiduidade: se o subsídio tem um regime próprio para efeitos fi scais e de segurança social, a sua utilização para fi ns diversos constituiria uma forma de conseguir intentos que a lei não permite, como a não sujeição das prestações a incidência fi scal ou a descontos para a segurança social.

Não prevendo os contratos indivi-duais de trabalho, nem o instrumento

de regulamentação coletiva de trabalho aplicável às relações laborais, determi-nado valor de subsídio de refeição, viola o princípio da igualdade o empregador que, com base na gestão da empresa, paga diferentes valores de subsídio de refeição a trabalhadores com a mesma categoria profi ssional, com invocação que tal tem por objetivo premiar a assi-duidade, capacidade e produtividade dos trabalhadores.

Embora o empregador, dentro do princípio da autonomia privada, tenha liberdade de gestão empresarial, o mes-mo não poderá deixar de conformar-se com o princípio da igualdade: a fi xação de diferentes valores de subsídio de refeição aos trabalhadores viola tal princípio.

(Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, de 5 de maio de 2014)

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Boletim do Contribuinte784

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2014 - Nº 22

A lei prevê a possibilidade de o empregador poder reduzir temporaria-mente os períodos normais de trabalho ou suspender os contratos de trabalho, por motivos de mercado, estruturais ou tecnológicos, catástrofes ou outros eventos que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa, desde que tal medida seja indispensável para assegurar a viabilidade da empresa e a manutenção dos postos de trabalho.

A redução pode abranger:• um ou mais períodos normais de tra-

balho, diários ou semanais, podendo dizer respeito a diferentes grupos de trabalhadores, rotativamente;

• diminuição do número de horas correspondente ao período normal de trabalho, diário ou semanal.

O regime de redução ou suspensão aplica-se aos casos em que essa medida seja determinada no âmbito de declara-ção de empresa em situação económica difícil ou em processo de recuperação de empresa.

A empresa que recorra ao regime de redução ou suspensão deve ter a sua si-tuação contributiva regularizada perante a Administração Fiscal e a Segurança Social, nos termos da legislação aplicá-

vel, exceto se tiver sido declarado que se encontra em situação económica difícil ou em processo de recuperação previsto no Código da Insolvência e da Recupe-ração de Empresas (CIRE).

O empregador só pode recorrer nova-mente à aplicação das medidas de redu-ção ou suspensão depois de decorrido um período de tempo equivalente a metade do período anteriormente utilizado, po-dendo ser reduzido por acordo entre o empregador e os trabalhadores abrangi-dos ou as suas estruturas representativas.

Comunicações em caso de redução ou suspensão

O empregador comunica, por escrito, à comissão de trabalhadores ou, na sua falta, à comissão intersindical ou comis-sões sindicais da empresa representativas dos trabalhadores a abranger, a intenção de reduzir ou suspender a prestação do trabalho, informando-as simultaneamen-te sobre:

- fundamentos económicos, fi nancei-ros ou técnicos da medida;

- quadro de pessoal, discriminado por secções;

- critérios para seleção dos trabalha-dores a incluir;

CÓDIGO DO TRABALHO Redução do tempo de trabalho ou suspensão

dos contratos em situação de crise empresarial

- número e categorias profi ssionais dos trabalhadores a abranger;

- prazo de aplicação da medida;- áreas de formação a frequentar pelos

trabalhadores durante o período de redução ou suspensão, sendo caso disso.

O empregador disponibiliza, para consulta, os documentos em que su-porta a alegação de situação de crise empresarial, nomeadamente de natureza contabilística e fi nanceira.

Na falta das entidades acima indica-das, o empregador comunica, por escrito, a cada trabalhador a abranger, a intenção de reduzir ou suspender a prestação de trabalho, podendo estes, nos 5 dias posteriores à receção da comunicação, designar de entre eles uma comissão representativa com o máximo de 3 ou 5 elementos, consoante a medida abranja até 20 ou mais trabalhadores.

A redução ou suspensão deve ter uma duração previamente definida, não superior a 6 meses ou, em caso de catástrofe ou outra ocorrência que tenha afetado gravemente a atividade normal da empresa, um ano.

Qualquer dos prazos acima menciona-dos pode ser prorrogado por um período máximo de 6 meses, desde que o emprega-dor comunique tal intenção e a duração pre-vista, por escrito e de forma fundamentada, à estrutura representativa dos trabalhadores ou à comissão representativa.

(Código do Trabalho, arts. 294º e 298º a 301º)

Licença sem vencimento Pré-reforma

Doença ou acidente

Situações que permitem a redução

da atividade ou a suspensão do contrato

Acordo das partesFactos respeitantes ao trabalhador Factos respeitantes ao empregador

Diminuição temporária

da atividade

Encerramento temporário do

estabelecimento

Crise empresarial

Durante a redução ou suspensão, o trabalhador tem direito a uma compensação retributiva, que lhe permita usufruir de 2/3 da retribuição normal ilíquida

Durante a redução ou suspensão, o trabalhador tem direito ao subsídio de férias de montante igual ao que teria direito em regime de prestação normal de trabalho

Durante a redução ou suspensão, o trabalhador tem direito ao subsídio de Natal por inteiro.

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Boletim do Contribuinte 785NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Dec. Pres. Rep. n.º 100/2014, de 11.11 - Ra-tifica o Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os Seus Estados-Membros, por um lado, e a Mongólia, por outro, assinado em Ulan Bator, em 30 de abril de 2013

Aviso n.º 109/2014, de 13.11 - Torna público que foram cumpridas as respetivas formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo en-tre a República Portuguesa e a Bósnia-Herzegovina sobre a Promoção e a Proteção Recíprocas de Investimentos e respetivo Protocolo, assinados em Sarajevo, em 12 e 13 de março de 2002

Res. Assemb. Rep. n.º 90/2014, de 11.11 - Aprova o Acordo-Quadro de Parceria e Cooperação entre a União Europeia e os Seus Estados-Membros, por um lado, e a Mongólia, por outro, assinado em Ulan Bator, em 30 de abril de 2013Cultura - Regulamento de Trabalhos Arque-ológicos

DL n.º 164/2014, de 4.11 - Aprova o Regula-mento de Trabalhos ArqueológicosDesporto – controlo de dopagem

Port. n.º 232/2014, de 13.11 - Primeira alte-ração à Port. n.º 11/2013, de 11 de janeiro, que de-termina que as ações de controlo de dopagem têm por objeto as modalidades desportivas constituídas no âmbito das federações desportivas titulares do estatuto de utilidade pública desportiva, bem como todos os praticantes desportivosEquipamentos marítimos

DL n.º 170-C/2014, de 10.11 – (Supl.) - Transpõe a Diretiva n.º 2013/52/UE, da Comissão, de 30 de outubro de 2013, que substitui o anexo A da Diretiva n.º 96/98/CE, do Conselho, de 20 de dezembro de 1996, relativa às normas a aplicar aos equipamentos marítimos a fabricar ou a comercia-lizar em território nacional ou a instalar em embar-cações nacionais, procedendo à sexta alteração ao DL n.º 24/2004, de 23 de JaneiroEleições

Mapa Oficial n.º 8/2014 de 10.11 – Eleição Autárquica Intercalar para a Assembleia de Freguesia de São Pedro (Figueira da Foz/Coimbra) realizada em 19 de outubro de 2014Energia elétrica – tarifa social

DL n.º 172/2014, de 14.11 - Procede à pri-meira alteração ao DL n.º 138-A/2010, de 28 de dezembro, que cria a tarifa social de fornecimento de energia elétrica, e à primeira alteração ao DL n.º 102/2011, de 30 de setembro, que cria o apoio social extraordinário ao consumidor de energiaEnsino

Res. Cons. Min. n.º 61/2014, de 3.11 - Cons-titui uma Comissão de Acompanhamento que visa acompanhar o procedimento de apuramento dos factos constitutivos do direito à compensação financeira dos docentes cuja colocação foi anulada no âmbito da bolsa de contratação de escola no ano letivo de 2014-2015Estabelecimentos fabris do exército

DL n.º 167/2014, de 6.11 - Define os termos da extinção dos estabelecimentos fabris do Exér-cito denominados Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento e Oficinas Gerais de Material de EngenhariaEstupefacientes e substâncias psicotrópicas

Lei n.º 77/2014, de 11.11 - Procede à vigé-sima primeira alteração ao DL n.º 15/93, de 22 de janeiro, que aprova o regime jurídico aplicável ao tráfico e consumo de estupefacientes e substâncias

psicotrópicas, aditando a substância alfa-fenilaceto-acetonitrilo à tabela anexa v

Lei n.º 78/2014, de 11.11 - Aprova o regime jurídico específico aplicável ao Centro de Análise e Operações Marítimas - Narcóticos, estabelecido por Acordo aprovado pela Res. Assemb. Rep. n.º 2/2009, de 2 de fevereiro, nomeadamente no que respeita às prerrogativas atribuídas às instalações em território portuguêsFinanças públicas - Endividamento

Res. Assemb. Rep. n.º 94/2014, de 12.11 - Desencadear um processo parlamentar de audição pública para avaliação do impacto da dívida pública e das soluções para o problema do endividamentoFundações

DL n.º 171/2014, de 10.11 – Procede à pri-meira alteração ao DL n.º 109/2013, de 1 de agosto, que extingue a Fundação Alter Real, e à segunda alteração ao Dec. Regul. n.º 31/2012, de 13 de março, que aprova a orgânica da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, transferindo para esta direção-geral as atribuições relativas à preservação das raças equinas Sorraia e Garrano e redefinindo o prazo de liquidação da FundaçãoInstituições Particulares de Solidariedade Social

DL n.º 172-A/2014 , de 14.11 – (Supl.) - Procede à quinta alteração ao DL n.º 119/83, de 25 de fevereiro, que aprova o Estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade SocialJogos sociais

Port. n.º 224/2014, de 4.11 - Fixa as normas regulamentares necessárias à repartição dos re-sultados líquidos de exploração dos jogos sociais atribuídos ao Ministério da Saúde

Port. n.º 225/2014, de 5.11 - Fixa as normas regulamentares necessárias à repartição dos re-sultados líquidos da exploração dos jogos sociais atribuídos à Presidência do Conselho de Ministros, para o ano de 2015Madeira

Dec. Legisl. Reg. n.º 12/2014/M, de 4.11 - Adapta à Região Autónoma da Madeira o DL n.º 137/2014, de 12 de setembro, o qual estabelece o modelo de governação dos fundos europeus estruturais e de investimento (FEEI), e respetivos programas operacionais (PO), para o período de programação 2014-2020

Dec. Legisl. Reg. n.º 13/2014/M, de 5.11 - Aprova o valor da retribuição mínima mensal garantida para vigorar a partir de outubro de 2014 na Região Autónoma da MadeiraMedicamentos - Preços

Port. n.º 231-A/2014, de 12.11 – (Supl.) - Estabelece os países de referência a considerar em 2015 para a autorização dos preços dos novos medicamentos, bem como para efeitos de revisão anual de preços dos medicamentos do mercado hospitalar e do mercado de ambulatórioMilitares

Aviso n.º 110/2014, de 14.11 - Torna público que foram cumpridas as formalidades internas de aprovação do Acordo Suplementar ao Protocolo sobre o Estatuto dos Quartéis-Generais Militares Internacionais criados em consequência do Tratado do Atlântico Norte entre a República Portuguesa e o Quartel-General do Comando Supremo das Forças Aliadas na Europa e o Quartel-General, Comandan-te Supremo Aliado para a Transformação, assinado em Bruxelas, no dia 3 de dezembro de 2013

Ministério da EconomiaDec. Regul. n.º 7/2014, de 12.11 - Aprova a

orgânica do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da EconomiaMinistério Público

Declaração n.º 13/2014, de 5.11 - Substitui-ção de vogal no Conselho Superior do Ministério PúblicoPescas

DL n.º 168/2014, de 6.11 - Altera o modelo de governação e o enquadramento normativo do Programa Operacional Pesca, procedendo à segunda alteração ao DL n.º 80/2008, de 16 de maio, e à quarta alteração ao DL n.º 81/2008, de 16 de maioProcesso civil - Procedimento extrajudicial pré-executivo

Port. n.º 233/2014, de 14.11 - Regulamenta o procedimento extrajudicial pré-executivo e procede à primeira alteração à Port. n.º 282/2013, de 29 de agosto, que regulamentou vários aspetos das ações executivas cíveisProteção Civil

Port. n.º 224-A/2014, de 4.11 – (Supl.) - Fixa a Estrutura nuclear da Autoridade Nacional de Proteção CivilProteção fitossanitária - organismos prejudi-ciais aos vegetais

DL n.º 170/2014, de 7.11 - Procede à nona alteração ao DL n.º 154/2005, de 6 de setembro, transpondo a Diretiva de Execução n.º 2014/78/UE, da Comissão, de 17 de junho de 2014, e a Diretiva de Execução n.º 2014/83/UE, da Comissão, de 25 de junho de 2014, que alteram os anexos I, II, III, IV e V à Diretiva n.º 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de maio de 2000, relativa às medidas de proteção contra a introdução no espaço europeu de orga-nismos prejudiciais aos vegetais e aos produtos vegetais e contra a sua propagação no interior da União EuropeiaPSP

Res. Cons. Min. n.º 63/2014, de 4.11 - Au-toriza a realização da despesa relativa à aquisição de bens e serviços para assegurar a manutenção e assistência técnica dos veículos multimarca adstritos ao Comando Metropolitano de Lisboa, à Direção Nacional, à Unidade Especial de Polícia, ao Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna e ao Comando Metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública, para os anos de 2015 a 2017

Res. Cons. Min. n.º 64/2014, de 4.11 - Auto-riza a realização da despesa relativa à aquisição de bens alimentares e prestação de serviços de apoio à atividade das messes e bares da Polícia de Segurança Pública, para os anos de 2015 a 2017Saúde

Lei n.º 77/2014, de 11.11 - Procede à vigé-sima primeira alteração ao DL n.º 15/93, de 22 de janeiro, que aprova o regime jurídico aplicável ao tráfico e consumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, aditando a substância alfa-fenilaceto-acetonitrilo à tabela anexa v

Port. n.º 222/2014, de 4.11 - Define o regime de preços e comparticipações a que ficam sujeitos os reagentes (tiras-teste) para determinação de gli-cemia, cetonemia e cetonúria e as agulhas, seringas e lancetas destinadas a pessoas com diabetes

Port. n.º 227/2014, de 6.11 - Define a ativida-de de compras centralizadas específicas da área da saúde que constituem atribuição da SPMS, E. P. E. - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E.

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - NOVEMBRO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de novembro de 2014)

(Continua na pág. seguinte)

(Continuação da pág. 788)

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Boletim do Contribuinte786

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALNOVEMBRO 2014 - Nº 22

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

Compilação de sumários do Boletim do Trabalho e Emprego, 1ª Série, nºs 39 e 40, de 2014

Carne de Aves - Portaria de extensão das alterações do contrato

coletivo entre a ANCAVE - Associação Nacional dos Centros de Abate e Indústrias Transformadoras de Carne de Aves e o SETAA - Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)Comércio, Escritórios e Serviços

- Contrato coletivo entre a Associação Comer-cial, Industrial e de Serviços de Bragança e outras e a FEPCES – Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços - Revisão global

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Contrato coletivo entre a ACRAL - Associação

do Comércio e Serviços da Região do Algarve e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal e outros - Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)Construção Civil

- Acordo de empresa entre o CICCOPN - Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte e o STFPSN - Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)Cortiça

- Contrato coletivo entre a APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça e a FETESE - Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)Industriais de Bolachas

- Portaria de extensão das alterações dos contra-tos coletivos entre a AIBA - Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a COFESINT - Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes e entre a mesma associação de empregadores e o SINTAB

- Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Por-tugal e outros (pessoal fabril, de apoio e manutenção)

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)Óptica

- Acordo de empresa entre a Carl Zeiss Vision Portugal, SA e a FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro - Alteração salarial e outras

Produtos Químicos e Farmacêuticos- Contrato coletivo entre a APIFARMA - Asso-

ciação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e a FIE-QUIMETAL – Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas e outro - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR -

Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a COFESINT - Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes - Inte-gração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Contrato coletivo entre a GROQUIFAR -

Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos e a FETESE - Federação dos Sindi-catos da Indústria e Serviços - Integração em níveis de qualificação

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)Transportes Ferroviários

- Acordo de empresa entre a PROMETRO, SA e

o Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários - SINFB – Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Acordo de empresa entre a PROMETRO, SA

e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário – Alteração salarial e outras

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Acordo de empresa entre a PROMETRO, SA

e o SMAQ - Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses - Alteração salarial e outras/texto consolidado

(Bol. do TE, nº 42, de 15.11.2014)Transportes Fluviais

- Acordo de empresa entre a SOFLUSA - So-ciedade Fluvial de Transportes, SA e o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante e outros – Alteração

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO -

Transportes Tejo, SA e a FETESE - Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços - Alteração

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO -

Transportes Tejo, SA e o SIMAMEVIP - Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca – Alteração

- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO - Transportes Tejo, SA e o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante - Alteração

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO -

Transportes Tejo, SA e o SITEMAQ - Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra - Alteração

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)- Acordo de empresa entre a TRANSTEJO

- Transportes Tejo, SA e o SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes - Alteração

(Bol. do TE, nº 41, de 8.11.2014)

Siglase

Abreviaturas

Feder. - FederaçãoAssoc. - AssociaçãoSind. - SindicatoInd. - IndústriaDist. - DistritoCT - Comissão Técnica

CCT - Contrato Coletivo de TrabalhoACT - Acordo Coletivo de TrabalhoPRT - Port. de Regulamentação de TrabalhoPE - Port. de ExtensãoAE - Acordo de Empresas

Saúde animalDL n.º 169/2014, de 6.11 - Procede à segunda

alteração ao DL n.º 152/2009, de 2 de julho, trans-pondo a Diretiva de Execução n.º 2014/22/UE, da Comissão, de 13 de fevereiro de 2014, no que respeita à anemia infeciosa do salmãoSaúde e hospitais

Port. n.º 231/2014, de 11.11 - Aprova o Regulamento Interno do Grupo Hospitalar Instituto Português de Oncologia Francisco GentilTrabalho e Segurança Social

Lei n.º 76/2014, de 11.11 - Autoriza o Gover-no a definir os termos e as condições para o acesso à profissão de ama e o exercício da respetiva atividade

DL n.º 166/2014, de 6.11 - Estabelece o regi-me jurídico do Programa de Estágios Profissionais na Administração Local

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - NOVEMBRO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de novembro de 2014)

Dec. Legisl. Reg. n.º 13/2014/M, de 5.11 - Aprova o valor da retribuição mínima mensal garantida para vigorar a partir de outubro de 2014 na Região Autónoma da MadeiraUrbanização e edificação

Declaração de Retificação n.º 46-A/2014, de 10.11 – (Supl.) - Retifica o DL n.º 136/2014, de 9 de setembro, do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, que procede à décima terceira alteração ao DL n.º 555/99, de 16 de dezembro, que estabelece o regime jurídico da urbanização e edificação, publicado no Diário da Re-pública, 1.ª série, n.º 173, de 9 de setembro de 2014Vinho

Port. n.º 226/2014, de 6.11 - Define o regime de produção e comércio dos vinhos com indicação

geográfica (IG) «Tejo» mantendo o reconhecimento desta indicação geográfica. Procede ainda à atua-lização da lista de castas a utilizar na produção de vinhos com direito à IG «Tejo», de acordo com a nomenclatura constante da Port. n.º 380/2012, de 22 de novembro e revoga a Port. n.º 445/2009, de 27 de abril

Declaração de Retificação n.º 47/2014, de 13.11 - Retifica a Port. n.º 216/2014, de 17 de outubro, do Ministério da Agricultura e do Mar, que procede à segunda alteração à Port. n.º 668/2010, de 11 de agosto, que reconhece como denomina-ção de origem (DO) a designação “Vinho Verde”, publicada no Diário da República n.º 201/2014, 1.ª série, de 17 de outubro de 2014

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Boletim do Contribuinte 787NOVEMBRO 2014 - Nº 22

A R Q U I V A D O R

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CADA ARQUIVADOR COMPORTA A

COLEÇÃO ANUAL DO BOLETIM DO

CONTRIBUINTE, SUPLEMENTOS E

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NOVEMBRO 2014 - Nº 22

Boletim do Contribuinte788

1 - Transcrito neste número.2 - A publicar no próximo número.

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - NOVEMBRO/2014

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de novembro de 2014)

Ação executivaPort. n.º 233/2014, de 14.11 - Regulamenta o

procedimento extrajudicial pré-executivo e procede à primeira alteração à Port. n.º 282/2013, de 29 de agosto, que regulamentou vários aspetos das ações executivas cíveisAdministração Local

DL n.º 166/2014, de 6.11 - Estabelece o regi-me jurídico do Programa de Estágios Profissionais na Administração LocalAgricultura - Incentivos

Port. n.º 230/2014, de 11.11 - Estabelece o regime de aplicação da ação 3.2, «Investimento na exploração agrícola» e da ação 3.3, «Investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas» da Medida 3, «Valorização da produção agrícola», do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente, designado por PDR 2020Ambiente

Port. n.º 229-A/2014, de 6.11 – (2º Supl.) - Estabelece um regime excecional aplicável à re-moção dos resíduos depositados nas Escombreiras das Antigas Minas de S. Pedro da Cova

Aviso n.º 103/2014, de 10.11 - Torna público que a República Portuguesa depositou o seu instru-mento de ratificação do Protocolo ao Tratado para a Antártida sobre a Proteção do Meio Ambiente, adotado em Madrid, em 4 de outubro de 1991Associações

Port. n.º 223/2014, de 4.11 - Reconhece como pessoa coletiva de direito público a Associação de Beneficiários e Regantes de Alfândega da FéAtividades industriais

DL n.º 165/2014, de 5.11 - No uso da autori-zação legislativa concedida pela Lei n.º 45/2014, de 16 de julho, estabelece, com caráter extraordiná-rio, o regime de regularização e de alteração e ou ampliação de estabelecimentos e explorações de atividades industriais, pecuárias, de operações de gestão de resíduos e de explorações de pedreiras incompatíveis com instrumentos de gestão territorial e ou condicionantes ao uso do soloAutarquias locais

Dec. Regul. n.º 6/2014, de 10.11 – Procede à primeira alteração ao Dec. Regul. n.º 2/2012, de 16 de janeiro, que aprova a orgânica da Direção--Geral das Autarquias Locais, aditando atribuições resultantes de novas responsabilidades cometidas a este serviçoBenefícios fiscais - Convenções sobre dupla tributação

Dec. Pres. Rep. n.º 101/2014, de 12.11 - Ra-tifica a Convenção entre a República Portuguesa e Barbados para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Londres, em 22 de outubro de 2010

Dec. Pres. Rep. n.º 102/2014, de 12.11 - Ra-tifica a Convenção entre a República Portuguesa e a República do Senegal para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa, em 13 de junho de 2014

Res. Assemb. Rep. n.º 91/2014, de 12.11 - Aprova a Convenção entre a República Portu-guesa e Barbados para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Londres, a 22 de outubro de 2010

Res. Assemb. Rep. n.º 92/2014, de 12.11 - Aprova a Convenção entre a República Portu-guesa e a República do Senegal para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em Lisboa, em 13 de junho de 2014

Dec. Pres. Rep. n.º 103/2014 , de 13.11 - Ratifica a Convenção entre a República Portuguesa e a República de São Marino para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em São Marino em 18 de novembro de 2010

Dec. Pres. Rep. n.º 104/2014, de 13.11 - Ratifica a Convenção entre a República Portuguesa e a República Democrática Federal da Etiópia para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assi-nada em Adis Abeba, a 25 de maio de 2013

Res. Assemb. Rep. n.º 95/2014, de 13.11 - Aprova a Convenção entre a República Portuguesa e a República de São Marino para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinada em São Marino em 18 de novembro de 2010

Res. Assemb. Rep. n.º 96/2014, de 13.11 - Aprova a Convenção entre a República Portuguesa e a República Democrática Federal da Etiópia para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assi-nada em Adis Abeba, a 25 de maio de 2013Centro de Análise e Operações Marítimas - Narcóticos

Lei n.º 78/2014, de 11.11 - Aprova o regime jurídico específico aplicável ao Centro de Análise e Operações Marítimas - Narcóticos, estabelecido por Acordo aprovado pela Res. Assemb. Rep. n.º 2/2009, de 2 de fevereiro, nomeadamente no que respeita às prerrogativas atribuídas às instalações em território portuguêsCintos de segurança e sistemas de retenção para crianças

DL n.º 170-A/2014, de 10.11 – (Supl.) - Esta-belece o regime jurídico da homologação e utilização dos cintos de segurança e dos sistemas de retenção para crianças em veículos rodoviários e transpõe a Diretiva de Execução n.º 2014/37/UE, da Comissão, de 27 de fevereiro de 2014Combustiveis

DL n.º 170-B/2014, de 10.11 – (Supl.) - Pro-cede à terceira alteração ao DL n.º 281/2000, de 10 de novembro, transpondo a Diretiva n.º 2012/33/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de novembro de 2012, que altera a Diretiva n.º 1999/32/CE, do Conselho, de 26 de abril de 1999, no que respeita ao teor de enxofre dos combustí-veis navaisComércio – União Europeia

Dec. Pres. Rep. n.º 98-A/2014, de 6.11 – (Supl.) - Ratifica o Acordo Comercial entre a União

Europeia e os Seus Estados Membros, por um lado, e a Colômbia e o Peru, por outro, assinado em Bruxelas em 26 de junho de 2012

Res. Assemb. Rep. n.º 89-A/2014 , de 6.11 – (Supl.) - Aprova o Acordo Comercial entre a União Europeia e os Seus Estados Membros, por um lado, e a Colômbia e o Peru, por outro, assinado em Bruxelas em 26 de junho de 2012Contratos coletivos de trabalho - Ports. de extensão

Port. n.º 228/2014, de 6.11 - Determina a extensão das alterações do contrato coletivo entre a ANCAVE - Associação Nacional dos Centros de Abate e Indústrias Transformadoras de Carne de Aves e o SETAA - Sindicato da Agricultura, Alimen-tação e Florestas

Port. n.º 229/2014, de 6.11 - Determina a ex-tensão das alterações dos contratos coletivos entre a AIBA - Associação dos Industriais de Bolachas e Afins e a COFESINT - Confederação de Sindicatos da Indústria, Energia e Transportes e entre a mesma associação de empregadores e o SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal e outros (pessoal fabril, de apoio e manutenção)Contratos fiscais de investimento

Res. Cons. Min. n.º 62/2014, de 4.11 - Aprova minutas de aditamento a contratos fiscais de investi-mento, a contratos de investimento e a contratos de concessão de benefícios fiscais e declara a resolução de contratos de investimento e de contratos de concessão de benefícios fiscais, celebrados entre o Estado Português e diversas sociedadesCooperação

Aviso n.º 100/2014, de 7.11 - Torna público que o Secretariado-geral do Conselho da União Europeia concluiu os procedimentos internos neces-sários à entrada em vigor do «Acordo-Quadro Glo-bal de Parceria e Cooperação entre a Comunidade Europeia e os seus Estado-Membros, por um lado, e a República da Indonésia, por outro», assinado em Jacarta a 9 de novembro de 2009

Aviso n.º 101/2014, de 7.11 - Torna público que o Secretariado-geral do Conselho da União Europeia concluiu os procedimentos internos necessários à entrada em vigor do «Acordo de Es-tabilização e de Associação entre as Comunidades Europeias e os seus Estados-Membros, por um lado, e a República da Sérvia, por outro», assinado no Luxemburgo em 29 de abril de 2008

Aviso n.º 104/2014, de 10.11 - Torna pú-blico que foram emitidas notas através das quais se comunica terem sido cumpridos os requisitos internos necessários para a entrada em vigor do Acordo Quadro de Cooperação entre a República Portuguesa e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), assinado em Lisboa, em 31 de julho de 2012

(Continua na pág. 785)

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Título A Reforma do IRC Do Processo de Decisão Política à Revisão do Código

Coordenação A. Carlos dos Santos e André Ventura

Páginas 272

PVP €18

em pontos com vida nas compras online

Quais os objetivos e as alterações fun-damentais introduzidos pela reforma do IRC? Será esta a reforma da fi scalidade que Portugal necessitava? Contribuirá para a melhoria do desem-penho da economia e das fi nanças por-tuguesas? Como será analisada pelas instâncias europeias e internacionais? Eis algumas das questões a que este livro

procura, de forma plural, dar resposta.

A obra apresenta uma abordagem multidiscipli-nar que concilia os múltiplos aspetos técnicos, contabilísticos, económico-fi nanceiros e jurídicos, incluindo os de direito europeu e constitucional com as inevitáveis controvérsias políticas que uma reforma, como a do IRC, necessariamente suscita.

Novidade

Também disponível em formato digital

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Morada

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Solicito o envio de exemplar(es) do livro A Reforma do IRC - Do Processo de Decisão

Política à Revisão do Código, com o PVP unitário de €18.

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Boletim do ContribuinteII

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Quantidade Livro

Análise de Investimentos em Ativos Reais – Volume 1: Abordagem Convencional - 16 €

Análise de Investimentos em Ativos Reais – Volume 2: Análise de Risco e Incerteza - 16 €

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Páginas: 288 | P.V.P.: € 16 Páginas: 304 | P.V.P.: € 16

Análise de Investimentos em Ativos Reais

– Volume 2: Análise de Risco e Incerteza

O volume 2 trata os aspetos relacionados com a análise do ris-co, com particular destaque para as opções reais.

Análise de Investimentos em Ativos Reais

– Volume 1: Abordagem Convencional

Neste volume são tratados os aspetos básicos da análise de pro-jetos de investimento, nomeadamente, os critérios tradicionais do VAL (Valor Atual Líquido) e TIR (Taxa Interna de Rendibilida-de).

UMA OBRA QUE VAI CONTRIBUIR

PARA O ESTUDO DA ANÁLISE DE INVESTIMENTOS EM ATIVOS REAIS.

Autores: Eduardo Sá Silva e Mário Queirós

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IIIBoletim do Contribuinte

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Título Demosntração de Fluxos de Caixa 2ª edição revista e atualizada

Autores Eduardo Sá Silva e Carlos Martins

Páginas 272

PVP € 22.56

em pontos com vida nas compras online

Edição Revista e Atualizada

com mais exercícios de

aplicação

“O Professor Eduardo Sá e Silva e o Professor Carlos Martins, atento o conhecimento prático que têm das questões com que as empresas se debatem, habilitam-nos com mais esta excelente obra, possibilitando-nos não só uma maior percetibilidade da movimentação dos meios líquidos, mas também e particularmente uma maior familiaridade com esta tão importante informação na vida das empresas. Bem hajam pela iniciativa. “

António Domingues Azevedo , Bastonário da Ordem dos Técnicos Ofi ciais de Contas e Professor Especialista Honóris Causa pelo Instituto Politécnico de Lisboa (IPL)

Novidade

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Morada

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E-mail Nº Contribuinte

Solicito o envio de exemplar(es) do livro Demonstração de Fluxos de Caixa - 2ª edição

revista e atulizada, com o PVP unitário de €22.

Para o efeito envio cheque/vale nº , no valor de € ,

Solicito o envio à cobrança (Acresce 4€ para despesas de envio e cobrança).

ASSINATURA

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Boletim do ContribuinteIV

Objetivos:

Dr. Agostinho Costa

Assinantes VE: €90+IVA Público em Geral: €120+IVA

Estudos indicam que “

” e que “na maioria das falhas - em torno dos 70% - o problema real não é estratégia ruim... É execução ruim”.

09h30 às 13h /14h30 às 18h

PROGRAMA:

O sistema de normalização contabilística

Conceitos base de contabilidade em SNC

Estudo do conteúdo e movimentação de contas

Estudo do conteúdo e movimentação de contas

exercício Inventário anual Regularização das contas

Lançamentos de apuramento de resultados

Exercícios práticos

O balanço A demonstração de resultados

Contabilidade Geral

Ana Rita Bessa (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA. Tlf: 223 399 427/00 | Fax: 222 058 098Email: [email protected]