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1 TJAL 1ª Fase

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TJAL

1ª Fase

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DIA 18 – DOMINGO – 01/03/2020

METAS

CIVIL: Resolver as 30 questões da VUNESP em provas de cartório de Contratos em Geral e

Contratos em Espécie (1h) e, na segunda hora, ler do art. 421 a 532 do CC – total: 2h NOTARIAL E REGISTRAL:

Ler Lei n. 11.441 de 2007, Resolução CNJ 35/2007 e Provimento 02 de 2007 da CGJ do TJAL e Recomendação n. 22 de 2016 do CNJ (2h)

REVISÕES 48H – Constitucional: questões de Organização Político-Administrativa do Estado;

48H – Notarial e registral: questões restantes de Tabelionato de Notas resolvidas em 26/10;

7 DIAS – Civil: questões de Direitos da obrigações da VUNESP resolvidas em 21/10;

7 DIAS – Notarial e registral: questões de Tabelionato de Notas resolvidas em 21/10.

CIVIL COMO ESTUDAR?

Resolver as 30 questões da VUNESP em provas de cartório de Contratos em Geral e Contratos em Espécie (1h)

Acessar o site Qconcursos e resolver as 30 questões existentes com os seguintes filtros:

o DISCIPLINA: DIREITO CIVIL; o ASSUNTO: CONTRATOS EM GERAL + CONTRATOS EM ESPÉCIE; o BANCA: VUNESP; o CARGO: TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS.

Lembrar sempre de EXCLUIR AS QUESTÕES ANULADAS e DESATUALIZADAS.

Durante a resolução, inclua os dispositivos de lei que errou na folha de revisão do material Notarium, para futuras consultas.

Após a resolução das questões acima, na segunda hora, ler do art. 421 a 532 do CC (1h) – total: 2h OBSERVAÇÕES

Questões resolvidas:

o A matéria contratos em espécie é a terceira mais cobrada pela VUNESP em provas de direito civil. Trata-se de matéria extensa e detalhada, mas como civil possui grande carga horária em nosso curso, vamos resolver questões e ler a

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lei, para melhor fixação da matéria. O conhecimento da parte de contratos em geral é também bastante exigido, e o seu estudo complementa o das espécies contratuais.

Legislação estudada: o Os artigos lidos hoje são de suma importância, pois dispõem da parte geral

inteira e também do primeiro contrato em espécie do Código Civil, a compra e venda, com repercussão direta na atividade notarial e registral.

o Muita atenção! Diversos dispositivos do Título “Contratos em Geral” foram alterados ou incluídos no Código Civil pela Medida Provisória n. 881 de 2019, posteriormente convertida na Lei 13.874/19. Trata-se da batizada Medida Provisória da Liberdade Econômica, com repercussão direta na matéria objeto do estudo de hoje. Portanto, muito cuidado com o Vade Mecum utilizado para a leitura dos dispositivos acima, já que a MP é do primeiro semestre de 2019 e a lei do segundo. Recomenda-se a leitura do Código Civil pelo site do Planalto, para garantir que o texto esteja atualizado.

o O edital do concurso do TJAL foi publicado no Diário da Justiça do CNJ do dia 11/09/19 e foi republicado pelo Diário da Justiça do Tribunal de Justiça de Alagoas no dia 12/09/19. A referida MP é datada de 30 de abril de 2019, portanto anterior ao edital. Por sua vez, a Lei 13.874 é de 20 de setembro de 2019, posterior ao edital. A Medida Provisória 881/19 consta do conteúdo programático do edital (item 25 de direito civil), por isso muita atenção à redação da MP e àquela definitiva, constante da Lei 13.874/19. Por isso, reforçamos que leiam os artigos acima no site do Planalto, pois houve algumas mudanças do texto da MP para o convertido em lei.

JURISPRUDÊNCIAS RELACIONADAS

Legislação estudada:

o Vejamos os enunciados das Jornadas de Direito Civil relacionados aos artigos lidos hoje e reparem a quantidade de enunciados sobre esses temas:

o Artigo 421: Enunciado 21: A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código

Civil, constitui cláusula geral a impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito.

Enunciado 22 A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas.

Enunciado 23 A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana.

Enunciado 166 A frustração do fim do contrato, como hipótese que não se confunde com a impossibilidade da prestação ou com a excessiva onerosidade, tem guarida no Direito brasileiro pela aplicação do art. 421 do Código Civil.

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Enunciado 167 Com o advento do Código Civil de 2002, houve forte aproximação principiológica entre esse Código e o Código de Defesa do Consumidor no que respeita à regulação contratual, uma vez que ambos são incorporadores de uma nova teoria geral dos contratos.

Enunciado 360 O princípio da função social dos contratos também pode ter eficácia interna entre as partes contratantes.

Enunciado 361 O adimplemento substancial decorre dos princípios gerais contratuais, de modo a fazer preponderar a função social do contrato e o princípio da boa-fé objetiva, balizando a aplicação do art. 475.

Enunciado 431 A violação do art. 421 conduz à invalidade ou à ineficácia do contrato ou de cláusulas contratuais.

Enunciado 582 Com suporte na liberdade contratual e, portanto, em concretização da autonomia privada, as partes podem pactuar garantias contratuais atípicas.

Enunciado 621 Os contratos coligados devem ser interpretados a partir do exame do conjunto das cláusulas contratuais, de forma a privilegiar a finalidade negocial que lhes é comum.

Enunciado 631 Como instrumento de gestão de riscos na prática negocial paritária, é lícita a estipulação de cláusula que exclui a reparação por perdas e danos decorrentes do inadimplemento (cláusula excludente do dever de indenizar) e de cláusula que fixa valor máximo de indenização (cláusula limitativa do dever de indenizar).

o Artigo 422: Enunciado 24 Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo

Código Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa.

Enunciado 25 O art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós-contratual.

Enunciado 26 A cláusula geral contida no art. 422 do novo Código Civil impõe ao juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a boa-fé objetiva, entendida como a exigência de comportamento leal dos contratantes.

Enunciado 27 Na interpretação da cláusula geral da boa-fé, deve-se levar em conta o sistema do Código Civil e as conexões sistemáticas com outros estatutos normativos e fatores metajurídicos.

Enunciado 168 O princípio da boa-fé objetiva importa no reconhecimento de um direito a cumprir em favor do titular passivo da obrigação.

Enunciado 169 O princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo (Duty to mitigate the loss).

Enunciado 170 A boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência decorrer da natureza do contrato.

Enunciado 362 A vedação do comportamento contraditório (venire contra factum proprium) funda-se na proteção da confiança, tal como se extrai dos arts. 187 e 422 do Código Civil.

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Enunciado 363 Os princípios da probidade e da confiança são de ordem pública, sendo obrigação da parte lesada apenas demonstrar a existência da violação.

Enunciado 432 Em contratos de financiamento bancário, são abusivas cláusulas contratuais de repasse de custos administrativos (como análise do crédito, abertura de cadastro, emissão de fichas de compensação bancária, etc.), seja por estarem intrinsecamente vinculadas ao exercício da atividade econômica, seja por violarem o princípio da boa-fé objetiva.

o Artigo 423: Enunciado 171 O contrato de adesão, mencionado nos arts. 423 e 424 do novo

Código Civil, não se confunde com o contrato de consumo.

o Artigo 424: Enunciado 172 As cláusulas abusivas não ocorrem exclusivamente nas

relações jurídicas de consumo. Dessa forma, é possível a identificação de cláusulas abusivas em contratos civis comuns, como, por exemplo, aquela estampada no art. 424 do Código Civil de 2002.

Enunciado 364 No contrato de fiança é NULA a cláusula de renúncia antecipada ao benefício de ordem quando inserida em contrato de adesão.

Enunciado 433 A cláusula de renúncia antecipada ao direito de indenização e retenção por benfeitorias necessárias é NULA em contrato de locação de imóvel urbano feito nos moldes do contrato de adesão.

o Artigo 434: Enunciado 174: A formação dos contratos realizados entre pessoas ausentes,

por meio eletrônico, completa-se com a recepção da aceitação pelo proponente.

o Artigo 441: Enunciado 583: O art. 441 do Código Civil deve ser interpretado no sentido de

abranger também os contratos aleatórios, desde que não inclua os elementos aleatórios do contrato.

o Artigo 445: Enunciado 28: O disposto no art. 445, §§ 1º e 2º, do Código Civil reflete a

consagração da doutrina e da jurisprudência quanto à natureza decadencial das ações edilícias.

Enunciado 174: Em se tratando de vício oculto, o adquirente tem os prazos do caput do art. 445 para obter redibição ou abatimento de preço, desde que os vícios se revelem nos prazos estabelecidos no § 1º, fluindo, entretanto, a partir do conhecimento do defeito.

o Artigo 462: Enunciado 435: O contrato de promessa de permuta de bens imóveis é título

passível de registro na matrícula imobiliária.

o Artigo 463:

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Enunciado 30: A disposição do parágrafo único do art. 463 do novo Código Civil deve ser interpretada como fator de eficácia perante terceiros.

o Artigo 472: Enunciado 584: Desde que não haja forma exigida para a substância do

contrato, admite-se que o distrato seja pactuado por forma livre.

o Artigo 474: Enunciado 436 A cláusula resolutiva expressa produz efeitos extintivos

independentemente de pronunciamento judicial.

o Artigo 475: Enunciado 31: As perdas e danos mencionados no art. 475 do novo Código Civil

dependem da imputabilidade da causa da possível resolução. Enunciado 437: A resolução da relação jurídica contratual também pode

decorrer do inadimplemento antecipado. Enunciado 586: Para a caracterização do adimplemento substancial (tal qual

reconhecido pelo Enunciado 361 da IV Jornada de Direito Civil - CJF), levam-se em conta tanto aspectos quantitativos quanto qualitativos.

o Artigo 477: Enunciado 438: A exceção de inseguridade, prevista no art.477, também pode

ser oposta à parte cuja conduta põe, manifestamente em risco, a execução do programa contratual.

o Artigo 478: Enunciado 176 A menção à imprevisibilidade e à extraordinariedade, insertas

no art. 478 do Código Civil, deve ser interpretada não somente em relação ao fato que gere o desequilíbrio, mas também em relação às consequências que ele produz.

Enunciado 177 Em atenção ao princípio da conservação dos negócios jurídicos, o art. 478 do Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos contratos e não à resolução contratual.

Enunciado 365 A extrema vantagem do art. 478 deve ser interpretada como elemento acidental da alteração das circunstâncias, que comporta a incidência da resolução ou revisão do negócio por onerosidade excessiva, independentemente de sua demonstração plena.

Enunciado 366 O fato extraordinário e imprevisível causador de onerosidade excessiva é aquele que não está coberto objetivamente pelos riscos próprios da contratação.

Enunciado 439 A revisão do contrato por onerosidade excessiva fundada no Código Civil deve levar em conta a natureza do objeto do contrato. Nas relações empresariais, observar-se-á a sofisticação dos contratantes e a alocação de riscos por eles assumidas com o contrato.

Enunciado 440 É possível a revisão ou resolução por excessiva onerosidade em contratos aleatórios, desde que o evento superveniente, extraordinário e imprevisível não se relacione com a álea assumida no contrato.

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o Artigo 479: Enunciado 367 Em observância ao princípio da conservação do contrato, nas

ações que tenham por objeto a resolução do pacto por excessiva onerosidade, pode o juiz modificá-lo equitativamente, desde que ouvida a parte autora, respeitada sua vontade e observado o contraditório.

o Artigo 488: Enunciado 441 Na falta de acordo sobre o preço, não se presume concluída a

compra e venda. O parágrafo único do art. 488 somente se aplica se houverem diversos preços habitualmente praticados pelo vendedor, caso em que prevalecerá o termo médio.

o Artigo 496: Enunciado 177 Por erro de tramitação, que retirou a segunda hipótese de

anulação de venda entre parentes (venda de descendente para ascendente), deve ser desconsiderada a expressão “em ambos os casos”, no parágrafo único do art. 496.

Enunciado 368 O prazo para anular venda de ascendente para descendente é decadencial de 2 anos (art. 179 do Código Civil).

o Artigo 504: Enunciado 623 Ainda que sejam muitos os condôminos, não há direito de

preferência na venda da fração de um bem entre dois coproprietários, pois a regra prevista no art. 504, parágrafo único, do Código Civil, visa somente a resolver eventual concorrência entre condôminos na alienação da fração a estranhos ao condomínio.

o Artigo 519: Enunciado 592 O art. 519 do Código Civil derroga o art. 35 do Decreto-Lei n.

3.365/1941 naquilo que ele diz respeito a cenários de tredestinação ilícita. Assim, ações de retrocessão baseadas em alegações de tredestinação ilícita não precisam, quando julgadas depois da incorporação do bem desapropriado ao patrimônio da entidade expropriante, resolver-se em perdas e danos.

o Artigo 528: Enunciado 178 Na interpretação do art. 528, devem ser levadas em conta, após

a expressão “a benefício de”, as palavras “seu crédito, excluída a concorrência de”, que foram omitidas por manifesto erro material.

o Súmulas sobre compra e venda: Súmula 166-STF: É inadmissível o arrependimento no compromisso de compra

e venda sujeito ao regime do Dec.-Lei 58, de 10.12.1937. Súmula 167-STF: Não se aplica o regime do Dec.-Lei 58, de 10.12.1937, ao

compromisso de compra e venda não inscrito no registro imobiliário, salvo se o promitente vendedor se obrigou a efetuar o registro.

Súmula 168-STF: Para os efeitos do Dec.-Lei 58, de 10.12.1937, admite-se a inscrição imobiliária do compromisso de compra e venda no curso da ação.

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Súmula 412-STF: No compromisso de compra e venda com cláusula de arrependimento, a devolução do sinal, por quem o deu, ou a sua restituição em dobro, por quem o recebeu, exclui indenização maior a título de perdas e danos, salvo os juros moratórios e os encargos do processo.

Súmula 413-STF: O compromisso de compra e venda de imóveis, ainda que não loteados, dá direito a execução compulsória, quando reunidos os requisitos legais.

Súmula 76-STJ: A falta de registro do compromisso de compra e venda de imóvel não dispensa a prévia interpelação para constituir em mora o devedor.

Súmula 84-STJ: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.

Súmula 239-STJ: O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis.

o Jurisprudência em Teses, Edição N. 107: DOS CONTRATOS DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA E DE COMPRA E VENDA DE BENS IMÓVEIS - I

1) Na hipótese de descumprimento do prazo de entrega do imóvel objeto de contrato de compromisso de compra e venda ou de compra e venda, é possível cumular a cláusula penal decorrente da mora com a indenização por lucros cessantes pela não fruição do imóvel, pois aquela tem natureza moratória, enquanto esta tem natureza compensatória. *Observação 1: Tese afetada para julgamento pelo rito dos recursos repetitivos - TEMA 970 *Observação 2: Vide Suspensão em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas - SIRDR - TEMA 1

2) A inexecução do contrato de promessa de compra e venda ou de compra e venda, consubstanciada na ausência de entrega do imóvel na data acordada, acarreta, além da indenização correspondente à cláusula penal moratória, o pagamento de indenização por lucros cessantes.

3) É possível a inversão da cláusula penal moratória em favor do consumidor, na hipótese de inadimplemento do promitente vendedor, consubstanciado na ausência de entrega do imóvel no prazo pactuado. *Observação 1: Tese afetada para julgamento pelo rito dos recursos repetitivos - TEMA 971 *Observação 2: Vide Suspensão em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas - SIRDR - TEMA 1

4) Há presunção de prejuízo do promitente comprador a viabilizar a condenação por lucros cessantes pelo descumprimento do prazo para entrega de imóvel objeto de contrato de compromisso de compra e venda ou de compra e venda.

5) Em caso de rescisão de contrato de compra e venda de imóvel, a correção monetária do valor correspondente às parcelas pagas, para efeitos de restituição, incide a partir de cada desembolso.

6) Não é abusiva a cláusula de cobrança de juros compensatórios incidente em período anterior à entrega das chaves no contrato de promessa de compra e venda ou de compra e venda de imóveis em construção sob o regime de incorporação imobiliária.

7) Decretada a resolução do contrato de compra e venda de imóvel, com a restituição das parcelas pagas pelo comprador, o retorno das partes ao estado

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anterior implica o pagamento de indenização pelo tempo em que o comprador ocupou o bem, desde a data em que a posse lhe foi transferida.

8) O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis. (Súmula n. 239/STJ)

9) Havendo compromisso de compra e venda não levado a registro, a responsabilidade pelas despesas de condomínio pode recair tanto sobre o promitente vendedor quanto sobre o promissário comprador, dependendo das circunstâncias de cada caso concreto. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - TEMA 886)

10) O promitente comprador do imóvel e o proprietário/promitente vendedor são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - TEMA 122)

O Jurisprudência em Teses, Edição N. 110: DOS CONTRATOS DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA E DE COMPRA E VENDA DE BENS IMÓVEIS – II

1) A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel. (Súmula n. 308/STJ)

2) Não é aplicável a Súmula n. 308/STJ nos casos envolvendo contratos de aquisição de imóveis não submetidos ao Sistema Financeiro de Habitação - SFH.

3) A indenização deferida a título de lucros cessantes em decorrência do atraso na entrega de imóvel objeto de contrato de compra e venda será o montante equivalente ao aluguel que o comprador deixaria de pagar ou que auferiria caso recebesse a obra no prazo.

4) A pretensão ao recebimento de valores pagos, que não foram restituídos diante de rescisão de contrato de compra e venda de imóvel, submete-se ao prazo prescricional decenal previsto no art. 205 do Código Civil/2002.

5) Na hipótese de rescisão do contrato de promessa de compra e venda de imóvel por iniciativa do comprador, os juros de mora devem incidir a partir do trânsito em julgado, visto que inexiste mora anterior do promitente vendedor.

6) No caso de rescisão de contratos envolvendo compra e venda de imóveis por culpa do comprador, é razoável ao vendedor que a retenção seja arbitrada entre 10% e 25% dos valores pagos, conforme as circunstâncias de cada caso, avaliando-se os prejuízos suportados.

7) Incide a prescrição trienal sobre a pretensão de restituição dos valores pagos a título de comissão de corretagem ou de serviço de assistência técnico-imobiliária (SATI), ou atividade congênere (artigo 206, § 3º, IV, CC). (Tese julgada sob o rito do art. 1036 do CPC/2015 - TEMA 938 - primeira parte)

8) É abusiva a cobrança pelo promitente-vendedor do serviço de assessoria técnico-imobiliária ou atividade congênere, vinculado à celebração de promessa de compra e venda de imóvel. (Tese julgada sob o rito do art. 1.036 do CPC/2015, TEMA 938, parte final)

9) É válida cláusula contratual que transfere ao promitente-comprador a obrigação de pagar a comissão de corretagem nos contratos de promessa de compra e venda de unidade autônoma em regime de incorporação imobiliária, desde que previamente informado o preço total da aquisição da unidade

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autônoma, com o destaque do valor da comissão de corretagem. (Tese julgada sob o rito do art. 1.036 do CPC/2015 - TEMA 938 segunda parte)

10) A posse decorrente do contrato de promessa de compra e venda de imóvel não induz usucapião, exceto se verificada a conversão da posse não própria em própria, momento a partir do qual o possuidor passa a se comportar como se dono fosse.

11) A cobrança de resíduos inflacionários, em contrato de promessa de compra e venda firmado com construtora, só é possível na periodicidade anual e desde que expressamente pactuada.

NOTARIAL E REGISTRAL COMO ESTUDAR?

Ler Lei n. 11.441 de 2007, Resolução CNJ 35/2007 e Provimento 02 de 2007 da CGJ do TJAL e Recomendação n. 22 de 2016 do CNJ (2h)

Fazer a leitura atenta da lei, das resoluções e do provimento acima, atentando para artigos que geraram dúvida ou erro quando da resolução de questões na última semana.

OBSERVAÇÕES

Questões resolvidas:

o Semana passada nós esgotamos todas as questões de Tabelionato de Notas existentes no site Qconcursos e, muitas delas, se referem aos diplomas que serão lidos hoje. A opção por resolver questões antes serve ao propósito de medir o seu conhecimento prévio sobre a matéria, e direcionar o seu enfoque para o que efetivamente é cobrado em provas e para o que você errou ou teve dificuldade.

Legislação estudada:

o A Lei 11.441/07 alterou dispositivos do CPC/73 (Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973), possibilitando a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa.

o A aplicação dessa lei em âmbito nacional pelos notários e registradores foi feita por meio da Resolução n.35 de 2007 do CNJ, alterada posteriormente pelas Resoluções 120/10, 179/13 e 220/16. Portanto, muito cuidado quando da leitura. Verifique se está usando material atualizado.

o No Estado do Alagoas, a aplicação da Lei 11.441/07 foi regulamentada por meio do Provimento 02/2007, o qual está disponível no seguinte link: http://www.tjal.jus.br/corregedoria/provimentos/fc664545993c279efad136f1e8509cac.pdf

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o Em 2016, o CNJ expediu a Recomendação 22, abordando os inventários, partilhas, separações e divórcios que envolvam filhos ou menos emancipados.

o Todos os diplomas lidos hoje tratam unicamente do tema inventário, partilha, separação e divórcio extrajudiciais. Muita atenção, pois é um tema de muita relevância e alta cobrança.

o Dispositivos de destaque na Resolução 35, CNJ: Art. 3º As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio

consensuais não dependem de homologação judicial e são títulos hábeis para o registro civil e o registro imobiliário, para a transferência de bens e direitos, bem como para promoção de todos os atos necessários à materialização das transferências de bens e levantamento de valores (DETRAN, Junta Comercial, Registro Civil de Pessoas Jurídicas, instituições financeiras, companhias telefônicas, etc.)

Art. 7º Para a obtenção da gratuidade de que trata a Lei nº 11.441/07, basta a simples declaração dos interessados de que não possuem condições de arcar com os emolumentos, ainda que as partes estejam assistidas por advogado constituído.

Art. 8º É necessária a presença do advogado, dispensada a procuração, ou do defensor público, na lavratura das escrituras decorrentes da Lei 11.441/07, nelas constando seu nome e registro na OAB.

Art 11. É obrigatória a nomeação de interessado, na escritura pública de inventário e partilha, para representar o espólio, com poderes de inventariante, no cumprimento de obrigações ativas ou passivas pendentes, sem necessidade de seguir a ordem prevista no art. 990 do Código de Processo Civil.

Art. 12. Admitem-se inventário e partilha extrajudiciais com viúvo(a) ou herdeiro(s) capazes, inclusive por emancipação, representado(s) por procuração formalizada por instrumento público com poderes especiais. vedada a acumulação de funções de mandatário e de assistente das partes (excluído pela Resolução nº 179, de 03.10.13)

Art. 18. O(A) companheiro(a) que tenha direito à sucessão é parte, observada a necessidade de ação judicial se o autor da herança não deixar outro sucessor ou não houver consenso de todos os herdeiros, inclusive quanto ao reconhecimento da união estável.

Art. 34. As partes devem declarar ao tabelião, no ato da lavratura da escritura, que não têm filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente capazes, indicando seus nomes e as datas de nascimento. Parágrafo único. As partes devem, ainda, declarar ao tabelião, na mesma ocasião, que o cônjuge virago não se encontra em estado gravídico, ou ao menos, que não tenha conhecimento sobre esta condição. (Incluído pela Resolução nº 220, de 26.04.2016)

Art. 42. Não há sigilo nas escrituras públicas de separação e divórcio consensuais.

Art. 47. São requisitos para lavratura da escritura pública de separação consensual: a) um ano de casamento; b) manifestação de vontade espontânea e isenta de vícios em não mais manter a sociedade conjugal e desejar a separação conforme as cláusulas ajustadas; c) ausência de filhos menores não emancipados ou incapazes do casal; d) inexistência de gravidez do cônjuge

Page 12: 1ª Fase 18 - 01.03 - DOM.pdfconsagração da doutrina e da jurisprudência quanto à natureza decadencial das ações edilícias. Enunciado 174: Em se tratando de vício oculto, o

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virago ou desconhecimento acerca desta circunstância; e e) assistência das partes por advogado, que poderá ser comum. (Redação dada pela Resolução nº 220, de 26.04.2016)

Art. 50. A sociedade conjugal não pode ser restabelecida com modificações. Art. 51. A averbação do restabelecimento da sociedade conjugal somente

poderá ser efetivada depois da averbação da separação no registro civil, podendo ser simultâneas.

Art. 52. Os cônjuges separados judicialmente, podem, mediante escritura pública, converter a separação judicial ou extrajudicial em divórcio, mantendo as mesmas condições ou alterando-as. Nesse caso, é dispensável a apresentação de certidão atualizada do processo judicial, bastando a certidão da averbação da separação no assento do casamento. (Redação dada pela Resolução nº 120, de 30.09.2010)

REVISÕES COMO ESTUDAR?

48H – Constitucional: questões de Organização Político-Administrativa do Estado; 48H – Notarial e registral: questões restantes de Tabelionato de Notas resolvidas em

26/10; 7 DIAS – Civil: questões de Direitos da obrigações da VUNESP resolvidas em 21/10;

7 DIAS – Notarial e registral: questões de Tabelionato de Notas resolvidas em 21/10.

Dedicar até 30 minutos à leitura da folha de revisões dos temas acima, para relembrar os erros e dúvidas surgidos quando da resolução de questões.