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ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS E APLICAÇÕES DE GESTÃO Módulo IX – Análise e Gestão Financeira Aluno: ______________________ N.º: _____ Turma: _____ Pág. II/ 1 DOCUMENTO DE APOIO Nº 1 Tema: O Balanço e as Massas Patrimoniais MASSAS PATRIMONIAIS Massas Gerais: Activo e Passivo e Capital Próprio Observando o esquema anterior, podemos concluir que se verificou uma partição nos elementos que constituem o património do empresário: OS ELEMENTOS PATRIMONIAIS Representam elementos REPRESENTADOS => patrimoniais ACTIVOS À ESQUERDA (os bens e os direitos) OS ELEMENTOS PATRIMONIAIS Representam elementos REPRESENTADOS => patrimoniais PASSIVOS À DIREITA (as obrigações)

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Módulo IX – Análise e Gestão Financeira

Aluno: ______________________ – N.º: _____ – Turma: _____ Pág. II/ 1

DOCUMENTO DE APOIO Nº 1

Tema:

O Balanço e as Massas Patrimoniais

MASSAS PATRIMONIAIS

Massas Gerais: Activo e Passivo e Capital Próprio

Observando o esquema anterior, podemos concluir que se verificou uma partição nos elementos que constituem o património do empresário:

OS ELEMENTOS

PATRIMONIAIS Representam elementos

REPRESENTADOS => patrimoniais ACTIVOS

À ESQUERDA

(os bens e os direitos)

OS ELEMENTOS

PATRIMONIAIS Representam elementos

REPRESENTADOS => patrimoniais PASSIVOS

À DIREITA

(as obrigações)

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Assim o esquema anterior poderá resumir-se ao seguinte:

+ -

ACTIVO………………………35.000 € PASSIVO………………….….20.000 €

Conclusão:

O Activo corresponde “àquilo” que o comerciante tem.

O Passivo corresponde “àquilo” que o comerciante deve.

Conhecido o valor do Activo e do Passivo, isto é, sabendo o que o comerciante tem e “aquilo” que ele deve, levanta-se a seguinte questão:

Quanto lhe restará para pagar as suas dívidas?

Facilmente se deduz que lhe restará o correspondente ao valor do seu património – Capital Próprio.

O Capital Próprio representa o valor do património Capital Próprio Ou Valor do Património = Activo – Passivo

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Conclusões:

1. O Activo, o Passivo, e o Capital Próprio designam-se por massas patrimoniais gerais 2. Estas massas patrimoniais podem ser assim representadas:

ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO

(bens e direitos)

Corresponde “àquilo” que lhe resta depois de pagar as dívidas

Corresponde “àquilo” que o comerciante tem

PASSIVO

(obrigações)

Corresponde “àquilo” que o comerciante deve

PODEMOS SUBDIVIDIR O PATRIMÓNIO EM MASSAS PATRIMONIAIS PARCIAIS:

PATRIMÓNIO DA SOCIEDADE SONHADORA, LDA , em 31/12/N

ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO

Imobilizado (Activo não corrente) Capital Próprio

- Investimentos - Capital

- Reservas

Circulante (Activo corrente) - Resultados transitados

- Inventários - Resultado líquido do período

- Contas a receber

- Meios financeiros líquidos PASSIVO

- Contas a pagar

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Imobilizado ou ACTIVO FIXO são bens que a empresa tem que não são para ser vendidos e que duram na empresa mais do que 1 ano.

Exs: cadeiras, computadores, armários, máquinas, carrinhas de transportes

Circulante ou ACTIVO CIRCULANTE são todos os bens e direitos que estão sempre a circular na empresa. É composto por:

• Inventários – são os produtos (mercadorias) que a empresa tem para vender

• Contas a receber – é o valor em dívidas dos outros para com a empresa (ex: clientes)

• Meios líquidos financeiros – são todos os valores que se encontram rapidamente disponíveis.

O conjunto constituído pelas Contas a receber e pelas Disponibilidades (Meios líquidos financeiros) é geralmente designado por ACTIVO MANEÁVEL.

Capital Próprio – representa o valor do Património. Inclui o valor inicial do património (capital inicial), os lucros retidos dos anos anteriores (reservas e resultados transitados) e o lucro ou prejuízo do período (resultado líquido do período), entre outros.

Capital Próprio (CP) = Activo (A) – Passivo (P)

• Contas a pagar – inclui todas a s dívidas da empresa para com terceiros (fornecedores, bancos, estado)

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Resumo:

PATRIMÓNIO DA SOCIEDADE SONHADORA, LDA , em 31/12/N

BENS OBRIGAÇÕES

DIREITOS

PATRIMÓNIO DA SOCIEDADE SONHADORA, LDA , em 31/12/N

ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO

PASSIVO

PATRIMÓNIO DA SOCIEDADE SONHADORA, LDA , em 31/12/N

ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO

Imobilizado (Activo não corrente) Capital Próprio

- Investimentos - Capital

- Reservas

Circulante (Activo corrente) - Resultados transitados

- Inventários - Resultado líquido do período

- Contas a receber

- Meios financeiros líquidos PASSIVO

- Contas a pagar

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O Balanço é uma igualdade entre dois membros, referida a uma determinada data e referente a uma dada empresa, que representa o Património em composição e valor.

O Balanço é o documento (ou quadro) onde se compara o Activo com o Capital Próprio e Passivo.

O Balanço é o quadro resumido do inventário, contendo, sem pormenorizar, os valores que a empresa possui e as contas a receber (Activo) e as contas a pagar (Passivo) e onde se evidencia o valor do património (Capital Próprio).

O Balanço, comparando o Activo com o Passivo e evidenciando o valor do património, dá-nos informações sobre a situação financeira da empresa, num dado momento.

Para além da visão estática da realidade, o Balanço pode dar-nos uma visão dinâmica da actividade da empresa através da comparação de balanços sucessivos. Deste modo, é possível seguir a evolução das rubricas que o integram e que afectam a rendibilidade e a situação financeira da empresa.

O Balanço é uma fonte de informações fundamental não só para a própria empresa, mas também para aqueles que estejam directa ou indirectamente ligados a ela, como é o caso, dos obrigacionistas, dos sócios, dos fornecedores, do Estado, etc.

APRESENTAÇÃO GRÁFICA DO BALANÇO

As contas do Activo dispõem-se no Balanço por ordem crescente de liquidez, isto é, no fim estão aquelas que mais facilmente se podem converter em meios monetários.

As contas do Passivo estão ordenadas por prazos crescentes exigibilidade (do menos exigível para o mais exigível).

As contas do Capital Próprio estão dispostas pela ordem da sua formação histórica (Inicial, Retido, Adquirido no exercício).

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FICHA DE TRABALHO Nº 1

Tema:

Massas Patrimoniais

A empresa Sotrix, Lda., com sede no Cacém, comercializa divisórias amovíveis em alumínio. A empresa constitui-se por escritura pública em 5 de Setembro do ano passado. Em 30 de Setembro o património da empresa era constituído pelos seguintes valores:

(1) Elementos patrimoniais (2) Valor (euros)

(3) Tipo de Elemento Patrimonial

(4) Massas Gerais

(5) Massas Parciais

1 Terreno com 20000 m2 situado nos arredores do Cacém 19 000

2 Dívida à Socimetal, S.A. 2 250

3 IRS em dívida 750

4 100 Painéis de revestimento em alumínio anodizado 8 500

5 200 Placas de isolamento termo- acústico 1 500

6 50 Armários para incorporar em divisórias 2 500

7 Depósito à ordem no BCP 325

8 1000 cantoneiras perfuradas 1 000

9 Letra a receber do cliente F. Costa, Lda. 900

10 Mobiliário diverso do escritório 4 500

11 Dinheiro em cofre 75

12 Empréstimo do BCP a 8 anos 27 000

13 Camião FT 21 9 000

14 Crédito ao cliente Abel Fonseca 1 100

15 Embalagens retornáveis 1 500

16 Letra a pagar à Socimetal, S.A. 75

Tarefas a realizar:

1. Preencha a coluna (3), indicando para cada elemento patrimonial se se trata de Bem, Direito ou Obrigação.

2. Na coluna (4), assinale com A os elementos patrimoniais activos e com P os que representam valores passivos.

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Na coluna (5), inscreva à frente de cada um dos elementos patrimoniais as designações: Imobilizado (I), Circulante (C) ou Contas a Pagar (CP), conforme o caso.

3. Determine o valor:

Dos Investimentos _________________________

Dos Inventários ___________________________

Das Contas a Receber _____________________

Dos Meios Financeiros Líquidos ______________

Das Contas a Pagar _______________________

Do Activo ________________________________

Do Passivo ______________________________

Do Capital Próprio _________________________

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 2

Tema:

A Demonstração dos Resultados

A DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Ao se iniciar a actividade comercial é necessário elaborar o Inventário e o respectivo Balanço. Decorrido algum tempo (em geral um ano) porque se verificaram muitas operações que alteraram a composição e o valor do Património, elabora-se outro Inventário e o respectivo Balanço.

Comparam-se então os dois Balanços e a diferença entre o valor do património anterior e actual dá-nos o resultado da actividade desenvolvida pela empresa.

A Demonstração dos Resultados faz a ligação entre dois Balanços consecutivos, é o mapa que justifica as variações no valor do património.

Elaboração da Demonstração dos Resultados (por natureza) de João Pinto:

GASTOS RENDIMENTOS

61 – C.M.V.M.C. 1.000 € 71 – Vendas 1.500 €

62 – F.S.E. 125 € 78 – Outros Rendimentos 150 €

63 – Gastos com o Pessoal 200 €

1.325 €

818 – Resultado Líquido Período 325 €

1.650 € 1.650 €

Podemos verificar que:

• Enquanto o Balanço é um retrato da empresa em dado momento (análise estática), a Demonstração dos Resultados mostra-nos a actividade da empresa entre dois momentos no tempo.

• O Balanço mostra-nos as variações patrimoniais e o resultado da empresa durante um determinado período de actividade, mas não ficamos a saber a composição desses resultados. A Demonstração dos Resultados evidencia por rubrica a composição dos resultados, mostra–nos como cada rubrica de custos e proveitos contribuiu para a obtenção do resultado da empresa.

• Os Resultados – lucro ou prejuízo – figuram no 2º membro do Balanço (última rubrica do capital próprio), encontrando-se os mesmos na coluna do lado esquerdo da Demonstração dos Resultados.

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Podemos concluir que o Balanço e a Demonstração dos Resultados se completam, servindo a segunda para uma análise mais pormenorizada dos resultados durante um exercício económico.

Apresentação de um modelo sintético da Demonstração dos Resultados por natureza:

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

GASTOS RENDIMENTOS

61 – C.M.V.M.C. 71 – Vendas

62 – Fornecimentos e Serviços Externos 72 – Prestações Serviços

63 – Gastos com o Pessoal 73 – Variações nos Inventários

64 – Gastos Depreciação e Amortização 74 – Trabalhos para a Própria Entidade

65 – Perdas por Imparidade 75 – Subsídios à Exploração

66 – Perdas por Reduções de Justo Valor 76 – Reversões

67 – Provisões do Período 77 – Ganhos por Aumentos de Justo Valor

68 – Outros Gastos e Perdas 78 – Outros Rendimentos e Ganhos

(A) Gastos Operacionais (B) Rendimentos Operacionais

69 – Gastos e Perdas de Financiamento 79 – Juros, Dividendos e Outros

(C) Gastos Correntes (D) Rendimentos Correntes

812 – Imposto sobre o Rendimento Resultado Operacional (B-A)

(E) Resultado Financeiro (79) – (69)

818 – Resultado Líquido do Período 811 – Resultado Antes de Impostos (D) – (C)

(F) 818 – Resultado Líquido do Período (D) – (E)

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FICHA DE TRABALHO Nº 2

Tema:

A Demonstração dos Resultados

A empresa XPTO, Lda. Apresentava no último dia do mês passado os seguintes factos patrimoniais modificativos:

Factos patrimoniais Valor (Euros)

Gatos Rendimentos Contas (1º Grau)

1 Pagamento da renda do escritório 260

2 Pagamento de ordenados aos empregados 1 500

3 Pagamento do seguro do veículo 360

4 Pagamento de comissões a terceiros 1 000

5 Pagamento de reparação de imobiliário 400

6 Pagamento de juros de empréstimo bancário 850

7 Pagamento de jantar oferecido aos clientes 100

8 Compra de selos de correio 15

9 Recebimento lucros de sociedade associada 3 000

10 Pagamento seguro de acidentes de trabalho 35

11 Pagamento de imposto do selo 10

12 Pagamento de publicação de anúncio 10

13 Recebimento de renda de prédio urbano 3 900

14 Pagamento de electricidade do escritório 50

15 Pagamento de encargos sobre remunerações 30

16 Pagamento de honorários a advogado 800

17 Recebimento de juros de depósito 1 500

18 Pagamento de ordenados aos gerentes 2 000

19 Pagamento de despesas de deslocação 300

20 Vendas de mercadorias 31 000

21 Custo das mercadorias vendidas 18 000

Tarefas a realizar:

1. Complete o quadro. 2. Elabore a Demonstração dos Resultados, considerando 25% de IRC.

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

GASTOS RENDIMENTOS

61 – C.M.V.M.C. 71 – Vendas

62 – Fornecimentos e Serviços Externos 72 – Prestações Serviços

63 – Gastos com o Pessoal 73 – Variações nos Inventários

64 – Gastos Depreciação e Amortização 74 – Trabalhos para a Própria Entidade

65 – Perdas por Imparidade 75 – Subsídios à Exploração

66 – Perdas por Reduções de Justo Valor 76 – Reversões

67 – Provisões do Período 77 – Ganhos por Aumentos de Justo Valor

68 – Outros Gastos e Perdas 78 – Outros Rendimentos e Ganhos

(A) Gastos Operacionais (B) Rendimentos Operacionais

69 – Gastos e Perdas de Financiamento 79 – Juros, Dividendos e Outros

(C) Gastos Correntes (D) Rendimentos Correntes

812 – Imposto sobre o Rendimento Resultado Operacional (B-A)

(E) Resultado Financeiro (79) – (69)

818 – Resultado Líquido do Período 811 – Resultado Antes de Impostos (D) – (C)

(F) 818 – Resultado Líquido do Período (D) – (E)

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 3

Tema:

Análise Económico-Financeira

1. Conceito

A análise económico-financeira compreende um conjunto de técnicas que visam o estudo da situação económica e financeira da empresa, através da análise de documentos contabilísticos (balanço, demonstração dos resultados, mapa de origem e aplicação de fundos, orçamento de tesouraria e financeiro) e material extra – contabilístico (natureza e dimensão da empresa, filosofia de gestão da direcção, meio envolvente da empresa, posição e implantação no mercado, perspectivas futuras da empresa, etc.).

Por outro lado, a análise financeira é um instrumento específico de gestão, e para além da direcção da empresa, também interessa às mais diversas entidades externas (Estado, fornecedores, clientes, bancos, etc.)

2. Objectivos

• Interpretar, avaliar, informar sobre a situação económico–financeira da empresa

• Servir de instrumento de gestão e mais especificamente para a Gestão Financeira

• Servir de elemento de avaliação para as diferentes entidades com interesses na empresa: Accionistas, Estado, bancos, fornecedores, clientes, etc.

• Pesquisa da existência ou não de condições de equilíbrio financeiro da empresa

• Medir a rentabilidade dos capitais investidos

• Controlar a gestão dos recursos financeiros aplicados na empresa

• Estudar e sugerir processos de obtenção de recursos financeiros tendo em vista o equilíbrio financeiro e a rentabilidade da empresa no longo prazo.

3. Enquadramento

Resulta de:

- Análise dos documentos contabilísticos:

- Balanço (análise financeira)

- Demonstração dos Resultados (análise económica)

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Deve ter em conta:

- Dados extra–contabilísticos sobre a empresa, a sua actividade, o seu posicionamento, o respectivo meio envolvente, condicionantes internas e externas, etc.

Serve para:

- Auxiliar e eventualmente fundamentar a tomada de decisão, interna e externamente face à empresa

- Interpretar e avaliar as demonstrações financeiras da empresa

Não é:

- Uma técnica de tomada de decisão nem controlo de gestão operacional (dia a dia) da empresa;

- Uma técnica de tratamento contabilístico;

- Um plano ou algo que procure definir o futuro da empresa;

- Um método geral e único a aplicar igualmente a todas as empresas.

Em esquema:

Documentos

Contabilísticos

Análise

Financeira

Gestão Financeira

Gestão Global

Planeamento

Entidades exteriores à empresa e com interesses na mesma

EMPRESA E O SEU MEIO ENVOLVENTE

EMPRESA E O SEU MEIO ENVOLVENTE

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 4

Tema:

Função Financeira, Gestão Financeira e Análise Financeira

1. Função Financeira

Integra todas as tarefas relacionadas com a obtenção e aplicação dos recursos financeiros.

A destacar:

- Inventariação das necessidades e recursos financeiros

- Obtenção vantajosa dos recursos financeiros

- Aplicação racional de recursos financeiros

- Controlo e correcção das aplicações

Em suma:

A função financeira consiste na preparação, na tomada, execução e no controlo das decisões financeiras da empresa.

2. Gestão Financeira

É a gestão das tarefas de índole financeira, a gestão da função financeira, em particular, as acções e as tomadas de decisão em que o aspecto financeiro assuma prevalência.

Abrange essencialmente, o conjunto das técnicas que visam a melhoria das decisões financeiras a tomar, de modo a levar a cabo, eficazmente, os objectivos da função financeira.

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Abrange, entre outras as seguintes áreas:

- Análise dos documentos de das informações enviadas pelos analistas financeiros

- Planificação financeira de curto, médio e longo prazo

- Gestão de tesouraria e do exigível a curto prazo

- Decisões de investimento em capital fixo e circulante

- A determinação das necessidades de recursos financeiros e a selecção das fontes de financiamento

- A política de reintegração e amortização dos investimentos

- O controlo das aplicações dos fundos obtidos

- etc.

3. Análise Financeira

Compete-lhe a recolha de informações e o seu estudo de forma a fornecer dados ao gestor financeiro, bem como a apreciação crítica dos objectivos gerais e particulares que correspondem ao conjunto das tarefas que integram a Função Financeira.

Perspectivas da Análise Financeira:

- Análise interna ou externa

- Análise periódica ou especial (extraordinária)

- Análise histórica ou previsional

- Análise de gestão corrente ou de cessão / liquidação / partilha

- Análise “fiscal” ou “real”

Conforme a perspectiva com que se faz a análise financeira, os seus destinatários a quem a solicita, assim a recolha de informação e a ênfase da análise pode ser colocada mais neste ou naquele aspecto.

Bases para uma metodologia de Análise Financeira:

Ao longo das aulas, iremos seguir um método de análise essencialmente baseado nos dados e elementos contabilísticos. No entanto, é importante ter a noção que essa análise deve ser efectuada à luz de uma série de variáveis extra–contabilísticas

As finanças da empresa, quando mal geridas, podem motivar o insucesso, pelo contrário, quando correctamente aplicadas, não são capazes de, por si só, justificarem o sucesso.

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4. Análise do Balanço

Conceito:

O balanço é um documento contabilístico que expressa a situação patrimonial de uma empresa em determinada data.

MASSAS PATRIMONIAIS PARCIAIS

ACTIVO - Investimentos (Imobilizado) - Inventários (Stocks) - Contas a Receber (Créditos) - Meios Financeiros Líquidos

PASSIVO - Contas a Pagar (Débitos):

- De funcionamento - De financiamento

CAPITAL PRÓPRIO - Inicial (capital) - Retido (reservas e resultados

transitados) - Adquirido no período (resultado

líquido do período)

MASSAS PATRIMONIAIS GERAIS

ACTIVO

É constituído pelo conjunto de bens e direitos

CAPITAL PRÓPRIO Ou valor do património

PASSIVO É constituído pelas

obrigações

ACTIVO = PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO

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Módulo IX – Análise e Gestão Financeira

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Segundo os ciclos financeiros da empresa:

- Ciclo de investimento (nível estratégico)

- Ciclo de exploração (nível operacional)

- Ciclo das operações financeiras (nível financeiro)

APLICAÇÕES ORIGENS

ACTIVO FIXO

ACTIVO CIRCULANTE Inventários Contas a Receber Quase disponível Disponível

CAPITAIS PRÓPRIOS Dívidas a médio prazo (vencimento > 1 ano)

Dívidas a curto prazo (vencimento < ou = 1 ano)

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 5

Tema:

Equilíbrio Financeiro

1. Estrutura Financeira

É geralmente aceite que só uma estrutura financeira equilibrada permite à empresa um funcionamento normal, sem grandes sobressaltos, em laboração contínua, independente de credores, e em posição de negociar, sem aceitar pressões, a cobertura das suas necessidades operacionais.

APLICAÇÕES ORIGENS

ACTIVO FIXO

INVESTIMENTOS (IMOBILIZADO)

CAPITAIS

CAPITAIS PRÓPRIOS

ACTIVO

INVENTÁRIOS

PERMANENTES

CONTAS A PAGAR (DÉBITOS) A MÉDIO E LONGO PRAZO

CIRCULANTE

CONTAS A RECEBER (CRÈDITOS)

EXIGÍVEL A CURTO PRAZO

CONTAS A PAGAR (DÉBITOS) A CURTO PRAZO

MEIOS FINANCEIROS LÍQUIDOS (DISPONIBILIDADES)

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ORGANIZAÇÃO DE EMPRESAS E APLICAÇÕES DE GESTÃO

Módulo IX – Análise e Gestão Financeira

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2. Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo

- PERSPECTIVA ESTÁTICA

Os capitais utilizados por uma empresa para financiar uma imobilização, um stock, ou outro elemento do seu activo, devem poder ficar à sua disposição durante o período que corresponda, pelo menos, ao da duração da imobilização, do stock ou outro elemento adquirido com esses mesmos capitais.

MAS, uma empresa é um todo em constante mutação e não um conjunto de elementos patrimoniais estáticos, e a sua estrutura financeira deve ser encarada numa óptica de financiamento global, ou melhor, de cobertura global, e não de financiamento elemento a elemento – é conjunto do passivo e do capital próprio que financiam o conjunto do activo, e não determinado elemento do passivo ou do capital próprio a financiar este ou aquele elemento do activo.

- PERSPECTIVA DINÂMICA

O equilíbrio financeiro, terá que ser analisado numa perspectiva dinâmica, ou seja, tendo em conta, não apenas a cobertura dos capitais, mas também a actividade da empresa, o seu funcionamento.

Não podemos, no entanto, pôr de parte o factor tempo, isto é, a actividade e o funcionamento da empresa, o que nos leva então a afirmar que uma empresa só está equilibrada financeiramente quando a sua actividade liberta um fluxo de meios líquidos suficiente para fazer face às suas necessidades operacionais e aos compromissos financeiros assumidos, à medida que se forem vencendo.

A existência de uma situação de equilíbrio financeiro pressupõe, portanto, o ajustamento do grau de liquidez dos elementos do activo ou grau de exigibilidade das dívidas, ou seja, que a cadência das exigibilidades da empresa esteja coberta pela capacidade de transformação em meios líquidos dos seus activos.

Para que se alcance este objectivo, as empresas, carecem normalmente, de uma MARGEM DE SEGURANÇA constituída por valores realizáveis, que estejam fora da exigência imediata dos credores, e que se destinem a cobrir quaisquer irregularidades ou diminuições de velocidade na transformação dos capitais circulantes em meios líquidos e, de uma forma geral, os riscos inerentes à actividade, que possam afectar o referido ajustamento.

A essa margem de segurança, dá-se o nome de fundo de maneio.

VALORES IMOBILIZADOS CAPITAIS PERMANENTES

CAPITAIS CIRCULANTES DÉBITOS A CURTO PRAZO

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3. Fundo de Maneio

Varia consoante as características funcionais de cada empresa, designadamente a rotação de stocks, as condições de prazo das compras e vendas, a natureza da exploração, etc.

OU SEJA: a margem de segurança constituída pelo excedente dos capitais circulantes sobre as dívidas a curto prazo.

OU

ACTIVO FIXO

CAPITAIS PRÓPRIOS

+

DÉBITOS A MÉDIO E LONGO PRAZO

ACTIVO CIRCULANTE

F.M

EXIGÍVEL A CURTO PRAZO

Fundo de Maneio = Activo Circulante – Exigível a Curto Prazo

Fundo de Maneio = Capitais Permanentes – Activo Fixo

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EXEMPLO PRÁTICO:

BALANÇO (valores em Euros)

Investimentos 200.000 Capitais Próprios 100.000

Inventários 50.000 Déb. a M. L. Prazo 150.000

Contas a Receber 80.000 Déb. a C. Prazo 100.000

Disponibilidades 20.000

350.000 350.000

Assim podemos concluir que quando:

FM = 0 => existe a Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo

FM > 0 => existe Margem de Segurança

FM < 0 => não existe Margem de Segurança. Há desequilíbrio financeiro.

FM = (50000 + 80000 + 20000) – 100000 = 50.000

FM = (100000 + 150000) – 200000 = 50.000

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FICHA DE TRABALHO Nº 3

Tema:

Equilíbrio Financeiro

A Fotoarte, Lda., que se dedica à comercialização de artigos para fotografia, iniciou a sua actividade em Setembro do ano passado, com os seguintes elementos patrimoniais:

3 Máquinas fotográficas “Canon”, a 500 euros cada 1 500

Depósito à ordem no BCP 600

50 Filmes “Kodacolor”, a 9 euros cada 450

3 Projectores de slides “Naigai”, a 250 euros cada 750

Dinheiro em caixa 100

Dívida à Kodak Portuguesa, Lda. 1 000

Edifício onde funciona o estabelecimento 50 000

Um armário metálico 400

Crédito ao cliente Empresa Turística do Sul, Lda. 150

Depósito à ordem na CGD 100

2 Máquinas fotográficas “Kodak Instant”, a 250 euros cada 500

Débito aos Laboratórios Fotofilmes, Lda. 1 000

Uma máquina registadora 350

Uma furgoneta “Peugeot” 17 500

Crédito ao cliente Fotarte, Lda. 150

Diverso mobiliário de escritório 1 750

Letra a pagar à Empresa Distribuidora Safilmes, Lda. 800

Empréstimo do BPI a longo prazo 50 000

IRS em dívida 500

Capital social 20 000

Reservas 1 000

Tarefas a realizar:

1. Classifique os elementos patrimoniais, escrevendo à frente de cada um a respectiva massa patrimonial:

I – Investimentos; S – Inventários (Stocks); C – Créditos a Curto Prazo; D – Disponibilidades

CP – Capital Próprio; DMLP – Débitos a Médio e Longo Prazo; DCP – Débitos a Curto Prazo

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2. Elabore o Balanço Sintético da empresa:

APLICAÇÕES ORIGENS

ACTIVO FIXO

INVESTIMENTOS (IMOBILIZADO)

CAPITAIS

CAPITAIS PRÓPRIOS

ACTIVO

INVENTÁRIOS

PERMANENTES

CONTAS A PAGAR (DÉBITOS) A MÉDIO E LONGO PRAZO

CIRCULANTE

CONTAS A RECEBER (CRÈDITOS)

EXIGÍVEL A CURTO PRAZO

CONTAS A PAGAR (DÉBITOS) A CURTO PRAZO

MEIOS FINANCEIROS LÍQUIDOS (DISPONIBILIDADES)

3. Calcule o Activo Fixo, Activo Maneável, Activo Circulante, Capitais Permanentes e Exigível a Curto Prazo da empresa.

4. Determine o Fundo de Maneio.

5. Considere que passado um mês, a empresa realizou as seguintes operações:

- Transferiu 5 000 euros do empréstimo a longo prazo para curto prazo;

- Comprou a crédito 5 000 euros de mercadorias.

Diga, justificando, se o equilíbrio financeiro da empresa piorou ou melhorou com estas operações, indicando qual das operações provocou maior impacto na estrutura financeira da empresa.

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 6

Tema:

Rácios Financeiros

1. O que são Rácios

A técnica mais utilizada pela análise financeira consiste em estabelecer relações entre contas e agrupamentos de contas do Balanço e da Demonstração dos Resultados. Estas relações têm várias designações, tais como rácios, índices, coeficientes, indicadores, etc.

RÁCIO – é uma razão ou quociente entre duas grandezas que têm relação entre si, e que permitem obter informações sintéticas, comparar valores assumidos no tempo e pelo mesmo indicador, bem como valores respeitantes à empresa com valores padrão a nível sectorial ou até nacional.

2. Tipos de Rácios

Podem-se construir vários rácios, mas a sua utilização vai depender essencialmente dos objectivos da análise que se pretende fazer.

FUNÇÃO DA NATUREZA DOS VÁRIOS RÁCIOS

Rácios financeiros – são aqueles que avaliam ou apreciam aspectos relacionados apenas com os aspectos financeiros, como por exemplo a estrutura financeira, a capacidade de endividamento, a solvabilidade da empresa, etc.

Rácios económicos – revelam aspectos de situação económica como por exemplo a estrutura dos custos, dos proveitos, as margens, a capacidade de auto financiamento, etc.

Rácios económico-financeiros – tal como o próprio nome indica, estes rácios pretendem apreciar os aspectos económico-financeiros da empresa, como sejam a rendibilidade dos capitais, a rotação dos diferentes elementos do activo (stocks, ...)

Rácios de funcionamento – estes rácios ajudam o gestor financeiro a explicar os impactos financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração. São alguns exemplos destes rácios, os rácios dos prazos médios de recebimento e pagamento, da duração média das existências em armazém, etc.

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3. Rácios de Liquidez

Os rácios de liquidez são rácios financeiros que medem a capacidade da empresa para fazer face às suas obrigações de curto prazo. Permitem assim, verificar se a empresa tem ou não capacidade para pagar as suas dívidas na data do seu vencimento.

� Liquidez Geral

Se o valor apurado for maior do que 1, a empresa pode utilizar activos líquidos para liquidar dívidas a menos de 1 ano. Se a Liquidez Geral for menor que 1 significa que o Fundo de Maneio é negativo, se pelo contrário a Liquidez Geral for maior que 1 significa que o Fundo de Maneio é positivo.

Alguns gestores, por vezes dizem que, quanto maior for este indicador, melhor. No entanto, essa afirmação não é exactamente correcta, porque um valor elevado pode significar:

• Elevado número de stocks inúteis em armazém

• Valor bastante elevado de dívidas por parte dos clientes

• Grandes disponibilidades em caixa ou em bancos

Assim, apesar de se indicar um valor ideal, acima de 2, para empresas bem geridas, valores entre 1,2 e 1,4 são ideais.

EXEMPLO PRÁTICO:

A empresa em análise, apresenta os seguintes valores:

2001 2002

Liquidez Geral 51 900 = 2,2 38 400 = 0,48 23 800 80 400

A empresa em estudo, passou de um valor ideal em 2001 para uma situação financeira deplorável em 2002, isto é, enquanto que em 2001 a empresa possuía 220,00 € para pagar 100,00 € de dívidas, em 2002 a empresa só possui 48,00 € para pagar 100,00 € de dívidas.

Liquidez Geral = Activo Circulante

Passivo a curto prazo

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� Liquidez Reduzida

Este indicador, diz-nos qual o peso dos stocks na estrutura da empresa. Se houver uma diferença exagerada entre o valor da Liquidez Geral e o valor da Liquidez Reduzida, devemos tomar precauções, dado que perante um facto destes, pode significar que a empresa está a produzir (ou a comprar) para o armazém e não para o mercado, estando assim a criar stocks “mortos”, que pesam bastante em termos de custos para a empresa. Ao Activo Circulante deduzido dos Inventários (numerador do rácio) também se chama Activo Maneável.

EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa que estamos a estudar:

2001 2002

Liquidez Reduzida 51 900 – 22 660 = 1,23 38 400 – 17 800 = 0,26 23 800 80 400

Dado o valor elevado deste indicador no ano de 2001, revela que a empresa está numa sã situação financeira, ou seja, a empresa não está a viver momentos difíceis, pelo contrário. No entanto, no ano de 2002, e pelo valor baixo do indicador, concluímos que a empresa está a correr um sério risco de não poder fazer face às suas dívidas.

A empresa deverá portanto tomar urgentemente algumas providências financeiras, para que não venha a cair em situações desagradáveis como por exemplo suspender os seus pagamentos.

� Liquidez Imediata

Este indicador, diz-nos que passivo a empresa pode pagar imediatamente, ou seja o peso das disponibilidades na estrutura da empresa.

Liquidez Reduzida = Activo Circulante - Inventários Passivo a curto prazo

Liquidez Imediata = Disponibilidades Passivo a curto prazo

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4. Rácios de Estrutura

Os indicadores de estrutura são também rácios financeiros que medem a capacidade da empresa para solver os seus compromissos a médio e longo prazo. Comparam os fundos fornecidos pelos accionistas (capitais próprios) com os fundos obtidos junto dos credores (capitais alheios).

De entre os indicadores de estrutura há a considerar:

� Rácio de Solvabilidade

A solvabilidade é a aptidão da empresa em assegurar, a todo o instante, o pagamento das suas dívidas. Quanto maior o valor deste rácio, melhor a empresa responde aos seus compromissos, tendo assim consequências a nível da autonomia financeira. Se o rácio for inferior a 1, a empresa tem de ser capaz de gerar lucros para satisfazer as suas obrigações para com terceiros nos prazos previstos, ou, em alternativa, os seus accionistas/sócios têm de injectar capitais na empresa.

No entanto a empresa pode também recorrer a empréstimos, uma vez que estes permitem o efeito de alavanca financeira, no caso de os capitais obtidos por empréstimo renderem a uma taxa de lucro superior à taxa de juro do empréstimo. Neste caso, a taxa de rendibilidade dos capitais próprios aumentam com o endividamento.

� Rácio de Autonomia Financeira

A existência de autonomia financeira depende:

• do grau de cobertura do Activo por Capitais Próprios

• da capacidade da empresa para gerar lucros

Solvabilidade = Capitais Próprios Passivo Total

Autonomia Financeira = Capitais Próprios Activo Total

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Este rácio mostra, do montante total aplicado na empresa, quanto desse valor corresponde a capitais próprios e quanto corresponde a capitais alheios. Ou seja, mede a participação do capital próprio no financiamento da empresa.

Este valor varia entre 0 e 1. Zero é a total dependência de terceiros. Um é a autonomia total, ou seja, a empresa não recorre a qualquer capital alheio.

EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa que estamos a estudar:

2001 2002

Autonomia Financeira 100 200 x 100 = 63% 118 200 x 100 = 47,5% 159 000 248 600

A empresa piorou a sua situação do ano 2001 para 2002, pois enquanto no exercício de 2001 por cada 100,00 € investidos na empresa 63,00 € eram capitais próprios e 37,00 € capitais alheios, no ano 2002 por cada 100,00 € investidos só 47,50 € eram capitais próprios enquanto que 52,50 € são capitais alheios, pelo que a empresa passou a estar mais dependente de terceiros.

� Rácio de Endividamento

Trata-se de um rácio complementar ao rácio de autonomia financeira, uma vez que a soma dos dois valores é igual a 1.

EXEMPLO PRÁTICO:

A empresa em análise apresenta os seguintes valores:

2001 2002

Endividamento 58 800 x 100 = 37% 130 400 x 100 = 52,5% 159 000 248 600

Significa que a empresa aumentou a sua dependência em relação a terceiros, isto é, piorou a sua situação em termos estruturais.

Endividamento = Passivo Activo Total

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� Rácio de Capacidade de Endividamento a Médio e Longo Prazo

Este rácio indica o peso que os débitos a MLP têm em relação aos capitais permanentes. Doutra forma, não deixa também de se avaliar com este indicador, a importância dos capitais próprios em relação ao conjunto das origens de fundos com prazo de exigibilidade superior a um ano.

Capacidade de Endividamento a MLP = Capitais Permanentes Débitos a MLP

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FICHA DE TRABALHO Nº 4

Tema:

Rácios Financeiros

As Empresa A e B iniciaram a sua actividade no início do ano 2004, dedicando-se ao mesmo negócio e tendo o mesmo nível de stocks e o mesmo capital inicial. Dos balanços de ambas as empresas retiraram-se os seguintes elementos (valores em Euros):

EMPRESA A EMPRESA B

DESCRIÇÃO 2004 2005 2004 2005

ESTRUTURA FINANCEIRA 1. Investimentos 31183 30085 28986 28376 2.1. Inventários 2000 2000 2000 20002.2. Activo Maneável 4695 2484 1477 6242. Activo Circulante 6695 4484 3477 2624 TOTAL DE APLICAÇÕES 37878 34569 32463 31000 3.1. Capitais Próprios 13136 15034 17413 203703.2. Débitos M. L. Prazo 21600 16800 12000 72003. Capitais Permanentes 34736 31834 29413 27570 4. Débitos a Curto Prazo 3142 2735 3051 3430 TOTAL DE ORIGENS 37878 34569 32463 31000 FUNDO DE MANEIO (3-1)

LIQUIDEZ Liquidez Geral = AC/DCP Liquidez Reduzida = AM/DCP Liquidez Imediata = Disponibilidades/DCP 1.49 0.91 0.48 0.18

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Tarefas a realizar:

1. Calcule o FM

2. Calcule a Liquidez geral e a Liquidez reduzida

3. Qual o valor das contas a receber no activo das empresas? Porquê?

4. Qual a empresa com melhor situação financeira? Justifique

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FICHA DE TRABALHO Nº 5

Tema:

Rácios Financeiros

A empresa Verde Mar, Lda. apresentou no final do ano passado o seguinte Balanço:

DESCRIÇÃO VALOR (Euros)

1. INVESTIMENTOS Activos Fixos Tangíveis 92 782Activos Fixos Intangíveis 432Investimentos Financeiros 2 088 2. INVENTÁRIOS Mercadorias 19 500 3. CONTAS A RECEBER Clientes 20 581 4. DISPONIBILIDADES Caixa 4 689Depósitos á Ordem 30 449TOTAL DAS APLICAÇÕES 168 433

5. CAPITAIS PRÓPRIOS Capital 10 000Reservas 2 000Resultados Transitados 41 552Resultado Líquido do Período 43 698 6. DÉBITOS A MÉDIO E LONGO PRAZO Financiamentos Obtidos 17 850 7. DÉBITOS A CURTO PRAZO Fornecedores 16 001Estado e Outros Entes Públicos 37 332TOTAL DAS ORIGENS 168 433

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Tarefas a realizar:

1. Calcule

a) Activo Fixo f) Activo Maneável j) Autonomia Financeira

b) Activo Circulante g) Liquidez Geral k) Solvabilidade Total

c) Capitais Permanentes h) Liquidez Reduzida l) CEMLP

d) Exigível a Curto Prazo i) Liquidez Imediata m) Endividamento

e) Fundo de Maneio

2. Comente a situação financeira da empresa.

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 7

Tema:

Rácios Económicos

� Valor Acrescentado Bruto

Este rácio mede, não só a riqueza criada pelo conjunto das actividades da empresa, mas também a contribuição da empresa para a economia do país, que não é mais do que o somatório do valor acrescentado da empresa.

O Valor Acrescentado Bruto (VAB) pode ser conhecido segundo duas ópticas:

- Numa óptica de produção: VAB = VBP – CI

- Numa óptica de repartição e que se obtém através das restantes rubricas da Demonstração dos Resultados

CONSUMOS INTERMÉDIOS (CI): 61 Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas 62 Fornecimentos e Serviços Externos VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO (VBP): 71 Vendas 72 Prestações de serviços 73 Variações nos Inventários 74 Trabalhos para a própria empresa 75 Subsídios à exploração

(+) 818 Resultado Líquido do Período (+) 812 Imposto Sobre o Rendimento do Período (+) 63 Gastos com o Pessoal (+) 64 Gastos de Depreciação e de Amortização (+) 65 Perdas por Imparidade (+) 66 Perdas por Reduções de Justo Valor (+) 67 Provisões do Período (+) 68 Outros Gastos e Perdas (+) 69 Gastos e Perdas de Financiamento (-) 76 Reversões (-) 77 Ganhos por Aumentos de Justo Valor (-) 78 Outros Rendimentos e Ganhos (-) 79 Juros, Dividendos e Outros Rendimentos

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É um indicador extremamente utilizado quando relacionado com outros valores

Este indicador mede a aptidão da empresa em criar riqueza a partir da sua actividade. Em empresas de serviços, esta relação pode ser próxima de 1.

Mede a aptidão da empresa para criar riqueza a partir dos capitais próprios que foram investidos. Em empresas comerciais e de serviços pode ser muito superior a 1.

Estes três indicadores, medem a importância respectiva dos custos com pessoal, do Estado e dos juros na formação do valor acrescentado.

� Margem Bruta

A Margem Bruta das vendas, também conhecida por Margem de Comercialização ou Margem de Contribuição, é um indicador que revela quanto a empresa ganha com as suas vendas e prestação de serviços.

Valor Acrescentado Bruto Vendas + Prestações de Serviços

Valor Acrescentado Bruto Capitais Próprios

Gastos com o Pessoal Valor Acrescentado Bruto

Impostos Valor Acrescentado Bruto

Gastos e Perdas de Financiamento Valor Acrescentado Bruto

Margem Bruta = Vendas + Prestações de Serviços – Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas

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Análise da Demonstração dos Resultados

A demonstração dos resultados traduz a actividade da empresa. Regista os fluxos, isto é, o montante dos bens, serviços ou dinheiro, que entra (fluxo de entradas) ou sai (fluxo de saída) da empresa, durante o dado período.

A Demonstração dos Resultados, é uma peça económica que nos permite apurar os resultados gerados pelo negócio, calculados como a diferença entre os rendimentos (principalmente vendas e prestação de serviços) e os gastos (principalmente de: mercadorias vendidas, de pessoal, e de fornecimento e serviços externos), obtidos em cada período económico.

Evidencia a formação dos resultados que a empresa irá ter em cada período e é independente, quer dos recebimentos quer dos pagamentos.

Trata-se de uma peça fundamental na avaliação da rentabilidade e viabilidade económica de um novo negócio (Demonstração de Resultados Previsional).

PARA QUE SERVE:

• conhecer os resultados (lucros) que a empresa a criar é capaz de produzir

• conhecer a natureza e peso relativo dos diferentes gastos na formação dos resultados da empresa. Esta informação permitirá reforçar a gestão e o controlo das diferentes componentes de gastos com maior peso.

• analisar a natureza da variação dos diferentes rendimentos e gastos da empresa. Saber que gastos têm, por exemplo, um crescimento mais rápido

• avaliar a viabilidade económica de um dado projecto empresarial bem como a rendibilidade que o mesmo pode proporcionar

A Demonstração dos Resultados Previsional quantifica, em definitivo, os resultados (lucros ou prejuízos) de uma empresa.

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� Gastos

Dividem-se em várias categorias:

Os gastos operacionais

• aquisição de mercadorias, matérias-primas e outras

• variação dos stocks

• outras aquisições e encargos externos (alugueres, ...)

• impostos e taxas

• gastos com o pessoal

• dotações para as amortizações e provisões sobre imobilizações

• dotações para provisões do activo circulante

• outros gastos: dívidas para concessão de alvarás, marcas licenças, custos de gestão corrente ...

Os gastos financeiros

• juros e custos assimilados

• dotações para as amortizações dos prémios de reembolso das obrigações

• cotações para provisões para depreciação de títulos, para riscos e encargos financeiros (riscos de câmbio, ...)

• diferenças de câmbio desfavoráveis

• gastos líquidos sobre cessão de valores mobiliários de aplicação

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� Rendimentos

Os rendimentos, englobam:

Os rendimentos de exploração

• vendas de mercadorias

• produção vendida

Da soma destas duas contas obtemos o montante líquido do Volume de Negócios Fora de Impostos (VNFI).

Os rendimentos financeiros:

• rendimentos de participação

• rendimentos de outros valores mobiliários e créditos do activo imobilizado

• outros juros e rendimentos afins

• reposições relativas a provisões e transferências de encargos

• diferenças de câmbio favoráveis

• rendimentos líquidos sobre cessões de valores mobiliários de aplicação

VNFI = Vendas de Mercadorias + Produção Vendida

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� Resultados

O resultado líquido é obtido calculando, por um lado a diferença entre os rendimentos e os gastos, e por outro lado a participação dos assalariados nos frutos da expansão e o imposto sobre os lucros.

É este resultado que estabelece a ligação entre a demonstração de resultados e o balanço.

+

+

-

-

� Autofinanciamento

O Autofinanciamento da empresa também conhecido por Meios Libertos Brutos Retidos representa os meios que a empresa gerou com a sua actividade. Calcula-se somando ao Resultado Líquido os gastos não desembolsáveis (Amortizações e Provisões).

RESULTADO OPERACIONAL

RESULTADO FINANCEIRO

RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS

RESULTADO EXCEPCIONAL

PARTICIPAÇÃO DOS ASSALARIADOS

IMPOSTO SOBRE LUCROS

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO

Autofinanciamento = Resultado Líquido + Amortizações + Provisões

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FICHA DE TRABALHO Nº 6

Tema:

Rácios Financeiros e Rácios Económicos

Apresentam-se de seguida alguns indicadores relativos ao ano de 2006, das maiores empresas a actuar em Portugal em Tecnologias da Informação e da Comunicação (valores em milhares de euros).

Nº de Ordem

Empresa Vendas Líquidas

Resultados Líquidos

VAB Capital Próprio

Activo Total

Activo Circulante

Passivo Circulante

59 HP Portugal 302450 2561 28306 23715 112835 89013 28522

64 CPCDI 270816 6458 14117 42905 87460 84019 35239

66 IBM Portuguesa 267154 26696 104323 72732 180808 77638 44914

82 Samsung 212621 2114 13892 17374 55432 53772 27201

108 DLI 163948 1483 5920 10823 68010 64768 55270

144 Ericsson 137792 9220 30453 12505 74464 67004 38167

177 Databox 109300 723 4689 2746 44030 43343 41028

213 BSHP 92171 724 11136 11295 55129 53647 39146

236 Schneider Portugal 82996 30 10762 8235 29112 26844 16809

271 Xerox Portugal 74875 5520 14245 57633 75293 37990 8666

Fonte: Exame 500 Maiores & Melhores 2007

Empresa Activo Fixo

Passivo Total

Passivo de M.L. Prazo

VAB / Vendas

VAB / Capital Próprio

Fundo de

Maneio

Solvabilidade

HP Portugal

CPCDI

IBM Portuguesa

Samsung

DLI

Ericsson

Databox

BSHP

Schneider Portugal

Xerox Portugal

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Tarefas a realizar:

1. Calcule os valores para preencher o segundo quadro

2. Qual a empresa com melhores rácios económicos?

3. Qual a empresa com melhores rácios financeiros?

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 8

Tema:

Rácios Económico-Financeiros

1. RÁCIOS DE RENDIBILIDADE

A rendibilidade é uma condicionante que deve ser dissociada da noção de lucro da análise económica tradicional. Manifesta-se sobre dois aspectos diferentes, mas interligados na actividade corrente. Estes aspectos são:

- Uma receita, e portanto um meio de remunerar factores de produção, tal como o capital;

- Um indicador de rendimento e da eficácia da afectação dos recursos da empresa.

A rendibilidade entende-se como uma comparação de resultados com os meios consagrados a um fim:

Resultados obtidos . Meios postos em acção

� Rendibilidade do Capital Próprio ou Rendibilidade Financeira

Este rácio, também conhecido por ROE (Return On Equity) relaciona o lucro que a empresa obteve em determinado exercício face aos capitais próprios que dispunha. Mede a taxa de retorno dos capitais investidos. Comparando esta taxa com as remunerações oferecidas no mercado de capitais ou com o custo do financiamento, os detentores do capital podem concluir se o seu capital está a ser bem aplicado.

Rendibilidade do Capital Próprio = Resultado Líquido Capital Próprio

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Em relação a este rácio podem tecer-se as seguintes considerações:

1. Considera-se como valor razoável para a rendibilidade do capital investido, um valor pelo menos igual à taxa de remuneração dos depósitos a prazo

2. Devermos considerar os lucros antes ou depois dos impostos, que incidem sobre os lucros?

3. Se nos colocarmos no ponto de vista da empresa, deveremos considerar o lucro antes de imposto, pois assim determina-se a rendibilidade obtida como consequência da actividade própria da empresa; se nos colocarmos no ponto de vista do investidor deveremos considerar o lucro depois de deduzidos os impostos e os juros com que se remunerou o capital alheio utilizado de forma a determinar-se a rendibilidade líquida.

EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa em análise:

2001 2002

Rendibilidade do Capital Próprio 4 400 x 100 = 4.4% 18 300 x 100 = 15.5% 100 200 118 200

Como se pode observar pelos valores apurados, esta empresa, melhorou de forma acentuada a sua capacidade para gerar lucros. Enquanto que no ano 2001 cada 100,00 € de capital próprio nela aplicados renderam 4,40 €, no ano 2002, cada 100,00 de capitais próprios renderam 15,50 €.

No entanto, não nos podemos esquecer que este rácio é afectado pela política de financiamento de cada empresa. Daí que, para avaliar a rendibilidade do Activo, que é um rácio de avaliação do desempenho dos capitais totais investidos na empresa, independentemente de serem próprios ou alheios, se determine:

� Rendibilidade do Activo Total ou Rendibilidade do Investimento

Este rácio, também conhecido por Rendibilidade Económica Líquida ou ROI (Return On Investment), mostra o nível de lucro que a empresa obteve por cada 100,00 € nela investidos, independentemente da sua origem (capitais próprios ou alheios). De notar, que o Activo a considerar é o Activo Líquido, ou seja, o Activo bruto depois de deduzidas amortizações e provisões.

Rendibilidade do Activo Total = Resultado Líquido Activo Total

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EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa em análise:

2001 2002

Rendibilidade do Activo Total 4 400 x 100 = 2.8% 18 300 x 100 = 7.4% 159 000 248 600

No ano 2001, por cada 100,00 € colocados na empresa conseguiu-se um lucro de 2,80 €, tendo este valor aumentado 2.5 vezes quando se passa para o exercício de 2002. Este facto significa que houve muito melhor aproveitamento dos capitais próprios e alheios colocados à disposição da empresa.

� Rendibilidade Líquida das Vendas

Este rácio, também conhecido por ROS (Return On Sales), mede o lucro (prejuízo) da empresa por cada euro vendido. Trata-se de um rácio fundamental já que o seu valor depende de dois factores: o factor comercial e o factor industrial. Na verdade, a rendibilidade das vendas melhora se a empresa mantiver o preço de custo e aumentar o preço de venda (factor comercial); mas a rendibilidade também melhora se se mantiver o preço de venda e se reduzir o custo unitário (factor industrial).

EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa em análise:

2001 2002

Rendibilidade Líquida das Vendas 4 400 x 100 = 4.2% 18 300 x 100 = 11.4% 105 000 160 000

Assim, enquanto que a empresa no exercício 2001 em cada 100,00 € de vendas obteve um lucro de 4,20 €, no ano seguinte, em cada 100,00 € de vendas teve um lucro de 11,40 €, o que revela uma melhoria bastante acentuada em relação a este indicador.

Rendibilidade Líquida das Vendas = Resultado Líquido Vendas Líquidas

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2. TAXAS DE ROTAÇÃO

As taxas de rotação são rácios complementares dos rácios de rendibilidade.

� Rotação do Activo

A taxa de rotação do Activo, representa a relação entre o montante das vendas líquidas de um período com o capital investido (Activo propriamente dito), cuja expressão matemática é:

Este rácio traduz o número de euros vendidos por cada euro investido.

Aumentar esta taxa de rotação do Activo é estar a melhorar a rendibilidade da empresa: vender mais com o mesmo investimento em valores activos, a empresa irá obter, para uma dada margem unitária de lucro, maior taxa de rendibilidade para o investimento total.

A melhoria da taxa de rotação do Activo pode ser devida:

• ao aumento das vendas sem aumento do Activo;

• ao aumento das vendas em maior proporção relativamente ao aumento do Activo;

• ao aumento das vendas e à redução do Activo:

• à redução do Activo mantendo as vendas constantes.

Taxa de Rotação do Activo = Vendas Líquidas Activo Total

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� Rotação do Activo Circulante

O rácio de rotação do Activo pode ser desdobrado tendo em conta a divisão do Activo em circulante e fixo. Então virá:

Quanto maior é a rotação do Activo circulante, melhor será a utilização dos meios financeiros obtidos a curto prazo e mais distribuídos se encontrarão os correspondentes encargos financeiros.

As rotações do Activo circulante são muito importantes, porque são estas que mais influenciam, na realidade, a rotação do Activo total e por sua vez a rendibilidade.

Sendo assim, existe em todas as empresas uma preocupação pela gestão deste Activo circulante, que assenta, sobretudo, no seguinte:

• as disponibilidades devem ser reduzidas no máximo possível, sem pôr em causa, como é evidente, o equilíbrio financeiro a curto prazo;

• a cobrança dos créditos deve ser rápida, sem contudo pôr em causa as relações com os clientes e a própria quota de mercado. Devem-se reduzir as dívidas dos clientes e promover a sua rotação;

• as existências devem ser objecto de uma preocupação especial. A existência de valores ociosos em armazém, mesmo de curta duração, representa custos financeiros para a empresa. As existências, segundo uma boa gestão, devem ser reduzidas ao mínimo, sem pôr em causa os níveis de aprovisionamento, produção e comercialização, de modo a realizar vendas rendíveis com um stock limitado;

• os pagamentos a fazer aos credores devem ser em prazos dilatados, sem, contudo, afectar a imagem da empresa e a própria rendibilidade.

Taxa de Rotação do Activo Circulante = Vendas Líquidas Activo Circulante

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Como se processa a rotação do Activo circulante? De um modo geral temos:

Em que:

1 – Compra a pronto de matérias-primas, subsidiárias e mercadorias.

2 – Consumo de matérias-primas e subsidiárias.

3 – Produtos acabados.

4 – Venda a pronto de produtos acabados e mercadorias.

5 – Venda a prazo de produtos acabados e mercadorias.

6 – Cobranças.

A actividade das empresas industriais consiste em transformar matérias-primas em produtos acabados e a do comerciante na compra e venda de mercadorias, isto é, na transformação de disponibilidades em existências, e destas em créditos, e posteriormente em disponibilidades ou directamente nestas.

Desde a compra de matérias-primas à fabricação, à venda e à cobrança do crédito, decorre um prazo mais ou menos longo que determina o total do Activo circulante e influi na rotação deste e do Activo total.

Então, a rotação do Activo circulante depende da gestão a realizar no:

- Activo disponível;

- Activo realizável (créditos e existências)

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� Rotação do Activo Fixo

Também as rotações do Activo fixo influenciam a rotação do Activo total e, consequentemente, a rendibilidade da empresa.

A rendibilidade das empresas industriais é principalmente gerada pelo Activo fixo (imobilizações corpóreas), uma vez que o Activo circulante tem uma reduzida aptidão para gerar lucros, embora se possa afirmar que uma boa gestão do Activo circulante seja importante para o aumento da rendibilidade, para além de melhorar a situação de tesouraria.

Quanto maior é o valor deste rácio, melhor é o rendimento das referidas imobilizações e menor a incidência da quota de reintegração anual no preço de custo de cada produto fabricado.

3. RELAÇÃO ENTRE RENDIBILIDADE E ROTAÇÃO

Existe uma forte relação entre os vários rácios de rendibilidade, e entre estes e os de rotação do activo.

A rendibilidade financeira ou rendibilidade do capital próprio está relacionada com a autonomia financeira e logo com a capacidade de autofinanciamento da empresa. Quanto maior for a rendibilidade financeira maior é a capacidade de autofinanciamento, melhorando a autonomia financeira e a solvabilidade.

Rendibilidade do Capital Próprio = Resultado Líquido Capital Próprio

Este rácio pode ser desdobrado da seguinte maneira:

Rendibilidade do Capital Próprio = Resultado Líquido X Activo Total . Activo Total Capital Próprio

Taxa de Rotação do Activo Fixo = Vendas Líquidas Activo Fixo

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Ou seja, o primeiro quociente representa a rendibilidade económica ou rendibilidade do activo total.

Rendibilidade do Rendibilidade do Capital Próprio = Activo Total X Activo Total . Capital Próprio

Por sua vez o segundo quociente pode ser desdobrado da seguinte forma:

Rendibilidade do Rendibilidade do Capital Próprio = Activo Total X 1 . Capital Próprio Activo Total

Ou seja:

Rendibilidade do Rendibilidade do Capital Próprio = Activo Total X 1 . Autonomia Financeira

A rendibilidade económica ou rendibilidade do activo total é condicionada pelas rotações do activo.

Rendibilidade do Activo Total = Resultado Líquido Activo Total

Este rácio pode ser desdobrado da seguinte maneira:

Rendibilidade do Activo Total = Resultado Líquido X Vendas Líquidas Vendas Líquidas Activo Total

Ou seja:

Rendibilidade do Activo Total = Rendibilidade Líquida das Vendas X Rotação do Activo

E finalmente:

Rendibilidade do Rendibilidade Líquida Rotação Capital Próprio = das Vendas X do Activo X 1 . Autonomia Financeira

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DOCUMENTO DE APOIO Nº 9

Tema:

Rácios de Funcionamento

Os rácios de funcionamento medem a eficiência das decisões da gestão da empresa sobre os recursos de que dispõe. Apuram-se em termos de rotação ou em dias de funcionamento. Devem utilizar-se os valores médios de balanço, de forma a não serem afectados por valores acidentais em determinada data do balanço.

� Tempo Médio de Duração dos Inventários

Este rácio pode ser desdobrado consoante a natureza dos inventários (por exemplo, matérias primas, produtos acabados, etc.). Se por hipótese, o tempo médio de duração de determinada mercadoria é de 20 dias, isso significa que o stock se renova 365/20, isto é, cerca de 18 vezes por ano.

EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa em análise:

2001 2002

Tempo médio em armazém: 6000 + 6050 6050 + 5100 2 X 365 = 39 dias 2 X 365 = 38 dias Matérias primas 56000 82000

13490 + 13990 13990 + 10100 2 X 365 = 62 dias 2 X 365 = 33 dias Produtos acabados 81500 133000

Tempo Médio de Duração dos Inventários = Inventários (valor médio) X 365 Custo das Mercadorias

Vendidas e Matérias Consumidas

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Em relação às matérias primas nada há assinalar pois o tempo médio de consumo por parte da fábrica é praticamente o mesmo de um período para o seguinte, já o mesmo não se pode dizer da rotação dos produtos fabricado, pois enquanto que no ano de 2001 a empresa rodou os seus produtos em armazém de 55 em 55 dias, ou seja, 5.8 vezes no ano, no ano de 2002 a empresa rodou os seus produtos em média de 33 em 33 dias, ou seja, 11 vezes por ano, isto é, praticamente em metade do tempo.

� Prazo Médio de Recebimentos

Este rácio, permite verificar, qual é, em média, o número de dias que a empresa demora a receber dos seus clientes, isto é, mede o espaço de tempo que separa a venda do seu recebimento.

Este diferencial é que origina a necessidade de financiamento da exploração. Um valor elevado deste rácio, pode indicar ineficiência do departamento de cobranças o falta de poder negocial da empresa perante os seus clientes.

Ao saldo médio de clientes deverá acrescentar-se as letras descontadas e não vencidas. Geralmente não se inclui os créditos de cobranças duvidosas para que a análise não seja falseada.

EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa em análise:

2001 2002

Tempo médio de Recebimentos: 24800 + 24600 24600 + 18800 2 X 365 = 86 dias 2 X 365 = 50 dias 105000 160000

Prazo Médio de Recebimentos = Saldo médio de Clientes X 365 Vendas Líquidas

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Enquanto que no ano 2001 a empresa demorava 86 dias a receber dos seus clientes, no ano seguinte o crédito concedido aos seus clientes baixou em médio para 50 dias, isto é, passou a receber muito mais rapidamente dos seus clientes, o que para a empresa é muito bom.

Intimamente relacionado com o tempo médio de recebimentos, está o tempo médio de pagamentos, que deve ser superior ao tempo médio de recebimentos, uma vez que só assim a empresa estará a ser financiada por fornecedores e não a financiar os seus clientes.

� Prazo Médio de Pagamentos

Este rácio, permite verificar, qual é, em média, o número de dias que a empresa demora a pagar aos seus clientes, isto é, mede o espaço de tempo que separa a compra do seu pagamento.

EXEMPLO PRÁTICO:

Para a empresa em análise:

2001 2002

Tempo médio de Pagamentos: 17900 + 16700 16700 + 4430 2 X 365 = 60 dias 2 X 365 = 70 dias 105000 160000

Pelo exemplo dado, podemos verificar que a situação da empresa em estudo, melhorou de 2001 para o ano de 2002, pois:

h No ano 2001, os fornecedores concediam um crédito de 60 dias para pagamento, enquanto que no exercício de 2002 esse prazo foi de 70 dias, ou seja, o prazo médio de pagamentos alargou-se 10 dias

h Enquanto que no ano 2001 a empresa pagava em média de 60 em 60 dias e recebia em média de 86 em 86 dias, a empresa estava a financiar os seus clientes. No ano de 2002 a situação inverteu-se pois passou a pagar em média de 70 em 70 dias e a receber em média de 50 em 50 dias, ou seja, a empresa de financiadora passou a ser financiada.

Prazo Médio de Pagamentos = Saldo médio de Fornecedores X 365 Compras Líquidas

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EM SUMA:

Depois de todos os dados obtidos, pode-se afirma que a empresa apresenta uma boa rendibilidade e uma má liquidez, isto é, tem aptidão para gerar lucros mas tem dificuldade em pagar as suas dívidas no momento do seu vencimento.

Existem muitos outros rácios que podem ser calculados. Estes são, no entanto, os que as empresas utilizam mais frequentemente.

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FICHA DE TRABALHO Nº 7

Tema:

Rácios Financeiros e Rácios Económicos

Considerando as demonstrações financeiras apresentadas seguidamente, relativas à empresa Meta, Lda., responda às questões apresentando os cálculos efectuados.

Grupo 1

Mapa de Demonstrações dos Resultados (milhares de euros)

DESCRIÇÃO N N+1 N+2

VENDAS 130 707 164 384 209 132 PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 2 050 3 123 4 434 VARIAÇÕES NOS INVENTÁRIOS 1 000 689 - 1 689 RENDIMENTOS OPERACIONAIS 133 757 168 196 211 877 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 118 092 148 557 186 554 FORNECIMENTOS SERVIÇOS EXTERNOS 3 510 4 220 5 625 GASTOS COM O PESSOAL 10 659 13 336 17 093 GASTOS DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 1 942 2 062 2 060 PERDAS POR IMPARIDADE 84 88 89 PROVISÕES DO PERIODO 0 41 63 OUTROS GASTOS E PERDAS 325 717 272 GASTOS OPERACIONAIS 134 612 169 021 211 756 RESULTADO OPERACIONAL - 855 - 825 121 OUTROS RENDIMENTOS 2 264 2 522 3 025 OUTROS GASTOS 308 389 450 RAJI (RESULTADO ANTES DE JUROS E IMPOSTOS) 1 101 1 308 2 696 GASTOS E PERDAS DE FINANCIAMENTO 525 440 220 RAI (RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS) 576 868 2 476 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 400 350 1 000 RESULTADO LÍQUIDO DO PERIODO 176 518 1 476

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Módulo IX – Análise e Gestão Financeira

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Mapa de Balanços (milhares de euros)

DESCRIÇÃO N N+1 N+2

1. INVESTIMENTOS Activos Intangíveis 2 969 2 195 2 195 Activos Fixos Tangíveis 23 846 25 496 26 816 Amortizações Acumuladas - 7 517 - 9 759 - 11 639 19 298 17 932 17 372 2. INVENTÁRIOS Mercadorias 2 900 4 196 5 580 Produtos Acabados e Intermédios 2 000 2 689 1 000 Matérias-primas, Subsidiárias e de Consumo 1 000 1 000 3 405 Provisões p/ Depreciação de Existências - 7 - 416 - 483 5 893 7 469 9 502 3. CONTAS A RECEBER Clientes 3 302 11 647 17 329 Outras Contas a Receber 3 370 530 500 Diferimentos 270 0 0 Provisões p/ Cobranças Duvidosas - 200 - 365 - 415 6 742 11 812 17 414 4. DISPONIBILIDADES Caixa 91 102 534 Depósitos á Ordem 3 520 3 537 4 200 3 611 3 639 4 734 TOTAL DAS APLICAÇÕES 35 544 40 852 49 022

5. CAPITAIS PRÓPRIOS Capital 1 100 1 100 1 100 Reservas 560 970 1 604 Resultados Transitados 600 746 1 000 Resultado Líquido do Período 176 518 1 476 2 436 3 334 5 180 6. PASSIVO NÃO CORRENTE Financiamentos Obtidos 7 171 14 351 17 500 7 171 14 351 17 500 7. PASSIVO CORRENTE Financiamentos Obtidos 17 258 6 417 1 393 Fornecedores 2 773 12 283 20 866 Estado e Outros Entes Públicos 1 441 1 652 2 668 Outras Contas a Pagar 4 465 2 815 1 415 25 937 23 167 26 342 TOTAL DAS ORIGENS 35 544 40 852 49 022

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1. Calcule o Fundo de Maneio para os três exercícios.

2. Calcule os rácios de liquidez para os três exercícios de acordo com o quadro seguinte.

DESCRIÇÃO N N+1 N+2

LIQUIDEZ

Liquidez Geral

Liquidez Reduzida

Liquidez Imediata

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3. Calcule os rácios de solvabilidade e equilíbrio para os três exercícios de acordo com o quadro seguinte.

SOLVABILIDADE E EQUILÍBRIO

Autonomia Financeira

Solvabilidade Total

Endividamento

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4. Calcule o Prazo Médio de Recebimentos (em dias) para os três exercícios sabendo que a empresa está isenta de IVA, pelo que não liquida IVA mas também não pode deduzir o imposto suportado.

5. Calcule o Prazo Médio de Pagamentos (em dias) para os três exercícios sabendo que no exercício N não se verificaram variações de existências de mercadorias nem de matérias-primas, subsidiárias e de consumo.

6. Calcule o Autofinanciamento e a Margem Bruta em valor.

7. Calcule os rácios de rendibilidade recorrendo ao quadro seguinte.

DESCRIÇÃO N N+1 N+2

RENDIBILIDADE

Rendibilidade Financeira

Rendibilidade Económica Líquida

Rendibilidade das Vendas

8. Analise a evolução da situação económico-financeira da empresa durante o triénio em estudo, recorrendo aos rácios anteriormente calculados.

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Grupo 2

As empresas X e Y apresentaram no último exercício os seguintes valores:

Empresa X Empresa Y

Autonomia Financeira 20% 50%

Activo Total 2 500 000 500 000

Rendibilidade Líquida das Vendas (ROS) 8% 8%

Vendas Líquidas 3 000 000 1 000 000

Calcule para cada empresa:

1. Os Resultados Líquidos e a Rendibilidade do Capital Próprio (ROE).

2. A Rotação do Activo Total e a Rendibilidade do Activo Total (ROI).

3. O Capital Próprio, o Passivo, a Solvabilidade e o Endividamento.

4. Que conclusão retira sobre a rendibilidade das duas empresas? Justifique.