05 - formas farmacêuticas sólidas - parte 2 [modo de compatibilidade]
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Formas farmacêuticas sólidas
Prof. Milleno D. MotaEmail: [email protected]
MSN: [email protected]
Análise do tamanho da partícula
� Tamanho da partícula� Dimensões� Diâmetros equivalentes� Distribuição de tamanho de partículas� Influência da forma da partícula
Análise do tamanho da partícula
� Método para análise do tamanho da partícula� Métodos por tamisação
� Diâmetro equivalente
� Faixa granulométrica� Princípio da medição
Ângulo de repouso
� Conceito
Ângulo de repouso
� Conceito
Ângulo de repouso
� Conceito
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Ângulo de repouso Pós
� Homogeneização
Pós
� Homogeneização
Ácido cítrico: massa mais pegajosa
Ácido tartárico: grânulos friáveis
Proporção: 1:2
Ácido Cítrico:3 NaHCO3 + C6H8O7.H2O → 4 H2O + 3 CO2 + Na2C6H5O7
3 x 84 210
Ácido Tartárico2 NaHCO3 + C6H6O6 → 2 H2O + 2 CO2 + Na2C4H4O6
2 x 84 150
Proporção final: 1:2:3,4
Grânulos Efervescentes
Grânulos Efervescentes
� Efferves-MonoSGC®
Grânulos Efervescentes
� Efferves-MonoSGC®
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Cápsulas
Cápsulas
� Definição�Do latim (capsula): invólucro pequeno
� Invólucro comestível de gelatina ou outro material apropriado
�Cápsulas de gelatina� Dura� Mole
Cápsulas Cápsulas
� Composição do invólucro�Gelatina
�Água
�Corantes
�Conservantes
�Umectantes
Cápsulas
� Vantagens�Administração de fármacos de sabor
desagradável ou nauseosos
� Invólucros facilmente digeríveis
�Liberação rápida do fármaco após deglutição
�Fácil deglutição: formato e elasticidade
�Fácil produção em pequena escala
Cápsulas
� Vantagens�Forma de dosificação precisa
�Variedade de tamanhos
�Produção mais simples
�Possibilidade de identificação: cores
�Possibilidade de revestimento: gastro resistência e liberação prolongada
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Cápsulas
� Desvantagens�Rapidez de liberação do fármaco
�Não fracionáveis
�Espaço para estocagem
�Sensíveis à umidade
Cápsulas
� Fases de produção�Desenvolvimento e preparo da formulação
�Seleção do tamanho da cápsula
�Enchimento da cápsula
�Limpeza e polimento
�Controle de qualidade
�Envase
CápsulasTamanho Volume (mL)
000 1,37
00 0,95
0 0,68
1 0,50
2 0,37
3 0,30
4 0,21
5 0,13
Encapsulador manual
Cápsulas
� Enchimento�Método volumétrico
� Pesagem� Medição do volume em proveta� Assentamento do pó� Medição do volume e divisão pelo total de
cápsulas� Escolha do tamanho da cápsula� Completar o volume com o excipiente
Cápsulas
� Enchimento�Método volumétrico
� Exemplo:� Quantidade de cápsulas: 60 cápsulas� Volume total de ativos: 25,8 mL
� Volume por cápsula: 0,43 mL� Cápsula nº 1 (0,50 mL)� Quantidade de excipiente: 0,07 mL/cápsula
� Volume total: 30,0 mL
Cápsulas
� Enchimento�Densidade aparente
� Determinação do volume ocupado por cada componente de acordo com sua densidade aparente
V
md =
5
Cápsulas
� Enchimento�Densidade aparente
Excipiente Densidade aparente (g/mL)
Talco 0,706
Lactose 0,657
Amido 0,606
Manitol 0,613
Cápsulas
Passos para encapsulação
1. Assepsia do encapsulador2. Montagem do encapsulador3. Preencher os orifícios com cápsulas4. Retirar as tampas das cápsulas5. Preencher as cápsulas com a fórmula6. Fechar as cápsulas 7. Retirar as cápsulas do tabuleiro8. Embalar
Encapsulador automático
Revestimento entérico de Cápsulas
Revestimento Gastro - Resistente
Razões para o revestimento� Princípios ativos que não devam ser digeridos nem
degradados no estômago� Substâncias medicamentosas irritantes para a
mucosa� Fármacos que produzam náuseas ou vômitosInteresse em que o ativo não sofra diluições antes de
atingir o intestino� Quando se deseja uma ação no duodeno ou jejuno
Substâncias utilizadas para revestimento gastro-resistente
Goma-laca(Polímero do ácido aleurético )
Fórmula 1Goma laca.....................................................25gÓleo de rícino................................................. 5gÁlcool 96...................................................... 95g
Fórmula 2Goma laca.................................................. 25%Óleo de rícino.............................................. 2,5%Álcool 96º qsp......................................... 100mL
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Derivados de celulose
Fórmula
Acetoftalato de celulose............................. ....10%Polietilenoglicol 400............................... ........ 4%Alcool etílico...................................... ............45%ACETONA qsp......................................... .....100mL
Substâncias utilizadas para revestimento gastro-resistente
Revestimento Entérico de Pós
Revestimento entérico de pós
Soluções a base de Eudragit®
Eudragit L100..................................20%
PEG 400............5% ou PPG.............10%
Água destilada...................................3%
Álcool isopropílico qsp...................100mL
Revestimento entérico de pós
Preparo do granulado gastro resistente
Fármaco......................................................XgSolução de Eudragit L100...........50% peso total
Ensaio de desagregação entérica
Farm. Port. V
� Menor sinal de desagregação após 2 horas em ácido clorídrico 0,1N
� Máximo de 60 minutos por desagregação em solução-tampão fosfato pH 6,8
Controle de Qualidade de
Sólidos
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1. Farmacopéia Brasileira 4ª ed.1. Farmacopéia Brasileira 4ª ed.
Uniformidade de peso e conteúdo
PesoPeso
1.1. Farmacopéia Brasileira 4ª ed.Farmacopéia Brasileira 4ª ed.
Cápsulas duras e Cápsulas duras e molesmoles
20 cps20 cps até 300mgaté 300mg ±± 10%10%
Acima 300mgAcima 300mg ±± 7,5%7,5%
1 ou mais cps:1 ou mais cps: 20 cps removendo o conteúdo20 cps removendo o conteúdo
Determinar PM : Determinar PM : ≠ cp cheia ≠ cp cheia –– cp vaziacp vazia
Max: 2 cps ( dobro das % ind)Max: 2 cps ( dobro das % ind)
Uniformidade de peso e conteúdo
Peso
1. Farmacopéia Brasileira 4ª ed.
2-6 cps 1 a 2x o desvio - PM
Mais 40 cps – Determinar PM 60cps
6 cps acima da tabela mas não acima do dobro desta.
Uniformidade de peso e conteúdo
Peso
1. Farmacopéia Brasileira 4ª ed.
PM1º Desvio1º Desvio
2º Desvio2º Desvio
Uniformidade de peso e conteúdo
2. Farmacopéia Britânica2. Farmacopéia Britânica
Uniformidade de peso e conteúdo
Peso
2. Farmacopéia Britânica
Cápsulas
20 cps até 300mg ± 10%
Acima 300mg ± 7,5%
Não mais que 2 cps: acima da Tabela e nenhuma acima do dobro da porcentagem
Igual ou abaixo de 40mg somente uniformidade de Conteúdo
Uniformidade de peso e conteúdo
8
Conteúdo
2. Farmacopéia Britânica
Cápsulas
10 cps 9 85% - 115%
1 75% - 125%
2 ou 3 cps fora de 85%-115%, mas dentro de 75%-125% pegar mais 20 cps
Uniformidade de peso e conteúdo
Conteúdo
2. Farmacopéia Britânica
Cápsulas
30 cps 27 85% - 115%
3 75% - 125%
Uniformidade de peso e conteúdo
3. Farmacopéia Portuguesa VII3. Farmacopéia Portuguesa VII
Uniformidade de peso e conteúdo
Peso
3. Farmacopéia Portuguesa VII
Cápsulas
20 cps até 300mg ± 10%
Acima 300mg ± 7,5%
Não mais 2 cps da Tabela e nenhuma exceder o dobro dessa percentagem
Igual ou abaixo de 40mg somente uniformidade de Conteúdo
Uniformidade de peso e conteúdo
Conteúdo
3. Farmacopéia Portuguesa VII
Cápsulas
10 cps 9 85% - 115%
1 75% - 125%
2 ou 3 cps fora de 85%-115%, mas dentro de 75%-125% pegar mais 20 cps
Uniformidade de peso e conteúdo
Conteúdo
3. Farmacopéia Portuguesa VII
Cápsulas
30 cps 27 85% - 115%
3 75% - 125%
Uniformidade de peso e conteúdo
9
0,320,33
0,340,35
0,360,370,38
0,390,4
0,410,42
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
Peso
Média
Lim.Sup
Lim.Inf.
Gráfico de Peso Médio – Situação hipotética
Uniformidade de peso e conteúdoGráfico de Peso Médio – Situação hipotética
0,320,33
0,340,35
0,360,370,38
0,390,4
0,410,42
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
Peso
Média
Lim.Sup
Lim.Inf.
Uniformidade de peso e conteúdo
Gráfico de Peso Médio – Situação real
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0,18
0,2
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
Peso
Média
Lim.Sup
Lim.Inf.
Uniformidade de peso e conteúdoProcessador Estatístico
Uniformidade de peso e conteúdo
Uniformidade de peso e conteúdo Uniformidade de peso e conteúdo
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Referências Bibliográficas1. ALLEN, L. V.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, H. C. Formas
farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 8ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
2. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS. Manual de equivalência. São Paulo: Anfarmag, 2006.
3. AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
4. CASTAÑO GARCIA, Maria Teresa; RUIZ RUBIO, Lourdes; VIDAL ALLIAGA, José Luis. Monografías farmacêuticas . Alicante: Colégio Oficial de Farmacêuticos, 1998. 1085p.
5. FARMACOPÉIA Brasileira, 4ª Ed. São Paulo: Atheneu, 1988.6. FARMACOPÉIA Portuguesa VII. Lisboa: Infarmed, 2002.7. FLORENCE, A. T.; ATTWOOD, D. Princípios físico-químicos em
farmácia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003.8. GENNARO, Alfonso R. Remington farmácia. 19ª Ed. Buenos Aires:
Médica Panamericana, 1998.
Referências Bibliográficas9. KIBBE, Arthur H. Handbook of pharmaceutical excipients. 3ª Ed.
Washington: AphA, 2000.10. LACHMAN, L; LIEBERMAN, H.A.; KANIG, J.L. Teoria e prática na
indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. v. 1-2.
11. LEBLANC, P. P.; AIACHE, J. M.; VENCER, J.G.; BURI, P. LESNE, M. Tratado de biofarmácia e farmacocinética. Piaget. Lisboa: 1999.
12. MARTINDALE: the complete drug reference . 34ª Ed. Londres: PhP, 2003.
13. MOSBY’S GenRx: a comprehensive reference of generic and brand drugs . St Louis: Mosby, 2002.
14. PHYSICIANS’ desk reference . 57ª Ed. Montvale: Medical Economics, 2003.
15. PRISTA, L. N.; ALVES, A. C.; MORGADO, R. M. R. Técnica farmacêutica e farmácia galênica. 5ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991.
16. UNITED STATES PHARMACOPEIAL CONVENTION. USP DI - Drug information for the health care professional . 26ª Ed. Rockville: USP, 2005.