04 teórica ecossitema microbiano humano [modo de compatibilidade]
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O Homem e o ecossistema microbiano
� O que é a flora normal?
� Conhecer os ecossistemas dentro do corpo humano
� Conhecer as múltiplas espécies que habitam os nichos ecológicos normais
� Conhecer os efeitos benéficos/nocivos da flora comensal
Elsa CaladoOut 2010
Definição
População de microrganismosque habita a pelee as membranas
mucosas de um indivíduo
saudável
Sinónimos:
- Flora comensal,
flora indígena,
flora autóctone,
flora residente
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Origem da flora microbiana normal
É adquirida rapidamentedurante e logo após
o nascimento, modificando-se
continuamente durantetoda a vida.
� Idade� Dieta� Estado hormonal� Saúde� Higiene pessoal
~
Porquê o termo flora?
� Porque a maioria dos microrganismos que aparecem onde o corpo humano comunica com o ambiente externo, são bactérias
� Adulto saudável� 1013 células
�Alberga 1014 bactérias (> cólon)
� Outros agentes, como os fungos e os protozoários – constituem uma componente minoritária da flora comensal
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Todos os locais do corpo humano, têm
flora comensal?
A flora microbianasó ocorre em
locais do corpoque estão expostos
ou comunicamcom o ambiente
externo
Pele
Nariz
Boca
Aparelho GI
Aparelho GU
Microbiota normal e o hospedeiro
1 - Flora residente
� Tipos de microrganismos relativamente fixos, vulgarmente encontrados num determinado local (comensais).
� Quando perturbada, restabelece-se por si só.
Streptococcus mutans
Comensal do sulco gengival
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2 - Flora transitória
� Microrganismos não e/ou potencialmente patogéneos que podem habitar a pele e/ou membranas mucosas, por horas, dias ou semanas.
� Provêm do ambiente e não se restabelece por si só.
� Só têm significado, quando a flora residente está alterada, pois estes agentes podem colonizar, proliferar e provocar doença – oportunistas.
Factores que intervém na presença da
flora residente
� Fisiológicos – temperatura, humidade, pH , potencial de oxi-redução
� Presença de certos nutrientes(promovem o crescimento bacteriano)
� Presença de substâncias inibidoras (bile, lisozima e ácidos gordos de cadeia curta)
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Papel da flora normal na manutenção da
saúde
I – Flora intestinal que sin-tetiza vit K, e ajuda naabsorção de nutrientes(produção de glucoroni-dases e sulfatases)
II – Flora residente da pele emembranas mucosas –evita a colonização porpotenciais patogéneos(flora transitória) atravésda “interferência bacteri-ana”.
III – Estimulação antigénica – segregação de vá-rias classes de Ig A pelo sistema imunológico,em resposta à presença da flora comensal –- papel na defesa do hospedeiro.
“Interferência bacteriana”
� Competição para receptores específicos, nas células do hospedeiro.
� Competição de nutrientes.
� Inibição mútua pela produção de produtos tóxicos ou metabólicos.
� Inibição mútua por produção de material antibiótico ou bacteriocinas.
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Bacteriocinas tecidulares
Substâncias Fontes Composição química
Actividade
Lisozima Soro, saliva, sudação, lágrimas
Proteina Lise célula bacteriana
Polipeptídeosbásicos (histonas)
Soro, tecidos organizados
Glicoproteina Rotura da MC bacteriana
Lactoferrina e transferrina
Secreções corporais soro, espaço
tecidular
Proteina Oxidação letal tecidular
Fibronectina SoroSuperfície da
mucosa
Glicoproteina Ligação à bactéria ajudando à
opsonização
Quais são os locais do corpo humano que são
habitados?
Superfície da pele com micro-colónias, também localizadasnos ductos dos folículos pilo-sos e glândulas sebáceas.
Tamanho variável (>s) na face=103-104 células / microcoló-nias e nos braços = 101-102
células / microcolónias.
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Pele: flora residente
Adulto tem 2 m2 de pele
� Ambiente hostil para o crescimento bacteriano
� Secagem periódica� Glândulas sudoríparas
� Libertam cloreto de sódio: superfície hiperosmótica
� Libertam lisozima (muramidase)
� Glândulas apócrinas: suor e nutrientes (secreção de ácido láctico pH 3-5)
� Glândulas sebáceas: associada aos folículos pilosos (segregam lipideos que as bactérias convertem em ácidos gordos insaturados, com actividade antimicrobiana e odor forte)
I - Flora normal da pele
Feto saudável
� Estéril in utero até à rotura das membranas (parto).
� Após o nascimento, a pele do R/N expõe-se às floras genital e cutânea maternas e dos que o manuseiam, sendo imediatamente colonizado pelos respectivos agentes comensais, devido à falta de competição microbiana.
Pele
� Exposição contínua
� Contacto com o ambiente
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II – Diferentes locais da pele
contêm flora bacteriana diversa
� Áreas secas expostas, têm relativamente poucos microrganismos à superfície
� Áreas húmidas (axilas, períneo, sulcos interdigitais dos pés, couro cabeludo) suportam populações maiores.
� S. epidermidis (90% dos aeróbios); densidade 103-104/cm2.
� S. aureus – em áreas mais húmidas.
� Difteroides anaeróbios ocorrem por baixo da superfície cutânea nos folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas (P. acnes).Alterações que ocorrem na pele durante a puberdade, levam a um aumento desta espécie – acne.
III – Outros agentes que vivem na pele
� Micrococcus spp (pele da mulher e crianças).
� Acinetobacter spp (25% população saudável) nas axilas, sulcos interdigitais do pés, virilhas.
� Micobactérias saprófitas (CAE, regiões axilar e genital).
� Malassezia spp (taxa de portador até 100% nos adultos).
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Eliminaçãodosagentes nãocomensais dapele
PH baixo (≈≈≈≈5,6) cutâneo
Ácidos gordos produzidospelas glândulas sebáceas
Presença de lisozima (glândulas sudoríparas)
Sudação intensa e
o banho
Não eliminam ou modificam a flora resi-
dente normal.
Lavagem vigorosa
com antisséptico
Diminui a contagemmicrobiana até 90%, masdentro de 8 horas, resta-belece-se o nº normal.
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Presença de um penso oclusivo
- Aumento da população microbianatotal (> humidade)
- Alteração qualitativa da flora
A abstinência à lavagem :
� Não leva a um aumento do nº de bactérias na pele.
� Encontram-se normalmente103-104 microrganismos /cm2.
� Em áreas húmidas (virilhas e axilas) esta contagem é cerca de 106 /cm2.
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Importância clínica dos comensais
cutâneos
� Geralmente têm pouca importância clínica
� Excepto: Staphylococcus
epidermidis
� Pode ligar-se à superfície externa de catéteres e outros dispositivos médicos que penetram a pele, causando bacteriemia com consequências graves,
ME: Biofilme no Cat IV pelo S. epidermidis
Flora normal do olho
� Semelhante à da pele.
� Acção mecânica das pálpebras e o efeito de lavagem da secreção ocular (lisozima) –limitam a população microbiana.
Agentes microbianos
� Predominantes : � Staphylococcus spp
coagulase negativa
� Difteroides
� Menos frequentes:
� Neisseria spp
� Streptococcus grupo viridans
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Flora comensal do ouvido externo
� Semelhante à flora cutânea bacteriana.
� Também se podem encontrar fungos:� Aspergillus, Alternaria,
Penicillium e Candida.
Narinas
� Zona mais externa (epitélio pavimentoso escamoso) com flora semelhante à da pele.
� Excepção : Staphylococcus
aureus
� Taxa de portadores saudáveis:25 - 30%� 15% permanentemente;� 15% transitoriamente
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Protecção do Aparelho respiratório
Laringe
Traqueia
Brônquios
� Acção da epiglote� Traqueia, brônquios e tecido pulmonar são
estéreis
� Movimentos “peristálticos” do tapete ciliar do epitélio colunar respiratório( Muco , remoção de partículas estranhas pelatosse e espirro)
Seios nasais são estéreis normalmente,bem como o ouvido médio e a trompa de eustáquio.
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Cavidade oral: flora normal
� Ecologia e estádios de desenvolvimento:� Nascimento: cavidade oral estéril� Recém-nascido:
� Dentro de 4-12 h (Lactobacillus,
Streptococcus)
� Colonização a partir do ambiente (durante a primeira amamentação) S.
salivarius, Staphylococcus, Neisseriae,
Moraxella catarrhalis
� Quando surgem os dentes� Na superfície dentária – Streptococcus
mutans, S. parasanguis
� Nos sulcos gengivais – anaeróbios e leveduras
� Puberdade – Bacteroides e Espirroquetas
� 108 Bactérias /mL de saliva
� Potencialmente > 700 espécies
Aparelho gastrintestinal :
Flora da boca
� Início da colonização após o nascimento, sendo dominada pelo Streptococcus do grupoviridans, durante os primeiros meses de vida.
� Streptococcus sanguis –colonizador dos dentes após a erupção; S. mutans e Lactobacillus relacionados com a cárie dentária.
� Placa dentária – predomínio de anaeróbios estritos.
� Adulto saudável – flora residente com > 700 espéciesde bactérias, bem como espécies diferentes de Mycoplasma, leveduras e protozoários. Só são conhecidas 100 espécies.
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Agentes comensais da boca
� Componente principal da flora são os anaeróbios estritos em relação aos aeróbios (100:1).
� Concentração bacteriana� 108 UFC /mL de saliva� 1012 UFC /mL nos sulcos gengivais
� Flora anaeróbia � Prevotella,
� Treponemas,
� Fusobacterium
� Clostridium
� Peptostreptococcus - nos sulcos gengivais (O2<5%).
� Flora superficial da boca: Streptococcus do grupo viridans (30-60%).
A cárie dentária é uma das infecções
mais frequentes dos países desenvolvidos
Cárie dentária
� Desintegração do dente que
se inicia à superfície e
progride para o interior do
esmalte.
Factores intervenientes
� Genético� Hormonal� Nutricional
Controlo� Remoção da placa bacteriana� Alimentação equilibrada
(ingestão proteica adequada e < consumo de carbohidratos)
� Boa higiene oral (limpeza frequente)
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Processo da cárie
Placa bacteriana
Depósito gelatinoso deglucano, através do qualo Streptococcus mutans
e o Peptostreptococcus
aderem ao esmalte.
1º - Desmineralizaçãodo esmalte pela placabacteriana (produtosácidos resultantes da
fermentação).
2º - Decomposição dadentina e do cimento -por digestão bacteriana
da matriz proteica (pH <5).
Nasofaringe
� Colonização imediata a seguir ao nascimento (após exposição aos agentes materno e de outros indivíduos).
� Flora que se mantém por toda a vida e é semelhante à da boca.
� Também é o local de transporte de potenciais patogéneos
� Neisseria meningitidis
� Streptococcus pneumoniae
� Streptococcus pyogenes
� Haemophilus influenzae
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Flora normal do
aparelho gastrintestinal
Após o nascimento, o intestino do R/N está estéril.
A colonização depende :
� Tipo de parto� Idade gestacional do R/N� Alimentação
Aleitamento materno
(< Fe)
� Colonização intestinal por :
- Streptococcus
- Lactobacillus (pH 5)
- Bifidobacterium (>90%)
Alimentação artificial
(> Fe)
� Flora cólica mista com < dos Lactobacillus e > dos Bacteroides
A densidade dos microrganismos aumenta
desde o estômago até ao cólon
Estômago
� pH ácido = 1,8- 2,5 (barreira protectora)
� Streptococcus
� Lactobacillus
� Leveduras
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Delgado- Ligeiramente colonizado.
Cólon� Muito colonizado (densidade
bacteriana 1011/g de fezes)
� 95-99% - flora anaeróbia
� Bacteroides – principal componente do material fecal.
I – Distribuição longitudinal, freq. da ocorrência e
densidade bacteriana da flora normal do Ap. GI
Densidade Frequência população
Estômago ↓↓↓↓↓↓↓↓
(103-105/g)
Lactobacillus < 10%
Duodeno ↓↓↓↓↓↓↓↓ Lactobacillus
Streptococcus
Jejuno ↓↓↓↓
<10%
Íleon ↓↓↓↓ (105-108/g) Enterobactérias
Bacteroides
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II – Distribuição longitudinal e freq. da ocorrência
e densidade bacteriana da flora normal do Ap. GI
Densidade Frequência da população
Cólon Alta
(>1011/g)
Bacteroides
Fusobacterium
Enterococcus faecalis
E. coli
100%
Eubacterium
Bifidobacterium25-75%
Material
fecal Alta
Bacteroides
Bifidobacterium
Eubacterium
100%
ColiformesEnt. faecalis
< 10%
Flora cólica do adulto
� 1/3 do peso seco das fezes é composto por bactérias
� Cada grama : 1011-1012
UFC
� 98% são anaeróbios estritos e o restante facultativos (100:1)
� Alberga cerca de 200 espécies
� Principais géneros bacterianos por grama de fezes
� Bacteroides
� Bifidobacterium
� Eubacterium
� Lactobacillus
� Coliformes� Streptococcus anaeróbios e
aeróbios� Clostridia
� Leveduras
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Importância da flora fecal
� Na síntese da vit K
� Conversão dos pigmentos e ácidos biliares
� Absorção de nutrientes
� Antagonismo dos patogéneos bacterianos
� Os antimicrobianos orais, suprimem temporariamente a flora fecal susceptível, sendo substituída pelas bactérias resistentes:� Staphylococcus
� Enterobacter
� Proteus
� Pseudomonas
� Clostridium difficile
� Leveduras
Aparelho geniturinário
Uretra
� Só a porção distal externa(1-2 cm), quer no homem, quer na mulher, é que é habitada por flora residente.
� A restante mucosa é estéril.
� Principais agentes� Enterobactérias (E.coli +++)� Lactobacillus
� Streptococcus α e βH� Enterococcus� Staphylococcus
� Outros menos frequentes� Mycoplasma hominis
� Ureaplasma ureolyticum
� Mycobacterium smegmatis
� Candida spp
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Vagina
� A microflora varia de acordo com a influência hormonal, em grupos etários diferentes.
� Nascimento – estéril; após 24 horas – aquisição gradual de flora variada (Difteroides, Micrococcuse Streptococcus não hemolíticos).
� Puberdade – predomina o Lactobacillus responsável pela fermentação do glicogénio que mantém o pH ácido, evitando o crescimento de outros agentes; a flora é predominante/ anaeróbia (107-109UFC/mL secreção vaginal).
� Mulher pós-menopausa – há uma ↓ dos Lactobacillus por diminuição dos estrogéneos circulantes; pH alcalino.
Ecossistemas microbianos do Homem
Reservatório microbiano
UFC Aeróbio/Anaeróbio Origem
Gastrintestinal 1x 1011-12 1 : 1000 Hábito alimentar do hospedeiro
Geniturinário 1x 108-9 1 : 100 Ambiental
Boca 1x106-8 1 : 100 Vaginal / hospedeiro
Pele 1x 104-6 1 : 10 Vaginal
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Vantagens da flora normal: acções
benéficas
1. Bactérias cutâneas produzem ácidos gordos que evitam a invasão por outras espécies – resistência à colonização.
2. Bactérias intestinais libertam factores com actividade antibacteriana (bacteriocinas, colicinas) assim como produtos de degradação metabólica que impedem o estabelecimento de outros agentes.
3. Os Lactobacillus vaginais mantém o ambiente ácido, suprimindo o crescimento de outros microrganismos.
4. O nº absoluto de bactérias presentes na flora cólica normal, significa que quase todos os nichos ecológicos estão ocupados, competindo com outras para a sobrevivência.
Desvantagens da flora normal
1. Disseminação potencial para zonas previa/ estéreis do corpo humano:a) O intestino é perfurado ou a pele é lesada.
b) Numa extração dentária, o Streptococcus viridans pode entrar na corrente sanguínea.
c) Agentes como a E. coli, a partir da pele perianal, ascende a uretra e provoca uma ITU.
2. Super-crescimento de potenciais patogéneos, quando há uma alteração da composição da flora normal (após antibioterapia) ou quando:
a) O local ambiental se altera (↑ pH do estômago ou vaginal).b) O sistema imune torna-se ineficaz (imunossupressão clínica, SIDA).
3. Potenciais patogéneos tornam-se oportunistas – invadem os tecidos, tornando-se perigosos para o hospedeiro.
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Bibliografia
• Granato A. Paul. 2003. Pathogenic and Indigenous microorganisms of humans. Manual of Clinical Microbiology. 8ª Ed.
• Mims et al. 1998. The normal flora. Medical Microbiology. 2ª Ed.
• Murray et al. 2009. Commensal and Pathogenic microbial flora in humans. Medical Microbiology. 6ª Ed.
• Swartz N. Morton, Gibbons Ronald e S. Sigmund. 1990. Indigenous bacteria; oral microbiology. Microbiology. 4ª Ed.
• Jawetz, Melnik e Adelberg’s. 1991. Normal Microbial Flora of the Human Body.18ª Ed.
Revisão
A flora comensal refere-se aos microrganismos quenormalmente habitam no nosso organismo. É verdadeque:
___A maioria desta flora é de natureza bacteriana.
___ A flora predominante é constituída por vírus e protozoários.
___ Alguns fungos comensais, principalmente leveduras, têm oseu nicho ecológico no intestino, pele e membranas mucosas.
___ Todos os locais do corpo humano têm flora autóctone.
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Quanto à flora comensal do aparelho urogenital, é verdadeque:
___ A bexiga tem uma flora autóctone abundante.
___ A uretra pode conter no 1/3 da extremidade externa,algumas bactérias.
___ Lactobacillus e leveduras são entre outros, agentescomensais habituais da vagina de uma mulher adulta.
___O Staphylococcus aureus tem o seu nicho ecológico nestelocal.
Quanto à flora comensal do intestino grosso, podemosafirmar que:
___ O cólon é a principal câmara de fermentação bacteriana.
___ Os principais habitantes são os anaeróbios (1011 UFC/g).
___ A microflora contribui para a síntese de vitaminas (B12,piridoxina, K e tiamina).
___ Outros efeitos desta flora é a produção de gás (flatos) quesão uma mistura de H2, CO2 e metano.
___ O cheiro característico que produzem, provém dos sulfitos,aminas, cetois e ácido butírico.