04 de agosto de 2011

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Ano I Número 23 Data 04.08.2011

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AnoI

Número23

Data04.08.2011

Junia Oliveira Ampliação da cobertura de planos de saúde pode re-

presentar alívio para quem precisa de atendimento, mas também dor de cabeça quando o assunto é o bolso do con-sumidor. Afinal, há dúvidas ainda se a boa notícia será ou não acompanhada de mais um aumento. Ontem foi dia de as operadoras começarem a fazer as contas para ver os im-pactos da nova lista de coberturas obrigatórias publicada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) na terça-feira. Por enquanto, quem pagará os custos de mais 60 procedimentos prontos para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro do ano que vem ainda é uma incógnita.

A ANS vai acompanhar o impacto financeiro para as operadoras durante um ano e, depois desse prazo, avalia-rá as consequências. A expectativa é de que não haja au-mento de preços, a exemplo do último rol, publicado em 2009 e em vigor a partir do início deste ano. Foram 120 novos procedimentos, o dobro de agora, e nenhum impacto foi registrado no reajuste dos planos. Além disso, como a maioria das coberturas anunciadas são relativas a cirurgias por vídeo, a agência entende que, nessa situação, o paciente passa menos tempo no hospital, precisa de menos tempo de recuperação e há menos risco de infecções, o que, em tese, diminui os custos.

Para o superintendente-executivo do Instituto de Es-tudos de Saúde Suplementar (IESS), Luiz Augusto Carnei-ro, o aumento no preço dos planos estará condicionado a um fator simples: se as operadoras já cobrem ou não esses procedimentos. “As maiores e melhores já adotam muitos deles, outras cobrem apenas o estritamente necessário e, para essa, o impacto será maior. Nesse caso, ou aumentam os preços ou vão arcar com os custos”, afirma. Segundo Carneiro, pesa ainda a região onde a operadora atua. “Em grandes cidades e, principalmente, nas regiões metropoli-tanas do Sudeste do país, o grau de competição é maior. Mesmo com aumento de custo, as operadoras optam por não repassá-lo ao preço, ou não tanto quanto deveriam, para não perder mercado”, ressalta.

Questionada sobre o problema, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) se limitou a informar, por meio de nota, que “uma vez aprovada a inclusão de um novo procedimento no rol da ANS, a legislação é ri-gorosamente cumprida pelas operadoras de planos de saúde”. Já a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge),também por meio de nota, informou que, “mais uma vez, essa inclusão será feita sem qualquer pagamento ou retribuição financeira para os planos de saúde” e que os custos serão calculados pela ANS apenas em 2013. Em

Belo Horizonte, a Unimed-BH alegou que não pode co-mentar ainda os impactos financeiros, pois está fazendo os cálculos relativos a 10 procedimentos listados pela ANS que não constavam na consulta pública. A Amil informou que não se pronunciará sobre o assunto.

FELICIDADE Polêmica à parte, felicidade para a es-tudante Larissa Heilbuth Drazger, de 20 anos. Ela descobriu a diabetes há sete anos e precisa de consultas mensais com endocrinologista e nutricionista para o controle da dieta. O primeiro profissional é coberto pelo plano, mas os gastos com o outro saem do bolso dos pais. A partir de janeiro, quem tem diabetes e usa insulina diariamente, como é o caso de Larissa, ou está no primeiro ano do diagnóstico, terá direito à cobertura. “Troco constantemente de profis-sional, pois não conseguimos bancar os custos. Pago R$ 150 por cada sessão, mais o plano de saúde”, diz.

FREIO NOS BOICOTES O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1)

cassou a liminar que permitia a médicos boicotar planos de saúde. A decisão, de 28 de julho, foi divulgada ontem. A queda de braço começou em abril deste ano quando médi-cos deixaram de atender pacientes com consultas e procedi-mentos marcados. Em maio, o Ministério da Justiça adotou medidas impedindo os profissionais vinculados a planos de saúde de fazer cobranças adicionais sobre o valor das consultas ou não atender os segurados. Os médicos tinham conseguido na Justiça suspender as restrições. Com a nova decisão judicial, voltam a valer as regras antigas, incluindo multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

PRINCIPAIS NOVIDADES» Cirurgias por vídeoSão 41 novos procedimentos cobertos por este méto-

do, entre eles colecistectomia com fístula biliodigestiva e cirurgia bariátrica

» ExamesSão 13 novas modalidades, incluindo análise molecu-

lar de DNA dos genes EGFR, K-RAS e HER-2» Promoção da saúde e prevenção de doençasampliados os números de Consultas para nutricionistas

e indicações para terapia ocupacional. Também foi incluído exame diagnóstico para câncer de mama (marcação pré-ci-rúrgica por estereotaxia, orientada por ressonância magné-tica)

» Novos tratamentosdestaque para o ocular quimioterápico com antian-

giogênico, angiotomografia coronariana, implante de anel intraestromal, além do pet-scan oncológico e da oxigenote-rapia hiperbárica

PLANOS DE SAÚDE

Cobertura pode elevar preços Com o expansão do rol de novos procedimentos que passam a valer em 1º de janeiro de 2012, ainda está

indefinido se vai ocorrer aumento de preços dos convênios médicos

ESTADO DE mINAS - P.13 - 04.08.2011

SÃO PAULO. Uma nova decisão judicial proí-be novamente os médicos de boicotarem os planos de saúde ou cobrarem “por fora” dos pacientes. Em maio, o Conselho Federal de Medicina (CFM) obte-ve liminar que garantia esse direito.

A novela começou há três meses, após um des-pacho da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, vetar as paralisações da cate-goria, como a ocorrida em 7 de abril, quando houve suspensão de atendimento a clientes dos planos.

A SDE, responsável por investigar casos de in-fração à concorrência, entendeu que essas ações pre-judicam os consumidores e instaurou processo para a investigar a participação de entidades médicas nas manifestações.

Ainda em maio, o CFM conseguiu uma liminar que suspendia a decisão do governo. Nela, o juiz An-tonio Corrêa entendeu que a SDE não tinha atribui-ção para deliberar sobre a relação entre médicos e planos, uma vez que cabe à secretaria combater irre-gularidades praticadas por empresas, e não por pro-fissionais individuais, como no caso da medicina.

A SDE recorreu e conseguiu, agora, que a liminar

obtida pelos médicos fosse derrubada. O desembar-gador federal Daniel Paes Ribeiro, do Tribunal Re-gional Federal da 1ª Região de Brasília, argumenta que “eventual prática abusiva” que venha a ser prati-cada “não pode ficar à margem de atuação da SDE”.

Em nota, o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, disse que o conselho já foi notificado e que prepara recurso que será impetrado nos próximos dias.

Os médicos querem passar a receber dos planos R$ 80 por consulta. Hoje, dizem, recebem em média R$ 30. Eles querem ainda a inserção, no contrato com as operadoras, de uma cláusula que preveja reajuste anual nos honorários, com base no índice de aumento das mensalidades dos usuários autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A nova paralisação estava programada para setembro.

ParalisaçãoAbril. O boicote médico feito em abril resultou

na paralisação de várias atividades, e somente os casos graves foram atendidos. Os médicos também cobraram valor adicional para atenderem pacientes de planos

Justiça.Em maio, categoria obteve liminar permitindo cobrança extra

Nova decisão proíbe médicos de boicotarem os planos de saúde

MÁBILA SOARESDuas irmãs de Pouso Alegre, Sul de Minas,

que consumiram alimento estragado devem receber, cada uma, R$ 5.000 de indenização por danos morais de um supermercado. Pelo mesmo motivo, um advogado de Belo Hori-zonte será indenizado em R$ 4.000 por uma empresa de alimentos. As decisões são da 12ª e da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), respectivamente.

Em março de 2008, as duas irmãs, de 10 e 17 anos, compraram dois pães no supermer-cado. Após comerem o primeiro, decidiram cortar o segundo e encontraram vários vermes. Elas passaram mal e precisaram de atendimen-

to médico.O advogado da capital também encontrou

larvas em uma barra de cereal que havia com-prado em uma drogaria, em maio de 2009. Ao comer, ele sentiu que o gosto estava diferente e, ao examinar o produto, viu as larvas. Ele ajuizou ação contra a drogaria e o fabricante do alimento.A empresa contestou argumen-tando que os produtos que fabrica não eram impróprios para consumo, pois o advogado não reclamou das outras barrinhas da caixa. A drogaria alegou que a falha era do fabricante. Tanto o supermercado quanto o fabricante da barra de cereal recorreram, mas perderam as ações.

Consumidor.

Alimentos com vermes geram indenizações

O TEmPO - P.26 - 04.08.2011

O TEmPO - P.12 - 04.08.2011

O ESTADO DE SãO PAuLO - P.B14 - 04.08.2011

CONT.. O ESTADO DE SãO PAuLO - P.B14 - 04.08.2011