26 agosto 2011

13
26/08/2011 158 XIX * Estado quer mais substitutos - p. 01 *Procuradores e promotores querem também medidas de segurança- p. 09 2ª Edição

Upload: clipping-ministerio-publico-de-minas-gerais

Post on 10-Mar-2016

218 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Clipping Digital 2ª Edição

TRANSCRIPT

Page 1: 26 agosto 2011

26/08/2011158XIX

* Estado quer mais substitutos - p. 01

*Procuradores e promotores querem também medidas de segurança- p. 09

2ª Edição

Page 2: 26 agosto 2011

JOANA SUAREZ

A secretária de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Renata Vilhena, anunciou ontem que o Estado estuda a ampliação da contratação de professores substitutos para atender alunos de outras séries prejudicados pela greve na educação. O mo-vimento atinge hoje o seu 45º dia letivo. A decisão, segundo a secretária, pode ser tomada por-que o dano aos alunos já é con-siderado irreparável.

Até então, as designações (2.502 no total) estavam auto-rizadas apenas para as turmas do 3º ano do ensino médio, que se preparam para o vestibular e para o Exame Nacional do Ensi-no Médio (Enem), marcado para os dias 22 e 23 de outubro. Até ontem, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Edu-cação (SEE), pelo menos mil profissionais haviam assinado contrato no lugar dos grevistas.

A adesão ao movimento é maior, segundo a secretária, em escolas da região metropolitana da capital e em Montes Claros, no Norte do Estado. Das 3.779 instituições estaduais, 728 estão parcialmente paradas e 68 total-mente afetadas pela paralisação, segundo números de ontem da SEE.

Renata Vilhena reafirmou que o Estado não tem condi-ções de cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou obrigatório o pagamento do piso salarial no valor de R$ 1.187,97 para uma jornada de até 40 horas sema-nais. Segundo ela, apenas os

153 mil servidores que optaram por permanecer no sistema anti-go de remuneração, com os be-nefícios, teriam direito ao piso. Minas tem hoje 398 mil cargos na educação. “Com o orçamen-to do Estado, não é possível pa-gar esse piso. Isso iria romper a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que faria com que a União suspendesse todos os contratos com Minas”, explicou.

A secretária afirmou, no en-tanto, que o Estado está aberto a negociações com o sindica-to da categoria. Anteontem, em assembleia, os professores votaram pela continuidade da greve e só admitem o fim da pa-ralisação com o pagamento do piso nacional estipulado pela lei 11.738, de julho de 2008. (Com Cláudia Giúza)

Dados sobre a greve

R$ 1.187 é o piso salarial definido pelo MEC para uma jornada de até 40 horas sema-nais

68 é o número de escolas estaduais que estão totalmente paralisadas por causa da greve R$ 712 é o valor proporcional para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais

728 é o total de instituições que estão parcialmente afetadas pela paralisação dos professo-res

RepeRcussãoSindicato diz que greve

continua por culpa do governoO Sindicato Único dos Tra-

balhadores em Educação (Sind-UTE) informou ontem que está

à espera de uma posição do Mi-nistério Público Estadual (MPE) sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que or-denou o pagamento do piso de R$ 1.187 no Estado. Segundo a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, a promotoria de educação entraria em conta-to com o sindicato ainda ontem, mas isso não teria ocorrido até início da noite. Procurado, o MPE não se pronunciou sobre o assunto. A coordenadora do sindicato atribuiu ao governo a responsabilidade pela continui-dade da greve. “Até quando o governo vai protelar essa gre-ve? A lei não é suficiente para o Estado pagar o piso? Isso é um desrespeito com a catego-ria”. Uma nova assembleia dos professores está marcada para a próxima quarta-feira. Até lá, disse Beatriz, a greve continua.

Recursos. Segundo a secre-tária de Planejamento, Renata Vilhena, o repasse de recur-sos do Ministério da Educação (MEC) para ajudar no cumpri-mento da lei que determinou o pagamento do piso só pode ser feito aos Estados que recebem verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), o que não é o caso de Minas, segundo ela.

Apesar de o teor da decisão do STF não poder ser alterado, a secretaria vai aguardar a pu-blicação final do STF, após os recursos, para avaliar o que será feito em Minas. Dos cinco Es-tados que questionaram a lei do piso, apenas Santa Catarina in-formou que não pretende entrar com recurso. (JS)

o TeMpo - p. 24 - 26.08.2011Greve.Secretária Renata Vilhena diz que com 45 dias letivos comprometidos, dano aos alunos é irreparável

Estado quer mais substitutosExecutivo alega não ter orçamento para pagar os R$ 1.187 do piso nacional

01

Page 3: 26 agosto 2011

coNT.... o TeMpo - p. 24 - 26.08.2011

02

Page 4: 26 agosto 2011

o TeMpo - p. 6 - 26.08.2011BeLo HoRIZoNTe

MP determina que prefeitura demita 10 mil funcionários não concursados

Decisão. Prefeitura terá que substituir contratados por concursados

Funcionários da PBH sem concurso serão demitidos

03

Page 5: 26 agosto 2011

HoJe eM DIA - p. 2 - 26.08.2011

04

Page 6: 26 agosto 2011

coNT... HoJe eM DIA - p. 2 - 26.08.2011

05

Page 7: 26 agosto 2011

AL INfoRMA - 1ª p. e p. 3 - 26.08.2011Entidades apresentam propostas para

atualizar Código do Consumidor

06

Page 8: 26 agosto 2011

07

Page 9: 26 agosto 2011

MultasMauricio Rocha

BancárioCom relação à carta do leitor Vitor Eduardo Costa Silva

(Fórum, 24.8), na qual reclama ter tido sua moto multada irre-gularmente e, no auto de infração, não constar qualquer identifi-cação do agente que efetuou tal multa, isso não me causa admi-ração, pois já presenciei, por diversas vezes, fiscais da BHTrans preenchendo blocos de multas, mesmo tendo sido proibidos pela Justiça.

Depois, é só colocar o nome de um agente da Guarda Mu-nicipal ou mesmo da PM, ou ainda deixar o espaço em branco, pois, infelizmente, eles gozam de fé pública, suas “palavras” valem mais que a nossa. Acho que o Ministério Público deveria investigar isso.

o TeMpo - p. 20 - 26.08.2011Do LeIToR

Bom Despacho

MP propõe ação contra prefeito

O Ministério Público Estadual propôs ação civil contra o prefeito de Bom Despacho, na região Central, Haroldo Queiroz (PDT). Ele é acusado de improbidade administrativa, ao adquirir bens de valor desproporcio-nal à sua evolução patrimonial, além de cobrar “men-salinho” de um ex-secretário municipal. O esquema de enriquecimento ilícito foi descoberto pelo MPE duran-te a operação Cosa Nostra. O órgão pede o afastamento do prefeito e o ressarcimento dos recursos desviados, além da cassação dos direitos políticos do prefeito. Se-gundo a assessoria da prefeitura, Haroldo Queiroz está em viagem e não poderia ser localizado.

o TeMpo - p.2 - 26.08.2011A pARTe

TÁXIs

BHTrans explica situação na capital

Vanessa BedranAssessoria de Comunicação de Belo Hori-

zonte“Em relação à carta da leitora Tereza Santa-

na, (Opinião, 23/8/2011), a BHTrans informa que está fazendo o acompanhamento do serviço de táxis. Todas as questões relacionadas à licitação estão sendo amplamente discutidas com o Minis-tério Público.”

esTADo De MINAs - p. 8 - 26.08.2011cARTAs À ReDAÇão

08

Page 10: 26 agosto 2011

Brasília. Passados quatro anos desde o recebimento da denúncia contra 40 suspeitos de envolvimento no mensalão, o crime de formação de quadrilha pode prescrever na sema-na que vem.

Para que esse crime não saia impune, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terão de aplicar penas su-

periores a dois anos. Se a pena não ultrapassar dois anos, os acusados estarão livres. A pena prevista é de um a três anos de prisão.

São acusados de formação de quadrilha, por exemplo, o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do PT José Genoino.

o TeMpo - p. 7 - 26.08.2011

Landercy HemersonAnúncios oferecendo empréstimos de dinheiro sem buro-

cracia, com erros de português, eram usados por golpistas há pelo menos dois anos para atrair pessoas endividadas, à procura de crédito. A quadrilha, formada por jovens de 22 a 30 anos dos bairros Caiçara e Jardim Montanhês, Noroeste de Belo Ho-rizonte, sofreu um golpe ontem, com a prisão de três integran-tes, em operação da Delegacia Especializada em Investigações de Crimes Cibernéticos (Dercife).

A polícia ainda não tem estimativa do prejuízo total cau-sado pelos golpistas, mas já foram identificadas 25 contas ban-cárias usadas para receber depósitos, que variavam de R$ 100 a R$ 9 mil, de vítimas de várias partes do país, como Rondônia e Rio Grande do Sul. O delegado Bruno Tasca Cabral, chefe do Dercife, explica que o golpe consistia em pôr anúncios em sites gratuitos oferecendo falsos empréstimos em nome de conheci-das cooperativas de crédito.

“Eles colocavam um telefone de contato de um suposto corretor. O interessado ligava e era induzido a fazer um cadas-tro para análise. Os criminosos ligavam de volta dizendo que o cadastro foi aprovado, mas exigiam o depósito de 10% do valor total do suposto empréstimo, como comissão, para a liberação do montante”, afirma o policial.

As investigações em torno da quadrilha começaram há cinco meses, depois que representantes da agência do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) de Raul Soa-res, na Zona da Mata, denunciaram que o nome da instituição estava sendo usado indevidamente em anúncios na internet. A agência recebeu mais de 40 reclamações de pessoas que não receberam o dinheiro.

Segundo o delegado, as vítimas não estavam sequer ca-

dastradas no Sicoob, que não oferece empréstimos por meio de anúncios e só atende cooperados. O policial conta que há denúncias de pedido de empréstimos no valor de R$ 90 mil em que a vítima pagou R$ 9 mil de comissão. Além dos casos apontados pela cooperativa, outras 30 denúncias de pessoas le-sadas chegaram à Dercife.

Ontem foram presos em cumprimento de mandados de prisão preventiva o estudante de direito Lucas Xavier Viana e Rafael Soares Lopes, ambos de 22 anos, e Carlos Alan dos Santos Porto, de 30, apontado como chefe do bando. Fábio Xa-vier Carneiro, de 23, primo de Lucas, e Keiter de Jesus Araújo não foram encontrados pelos policiais, que cumpriram ainda seis mandados de busca e apreensão, recolhendo documentos, computadores, cds e dvds nas casas dos acusados, que devem responder por crime de estelionato e formação de quadrilha. Em 1º de julho, agentes da Dercife prenderam em flagrante Ja-ckson Nobre Gonçalves, de 27, sexto integrante da quadrilha, quando ele realizava um saque numa agência de um shopping no Caiçara. poLÊMIcA No coNGResso

A criação de uma lei específica para punir os crimes ci-bernéticos se arrasta no Congresso Nacional desde fevereiro de 1999, quando o tema foi alvo de projeto de lei, que chegou a ser denominado de “AI-5 Digital” pelos que temem a invasão de privacidade. Na quarta-feira, debatedores divergiram sobre a necessidade de uma lei do tipo neste momento, durante o se-minário “Segurança Digital e Cidadania”, promovido pela Co-missão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara Federal para discutir sobre o PL 84/99, que tipifica os delitos cometidos pela rede. Com vários substitutivos, a propos-ta ainda promete tramitar por um bom tempo no Congresso.

esTADo De MINAs - p. 25 - 26.08.2011 DINHeIRo fÁcIL

Freio em golpe na internet Polícia Civil desmonta quadrilha de jovens de classe média de Belo Horizonte

que há mais de dois anos oferecia falsos empréstimos por meio de anúncios na web

O presidentea Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, César Mattar Jr., enviou ofício nesta quinta-feira ao presidente do Conselho Nacional do Ministé-rio Público (CNMP), Roberto Gurgel, para que o colegiado adote medidas destinadas a garantir a segurança de promo-tores e procuradores em todo o país.

No ofício, o presidente da Conamp destaca a precarie-dade e a inexistência de mecanismos de proteção aos mem-bros do MP, e lembra que o Conselho Nacional de Justiça

(CNJ) criou recentemente comissão específica para estudar e elaborar propostas de medidas de segurança de magistra-dos, Assim, o CNMP — órgão correlato do MP — deveria adotar procedimento idêntico.

Tanto a iniciativa do CNJ como agora a da Conamp de-vem-se ao assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, no último dia 12, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A magis-trada, vítima de uma emboscada, foi alvejada com 21 tiros, dispradaos por armas de uso restrito de policiais.

JB oNLINe - RJ - coNAMp - 26.08.2011

Procuradores e promotores querem também medidas de segurança

Mensalão.

Crimes por formação de quadrilha podem prescrever

09

Page 11: 26 agosto 2011

Por decisão da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF), está suspensa a ação penal pro-posta pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP-RS) contra F.A., pela suposta prática do crime de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal, na forma da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha).

A decisão é liminar e ocorreu no Habeas Corpus (HC 109887) impetrado no STF pelo acusado. Ele não concorda com as condi-ções impostas pelo Ministério Público gaúcho ao propor a suspen-são condicional do processo, por dois anos, nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95.

De acordo com F.A., o Ministério Público lhe ofereceu a sus-pensão condicional do processo por esse tempo, desde que ele não se ausentasse da comarca onde reside por período superior a dez dias; comparecesse mensalmente perante o juiz para informar e justificar suas atividades; e prestasse serviços à comunidade por seis semanas ou, alternativamente, doasse R$ 600,00 ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente.

A defesa do acusado, no entanto, sustenta que a condição estabelecida pelo Ministério Público de prestação de serviços à comunidade ou a prestação pecuniária é “totalmente incabível e desproporcional. Alega que tal situação corresponde a “aplicação antecipada da pena, o que desvirtua a natureza jurídica do instituto

despenalizador”.Em habeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça do Rio

Grande do Sul (TJ-RS), a ordem foi concedida para afastar a prestação de serviços à comunidade e a prestação pecuniária das condições estabelecidas. Contra essa decisão, o Ministério Públi-co estadual interpôs recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, naquela corte superior, o recurso foi provido para restabelecer a proposta original do MP-RS, anteriormente afastada pela corte gaúcha.

DecisãoEm sua decisão, a ministra Cármen Lúcia destacou que “os

acórdãos das instâncias precedentes, que deram ao caso tratamen-tos diversos, confirmam a necessidade de um provimento cautelar até que seja definitivamente analisada a matéria, pois o prossegui-mento da ação penal poderá gerar graves prejuízos ao paciente”.

Além disso, a ministra destacou que a aplicação das condições impostas pelo Ministério Público poderia desvirtuar a finalidade da suspensão condicional do processo, que não se equipara com uma condenação e que poderia ferir o princípio da legalidade estri-ta previsto na Constituição Federal (artigo 5º, inciso XXXIX).

Dessa forma, concedeu a liminar para suspender a ação penal até o julgamento definitivo deste Habeas Corpus.

supReMo TRIBuNAL feDeRAL - Df - coNAMp - 26.08.2011

Suspensa ação penal contra acusado de ameaça conforme Lei Maria da Penha

Diego Abreu

Brasília – Motivado pelas sucessivas licenças médicas ti-radas pelo ministro Joaquim Barbosa, o presidente do Supre-mo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, substituiu ontem o magistrado dos processos em que os senadores eleitos Cás-sio Cunha Lima (PSDB-PB) e Jader Barbalho (PMDB-PA) pedem para tomar posse. Desde dezembro de 2009, Barbosa esteve ausente dos trabalhos na corte, em períodos alternados, por 138 dias. Ele sofre de problemas na coluna e, em junho, passou por uma cirurgia. Se o problema crônico persistir, Bar-bosa corre o risco de ter de passar por perícia médica, caso complete 180 dias de licença no período de dois anos.

A realização da perícia pode resultar até em aposentadoria compulsória. Para isso acontecer, o ministro teria de ficar mais 42 dias licenciado. O gabinete de Barbosa informou que o mi-nistro voltará aos trabalhos na semana que vem. Por decisão de Peluso, os recursos de Cunha Lima e Barbalho deixarão de ser relatados por Barbosa e passarão para a responsabilidade de Ricardo Lewandowski, ministro imediato em antiguidade – é ele que sempre herda as ações na ausência do colega.

Cássio Cunha Lima e Jader Barbalho foram enquadrados nas eleições do ano passado pela Lei da Ficha Limpa. Ambos disputaram o pleito e conseguiram votos suficientes para se-rem eleitos para o Senado. No entanto, não foram diplomados. O tucano, porque teve o mandato de governador da Paraíba

cassado pela Justiça Eleitoral, em 2009. Já o peemedebista foi barrado por ter renunciado ao cargo de senador, em 2001.

No despacho publicado esta semana, o presidente do STF justifica que a substituição da relatoria do processo referente aos dois senadores eleitos decorre de uma “situação excepcio-nalmente grave, especialmente por se considerar a prioridade conferida por lei aos processos de registro”, afirmou Peluzo. O advogado José Eduardo Alckmin, defensor de Jader Bar-balho e de Cunha Lima, disse esperar por uma decisão célere do STF. “Estamos pedindo a retratação do processo anterior, como está previsto no Código de Processo Civil”, explicou Alckmin, em referência ao processo de Jader Barbalho.

Licenciado do cargo desde julho, de forma ininterrupta, o ministro do STF Joaquim Barbosa continua sendo o relator de um dos principais processos que tramitam na Suprema Corte – a ação penal do mensalão. A Procuradoria-Geral da Repúbli-ca (PGR) pede a condenação de 36 réus no escândalo ocorrido em 2005, no qual parlamentares teriam recebido propina em troca de apoio político no Congresso ao governo do então pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora não se cogite, por enquanto, a substituição da re-latoria do processo do mensalão, o ministro Ricardo Lewan-dowski tem despachado algumas decisões pontuais referentes ao caso. A avaliação de colegas, porém, é de que a ausência de Barbosa não atrasou o andamento da ação, já que o prazo para as alegações finais se encerra somente em 8 de setembro.

fIcHA LIMpA

Lewandowski assume relatoriaMinistro Joaquim Barbosa já ficou 138 dias afastado do Supremo

esTADo De MINAs - p. 6 - 26.08.2011

10

Page 12: 26 agosto 2011

Brasília. A Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR-1) infor-mou ontem que vai recorrer da decisão da Justiça Federal que liberou, de forma li-minar, o pagamento de salários acima do teto estabelecido por lei para o funciona-lismo público (R$ 26,7 mil) a servidores do Senado Federal.

Os chamados supersalários são for-mados pelo acúmulo de gratificações de funções e de outros benefícios. O paga-mento foi suspenso pela 9ª Vara do Dis-trito Federal, em junho deste ano, após pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal.

O prejuízo estimado, somente no Se-nado, seria de R$ 11 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Em relação à administração pública federal,

o tribunal verificou indícios de irregula-ridades por parte de 1.061 servidores de 604 órgãos.

A suspensão do pagamento dos salá-rios acima do teto foi determinada com base em irregularidades verificadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Se-gundo o Ministério Público Federal, em agosto de 2009, o TCU identificou, pelo menos, 464 servidores que receberam be-nefícios acima do teto.

A partir da data em que for intimada, a Procuradoria terá dez dias para questio-nar a decisão assinada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Olindo Mene-zes, tomada na última segunda-feira.

O recurso será analisado pelo plená-rio do tribunal.

o TeMpo - p. 7 - 26.08.2011

Morte de prefeito

Envolvidos vão continuar presos O Superior Tribunal de Justiça

(STJ) decidiu manter a prisão dos três acusados de envolvimento na morte

do prefeito de São Sebastião do Ma-ranhão, no Vale do Rio Doce, Gildeci Sampaio, ocorrida em 2009. Em deci-são unânime, o tribunal negou pedido de liberdade aos acusados. De acordo com o Ministério Público Estadual, “o crime foi previamente planejado por um vereador do município, por moti-vações políticas”.

o TeMpo - p.2 - 26.08.2011A pARTe

Decisão.Desembargador derrubou liminar que impedia pagamento

MP recorrerá de decisão que liberou supersaláriosO prejuízo estimado no Senado com os salários superiores ao teto é de R$ 11 mi

11

Page 13: 26 agosto 2011

o TeMpo - p. 14 - 26.08.2011

12