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XX 19 03/02/2012 * Licitação de novos táxis é suspensa a pedido do MP - p.03 * STF mantém poderes do CNJ - p.10 * IMPUNIDADE NO ASFALTO - p.15

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XX 19 03/02/2012

* Licitação de novos táxis é suspensa a pedido do MP - p.03

* STF mantém poderes do CNJ - p.10

* IMPUNIDADE NO ASFALTO - p.15

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HOJE EM DIA - p. 02 - 03.02.2012

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EStADO DE MINAS - p. 07 - 03.02.2012 LEGISLAtIVO MUNICIpALProtegidos pelo voto secreto previsto no regimento interno da Câmara, vereadores de Belo

Horizonte se articulam nos bastidores para manter o reajuste de 61,8% nos próprios salários

Ameaçado veto ao aumento

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Brasília – A discussão recente sobre os limites do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acabou suscitando outro tema que in-quieta os juízes brasileiros: a edição de uma nova Lei Orgânica da Magistratura (Loman). Foi por falta de uma norma atualizada – a atual é de 1979 – que os ministros do Su-premo Tribunal Federal (STF) entenderam, por exemplo, que o CNJ pode decidir como investigar desvios cometidos por magistra-dos.

A Loman é anterior à Constituição de 1988 e à criação do CNJ em 2004, e por isso, muitos pontos precisam ser atualizados. Ainda assim, essa ideia não agrada a todos os setores da magistratura, segundo indica-ram as três maiores associações nacionais de juízes. Elas acreditam que, caso a nova Lo-man vá para o Congresso Nacional em um futuro próximo, há risco de os parlamentares derrubarem direitos como férias de 60 dias e aposentadoria remunerada como máxima punição administrativa.

Nos anos 2000, essas entidades partici-param ativamente da discussão de uma nova Loman, criando, inclusive, comissões para estudar o assunto. As propostas eram enca-minhadas para o STF, responsável por reunir e consolidar as informações. A movimenta-ção mais recente nesse sentido ocorreu entre 2007 e 2009, quando o STF fez uma comis-são para tratar da Loman e recebeu as últimas contribuições das associações de juízes.

Para o representante da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) Fabrício de Castro, hoje não há espaço político para votação de uma nova lei da magistratura. “O Legislativo e o Executivo estão tentando hi-pertrofiar nossas garantias. Enviar a Loman para o Congresso pode ser um cheque em branco para aqueles que patrocinam a intimi-dação do Judiciário”. Ele defende alterações pontuais em vez de uma reforma completa.

O texto da nova Loman está atualmen-te sob a responsabilidade do presidente do STF, Cezar Peluso. Logo no início de sua

gestão, em 2010, ele recebeu da comissão de ministros do STF a sugestão do documento a ser enviado para o Congresso. Perguntado se pretende agir antes do fim da sua gestão, em abril, ele disse: “Vou enviar se me deixarem enviar.”

O presidente da Associação dos Magis-trados Brasileiros (AMB), Nelson Calan-dra, discorda da previsão de levar o texto ao Congresso ainda em 2012, já que o quórum deverá estar reduzido devido às eleições municipais. A AMB também quer um tempo para reanalisar as propostas que serão envia-das ao Parlamento. “Muitas das críticas fei-tas à Loman padecem de base concreta. Ela foi feita no regime militar e traz garantias para a magistratura que nosso regime quer abolir.”

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) acredita que o Congresso não deverá retirar garantias da Loman. Ele espera que o texto chegue ao mesmo patamar da Lei Orgânica do Minis-tério Público (MP), de 1993. A norma que rege o MP tem garantias como o auxílio-ali-mentação e a licença-prêmio, inexistentes na Loman.

“Falam que dentro do Congresso a Lo-man pode ser modificada, mas legislação sobre a magistratura que implique perda e ruptura de direitos, só vi isso em regime di-tatorial”, argumenta o presidente da Anama-tra, Renato Sant’Anna. Ele acredita que uma possível interferência negativa do Legislati-vo será passível de questionamento judicial.

Mesmo sem saber o futuro da Loman, todas as entidades garantem que não per-mitirão retrocessos para a magistratura. “É inadmissível que a situação atual dos juízes venha a ser piorada”, diz o representante da Ajufe. A Anamatra destaca que sua posição é “ceder zero em termos de direitos”. Para Calandra, da AMB, “não se pode quebrar regime democrático para fazer graça para a opinião pública”.

Jb ONLINE - RJ - CONAMp - 03.02.2012

Juízes temem fim de privilégios com nova lei da magistratura

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Por Fernando Henrique PintoPor conta do desvio de algumas dezenas

de magistrados, num universo de quase 15 mil, instalou-se em alguns setores da imprensa brasi-leira uma campanha difamatória contra o Poder Judiciário. Campanha que, há muito desvincula-da da ética e da imparcialidade, publica menti-ras e meias verdades, muitas delas de fácil aferi-ção, e omite pontos fundamentais que deveriam constar em reportagens.

A magistratura brasileira —de esmaga-dora maioria composta de juízes de primeira instância concursados— está atônita e muito preocupada com essa campanha difamatória, pelo abalo (já constatável) que a mesma está causando na credibilidade e respeito ao Poder Judiciário, com risco, em última análise, ao Es-tado organizado de Direito e à própria democra-cia.O mais recente exemplo dessa situação é o quadro apresentado na página A12 da edição de 15 de janeiro de 2012 da Folha de S.Paulo, na tentativa de incutir no leitor o quanto suposta-mente seria mais vantajoso ser servidor público ou agente político, em vez de trabalhar na ini-ciativa privada.Numa primeira análise, e antes de entrar nos detalhes do quadro, percebe-se a insistente covardia de tais setores da imprensa em não mencionar o Ministério Público, o qual possui as mesmas garantias e vantagens da ma-gistratura —e, na prática, por vezes possui até mais vantagens.

Ainda em início de análise, os jornalistas Ranier Bragon e Paulo Gama colocam parla-mentares e magistrados “no mesmo saco”, men-cionando “carro com motorista”, “cotão” para “torrar” em restaurantes, e até jatinhos, embora tais vantagens sejam inimagináveis a 99% dos magistrados brasileiros. “Jatinho”, então, a 100%. E omitiram, por exemplo, a verba par-lamentar para assessores, enquanto os magistra-dos paulistas de primeira instância lutam para aprovação, na Assembléia, de uma lei que lhes permita possuir pelo menos um assessor —cujo salário será infinitamente menor que de um as-sessor parlamentar.

Também mencionaram o recente recesso de 18 dias no final do ano, ocorrido no Judiciá-rio de São Paulo, esquecendo-se que isso ocor-reu com resistência do Judiciário Paulista para atender pedidos incessantes da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), Associação dos Ad-vogados de São Paulo (AASP) e Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), com apoio do Conselho Nacional de Justiça, para que os advo-gados pudessem ter um descanso.

É certo, ainda, que no maior Judiciário da América Latina (Paulista), certamente muitos juízes usaram tal recesso para colocar o servi-ço em dia —realidade que muitos da impren-sa contestam, embora já tenham sido inúmeras vezes convidados a constatar.Adentrando-se, então, no quadro propriamente dito, o que mais chama a atenção é a ausência de algumas van-tagens importantíssimas da iniciativa privada, e que fazem toda a diferença para a conclusão da

análise.Menciona-se, em primeiro lugar, o limi-te de 44 horas semanais de trabalho, além dos quais os trabalhadores da iniciativa privada têm direito a horas extraordinárias, remuneradas em, no mínimo, 50% a mais que a hora normal. Na mesma linha, há os adicionais, especialmente o noturno e de periculosidade (os juízes criminais que o digam).

Em São Paulo, embora a imprensa não acredite ou não queira que o povo acredite —embora sempre convidada a constatar—, é cor-riqueiro magistrados trabalharem muito além de 44 horas semanais, sendo comum o trabalho em finais de semana, feriados e até o gasto de um dos períodos de férias para colocar em dia a carga de trabalho que é a mais pesada do Pla-neta Terra —conforme dados já publicados pelo Banco Mundial, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Internacional do Traba-lho (OIT).

Só essa realidade compensa, com sobras, a suposta vantagem de 30 dias a mais de férias. E, se essa “vantagem” fosse trocada por limite de jornada de trabalho, certamente sairia muito mais caro ao contribuinte.

Outra omissão importante, relativa à ini-ciativa privada, foi a possibilidade de recebi-mento de participação nos lucros e resultados (PLR) e/ou prêmios por produtividade, o que, em níveis de gerência e diretoria (únicas fun-ções que se podem comparar à responsabilidade de um magistrado), ocorrem em valores bem elevados. E compensam com sobras as licenças-prêmio, que nem todos os magistrados brasilei-ros possuem —quando são pagas em dia...

Ainda quanto a esse aspecto, é muito co-mum que empresas privadas custeiem plano de saúde de boa qualidade aos seus empregados e parentes próximos, custeiem transporte freta-do, além de tais empresas terem obrigação de manter a salubridade do ambiente de trabalho, sob pena de pesadas multas. No mesmo sentido, se qualquer trabalhador tiver um direito seu ne-gado, possui a seu favor a Justiça do Trabalho, cuja eficiência é notória.

Enquanto isso, os magistrados e servido-res do Judiciário paulista, com seu salário lí-quido (que é substancialmente inferior ao bruto divulgado), têm que custear do bolso plano de saúde para si e sua família. Muitos trabalham em fóruns que mais parecem escombros e que não passariam por uma superficial análise do corpo de bombeiros e fiscalização do trabalho. E, quando não têm pagos seus direitos devidos —inclusive as tão festejadas férias—, devem se submeter a receber em “suaves prestações” a perder de vista, ou entrar com ação contra o próprio Judiciário, para receber por precatório. Alguns morrem antes disso.

Outra matéria importantíssima é o reajuste salarial. Os magistrados não o têm há quase qua-tro anos e a defasagem, no cálculo mais conser-vador, é de mais de 15%. E quando pedem mero reajuste das perdas inflacionárias, são taxados de “marajás”, por perseguir suposto “aumento”.

Enquanto isso, a maioria dos trabalhadores or-ganizados da iniciativa privada possui data-base e, conforme matérias divulgadas pela própria Folha de S.Paulo, vêm tendo reajustes acima da inflação, ou seja, aumento real.

Importante também mencionar que os tra-balhadores da iniciativa privada se aposentam pelo teto, porque contribuem no limite do teto, sem contar que uma parcela da contribuição é dada pelo empregador. Enquanto isso, os servi-dores públicos e agentes políticos federais e do Estado de São Paulo se aposentam com salário integral, porque têm descontado mensalmente de seu contra-cheque 11% de seu salário bruto.

Em vez de a Folha de S.Paulo mencionar isso, a mesma, maquiavelicamente, apenas cita o abono de permanência como se fosse supos-tamente uma vantagem do magistrado (que também é dos membros do Ministério Público). Mas, na verdade, é uma vantagem do contri-buinte, pois se o magistrado, com tempo para aposentadoria, se aposentasse, seu lugar teria de ser reposto, e o gasto seria muito maior que o incentivo de 11% para que tal profissional conti-nue trabalhando, mesmo podendo se aposentar.

A Folha de S.Paulo, ainda, em vez de mencionar apenas o “salário médio” do setor privado, podia e deveria apresentar os salários médios —e vantagens— de profissionais com mesmo nível de capacitação e responsabilidade de um magistrado (se é que isso é possível), pois constataria —e informaria seus leitores— que financeiramente não há vantagem alguma da se-gunda profissão ou, no mínimo, que vantagens e desvantagens se equiparam.

É bom lembrar que, salvo os cargos públi-cos que dependem de eleição, os demais cargos públicos são alcançáveis mediante concurso público, de forma que, se alguém da iniciativa privada quiser usufruir das “vantagens” de ser agente público, basta fazer como fizeram tais agentes, ou seja, estudaram horas a fio durante anos, sem prejuízo do trabalho para sustentar a família, e um dia foram aprovados por seus esforços. Isso significa “mérito” e somente em regimes comunistas totalitários é visto como “privilégio”.

Finalmente, e para desmascarar mais um mito, é bom lembrar que os salários e vantagens de todas as pessoas são pagos pelo “povo”. Os salários dos jornalistas e lucros das empresas privadas de jornalismo, por exemplo, são pagos pelos assinantes (“povo”), pelos anunciantes (“povo”), estes últimos que vendem produtos que são comprados pelo mesmo “povo”.

Logo, o “povo” custeia os salários e vanta-gens dos servidores públicos e agentes políticos tanto quanto custeia os salários milionários de jogadores de futebol, artistas e apresentadores de televisão, gerentes e diretores de empresas, de bancos etc.

Fernando Henrique Pinto é juiz da 2ª Vara da Família e das Sucessões de Jacareí (SP).

Revista Consultor Jurídico, 2 de fevereiro de 2012

CONSULtOR JURíDICO - Sp - CONAMp - 03.02.2012

Imprensa divulga mentiras sobre Judiciário

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EStADO DE MINAS - p, 23 03.02.2012

Mateus ParreirasApesar da repressão rotineira e as operações especiais, as

forças policiais que patrulham as rodovias federais e estaduais mineiras admitem ainda ser grande o número de caminhoneiros trafegando sob efeito de estimulantes ilegais, por vezes traficados por travestis, prostitutas e menores sexualmente explorados. Para ter uma ideia da dificuldade em identificar quem está sob efeito dos tóxicos, dos 5.665 acidentes envolvendo veículos de carga nas estradas estaduais em 2011, em apenas 74 condutores (1,3%) foi identificado uso de álcool e entorpecentes – rebites, cocaína, cra-ck, maconha e outros. Foram conduzidos à delegacia pelo uso de tais substâncias apenas 77 motoristas de caminhões e carretas. Os números são da Polícia Militar de Minas Gerais. A corpo

ração e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informaram que vão intensificar operações e fiscalizações nos pontos de prostitui-ção, tráfico e também as atitudes irresponsáveis de alguns condu-tores que têm sido denunciadas pelo Estado de Minas desde do-mingo. “Vamos fazer mais operações e fiscalizar depois que nosso departamento de inteligência avaliar os locais mais vulneráveis. Nada disso ficará impune”, afirma o chefe da Seção de Técnica de Trânsito da Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito (DMAT) da PM, capitão José Procópio Corrêa Júnior.

Segundo a PRF, só no ano passado foram duas operações con-tra o tráfico de entorpecentes e várias ações contra a prostituição infantil. “O alerta da prostituição inserindo estimulantes no meio dos caminhoneiros muda a figura da atividade”, afirma a inspetora Fabrizia Nicolai. “Prostituição não é crime, mas o tráfico dessas substâncias é, além de ser um dos piores fatores para acidentes, já que os caminhoneiros usam os rebites para dirigir sem dormir”, alerta. ApREENSÕES

Uma das operações dos federais foi a chamada Morfeu, o deus grego do sono, numa alusão aos rebites que mantêm cami-nhoneiros acordados por até um dia inteiro de viagem. A ação foi feita em 13 estados, de 19 e 21 de dezembro, e resultou na pri-são de oito pessoas que distribuíam anfetaminas de forma ilegal. Foram apreendidos com a quadrilha 41.366 comprimidos desses estimulantes, R$ 30.485, sete armas de fogo, dois veículos e uma motocicleta. Em Minas foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em estabelecimentos às margens da BR-116, perto da divisa com o estado da Bahia. Uma pessoa foi presa e mais de 2,5 mil comprimidos de medicamentos diversos (Desobesi-M, Pramil, anfetaminas), apreendidos. As ocorrências foram encaminhadas para a delegacia de Policia Civil de Pedra Azul, no Vale do Jequi-tinhonha. Os estados alvo foram Minas, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Ceará, Piauí, Mara-nhão, Roraima e Espírito Santo, além do Distrito Federal.

De acordo com levantamento da PRF, da Organização Inter-nacional do Trabalho (OIT) e da organização não governamental Childhood, as estradas federais de Minas são as com mais pontos de vulnerabilidade para a prostituição infantil no país. O levanta-mento, feito em 2010 por meio de entrevistas com caminhoneiros, localizou 133 locais no estado. Destes, 66 são de concentração crítica, 43 alta, 22 média e apenas dois de exposição pequena. Em todo o país são 1.820 pontos de vulnerabilidade.pROStItUIÇÃO

Enquanto as forças de repressão acabam perdidas na vasti-

dão das estradas mineiras e os representantes dos interesses da so-ciedade pouco fazem para impedir as situações ilegais nas estradas ou exigir uma melhor fiscalização, iniciativas populares começam a ocorrer. Ontem, a Cooperativa Agropecuária de Resplendor (Ca-pel) informou que reconheceu um de seus caminhões sendo usado para trazer cocaína para um travesti flagrado pelo jornal Estado de Minas em encruzilhada da BR-381, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Segundo o órgão, o caminhoneiro será punido exemplarmente assim que for identificado, já que há muitos veícu-los de carga de mesma marca e modelo na frota. Acrescenta que é uma situação inadmissível e que tem todo interesse em contribuir para a obstrução deste e qualquer outro tipo de prática criminosa, tal como neste caso, e que tanto mal trás para a sociedade.

A ONG Menina Dança informou que está começando a atuar no Vale do Jequitinhonha, onde o EM encontrou adolescentes sen-do aliciadas ao tráfico e à prostituição. A organização entrou em contato com conselhos tutelares e pretende identificar as meninas e oferecer a elas atividades, como reforço escolar, música e dança, para tirá-las da marginalidade

pALAVRA DE ESpECIALIStA

Colapso nas BRs agrava situação

Bruno BatistaAs condições dos caminhoneiros é agravada pela penúria das

estradas. É crítico num estado como Minas Gerais, que é dono da maior malha rodoviária do país, termos 58% das estradas com algum tipo de problema (dados da Pesquisa da CNT de 2010). O reflexo se dá primeiro na redução do nível de segurança e na queda de qualidade operacional dos veículos. Não conseguimos acompa-nhar nenhuma avaliação positiva ao longo dos anos. São rodovias antigas, boa parte na década de 1970, 88% em rodovias de pista simples e mão dupla, mas que recebe tráfego pesado do país intei-ro. Se a malha não crescer ela estará comprometida. A tendência do crescimento econômico é continuar, mas isso pode acabar sen-do afetado negativamente pela falta de condições de escoamento, já que 60% do nosso transporte de carga é rodoviário. Para mudar isso é preciso investir mais nas ferrovias e hidrovias, mas isso tem de ser bem calibrado. Não podemos também cortar as verbas das estradas ou elas entrarão em colapso, já que estão saturadas. Em 2011 entraram em circulação mais de 10 milhões de veículos, mas só 657 quilômetros de rodovias federais foram construídos. Para sanar todos os problemas encontrados seria necessário investir R$ 5,1 bilhões na recuperação do pavimento e R$ 547,1 milhões na conservação das rodovias mineiras, usando parâmetros do Dnit. O uso que se faz das rodovias para o transporte pesado não é com-petitivo. Cargas de grãos por meio rodoviário para serem levadas a longas distâncias significam prejuízo, mas não há alternativa. Minas Gerais tem um papel crucial no transporte de cargas. Geo-graficamente, as principais vias nacionais se ramificam e se ligam com o estado. Se Minas vai mal a integração do país não vai muito bem, pois é um estado de passagem para São Paulo, Santos, Cen-tro-Oeste, Nordeste. Não temos pesquisas sobre isso no país, mas pode-se inferir que grande parte do tráfego que circula em Minas Gerais vem de fora. Daí a importância de mais investimentos da União, recuperação de estradas e duplicações

HOMENS-bOMbA AO VOLANtE

IMPUNIDADE NO ASFALTO Mesmo com operações especiais nas rodovias mineiras, policiais só conseguem identificar

em 1,3% dos carreteiros envolvidos em acidentes o uso de tóxicos, estimulantes e álcool

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HOJE EM DIA - p. 19 - 03.02.2012

MP só cobra se houver omissão Procurado desde o dia 27 para falar sobre a questão dos

caminhoneiros nas rodovias de Minas, o Ministério Públi-co Federal (MPF) chegou a informar apenas que o assunto “futuramente pode ser o caso de atuação do MPF, mas para cobrar eventual omissão por parte das autoridades respon-sáveis”. Mesmo após as situações de ineficiência das forças federais em cuidar de situações graves e perigosas das estra-das, o órgão explicou ontem que o fato de as irregularidades acontecerem em rodovias federais não atrai a competência da Justiça Federal.

“Por exemplo, se alguém praticasse um homicídio numa rodovia federal, o crime continuaria sendo julgado pela Jus-tiça estadual. Venda de bebida e drogas em bares ou nas es-tradas – à exceção do tráfico internacional de drogas – é de competência da Justiça estadual, ou seja, são atribuições do Ministério Público Estadual”, acrescenta uma fonte do MPF.

Também procurado, o Ministério Público Estadual (MPE) não informou se tem alguma atuação para cobrar das autoridades e governos políticas para evitar os graves desas-tres ocorridos nas estradas que cortam Minas Gerais, muitas delas provocadas pela situação precárias de caminhões e car-retas que furam bloqueios e rodam sem se preocupar com a fiscalização.

Nenhuma ação foi especificada contra a prostituição in-fantil nàs margens das estradas e a venda ilegal de bebidas e drogas que ocorre livremente em postos e pontos de apoio.

O órgão, que existe para representar o interesse da so-ciedade, deixou claro que esses problemas são de responsa-bilidade unicamente policial, ao declarar, por meio de sua assessoria de imprensa, que “cabe à Polícia Rodoviária Fede-ral, nas rodovias federais, ou à Polícia Militar, nas rodovias estaduais, fiscalizar os motoristas, registrar boletins de ocor-rência e dar voz de prisão quando constatar que o condutor do veículo consumiu droga ilícita ou bebida alcoólica acima do nível permitido em lei”.

Interdições nas estradasCarretas que tombam nas rodovias e caminhões que

enguiçam no meio da estrada causaram 34 dias de interrup-ções em rodovias federais de Minas Gerais, no ano passado, segundo os alertas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Twitter.

As medições foram feitas em 278 dias, entre 23 de março e 31 de dezembro do ano passado – e numa proporção de 365 dias significaria 45 dias de bloqueios. A situação foi mostrada na edição de ontem da série de reportagens “Homens-Bomba ao Volante”, que o Estado de Minas mostra desde o último domingo, sobre as condições de carretas e caminhoneiros.

Números que se assomam às mortes e pessoas feridas nos desastres que ocorrem em rodovias cada vez mais povo-adas por veículos de transportes pesados e longos

CONt.... EStADO DE MINAS - p. 23 - 03.02.2012

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ANE CHAVES A Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda., acusada

de emprestar dinheiro com rentabilidade acima do mercado e não honrar seus compromissos, continua funcionando nor-malmente. Ontem, a reportagem de O TEMPO ligou para a empresa, com sede em Lagoa Santa, na região metropolita-na de Belo Horizonte, passando-se por um possível cliente. Uma atendente disse que estavam disponíveis os emprésti-mos consignados, com desconto em folha de pagamento de aposentados e pensionistas.

“A empresa está em funcionamento normal. Inclusive, todas as unidades aqui em Lagoa Santa”, afirmou a atenden-te. Quando questionada sobre as informações de denúncias contra a empresa veiculadas na imprensa, ela alegou “que tudo foi resolvido, graças a Deus”. Em outra ligação, mas com a reportagem se identificando, a mesma atendente con-tou que não sabia informar e que não havia ninguém da di-retoria da financeira naquele momento. Ela disse ainda que não foi orientada a falar com a imprensa.

Uma cliente da Filadélphia, que pediu para não ser iden-tificada, recebeu a informação de que os diretores fizeram uma reunião na quarta-feira, com todos os colaboradores, dizendo que a empresa ficaria fechada naquele dia, mas seria reaberta normalmente ontem.

Os administradores informaram ainda, segundo ela, que o emprego de todos estava assegurado e que a empresa não passava por nenhuma crise.Na terça-feira, três diretores, entre eles dois sargentos reformados da Aeronáutica - um deles pastor - , foram presos em uma operação da Polícia Federal. Eles são acusados de crimes de estelionato, forma-ção de quadrilha, falsidade documental, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Ao todo, sete pes-soas foram presas, e documentos e veículos, apreendidos. A assessoria de imprensa da corporação não soube informar se as atividades da Filadélphia haviam sido suspensas. O de-legado responsável pelo caso, Mário Veloso, passou o dia de ontem ouvindo os envolvidos na organização criminosa, além de clientes enganados.Além de Minas, a empresa tem escritórios em outros 22 Estados. Acredita-se que o prejuízo aos clientes, que investiam com a garantia de lucros mensais entre 2,5% a 5%, chegue a R$ 20 milhões.Para a vítima J.O, o pior do que amargar um prejuízo de R$ 40 mil é ainda ar-car com as despesas de abrir um processo. “Não sei nem se vou conseguir meu dinheiro de volta, mas tenho que tentar”, conta. Ela espera que o Judiciário solucione não só o seu caso, mas de todos os que foram prejudicados.

Juiz de Fora

Nome de construtora é usado em esquema em dois Estados

O nome de uma construtora de Juiz de Fora, na Zona

da Mata, estaria sendo usado para aplicação de golpes de financiamento da casa própria em pelo menos duas cidades do país. Há registros do crime no município de Marília, no interior de São Paulo, e em Recife, na capital do Pernambu-co, que estão sendo apurados pela Polícia Civil da cidade mineira.

De acordo com o Procon de Marília, cerca de 60 pes-soas teriam sido vítimas da fraude. O prejuízo calculado até agora é de R$ 20 mil.

Segundo informações da polícia de Marília, uma qua-drilha oferecia financiamentos de 100% de supostos imóveis à venda, sem burocracia e com vantagens no pagamento.

O anúncio prometia empréstimos com a cobrança de juros de 0,15% ao mês, valor bem abaixo de 1,5% prati-cado no mercado. Em contrapartida, os clientes deveriam repassar de imediato uma entrada de 1% do valor pedido. Quando o depósito era feito pelas vítimas, os estelionatários desapareciam com o dinheiro.

O delegado Carlos Eduardo Santos Rodrigues, da 6° Delegacia de Polícia de Juiz de Fora, que está investigando o caso, informou que os donos da construtora são considera-dos vítimas do golpe.

“A empresa que os criminosos utilizam o nome, a Pesta-na Construtora, é regularizada e está desativada em processo de fechamento”, afirmou. Ainda não há denúncia de vítimas em Minas.Em Marília, a polícia informou que ainda apura a identidade dos suspeitos.

O porteiro Paulo César Ribeiro, 46, conseguiu escapar do golpe depois de pedir um financiamento de R$ 180 mil e ser “solicitado” a fazer um depósito de R$ 800. “Achei estranho essa taxa e não quis pagar. Aí eu vi o golpe na TV local”, contou. (IC)

Minientrevista“Me animei, meu sonho é ter minha casa.”Vítima do golpeComo o senhor caiu no golpe da casa própria?Vi um anúncio na TV e me animei muito, pois o meu

sonho é ter minha casa. Eu já moro de aluguel há sete anos.Qual o valor do financiamento pedido?Inicialmente, pedi R$ 120 mil. Eles pediram para eu en-

viar toda minha documentação para avaliação. Me informa-ram que fui aprovada e comecei a olhar os imóveis. Gostei de uma casa que valia R$ 150 mil e pedi para aumentarem o valor do financiamento. Quando eles falaram que aprovaram o novo crédito, pulei de alegria.

Como o senhor descobriu o golpe?Depois que enviei minha documentação, eles me infor-

maram que eu precisava pagar 1% da quantia. Falei que eu não tinha o valor e eles dividiram. Cheguei a depositar mais de R$ 1.000. Depois disso, ninguém mais entrou em contato, fiquei tentando vários dias e nada. Foi aí que eu fui ao Pro-con e descobri que tinha várias pessoas como eu. (IC)

O tEMpO - p. 24 - 03.02.2012Golpe financeiro.Dois dias depois de a polícia fechar financeira suspeita de golpe, atividades são retomadas

Filadélphia continua na ativaAtendente ofereceu empréstimo com desconto na folha de pagamento

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MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

Durante os trabalhos, poderão ser apresentadassugestões, denúncias e reclamações

Instalada audiência para Correição Ordinária Geral

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O corregedor-geral de Justiça, desembargador Alvim Soares, participará da audiência pública no Fórum Lafayette

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Juiz decreta prisão de empresário em Itabira

Compra frustrada motiva indenização

MINAS GERAIS 7JUSTIÇA

PÁGINA PREPARADA PELO CENTRO DE IMPRENSA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS

Durante os trabalhos, poderão ser apresentadassugestões, denúncias e reclamações

Instalada audiência para Correição Ordinária Geral

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O corregedor-geral de Justiça, desembargador Alvim Soares, participará da audiência pública no Fórum Lafayette

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O tEMpO - 1ª p. E p. 21 E 22 - 03.02.2012HORROR. Filhos do casal ouviram briga que antecedeu o assassinato

Procuradora é morta após pedir proteção contra maridoCarreira de Ana Alice estava em ascensão

Nova Lima. Fim do casamento teria motivado assassinato; foragido, empresário está com prisão decretada

Procuradora é assassinada pelo marido dentro de mansão

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SÃO PAULO e BRASÍLIAA Secretaria de Administração Penitenciária de São

Paulo vai abrir uma investigação interna para apurar o caso de uma presa que estava algemada à cama logo após o par-to. Grávida, Elisângela Pereira da Silva, 32, foi presa em dezembro após furtar duas bonecas Barbie, um chuveiro e quatro frascos de xampu de uma loja.

No sábado, ela deu à luz a uma menina no Hospital Es-tadual Professor Carlos da Silva Lacaz, em Francisco Mora-

to. Mas continuou algemada.O caso foi revelado pela TV Record e publicado ontem

pela “Folha de S.Paulo”. Em vídeo, mesmo debilitada e com o corte visível da cesariana, ela aparece algemada à cama pelo braço e pela perna direita. Resolução da ONU diz que é vedado o uso de instrumentos de contenção antes, durante ou depois do parto. A Secretaria de Políticas para as Mulhe-res, vinculada à Presidência, informou ter enviado ofício ao governo de São Paulo pedindo punições para o caso.

O tEMpO - p. 13 - 03.02.2012

MÁRCIA XAVIER

Um major do Exército de 41 anos está sendo denunciado pelo Ministério Público (MP)Estadual pelo crime de exploração sexual. Segundo a denúncia, o militar teria se envolvido com uma adoles-cente de 14 anos que estudava na escola em que ele trabalhava, em

Juiz de Fora, na Zona da Mata.Conforme o MPE, o crime ocorreu em 2010, quando o major

teria levado a menina para motéis da cidade. O pai dela chegou a registrar um boletim de ocorrência na época.

Se for condenado, o major, que é casado, pode pegar até dez anos prisão.O processo corre em segredo de Justiça.

O tEMpO - p. 25 - 03.02.2012 Juiz de Fora

Major é suspeito de abuso sexual

Direitos humanos

Presa é algemada após parto em São Paulo

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A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou na quarta-feira recurso de Fernanda Gomes de Castro contra a sentença de pronúncia que determinou que os oito réus do caso da morte de Eliza Samudio sejam julgados pelo Tribunal do Júri de Contagem. Segundo o TJ, foi o terceiro recurso da ex-namorada do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza negado.

Conforme o TJ, se não houver recursos internos no prazo máxi-mo de 15 dias após a publicação da decisão - o que deve acontecer em 10 dias -, o processo será encaminhado à 3ª Vice-Presidência do TJ, já que Bruno, sua ex-mulher Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o primo Sérgio Rosa Sales entraram com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fernanda teve mais um recurso negado na Justiça mineira

O CASO bRUNOEliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010 quando teria saído

do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano an-terior, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, então com 4 meses, estava lá. A mulher do goleiro, Dayan-ne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na pro-priedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do go-leiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo

a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem con-siderados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Sou-za, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à po-lícia, decidindo falar apenas em juízo.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos ini-cialmente, a investigação apontou a participação de uma namorada do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida. O Ministério Público concordou com o relatório policial e ofereceu denúncia à Justiça, que aceitou e tornou réus todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela parti-cipação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado.

No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal, e seu amigo, três anos de reclusão por cárcere privado. Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola serão levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson também irão a júri popular, mas por sequestro e cárcere privado. Além disso, a juíza decidiu pela revoga-ção da prisão preventiva dos quatro. Flávio, que já havia sido liberta-do após ser excluído do pedido de MP para levar os réus a júri popular, foi absolvido. Além disso, nenhum deles responderá pelo crime de corrupção de menores.

Jb ONLINE - RJ - CONAMp - 03.02.2012

Ex de Bruno tem terceiro recurso negado na Justiça de MG

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O tEMpO - p. 19 - 03.02.2012

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FOLHA DE Sp - p. A2 - 03.02.2012

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Antônio Álvares da Silva O ministro Lewandowsky declarou que, na condição

de revisor do processo do chamado “mensalão”, possivel-mente não terá condições de julgar os réus a tempo de evitar prescrições. Só o relatório do ministro Joaquim Barbosa, relator, tem mais de cem volumes e já foram apresentados quatro embargos de declaração, 17 embargos regimentais e oito questões de ordem, quase todos negados.

O ministro Lewandowsky afirma que, na condição de juiz, não pode condenar ou inocentar ninguém antes de ler os autos, admitindo que terá de começar do zero para ler vários e maçudos volumes que demandam tempo, atenção e paciência.

Tem toda razão. Não se pode exigir de juiz algum que julgue sem saber o que está julgando. Isto seria um re-trocesso à barbárie, pois o Judiciário existe para decidir com base e conhecimento de causa, devendo o juiz funda-mentar seus pontos de vista com elementos dos autos e da doutrina.Porém, não se pode esquecer que a Constituição da República, que todo juiz jurou fazer cumprir ao tomar posse, garante a todos os cidadãos a duração razoável do processo e os meios para assegurar a celeridade de sua tramitação: art. 5º, CXXVIII.

Portanto, cabe ao Judiciário não só julgar com rapi-dez, mas também criar os meios e procedimentos para este fim. E aqui entra o grande problema do Judiciário enquan-to Poder da República, sob cujos ombros pesa esta obri-gação.

Não se pode ouvir em silêncio que um ministro da mais alta corte afirme que não dá conta de julgar crimes em tempo hábil para evitar a prescrição, principalmente quando não é por culpa pessoal sua que o processo se ar-rasta.Aqui o leitor vê a necessidade da profunda mudança que o Judiciário tem que sofrer, sob pena de perder sua autoridade de Poder da República. Este empenho é de to-dos nós: cidadãos, professores, juízes e, principalmente, do Congresso Nacional. Não se trata simplesmente de mu-dar um código de processo. Isto vai trazer muito pouco. É preciso uma nova mentalidade, pragmática, sensata, que se baseie em resultados e não formalidades teóricas que a vida moderna há muito já superou.

No caso concreto, se um ministro não dá conta de jul-gar sozinho, por que o regimento interno do Supremo não prevê a possibilidade de se criar uma comissão de juízes de todas aos instâncias, segundo indicação do relator, para ajudá-lo na apuração dos fatos?

Por que não convocar os melhores peritos em todas as áreas para ajudar o ministro na determinação dos fa-tos? Tudo isto é plenamente possível e está previsto na Constituição, que não só quer a solução em tempo razoá-vel, como também autoriza os meios necessários e o pro-cedimento mais adequado para este fim. Várias mãos em conjunto fazem o que somente duas não são capazes de

fazer.Por que o Congresso não vota logo, em regime de ur-gência, a emenda Peluso, que é o remédio adequado para grande parte dos problemas do atraso do Judiciário?

Por que não se prevê a execução definitiva das sen-tenças de primeiro grau, até um certo valor, criando-se um fundo para garantir o que foi pago de volta, caso haja pro-cedência de recursos em instâncias superiores?

Meios não faltam e já poderiam estar aí para resolver o problema. Então, por que não se adotam tais medidas? A resposta é muito simples: a eficiência do Judiciário vai mexer com os interesses de muita gente que vive da pro-crastinação das demandas e da demora das decisões. Há que se ter coragem para enfrentar este lobby. Caso contrá-rio, nada se fará em tempo algum.

Ao Judiciário cabe, como fez o ministro Lewando-wsky, denunciar estas mazelas, pois o juiz está longe de ser o único culpado nesta sequência de erros que tem como epílogo a negação da prestação jurisdicional.

Não podemos admitir que o Judiciário declare que não está mais em condições de desempenhar seu papel constitucional. O povo tem que reagir e é dever de todos colaborar para sanar o mal coletivo.

Caso contrário, chegaremos ao ponto de declarar so-lenemente que a impunidade é a regra no Brasil. Que os crimes prescrevem sem sanção e que os criminosos gozam do direito à liberdade e à reincidência. E ainda que as obri-gações civis não são mais obrigatórias.

Nesse dia, saberemos também que perdermos o mais precioso dos bens de todos nós: o estado democrático de direito e que somente nos resta o retorno ao tempo das cavernas da barbárie.

HOJE EM DIA - p. 12 - 02.02.2012Falência do Judiciário

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Uma das explicações para a lentidão da tramitação das ações e a morosidade na exe-cução das sentenças é a falta de juízes em número suficien-te para dar conta do aumento do número de processos. Esse problema é mais grave na pri-meira instância das Justiças estaduais, que recebem anual-mente cerca de 18 milhões de novas ações.

Segundo levantamento do Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ), em pelo menos 12 Estados os Tribunais de Justi-ça não têm conseguido preen-cher as vagas dos juízes que se aposentam. Os presidentes dessas cortes alegam que não dispõem dos recursos necessá-rios para a realização de con-cursos anuais para a seleção de novos magistrados. Alguns presidentes também lembram que, quando há alguma sobra orçamentária, nem sempre podem selecionar novos ju-ízes, pois sua efetivação au-menta as despesas de custeio e as cortes já estão próximas do limite de 6% que a Lei de Responsabilidade Fiscal esta-belece para os gastos do Judi-ciário com folha de pagamen-to. Isso geralmente acontece quando a direção do tribunal dá preferência ao aumento de salários, em detrimento do atendimento dos cidadãos que procuram a Justiça.

No Tribunal de Justiça de São Paulo, o maior do País, com 1,9 mil juízes, será fei-to concurso para preencher 193 vagas de juiz substituto de 1.º grau. No Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, há 550 magistrados na ativa

e 110 vagas não preenchidas. No Rio de Janeiro, onde o úl-timo concurso foi realizado em 2008, há 184 vagas. Em Pernambuco, há cerca de 150 vagas disponíveis e no Pará, 146.

O problema não se res-tringe às Justiças estaduais. No Juizado Especial Federal da 3.ª Região, com jurisdição sobre São Paulo e Mato Gros-so do Sul, há 25 vagas de juiz titular e 25 de juiz substituto. Segundo o CNJ, há 1.076 car-gos de juiz titular e juiz subs-tituto não preenchidos em todo o País.

Além das restrições orça-mentárias, os dirigentes das Justiças estaduais afirmam que, quando os concursos são finalmente promovidos, par-te das vagas oferecidas aca-ba não sendo preenchida por causa do baixo nível técnico da maioria dos candidatos. No último concurso do Tri-bunal de Justiça de Goiás, o índice de reprovação foi tão alto que 50 vagas não pude-ram ser preenchidas por falta de candidatos habilitados. Em seu último concurso, o TJRJ ofereceu 50 vagas - e, dos 2.303 candidatos inscritos, só 3 chegaram à penúltima fase.

Em média, os juízes em começo de carreira recebem salários de R$ 19,6 mil, além dos benefícios e vantagens funcionais. Como há mais de 1,1 mil faculdades de direito no País e a oferta de bacharéis no mercado é muito maior do que a demanda por seus servi-ços, o alto salário da magistra-tura acaba atraindo milhares de advogados recém-forma-

dos para os concursos. Mas, segundo os especialistas, só consegue passar quem teve pelo menos três anos de pre-paração em cursos especiali-zados.

O problema gerado pelas restrições orçamentárias para a realização de concursos para a magistratura e pela falta de qualificação dos candidatos está criando um círculo vicio-so em alguns tribunais. Como não há juízes em número su-ficiente, os que estão na ativa acabam assumindo duas ou até três comarcas, recebendo adicionais e outras vantagens financeiras. Isso os leva a ga-nhar acima do teto fixado pela Constituição, que é de R$ 26,7 mil. “Estamos diante de uma escolha de Sofia: ou você paga ao juiz para acumular funções ou deixa o juízo sem juiz”, diz o presidente do TJRJ, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos.

Por isso, alguns juízes de primeira instância não te-riam interesse na realização de concursos, uma vez que perderão dinheiro se deixa-rem de acumular comarcas. O mesmo ocorre na segunda instância, pois a prerrogativa de escolher quem irá acumu-lar comarcas aumenta o po-der de alguns dirigentes dos Tribunais de Justiça. Assim, o rigor excessivo das provas de seleção e o consequente não preenchimento de todas as vagas disponíveis acabam sendo convenientes para juí-zes e desembargadores. Cabe ao CNJ avaliar a extensão do problema e propor soluções para o caso.

O EStADO DE Sp - ON LINE - 02.02.2012A falta de juízes

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DIÁRIO DO COMÉRCIO - p. 10 - 03.02.2012

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