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7/21/2019 004071 Completo
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Ie ne fay rien
sans
Gayeté
(Montaigne, Des livres)
Ex Libris
J o s é M i n d l i n
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I. 1'info M onte iro | | .1. M K ei re iia < <- fjwtlH-
ALMANAQUE
D O
"PORTUGAL"
I.uzo-Brazih*n<
7/21/2019 004071 Completo
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M Y P O G R A P H IA M I R A N - O A ^ I
I V ( I S M V « I ii «ratei»
Antônio H de Miranda
{i.X i N
v
- 1 ° «*«» N o v e m b r o
Executa todo o qualquer traba
lho typographico, encadernação,
pautaçae r l iv ros de qualquer es
pécie.
Preço» O H mais ranoavr i* a qual-
nuer estabelecimento eoiiirenere.
Vendas só a dinheiro
PARÀ-BELEM
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u
<•• Ano n i n o n S n
• '• •••
hmm de Castro
1918
— 3 T ~
U I l B ^ d U
. |.
pinto Monteiro ~
7
F~
ti.
n
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A L M A N A Q U E
- D O —
" P O R T U G A L "
Luzo-Brazileiro
PABA 1918
Publicação ilustrada, cientif ica,
charadistica, literária
e
infor-
n iaçõis de interesse geral. = ^
PARA-BRAZIL
Impresso
na Typ.
MIRANDA
Antônio'
H«
de Miranda
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Toda a correspondência rela
tiva ao Almanaque, deve
ser
endereçada á Redação " P O R
T U G A L " - P a r á - B r a z l l . =
7/21/2019 004071 Completo
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Z^—T
r~rnr
5 A o r o m p e r c T a u r o r a
>
N
ÓS estamos na aurora da vida. I? ainda
de sobre os paramos distantes onde o
sol costuma aparecer, que nós falamos.
O almanaque pYezente não é uma publi
cação orijinal, é um almanaque vulgar—nada
no mundo é mais orijinal, nem mesmo um
elixir de longa vida.
N ad a prometemos, porque nada nos pro
meteram : temos a convicção de que este lívri-
nho continuara circulando todos os anos, ex-
cluzivamente por nossa vontade e esforços,
pois pensamos ser este um dos mais úteis im
pressos dos tipos de Guttemberg.
G aran tim os ap enas que cada ano passado,
o Almanaque do PORTUGAL—luzo-brazileiro
compensará melhor os 2.000 Rs. despendidos.
Bon jour e até ao ano.
• ^ p
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^ K ^ j ^ ^ d ^ j S ^
.^à&L. 4f e ^ . 2ÉS.
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mmmmmmmmmilimmmíi
s§
Expediente geral
Colaboração
Toda a colaboração que diga respeito á
pa rte l iterária do Alm atiaque do
P O R T U G A L ,
deve
ser remetida á Redação do "Portugal"— Pará-
Brazil.
Não é necessário citar rua e numgro, pois
o jornal
Portugal,
orgam da colônia portugueza,
é conhecido em todo o Brazil, mormente no
Norte. A colaboração em proza ou verso deve
ser pequena (uma pajina no máximo) e fica ao
alvitre da direção o publical-a ou não.
Os orijinais devem ser enviados até 30 de
Junho de cada ano, afim de se proceder á seleção.
Novas publicaçõis
Com este t i tulo publicaremos anualmente
detalhadas notas sobre as publicaçõis de qual
quer espécie que nos sejaíif enviadas.
Nos domínios de Oedipo
O Almanaque do PORTUGAL—luzo-brazi
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Almanaque do PORTUGAL •=•=• *9*»
rezum ida agora, m as am pla e bem coordenad a
nos anos sequentes.
T o d a a correspondênc ia pa ra esta secção
(orijinais ou decifraçõis) de ve ser rem etid a a
Jocastro— Redação do PORTUG AL— Pará-Brazü
—até ao dia 30 de Junho no máximo.
Inst i tuiremos este ano apenas um prêmio:
uma obra encadernada magnificamente de Blasco
Ibanez, Daudet ou Zola, que ficará á escolha do
vencedor, não só o autor, como o titulo do livro.
Este prêmio será conferido aquele que primeiro
nos enviar todas as decifraçõis, cuja data veri
ficaremos pelo carimbo postal.
Não se acei tam charadas sincopadas, afere-
zadas, em terno, apocopadas, aumentativas e elé
tricas.
As listas de decifraçõis devem vir escritas
dum só lado e somado o total.
Colaboração em verso
T o d a a colaboração em verso referente á
parte literária do "Almanaque", deve ser endere
çada a
Jopim— Redação do PORTUG AL— Parar
Brazil.
E' conveniente avizar que quem não sou
ber regras métricas faça o favor de não enviar
este gênero de trabalhos.
^m -
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• i t l I l l t l i l l l l l i l I I l l l i i l f i f l l l f l l l l l t l i l l l i l l i l M l l l i l l i i i i i i r t i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i t i i t t i i i t i i f t i i i i i i »
GRANDE HOTEL
P R A Ç A D A R E P U B L I C A
i i m i t i i i i t
O G R A N D E H O T E L , si tu ad o n o p o n t o m ais con -
;, > .corr ido d a c ida de , cuja . co ns tru cçã o,
e in t e r r e no i so l a do , oc c upa ndo todo um qua r t e i r ã o ,
obedMjt f j a todos os r equ is i tos modernos
de a rch i te t i í r a , acc om m od açõ es è hy gie ne , o f fe rece
' todo o confor to dese jáve l ao v ia jan te .
Q u a r t o » m o b i l a d o s c o m t o d o o c u i d a d o e e l e p i c i a
: , L u x u o s o S a lã o d e R e c e p ç ã o
'
R e s t a u r a n t e a m p lo o v e n t i l a d o . — A m o r í c a n - B a r . — V a s t a s T e r r a s s s s .
In s t a l la ç õ e s s a n i tá r i a s d e p r im e i r a o r d e m .
C o s in ha e u r o p éa - El e v s d o r "-T e n n i s C o ú r t"
Ponto de
bonds
para todas as direcções
— C e n t r o d o s t h e a t r o s e c a s a s d e É e r s õ i s —
P r e ç o s r r í o d i c o s
Fazem-se concessões especiaes para famíl ias
ou longa es tadia .
O « Gr an d e Ho te l» é o ma io r
e ma i s imp o r t an t e d o No r t e d o B r az i l
e o único que apresenta a fe ição e confor to
1
d o s m o d e r n o s h o t é i s e u r o p e u s .
E n d . T e l e g r . A R T A N C A R — T e l è p h o n e 3 9 T — C a i x a P o s t a l 6 6 0
C ó d i g o s : A . B . C . 5 . u > E d i t . , l i e b e r ' s , S i m p l e x e R i b e i r o
Teixeira, Mart ins & C.
a
proprietários
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G r a n d e F a b r i c a d e M o v e i s
- D E
J. S. de F re itas & C
Um a das m ais importantes secções das Grandes
Fabricas Freitas Dias
M o b i l i á r i o s p a r a t o d o s n m i s t e r e s : s i l a s , d o r m i t o r i u , v a ra n d a s ,
g a b i n e t e s , e t c r í p t e r i n e c a s a s c o m m s rc ia s s .
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H I I M I M a i M M I M l i t M I l t t t i t e M S I I I M t t i l l l l M I t M I M H M » »
SAPATARIA ROMA
- D E -
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P r ó x i m o á p a r a d a d o s b o n t ls — f l e d u ct jp J
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igi8 ===== Almanaque do PORTUGAL
C o r t e z , Coelho & C .
a
CASA
BANCARIA
R u a 16 de Novembro , 44—Pará
CALENDÁRIO
-j-i JANEIRO
| - j -
'* • ? ' • ' • 'I * f 1____J
X
i
—
Terça
—
Circuncizão
do
Senhor.
2 —
Quarta—S
;
Izidqro, B, M.
3 —
Quinta—S.
Antero,
P. M.
4—Sexta—S. Gregorio, B. Quarto minguante.
5—
Sábado
—S. Siniião Èstelita.
6 — D O M I N G O — D ia de Reis, - \
7—Segunda—S. Teodorol Àbrem-se os tribu
nais
e
permitem-se cazam.—solenes.
8— Terça — S. Lourenço Justiniano.
9—
Quarta—S.
Julião,
M.
r
.
IO — Q u i n t a— S . Paulo, S. Gonçalo d'Amarante.
j i —
Sexta— S. Hijino.
12—Sábado—S. Sátiro, M. Lua nova.
1 3 — D O M I N G O — S
to. Hilário, B.
14—
Segunda-r-S.
Felix
de
Nole,
M.
1 5
—
Terça
—Sto. Amaro,
Ab.
16 — Quarta
—Os
Ss.
Mártires
de
Marrocos.
17 — Quinta—Sto. Antão, M.
18—Sexta—Ss. Leonardo, Beatriz e Margarida.
19—
^Sábado
—S. Çanuto,
M. Quarto,crescente.
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IO
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
1918
GARAGE
"COELHO"
Telephones 356, 514 e 595
21 —
Segunda—
Sta. Ignez, V. M.
22 —
Terça
— S . V icente .
23 - - -
Q u a r t a
—S. Raimundo, Sto. ' I ldefonso.
2 4 —
Q u i n t a
—Nossa Senhora da Paz .
2 5 —
S e x t a
—A conversão de S. Paulo, Ap.
2 6 —
S á b a d o —
S. Policarpo, B. M.
27—
D O M I N G O —
(Sephtag.) S, Joã o Chrys. Lua
cheia
2 8 — S e g u n d a — S. Cirilo, B
29
—
Terça-^-S.
Francisco de Sales.
30
— Q uarta —
S. Felijc, S t a M artinh a.
31
—Q mnia—
K
S.
Pe dro No laspo, M.
-J 1918
FEVEREIRO
r?j?
28 Dias $-
1 —
S e x t a —
Sto. Inácio, B. M. Sta. Brijida.
2— Sábado—Purificação dé N. Senhora.
3 — D O M I N G O —
(Sexag)
S. Braz.
Quarto ming.
4 —
Seg u n d a
—Sto. André Corsind, B.
5 —
Terça—
Sta. A gu eda, V-, S. Ped ro Batista
e seus 23 comp.
-6 — Quarta — As C ha ga s dé ̂ Cristo, S ta . Do-
rotéa.
j
7 —Quinta—S.
Ro m ualdo , Ab., S. R icardo .
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a
9
i8
===== Almanaque
do
PORTUGAL
= = =
xx
Corte^ Coelho & C.
a
C A S A B A N C A R I A
R u a 18 de N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
q —^Sd^bàdo-^-Sià,
Apdl<?ma, V. M.
:io ^Iw líIlSfG O —
{QumojStà , .
Escolast ica,S.Gui
lherme.
I I
—
Seg-tmda
—S. Lázaro,
B.
Lua
nova.
12— Terça— (En tmdo) Ss. Eulalia, Luciò.
-73—
Quarta
—
(ÇwÊzas)
S. Gregor io l i , Sta. Ca*
thar ina
de
Ricçi
a B.
Verediana.
iA—Qtiwta
—S. ValentSm. '"; '
1 5 —
S e x t a —
T r a s l .
de Sto.
A"n'ton.io,
Ss.
Faus t i -
110 e Jovi ta , Mm.
.16 —
Sábado
—Sto. Porârio, M„
17 -rr D O M I N G O —
(i.
a
de
Quaresma) S.
Faus t ino
xh—Segunda—
S. Teotonio t v prior da San ta
Cruz, Coimbra).
^aSfio * cresc
19—
Terça
—Ss. Çonrado, Honoratot Valerio.
20 —
Q uarta
—Ss. Eleuterio, Euquerio
21 —
Q u i n t a
—S. Maximiafio
22 —
Sex ta
—A Cadeira de S. Pedro em Antioqu ia,
23 —
Sábado
—Ss. Pedro Damião
e
Lázaro, monje.
24
— D O M I N G O — S .
Pretextato.
25 —
S e g u n d a
—S. Cezario.
2 6 —
Terça
—S. Torqua to .
Lua
cheia,
2 7 —
Q u a r t a
—Ss. Leandro, For tunata .
28 —
Q uinta
— Trasl. de S to. À go stinh o, S. R om ão>
7/21/2019 004071 Completo
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í2 = Almanaque do PORTUGAL = = '9*8
GARAGE "COELHO"
Telephones 356, 514 e 595
1918
M A R Ç O
P
Sf Dias
¥
i —
Sexta—
-Ss. Eu do xía, Ad rião
r
M.
2—
Sábado —
S, Sim píicío, P.
3
—
D O M I N G O — S . Emiteríoi e S. Martinho.
4— Segunda—
S. Cazemiro, S. Lúcio.
5 —
Terça
—
S . Teofilo.
Quarto minguante.
6
— Q uarta—
Ss. Cirflio, O Jegario e Coleta.
7 — Q u i n t aT-S. Tomaz d"Aquino.
8—
Sexta—
S. João de Deus.
9 — S á b a d o — Sta. Ffahcísca Romana,
i o — D O M I N G O — S .
Mílitão e seus 39 comp, Mm.
11
— Segunda—Ss.
Constantino e Firmino.
12
—Terça
—Ss. Eulojío
e
G regorio.
Lua
nova.
13 — Quarta—Ss.
Ro drigo, Eufrazia; o B. Ro-
jeriò.
14
—Q uinta—
Trasl. de S. Boaventura. Sta . Ma
tilde.
15 —
Sexta—
S.
Zacarias, S.
Longuinhos .
16—
Sábado—
Ss. Abraão e Ciriaco.
17 — D O M I N G O
— (Lázaros)
S. Patrício, A p. da Ir
landa.
18— Segunda—
S.
Gabriel Arcanjo,
S.
Narcizo
19— Terça—
S.
Jozé.
Q uarto crescente.
20—
Quarta—
S.
M artin ho Dtnniense.
•21 — Q uinta—S. Bento. Começa o Outono.
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igiS
A lm anaque do P O R T U G A L = = 13
Cortez, Coelho
&
C.
a
CASA BANCARIA
R u a 1S d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
23 —
Sábado—S.
Felix, S. Libera
to.
24 — D O M I N G O — (Ramos) S. A ga pito ; S . Marcos.
25 —
Segunda
—
Anunciação de N oss a, S enhora
26
— Terça
—Ss. Brairiiô, Manuel e Ludjero.
27 — Q uarta— (Trevas)Sto. Alexandre. Lua cheia
28—
Quinta—(Endoençcà)
S s. Ba raquias e Do-
rotéa.
29— Sexta
—
(PaixãoJ
Ss . Eu staqu io e V itoriano
30 —
Sábado—(Aleluia)
S . Jò ãó Climáeo.^
31—DOMING© — (Páscoa) Ss. Benjamin, Guido
e Balbína.
A B R I L
^
•5J 1918 iÕ D iãsl f
1 —
S e g u n d a
—Ss. Hugo e Macar io .
2 —
Terça
—S. Francisco de Paula.
3 —
Q u a r t a
—Ss. Afiano e Pancracio.
4 —
Q u i n t a
—Sto. Ambrozio .
Quarto minguante.
5 — S e x t a —S. Vicente Ferrer .
6 —
Sábado
—Ss. Celestino'e Marcelino.
7—DOMINGO— (PasWsÊã
S.
Epifanio.
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1 4
A l m a n a q u e
d o P O R T U G A L = = = = Ü ? f ?
G A R A G E "COELHO"
Te ie phoné s 356 , 514 e 595
i o —
Q uarta—
Sto. Ezequiel.
i i —
Q u i n t a —
S. Leão Magno.
Lua nova.
1 2 —
S e x t a
—Ss. Coàstantino Júlio e Victor.
13 — Sábado — Hermenejildo.
14 — DOMINGO—{Bom
Pastor)
S. Tiburcio e S.
Lamberto .
1 5 —
S e g u n d a
—Ss. Bazilio,-Bento Labra e Eu-
tiquio.
r~
16 —
Terça
—S. Frutuozo, Sta. Engracia.
17 — Q u a r t a — Ss. Aniceto e Elias.
18
—
Q uinta—
-Sto. Apolonio.
Quarto crescente.
1 9 —
Sex ta —
Ss. Jorje e Leão
20—
Sá b a d o —
Ss. Marcelino e Serviliano.
* 2 r—D O MIN G O —St o . Anselmo.
22 — Seg u n d a—Ss. Apeles, Caio e Leonidas.
23 —
Terça—
S. Jorje.
24 —
Qu a r ta
—Ss. Alexandre, Fidèlio de Sigmar-
fugen.
2 5—
Qu in ta
— S. Adriano.
2 6 — S e x t a —S. Pedro de Rates . Lua cheia.
27—
Sábado
— Ss.
Antemio, Tertul iano e To-
ribio.
28— DOMINGO
—Ss.
Didim o, Pau lo da Cru/..
2 9 —
S e g u n d a — S s .
Hugo e Rober to .
30—
Terça—Ss. Eutropjo, Máximo, Peregrino,
Catarina de Sena. "
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i g i 8
Almanaque do PORTUGAL
15
Cortez, Coelho &C.
a
CASA BANCARIA
R u a
16 de Novembro, 44—Pará
1918
MAIO
"^F
31 D ias $-
i
—Quarta
—Ss. Filipe e Thiago.
2—
Quinta
—Ss. Atanazio, Mafalda.
3—Sexta—Sto. Alexandre. Quarto minguante..
4—Sábado—Sta. Monica.
5 — D O M I N G O — C o n v e r s ã o de>Sto. Agostinho.
o —
Segunda
—S. João Damaseeno.
-
t
7 — Terça—Ss. Agostinho, Estanislau.
8—Quarta—Ss. Cebrino, Deziderjo e Elada.
9—
Quinta
—
(Ascenção)
S. Gregorio Nazian-
- zeno.
io —
Sexta
—Ss. Antônio, Aureliano.
Lua nova.
i i —Sábado—Sto. Anastácio.
t2 — D O M I N G O — S s . Achileu, Epifanio.
13 —Segunda—N. Senhora dos Mártires.
1 4 — Terça—S. Bonifácio.
15—
Quarta
—Ss. Indaleto, Isidro.
16—
Quinta
—Ss. Honorio, João Nepomuceno.
17—Sexta—S.
Pascoal Bailão. Quarto cr esc.
18 —Sábado— Ss . Felix de Cantalicio, Venancio
1 9 — D O M I N G O — ( E s p i r i t o Santo) Ss . Ciriaco,
Pedro Celestino.
"•'
%
7/21/2019 004071 Completo
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16
Almanaque do
P O R T U G A L ^ ^
W *
GARAGE "COELHO"
Telephones 356, 514 e 595
22—
Quarta—
Ss . Romão , E imha .
#
2 3— Quinta— S.
Bazilio, S. Dizideno.
24 — Sexta— Ss. Cláudio, Donacianol*-
25
— Sábado—
S. Bonifácio.
Lm cheia.
26
— D O M I N G O — (Santíssima Trindade)
S. Agos
tinho.
27 —
Segunda
— Páscoa do Esp. Santo.
28
— Terça— S.
Germano.
29
—
Q uarta
—
S.
Cirilio, Máximo.
30
— Q uinta
— (
Corpo de Deus)
S. Fernando
31 — Sexta— S.. Petroirila.
r—j-i JUNHO
ü\
1918 { Li I I
[80DÍM[S.
1 — Sábado— S. Fi<rmo. Quarto minguante.
2 — D O M I N G O — S t o . Erasmo, S. Marcelino de
Jezus
3 — Segunda— S s. Ceeilio, Clotilde, Ovidio.
4
Terça
— S s. A lexan dre, Fran cisco, C araciolo.
5—
Q u a r t a
—Ss. Bonifácio, Marciano.
6
—Q uinta—
S& Clamáio, Noberto.
7 — Sexta—{Coração de Jezus) S.
Giberto.
8 —Sábado— Ss . Salust iano, Severino.
9 —DOMINGO—
S.
Ju l iano .
Lud nova.
10— Segundar—Ss. Evremuaido, Margarida rai
7/21/2019 004071 Completo
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igi8 = = Almanaque do PORTUGAL ===== 17
Cortez, Coelho & C.
a
CASA BANCARIA
R u a
18 de
N o v e r h b r o , 4 4 — P a r á
ii—
Terça
— S.
Bernabé. >
12— Quarta—Ss. Adolfo, Onofre.
13—
Quinija-^-Sto.
Antônio de Lisboa.
14—
Sexta-~o$,
-. Bazilio M agno .
15— Sábado—Ss. Constantino, Modesto.
16—DOMINGO—S.
João de Rejis.
Quarto cresc.
17— Segunda—Ss. AntOnip, Bonifácio.
18—
Terça
—Sto. Agostinho
de
Cantuaria.
19—
Quarta
— Ss. Ger.vazio, Ju lia na
de
F alconeri .
20—
Quinta
—Ss. Silverio, Ronmaldo. ,
21—
Sexta
—S. Luiz Gonzaga.
Começa
o
inverno
22— Sabado—S. Paulino
23—DOMINGO—Ss.
Agripina, Jaime
24—
Segunda
—Nascimento
de [S.
João Batista.
Lua cheia
25—
Terça
—S. Guilherme, S. Prospero
26 — Quarta—Sto. Antelmo, Ss. João e Paulo.
27—
Quinta
—Sto. Ladis lau, rei da Hungr ia .
28—
Sexta
—S. Leão
II, Sta.
B enigna
29—
Sábado—S.
Pedro e S. Paulo, Ap.
3 0 — D O M I N G O - ^ - S S . Marcai, Emiliana.
J U L H O
?f?
-> | 1918 , 81 D ias[$.
1— Segunda—S. Júlio. Quarto minguante.
7/21/2019 004071 Completo
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i 8
Almanaque d o PORTUGAL =====
J
9 ^
G A R A G E
"COELHO"
Te le phone s 356 , 514 e 595
3 —
Q u a r t a
— S . An a to l i o , S . J ac in to .
4 —
Q u i n t a
— S ta . I záb e l d e P o r tu g a l .
5 —
S e x t a
— S s . A tan az io , I r en e .
6 — Sá b a d o — S s . Anje la e Domingas .
7 — D O M I N G O — S t a . Pulquer ia , S . Cláudio .
8 — S e g u n d a —Ss. Procopio e Cel ina . Lua nova.
9 — T e r ç a —S. Cir i lo .
1 0 —
Q u a r t a
—S. Január io , M; S ta . Amél ia .
11 —
Q uinta
—Ss. Cip r iano e Sa bi no .
1 2 —
S e x t a
— S s . F e l i x e J o ão Gu a lb e r to .
13— Sábado—Sto Anac le to .
1 4 — D O M I N G O — S s .
Boaventufa , Jus to , Paulo .
1 5 — S e g u n d a—S. Camilo de Lel is . Quarto crrsc.
16 —
Terça
—Ss. S izenando e Va len t im.
1 7 —
Q u a r t a
—Sto. Ale ixo .
r 8 — Q u i n t a —S. Freder ico ; S ta . Mar inha
1 9 —
S e x t a
—S. Vicen te de Pau lo .
20 — Sábado — S . E l i a s ,
prof.;
S . J e r o n im o Emi -
l i an o , S t a . M ar g a r id a .
2 1 — D O M I N G O — S s . S ecu n d in o e V i to r .
2 2 — S e g u n d a —Ss. P la tão e Mar ia Mada lena .
2 3 —
T er ça
— S s . Ap o l in a r io , L ib o r io .
Lua cheia
2 4 — Q u a r t a — S s . B e r n a r d o e D io g o .
2 5 —
Q u i n t a —
S. Cr i s tóvão S . T iago .
2 6 — S e x t a — S s . E r a s t o , G e r m a n o e O l í m p i o .
27 — Sábado —Ss. Auré l io e Na taJ ia .
2 8 — D O M I N G O — S s .
Ce l so , Eus taqu io e Inocenc io
2 9 — S e g u n d a — S t a . M ar t a , S to . O lav o .
30— Terça—
S. Rufino.
Q uarto minguante.
7/21/2019 004071 Completo
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- igiS Almanaque
do
P O R T U G A L
= = ií>
Cortez. Coelho & C
;
a
CASA BANCARIA
R u a
18 de
N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
••>
1918
AGOSTO
« 7 ^
3 1 D i s » i*.
i
— Q uinta
—Ss. Le on is , Pe dro ad
vincula.
2 —
S e x t a
— S s . A f o n so M e L i g w i o
e
E s t e v ã o .
3 —
S á b a d o —
I n v e n ç ã o
de S to .
E s t e v ã o .
4 — D O M I N G O — S .
D o m i n g o s de G u s m ã o .
5 — S e g u n d a — S s . M e n i o e O s v a l d o .
6 —
T e r ç a —
T r a n s f i g u r a ç ã o de C r i s t a
7 — Q u a r t a — S t o . A l b e r t o , S. C a e t a n o Lua nova.
8 —
Q u i n t a —
S. C i r i aco
e
s eu s co mp .
9 —
S e x t a
— S s . R o m ã o , V e r i d i a h o .
t o — S á b a d o — S s . D o m i c i a n o L o u r e n ç o .
I I - - D G M Í N G O — S . Tiburcio, Sta. Suzana.
1 2 — S e g u n d a — S ta . C la r a , S. N u m i d i c o .
1 3 —
T er ça
— S . Hip o l i t o , C as s i an o ,
1 4 —
Q u a r t a
— S t o . E u z e b i o
Quarto crescente.
1 5 — Q u i n t a — A s s u n ç ã o de Nossa Senhora.
1 6 —
S e x t a
— S s . R o q u e , J a c i n t o .
17—
Sábado—S.
M a m e d e ,
M.
1 8 — D O M I N G O — S .
C la r a de M o n t e - F a l c o .
1 9 —
S e g u n d a
— S . ' Lu iz . *
2 0 — T er ça — S s : B e r n a r d o * J o aq u im.
21 — Q uarta
— S s. A n as t ác io , M ax im i l i an o .
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 30/211
ao Almanaque do PÓR TU GA LJ==-==^J^
S
G A R A G E " CO ELHO "
Telephones 356, 514 e 595
24—
Sábado—
S. Bartolomeu, Ap.
25—DOMIN&O—S. Luiz, rei de França.
26—
Segunda
—S. Zeferino, P. M.
27—
Terça—
S.yjosé de CalazatíS,.
28— Quarta—Sto. Agostinho.
29—
Quinta
— Degolação de S. João Batista. Quar
to minguante
30—
Sexta
—Sta. Roza de Lima.
31—
Sábado
—S. Raimundo de Nonato.
•í
1918
-f-i SETEMBRO
A
80 Dias f
1 — D O M I N G O — S t o . Emidio.
2—
Segunda
—Estevão Ricardo.
3—
Terça
—Sta. Eufemia.
A—Quarta
— Sta. Roza de Viterbo.
5—Quinta—Sto.
A ntônio , M.
6 —
Sexta—
Sta. Libania .
Lua nova.
7 Sábado—Ss. Jo ão d e Nicomedia, Anastácio.
8—DOMINGO—Nátiv idade de Nossa Senhora.
9—
Segunda—S.
Serjio.
10—
Terça—S.
Nicolau Tolent ino.
11
— Quarta— Sta.
Teodfira.
X2—Quinta—Ss.
Auta, Jnvencio.
il—Sexta-r-Ss. Fi l ipe, Am ado. Quarto crescente.
14—
Sábado—
Ezaltação de Santa Cruz, Ss. Cor-
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 31/211
IQI8 = = Almanaque dò PORTUGAL ===== 21
• | ' , • 1 _ _ J ; . Z ~ -
C o r t e z , C o e l h o
&
G
a
,-
CASA BANCARIA
R u a 1 8 d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
15—DOMINGO--—Ss.
Domingos Soriano, Nico-
medes.
16 —
Segunda—
Trai. de S. Vicente.
17—
Terça
—Ss. L am b er to , 'p |d ro d 'Arbués;
18— Quarta—Si Jozé de Cupertino.
19—
Quintár^Hj^
Januário. Sta. Constaaça.
20—
Sexta
—SJ Eustaquip.
21—
Sábado
—Si Mateus.
Lua cheia.
Começa a p ri
mavera.
22—DoMiNbo-T-S. Maurício e seus comp.
23—
Segunda
—S. Lino, Sta. Tecla.
24—
Terça—
Nossa Senhora das Mefcês.
25- r
Quarta
—Ss. Firmino Herculano.
26—
Quinta\—S.
Cipriano, Sto. Euzebio.
27j—
Sexta
—Ss. Cosme, Damião.
28V—
Sábado
—S. Venceslau.
Quarto minguante.
29—DOMINGO—Ss.
Miguel Arcanjo, Petronio.
30—
Segunda—S.
Jeronimo.
«*
1918
1
O U T U B R O
4-
'
31
D ias
U.
1—-Terça—Ss. Veríssimo, Máxima e Julia.
2— Quarta—Os Anjos da Guarda. Ss. Ligrio e
Teofilo.
3—
Quinta
—Ss. Cândido, Deziderío.
7/21/2019 004071 Completo
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22 sssssss Almanaque do PORTUGAL - ~~ 19
1
*
GARAGE "COELHO"
Telephones 356, 514 e 595
5—
Sábado
—S; Plácido.
Lua nova.
6 — D O M I N G O — S .
Bruno.
7—
Segunda—O
rozário de N. Senhora.
8— Terça—Sta,. Brijida.
9—
Q uarta—
Ss. Abrão, Andronico.
io—
Q u i n t a
—S. Francisco de Borja.
i i—
S e x t a —
Ss. Firmino, Germano e Nicazio.
12—
Sábado
—S. Ciprianb.
Quarto crescente.
13—DOMINGO—Ss. Daniel e Eduardo.
14—
Segunda—Ss.
Calísto, Gaudencio.
15—
Terça—
S. Te reza de Jezus.
16— Quarta-^-Ssv Florentino, Galo.
17—
Q uinta
—S. André de Creta.
18—
Sexta—S.
Lucas Evanjelista.
19—
Sábado—S.
Pedro de Alcântara.
20—DOMINGO—S.
João Cancio, S. Iria Lua cheia
21—Segunda—Ss.
H ilar íão , Leona rdo é Celina.
22— Terça—Sto. Euzebio, Sta. Maria Salomé.
23—
Quar ta—
S. Felix Graciano.
24—
Quin ta—
S. Rafael Arcanjo.
25—
Sexta—
Ss. Crispim, Crispiniano.
z6~~Sabado
—Ss. Amandio e Luciano.
27—DOMINGO—Sto.
Elesbão. Quarto minguante.
28—Segunda—Ss.
Ju da s Tad eu e Sim ão.
29—
Terça—
Ss. Feliciano e Narciza.
30—
Quarta—Ss.
Anjelo e ^rsenio.
31—
Quinta—Ss.
Afonso Rodrigues é Quintino.
7/21/2019 004071 Completo
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xgi8
Almanaque do PORTUGAL
* 3
Cortez,
Coelho & C
a
C A S A B A N C A R I A
Ru a 1 8 de N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
*í 1918 *
NOVEMBRO
'/p
HO D ias
K
i—
Sexta
—
Todos os Santos.
2—
Sábado—
Comemoração dos Fieis Defuntos.
3—DOMINGO—Ss.
Benigno, Humberto.
4—
Segunda
—S. Carlos Borromeu e Sta. Mo
desta. Lua nova
...
5^-
Terça
—S. Zacarias e Sta. Iza bel .
6 — Quarta—Ss. Gregorio
e
Leonardo.
7—
Quinta—
Ss. Amandio e F lbrehc ia
8—
Sexta
Ss.
Deodato e Godolfredo.
9—
Sábado
—Ss. Raimundo
e
T e d o r a
I O — D O M I N G O — S t o .
André Avelino,
l i— Seg u n d a—S. Mar t inho ,
B.
Quarto crescente.
12—
Terça
—Ss, Diógo e Mart inho.
13—
Quarta—
Ss. Brice, Didacio e Eujenio, B.
14— Quin ta—Trasladação
de S.
Paulo.
15—
Sexta—S.
Leopoldo.
16—
Sábado
—Sto. Edmundo."
1 7 — - D O M I N G O — S .
Gregorio.
18—
Segunda
—Ss. Hi ldo e Mande.
19— Terça—-Sta. Izabel."Lua cheia.
20—
Quarta
—S. Fel ix de Valois.
21—
Quinta
—Aprezentação de N. Senhora .
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 34/211
24
===== A l m a n a q u e d o P O R T U G A L — " *9-<&
_i~:
GARAGE
"COELHO"
Telephones 356, 514 e 595
23— Sábado- Ss. Clemente, Felicidade.
24—DOMINGO—S.
Es tanis lau Kostka .
25— Segunda—S. Catarina.
26—
Terça
—S. Conradò.
Q uarto minguan te.
27—
Quarta—
Sta. Margarida de Saboia.
28—
Quinta—
S. Gregorio III , Sto. Hilár io.
29—
Sexta—
Ss. Saturnino e Ida.
30— Sábado—S. André, AposWlo e S. Justino.
1
1 - i D B Z E M B R O A 1
1918 | U " ^ """D 81 D ias
1
Dias £
1 — D O M I N G O —
( I . ° Domingo
do
Advento)
S. E loi.
2— Segunda—S. Leoncio.
3—
Terça
—S. Francisco Xavier .
Lua nova.
4— Quarta—Ss. Armando e Barbora.
5—
Quinta
—Ss. Dalimano e Sebas.
6 —
Sexta
—Ss. Nicolau e Dionizia.
7—
Sábado*—
Sto. Ambrozio.
8
DOMINGO—
Imaculada
Conceição de Nossa
Senhora.
9—
Segunda
—Sta. Valeria d 'Aquitania.
10—
Terça—
S.. Melquiades.
Quarto crescente.
11— Quarta— Ss. Damasco, Daniel .
12— Quinta—
S. Justino, S. Corentino.
13— Sexta— Ss. Alberto e Odilia.
14—
Sabado^-Ss.
Agnelo e Nicacio.
7/21/2019 004071 Completo
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igi8 =—i— Almanaque do PORTUGAL = = 25
Cortez, Coelho & C
a
CASA BANCARIA
R u a 1 8 d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
16 — Segunda^-Ss. Adão e Adelaide.
17—7>^«-^§ | |Bar to lomeu de Geminianp,
18—(?««r&Mj8kEsperidâo.
Lua cheia.
19—
Qu in ta — ^m
Adjunto e Dario.
20—
Sexta
—S.TÍomingos de Silos.
21— Sábado—S. Tome. Começa o Estio.
22—DOMINGO-V-SS.
Flaviano e Honorato.
23—
Segunda
—Ss. Dagoberto e Servulo.
24— Terça
— S.
Gregorio.
-,-
25—
Quarta
—
Nasc. Cristo Quarto minguante-
26— Quinta—Ss. Dionizio e Estevão.
27-^Sexla
—S. João Evanjelista.
28—
Sábado
—Sto. Abel.
29—DOMINGO—S:
Tomaz de Cantuari .
30—
Segunda—
Ss. Hilário, Sabino.
31— Terça—Ss. Silvestre e Paulina.
Todos os portuguezes
d e v e m
A s s i n a r o j o r n a l
P O R T U G A L
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I N F O R M A Ç Õ I S Ú T E I S
T A R I F A P O S T A L
liei num. 2210 de 28 de D ezembro de 190»
üiuim
ít
mmpwlenii
C artas b ilh ete s . . . .
Bi lhete-postal s imples
Bilhete-postal duplo .
Amostras
Manuscritos . . .
Encomendas . . .
Jornais e revistas
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I O O
I O O
I O O
I O O
0 2 0
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MANUSCRITO é tod a; a peç a ou docu m ento, escrito
ou dezenhado, no todo ou éfti parte, sem caráter de comu
nicação atual ou pessoal.
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lados dimensão superior a 45 centímetros, sa"lvo sé forem
autos judiciais, cazo em que não terão limite de dimensãonem de pezo.' Quando os manuscritos forem aprezentados
em fôrma de cilindro ou rolo, o diâmetro não pôde exce
der de 10 centímetros, nem o comprimento ser maior de 75
centímetros.
Impressos
IMPRESSOS,
sáo reproduçõ is feitas em papel, p erg a-
minho, pano, tela, cartão, chapa, lamina ou bloco por meio
"
da tipografia, litografia,; fotografia, auto grafia , g ravu ra oupor quaisquer outros processos mecânicos fáceis de reconhe
cer, como
:
cromografíá," poligrafia, ectografia, pa pirog ra -
fia, velocigrafia e a policopia, sem caráter de correspondên
cia atual e pessoal.
Os maços
, de
impressos não podem exceder ao pezo
máximo de dois quilogramas, nem aprezentar em qualqueV
dos lados dimensõis superiores a 45 centímetros, exceto
quando forem expedidos em rolo, cazo em que o compri
mento não excederá 75 centímetros e o diâmetro de 10 cen
tímetros, salvo quando se trata de uma só obra e a mala
comportar o volume.
Jornais e Revistas
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diárias ou periódicas, de um certo formato, em folhas avul
sas ou borrachadas, destinadas a difundir informaçõis de
interesse geral sob re factos e sob re as sun tos po líticos, literários ou científicos e distribuídas, pelo -menos uma vez
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cação, em dia certo ou prazo antecipadamente fixado ;
; • 2.0 S U P L E M E N T O S — os impressos cujos textos, da mesma
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28 ===== A l m a n a q u e d o P O R T U G A L *
d o s e m f o l h a s d e s t a c a ,
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das folhas principais e guardando a me»
d a ta ̂ S S a * J ° S S & * l * P -
o d Í c a S
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São os fragmentos de artigos e objetos desirmana
dos ou incompletos, destinados a mostrar o todo de que fa-
zem parte ou a qualidade e t ipo; de um produto, cotntan-
to que não reprèzentem valor mercantil ou que o tenham
perdido por meio de inutilização. Consideram-se também
como am ostras as m atéria s filam entozas, os grão s, sementes,
estacas, raízes, bulbos, folhas ou flores secas, farinhas, sa-
bõis ou art igo s sem elhantes, q ua nd o remetidos em tâo pe
qu en a qu antid ad e qu e não possam ser objeto de comer
cio. Os tubos de soro cuja preparação e acondicionamento
os tenham tornados inofensivos, serão também admitidos
á tarifa de amostras. De igual vantajem participarão as cha
ves .izoladas.
As amo stras nã o pode m peza r m ais de 350 gramas,
nem ter dimensõis superiores a 30 centímetros de compri
m en to, 20 de la rg u ra e 10 de altura. Se o volume tiver a
fôrma
v
dé cilindro ou rolo, os limites serão de 30 centíme
tros de comprimento e 15 de diâmetro.
E n c o m e n d a s i n t e r n a s
E N C O M E N D A S
são pequenos objetos com valor mer
cantil. As encomendas não podem ter p'ezo superior a três'
quilogramas, nem dimensõis excedentes á 40 centímetros
de comprimento, 20 de largura e 20 de altura. Se aprezen-
tarem a fôrm a de cilindr o ou rolo,- po de rão ter 30 centíme
tros de com prime nto e 15 de diâ m etro.
O rejisto das encomendas é obrigatório.
O b j e t o s a g r u p a d o s
E ' pe rmitido reu nir em um só volume obietos de
na ture za diversa, ficando os volumes sujeitos á
ta™ A
n
objeto
de correspondência n ' e le contido que a t i v e r ^ « i ^
Se no volume houver encomenda será obrigatór io o re
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 39/211
i
9
t8 ~ Almanaque do P O R T UG AL «easaa: 2#
Encom endas «para P ortug al
P ezo máximo 3 quilog.; taxa 4 frs. 85 cent.; dimensõis
o
m
,6o
em qualquer face, salvo bengalas, guarda-chuvas,
plantas e mapas enrolados, que poderão ter dimensõis
mai-grces, i
m
,o5.
Assinatura de jornais, revistas e outras
publicaçõis periódicas
Todas as adtninistraçõts, sub-administraçõts e ajen-
cias de i.«, 2.» e 3.
a
classe poderão receber dinheiro
para assinaturas da jornais, revistas e outras publicaçõis
periódicas feitas noljBrazil mediante prêmio de 2 °/o sobre
o preço da assinatura do periódico e 1 ° o sobre o prêmio
para transferencia do dinheiro.
O prêmio de 2 °/o poderá ser pago pela redação ou
pelo proprietário da publicação, cuja assinatura é tomada
quando o Correio seja intermediário da publicação, ou, no
cazo negativo, pelo propri^assinante.
Valores
CARTAS—As
cartas com valor declarado, além da
taxa relativa á classe e ao pezo do objeto e do prêmio fixo
de 200 réis de cada rejistro, pagam m ais 2 °/o do valor'
n'elas incluído, nas seguintes proporçõis:
Até 10I000. 200 réis
Mais de io$ooo a isf oo o 300 »
* i5$ooo a 2ofooo. . . , . 400 »
» » 2o$ooo a 2 5 I 0 0 0 . . . . . 500 »
e assim por diante, acrescentando sempre 100 réis pòr 5I000
réis.
Valor máximo 300I000 réis.
ENCOMENDAS — As encomendas com declaração
de valor ficam sujeitas, além da taxa de porte e do prêmio
fixo de 200 réis, á comissão de 3 % do valor declarado,
não podendo a dita comissão ser inferior a 300 réis, do
modo seguinte:
Até iofooo. 300 réis
Mais de iofooo a isfooo
i$$ooò a 2oJfaoo
ao$ooo a 25I000
25I000 a 30I000
30I000 a 35$ooo
450
600
75o
900
i | o so
7/21/2019 004071 Completo
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3 0 A l m a n a q u e do^PO^TUOALj^Z-^^-
e assim por d ian te, ac r e sc e n tand o . se m pr e .
5
o réi. po,
5$ooo r é i s . Va lor máximo 5°°*** '
r
^
o r e s
,w v a t e » - n o m i -
V A L E S N A C I O N A I S - O s tomau
^ ^
nais
ou ao
por tador — pagar ão
um
premi
,
g u i n t e t a b e l a :
é i s
Até 25$ooo
6QO t
'
S
°t^i •• .'•'•• 1* »° »
» 100I000
I
. 2JU000 : : • • . - '
2
*°°° '
* 300*000
2
{ 5 o o
>
» 400*000
-/
3*°°°
n 500*000 . . . , . . ' • -.,-•'• ^50500 »
» 600*000 . . .• ,
. • -.». « • - 4*°oo
• 700*000 . . . . . * ; ••* -?> - T 4*5°°
800*000 ....
.irȒ-
:
*-.-?•
5*°oo »
900*000 j
. 5*500
»
» 1:000*000
6*000 »
e assim
por
d iante , acrescentand o
500
réis
por
100*000
réis
ou
fração d 'esta qua ntia.
O valor máximo de cada vale nominal será: de 2:000$
réis quando t iver
de ser
p a g o
na
D iretoria, Adm inistraçõis
e Sub-Administraçõis; 1:000*000 réis
nas
Ajencias
de 1.*
c lasse ; 500I000 ré is ,
nas
Sucursais
e
Ajencias
de 2.
a
classe
e
de
200*000 réis ,
nas
ajenc ias
de
'3.** cl ass e au tor izada s.
V A L E S AO P O R T A D O R E T E L E G R A F I C O S — Valor má
ximo : 500*000 ré is nas Ad ministraçõis de i.
a
e 2.» classes;
200*000 réis
nas
outras Administraçõis
e
Sub-Administra-
ç õ i s ; 100I000 réis nas Suc ur sa i s e Ajencias de i.f classe
e 50*000
nas de 2.
a
e
3." c lasses.
Os vales telegráficos
pagarão, a lém
dos
prê m ios acima
a taxa
do
te legrama , conforme
a
tarifa respetiva.
V A L E S I N T E R N A C I O N A I S — Todas as repartiçôis au
tor izadas pagam e emitem vales contra os segu intes paizes .
A lem anh a, Áu stria, Beljica, Bo snia, Bulg ária, Cana
dá, Chile , Ej ito, França, Grão-Bretanha, Grécia, Holanda,
I tá l ia , Japão, Luxemburgo, Noruega, Portugal , Suissa
e
Tunis .
As impor tânc ias e n tr e gue s
ao
Correio para
a
con
versão
em
vale postal internac ional , serão sem pre
em
moe
da brazi le ira, convert idas
ao
c a m b i o
do dia.
Os vales posta is in ternac ionais serão val idos
até ao
4.
0
mez,
contando-se
da
data
de sua
e missão , po de n do
ser
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-*-g
r
8 ===== Almanaque do P O R T UG AL ===== 31
meiro, prescrevendo no fim de um ano,, a co nta r da da ta
«de sua emissão ou revalidação.
Pagam 25 cen timos por 50 francos ou fração e m ais
150 réis se se dezeja aviso de pagamento.
-. O valor máximo de cada vale £ de 1:000 francos ou
seu equivalente.
E x p r e s s o s
Pa ra que um objeto de correspondência procede nte
de qualquer repartição postal, seja entregue logo após a
chegada da mala, por carteiros expressos, pagará o reme
tente, além de todas as demais taxas a qae esteja sujeito
o objeto. 500 a 2*000 réis, conforme a distancia. O objeto
em que não fêr satisfeita integralmente qualquer das taxas
será entregue pelos meios ordinários, ainda que tenha pago
a taxa especial. O serviço de entrega de expressos está or
gan izado nas capitais* de todos os Es tado s {sede de adm i
nistraçõis), e nas ajencias de i.
a
classe.
Correspondência oficial
A correspondência oficial está sujeita ás seguintes
taxas.
Ofícios ou ca rtas 100 réis po r 25 gr s.
Manuscr i tos , amos t ras e
-encomendas 50 » * 50
Impressos 10 » » 50 »
Os selos para franquia d'essa espécie de correspon
dê nc ia serão fornecidos ás Repartiçô is federais m ed ian te
requizição dos respetivos chefes.
As taxas das correspondências estadoais e municia
pais serão pagas em selos ordinários.
Somente a correspondência postal pôde tranzitar
sem selo.
I M P O S T O D O S E L O
S
Selo de documentos
Continuará a ser aplicado na fôrma e segundo as
prescriçõis da lejislação em vigor, com as seguintes mo-
dificaçõis.
7/21/2019 004071 Completo
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32 • A l m a n a q u e d o P O R T U G A L = = 191&
*V
pa ga nd o-se 25 veze s o v alor t io selo , de 60 'liar
da data em que o mesmo se tornou devido ;
e)
pagando-se 50 vezes o valor do se lo, de 60 dias por
deante a contar da data da emissão.
A inutilizaçâo do selo
A estampi lha deve ser inut i l izada com a dat#e ass i
natura, escritas parte n o pap el e parte n o se lo, d e m od o
que uma e outra f iquem lançadas «por c ima das mesma*;
estampi lhas» . Os documentos , portanto , em que es es tam
pilha é colocada sobre a data e a assinatura depois de es
critas estas, evidentemente não estão se lados pela fôrma
regulamentar .
O se lo proporc ional é cobrado da fôrma seguinte :
Até o valor de 20 0* 00 0 40 0 réis
D e m ais d e 2 0 0* 0 00 a té 4 0 0* 0 90 . . . ; . . . 8 0 0 »
*
•••
4 0 0 * 0 0 0
*
6 0 0 * 0 0 0 . . . . .
1*200
-
» » 1 6 0 0 * 0 0 0 » 8 0 0 * 0 0 0 1*600 »
» » » 8 00 *0 00 » 1 .000*000 2*0 00 »
E assim por diante , cobrando-se mais 2*000 por
1.000*000 ou fracção d'esta quantia.
Atos e papeis sujeitos ao selo proporcional
Apól ices de seguro de v ida e das companhias de se
gur o Mutuo .
Bilhetes á ordem
Cartas de ordem
Cartas de f iança
Cartas de credito e abono
Contas assinadas
Contas correntes (quando demandadas)
Contas de venda dos le i loeiros
Contratos de arrendamento ou locação.
Contratos de f iançaContratos de soc iedade comerc ia l
D is trates de soc ieda de com erc ia l
E ndossos de t i tu lo se m pr az o
Escr i tos á ordem
Escr i tura de h ipoteca
Faturas assinadas
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I O I 8 = = = == A l m a n a q u e d o P O R T U G A L '•• 3 3
P a pe i s e m que houve r p r ome ssa ou ob r iga ç ã o de pa
ga m e n to ou t r espa s se a inda q ue t e n ha m a f ô r m a de r e c ibos ,
c a r t a s ou qua lque r ou t r a f o r ma .
P r o c u r a ç õ i s in rem própria
Rec ibos que dec la rem por con ta de pessoa d i fe ren te
d a q u e o r d e n a o p a g a m e n t o
Te r mos de r e sponsa b i l i da de na A l f ânde ga pa r a de s
pa c hos
T i tu lò s de e mpr é s t imo de d inhe i r o
Tí tu los de depoz i to ex t ra - jud ic ia l
Transferencia de t í tu los da divida put í l ica
Transfe rênc ias de açõ is de companhias .
Atos e papeis sujeitos ao selo fixo
Alvará de m ora tór ia 4*400
A r qu iva m e n to de c on t r a to s e d i s t r a to s na s J u n
tas C om erc iai s . . ,*»_ 11 *0 00
A r q u i v a m e n t o d e E s t a t u t o s d e S o c i e d a d e s a n ô
n imas 11*000
Bilhetes sani tár ios , de l ivre pra t ica 1*000
Car ta de ca ixe i ro de sp ach an te ; 55*0 00
Car ta de com erc ian te 246*000
C arta d e co rre to r -.. . 143* 000
Ca r t a de de s pa c ha n te 77*000
Ca r t a de in t e r p r e t e ^21*0 00
C ar ta de le i loe iro 143*000
C ar ta d e h ab il i t a çã o d e c om e rc ia n te . . . . . . . 2 2* 000
Car ta de bac hare l ou do ut or 253*000
Ca r ta de den t i s ta 25*300
Car ta de en jen he i ro 104*500
Car ta de pa r te i ra 24*500
Car ta de fa rma cêut ico 121*000
Ce r t idõ i s de e z a m e de p r e pa r a tó r io s *30o
Condic i l ios *6oo
C on he cim en tos d e car ga , ca da via JS300
E s c r i to s p a r t i c u l a r e s o n p o r i n s t r u m e n t o p u b l i c o * 6 o o
F a tu r a s , c on ta s ou no ta s de me r c a do r i a s ve nd i
da s a d inh e i r o e t od a s a s v i a s / c a da um a . *300
Gu arda- l iv ros , titu lo de no m ea çã o 22*000
G ua r da N a c iona l . V . P a t e n te s
I nsc r i ç õ i s pa r a e z a me de p r e pa r a tó r io s . . . . " . 5*500
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34
Alm a n a q u e d o P OR TUGAL =====
W *
P assaporte e portaria para viajar . . *3°<>
P atentes da G uarda Na cional: ^
Coronel ou comandante superior f ^
Tenente-coronel 5oo*OQi
Major 400WW
Capitão 2oofooo
P rimeiro tenente 150*000
Segun do tenente 100*000
P etiçõis ás autoridades federais. . *6oo
Primeiras vias das notas pelas quais se fazem os
despachos nas Alfândegas 2*000
ProcuraçÕis e substabelecimentos públicos ou
particulares 2*000
R ecibos sem declaração de valor $300
Recibos particulares e outras declaraçõis, qual
quer que seja a forma empregada para
expressar recebimento de 25*000 ou mais. *3oo
As suas duplicatas, triplicatas ou outras vias deverão esr
igualmente seladas.
Recibos de prestaçõis pagas aos Clubes que ven
dem mercadorias *3oo
Recibos passados por bancos ou cazas comerci
ais de dinheiros depozitados em c/c $300
Rejistro de marcas de fabricas nas Juntas Com-
merciais 11*000
R equerimento ás autoridades federais *6oo
Termo de abertura e encerramento de livros dos
comerciantes e farmacêuticos (verba) . . . 6*600
Termos de responsabilidade assinados nas Alfân
degas para resalvas 2*000
T ermos de vistorias de embarcaçõis 11*000
Testamentos *6oo
Vales e quaisquer documentos que tenham os ca-
rateristicos de recibo, e todas as suas vias. *300
D I A S F E R I A D O S
í.° de Janeiro — Comemoração de fraternidade Uni
versal, Descobrimento do Rio de Janeiro.
24 de Fevereiro
—
Aniversário da Constituição da R e
publica. ^
21 de Abril—Commemoraçiat do Suplício de Tira-
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I 9 I
8 '• Almanaque do P O R T UG AL ' 35
13 de Maio — A n ive r sá r io da a bo l i ç ã o da - e sc r a v a tu r a .
14 de Julho—Comemoração da R e p ub l i c a F r a n c e z a
e da l i be r da de e i nde pe ndê nc ia dos povos a me r i c a nos .
7 de Setembro— Independência; d o B raz il.
4. 12 de Outubro — D e sc obe r t a da A m e r ic a .
2 de Novembro — C o m e m o r a ç ã o d o s m o r t o s .
15-
de Novembro—Aniversário d a pr o cl am aç ão d a
Re pub l i c a .
/
de Dezembro
— C o n s a g r a d o á a u t o n o m i a d a P á t r i a
P o r t u g u e z a .
D I A S F E R I A D O S N O S E S T A D O S
Amazonas;—1 d e m a r ç o , A b e r t u r a d o C o n g r e s s o .—
1 de ju lho , P r ime i r a Cons t i t u i ç ã o dá Es t a do .—10 de ju lho
Ema nc ipa ç ã o dos e sc r a vos .—5 de se t e mbr o , E le va ç ã o á c a t e
go r ia de prov ínc ia em 1850 .—21 de no ve m bro , a de zã o á '
Re pub l i c a .
Pará:—21 de ju nh o , P r oc la m a ç ã o d a Cons t i t u i ç ã o .—
15 de ago s to , Ad ezão a Ind ep en dê nc ia do Braz i l .—1 6 de
nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .
Maranhão: — 28 d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i
ç ã o .—18 de nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .
Piauí:—24 de j a ne i r o , P r o m ulg a ç ã o d a Co ns t i t u i
ç ã o .—16 de nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .
Ceará: — 1 2 d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i ç ã o .
—16 de nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .
Rio Grande do Norte:—19 de m a r ç o , I n s t a l a ç ã o do
g o v e r n o r e p u b l i c a n o d e A n d r é d e A l b u q u e r q u e M a r a n h ã o ,
em 1817.—7 de abr i l , Promulgação da Const i tu ição^-—12 de
j u n h o , M o r t e d o P a d r e M i g u e l J o a q u i m d e A l m e i d a C a s t ro ,
conhec ido por f re i Migue l inho em 1817 .
Paraíba:— 5 d e a g o s t o , ' ' F e s t a d a P a d r o e i r a N . S .
das Neves .
Pernambuco:— 2 7 d e j a n e i r o , R e s t a u r a ç ã o d e P e r n a m
buc o ,
d o d o m í n i o h q l a n d e z , e m 1 6 5 4. — 1 7 d e j u n h o , P r o
m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i ç ã o . — 1 0 d a n o v e m b r o , P r i m e i r o b r a
do da Re p ub l i c a , da d o po r Be r n a r do V ie i ra de M e lo , e m
1710, em Olinda.
Alagoas:—"15 d e m a r ç o , I n s t a l a ç ã o da i .
a
A sse mble a
P r ov ide nc ia l .—11 de junho , P r omulga ç ã o da Cons t i t u i ç ã o .
—16 de se t e mbr o . Cr i a ç ã o da P r ov ínc ia .
Serjipe:—18 de m a io , P r o m ulg a ç ã o d a Co ns t i t u i ç ã o .
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36
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L - =
I Q l 8
e x p u l s ã o d o s p o r t u g u e / . e s e m 1 S 2 3 . - 7 d e n o v e m b r o , R e v o
luçã o em 1837 (Sa bin ad a) . ,
Espirita Santo:-*yâe m a i o , P o v o a m e n t o d o t e r n t o - ,
r i o d o E s t a d o . — 1 2 d e j u n h o , E z e c u ç ã o d e D o m i n g o s J o z é *
M a r t i n s e m
8 i 7 . —
28 de ag os t o , Fe s ta de N . S . da Penlia.
— 20 d e n o v e m b r o , A d e z ã o á R e p u b l i c a . — 2 5 d e d e z e m b r o .
Na taL
Distrito Federai:— 20 de j ane i ro , F un da çã o d a C ida
d e d o R io de J a n e ir o . . -., ^
5 .
Paulo:—8 de ju l ho , I ns ta l a ção d o CongressoCCons-
t i t u i n t e . — 1 5 d e d e z e i h b r o , R e s t a u r a ç ã o d a l e g a l i d a d e .
Paraná: — 7 d e a b r i l , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i ç ã o .
-16 de dezembro , I ns ta l ação da P rov ínc ia em 1853 .
Sta.
Catarina:— 11 d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o ns
t i t u i ç ã o . — 1 7 d e n o v e m b r o , A d e z ã o á R e p u b l i c a .
Rio Grande do Sul— 1 4 d e j u l h o , P r o m u l g a ç ã o d a C on s
t i t u i ç ã o . — 2 0 d e s e t e m b r o , R e v o l u ç ã o r e p u b l i c a n a e m 1 8 5 3 .
Minas Gerais:—-15 d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s
t i tu i ção .
Mato Grosso:—15 de ago s to , P r om ul ga çã o da Cons
t i t u i ç ã o . — 9 d e d e z e m b r o , A d e z ã o á R e p u b l i c a .
Goiaz:— i d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s ti tu i ç ã o .
C H A R A D A S ( m e t a g r a m a )
(Varia a incial)
Na embarcação levei uma pedra para dar
de prenda a um grupo de pessoas e, por gracejo,
levei uma vazilha, a qual dei a um pateta.—7-4.
CASTRO, PINTO
& C.
a
E L A N unc a acei tare i por m arido um ho
mem cuja fortun a tenha* m en os de oito zeros.
E L E — O ' que rida a m inha -é toda fe ita de
zeros.
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1918
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
37
Tabela de prêmios das Companhias
de Seguros Marítimos
R i s c o s m a r í t i m o s « f l u v i a i s
MERCADORIAS
De Belém a Manaus e vice-versa -
a Ca c hoe i r a —Rio P u r ús .
a S . A n t ô n i o — R i o M a d e i r a .
a F o z d o T a r a u a c á — R i o J u r u à . .
» a Iqu i toa -Sol im õis
* pa ra c ima d o s po nto s sup ra , a flu
en tes d 'esses r ios e to do o RioN e g r o . . . . .
<
pa r a o S u l da Re pub l i c a , Eu r opa ,
America do Nor te e vice-versa ,
;
De Be lém para o Ba ixo Amazonas , I lhas e
C a m e t á .
R an ch o e m erca do r ias de ida e vo l ta .
Me r c a do r i a s c om ba lde a ç ã o pa r a l a nc ha s e ba -
te lõ is nos pontos te rmina is dos Ba ixos
r ios , nas épocas de vazante
GÊNEROS
D e M an au s pa ra Be lém . .
Ca c hoe i r a —Rio P u r ús , pa r a Be lé m.
> S . A n t ô n i o — R i o M a d e i r a
» F o z d o T a r a u a c á — R i o J u r u á , p a r a B e lé m
» I q t i i t o s—Rio S o l imõ i s , pa r a Be lé m
P r o c e d e n te s d ' a l é m dos po n t os sup r a , dos
a f lue n te s e de todo o R io N e gr o pa r a
Belém .
D o Ba ixo A m a z o na s , I l ha s e Ca m e tá pa r a
Be lém (As taxas supra te rão a d iminuição
de 1/4 % p ar a os gê ne ro s qu e f ica rem em
Ma na us )
MOEDA E VALOR
D e Be lém a M an au s , I lha s e Ca m etá e v ice-
Perda
total
7r/
2
1
3 / 4 .
1
1
—
1/2 •
1 1 / 4
—
1/2
|
1 ,
3 / 4
1
'
1
1/2
Todos
os riscos
T
I l /2
2
3/4
I
2 l /2
2 l / 2
—
_*.
—
7/21/2019 004071 Completo
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3*
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
1918
R i s c o s m a r í t i m o s e f l u v i a i s
Perda
total
De B e lé m a qualquer outro por to e vice-versa
(papel)
De B e lé m a Manaus , I lhas c Cametá e vice-
versa (metal)
D e B e l é m a qualquer o utro pe rto e vice-versa
(metal) .
F R E T E »
Pára esta c lasse de seguros vigorarão as taxas
contra perda total.
CASCOS DE EMBARCAÇélS
Os seguros sobre cascos serão tomados medi
ante ajuste prévio, após ezame da embar
cação ,
afim de ser estabelecida a taxa de
acordo com o sen estado e cortdiçõis.
Riscos contra fogo
P R É D I O S - ,
D e pedra, cal , t i jolos, em con struçã o
~
.
» pedra
e
cal , ízola do s
» t ijolos e tabique
' madeira e e n c h i m e n t o .
* madeira somente .
1 4
1/4 •
T o d M
N r i t e o »
Ano
ESTABELECIMENTOS:
D e fazendas , m iudezas , jó ias , p ianos , ca lçados ,
c hapé us
» estivas, ferrajens, hotéis, restaurantes, bo
tequins , mercear ias , depoz i tos de move is .
w £ '
a r m a z e n 8 d e
«viamentos, li
de madeiras, fannacíaTTEítL estâncias
Ne
3/8
J/5
i/4
3/8
1/4
3/8
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 49/211
igx8
Almanaque do PORTUGAL
39
R i sco s co n t ra f o g o
Tipografias, teatros, depozitos de aguardente,
de exploz ivos , com venda de fogos artifi
ciais .
DEPOZITOS:
De mercadorias sem inflamaveis. . .
»
gêneros e mercador ias com inflamaveis .
» explozivos ou a rti gos de fácil c ombustão
MOVEIS:
Jóias, roupas, moveis de uzo doméstico em
re z i den c i a p a r t i c u l a r . . .
CASCOS:
Cascos de embarcaçõis estacionadas no qua
dro ou encalhadas
Mez -
1/32
1/16
1/4
1/6
Anno
3/4
2
1/4
3/8
3/4
1/4
1 1/2
O B S E R V A Ç Õ I S
I—A expressão todos os riscos nSo cobre o risco de barataria, pre
visto pela ixttra A) da cláusula primeira da apólice.
II—Os prêmios para
o sul da
Republica, Europa
e
America
do
Norte referem-se a embarques em vapores transatlânticos.
III--A Companhia nSo toma seguros em lanchas, alvarengas e bate-
15is a reboque, a nSo ser nas épocas de vazante, dos pontos
terminais dos baixos rias para cima—para as mercadorias de
subida que aí forem batdeadas—e até esses pontos terminais—
para os gêneros trazidos pelas embarcaçSis auxiliares, afim de
serem embarcados em vapores. Em vista d*isto, todos os g ê ne
ros entrados de primeiro de Mato a 31 de O utubro de cada ano ,
pagarSo a taxa de 1,5 0/0, como presumíveis de terem sido
baldeados.
IV—Nos seguros
de
mercadorias devem
ser
especificados separada
mente o valor dos fretes e o do lucro esperado.
V—Sempre que um prédio fôr ocupada por diversos estabeleci
mentos de natureza diferente, prevalecerá para os efeitos n'ele
existentes incluzivè para a do próprio prédio, a taxa do que
envolver maior risco. ,
VI—Nío ha prêmio de valor inferior a 2$ooo.
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 50/211
4
o = s * = A l m a n a q u e do P O R T U G A L
= = = = =
19**
Cortez,
Coelho
& C.
a
CASA BANCARIA
R u a
18 de
N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
T h e W e s t e r n T e l e g r a p h
C o m p a n y L i m i t e d
- M l l l t m i f t -
T r a v e s s a C a m p o s S a l l e s
n.
1-PARÁ
Tarifa por palavra a partir de Belém
Serviço interior
M a r a n h ã o ,
200
r é i s ; Ce a r á
e Rio
G r a n d e
do
N or t e ,
500;
P a r a íb a , P e r n a m b u c o e A l a g o a s , 600; Ser j ipe , Baía
e E s p i r i t o S a n t o , 850; Rio de J a n e i r o , M i n a s G e r a is , São
P a u l o , G o i a z , M a t o G r o s s o , P a r a n á , S a n t a C a t a r i n a e Rio
G r a n d e
do Sul.
1.000.
T a x a f i x a por c a d a t e l e g r a m a .
S e r v i ç o e x t e r i o r
A le ma r iha , Be l j i c a , F r a nç a , G r a n - Br e t a nha e Ho
l a nda , f r a nc os ,
3,25;
D i n a m a r c a ,
3,62;
H e s p a n b a , * 3 , 6 o ;
Ita-
ü a .
3.55;
N o r u e g a
e
S ué c ia ,
3,72;
P o r t u g a l ,
3,70;
Rússia
d a E u r o p a ,
3,95;
S u i s sa ,
3,50.
America. do Norte
y
L u i z i a n a
e
Te xa s , f r a nc os
4,25;
O u t r o s E s t a d o s ,
4,45.
America do Sul
U r ugua i , f r a nc os 2,25; A r j e n t ina ,
2,75;
P a r a g u a i ,
3,05; P e r u — L i m a
e
Ca lau ,
3,55;
Bol ivia ,
4,80;
Equador ,
7/21/2019 004071 Completo
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I O I 8 • ' Almanaq ue do PO RTU G AL
- • • •
41
O e qu iva le n te do f ranao é f ixa do pe l a Re p a r t i ç ã o G e
ra l dos t e lé g ra f o s c a d a t r h n e s t r e . - ^ O è t e l e g r a m a s a p r e -
z e n t a d o s ' n a s E s t a ç õ i s d o T e l é g r a f o N a c i o n a l o n d e a C o m
p a n h i a não t e n h a E s t a ç ã o , d e v e m t r a z e r a s e g u in t e i nd ic a
ç ã o :
— V i a W e s t e r n .
T E L É G R A F O S
A capi ta l
do
E s t a d o
do
P a r á e s tá , i nd i r e t a m e n te ,
li
g a d a com t o d a s as es taçõis te legraf icas do m u n d o , ' h a v e n
do a c o r do e n t r e as co m pan hia s te legra f icaá.
TELÉGRAFO NACIONAL
O edifício é s i t u a d o no
1.9,'andar
do p r é d i o da e squ i
n a da Travessa Sã» Ma,tqus e Rua 15 de N o v e m b r o . As
t a xa s ,
pa r a c ada pa lavra , s âo : -~>-Te legrama pa r t i cu la r
no
B r a z i l : — D e n t r o do Es t a do , $100 ; I de m e n t r e do i s, a t rês
Es ta dos , $200 ; I de m
de
m a i s
de 3
E s t a d o s , Í 3 0 0 . T a x a
es
t a d u a l : — O G o v e r n a d o r do E s t a d o tem a b a t i m e n t o de 75
°/o . Taxa de i m p r e h s a : — g à r a q u a l q u e r p o n t o do Brazi l ,
$025. P a r a todo s e sses t e l e g r a m a s a,cima m e n c io na do s ha
uma taxa f ixa de $ 6 0 0 por t e l e g r a ma .
TELÉGRAFO
SEM FIO
O Te legr f t fo Nac iona l expede te legramas pe lo se r t i
f i o :—A té S a n t s r è m, $600 ; Até M a n a u s , $ 9 0 0 ; Até ou t r a
qua lque r e s t a ç ã o , 1 Í500 ; Essa s e s t a ç õ i s
são :
P o r to V e lho ,
X a p u r i ,
R io
Br a nc o , S e n a M a du r e i r a , Cr uz e i r o
do Sul e
V i la S e a b r a . P a r a I qu i to s ç L i m a ha um a t a x a ç ã o e spe c ia l
s e n d o : - r - E m l í n g u a p o r t u g u e z a , fr. 3 , 9 0 = 2 1 8 2 5 ; E m l ín
g u a h e s p a n h o l a , fr. 3 , 2 o = 2 $ 4 o o . O e x p e d i e n t e é no edif icio
do Te légra fo Nac iona l .
TELÉGRAFO DA ESTRADA DE FERRO DE- BRAGANÇA
S e r v indo va r i a s l oc a l ida de s , pa ga - se por um t e l e g r a m a or
d i n á r i o
de 20
p a l a v r a s
o
p r e ç o
de
i f o o o ;
o
e xc e s so
de pa
lavrão até 30 1 Í 5 0 0 , de 40 2$oop , etc ; o t e l e g r a m a ur-
j e n t e até 30 pa l a v r a s 3$ooò ; D e po i s das 6 h o r a s da t a r d e
a t a x a é d u p l a da m e n c io n a d a na t a be la . E ' o m e s m o p r e
ç o p a r a q u a l q u e r e s t a ç ã o
da
E s t r a d a
de
F e r r o . P a r a
co
m od ida d e "pub l ic a , -a D i r e to r i a da E s t r a d a de F e r r o de Bra
g a n ç a m a n t é m uma a jen cia te legràf ica á T r a v e s s a C a m p o s
7/21/2019 004071 Completo
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42
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
19x8
TH E WESTERN TEI . K G RA PH CO M PA N V LI M I TED
" ( í B f c E G R A F O I N G LEZ)
Comunicação certa e rápida com todas as partes do
mundo. E' a seguinte a tabela de preços, a partir de Belém.
"
DE ST I N O
Pinhe iro
M osq ueiro . . . .
Sour e
Ca m etá . .
B reves . . . * , , .
Curralinho
G u r u p á
Mac apá
C haves . . .
Maz agão .
Prainha
Monte Ale gr e
Santarém . . . . .
Alemquer
P arintins . . .
Óbidos
Itacoatiara . .
Manaus
•
P M )
aistra
$260
$260
$260
$530
I 5 3 0
* 5 3 °
$790
I 7 9 0
i $ o 5 o
1I050
1*050
i $ 3 i o
i $ 3 i o
i $ 5 8 o
1I840
1I340
2I360
2$630
P R E T E R I D O
hf 11
fúmu
--
5$ooo
5 $ o o o
5 $ o o o
5$ooo
5$ooo
5$3oo
5$30°
5Í300
6$6oo
6$6oo
7 Í 9 0 0
9$200
9$2O0
11$800
13 Í200
t O N H
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P * » "
—
—
$500
$500
$500
$500
I 5 0 0
*53<>
Í530
$53<>
$660
$660
$790
Í920
I920
i fSoo
i$32o
A B O O T H L I N E
Preço de passajens
Para Liverpool— de i.
a
classe £ 33 a £ 36 e 30^000—
Im posto Brazileiro. D e 3.*» classe, 18 5I000— incluzive imposto.
Para Lisboa
—
i.
a
classe de £ 28 a £ 30 e |0$ooo—Im
posto Brazileiro; 3.-» classe,165*000—incluzive imposto.
Para New York
—1 » classe, 432*000; Imposto (Americano)
20*000; Idem (Brazileiro) 30* 000 ; 3,* classe 200 *00 0; Im
posto Americano, 20*000; Idem Brazileiro, 5*000. Para
Barbados—1.* classe, 192Í000; Imposto Brazileiro, 20*000;
a
7/21/2019 004071 Completo
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1 0 I
8 = s Almanaque, do PORTUGAL
•=====•*
43
Depoz i to , £ 7 . Para Iquitos— i.
a
c lasse , £ 13 ; id a e v o l ta i 23 ;
I mpos to Br a z i l e i r o , 30*000 ; 3
a
c la sse , £ 6 .10 .0 ; Impos to
Braz i le i ro , 5*000 . Para Manaus—i.
a
c lftsse , io o $ o o o ; Id a e
vol ta , 165*000; Impos to Braz i le i ro , 2*000; 3 -
a
c lasse , 45$;
I mpos to Br a z i l e i r o , 1*400. Para Maranhão
1
— i.
3
- c lasse , 50*;
I m p o s t o B r a z i l e i r o , 1*500; x.» c lasse , 25 *0 00 ; Im p o st o *8oo .
Para Ceará—\? c lasse , ie o fo p o ; Imposto , , 2*o0o
4
; 3 * c lasse,
3 5 * 0 0 0 ; I m p o s t o , i $ r o a
Fretes sobre os principais produtos de exportação
Para Liverpool— Cas tanh a— 100/- ( cem sh i l l ings) p o t
tone la da de pe z o . Ca c a u—5o/ - po r t one la da de pe z o . Bor r a
cha*—70/-
po r t on e la da de 40 pé s c úb ic os . Para New
York
—
Borracha—34 cen tavos por pé cúbico . Cacau—3*3 cen tavos
po í c e m l ib r a s . Ca s t a nha —125 c e n ta vos po r c e m l ib r a s .
G A R À G E
"COELHO"
Tdephones 356, 514 e 595
Todos os portuguezes
d e v e m
A s s i n a r o j o r n a l
P O R T U G A L
• « i i •
m
ii 1 1 1 1 1 — ^ — ^ — ^ j ^ ^ ^
Orgam da colônia luza no Norte do Brazil
' • • — • — ' • 1 1 .--.11111n . 1 — . . ~
| t
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Cortez,
Coelho
;&(>
CASA BANCARIA
R u a 1 8 d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 54/211
a . F-
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7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 55/211
Dr. Lauro Sodré
( G o v e r n a d o r d o E s t a d o d o P a r á )
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 56/211
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 57/211
- S H $ - -S H S - ~ $ H $- - 3 M 6 -
(Governador do Estado do Pará)
BRIMOS a nossa primeira pajina literária—^
^a de
honor
—com o retrato de S. Exc. o
dr. 'L,auro Sodré, digníssimo governador deste
Estado.
O homenajeado de hoje não é nma vã fi
gura na política ou na reprezentação diplomá
tica do Brazil: não, ele é o expoente máximo da
ultima geração nos faustos públicos do paiz, ele
é o grande político para quem a política não re-
prezenta apenas tima fonte de vis interesses e
sim a melhor forma de congregar idéias altanei-
ramente praticas e bemfázejas, que redobrem em
beneficio dé todos.
Iyauro Sodré não é apenas o governador
no Pará, o senador na Capital Federal; é sim o
idolo do povo paraense, o ezerriplo vivo dos seus
colegas no Senado—lejitimo filho do Brazil que
honra a pátria que
o
s
viu nascer.
Alma bondozamente carateristica, que atra-"
vessou por entre as mizerias humanas da vida
sempre incólume, não se deixando manchar pela
lama que quazi sempre atinje o homem de alta
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 58/211
4
8
Almanaque do PORTUGAL ===== ioi8
O q u e é a v i d a ?
A vida é o mal. A expressão ult ima da vida
terreste é a vida humana, e a vida dos homens
cifra-se numa batalha enezoravel de apetites,
num tumulto dezordenado de egoísmo que se en-
trechocam, rasgam, dilaceram.
O progresso marca a distancia que vai do
salto do t igre que é de 10 metros ao curso da
da bala que é de vinte quilômetros. A fera a dez
passos perturba-nos.
O homem é a fera dilatada.
Nunca os abismos das ondas pariram mons
tro eq uiv alen te ao nav io d e g uerra, com as es-
camas do aço, os intestinos de bronze, e olhar
de relâmpago e as bocas hiantes-pavorozas , ru-
j indo metrálha, mast igando labaredas , vomitan
do morte.
. . .A pátria pre-istorica do atlantazauro es
magava o rochedo. As dinamites do químico es-
toiram montanhas como nozes. Se a peza do
mastodonte escuvava em cedro, o canhão Krupp
rebenta baluartes e t r incheiras .
Uma víbora envenena um homem, mas um
homem sozinho arraza uma capital .
Os grandes monstros não chegam verda
deiramente na época secundaria, aparecem na
ult ima como o homem. Ao pé dum Napoleão,um megalozauro é uma,formiga.
Os lobos da velha Europa t rucidam algu
mas dúzias de viandantes , emquanto milhõis de
mizeraveis caem de fome e de abandono, sacrifi
cados á soberba dos principes, á mentira do cor-
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 59/211
igi8 ===== Almanaque do PORTUGAL e 49
em que vivemos. Uns nascem para rezes, outros
para verdugos. Uns jantam, outros são jantados.
Ha criaturas lôbregas, vestidas de trapos,
minando montes, e criaturas esplendidas, cober
tas de oiro e de veludo, radiadas ao sol. No co
fre do banqueiro" dormem pobrezas m etaíiza das.
H a hom ens que ceiam n um a noite, um ba irro
fúnebre de mendigos. Enfeitam gargantas de
cortezans rozarios de esmeraldas e diamantes,
bem mais sinistros e lutuozos, que razarios de
craneos ao peito de selvajens.
Vivem quadrúpedes em estrebarias de már
more, e agonizantes párias em alfurjas infetas
roidos de "vermes.
A latrina de Vanderbilt custou aldeolas de
mizeraveis. E nisto os palácios devorarem pocil
gas, todo o «boulevàrd» grandiozo, reclama um
quartel, um cárcere, uma forca.
O deus milhão não dijere sem a guilhotina
de sentinéla. Os homens repartem o globo como
os abutres o carneiro.
Maior abutre, maior quinhão.
Homens que teem impérios, homens que
não teêm lar.
Os pés mimozos das jmncezas delizam lu-
zentes de oiro por alfombras, e os pés va ga bu nd os
calçam, sangrando rochedos hirtos e matagais.
Bebem ch am pan ha alg un s cavalos de es
porte, uzam aueis de br ilh an tes alg un s cais de
regaço, e algumas creaturas por falta de uma
côdea acendem fogareiros para morrer. Bendito
o oxido de carbone que ezala paz e esquecimeáto
E a natureza fica insensível ao drama bár
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50 ===== A lm ana que do PO R T U G A L
I Q l 8
bes, dezasítres, iniqu idad es, deix am -na indiferente
e inconsciente como o rochedo imóvel bulindo-
lhe a aza duma vespa. O clamor atroador de
todas as an gu st ias não arran ca um ai da imen-
sidad e. inezorav el.
A aurora sorri com o mesmo esplendor aos
campos de batalha ou berço infantil, e as erva^
gulozas não distinguem a podridão de Locusta
da podridão de Joana de Are.
G U E R R A J U N Q U E I R O
Aquele que acredita em falsos elojios reco
nhece o seu nenhum merecimento .
A
mulher e
o
poeta
P <
São os dois entes mais parecidos da natu
reza, o poeta e à mulher namorada; vêem, sen
tem, pensam, falam, como a outra gente não vê,não sente, não pensa nem fala.
Na maior paixão, no mais acrizolado afeto
do homem que não é poeta, entra sempre o seu
tan to ^ a vil proza h u m an a: é l iga sem o que
se não lavra o mais fino,do seu oiro.
A mulher não; a mulher apaixonada deve
ras,
sublima-se, idealiza-se logo, toda ela é poe-
zia,
e
não ha dor fizica, interesse material, nem
deleites sensuais que a façam descer ao pozitivo
da ezistencia prozaica.
A L M E I D A G A R R E T T .
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I 9
i8 ,. Alm anaque do P O R T U G A L
•
• 51
D r R o d r i g u e s A l v e s
(Candidato á prezidencia da Republica Brazileira)
E ' c a n d i d a t o ' á p r ez id en c i a d a R e p u b l i ca
Brazi le i ra no quat r iên io v indouro , o s r . d r . Rodr i - '
g u es A lv es , n o me b as t an t e co n h ec id o e aca t ad o
na pol í t ica Brazi le i ra . S . Exc .
a
já ezerceu com o
maio r t ino e c r i t é r io o ca rgo de governador de
S . Pau lo , o ' que lhe g ran je oupar te da f ama que
ora disfruta .
O « A l m a n a q u e d o
P O R T U G A L »
sente-se feliz
em es t amp ar o r e t r a to d e S . Ex c .
a
Pa ra um_ coração ap a ix on ad o a m aio r dôr
é não se sen t i r capaz de sa t i s fazer ao coração
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5 2
Almanaque do P O R T UG AL - 1918
E p i z o d i o F e t i c h i s t a
Foi nas mar jens do Zanibe/ .e . Um chefe
n e g r o , p o r n o m e L u b e n g a , q u e r i a , n a s v é s p e r a s
de en t ra r em gu er ra com um chefe v iz inho , co
m u n ica r co m o s eu D eu s , co m o s eu M u lu n g u
(que era , como sempre , um seu avô d iv in izado) .
O reca do ou ped ido , po rém , (pie dez e jav a m an
d a r á s u a D i v i n d a d e , n ã o . s e p o d i a t r a n s m i t i r
a t r av éz d o s F e i t i c e i r o s e d o s eu çe r emo n ia l , t ão
c r av es e co n f id en c ia i s m a t é r i a s co n t in h a . Qu e
f e z L u b e n g a ?
Gr i t a p o r u m es c r av o : d á - lh e o r ecad o ,
l e n t a m e n t e , p a u z a d a m e n t e , a o o u v i d o : v e r i f i c a
b em q u e o e s c r av o t u d o co mp r een d e r a , t u d o r e -
t i v e r a : e i m e d i a t a m e n t e a r r e b a t a u m m a c ha d o,
decepa a cabeça do esc ravo , e b rada t r anqü i la
m en te — «par te» .— A a l m a do esc rav o Ia foi, como
u m a c ar ta lac ra da e se lad a , d i r e i ta pa ra o ceu,
ao M u lu n g u . M as d 'a i a in s ta n te s o chefe ba te
u m a p a l m ad a a fli ta n a t e s t a , ch am a á p r e s s a o u
t ro esc ravo , d iz - lhe ao ouv ido ráp idas pa lav ras ,
a g a r r a o m a c h a d o , s e p a r a - l h e a c a be ç a :— « V a i »
E s q u e c e r a - l h a a l g u m d e t a l h e n o s eu pe di
d o a o M u l u n g u . . . o s e g u n d o e s c r a v o e ra um
« p o s t e s c r i p t u m » .
E Ç A D K Q U E I R O Z .
Charada (novissima)
Ao Anacleto, Filho
J u n to á p l a n t a , n a i l h a , h a v i a o u t r a p l an
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í O r e m é d i o m a i s s e g u r o p a r a c u r a r
I O P A L Ü D I S M O
| é a S E Z O N A L
\ (Fo rmula do Dr. Silva Rozado
\ ' ,
I
O seu
e x t r a o r d iná r io po de r c u r a t ivo ma n i f e s -
: t a - s e p r o n t a m e n t e - p o r q u e o - s e g r e d a da f o r mu la
\ r ç su l tou do p r o f un do c on he c im e n to qu e o i n v e n t o r
I
do
S E Z O N A L
possue a c e r c a do ' pa lüd i smo nò"Br a -
[ zíl e e s p e c i al m e n t e nas reg jõçs do No r te . ;
s O
S E Z O N Á L
a p r e sê n ta - se soh a f o r m a de
| P r a g e a s p r a t e a d a s e ence r ra p r inc íp ios ac t ivos de
: me d ic a me n tos c a pa z e s de de s t r u i r l ogo no p r i m e i r o
| dia, os ge r m e ns que oc a s iona m as F e b r e s , de sobs -
| t ru indo ,
ao
HieSíBô tèfn po , ó'fig ád'6
é ò
b í ç o .
—
C u r a i r v o s c o m
o
S E Z O N A L
B a l s a m o
d o d r
N a h i r
VINHO FIALHO
( l o d o - í a n i c o p o l y g l y c e r o p h ó s p h a t a d o )
Me dic a ç ã o r a c iona l de toijos os casos de l im
pha t i sn io , t ube r c u lose , de b i l i da de , a ne mia e nas con
valescenças . IndicadtJ com' propir iedade ao dês&ivol
vif flènto das crean ças , pe las ót i m as qu al ià kd çs m e,
d icà t í ién tosas de que_ se re ve ste á sua c ompos iç ã o f e - I
i i z .
E s t i m u l a m e t ò d i c a m è n t e 6 c é r e b r o e p r e v i n e o
e xgo . t a n ie n tó p r a t i c o . Qs m a is r ep u t ad os c l ín icos
d i s t i n g u e m
o V I N H O F I A L H O
com jus ta p re fe
r e nc ia r e c e i t a ndo - o na s m o lé s t i as em que tem logar
a sua e xc e le n te a c ç ã o r e c a ns t i t u in t e ? tohiCâ.
, — M e d i c a m e n t o
e x t e r n o , m a t a n -
do i t i s fán tanea-
m e n t e q u a l q u e r dor. C u r a o r e u m a t i s m o '
:
ãr£Ípuí-ir
e m us cu la r ag u do OU c ron icp ,
as
pa ra l i s ia s , hev ra t -
gias ,
go ta s , sc ia t ica , beri-bei-i^ e tc . ' I n d ic a d o pe los \
m e l h o r e s m é d i c o s . ' I
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NOVO ESPECIF ICO
C o n t r a I c l e r í c i a
o
I n f l a m a ç õ e s
d o
F í g a d o
e d o
B a c o :
BOLDOIN
Cura eficazmente osfcngo rgitatnentds, as manifes
tações conseqüentes do impaludismo e regulariza
harmonicamente a função do intestino.
Peitoral do dr. Nahir ~
P
K e T m
alivio imediato, debelando as tosses em 24 horas.
Cura radicalmente:—Bronchites, resfriadós, ca-
tarros, influenza, gripe, astm a e coq uelu ch e. E' um
poderoso antiseptico 'pulmonar.
0
maior successo de cura , S £ t í
febres intermitentes—realiza-se com o
L IC O R A N -
T I - P A L U D O S O do dr. Silva Ro sad o.
iJebela em absoluto a caeliexia palnstre e os en-
gorgitamentos do figado e do baço.
R e g u l a d o r d o d r . N a h i r
• V e r d a d e i r o
a l i v i o d a s s e
nhoras e a mais
preciosa combinação medicamentosa para a sua saú
de. Tônico e sedativo uterino, cura as hem orrag ias
e eólicas, regulariza o fluxo menstrual, evitando as
dores que quasi sempre o precedem. Útil em todas
as afeções do utero e dos ovarios.
Depurativo do dr. Nahyr
Cura syphilis, reumatismo articular e muscular,
escrofulas, dartros, bubões, tumores, doenças do fí
gad o e rins, e todas as moléstias proven ientes da
impureza do .sangue. E ' composto somente de plan
tas d a riquíssima flora do Brazil.
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U D I C O M P A N H E I R O I N D I S P E N S Á V E L
Diz-se
num
r if ão a n t ig o
:
— « J u n t o
ao
h o m e m e s t á
o
p e r i g o » .
P o r é m c o m o
a
e x p e r i ê n c i a
é a
m e s t r a
da
v i d a , t o d a
a
g e n t e r e p e t e a g o r a :
A exper iênc ia d iz -nos ,
com
f i r me z a
:
—«Le va r a s
o
D E R M O L , se m p re c om t ig o ,
Q u e
dé
p e r i g o s
te
l ib ra , como amigo ,
E , mui tas doenças cura , com ce r teza .
O DERMOL é um, grande remédio num
pequeno vidro.
Muitos ferimentos, por mais insignifican--
tes que pareçam, podem causar a morte; mas
o DERMOL aplicado a tempo, faz a cura
imediata. Picadas e mordeduras venenosas,
golpes, pancadas, excoriações, herpes, dartos,
manifestações do ácido úrico, etc. etc, só o
DERMOL pode curar com segurança.; e tan
to assim que
E ' m o d a
já, por
t o d a
a
p a r t e , t o d a g e n t e
<
C om pra r D E R M O L , e tel-o a m ã o sem e s t a r d oe n te .
Grandes Criminosos Ocultos
H á m u i t a s d o e n ç a s a t r i b u í d a s
ao
ác ido úr ico ,
mas
a
sua
causa es tá
nos
r ins , cuja função
é
t i r a r
do
s a n
g u e p r o d u t o s que de ve m ser e l imina dos .
Q u a n d o os r ins e s tão doentes t i r am do s a n g u e
e le me n tos ne c e s sá r io s
ao
o r g a n i s m o
e
a b a n d o n a m
os
q u e
lhe são
n o c i v o s ; a p a r e c e n d o e n t ã o
as
mani fes ta
ções
do
ác ido úr ico
por
vá r ia s fo rmas ,
ou à
p e r d a
de
a lbumina açúcar , fos ía tóS ,
etc. etc. O uso do B L E -
N O L e vi ta
e
c u r a
as
d o e n ç a s
dós
r in s , s e ndo t a m bé m
o ún ic o r e mé d io
de
c on f i a nç a pa r a
as
d o e n ç a s
das
m u c o s a s
dos
ó r gã os gé n i to - u r iná r io s : ç d r r in i e n tos
de
qua lque r e spé c ie nos h o m e n s ou nas Sen hora s , inf la
m a ç õ e s e c o r r i m e n t o s do út ero , inf la ínações, ca ta rco
e a re ias da b e x i g a ou dos . r ins , p ro s ta t i te , etc.
7/21/2019 004071 Completo
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Ü M N O V O R E M É D I O J A R A O S O L H O S
Como o a c a so é o a u to r de toda s a s de sc obe r t a s
n i n g u é m d e v e a d m i r a r - s e d e q u e u m r e m é d i o u s a d o
p r i m e i r o p a r a u m a s d o e n ç a s v e n h a t e r a i n d a m e l h o r
a p l i c a ç ã o pa r a ou t r a s . S uc e de a s s im c om f r e qüê nc ia
na me d ic ina . P o i s e s t á p r ova do j á , po r mi lha r e s de
e xp e r i ê n c ia s f r e qü e n te s e suc e s s iva s , q ue o m e lho r
r e mé d io pa r a a s vá r i a s i n f l a ma ç õe s dos o lhos e da s
pá lp e b r a s , é a L in da c u t i s , c om a qu a l s e m o lh a m os
o lhos á von ta de .
Nas aftalmias purutenlas aplicam-se pequenos pachos de
algodão molhados em Lindacutis, que se deixara sobra os
olhos fechados até enchugarem. (Molham-se pelo lado que
poisa sobre os olhos e aplicam-se tantas vezes quantas
se quiser; nos dois olhos ao mesmo tempo, ou em cada um,
alternadamente, quando se precisa da vista desimpedida).
Q u e m m o l h a r o s o l h o s t o d o s o s d i a s c o m u m a s
go ta s de L in da c u t i s nu nc a so fr e do s o lho s n e m d a v is ta .
E'. indispensável para quem precisa ler ou eacrever da noite.
' - • • ' • ' - . . . . .
Um Remédio sem igual
Receitado e elogiado por todos os medicou especialistas.
Ifntatl, Malta e
rM«nntl(Dliit«,
— Um tf riin prata MHMH
T od os o s m é d ic o s qu e se t e e m de d ic a d o a o e s
t u d o e t r a t a m e n t o d a L E P R A o u M O R F É I A s a b e m
q u e o Ó L E O D E C H A U L M O O G R A é o m e l h o r o u
ún ic o r e mé d io pa r a a t a l doe nç a , nã o obs t a n te a d i
f i c u lda de da sua a p l i c a ç ã o , po r nã o se r t o l e r a do pe lo
, e s tô m a g o na dose e t e m po ne c e s sá r io s pa r a o t r a t a
m e n t o .
P o r é m a g o r a t o d o s r e c e i t a m c o m a g r a d o o E l i -
x i r de Ch a u lm oo gr a , a dm i r á ve l a s soc ia ç ã o do Ó leo
de Cha u lmoogr a a um l íqu ido e upé t i c o , a g r a da ,ve l e
t ô n i c o , n ã o e m u l s i o n a d o , m a s d iv i d i d o i n t i m a m e n t e
po r um p r oc e sso novo , e spe c ia l , do f a r m a c ê u t i c o
H E N R I Q U E E . N . S A N T O S , a u m e n t a n d o a ss im a
sua a c t iv ida de f i s io lóg ic a , de modo que p r oduz uma
c ur a pe r f e i t a na m a io r p j y t e dos . ca sos, e u m a me
lho r a c ons ide r á ve l nos c a sos ma i s r e b e ld e s ; nã o só
da mo r f é i a c om o d e p n t r a s m o lé s t i a s de pe l e , na s
q u a i s s e j a i n d i c a d o o Ó l e o d e C h a u l m o o g r a .
O s c o m p o i i e n t e s . p r i n e i p a o e d o K lixir de Ciiaul-
moogra de Hefti-fqae Santos Hão: Óleo de Chanlmoog-rn. Cn-
codilato dé sódio. Bfearbimato.de sócio, Extrato
A »
Malsapnr-
7/21/2019 004071 Completo
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tgi8 =s=s5s Almanaque do PORTUGAL = = = 53
O
DINHEIRO
(PARODIA)
Dinheiro meu gentil que te partiste
Tão cedo da aljibeira descontente,
Repouza no credor^eternamente
E viva cá meu èokç sempre triste.
Se aí, no logar para onde fugiste,
Memória da aljibeira se consente,
Não esqueças aquele fogo ardente
Que sempre nela tão forte sentiste.
E se vires que pôde merecer-te
A saudade que ainda me ficou
Da punjente dôr que tive em perder-te^
Hoga ao credor que de mim te auzentou
Tão cedo ás minhas mãos venha trazer-te
Quão cedo de meu
bolso
te levou.
J. PINTO MONTEIRO
Um comerciante morre de repente no mo
mento de fechar uma carta dirijída a um,dos
seus correspondentes.
Ôs empregados julgaram ser necessária re-
metel-a ao seu destino e um deles escreve este
post escriptun:
Escritas estas linhas
de
próprio punho, morri
7/21/2019 004071 Completo
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54 = A lm an aq ue do PO R T U G A L 1918
A l e m - s e r t ã o
Ao J. M. Ferreira de Castro
Foi pelo São João:
A noite era l inda, a lua de um brilhante
diafano sedutor, cobria com o seu dolente pra
teado as revoltozas águas do Madeira.
As gaivotas voando, sol tavam agudos gri
tos,
procurando pouzar nas alvas praias formadas
pela vazante do rio.
Um igarité, tr ipulado por quatro remeiros,singrava velozmente sobre as águas. Nessa pos
sante embarcação viajávamos eu e o meu nobre
amigo Jacques Costa, que iamos passar o «São
João» em Humai tá .
Eram vinte horas , quando apor tamos na
quela cidade.
Momentos depois eu e Jacques passeiava-
mos de braços entrelaçados apreciando a grande
aji tação que reinava nessa bela noite nas amplas
avenidas locais.
Chegamos em frente a rezidencia do comen
dador Monteiro e a animação era maior que nos
outros bairros: fogueiras, pistolas, foguetinhos,
busca-pés, fogos de variadas cores, surjiam lé
pidos.
Lá dentro, no grande e luxuozo salão, um
piano tocava á saudosa memória da «Viuva Ale
g r e » . . .
Cinco ou seis pares, dançavam e na rua,
em frente ao prédio, uma multidão de rapazes
7/21/2019 004071 Completo
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igi8 Almanaque do POR TUG AL 55
ros e matracas, ao redor.de um
Bumbd.
Made-
moiselles e cavalheiros debruçados no peitòril da
janela, aplaudiam
Pai Francisco
ao passar, faceto
e graciozo, ao lado da ELEGANTE MãiCatharinã ...
T u d o festa e alegria e eu e Jacqu es, fruiamos
com prazer todo aquele movimento.
Os nossos juvenis coraçõis jurando sincera
aliança, sentiam-se felizes por estarmos juntos.
Hoje, que me vejo lonje dele lembro-me
com saudades, do passado que tanto nos uniu e
formou entre nós uma amizade fraternal e inque-
brantavel.
É' que nesse tempq lutávamos pela vida . . .
Amazonas-Rio Madeira-Paraizo
João Antônio Fernandes
Cazar sem amar é professar o mais respeitável de
todos os sentimentos, cazar sem amor é um suicídio moral.
Os desgraçados que contraem este laço por frio cal
culo, nunca terão lua de mel.
O matrimônio teve por baze o afeto mutuo de dois
coraçõis.
Os seres unidos por este suave laço, reduzem os pe-
zares da vida á metade e centuplicam as felicidades.
G U E R R A J U N Q U E I R O
ENIGMA
Ao Pamplona
Se do meu todo que é pérola
A penúltima cambiar,
Em mulher, ave e -cidade
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56
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
19x8
Formula de procuração
Qualquer pessoa {maior) em gozo dos direitos
civis e políticos, poderá passar procuração de pró
prio punho.
A formula é a seguinte :
Pela prezente procuração, por mim feita e
assinada, nomeio e constituo meu bastante pro
curador (nesta ou onde fôr) o Sr. F para o
fim especial de (aqui se declara o fim a que é
des
tinada),
podendo para este fim reprezentar-^me
em
juizo ou fora dele, requerer tudo que julgar con
veniente e a bem dos meus interesses, recorrer,
alegar,
prestar lícitos juramentos, dar recibos ou
quitaçõis, uzando de todos os poderes em direito
permitidos, incluzive substabekcer esta, o que tudo
darei por firme e vàliozo.
Data
Assina
Firma reconhecida
Selo de
2 $ 0 0 0
Federal
tura
Para substabelecer bastará escrever á marjem
o seguinte:
Substabeleço na pessoa de F
.
os
p
0
d
efes
7/21/2019 004071 Completo
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Dr. Bernardino Machado
( E x - p r e z i d e n t e d a R e p u b l i c a P o r t u g u e z a )
7/21/2019 004071 Completo
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5 8
Almanaque do PORTUGAL = = =
I0
-<8
Dr Bernardino Machado
( E x - p r e z i d e n t e d a R e p u b l i c a P o r t u g u e z a )
• / • Dr. Bernardino M achad o, ex-prezidente
^ ' da Repu blica Por tug ue za é um a das figu
ras que mais se destacou no principio do atual
rejimem.
Propagandista ardorozo e conscio, Bernar
dino Machado desde que foi par e ministro do
Reino, ao ver a ilegalidade de tal espécie de go
verno, pendeu para uma nova forma consti tuci
onal , que redimi-se para sempre Portugal nobre
e valorozo.
Implantou-se a Republica e Bernardino
Machado foi nomeado embaixador portuguez no
Rio de Janeiro e com tanta maestr ia dezempe-
nhou este cargo que, quando de regresso a Por
tugal, o povo foi recebel-o ao cais, com as mai
ores manifestaçõis de admiração e carinho.Os dezordenados factos de Pimenta de
Castro influíram bastante para que Manuel de
Arriaga, o primeiro prezidente da Republica, pe
disse a sua eliminação do governo, e então o
povo portuguez escolheu acertadamente a Ber
nardino Machado.
Homem de fina tempera, alia á sua alma
bondoza, profundos conhecimentos de soeiolojia.
C h a r a d a s (mefistofelica)
Mira-se no espelho o rapaz, antes de comer
7/21/2019 004071 Completo
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X
gi8 , Almanaque do PORTUG AL • 59
P r o p a g a n d a P o r t u g u e z a
P r a i a s — F u r a d o u r o
Intentemos uma viagem. Dura uma horaaproximadamente este passeio. Larguemos Ovar,
com as altas chaminés das suas diversas fabri
cas de vidro, de conservas, de cortumes e com
os seus caminhos de ferro e tomamos a estrada
do Furadouro. Um carro puchadoa bois e pro-
licimo á chegar á vila, carregado de mexoalho,
geme nos seus eixos. O sol ainda baixo envia
raios dispersos atravez dos pinheiros qUe marji-
nam a estrada. Um cheiro a folhas-de eucaliptos,
a chorõis e a água salgada chega tênue até ali.
Aproximamo-íios: o caminho está a meio. Mu
lheres, vestidas de grossas lãs, chapelinho mitra-
do na cabeça, gigas dentadas salientemente nos
extremos- debaixq do braço, fachas rodeando e,m
muitas voltas a cintura, descalças, cruzam a es
trada, cantando ou falando mutuamente em bom
timbre.
O sol vai-se elevando pouco a pouco, os
raios já deixam de atravessar a caule para atra
vessarem a copa dos pinheiros. O cheiro á agUa
marítima perpetua-se. Dezaparecem agora os pi
nheiros e em duas filas, semelhando as colunas
dos ,claustros,_marjinam a via eucaliptos grossos,
luzentes, macios, tão altos que parecem finos, de
rarn^jern transparente, deixando ver atravez da
copa pedaços do azulino ceu do Furadoro. Atra
vessa a estrada, ou antes a estrada atravessa a
na de S. Paio da Torreira. Barracas dispersam-
7/21/2019 004071 Completo
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6o
Almanaque do PORTUGAL -**== *9*8
se pelas marjens, ao lonje adivinham-se velas
de barcaças, de barcos e botes.
A água cristalina, deixa espelhar a ponte e
pedaços dos sobranceiros galhos de eucaliptos
e correndo em calmaria arrasta folhas amarelas
pela velhice que as obrigou a deixarem a arvo-
re-mãi . O. cheiro da á g u a m arí t im a perpetuo u-se
os pulm õis respiram dilatad os. A arajem é eterna,
como eterno é o bulicio das folhas e dos galhos,
que ela própria move. Dezaparecem os últ imos
eucaliptos, cazas artísticas, com jardins na frente,
palmeiras em leque aos lados, seguem-se de es
paço a espaço.
Principia o ruido dos sapatos na areia, ou
ve-se o espraiar das ondas e avista-se lá no alto
da ru a C entral a capela pad roeira. A s cazas unem-
se, evoluem-se os jardins na frente.
Furadouro, apezar de pequena, é uma linda
praia . Tem ruas muitas , bem al inhadas, as cazas
na maior parte de pedra são de gosto art íst ico.
Diversos hotéis e cassinos oferecem perenes dis-
traçõis aqueles, que não se contentam só com a
Natureza. Entre estes deve-se destacar o hotel
Cerveira, dum aprimoradíssimo gosto e si tuado
na rua principal. Tem duas capelas, uma feita e
acabada, mas pequena, a outra, espaçoza, mas a
concluir, ou antes a reparar. Diversas fabricas
de conservas acentuam o seu nome de praia sa
dia, comercial e elegante, destacando-se entre
elas a «V arina», pro pried ade da firma B ran dão
& C.
a
. Esta fabrica que vizi tamos quando ainda
7/21/2019 004071 Completo
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xqi% s s s = A lmanaque do PORTUGA L ==s*ss 6r
«_
aparelhos modernissimos, dezafiando as conje-
neres francezas.
A's seis horas da manhã. O mar, o imenso
mar, está alvo de espuma, o sol ainda não apa
receu. Na praia estendem-se sem linha pequenas
cazitas de madeira pintada, assemelhando-se ás
guaritas do caminho de ferro. Senhoras, saem
delas, vestidas de roupa preta com listas bran
cas, em cam inho ao m ar. A s m ais levam pe la m ão
as crianças que,
profissionais,
tomam e metem-
nas debaixo da primeira onda a espraiar-sé.
Veem-se cantas pequenas, vermelhas, abrindo a
boca e muitas encarnadas, chorarem, porque to
maram um bôa doze de água salgada.
Nos extremos da praia, barcos de grandes
bicos á popa e á proa, e com dizefes carateristi-
cos, como: «Fé em Deus», «Milagre de Santo
Antônio», «Deus me guie», etc. Geralmente estes
nomes, são acompanhados de figuras
Ae
santos,
tornando-se verdad eiramen te sing ulare s pela «ma
estria» do pintor. Grandes rolos de cordame
amontoam-se em cima da rede á pôpá. Remos
enormes pendem das beiras tocando com as ex
tremidades na areia. Os barcos vão largar. Ho
mens de carapuça embarcam. As mulheres áju-
dam-nos, heroicamente, mas como uma heroici-
dade costumada. Momentos depois o sol apare
ce paralelo á água, as famílias retiram-se pouco
a pouco e os barcos, alem, parecem um escuro
pequeninissimo numa folha de papel azul.
Cinco horas da tarde. Os barcos já regres
7/21/2019 004071 Completo
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62
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L ===== i9» «
sentadas em grupos de trez ou mais, ou menos,
fazem pocinhos na areia, conversam, respiram
alegremente, olham a imensidade do azul encres-
pado das agúas. Outras sujeitando-se a molharem
os sapatos correm a beira-mar, na busca de con
chas e de búzios.
Nos extremos, bois são acorrentados á cor
da da rede a puchar do mar, arras tam-na até no
cimo da praia, volvem outra vez á beira, para
tornarem a subir. A azafama do pçscado nos ex
tremos, emquanto no meio os olhares languidos
da mocidade distraída, estendem-se atravez de
tan ta: simplicidade, d e ta n ta m ara vi lha da deuza
Natura .
D o « P O R T U G A L »
J. Ift. Ferreira de Castro
^ _ .
—A' quantos anos pede esmola neste si t io?
—Ha vinte anos, senhor.
: ,—Pois duranjte todo esse tempo tenho-o visto com
uma criança nos braços. Tenha a bondade de dizer-me se
é a iüesin,a
Todos os portiiguez.es
d e v e m
A s s i n a r o j o r n a l
P O R T U G A L
7/21/2019 004071 Completo
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D r . M a r t i n s P i n h e i r o
(Intendente Municipal)
7/21/2019 004071 Completo
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64 = = A lm anaq ue do PO RT U G A L =====* *9i8
D r - M a r t i n s P i n h e i r o
( I n t en d en te M u n ic ip a l )
E i s u m d o s h o men s d e v a lo r n o s f a s to s d a
p o l í t i c a n o r t i s t a : S . Ex e .
a
o s n r . M ar t i n s P in h e i
ro , I n t e n d e n t e m u n i c i p a l a i n d a d o t e m p o d o g o
v e r n ad o r d r . En eas M ar t i n s , o d r . M ar t i n s , P i
n h e i r o , a p e z a r d o s d e s m a n d o s c o m e t i d o s p o r
aq u e l a au to r id ad e , s o u b e s a i r d e l e s i n có lu m e , o
que é f r i zan te , dada a mane i ra e a s a t i s f ação com
q u e o d r . L a u r o S o d r é o c o n s e r v o u n o m e s m o
ca r g o , q u e S . Kx c .
a
d e z e m p e n h a co m s a p iê n c i a
e ca r in h o .
S e n a d o r e s t a d o a l é d e v e r a s a p r e c i a d o en
t r e s eus co r re l i j ionar ios , a s s im como o é por todo
o p o v o p a r aen s e , em g e r a l .
F igura de rea l pres t i j io e cr i té r io , a e le , hu
m i l d e m e n t e e m b o r a , c o n s a g r a a s u a h o m e n a j e m ,
a d i r e ç ã o d o « A l m a n a q u e d o P O R T U G A L »
Charadas (novíss imas)
O s ina l f e i to sem graça , p roduz tu rba-
ção.—2,2.
A t u a p a l h o ç a t e m a r a n h a ? E n t ã o n ã o f a ç o
a t roca .—2,1 .
P a r á - B e l e m M O N T E L I M A
O s h o m e n s q u a n d o s e e n c o n t r a m f a l a m d e
7/21/2019 004071 Completo
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ig i8
Alm an aq u e do P O R T UG AL 65
Dr João Coelho
O dr . João Coelho
é uma das f iguras po
l í t icas mais e in ev i
d en c i a n e s t e Es t ad o .
E s p i r i t o v e r d a d e i
r a m e n t e d e m o c r a t a , S .
E x c .
a
a l ia a re t idão de
cará te r um pro fundo
c o n h e c i m e n t o d a s b a -
z i l i c a s l e i s g o v e r n a
men ta i s .
I n t e n d e n t e d e B e
l ém e d ep o i s g o v e r n a
d o r d e s t e Es t ad o , q u e r n u m, q u e r n o u t r o ca r g o
S . Exc .
a
m os t ro u ta 'n ta co m pe tên cia e ze lo qu e o
povo paraense acos tumou-se a amal -o e conservar
em redor do seu nome uma aureo la de r espe i to .
Hoje o dr . João Coelho re t i rou-se da v ida
pub l ica á v ida p r ivada , v ivendo em descanso na
v i la San ta I zabe l , ma is aconchegado as s im aos
do tes da na tu reza .
O « A l m a n a q u e d o
P O R T U G A L -
sen te-se bem
em pre s ta r e s ta s iuse ra hom ena jem a S . Exc .
a
Charada (novíssima)
Sobre a mula ve io pa ra aqu i o peixe .—2,1.
Belém
P A N - P O N - P U M
7/21/2019 004071 Completo
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66 = = A lm an aq ue do P O R T U G A L ^ - • 19x8
COMO SÃO FEITOS OS JORNAIS
O jornal esse indispensável companheiro
do homem civilizado, tem sofrido atravez do
tempo modificaçõís extraordinárias. Algumas cu-
riozidades a este respeito se encontram coleci
onadas :
Em 1829 o Atlas, de Londres,_publicou um
numero que media i
m
,6o de largura e i
m
,30 de al
tura; em 1858
The Constellation,
de Nova York,
publicou, por ocazião da festa escolar da inde
pendência americana, um suplemento de forma
to de 2
m
,46 por i
m
,78. Cerca de 1850 o Courrier
dcs Baigneurs
e
La Naide
eram impressos em
papel impermeável para poderem ser l idos du
rante o banho; houve depois um
Grand fournal
do formato de
i
m
,25
por
iy",qo
impresso em pano
branco que depois de ser lido podia servir de
toalha para as mãos.
Um jornal , / /
Fazzoleto,
depois de lido, po
dia servir de lenço, como o seu titulo inculcava;
outro, o Giornale per fumatori, era im pres so em
papel de cigarro. No primeiro dia deste século foi
publicado em Madrid um jornal luminozo, inti
tu lado
Luminária,
qu e tendo em pre gad o enxofre
na compozição dos carateres, podia ser lido no es
curo.
E finalmente houve ainda um jornal quedepois de lido podia ser comido
Este , realmente, era o que nos servia. . .
P O R T U G A L — é o j o r n a l p o r t u g u ê s
7/21/2019 004071 Completo
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i g i8 A lm a n aq u e d o P O R T U G A L
67
D r . X D i o n i z i o B e n t e s
- t l l l l t l M l I I -
Com o máximo prazer estampamos o re
trato do Exm.°Snr, Dr. Dionizio Bentes, reputado
medico em Belém, político de incontestável valor
e orador de elegância rara.
A atestar fortemente o que acima dizemos
está por certo o tempo em que S. Exc.
à
foi inten
dente' de Belém, que deixou frizantes provas do
seu valor e sapiência.
Um
inimigo
éo trabalhe.
—-Homem, ninguém te ve por parte alguma. Onde
te metes?
7/21/2019 004071 Completo
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68 ===== Almanaque do PORTUGAL = = ^
Receitas úteis
Creme de Baunilha
Ferve-se um litro de leite com p i bocado
de baunilha e cem gramas de assucar. Tira-se
do lume quando estiver a ferver, e deixa-se es
friar. Tomam-se em seguida tíez gemas de ovos
e uma clara, bate-se tudo e deita-se no leite já
frio,
havendo cuidado em mexer. Passa-se por
uma peneira fina, deita-se em casquinhas própri
as e cozinha-se em banho-maria. Um litro de
leite dá para oito casquinhas.
As descobertas da ciência
O medico norte-americano Gordon Edwards
descobriu ultimamente um novo processo de
anestezia local com a apl icação do quinino, o
qual permite a extração de balas dos feridos, sem
dôr, durante o efeito da anestezia, que dura quatro horas.
Uns liebretis de Metz aprezentaram-se rei* marechal
Ferte, que negou-se a recebel-os dizendo com i:::i<> humor:
—Não quero receber ninguém dos malvados que ma
taram Cristo.
—Senhor marechal, disseram que lhe trazem um pre
zente <íe quatro mil rublos.
—Olá que entrem, por cer to-não o conheciam quan-
o crucificaram.
A mulher é uma iguaria digna de deuzes
quando o diabo não a tempera.
7/21/2019 004071 Completo
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Grande Fabriea a Vapor
=-i=UE =
C I G A R R O S
E
B E N E F I C I A I
D E
F U M O S
" G I R A F A "
A installação mais hygienicamente montada do Paiz,
com apparelhos modemissimps adaptados
ao tabaco do Pará
e que podem produzir diariamente:—
600.000 Cigarros de vários typos.—30.000
Pacotes de 25 gj-ammas de tabaco.—
2.600 kilos de tabaco beneficiado.-'4.000 Latas
de diversos tamanhos, para tabacos
(tampa dupla).
^condicionamento
de p rime ira ordem nesta lataria
podendo
ainda ser utilissima ao
comprador
Tem cons tan te depos i to dos espec i -
aes c igar ros do seu fabr ico :—
CLUB, GIRAFA, GABY, ARGENTINOS,
PRIMA-MISTURA,
PRIMA-CAPORAL, 31 e PACHÁ
N o v i d a d e s p a r a 1 9 1 8
i- i /
"47"—Optimos cigarros refractarios ao mofo devido o seu isola
mento (limoíaçãe nossa),
"R E I D E PAUS"—Especiaas cigarros exclusi
vamente fabricados para o Amazonas,
Única fabrica no Brazil que possue machina pró
pria para a extracção da nicotina.
Fabricação franca con tantem ente em exposição.
Produotos garantidos. Hygiene e asseio.
N I C O L A U D A C O S T
S C
1
R u a d a I n d u s t r i a 8 1 . C a ix a P o s t a l 6 2 2 . — P A R Á
7/21/2019 004071 Completo
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7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 85/211
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Pharmacia Pontes
—
DE
—
PONTES , IRMÃOS
Trav.
Dr. Fructüoso Guimarães, 40
>: piS Í I
RUA.|3,
Q£
MAO
Caixa Postal n, 583
N O V O R E M É D I O
N T R A A S
SEZÕES
e FEBRES
D É Q U A L Q U E R
N A T U R E Z A
C Ü R A M D A , ^ Ü R A , S E M R E C A H 1 0 A S
DEPOSITO:
P H A R M A C I A P G N T E S - P A R Á
D r o g a s
e
p r o d u c t o s c h i m i c o s
Especialidades
Pharmatcêiticas,
dos
Melhord
Fabricantes do Müfido
A M E R C A D O R I A
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D E V I D A M E H T E S E L L A D A
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 86/211
J.R. da S ilva Fontes
REPRESENTAÇÕES
Coiiitóssõcs
©
Corinignaçòos
I M I M I I I M I '
E x p o r t a ç ã o
d e
s e m e n t e s
8
c e r e a e s
Pará,
rua 13 de M a io , 83
E n d e r e ç o
t e l g .
S I L V A M O S C a i x a p o s t a l
n u m . I 3 0
(Filial em Manaos)
Caixa postal n. 420
Tem correspondentes em
todos os Estados do Brasil e nas
principaes praças da
Enropa e America.
Acceita representações de fa
bricas e de casas
commissionistas de gran
de exportação.
R E F E R E N C I A S D E I O R D E M
7/21/2019 004071 Completo
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I 9 I
8 = = Almanaque do PORTUGAL ===== 69
E v o c a n d o
Adeus tu me disseste comovida,
arfatido; o colo branco e perfumado.
Adeus... eu respondi com a voz sumida
e o coração chorando ,desgraçado...
1
Naquela breve e traste despedida,
fitando o teu semb|a»te dezolado,
uma escaldante lagrima sentida
rolou-me pelo rosto macerado;.
E eu que
fiquei»-
sozinho, soluçante,
numa agonia louca e torturante,sentia o coração de dôr sangrando,
E hoje penço nesta soledade
emquanto sinto, vendb-te distante,
que não ha dôr maior que a da saudade
Belém, 6 de dezembro de 1917.
L I N D O L F Q
M E S Q U I T A .
S U D O M A
CONTO
(Conde lieon Tolstpi)
— 0 0 ^ 0 * —
. No distrito de
P S K O V
ha um pequeno rio,
Sudoma, e ás marjens duas montanhas, face a
face.
Sobre uma dessas mpntanhas havia anti
7/21/2019 004071 Completo
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7 0
Almanaque do PORTUGAL ===•= 19x8
Sobre a outra , julgavam, em outras épocas ,
os slavos.
Contam os ant igos que, em tempo remoto,
desde o céo àquela montanha baixava uma ca
deia e que o justo podia tocar, porém era inas-
cesivel ao culpado.,.
Um homem pediu dinheiro a outro—refe
re quem o sabe,—e o devedor negou a divida;
ele e o credor foram levados á montanha e ali
receberam ordem de tocar a corrente.
O credor levantou a mão e tocou-a.
O outro,—mais claramente,—o devedor, era
coxo.
Levantando-se es tendeu a sua mule ta : pa ta
com mais facilidade chegar á cadeia; alcançou-á,
com efeito, o que cauzou admiração a todos os
circunstantes .
Como é que ambos t inham razão?
Consistia em que a muleta era ôça e o tram-
poliheiro ha v ia colocado o din he iro no seu interior;'
Quando suspendeu a muleta , es ta continha,
a
importância da divida, e com o pensamento
devolvia o dinheiro ao seu dono.
E is aqu i como po ud e ajir a cadeia, e o
modo com que poude enganar a todo o mundo.
Porém, a partir de aquele dia, a cadeia as
cendeu ao céo para nunca mais tornar a descer .
Pelo menos, assim o afirmam os antigos.
Trad . de
H E N R I Q U E A M O E D O
C O R R E S P O N D Ê N C I A
Prim eira carta.—Quando o torne a encontrar dou-lhe
um pontapé.. . aonde pôde supor.
7/21/2019 004071 Completo
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1 9 1 8
i Almanaque do
PORTUGAL
= = =
71
Saudades da minha Aldeia
(Rdcordaçõis
á*n
infância)
f U l f l f t l » »
Longos anos são decorridos que, bem cri
ança, parti da remota aideia onde nasci, Bem
remota, mas, das mais pitorescas de Monsão»
d'essè Minho em que a natureza foi pródiga, do-
tajado-o de belezas e encantos que, sem contesta
ção, é o jardim de Portugal. Aos 12 .anos ainda
incompletos, levaram-m e à Lisboa. Ali pe rm a
neci na atribulada vida do comercio, d'esse co
mercio retrodago, em que o çaixeiro éra uma
maquina de mõto-contino.
Anos após, rezolvi matar saudades e parti
a visitar o lugar onde nasci, abraçar minha velha
e santa Mãi, meus parentes íntimos e meus ami-
guinhos de infância. Poucos eucontrei, seguiram
o mesmo destino meu. Os poucos dias que me
restavam de licença, dezejéi aproveital-os, apre
ciando o quanto é belo e sublime o ali perma
necer. E admirável o viver d'es§e bom povo , a
tranqüilidade de espirito, o alvorecer das m an has
pnmaveris, o canto maviozo do rouxinol, o asso
biar inebnante do melro—relojio de spe rtad or dos
preguiçozos. Rezolvi aproveitar essas poucas
horas de folga, e intentei dar alguns passeios
nos amplos p m he ira is,. preciozissimos para" a
saude_algo abalada. Fui mais alem, sobi penhas
cos,
afim de diáfrutar o inajestozo panorama do
Minho liquido em suas ondulaçõis serenas, mar-
uadas por uma magnifica estrada de
macdan.
iodo o portuguez, que se diz viajado è que não
tenha feito o percurso de Viana do Castelo a
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72
Almanaque do PORTU GA L '
*9&
gaço;— nada de bom viu, na da de agra dá ve l apre
ciou. Terminado minha l icença parti com sau
dades,
mas rezignado, cumprir o meu dever. Um
raio de luz e uma esperança de vitoria, de justiça,
ia surjir: a imancipação da classe caixeiral, suas
rega lias de cidadõis l ivres, su as ho ras de repouzo.
O triumfo éra nosso, depois de tantas lutas. Já
ezis t iam horas de folga que deviam ser ut i lmente
aprovei tadas .
Em face do explendor conquis tado esque
c i-me embora m om en tane am en te das saudades
de minha Aldeia.
E tudo isto se passou em 1888
Quantos anos já são decorridos-
26 /12 /917 .
ANTÔNIO MARTINIANO PEREIRA
'1
GARAGE "COELHO"
Te lephones 356 , 514 e 595
P O R T U G A L - é o j o rn a l p o r tu g ue z
de rna io r c i r cu lação no Braz i l .
C ha r a da ( a n t iga )
(Aos dicifradores Paraenses)
Achas que é sacri f íc io
Entrar por este orifício?-2
Po i s bem:—segura meu braço -2
e segue-me, faz o que eu faço . . .
E se achares constranj imento
Marco novo ad i amento .
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I 0 I
8 ===== A lm ana qu e do PO R T U G A L - 73
C o r o n e l J o z é J ú l i o d e A n d r a d e
O E s t a d o d o P a r á
d ev e b a s t a n t e a o .s r .
Coronel José Júl io de
Andrade não só como
influente polít ico, co
m o , e m u i to m a i s , g r an
de d e s b r a v a d o r d as
mar jens amazôn icas .
Probo e intel i jente , o
h o mem d e q u em t r a t a
mos soub e be m al to so
l idif icar o seu nome,
como bem al to soube
c ap ta r as s i m p a t i a s
que goza de todos a-
queles a quem ele di s t in gu e com a sua am izad e.
E é com pleniss im a sat is fação es pir i tu al
que publicamos o seu retrato , cer tos , embora, de
ir encontrar por óbice a modéstia do snr. Coro
nel Jozé Júlio d'Andrade.
Charada (nov í s s ima)
Ao Sabino Durais
Xa povoação indi jena uma le t ra só bas ta
para escrever o nome do tambor:—2,1.
Pará
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74 Almanaque do PORT UG AL ===== 1918
A N Ô I S C E L E B R E S
A prezença de uni anão deve produzir em
todo o coração nobre um profundo sentimento de
piedade: rir-se ante tamanha disformidade é ser
cruel.
A historia nos refere, antigamente, que a
prezença de um anão consti tuía uni prazer para
os reis e t i tulares, que os t inham sempre consigo,
vivendo em seus palácios e proporcionando-lhes
um a fama tran sm itida de ger açã o em geração.
Por es tas circunstancias tem havido anõis
celebres.
—Jeffery Hudson, pertenceu a Carlos I e
Henriqueta de França .
Nasceu em Dakham em 1619, e aos dez anos
tendo apenas 18 polegadas de altura, foi admi
t ido ao serviço do duq ue de B uch ingh am , e quan
do se celebrou a boda de Carlos I com Henri
queta de França, o anão Jeffery foi aprezentado
á meza dentro de um queijo.
—O anão Wybrand Lolkes nasceu na Ho
landa, em 1750; aprendeu o oficio de relojoeiro;
cazou com uma formoza mulher que o acompa
nhava a toda a parte.
Ezibiu-se-em circos e teatros, logrando re
unir uma pequena fortuna.
—Também foi notável Nicolás Ferri (Bebê).
Ao nascer em Placines, nos Vorges, media nove
polegadas e pezava doze onças. Morreu aos 23
anos, es tando ao serviço do duque Estanis lau de
Lorena. O seu esqueleto foi depozitado na Bibli
oteca Real de Nancy.
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3918
Almanaque ão PORTUGAL
75
A n t ô n i o A g o s t i n h o S o b r i n h o
O 131611 a m i g o
I Antônio A gosti
nho So brinh o n ão
lé um nomedesco-
jnhec ido no me ie
I comercial do Nor-
I t e . No Pará e Ma-
H
naus tornou-se ra-
Ipidamente apon-
ltado pela sua fer
renha guerra ao
comercio rotinei
r o .
Geren te
e
sócio
da caza A go stinho
da Silva & C
a
, osr .
A n t ô n i o A g o s t i
nho Sobrinho, fez
dum estabeleci
mento regular e
algo freqüentado,
bastissimos e luxuozos armazéns, frequentadissi-
mos e conhecidos agora ao extráFho.
Todos se lembram ainda de sua orijinal e
grande propaganda ao motor FERRO que lhe
valeu vender dezenas desses aparelhos por se
mana.
Ho mem sup erio rm en te forte e corajozo, ele
sozinho seria capaz de re-edificar todo o comercio
antigo, comquanto isso fosse útil á coletividade.
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7 6
= • Almanaque do P O R T U G A L — ^ J » * f
Interessante apoteose
a uma polemica charadis t ica
\ m ísteríoza ar te de decifrar ch ara da s *
.eus acólitos, não produz apenas diversão espi
ri tual nem ta m po uc o só o conhecer-se alguns
termos exóticos e outros que, mesmo sem ser exó
ticos, não os conhecemos, apezar ali dos gramati
cais de Câ ndido de Figu eire do e Jo ão Ribeiro.
Ela produz muito mais , concorre mesmo
para o dezenvolvimento de amizades reciprocas,
quando não amores. . . semi-mitolojicos.
Senão veremos: O dr . Miguel Augusto
d'OHveíra, o celebre
D'Klaia,
do «Lu zo» h a anos
que vinha mantendo cerrada polemica com I).
Adelaide Arnaud e seu irmã Olímpia Arnaud.
Pois bem: sabem os leitores a apoteoze a
essa polemica?
O D'Elaia apezar de viver em Jaboatão,
Pernambuco, acaba de contratar cazamento com
a seuhori ta Adelaide Arnaud que mora em For
taleza, no Ceará.
Nem mesmo a distancia os separou.. . e de
pois digam que charadas . . . são charadas .
Até Cupido as compreende
J O C A S T K O
— M a s o s r . d ou to r n ã o m e d i s se , qu e p r o c u r a s s e ev i
t a r t o da a e m oç ã o f o r t e ?
—D e f a c to , pa r a a sua e n f e r mida de , na da ma i s a r r i s
cado .
—P ois c omo se l e mbr ou de me ma nda r a c on ta t - s i a
m a n h ã ?
V S . é p a t r io ta ?
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I9i8 «ssass Almanaque do PORTU GAL = = = 77
LAGBIMA
Eu perguntei o que era amor á roza,
«E'
como nós; corola aveludada,
«De uma côr atraente, vòlutuoza,
«Porém, toda de espinhos circundada».
Os malmequeres brancos consultei
Sobre sé sim ou não éra eu amado;
Uma por uma as folhas arranquei
E d'um malmequer branco desfolhado
Aiderradeira respondeu-me: «Não »
Banhou-me de pranto^o coração...
Se é fraqueza chorar nos seus amores,
Lagrimas verte o monte, que é granito
E o céu, o próprio céu, que é infinito,
Chora .também no cálice das flores i
B U L H Ã O P A T O
Bendita seja a flor
(Ao grande coração da mulher portugueza)
«Nem ele h a coiza m ais irmã , mais gêm ea.
«Que o murmurar duma prece
*E o rujir du m a blasfêm ia...
(Do livro
Sombra de Fumo)
Sen hora s N os vossos lábios,— o nom e de,
Portugal,—tem o ritmo das baladas e a doçura
relijioza das «matinas».
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78 = = Almanaque do P O R T UG AL 1918
está rezando alguém—no brando e çiciante mur
múrio que ensina ás almas o místico sabor das
aladas sinfonias do azul, das melopéias ideais dos
arcanjos e dos serafins
E' cântico e é prece; hino triunfal da alvo
rada eterna, e «Missa Nova» duma fé sempre
em botão.
Quando vós o dizeis ,—nós sentimos que al
guém o eleva, e alguém o desdobra e entoa na
olímpica e divina brivação, incomensuravel e
vaga do brado infinito da voz dos séculos
E ' gên io e é ca nd ur a; á g ui a enlev ada a fe
r i r as a l turas ,—virtude dominadora curvando,
amarfanhando iras .
Anciedade e quiétude.
Beijo virtual da essência 'do amor, e grito
fremente a ruj i r vinganças
E ' v oz de irm ã dizend o ao gu er re iro «Parte »;
voz de noiva dizendo ao amante «Vence »; e voz
de mãi clamando a lucta «Pára »
N ão h a lábio s com o os vossos p ar a nos di
zer bem o nome de Por tugal
:\
N em h a m ais pe reg rino s coraçõis pára o
entender, no subtil queixume de cruciantes ma-/
guas—(que é como suave,"piedoza reza)—quando
o diz a boquita inocente da orfandade.
Ouvi;—é a creança loira e linda de Portu
gal,—que sofreu
Eu trago-vos pela mão o filho do soldado
m orto, em cujo o lha r macio m al pa lp ita a inda a
v izão m agu ada de . he ro í smos e de b ra v u rà s , -
1
que pára o fazerem homem livre, dum paiz l ivre
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giôi
m
: Almanaque do P O R T UG AL - 79
A mais casta expressão dà de sven tura, nu m
gemido brando qué nial sé advinha, mal se sen
te... e só se alcança m uito lonje, ao fundo do
futuro..
E' o filho do herói què lutou e caiu d'aifma
á cara, no solo extranho dá França—honrando
a nacionalidade e en lutan do o lar, — pá ra qu e
haja beijos felizes na vossa boca, sorrizos meigos
no vosso olhar Contente,—um terno espozo a
vosso lado,—e uma pátria glorificada a ser gran
de, e a ser a nobre Pátria dos filhos do vosso
amor infinito.
Vem da lenta estrada do infortúnio, cança-
do e triste, cheio da tocante aneiedade que ajita
a aza incerta das aves sem ninho,—á busca dum
afago de vossa alrfla piedpza e santa
Traz os pequeninos lábios ofegantes—(vir-
jens do primeiro beijo e das primeiras falas),—
a abrir-se na rubra dôr eloqüente «de quem quer
dizer... e não sabe dizel-a ainda »
Nos rasgados, brilhantes olhos de exclama-
tivo olhar tão doce,—os sorrizos melancólicos,
mudam em oculto pranto, a maguà de ser pe
quenino e não ter pai,—a saudade (que ele antes,
advinha
dó
que sente)—de o ter tido é de o perd er
A linda eabecita de cabelos d'oiro—que o
sol d'aldeia tanta vez beijou, parece recordar-lhe
anciozamente a caricia perdida e abrazada dou
tros beijos d'amòr,—a explendente imajem dal-
guem a quem em vão procura,—dalguem por
quem chora e por quem sofre—e o não ouve, e
o não afaga .. .
E' a suprema dôr dá inocência que eu vos
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8o = = A lm anaque do P O R T U G A L - '
W *
Vem da enlutada Terra Por tugueza e tem
a cândida suavidade das súpl icas mais sagradas
E' a orfandade
Um gesto, um virtuozo sorrizo gentil issi-
mo e uma flor,—inda ha pouco inundaram de luz
em Portugal , a cerrada t reva do horizonte dos
filhos dos heróis tombados.
A alma clemente e piedoza da mulher por
tugueza fremiu nos maiores encantos e edificou
enternecidamente o azi lo r idente da santa pro
videncia—á desventura dos pequeninos.
Amparáe-qs vós também no Pará
Um sorrizo e uma flor para os orfans da
guerra.
Uma cazita branca a alvejar no povoada,
com pão lá dentro—e o.vosso carinho, o vosso
amor espiri tual a inundal-a de perenes afagos.
Já vicejam e en trea bre m as rozas é as bo-
ninas; as violetas redolentes são saudozas do
mimo dos vossos dedos
Colhei-as piedozamente.
Erguei-as do chão e dái-as pelos órfãos
Eevantai-as ao Céu
Bemditas sejam as flores
JoÃo Gix
J Ú N I O R
As mulheres que sabem chorar são felizesnos amores, porque contristando os coraçÕiSsdos
maridos, dos noivos ou dos-namorados, acáibam
por dominal-os.
V . S . é p a t r i o t a ?
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I 9 I
8 : A lman aq u e do P O R T UG AL •• ' ' " 8 i
P a r á - M e d i eo
D r . . A . c i l i n o d e L e ã o
E ' - n o s s o b r emau e i r amen te g r a to i l u s t r a r a s
paj inas do «Almanaque do P O R T U G A L » com o
retrato do dr . Aci l ino de Leão, medico de gran
de nomeada no nor te do Brazi l .
O hom ena jea do de ho je não é exc luz iv ã
m en te o fiz ico f rio e s is t em átic o, é ta m b é m o
l i te ra to que sen te pulsar o expoente da ar te é o
polem is ta v igo rozo , o jor na l i s t a de va lor :
— Dig a-m e* p o r t e i r a , m o ra n es t a caza o s n r . X ?
— A g o r a e ^ t á s e m u d a n d o . . .
— E n t ã o . . . v a i m u d a r . . .
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82 = = Almanaque do PORTUGAL "9
1 8
D e s t i n o s . . •
Em frente á Sc, n um banco de avenida,
vi-me sentado, por acazò, um dia;
e pensava, sorrindo de ironia,
nos opostos destinos desta vida.
Em breve a praça se tornou florida
de noivos um cortejo aparecia
emquanto, ao lonje, qual vizão sombria,
caminhava uma freira entristecida
Toda
de.
branco, a noiva entrou
110
templo...
toda de preto, a freira (triste ezemplo /)
sufocada, uma lagrima enxugou .
E emquanto a noiva o coração abria
para o Amor,
—
num convento, estéril, fria,
a freira, para o Amor, o seu fechou
/
J. Eustaquio de Azevedo
CHARADA (novíssima)
Era branco o horizonte, quando alem avis
tei a planta.—3, 1.
Belem-Pard
S A R J E N T O L I M A
O amor é como o cris ta l ; qualquer passada
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IOI8
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
83
OS G R A ND E S I N D U S T R I A I S
Jozé <fOliveira Jordão
. S e r i a ce r t amen te u n i
g r an d e l ap s o
se,
j u n t o ao s
clichês
que inse r imos dos
m a i s r e p u t a d o s m e m b r o s
d a p o l í t i c a e l i te r a t u r a
luzo-brazileira, não adju-
vassemos t ambém o de
a lg u m in d u s t r i a l, h o m en s
que t an to concor rem pa-
I r a a p rosper idade m ate
r ial dum paiz. E neste
cazo es tá o nosso ami
go e amigo l ia i do P O R
T U G A L , Exm.° Sr . Jozé
d '01ivei ra Jordão , a lma
de
elite,
bondoza e ca ra te r i s t i ca m en te p ro gre s s i s
ta, industrial pro bo e de c o n sa g ra d o s afetos na
sociedade paraense.
C H A R A D A ( e n i g m át i c a )
—Ao egrejio Pamplona-
S'iuda t en s a lg u m a e s p ' r an ça
de a segunda possuir , -2
t 'nganas- te ; só a a lcança
Ouem a pr ima não sent i r . . . 1 -2
Vorque—valha já a verdade —
se és o todo que eu lamento
em q u an to p r im a t i v e re s
n ã o t e r á s c o n t e n t a m e n t o .
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84 ===== A lm a na qu e do P O R T U G A L = = • 1918
A ( J . V L Ó P K
Ou er e í s v iv e r u ma v id a d es r eg r ad a , i n i / . e r -
r i m a
ê
t o r p e ? O u e r e í s p e n e t r a r n a s e n t r a n h a s d o ;
i n f e r n o ? O u e r e i s p a l m i l h a r i t e n e r a n o s e s p i n h o -
zo s ? Qu e r e i s q u e v o s ch amem d e h ip ó c r i t a s , d e
u zu r a r io s , d e b an d id o s ? Qu e r e i s f en ece r á mín
gu a , á fom e e cá se de ? A pr az -v os t r i lh a r um ca
m i n h o i g n o m i o z o ? E s t a i s d i s p o s t o s a o u v i r a s
in ju r i a s d a s o c i ed ad e e a r emo er u m s em n u mer o
d e a l e iv o z i a s ao v o s s o n o me e á v o s s a h o n r a?
Ou er e i s s e i a r r a s t ad o s a u ma p r i zão ? Qu e r e i s s e r
t axados de r éos , de in fames , de ve lhacos , de pa
t i f e s ? Deze j a i s v e r d e s r e s p e i t ad as a s memó r i a s
d o s v o s s o s an t ep as s ad o s ? Qu e r e i s s e r ap o c l ad o s
co m o s m a i s r e l e s p r ec o n c e i t o s d o i n u n d o ? Qu e
r e i s v iv e r n u m ch a r co d e c r im es , n u m v a l e d e
l ag r imas , n u m in f in i t o mar d e co i za s s em n ex o ?
Al f im , q u e r e i s s e r e t e r n amen te i n f e l i z e s ?
C u m p r i s e v e r a m e n t e a s l e i s d a s o c i e d a d e .
J . P I N T O M O N T E I R O
A D V O G A D O — G u a r d a t u d o q u e h o u v e r d e v alo r, e
en t r eg a m e a s ch av es .
C R I A D O — P o r q u e s e n h o r ?
A D V O G A D O E s s e l a d r ã o q u e e u d e f e n d i n a s e m a n a
p as s ad a e q u e fo i ab s o lv id o . . .
C R I A D O — S i m . . .
A D V O G A D O — P o i s . . . h a d e v i r a q u i d a r - m e o s a g r a
d e c i m e n t o s .
A m e n i n a q u e e u n a m o r o
E q u e m e q u e r m u i t o b e m
T e m u m s o rr iz o q u e e n c a n t a
7/21/2019 004071 Completo
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I 9 I
8 , '" Almanaque do PORTUG AL ===== 85
C o r t e z , C o e l h o & - C .
a
C A S A B A N C A R I A
R u a 1B d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á
Charada (antiga)
Ao Club Infernal
Depois de ler seu enigma,—1
Me lembrei íogo do Zeca,
O nosso bom redator,
Mas este não é careca.
Perdi dias' de -trabalho
E mui noites de soneca,
Quazi que arranco os cabelos,
Quazi que fico careca.
Agora que estou cançado,"
Tive um belo pensamento
Como está na hora da boia,
Vou pegar meu alimento—2
Queiram esperar um pouco,
—Façam-me essa gentileza—
Que eu do almoço, só posso
Ttazer-vos a sobremeza.
P I N T O
M O N T E I R O
—Não se pode sair do cfúartel. Tenho ordem verbal
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86
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L _
Os gatos do reverendo
_ _ . - « • • » - • — — •
O u e r o d i z e r - vos , r e p e t in do o q u e m e f oi c on ta do a
- r a ue o v igá r io de S a n ta M on ic a , o r e ve r e n do Bal-
r a z a o p o - 3 ^ .
p a r a t 0 (
j o s o s a n im a i s , m a l t r a t a , c om t an ta
d e r n m a n i d a d e o s g a t o s i n o f e n s i v o s .N e m se mpr e f o i a s s im.
O v i g á r i o d e S a n t a M o n i c a , h o m e m d e g r a n d e s vir
tud es , u m sa n t o , na o p in ião "das ov e lha s do v içoz o apri sco ,
n ã o t i n h a p r e o c u p a ç õ i s s e n ã o d e p i e d a d e e d e b r a n d u r a .
T r a z i a o s o lhos se m pr e e r g u id os o u pa r a o c é u , na s o r as de
o r a ç ã o , ou pa r a a v inha que f a z i a umá sombr a a p r a z íve l á
f r en t e d a v a r a n d a d o p r e s b i t e r i ò , m a s e r a h o m e m e t i n h a « m a
ma n ia : o s ga to s . A nda va m a s dúz ia s pe l a c a z a , de todos o s
t a m a n h o s , d e t o d a s a s c o r e s ; b i c h a n o s m a c o b r i o s d o r m i a m
v o l u t u o z a m e n t e e n r o s c a d o s s o b r e a s c a d e i r a s ; g a t a s lu bri-
c a s pa s s e a va m f a c e i ra s pe lo s c a m inh os do j a r d im , miando,
rec lam os im pu dic os , e a ,pe t iza da , em ca r r e r ia s tr afegai )
p i ih ha a c a z a e m a lvo r oç o q ue b r a n do a l ouç a , r a sga nd o ín-
fo l ios , ch eg an do , á s ,vezes, á p rofan açã o , com o u m pequeni
no ma l t e z que f o i , uma ma nhã , e nc on t r a do a do r mi r e n t r e
a s pa j in a s do Missal , j u s t a m e n te c om o e va n je lho de S.
L u c a s .
O r e v e r e n do , p i e d oz o e m e ig o , n ã o t e ve a n imo de
espancar o b icho , tão grac iozo es tava que e le o comparo t t ;
a o Co r de i r o , c o m pa r a ç ã o qu e lhe va l e u um long o j e jum €
m u i t a s c a m a n d u l a s e t e r ç o s . N ã o m a l t r a t o u , c o m t u d o , en
xo tou - o e nunc a ma i s de ixou o Missa l a o a l c a nc e dos ga t i -
n h o s . E s s a m a n i a n ã o p o d i a c o m p r o m e t e r o v e n e r a n d o p as
to r a o s o lho s d e D e us , ma s c om pr o m e t i a - o a os o lhos dos
c r i a d os . O s c o z in he i r o s n ã o i a m a l é m d o p r im e i r o d i a no
p r e s b i t e r iò , e, c o m o o v igá r io p r e f e r i a a os ho m e n s o s s eus
DICÜOS,
a nda va se mpr e e m l t t t a c om a c r i a da ie m, se ndo
A W ? « ™ ;
e S o b n
»
a d o a
ba ter o seu bife e a coar o ca ldo.
£ ™ r « r i í " * ? -
d e t o m a r e
* « *» ca ça ro k s, ' despedif fln-
p r e s b i t e r i ò u m r a o a z o ? - f H ^
d w
' P
o r é m
* . a P - e z e n t o u - s e n . >
s i m p a t i z o u c o m e l e
d
°
C a m
P °
e
°
v i
S
a r i
° *
«nal o viu,
— G o s t a d e g a t o s , r a p a z >
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 105/211
Alm a n a q u e d o P OR TUGAL •s ssss 87
O maganão cantou bem, conq uistando o vigário que,
logo, com um p ch ii pc hii afavel-reunia n a sala a sua bi
charia.
0 criado, entermecido, babando-se de gozo, afa
gou-os, tomou-os ao colo e foi uma lida para que os dei
xasse. Aléip dó amor pelos gatos o rapazola, entendia de
temperos como n inguém . As cabidelas que fazia, as fam ozas
de vinha d'alhos, as suculentas sopas. Fora um achado de
cididamente. E uma vida nova começou.
Na cozinha, porem, junto ao fogão, o rapazola en
costara
uma.
boa vara de marm èleiro. Os gatos, senhores da
caza,
invadiam
os
dominios do cozinheiro, po rque o rapazola
costumava atrail-os, engodando-os com pedaços de carne,
e quando os via juntos pronunciava bem alto;
—«Em nome de D eus» é assistia-lhes de m arm èleiro
jílgarío. A' primeira vergastada saíam pelo pomar fofa, a
bom correr. E todos os dias, duas, trez vezes, a mesma cena.
Pchii pchii pchii um pedaço de carne e m armèleiro rijo.
Por fim já o rapazola não fazia uzo da vara; bastava que
dissesse: «Em nome de Deus»
para que os gatos tom assem
nlmo.
Quando os viu -assim amestrados, o fapazola, com
pondo uma fizionomia trajica, dirijiu-se áo vigário, que lia
á sombra aprazível da süa vinha:
—Sr. vigário
O reverendo levantou os olhos e vendo as feiçõis de
compostas do rapaz estremeceu:
—Que tens homem? Que tens?—Ah seu vigário acabo de descobrir um a çouza
horrível. ' 7
—Hein? Uma co nz a ho rríve l E nt ão q ue é? Diz-e
-'Vossa reverendissima tem-em caza uma lejião de
diabos ' -
—Credo, ra pa z Co mo ? Uma lejião de diabos? Em
nome do Padre... e o vigário persignou-se.
—Seus gatos. São diabos, reverendo; diabos e dos
mais danados.,
—Diabos meus gatos? ^
—Juro-lhe, sr. vigário.- E se vossa reverendissima
quer a prova chame-os aqui? chame-os todos.
—Mas. . .
— Chame-os, sr. vigário, Eu escondo-me e vossa reve
rendissima verá.
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88 ===== Almanaque do PO RTU GAL *9*>
F or a m c he ga ndo , c om in i a dos t r i s t e s , t odos o s b i c ha -
nos,
m a c r o b ios e pe t i z e s , e r e u n i r a m - se em to r n o do po d r e
q u e m a s t i g a v a c o n j u r e s .
—
Es t ã o todo s s r . v ig á r io ?
— T o d o s .
M e s m o d e o n d e e s t a v a o r a p a z o l a p r o n u n c i o u :
- E m n o m e d e D e u s
F o i u m a d e b a n d a d a h o r r í v e l ; e m m e n o s d e u n i s e
g u n d o t o d a a b i c h a r i a , g a l g a n d o o m u r o d a h o r t a , p a s s a r a
a o c a mpo f u j indo c omo l e b r e s c o r r ida s .
O v i g á r i o , b o q u i - a b e r t o , t r e m i a .
— E n t ã o , s r . v i g á r i o ? E n t ã o ? q u e l h e d i z i a e u ? . . .
D e sse d i a e m d ia n te o r a pa z o la nã o t e ve ma i s r e c e io
de que lhe de z a pa r e c e s se o a s sa do e o v igá r io , que t i nha a
ve r da de i r a ma n ia dos ga to s , t o r nou - se p io r que um c f io
( sa lvo se ja ) . Em vendo um b ichano enfurece - se e va i a ss i s
t i n do d e pe d r a ou d e be ng a la e s e m pr e c om a s m e sm a s pa
l a v r a s :
—Já me i lud i s t e uma ve z , c a na lha ; ma s a go r a f i a
mais f ino.
E os ga to s f o je m do r e v e r e n do c om o o d i a b o da c ruz .
E a i t e e m a r a z ã o po r que o p i e doz o v igá r io de S a n ta
M o n i c a , t ã o m e i g o p a r a o s a n i m a i s , m a l t r a t a e p e r s e g u e o s
ga tos ino f e ns ivos .
O c a z o e s t á c on ta do c omo o ouv i c on ta r .
C oelho N eto.
Fala o homem:
Em cada fio do cabelo da mulher ha um
raio de beleza.
Respos ta da mulher :
Em cada fio do cabelo do homem ha um
castelo de ignorância.
GARAGE "COELHO"
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i g i 8
Almanaque do PO RTU GA L 89
D r . S o u z a C a s t r o
O Ex .
m o
S r . Dr . An ton ino de Souza Cas t ro
não é um nome desconhecido no Brazi l . Cl in ico
de g rande nomeada e po l í t i co sem macu la , con
segu iu impor - se r ap idamente não só aos seus
cl ientes como, e muito mais , aos seus correl igio
nários de ideas.
C o mo in t en d en te mu n ic ip a l , S . Ex c .
a
de i
xou pa te n t e o seu p ro fundo co nh ec im en to po l í
t ico e elevado cr i tér io .
Luiz X IV leu a Bo i leau u ns versos qu e ha via escr i to ,
e pediu- lhe o seu parecer sobre e les .
7/21/2019 004071 Completo
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90 ===== Almanaque do PORTUGAL •=== 19x8
P L A N O A L E M Ã O
Foi descoberto um tal Bolo-Pachá nos Es-
tados-Unidos, com a missão de comprar certos
jornais para fazerem propaganda da paz—á ale
mã—é claro.Os contabilistas de New York descobriram
a ezistencia de 10 milhõis de libras, destinadas
a Bernstorff d ur an te a gu er ra E st e cidadão era
o embaixador da Alemanha nos Estados-Unidos
antes da guerra. O plano estendia-se pela Fran
ça e Itália também, onde se teem feito inquéri
tos e prizõis.
Os alemãis, comprando essas gazetas, ti
nham em vista convulsionar as tropas e povo
aliados, para não lutarem.
A espionajem e propaganda alemã são for
midáveis, porque os germanofilos no seio dos ali
ados também são formidáveis de perversão e
ganância .
E n i g m a
Ao meu amigo Raimundo O. Moreira
Uma bela nave tomei
Para na prima navegar,
Ao lonje, porem, vi surjir
Um cruzador na água do mar
Logo ent re i num compart imento
—O que forma a parte segunda—
E aproei então para a
cidade,
Onde havia grande barafunda.
7/21/2019 004071 Completo
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i g i 8
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
çp.
C o r o n e l A n t ô n i o d e A l b u q u e r q u e
O sr. -coronel Antô
n i o d e A l b u q u e r q u e ,
n ão é ap en as o co mer c i a n t e d e g r a n d e v i -
z ã o , d e r e t e n t i v a m a -
r a v i l h o z a N ã o é a p e
n a s o h o m e m q u e c o m
os seu s esforços in au
d i t o s s e l ev an to u r ap i
d a m e n t e , s e m t r e p i d a
ç ã o ,
s em d es f a l ec im en -
t o . E l e é t a m b é m , e
mu i to j o e i r ad o , o ami
go s incero da t e r ra
que o v iu nascer , a
g r a n d e t e r r a d ê I r a
cema , a F lo r en ça b r a
z i l e i r a . E l e é o g r a n d e p r o p u g n a d o r p e l a t e r r a
em que l abu ta , pe lo be rço de seus f i lhos .
B e i l - o p r o c u r a n d o o m á x i m o d e z e n v o l v i -
m e n t o a o E s t a d o d o P a r á , a i n d a h a p o u c o t r a b a
l h a n d o a í a n o z a m e n t e p e l a c o n s t r u ç ã o d u m a e s -
t r ad a - f e r r êa n o R io X in g u . .
A s n o s s a s h o m e n a j e n s .
C h a r a d a (mefistofelica)
Qu em s ab e s e a d o en ça d o s v e j e t a i s n ão a t a
co u d es t a b an d a o ca ld o d a can a? - 3 .
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92 = = Almanaque do PORT UG AL ===== 1918
T H l ^ Z X
—...como posso acreditar nisso, mãi?
Fe
em quem? Em Deus? Na Providencia?
já sabe que não creio.. . Nos homens? Se tives
se nascido e vivido numa ilha dezerta e só os
conhecesse por tradição, talvez.
A Esperança só podia tel-a em mim... se o
homem pudesse ajir l ivremente.
A
Caridade
então, não é virtude, é um X:
trez pessoas distintas que se separam conforme
o caráter do ind ivíd uo : por orgulho— favorecendo
para ezibir-nos ante os outros, por vingança—
sendo o solicitante conhecido, por ignorância —
crendo na recompensa de Deus.
— Meu filho, ha pessoas qu e auxiliam cle-
zinteressadamente. . .
— E' ainda ignorâ ncia. M as deixemo-nos
disto; creia a senhora, que já é velhinha, quanto
a mim. . . impossível
J . M . F E R R E I K A D E C A S T R O
Charadas ( caza i s )
Todo o indivíduo que anda mal vestido
tem corcunda.-2.
O ho m em tra ta com disvelo esta planta.-4
O pássaro tem os olhos de côr azul celes-
te-2.
Belém
S O L O N A M A N C I O D E L I M A
Os homens falam da mulher melhor do que
pensam; as mulheres, procedem para com eles
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igi8 ===== Alm anaque do PORTUGAL ===== 93
Camilo agradece um ehapeu
«SEIDE, 26-3-85—Exm.° Snr . Henr ique
Coutinho.-^O chapéu apenas tem um defei to,
irremediável: é o seu destino para uma cabeça
que está a passar a craneo, de todo estranha ás
modas e ás influencias atmosféricas.
Quando eu era uma verdadeira cabeça, bem
encabelada e frizadá, um chapéu desta elegância,
tão conforme ao meu ideal naquele tempo, seria
a minha gloria, e talvez á imortalidade do cha
péu, uma imortalidade de seis mezes, gozada e
passeada entre a Praça.Nova e o jardim de S.
Lázaro. Alem disso, seria um estimulo de inde
lével gratidão ao art ista generozo e amigo, que
assim manifestava a sua simpatia. Hoje, porem,
de tudo isso que fui e que o tempo foi passando
a outros, o que me resta é o coração para o re
conhecimento e uma enerjica vontade de provar
a V. Ex.
a
que muito quizera traduzir em factos
estas banalissimas expressõis, que apenas demonstram o meu interesse pela sua felicidade.—
De V. Ex.
a
amigo obrigadissimo, Camilo Caste
lo Branco».
—Esta carta foi escrita por Camilo Castelo
Branco ao snr . H en riq ue Coutinho, prop rietár io
da «Chapelaria Universal», no Porto, agradecen-'
do um chapéu que este senhor tinha ofefecido
ao escritor.
Contra o impaludismo inveterado só o SEZONAL
C HA RADA (mefistofelica)
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94
'•
Almanaque do PORTU GA L ' 1918
F O L K - L O R E
Etimolojia da palavra "Urucubaca"
*~Este termo que a imprensa fluminense po
pularizou ha tempos, no Rio, causticando os fei
tos ridículos da administração Hermes, não
tem a orijem qu e lh e quizeram em pre star, nos
seus jorn ais, os re da tor es de d ois gr an de s diá
rios daquela capital.
O primeiro dos respetivos aludidos, entre
outras explicaçõis diz: «Para suavizar a árdua
tarefa dos futuros historiadores e futuros filolo-
gos,
vim os exp licar a orijem do famijerado vocá
bulo. Tem a sua raiz em «Urubu» e «cumba-
ca» nome de um peixe azarento muito conheci
do e tam bém m ui to tímido dos pescado res de
Santa Cruz.»
« O Im pa rcial» , u m dos diários citados, des
toan do d esta rotina, expressa-se d a seg ui nte fôr
ma: «Manda, porém,al ia ldade que confessemos
haver uma explicação diferente, que convém
apurar .
Segundo esta, o vocábulo foi criado não
por u m pescador d e Santa-Cru z, m as por um
carroceiro portuguez da pravêa que tendo-se-lhe
encravado a roda no-asfalto, achou que estava
perseguido pelos dois piores bichos da fauna
nacional : o «Urubu», portador do caiporismo e
a «vaca», (baca) cuja significação está intima
m ente l igada ao v ocábulo parlamen tar— « ava
calhado. »
Ap ezar da nossa m ediocridade no assum-
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Igi8 s s s = A lmanaqu e do PORTUG AL ===== 95
dois an im ais cujos n ôm çs l igado s parecem ter
concorrido para a formação do vocábulo.
No, no rte do Brazil o termo «u rucu baca »
é m uito uz ua l e significa feitiço, orijinado , ao
qu e parece, de «u rú » e «ca baç a», dois açafates
indispensáveis ás mulheres
do"
campo, on de teem
dep ozitad o as me zinh as, rozarios e cordõis m i-
lagrozos.
Deixáramos aqui um traço azul como in
dicando a nossa opinião, cabendo pois, aos nos
sos «folkloristas
»
o direito de inv estiga rem o
problema da «urucubaca ,» demonst rando qualq
principio etimolojico de mais fundamento.
S. Benedito^—Ponte Nova
—
Maranhão. -
JUVENTINO MAGAEHÃIS.
__ » _
E N I G M A ( f ig ura do )
Ao amigo P in to Monte i ro
JOCASTRO
(Belém)
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96 A lm an aqu e do PO R T U G A L • 19x8
Enigma
Oferecido ao Snr. Jozé M aria Ferreira de Castro
Muito bem,
seu
Zé-Maria
Venha ter um trabalhinho,
De ver este rio corrente
Transformar-se em passarinho.
O todo tem cinco letras,
D u a s d'elas consoantes,
As outras trez, ou uma só
Vogais ; mui to pe tulantes
Leia com toda atenção,
Este enigma caprichozo,
Que ainda pode ser lagoa
E um peixinho saborôzo.
Se quizer ler ás avessas
O todo d'esta embrulhada;
Ainda pode ser bebida
De arroz, bem preparada.
Pergunte já ao «índio Arara»
Como sou irmão terrível,
M esmo m ag ro e pequenino,
Vencer-nos é impossível.
Mande pois, a solução
Para o seu inesquecível.
Rio Madeira
—
Nova Estrela
DEOMAR JOZÉ RIBEIRO
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V.
Ex.
cia
é
portuguez?
V Ex.
cia
interessa-se pela
vida portugueza?
Assine, então
o
jornal
P O R T U G A L
Orgam portuguez
de
maior
circulação no Brazil.
ASSINATURAS
Ano
Semestre
BELÉM
R s .
1
INTERIOR
E
ESTADOS
Ano
Semestre
Encha
e remeta-o
o "coüpon"
R s .
> >
do
IO$000
6$ooo
I2$000
7$ooo
verso
á R e d a ç ã o d o P O R T U G A L
7/21/2019 004071 Completo
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igi8 = = = Almanaque do PORTUGAL 97
Sabes quem é o avarento?
E' o homem.. . Não,
nã o .é o ho m em : é de
h u m a n a c a r n e u m
monstro, um pesti len-
Ito;
ser rapa ce que pre-
Iza mais o dinheiro
que a si próprio; des-
lgra ça do capaz de es-
Iganarc f i lho de t rez
Iniezes por lhe quebrar
lum prato que cus-
ltou dois vintén s, no-
Ijento molho de carne
lsem decrepitude—aoS
cincoenta, aos sessen
ta, aos oitenta anos,
diz trabalhar p 'ra ve
lhice que já chegou,
mas que ele não vê—;
truão pro nto a ve nd er a virjindad e da filha por
alg um as m oedas; t ig re para quem mil rezes
üno rtas é na d a e o pedaço roido pelo ra to é m ui
to— hom em a quem m ilhõis de contos repre-
zenta nin ha ria e o tostão dado a esmoler sim
boliza a ruina.
E ' o ho m em , se lhe cabe este epiteto, bruto ,
sem cultura,—o homem que só vê no cemitério
a rique za dos mau zoleu s e a m izeria das cam
pas e não en xe rga o principio-mo rte, que é igu al
para todos.
E ' o ho m em cuja razão de vida é o dinh ei
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g8 ===== Almanaque do PO RTU GAL - 1918
de nada lhe valerão qua nd o o m aquinism o hu
mano tiver de paralizar.
E o rizo exte rtuo zo, o disco gra va do pa ra os
sensatos verem a peçonha aniquiladora e dezu-
nificante do capital.
J . M . F E R R E I R A D E C A S T R O
C H A R A D A S ( m é t a g r a m a s )
Ao
"cumprido"
Pepa Rodrigues
(Varia a 4.")
A tua felecidade é oriunda do inferno.-4 ,2.
(Varia a 3.»)
No apozento interno da igreja encontrei
este senhor com um cão.—4, 4.
* - (V aria a 5.
a
)
O homem é seguro.—5, 2.
A\ ca rta de desq uite foi en co nt rad a no bair
ro dos judeus.—5, 2.
M A C I S T K
\
E N I G M A
A o E l m a n o Q u e i r o z
Cidade sou da Turquia
Com cinco letras formada,
Mas se ler inversamente
Em nada fico alterada.
S O L O N A M A N X I O D E L I M A
—Mimi, não se mete os dedos no nariz . . .
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i g t 8
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
99
0 m e u r e t r a t o
«Aqueles q u e mais r i-
em, s ão aqueles cujo co
lação mais
sofre».
.MÁXIMO GOKKI
E ' e s t e o m e u r e t r a t o . V e d e - o b e m ' ;
F i ta i -o , sem rece io , mas f i tá i -o
S e m ód io , s e m ma l i c i a e s e m de sdé m,
'Tal se estivesses a fazer enswio.
•Q ua l o de z a b r oc ha r da f lo r e m ma io ,
TS iz onho , a l e g r e , poé t i c o : po r e m
E a z e i a g o r a f o r t e c o m o u m r a i o
A v is ta e e .n tão ve re i s a dor também,
E ' e s te o meu re t ra to . Da fo l ia
"Um quadro na tura l em s imples côr : :
O ca rn ava l , só , em fo togra f ia .
E ' o q u a d r o m i s t e r i o z o d u m p i n t o r :
D e n t r o da mi to lo j i c a a l e g r i a ,
S o m e n t e e z i s te d ô r e m u i t a d ô r .
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roo = = =
A lm a n aq u e d o P O R T U G A L = = = 1918
Bom sistema de festejar
aniversários dos amigos
Conhecido comerciante de Belém no dia do
seu aniversário recebeu a seguinte carta:
«Amigo e Sr. ***. Tenho o prazer de ocumprimentar pela passajem do seu natalicio e
oxalá que essa data se repita por inúmeras vezes.
Aproveitando esta magna data para a sua ezis-
tencia e dezejando fazer no meio de alguns ami
gos um brinde pela sua prosperidade, peço que
me envie Rs. 2o$ooo para comprar algumas gar
rafas de cerveja. Sempre seu amigo etc. (seguia
a assinatura).
—Vai sem comentários.
Charadas (novíssimas)
Oi: ao meu amigo Dê Jota Ribeiro
Esta bebida e o peixe só se preparam n'este
vazo;-2,
2
cujo vazo, era sorte minha, conduzil-o no
rio da Russia,-2 2.
e d'onde eu tro ux e o anim al, o pezo e o
selo.-2,
2.
Nova Estrela Í N D I O A R A R A
«Não vos habitueis a considerar as dividas
só como um inconveniente; achareis que são
uma calamidade. Tratai primeiro que tudo de
não d ever nada a ning uém . T en do o que t i ver
des,
gastai sempre menos do que tendes».
7/21/2019 004071 Completo
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• • • • • • • • • • • • I M I I I I I I M I 1 I I I I I H 1 M I . M , 1 , 1 , , , , , . , , , , , , , , , , , , , , , .„ .1111,111 l l l ,.
C O M P A N H I A C O M M E R C I O E N A V E G A Ç Ã O
|
A pa r do g ra nd e de - ;
s e n v o l v i m e n t o d a n a v e - j
gação mundia l , que es - j
t a Co m pa n h ia t e m t ido |
nos u l thuqs a nnos , a - \
v u l t a , i n c o n t e s t á v e l -
ine n te o g r a nde c om- ;
m eijcio d o :
- SA L j
c o m o p r o p r i e t á r i a d a s [
g r a n d e s s a l i n a s d e :
M O S S O R Ó e M A C A U , j
S H
:
.
-W T B , "o-"-*'—TV
1
a G p m pkd h ia Com me r - |
*
Í3R« ™ /* ... c io e N a v e g a , ç ã o n ã o [
tei ji r iva l , em toda a A m er ick do Sul nó sup pr im en to :
d e s s e p r o d u c t o . :
•'• • O t y p o
U Z I N A ,
o ma is co ns um ido , é exce l - [
l e n t e e s em c om pe t id o r n a s s a lga s de pe sc a do s e. de :
c a ça o u p á r a c o s i n h a , s e n d o t a m b é m m u i t o e m p r e g a d o :
n a ^ n g o r d à d o g a d o e n a i n d u s t r i a d e l a c ti c in i o s , e t c . :
A **G õmpa nh ià t a mbé m e xpor t a o s t ypos
E X T R A ,
, „ „ , ,
sa l f in iss ím o. .em vidro s , , " :
p a r a
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m e z a , ass i ta co m o o typ"o igrosso p ar a ge lo e i
sa lg a de cou ros . :
H a a jn da ou t r o s t ypo s c om o o t r i t u r a d o e o f ino nã o :
lav ad os , e o b ru to , q u e a.-C om pan hia *""""' :
T ;
ta m bé m pô d e exporta r. .'- :
P e d i d o s á C 0 M P A H H 1 A C O M M E R C I O E N A V E G A Ç Ã O j
d â i xa p os ta l 4 8 2 R io d e Ja n e i ro . '
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ou c£>m o ag en te exc lus ivo p a r a o N or te do Bra s i l : \
A . C h e r m o n t
51-Boulevard: d a Repubtica-51 }
1 . anda r . :
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B e l é m — P a r á — B r a s i l \
7/21/2019 004071 Completo
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7/21/2019 004071 Completo
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• i i i i i i i i i i n i i i i i t i i i i i i n i i i i n i i i i i i i i i i « i i i t t i i i n n i i i i i i n i i i i i i i n i n i i i i i i i i i i i i i i i i n i i i m m i
CASA
"TIGRE"
- - ~ . jn « n i í n n - •
Bóulevárd da Republica, 81
R E C E B E D O S P R I H C 1 P A E S C E N T R O S P R O D U C T O R E S :
T abaco de molho em arrobas,
Fumo de corda em rolos,
Charutos sortidos,
Cachaça, Álcool,
V I N H O V E R D E
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D Ó L A R E S
Papel Zig-Zag em resmas e em caixas,
Outros
papeis, etc, etc.
FILI L
A v e n i d a I n d e p e n d ê n c i a
n.
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j .
Caixa postal num. 56
7
.E ndereço te l , TIGRE
Usá-se código Ribeiro
Martins,
Irmão
& C.
B E L E M - F ^ A F I ^ B R A Z I L
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A G È N Q I A '
Lopes Pereira j
R u a 13 de M a io n s . 7 1 - 7 3 - 7 5
( E s q u i n a
d l
t c a v i t i i C a m p e * S t t f t t l
i| Telph. n. 3 4 6 Caixa Postal n. 8 4
G r a n d e C a s a d e L e i l õ e s
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d o B r a z i l
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de tudo concernente á profissão de le i lo
eiro, p re s t an do ímm edia t a
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T a m b é m i p f o r m a q u e m c o m p r a
q u a l q u e r q u a n t i d a d e
de m oveis , no vos e usa do s ,
pi an o s, cofres de ferro, etc et c, assim com o |
quem dá d in he i ro sob hvpo theca
de bens de raiz,
ou cauçã o d e t í tulos , a ju ro s m ódicos.
7/21/2019 004071 Completo
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íçi8 ===== Almanaque do PORTUG AL = 101
Var ias v izõ i s da guer ra
- « - » . » . -, ,
Segundo a opinião alemã, os Estados-Uni-
,dos prolongarão a guerra em vez de a encurtar.
fE
1
o
que dizem alguns soldados aleraãis,
prizioneiros das recentes batalhas. A Alemanha
compreende que não pode conquistar os aliados,
e po r isso^ está pr ep ar ad a pa ra pr o lon g ar esta
guerra até que os seus inimigos, por sua parte,
se Convençam do m esmo, e u m a paz, sem ane xa-
íiçãp ou ind en izaçõ is seja e ntã o nego ciad a.
'•: U m cazo curiozo é que, os sold ados alem ãig
nada receiam dqs Estados-Unidos. Um deles, in
terrogado pelos francezes que o t inham aprizio-
nado,_
disse qu e nem sabia que, ps Esta do s-U ni-
dos t inh am declarado guerra á A lem an ha , q ue
já eram tantas as naçõis inimigas que, quando
uma nova se ajuritava a elas, não lhes derperta-
va isso o minimo interesse.
Um outro soldado alemão prizioneiro dis
se que em vista da grande distancia que ha en
tre os Estados-Unidos e a França, levará quazi
?dois anos prim eiro qu e se ach e um m ilhão de
, |ropas americanas em terreno francez, e daqui
até lá, a Alemanha terá dois milhõis de recrutas
ISiovos^ e por conseguinte seria mais valiozo para
um a paz breve, se a A m erica se tivesse c onse r~
Vado neutra, uzando toda
1
* a su a influencia em
harmonizar as naçõis envolvidas no atual con
flito.
C H A R A D A (m efistofelica)
E st a p lan ta á no ite confunde-se com outra.-3
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 126/211
ioa Almanaque do PORTU GA L "
» '
i<>t8
H I K O B R A Z I L E I R O
(A ser cantado com * muilca do mesmo
de Franclteo Manual da Silva)
A g r a n d e m e m ó r i a d e F l o r i a m ) P e i x o t o
e
d e R i o B r i n c o
Lucilante o cruzeiro, que fulgura,
No teu céu, o Brazil, e alem reluz
Mais novo brilho faz descer da altura,
E esparje. ovante, promissora luz
E' que emfulva alacridade,
Dominando, gracil do sul ao norte,
Canta a tua liberdade,
Augusta Pátria,
*
Independência ou morte /*
ó grande Pátria altaneira, Brazil
Foste o sonho do gênio altipotente
De uma raça alteroza e vencedora, /
Que, alto, a cruz arrancou do céu luzente,
-
Para erguel-a na selva encantadora I
E s
o
seio
fecundo e portentozo,
Onde canta o trabalho, amor, bravura,
ó paiz sem egual, paiz ditozo...
Terra bemdita
e
fulgurante,
Ao sol radiozo, á luz febril,
Onde em carmes de gloria o mar vibrante,
Rem umura... Brazil t
Maravilha da terra americana,
€
Dada ao mundo por Deus que todo o mande,*
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 127/211
1918 = = • = Alm anaque do PORTUGAL =sss= 103
O teu céu «tem mais
estrelas'»
t
Tuas selvas mais perfumes,
As cascatas, ma is queixum es...
São mais belas
Da vida aspiraçõis, que -em ti rezumes t
Excelsa Pátria, altaneira, Brazil.
f
Esse éstema dulcissimo de gloria,
O teu simbàio de paz, crença e
valor-
Do Ipiranga rezume a tua historia,
Entre
Os
Andes, o Prata e o Equador
Pátria, irmã das naçõis, por sobre a terra
Seja o brio o teu culto e alma o direito
A chama eterna que te abraze o peito /
Quando o teu grito,
acazo,
em guerra
Erguer-se heróico e varonil,
O mar em gloria, cante em gloria a serra,
Grande Pátria... Brazil
Paçá, 2 de Setembro de 191.7.
AUGUSTO MEIRA
' • , — —
Í . I I
• • . — - - • • - - -
Receitas úteis
P ara dezapareoer os soluços
En ch e-se um a colher de assucar, deita-se-
Ihe dentro algumas gotas de qualquer qual ida
de de vinagre e toma-se em seguida.
Os soluços terminam rapidamente.
Para inflamações e corrimentos das
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 128/211
«H ===== Almanaque do P O R T UG AL ===== igiff
S - A I J X ^ L D E S
T ar d e l indíssima aque la, em qu an to o sol
morna por traz do matagal, os pássaros canta
vam estridulos suaves. . . Teu pai rio-se falan
do,
e tu, com a face pendida, a olhar para bai
xo,
pensavas, talvez, na ventura.
Eras então, brev.e e alijera como as borbo
letas em torno dos rozais.
Eu , apaixon ado, con tem plava-te meigamen^
te com um a tam an ha alegria a m e inu nd ar a al
ma, emquanto tu, amor, pálida e mimoza como
um lindo lirio tinhas no seio uma anciã asso-
berbante, um dezejo inconfessável.
Q uand o teus pais, bons , velhinhos, num a
caricia entonteantei te falaram em meu amor e
nas palavras que lhes disse, lembro-me ainda a
admiração que finjiste, essa doce hipocrizia que
te subia aos lábios: «ele nunca me falou em tal,
desconhecia o seu amor- • • »
Depois quan do as tardes m orriam, extre
ma-unção de afetos, nos uniamos ao vão da ja
nela onde os jasm ineiros erguiam -se tepidos e
perfumozos â baloiçarem-se com asbrizas, como
uma chama subindo dos refolhos d'alma, arden
te, a abrir-se nos lábios em rizos perenes, como
bolhas pequeninas á flor das águas, ali nos ficá
vamos longo tempo. '•
Sa ud ade s Doces saudades que andais ago
ra m e provocan do a alm a eu vos bendigo, eu
vos amo com fervor, doces evocaçõis dos tempos
felizes que voaram
Limoeiro— Pernambuco.
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 129/211
I9 i 8
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
105
Coronel Luiz Dias da Silva
U m dos, m a i s i m p o r t a n t e s c o m e r c i a n t e s n a
p r a ç a g o z a n d o d e i n e g u a l a v e l e s t i m a e n t r e o s
seus co legas .
Espi r i to f i rme, coração nobre , cu jo cará ter
d ign i f i ca todo o seu passado de au reo ladas v i to
r i a s n o r a m o d e n eg o c io q u e ab r aço u , o i l u s t r e
co r o n e l D ia s d a S i l v a d e s t aca - s e t amb ém p e lo s
s eu s d o t e s e s p i r i t u a i s , d o q u e ma i s d e u ma v ez
t em d ad o p r o v a n o s e l ev ad o s ca r g o s q u e n a s u a
a t i v i d a d e b r i l h a n t e m e n t e v e m o c u p a n d o .
N a d e c l a r a ç ã o a m o r o z a o q u e m a i s o p r i m e
a consc iênc ia é d ize r uma verdade .
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 130/211
106 = A lma naqu e do P O R T U G A L ===== 1918
L O G O G R I F O
Paia ser decifrado pelos veteranos colegas
Solou. Milcno A. Lima c quem se julgar forte.
E u s i n t o g r a n d e s a u d a d e
Da c idade ido la t rada , -5-13-3-13
On d e b r in q u e i t o d a i n f â n c i a
Com um f ie l camarada .
H o j e , p o r e m , q u e d e s g r a ç a
Es to u aq u i d e s p r ezad o ,
E u m v azo t r ab a lh an d o - 1 - 4 - 1 3
P ' r a s e r n o t emp lo emp r eg ad o . - Q- i2 - i3
Nem ao menos um Senhor -12-3 -4 -6 -7 -8
T e n h o a q u i c o m o p a r e n t e , - i - 3 - i 2 - g - i o
Por tan to se i que a loucura-9-13-11-12-13
M e m a t a r á b r e v e m e n t e .
R eco r d a r t an t a s d e l i c i a s
Do meu to r rão puro e amado , -g -2 -3 - ioE s ab e r q u e mo r r o aq u i
S in to o p u lm ão in f lamad o .
B e l e m - P a r á
S A R J E N T O L I M A
C H A R A D A S ( c a z a i s )
Ao Ferreira de Castro (Jocastro)
Na rede de a r ras ta r e spe te i um gar fo de
ferro-2.
Be lém
7/21/2019 004071 Completo
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TQI8 = =
A l m a n a q u e
do
P O R T U G A L
— 107
P O R T U G A L P O L I T J C C
7/21/2019 004071 Completo
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108 A lm an aq ue do PORTUGAL ===== 191S
P0RTUGALJ0L1TIC0
• ? : . tlfoiix» Ipojfa
K' s em d u v id a o h o m em m a í s en e rj ico d a
p o l í t i c a r e p u b l i c a n a p o r t u g u e z a . G r a n d e a p ó s t o
lo da Repub l ica an tes de la consumada , fo i depo is
d i s so e levado a es tad i s ta . Mui to conhec ido por
seus a tos , quer em Por tugal quer no ex t rau je i ro»
f o i a in d a h a p o u co co n d eco r ad o em Hes p an h a
pelo rei Affonso XIII .
B A R O M E T R O F Á C I L
I f l M I M I l l l -
P o n h a - s e u m a s a n g u e - s u g a e m u m g a rr af a
com água a té aos dois te rços e fechada com unia
ca pa r a la , pa ra qu e o a r possa p en e t ra r no in
ter ior .
Mude-se a água de o i to em oi to d ias , se o
tempo es t ive r quen te , e de qu inze em qu inze
dias na es tação fresca ou fr ia .
s
A
s a n g u e - s u g a a n u n c i a :
Bom tempo fixo— quando se co ns er va r en
ro lada sobre s i mesma no fundo da gar rafa .
Chuva
—.quando- sair d 'agua e conservar-se
t r an q ü i l a .
Tempestade próxima
—se es t iv er fora d 'ag ua
e a t i rar -se de um lado para out ro , Como a j i tada
p o r m o v i m e n t o s c o n v u l s i v o s .
Vento —se
nada de um lado para ou t ro ,
co m v iv ac id ad e .
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 133/211
igi8 Almanaque do PORTUGAL = = 109
Nem o sofrimento melhora o.mau
«*•*
Lembram-se todos da figura perversa do
M estre Escola , um a criação he di on da de Eujenio
Sue, nos «Mistérios de Paris».
Foi precizo vazar-lhe os olhos, para que
houvesse uma esperança de que esse monstro
deixasse de praticar o mal, mas ele reuniu-se
com a Coruja e os dois continuaram nos seus
crimes.
Marat, depois que saiu duma prizão na Rus-
suiaj onde sofreu martírio longo, como conta A.
Dumas, tornou-se peior do que era e fez o mal
que poude á humanidade .
Es te ,
em plena mocidade cego, vivia num
mixto de intrigas, calúnias, ódios e trapaças.
Foi tão cruelmente ferido e pensais que se
tornou brando, que se arrependeu das suas mal-
dades? Qual
l
Nas trevas continuou aquele espiri to com
as mesmas infâmias.
Est 'outro era perdulário, gastou tudo lou
camente. Amanhã, porem, a fortuna lhe dará um
pequeno pecúlio.
Imajinais que as necessidades sofridas o
contem ?
Qual Tudo dissipa em dois días.
O avarento conta os anos.que tem e diz
qu al es tou em idade já m uito avançada, não po
derei viver muito. Mas pensais que ele recua
ante as suas extorçõis ? •
Não, *ele as continua com a mesma cruel
dade, com a mesma impassibil idade.
H om en s h a que vivem nas igrejas e são
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 134/211
tio = = Alm anaque do PORTUG AL ===== 1918
O infelizm ente é as sim : a dôr, o sofrimen
to não melhora o homem, não lhe tira os defeitos.
Vede como é este ser a quem as duras li-
çõis nãò servem. *
O e fala-se em instruç ão e fala-se em reli-
j ião '
Como é difícil conhecer entes que trazem
uma mascara nas faces e cujos coraçõis ocultam
o veneno mais perigozo
O só por exceção o m au deixa de ser m au ;
qu er cada dia enriqu ecer m ais, qu er desça á mi-
zeria, viva feliz ou desgraçado, gema ou ria, tem
sempre na alma a perversidade, a ambição o
orgulho.
..9.
IJuiz
—
Maranhão
J O Z É A U G U S T O C O R R Ê A
Antônio Silvino, o famijerado
bandido, é germanofílo
U m red ator da «G azeta da Pesqueira»,
Pern am bu co, teve u m a entre vista com o 'celebre
cangaceiro Antônio Si lvino.
O bandido disse estat plenamente radiante,
pois tinha a certeza da vitoria alemã e muito
havia de rir-se quando o Brazil estivesse sob o
domínio teutonico. Disse mais que os métodos
alemãis sobre qualquer gênero, eram os melho
res do m un do e q ue o. Brazil jam ais cheg aria
aos pés da Alemanha. 1
O m e l h o r v i n h o t ô n i c o <'• o V I N H O
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 135/211
igr8 Almanaque do PORTUG AL ===== n i
r
L o r d K i t c h e n e r
n ã o m o r r e u
O «Liverpool Eco» recebeu ha tempos dos
srs. A. Letton, Percival & C.
a
, corretores de se
guros, um carta, que os telegramas ja anuncia
ram, e cujo conteúdo ezato é este:
«Recebemos, sábado passado, um pedido
de taxas de prêmio de seguradores do Lloyd,
para cobrir o r isco seguinte: Lord Kitchener es
tava vivo no dia 31 de Agosto de 1917; a obri
gação da prova incumbe ao segurado e deve ser
fornecida no prazo de três mezCs a data dá assi
natura da paz. Enviamos "hoje mesmo aos nos
sos ajentes de Lo nd res a ordem de colocar
io.òoo libras, esterlinas a cinco schillings por
cem libras, prêmio que fixaremos».
Este pequeno avizo deu uma nova fé aos
milhares e milhares de inglezes que estão firme
mente convencidos que Lord KitcheUer, reco
lhido após o naufrajio do «Hámpshire», ainda
hoje vive.
O pedido de seguro proposto pelos srs . A.
Le tton , P ercival and C.° m ostra com tudo que
as
pessoas de negóc ios calculam qu e as prob abili
dades de vida do grande herói inglez são, ape
zar d a lend a, bem peq uen as, pois^ qu e à tax a do
prêmio não é senão de cinco schillings por cem
libras, o que é o mesmo que 2 1/2 por mil.
Em que se bazeia a crença dos partidários
da ezistencia de Kitchener? Ha duas lendas di
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 136/211
n a A lm a n aq ue do P O R T UG AL i 1 91 8
Inglaterra que-adora os mistérios dessa espécie
em volta de uma meza girante na meia obscu-
ridade de uma sessão espirita.
A primeira versão quer que Kitchener, mi-
lagrozamente salvo, mas gravemente ferido, fora
conduzido á Rússia, onde se encontra ainda num
hospital . Mas é impossível aos propagadores
desta versão dar um explicação, uma semelhan
ça de prova.
A o utra lenda quer que o « H am pshire» não
fora destruído por uma mina, como dizia a ver
são oficial, m as por um su bm arin o. Ü ína parte
da equipajem foi salva. Entre os sobreviventes
encon tra-se o m are ch al qu e, feito prizioneiro,
se acha atualmente na Alemanha.—Certo ou não
aí fica a nota. O que é certo é que em Portugal
muitos anos e até séculos, se esperou D. Sebas
tião e ele nunca apareceu.
Charadas (novíss imas)
Ao Anacleto Pamplona, ao Amador
e ao fino poeta J. Pinto Monteiro
Foi com segredo que o homem inventou a
maquina.-4, 1.
r
O páss aro vive ízolado, ven do pa star o ca
vai 0.-2, 1.
E' ihvizivel na China este instrumento.-i, 1.
Pará-Belem.
F L I M A
Está calculado que os Estados-Unidos gas
taram no primeiro ano de guerra a importância
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 137/211
ig i8 ===== Almanaque do PORTUGAL = = 113
Dr. Leonidas Albuquerque
L e o n i d a s A l b u q u e r q u e è u m m o ç o p r e p a -
r a d i s s i m o e q u e a t u a l m e n t e c u r s a c om o m a i o r
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 138/211
i i
4
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L 1918
de foi ainda creança, em busca da luz da ciên
cia e do saber.
Filho do grandiozo orn am en to do nosso co
m ercio, o Ex m °. Sr. Coronel A nto nft d'Albu
qu erqu e, o joven Leo nidas A lbuqu erque com o
o seu revelador talento tem satisfeito plenamen
te a educaçã o m odelar qu e lhe rezervo u o seu
projenitor.
O «A lmanaque do
P O R T U G A L »
tem espe
ranças de ainda algum dia ter por colaborador
a Leonidas Albuquerque.
E N I G M A
A o
a m i g o
J o c a s t r o
Tens f am a ca ro Jocas t ro
De m u i to bom caçado r ,
Po r i sso , vê se tu m a ta s
E s t e b i c h i n h o v o a d o r .
Qua t ro s í l abas o t odo
E ' h o m e m , p r i m a e s e g u n d a .
Como tu é t e rce i ra e quar ta ,
Sem t e r n i s so ba ra funda .
Procura os t eus ca lep inos ,
Bota a baixo a l ivrar ia
Que va i s t e r a l gum t r aba lho
Conv es fa ve de ar re l i a ,
Q u e '
no novo c on t i n en t e ,
Encont ra-se a luz do d ia .
Rio-Madeira
—
Ntn<a Estrela.
M A N U E I , S A B I X O D U R A I S
A verdade conduz-nos ao tribunal, á cadeia
e ás vezes até á morte.
A mentira, ao contrario, livra-nos de um
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 139/211
IQI8
= = A lm a n a q u e do P O R T U G A L
" 5
7/21/2019 004071 Completo
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n ó = = = A lm a na qu e do P O R T U G A L . 1918
D r . A n t ô n i o J o a q u i m d a S i l v a R o z a d o
a ^ * ^ » - — —
E' com incomensuravel prazer espiri tual
que publicamos o ret rat o do Exm ." Sn r. dr. An
tônio Joaquim da Silva Rozado.
Clinico de incontestável valor e que tem o
nome aureolado de vitorias na ciência de Escu-
lapio,
o dr. Silva Rozado também foi figura de
brilhante destaque na polít ica paraense.
In ten de nte de Belém, cum priu com tanto
zelo e carinho esse cargo, que até hoje nin gu ém
ha que lhe regateie louvores.
A direção do «A lmanaq ue do P O R T I G A L »
sente-se honrada ilustrando as pajinas deste anu-
ario com o retrato de S. Exc.
a
C h a r a d a s ( a n a g r a m a s )
Ao inelito Pamplona
O fruto está no cesto.—4, 2.
N a beira do cam inho enco ntrei a ave co
mendo um grilo.-4, 3.
A palavra não abranje a medída.-5, 2.
Belém
MACISTK
CHARADA (antiga)
Ao Bem-querido (Ovar)
A minha prezente herdade-2
Confina co'a do Galeno-1
E abranje
enorme
terreno
No qual governo á vontade.
7/21/2019 004071 Completo
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igi8 ===== Almanaque do PORTUGA L = = 117
A nova imperatriz da Áustria
* v
Muito pouco se sabe. da nova impera'triz da
Áustria. A sua ascendência é em parte portu
gueza e em parte franceza.
Fo i ed uc ad a nu m conv ento- na -ilha de
Wight, onde as freiras francezas beneditinas de
Solesm e fundaram um a caza, depois da expu l
são dás Ordens reli j iozas da França; e duas de
suas irmãs são freiras. Os seus irmãos, os prín
cipes de B orb on -Pa rm a são oficiais do ezercito
belga, e portanto estão combatendo contra o
r
im -
perio de Habsburgos.
O nome da imperatr iz é Zi ta , nome de ork
jem italiana.
' , i,
A N E D O T A
— Dois propagand is tas-viajantes
de Companhias de Seguro de Vida, um america
no e out ro inglez expl icavam mutuamente o mé
todo de suas respectivas companhias.
—O nosso sistema-^-diz o britânico—é sem
duvida insuperável. Dar-lhe-ei uma idéa de l i
berdade de proceder que uza a nossa empreza:
se o segurado morre de noite, a viuva, logo de
m anhã, recebe o im po rte do seguro, podendo
aproveital-o ainda para efetuar o enterro.
— Re alme nte é um bom sis tema— objeta o
ianquee—mas nós somoè mais rápidos nestes ca-
zos.
Ha apenas dois mêzes, uni dos nossos cli
entes,
que habitava no andar 37 do prédio onde
funciona a nossa companhia, que é no 3
0
andai:,
teve a desgraça de Cair da janela e-ao passar á
altu ra das nossa s oficinas o diretor apro veitou
esta circu nstan cia pa ra e ntreg ar-lhe o chequ e do
7/21/2019 004071 Completo
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n 8
= = =
Almanaque
do
P O R T U G A L
= = 1918
Um herói desconhecido
Guilherme Maun, maquinis ta dos caminhos
de ferro francezes, conduzia um comboio á esta
ção de Furness Abbey, quando Uma fagulh a des
pedida da maquina lhe pegou fogo ás roupas..
O maquinis ta
ia
despir-se quando reparou
que
outro comboio vinha em sentido oposto o que
apenas t inha tempo
de
m u d a r
a
direção
do seu
trem e léval-o á estação afim de evi tar um cho
que. Estoico, continuou no seu posto, emquan
to a's chamas lhe devoravam o corpo, que horas
depois, quando estava evitado o perigo, era ca
dáver.
R E C E I T A Ú T I L
Remédio contra a tosse crônica.—Tome-se to
das as noites, ao deitar, uma infuzão concen tra
da de flores de mam oeiro. E ste med icamento é,
além disso, eficacissimo na coqueluche. Durante
o tra tam en to deve evitar-se com er frutas aze
das, etc.
Mrs. Marion N. H orwi tz foi eleita prefeito
da cidade
de
Mosrehaven, es tada
de
Flórida,
Es-
tados-Unidos, mas contra sua vontade . E' a pri
meira mulher eleita para tal cargo. Mrs, Hor
witz
ha uns
seis mezes
que
seguiu
da
Filadélfia
*para dezenvolver
5:000
acres de terreno em uma
Sua propriedade,
dos
quais
já
2:000 cultivados.
Para golpes, pancadas
e
picadas
ve
7/21/2019 004071 Completo
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I
9
I 8 ===== Alm anaque do PORTUG AL = = = 119
O milagre de Fát ima como industr ia
Como todos sabem, no dia 13 de cada mez
na Vila de Ourem, em Portugal, uns pequenos
pastores diziam ver aparecer a Nossa Senhora.
O cazo correu o paiz e varias pessôâã foram
assistir ao milagre. Vários comerciantes de San
tarém foram ao logaf onde aparecia á santa, cor
taram o carvalho onde pela primeira vez foi vista,
coiyluziram-no para a cidade, enCerraram-no num
recinto e quem o quizesse ver t inha que pagar
10 centavos.
Já que a santa não se expunha, expunha-
se,
p o rta n to , o ped estal. -,
Entre homens cazados
— E ' como te digo. O homem mais feliz foi
Adão.
—
—Porque Eva vivia núa?
—Nada disso?
— Porqu e n ão traba lhav a? Porque vivia no
Éden ?
—Nada disso.
—Então hão sei .
—Ora não sabes. Era um homem feliz por
que não teve sogra.
C H A R A D A (novíssima)
A fogueira da olaria devorou os manti-
mentos.-2-2.
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120 Almanaque do P O R T UG AL IQX8
R E C E I T A Ú T I L
Remédio contra sarnas.— E' fac ilimo e eficaz o
remédio que vamos apontar e que qualquer pô
de prep arar em sua caza. Em pre gu e-se minio
com azeite doce, na proporção de i do primeiro
para 3 do segundo, ferva-se em vazo de barro,
até adquirir côr negra.
Aplique-se este un g u en to por 3 noites, es-
fregando-se bem com ele todo o corpo; na quar
ta noite tome-se um banho geral de herva mo-
larinha, e m ude-se de ro up a, tan to da cama,
como de vestir.
Charada (antiga)
Ao Car los Fa ra ldo
Foi-se ag or a arb us to ?. . . e a fio-2
Irão outros em quantidade,- i
Se não prender o vadio
Que assaltou a nossa herdade
F .
LIMA
O s s e l v i e o l a s a m a z ô n i c o s
N o Am azonas ainda ezis tem gran des t ri -
bus de índios, destacando-se entre estes os Pa-
rintintins, que habitam á marjem direita do Rio
Madeira.
Os Parintintins são ferozes e raro é o ano
qu e não atacam os log ares cen trais dos serin
gais ; ateiando fogo nas barracas, inuti l izando
roças e tudo que lhes caem ás mãos, matando
os seringueiros ou suas famílias, sempre que os
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i g i 8 ===== A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
1 2 1
Pronto meu... professor
O estudiozo menino Amadeu Lopes, fi lho
do nosso prezado amigo, sr. Francisco Lopes e
que estuda atualmente no colejio Amazônia, com
7/21/2019 004071 Completo
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n a
=====
A lm a n aq ue do P O R T U G A L = = r$i8
A vingança da porta
Era um habito antigo que de tinha:
Entrar dando com a porta nos batentes.
— «Çue te fez esta porta?» A mulher vinha
E interrogava. Ele, cerrando os dentes:
-«Nada/ Traze o jantar*. Mas á noitinha
Calmava-se. Feliz, os inocentes
Olhos revê da filha, e a cabecinha
Lhe afaga, a rir, com ambas as mãos trementes.
Um a vez, ao tornar a caza, quando,
Erguia a aldraba, o coração lhe fala:
— « E n tr a mais devagar... '» Para hezitando...
Nisto, nos goüzos ranje a velha porta:
Ri-se, escancarasse. E ele vê na sala
A mulher como doida c a filha morta,...
Á t B J B R T O D E O U V R I R A
As unhas e o caráter
Qu an d o lo n g as e a f i l ad as , a s u n h as i n d i cam
im aj ina ção e poez ia , am or á a r t e e . . . á p reg u iç a ;
l o n g as e ch a t a s , s ab ed o r i a e r azão ; l a r g as e cu r
t a s ,
có le ra , a spereza , gos to pe las ques tõ i s , con
t r ad ição e t e imoz ia ; bem co lo r idas , v i r tude , s aú
d e,
cora jem e l ib er da d e; d u ra s e f ra je is, ra iva ,
c r u e l d a d e ; r e c u r v a s , h i p o c r i z í a , m a l i g n i d a d e ; m o
les,
deb i l idade f i z icae in te lec tua l ; cu r tas e rozeas
an t e j u n to á ca r n e , b e s t i a l i s m o è l i b e r t i n a j em .
D ' o n d e u m co n s e lh o a q u em s e caza r :
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ig i8 = = A l m an aq ue do P O R T U G A L
123
A n t ô n i o M a r t i n i a n o P e r e ir a , a n t i g o re p u
b l i ca no , u m a da s f igu ras m ais s a l i en tes da co lô
n ia luza no Pa rá e va l iozo co labo rad or do «Por
t u g a l » .
Fo i p rez iden te da soc iedade Benef icen te
« V a s co d a G a m a » , o c u p a n d o a t u a l m e n t e i d ên
t i co l o g a r d a « Tu n a Lu zo C o mer c i a l» , p a r a o
q u e o e l e j e r am u l t imamen te e cu jo ca r g o v a i d e
s e m p e n h a r p e l a t e r c e i r a v e z n e s t a a g r e m i a ç ã o
recrea t iva que já lhe confer iu o t i tu lo de «sócio
b e n e m é r i t o » .
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« 4 " Alm anaque do POR TUGA L • 1918
vido á sua popular democrac ia» t endo a carate--
rizal-o u m a p r i m a q u a l i d a d e : a modés t i a .
E s t a m p a n d o
o
prezente , f r ízamos
com a to
de reconhec imen to ao i lust re colega pela amiza
d e e x p o n t a n i a e dez in t e ressada c o m q u e h o n r a o s
di re tores des te a lmanaque .
E S T U D O A N A T Ô M I C O
E n t r e i n o a n f i t e a t r o d a c i ê n c i a
A t r a í d o p o r m e r a f a n t a z i a ,
E m e a p r o u v e e s t u d a r a n a t o m i a
P o r d a r u m n o v o p o s t o á i n t e h j e n c i a .
D i s c o r r i a c o m t o d a a s a p i ê n c i a
O l e n t e , n u m a m e z a , o n d e j a z i a
U m a i m ó v e l m a t é r i a , h u m i d a e f r i a
A q u e o u t r ' o r a a n i m a r a h u m a n a e s s ê n c i a .
F o r a u m a m e r e t r i z ; o r o s t o b el o
P u d e , t i m i d o , o l h a l - o c o m r e s p e it o
P o r e n t r e a s o n d a s n e g r a s d o c a b e l o ;
A c o n v i t e d o l e n t e , c o n t r a
feito,
R a s g u e i - a c o m a p o n t a d o e s c a l p e l o ,E . . . n ã o v i c o r a ç ã o d e n t r o d o p e i t o .
ADKMNO
FONTOURA
Charadas (novíss imas)
Na ilha eziste esta espécie de planta.-a, i-
Cauza enfado ver na montanha um tourão
—
1, 2.
Quando fui a uma rejião da Patagônia, le
vei o Nilo como intercessor-3, 1, 2.
Belém
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E S M E R A L D A P A R A E N S E
R u a C o n s e l h e i r o J o ã o A l f r e d o . I f l - C
A c a s a que m a i s b a r a t o v e n d e j ó i a s , r e l ó g i o s
d e a l g i b e i r a ; e que c o n ce r t a os m e s m o s .
A casa qué mais barato ,..,,
faz concertos^ tantQ em àui^r**
como em
• p r a t a ,
1
Encarnam-se imagens, doura-se
e
prateiq-se qual
quer
metal,
com a máxima perfeição.
Concertam-se machinas
de
costura, gramo phones,
caixa
de
musica, óculos
e
pince-nez.
Compra-se ouro
e
prata.
—
Paga-se
bem. {
A t o d o s o s I r e p z e s a E s m e r a l d a P a r a e n s e
o f i e r e c e r é u m b r i n d e .
T o d o s á " E s m e r a l d a P a r a e n s e "
i
A unicá casa que fabr ica com p e r fe iç ã o me
d a l h a s s p o r t í v a s
e
v e n d e i m a g e n s ,
jfl
g r a m o p h o n e s e d is c o s .
O s p r o p r i e t á r i o s : R o c h a M a r t i n s
&
G o m p .
agradecem antecipadamente
a vossa visita, porque não temem com
petidores.
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# I I I ( I l l f l l l l t l l l ( t l l I l l t l l l t l I t l l « l « l t l f H l l l l l l l l t t l l l l l t e > l l l > l l i l l l l t * t l * f l f f l l l l l f t l l l t l l l ( l i l l l l t *
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igi8 • Alm anaque do P O R T U G A L ===== 125
„
M u l l i e r e s r u s s a s
Desde muitos anos as mulheres russas pra
ticam a medicina,- a advocac ia, e com g ra nd e
proficiência.
Um grande n-umero de russas têm-se espe
cializado em minas; outras na construção de es
tradas de ferro—-profissão de vital im po rtâ nc ia
para a Rússia; outras estudam e dedicam-se ao
estabelecimento dé canais e á secçãp de águas.
Mui tas mulheres ocupam cargos importan
tes no Ministério de Agricultura. Outras forma
das em a rqu itetu ra, não se con tentam em ser
dezenhistas, mas teem oportunidade de ezecutar
os plano s que, im ajinam . N a R ússia nã o se teem
desconsideração pela mulher profissional, como
acontece nos paizes latinos. Em nenhum outro
paiz ela está tan to em pé de igu ald ad e com o
homem.
C argos de confiança nos bancos são-lhes
oficialmente concedidos, oferecendo op or tun ida de ás especialistas em finanças. Agora a Duma
Munic ipal de Ekater imburgo deu igualdade de
direito ás mulheres.
C H A R A D A
(novíss ima)
Na freguezia do Porto eziste uma lindíssi
ma arvore.—2, 1.
Belém
M I L E N O
A.
L I M A
O volume que encerra a lista, dos alemãis
mortos na guerra atual, eleva-se já a 22 mil pa-
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126 ===== Alm anaqu e do- P O R T U O A L = 1918
MARIA
Ela perguntou-me, sorr indo:
-—Si n ão m e cha m asse M aria, qu e nom e
gostarias que eu t ivesse?
—Só um nome te convém: o teu, porque,
sendo teu é, por certo, o m ais fo rm o zo . . .
—M eu D eu s Que m adrigal tão ve lho
Estou a falar-te seriamente, não faças versos da
velha escola
Supõi que não sabes como eu me chamo.
Como te a rran jada s tu para achares um nome
digno de mim e que ao mesmo tempo te agra
dasse ?
— Fa cilm ente , re spo nd i eu ; das cinco coi-
zas mais belas do mundo tomaria uma letra, e,
combinando-as, formaria o teu nome.
E quais são, meu amigo, essas coizas?
—Conta pelos dedos: ó mar
— Porque ?
—Porque é tão majestozo e tão docementetraidor como o
raio*
doWteus olhos div ino s
— E depo is? '*
—A aurora.
—Porque?
—Porque.é tão rozada e tão graciozacomo
.0 sorrizo dos teus lábios:
— Depois ?
—A roza.
— Porque ?
—Porque é a expressão da tua boca.
—Cont inua . . .
—Segue o mez de abril .
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xoi8 ===== Almanaque do PORTUG AL • 127
nissimas que envolvem o teu seio de arminho e
os teus braços de jaspe.
—E por u l t imo?
—A açúcena, que é branca como essas espa-
du as alab astr in as e as tua s pequenas mãos de
neve, que eu quizera calcar de beijos.
— A estas hoje de um lirismo a toda pro
v a V am os a ver : de cada um a dess as coizas to
m aras . .. ""
— U m a le tra : M do mar, A da aurora, R
da rosa, I d o mez de abril e A da açucena.
Ela sol tou uma gargalhada .
—Mas ,
exclamou por fim, se não me enga
no,
com essas letras formarás o meu próprio nom e : M a r i a
— N ã o
En gan as-te , p orque o teu nome
ad ora do é o único dig no de ti . . . e, si não, per
gu nta -o ao m ar, á auro ra, ás rozas, ao mèz de
abril e ás açucenas. .
Catulle Mendes
A S A R T E S N O . J A P Ã O •
Os colecionadores de objetos de arte, que
vizitam o Japão» encontram ali; o seu parafco,
pois em nenhum paiz eziste tão grande varieda
de de produção artíst ica. Os amadores de qua
dros extaziam-se dian te da pi nt ur a dos velhos
mestres japonezes, ou das estampas coloridas.de
épocas mais modernas. .
Os que se interessam pela escultura deli
ciarão nas vizitas aos velhos templos, onde ezis*
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128 ===== Almanaque do PORTUGAL = = 1918
especialmente os velhos bronzes, e pelos xarõis
de fascinante beleza
que são a
gloria
do
Japão.
E o viajante que dezeje adquirir pequenas recor-
daçõis de viajem, ali encontra campo maior que
em outro lugar: porcelanas de diversas espécies
e épocas, biombos, marfins esculpidos, sedas bor
dadas, objetos
de
pra ta ,
etc.
RECEITA UTHL
• »
Btoinhas de coco. — 1 libra
de
assucar refi
nado, uma quar ta de mante iga lavada , 1 coco
ralado,
1
prato
de
gom a peneirada,
1 ovo; une-
se
bem a
massa
e
enrola-se sobre
uma
taboa,tendo-se o cuidado de esfregar esta com a fari
n h a
de
t r igo para
não
grudar, cortam-se então
as broinhas e deitam-se nas folhas com farinha
de trigo para
1
não pega r e pod er tirar-se bem,
depois de frias.
ENIGMA (figurado)
CRE
Pará-Belem.
M A C I S T E
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i gi8 ===== A lman aq u e d o P O R T UG AL = = 129
(Do Hamlet , de Shakspeare)
Duvida que não haja um eèu profundo
e um inferno onde geme a falsidade;
duvida da mentira e da verdade;
duvida das mizerias deste mundo;
não ereias neste sòl, elàro e jueundo;
não ereias que entre nós reine a vaidade;
não ereias nas angustias da orfandade
e na prece final do moribundo...
Duvida que na terra a morte é vida;
que não haja no mundo mal e dôr;
que não haja uma ult ima jazida. . .
Que m'importa ? Não ereias que na flor
haja espinhos, Ofélia, sim, duvida,
—mas ereias sempre e sempre neste amor
J . EUSTAQUIO DE AZEVEDO
C H A R A D A ( a l e x a n d r i n a )
A o g r a n F a r a l d o
E u c o n h e ç o u m j a r d i n e i r o
Qu e é mes t r e n a s u a a r t e .
C o m es t é t i c a , r ep a r t e
As plantas no seu canteiro.- ;- ; .
A M A D O R
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130
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
1918
—> •"-„_?
J
'X
L a d y G o d i v a
1
C e r t o c o n d e n o r m a n d o , a s s o l a d o r e h i r s u t o ,
S e n h o r t r a d i c i o n a l d ' u m a c i d a d e i n g l e z a ,
Q u e r e n d o u m p r a t o d ' o i r o a m a i s n a s u a m e / a
L a n ç a r a s o b r e o p o v o u m p e z a d o t r i b u t o .
N ã o p o d i a p a g a l - o o b u r g o i r r e z o l u t o :
Era a ru ina , e ra a fome . E desva i rada , aceza ,
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 159/211
i gi 8 A l m a n a q u e d o P O R T U G A L = = = 131
Ma s a s po r t a s de f e r r o , immove i s e pe z a da s ,
N ã o se a b r i a m. E o povo , e r gue ndo a s mã os c r i spa da s ,
Ca nç a va - se a b r a da r , a u iva r , a so luç a r . . .
Ca ía a ta rde . O so l quebra ra a neve f r ia ,
A o s o p é d a m o n t a n h a o b r u g o a d o r m e c i a ,
C o m o u m c a c h o r r r o a o s p é s d ' u m a a r c a t u m u l a r .
I I
D e n t r o d a f o rt a le z a , e n t r e t a n t o , r o d e a d o
D e da lmá t i c a s de d ' o i r o e c a pe los ve r me lhos ,
O c onde r e ju r a va á f é dos Eva n je lhos
•Q ue o bu r go pa ga r i a o t r i bu to l a nç a do .
Tudo o a p la ud iu . S ome n te , a lva e l o i r a , a s e u l a do
• S e e r g ue u l a dy G od iv a ; e p r os t r a da d e joe lhos ,
D e f e nde ndo c ondo ída a s c r i a nç a s e o s ve lhos ,
G e m e u : — « S e n h o r O p o v o é j á t ã o d e s g r a ç a d o
P or que o nã o l i be r t a i s d ' e s se t r e me ndo impos to? »
En tã o , o c onde o lhou a e spoz a , r o s to a r o s to ,
E ve ndo- a c a s t a , humi lde , e xc l a mou c omo um r e i :
«L, ibe r to -o se amanhã tu fo res , rua em rua .
S o b r e u m c a v a l o , b r a n c o , i n t e i r a m e n t e n u a »
E l a b a i x o u o s o l h o s e m u r m u r o u : — « I r e i » .
I I I
N a s c e u p o » f im o s o l . B r a n c a e n u a — q u e i m p o r t a
S e é g lo r ioz a a nu de z qu a n do se é c a s t a e be l a —
S obr e um c a va lo b r a nc o , e m r e do i r a da se l a ,
C o m o q u e m a t r a v e s s a u m a c i d a d e m o r t a ,
G od iva , no c l a r ã o d iv ino que a t r a nspo r t a ,
O s br aç os sob re o se io , o cab e lo a envolve l -a ,
Pe rcor reu todo o burgo e fo i de v ie la em v ie la .
S e m qu e a v i sse n in gu é m , se m se a b r i r um a po r t a .
R e v o a v a m - l h e e m r e d o r , b a n d o s d e p o m b a s b r a n c a s ;
E o so l , cobr indo d 'o i ro as suas rózeas ancas ,
V e s t i a - lhe a nude z de f o r ma s v i r j i na i s . . .
Q ua ndo e m f im r e g r e s sou , l o i r a , c a lma , mode s t a ,
O bá r ba r o se nhor be i jou - a sob r e a t e s t a ,
E o s t r i b u t o s d ' e n t ã o n ã o s e p a g a r a m m a i s .
7/21/2019 004071 Completo
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132
Almanaque do
P O R T U G A L
1918
OS CORRESPONDENTES
D O " P O R T U G A L "
O retrato acima é do competente coronel do
ezercito portuguez, snr. Jozé Bernardino de Sou
za R om an o, íntelijente e esforçado correspon
den te em Lisboa do jornal
« P O R T U G A L » ,
orgam
da colônia portugueza no Norte do Brazil.
C h a r a d a (mefistofelica)
Peixe da Povoa, compozição poética.. . ás
santas e fruta apreciada-3
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 161/211
D
CYRIO
Grande fabrica de,,yejas e artefâ«tos "de cera
NOSSA. SENHORA DE NAZAJtETH
' C a s a í u i a í S a d a
e m
ISTJq
n
ANTÍSSflQ MACfJADO DA SILVA
Rua Conselheiro João.Alfredo,
ai
A mais antiga FABRICA de VÈÍ_ÂS
; © A R T Ê F A C T O S de CERA
j Ú n i c a p r e m i a í j â na J ^ t f i i ç a o N a c i o n a l
.•-""'"
' 40 Rio de
J a n e i ro d e i g o S
Esta casa es tá hab i l í t ada -a faze r cõfH toda
a
jgier-
-
„ - {
f ei çã o qu a lq ue r r p i l a g r e
^ •
í g i i t a n d ' õ p e r f e i t a m e n t e
às
mQ j | s t i a s .
y E L A S B O R D A D A S e D O U R A D A S
Diversos tamanhos . .4e «e tes de í -pr i i í i e i r a . qua j idád je
sç m faze r fuma^a,^ sem , . .vergar
e sem
e scor re r .
' Proprías para Igreja è absolutamente garanWas
BUGIAS JILTIMA NOVIDADE em VÈlAS imitação
^ ã fiSTEARINA, a maig tomsiieta ; '". •
,
-. ----- - —
*
"~
* *••
T o d o i t r a b a l h e feito
com
m u it o estti tífb
e
á
von ta de - f io f r e gue z ,
7 .
e s t a n c o s e m p r e p r o n l p i »
SL
a t t e n d e r
a
q u a l q u e r
pô-
*diflo, e
mi f o .gn r q t t é
sè
lhe-f& çíu m e d k a t e
''
.- *
d tóf iahò , íôo de l ò
ou
èxplicaçá%* verb« S
do
ín tereçgaUtf '
'~
TrabaltóIgarantido
v
é â freço
sem
êbmpeteneia
T o d o s a o C Y R I O
A mais baratèlrü Fabhica
de
Velas
do
Pará
C h a m o
a
a t t e n ç ã o q tteto® m e u s a r t i g os l s ã o ga r a n t ido s
e t o d o s
de
p r i m e i r a q u a l i d a d e
não
hfpyendo n es te
E S T A D O C O M P E T I D O R E M P R E Ç O S e e m P E R F E I Ç Ã O
7/21/2019 004071 Completo
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7/21/2019 004071 Completo
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• :
Grande Armazém de Fazendas, Modas,
Miudezas, Chapéus
e ARTIGOS
de
ARMARINHO
I I I I I M I I I I M I
^ ^ ] 5
>"'"" '" '""
Corrêa c/e M iranda
&
C.
a
6 7 , R U A C O N S E L H E I R O J O Ã O A L F R E D O ,
67
E s q u i n a d a t r a v . d e S . M a t h e u s )
C a s a f u n d a d a e m 1 8 6 4 T e l . n . 2 8 0
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7/21/2019 004071 Completo
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B e r n a r d o S á
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I
7/21/2019 004071 Completo
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igi8 = = Almanaque do PORTUG AL ===== 133
Curiozidades dos gênios
L A U D S E E R ,
aos dez anos, era um dezenhís-
ta admirável ;
BuíwER-LiTTON, romanciçta inglez, autor
de
Os últimos dias de Pompeia
e dè outros livros
notáveis, escrevia baladas aos cinco anos e aos
quinze publicava Ismael, Contos do Oriente d o u
tras poezias;
R E Y N O L D S ,
celebre pintor, aos oito anos fez
um dezenho perfeito do edifício dò seu colejio;
IVEIBNITZ,
notável filozofo alemão, criador
da teoria optimista* com a mesma idade aprendeu, sozinho, latim e aos doze começou o grego;
M A C A U L E Y ,
com oito aiios, já hav ia escri
to um
Com pêndio de H istoria Universal
e um
poema em três cantos;
DÁNTE, aos nove anos, dedicou um soneto
a Beatriz;
HETASTASTd, improvizava aos dez anos;
GoETHE, sabia escrever em .diversas lin-
guas antes de ter dez anos;
T E N N Y S O N ,
com doze anos, escreveu • u m
poem a épico de seis m il l inha s e aos qu artozè
um dr am a em versos, im peca velm ente metrifi
cados ;
R A F A E L , já era celebre aos quatorze anos;
F E N E L O N ,
pregou um excelente sermão aos
quinze;
V Í T O R H U G O ,
escreveu Irtamene com a
mesma idade;
G A U L E U , com dezenove anos, descobriu o
izocronimo do pêndulo na catedral de Piza;
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134
=====
Almanaque do POR TUG AL » iQt8
aos três an os; aos oito, t inh a já l ido m uita s
obras nessa l íngua; aos dez, aprendeu latim eaos
doze,
começou a estudar a fundo o lojica esco-
lastica e, finalmente,
W B E N ,
inventou um ins t rumento as t ronô
mico e dedicou-se ao latim, quando contava qua
tro anos, apenas.
R E C E I T A Ú T I L
'
Bolo
majestozo.—2 gemas de ovo e i clara
bat idas com i colher de manteiga, a chicarasde
assucar, a de farinha de trigo, i de araruta ou
m aizena, e i de leite, soda, su m o de limão, ca
nela, etc, bate-se bem, assa-se em forminhas e
em forno quente.
CHÁ—CAFÉ—CHOCOLATE
Na Inglaterra , ha anos, o governo queren
do verificar Q efeito des tas trez beb idas no org a
nismo humano, ordenou que se desse a trez ho
mens condenados á morte, a um chá, a outro ca
fé e ao outro chocolate, como alimentação ex-
cluziva.
A experiência não deixou contentes os que
gostavam dessas bebidas.
O qu e tom ava excluziva m ente chá, ficou
esqu elético, pálido, res seq uid o; o do café ficou
doido e õ do chocolate ficou com a pele cheia
de vermes.
Pessimismo
— Entre dez ho m ens ha vinte
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i g i 8 = • = A l m a n a q u e d o P O R T U G A L •• 135
A o H o m e m
AJ. M . Ferreira de Castro
Porque buscas um bem constantemente,
uma sombra quejbje e se esvaneçe,
porque tentas
o
furor avaramente,o vinho do prazer que te entontece ?
Se na vida iluzoria tudo mente,
se a perfídia e a calunia o mundo tece,
envohendo nas teias, habilmente,
quem no gozo o inimigo desconhece...
Hom em que tentas alcançar o Rào,
fazet do inferno um
doce
paraizo,
fóje, recua, pois a Dôr v€m perto /
Se da límpida e simples gota d'agua,
nascem, o rio, o mar, assim a Magua
brota de Pronto dum sorrizo incerto,
S E R J I Q p L I N D E N S E
R E C E U A Ú T I L
Beijinhos de moço
bela. — 3 copos de* calda
grossa, 3 copos de .leite, 39 gemas de ovos, mis
turam -se b em , passam-se por um pano e vão
para um tachinho, com 3 colheres de manteiga
lavada, levam-se ao fogo mexendo-se bem até
ficar grosso, vai em cálice com canela por cima.
Os homens compl icam e aumentam os ape
ti tes e necessidades, de maneira que para satis-
fazerem-se, teem de vender a própria vida.
7/21/2019 004071 Completo
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136 ===== Almanaque do PORTUGAL = = 191*
Socialismo
O lem a do socialismo, como o definiu
G uáta vo H erv é, é a abolição do m ilitarismo, a
abolição do capital , a ex tinção da prop riedad e
particular, a união perfeita dos seres trabalhan
do todos para. todos, sub ordin ado s ás m esm asleis e obedecendo aò mesmo principio de Igual
dade e de Fra ternidade humanas .
E ' a esta s bazes qu e Se cinjem os su pre
mas aspiraçôis dos espíri tos superiores que la-
bu tam na conqu ista 'de reivindicaçõís _ sociais,
procurando abater essas estúpidas barreiras que
separam -os povos, fraccííUh-ando a humanidade,
como se esta não formasse uma única família.
Não é nem hoje, nem amanhã que se con
seguirá estabelecer a perfeita harmonia nas so
ciedades, cessando com os inaceitáveis precon
ceitos de raça, dê nacionalidade e de classe, mas,
nu m futuro, ainda q ue lonjinquo, ha de imp erar
o mutuaKsmo universal .
Q uand o, realizado este sublime
desideratum,
terminarão essas lutas injentes em que se assas
s ina m ,m ilhare s e m ilhares d 'individuos, m uitas
vezes devido a simples caprichos ou á imbecili
dade das chancelarias.
A abolição da força armada será absoluta
e portanto dezaparecerá a éjide do capital e das
reg alia s de privilejio. A caba-se assim com o es-
pezinhamento dos fracos pelos poderozos.
A organização social obedecerá aos sagra
dos princípios da Justiça, e da Igualdade e da
Fra te rn idade humanas .
Funchal— Madeira.
7/21/2019 004071 Completo
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i ç iS
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
137
^ ^ .
B»lLi||-||lE
1
Manuel i to , in teressante f i lh inho do sr . Henr ique
M onte iro , já fa lec ido , de sua d ign a espoza sen ho ra D.
Ju l ia Te ixe ira da Costa , e sob r inh o que r ido do nosso com
pan he i ro de redação , J . P in to M onte i ro .
M â i c f i lh inho v ivem em Po rtug al , no logar de
nominado Frende , nas mar jens do r io Douro .
7/21/2019 004071 Completo
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i
3
8 ===== Almanaque do PORT UGAL 19*8
KXIGMA
Ao En/filio Savartl
Seis letras contem o todo,
distribuídas em três pares,
escritas em seus lugares,
fazendo o trama do engodo.
Também com duas consoantes
poder-se-á escrever
o termo que aqui vai ver
Com um par de letras chibantes.
Se ha complicação no fim,
no principio também ha:
a dificuldade está
nas duas partes, emfim.
Vê bem; Com um par ou três pares,
com duas letras ou seis,
não vai da primeira vez:
—um doce se decifrares
M O N T E C R E S P O
C H A R A D A S (novissiniàs)
Dado que
na ilha dezenvolva a teze.. .-i , .2.
.. . sobre a igreja, o queixo e sequiozo,-i, 2
terá a sorte da ave que comeu sal quimi-
CO.-2,
2 .
S. Luiz— Maranhão.
Z I L D O
FÁBIO MACIEL
.1 ' i i
n
•• 1 1 — - — — • 1 •
R e m é d i o e x t e r n o c o n t r a a s d o r e s , B A L -
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i g i 8
Almanaque do PORTUGAL
139
NA SE
D o secu lar c a m p a n a -
rio escapou para lonje o
som bronzeado do s ino
grande a n u n c i a n d o a
missa das seis.
Ela t ranspunha o l i
m iar qua ndo a ul t im a ba
dalada emudeceu e, á di
reita, estendendo o bra
ço gracil e forte, curvou
a mão sobre a concha
d'aguà ben ta, tateou a su
perfície, m olh an do a s ge
m as dos seus rozados de
dos e num lijeifo movi
m en to fez o sina l da cruz.
Aveludando. o passo en
caminhou-se para o altar
predileto, ajoelhando.
O rend llhado a rtístico do seu véu ne gro
emoldurava-lhe o rosto branco como o marfim,
e ao abrir, rezando , a sua peq uen ina boca, os lá
bios pareciam duas pétalas vermelhas, espalma
das num leito da mais pura neVe.
A igreja não estava de toda i luminada, ape
nas as luzes da ara em que ajoelhara, rompiam
debilmente a obscuridade do templo, que ferin-
do-a em cheio, quando abria os olhos, nas suas
pupilas brilhavam infinitos pontos luminozos,
com o se neles os fui gores d os cirios lap id as sem
bri lhantes .
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140 = = = Alm anaque do PORTUG AL " iÇift
tremorezinhos nefvozos com piedoza meiguice
Ouvia as leituras com a cabeça baixa, er
guendo o busto de arcaicas l inhas, quando co
meçava o sermão, e cravando os olhos profun
damente negros na imajem de Jezús fixava-a de-
moradamente no extazis arrebatado de sua alma
virjem.O fumo de alecrim perfum ando o â m bito
do templo, formou sobre a sua cabeça um espes
so nimbo que ela esfarrapou ao levantar-se, per-
signando-se pela ult ima vez.
E mergulhou na enorme massa de crentes
qu e term inav am da missa, perden do-a o m eu
olhar indiscreto.
E' possível que esta formoza donzela, en
treg an do todo o seu coração a fé, não deten ha
livre uma parcela para o culto do amor?
H E N R I Q U E A M O K D O
R I I C L T T A Ú T I L
P a r a l i m p a r o s d e n t e s *
Pega-se um pouco de sal e com uma esco
va fricionam-se os dentes qpe ficarão mais alvos
do que com qualquer qualidade de pasta. Alem
disso o sal é um bom evitador da carie e outras
moléstias nas genjivas.
A corporção do aço dos Es tado s-U nid os te
ve, em 1914, um lucro de $27,000,000; em J915,
$275,000,000; e nos p rim eiros 6 m ezes áo cor
re nt e ano , $300,000,000 de dó lares ap rox im ad a
7/21/2019 004071 Completo
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i g i 8
Almanaque do PORTUGAL
141
A R M A D A P O R T U G U E Z A
A c a n h o n e i r a " I b o " e
O
s e u c o m a n
da n te e m 1916
ENIGMA
'Ao dr. S ilvestre V alente
Dizem prima com segunda 1
O mesmo que diz terceira.
No belo te rmo redunda
O todo da barulheira .
Vam os, va m os valentõis ,
Quero vel-os de regresso
Da caçada aos 3 leõis,
Com a solução que vos peço.
Maranhão.
7/21/2019 004071 Completo
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142 Almanaque do PORTUGAL ===== 1918
A c o n t e m p o r a n e i d a d e l i t e r á r i a d o P a r á
— • ^ « » ~ . —
(Principais literatos e suas obras)
AUGUSTO MEIRA—Advogado, poeta e pro-
zador. Publicou: Eis o livro, Corintos, etc.
J.
EUSTAQUIO
D 'AZEVEDO—Jorna l i s t a ,
poe
ta e escritor. Publicou: Muza Elétrica, A Irmã
Celeste, A Viuva, Vindimas, Dedos de Proza,
etc.
Tem a publicar:
Antolojia Amazônica.
IVUCIDIO FREITAS—Advogado e poeta. Pu
blicou:
Vida Obscura,
etc.
ALBANO
V I E I R A — P o e t a .
Tem a publicar:
Ombrais de Rozas.
LUCILIO F E N D E R — P o e t a . Publicou: Carta
de A B C
e
Os Nehengaibas.
J. PINTO MONTEIRO
—
Poeta e jornalista.
Tem a publicar: Coração de Noiva, Vingança do
Operário,
etc.
ROCHA M O R E I R A — J o r n a l i s t a e poeta. Pu
blicou:
Pan, Torre do Sonho,
etc.
MECENAS ROCHA
— Escritor — Publicou:
Cambiantes, O Prmcipe Encantado, Sangue La
tino,
etc.
J. M. F E R R E I R A DE CASTRO—Jornalista e
escritor. Publicou:
Criminozo por ambição, Alma
Luzitana,
etc. Tem a publicar:
Vinagre Concen
trado, Horas Nostaljicas,
etc.
DR. INÁCIO MOURA —
Enjenheiro. Publi
cou: De Belém a S.Jaão de Araguaya, Álbum
do Trincentenario,
etc.~
ROMEU MARIZ—Jornalista e poeta. Publi
cou:
Limbo,
etc.
FRANKLIN P ALMEIR A—J o rn a l i s t a e poeta.
7/21/2019 004071 Completo
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igi8 = = Almanaque do PORTUGAL ===== 143
D ' A R T Á G N A N CRU Z---Advogado
e prozador.
Publicou: Agostinas.
C A R L O S B. DE
SOUZA—Jornal ista
e proza
dor. Publicou: Arco íris, etc.
D E J A R D
DE MENDONÇA—Advogado, jorna
lista e poeta. Publicou:
Evanjelho de meu filho,
etc.
E L M A N O QUEIROZ—Poeta . Publicou:
Ma-
linas.
G R A Ç A L I M A
•-—
Poeta. Publicou: Farrapos.
QtTBíRÓz
D ' A L B U Q U E R Q U E
— Poeta. Publi
cou: Átomos.
P A U L I N O DE
BRITO—Jornal i s t a ,
filologo e
advogado. Publicou: Gramática da LinguaPortu
gueza,
etc. -
C A R L O S NASCIMENTO—Poeta , advogado e
filologo. Publicou: A Lingua. Nacional, etc.
F E R R E I R A DOS SANTOS— Filologo,
jornalis
ta, lente.
R E M I J I O
FERNANDEZ—Advogada ,
jornalista
e poeta.
(
G E N A R O
P O N T E E
SOUZA—A dvogado,
jor
nalista e autor teatrah
F. DA C O S T A B U L H Ã O
(Organizador)
RECEITA ÚTIL
Pára fazer dezaparecer as verrugas.
—Ponhâ-
se a macerar durante 3 dias a casca dum limão em
meio copo de bom*vinagre branco, que seja for
te.
Molherií-se as verrugas durante cinco ou seis
dias com esse liquido e se verá como dezapare-
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 176/211
144 • a Almanaque do PORTUGAL " 1918
O homem que se afoga— Socorro Acu dam -
me.
O Policia—Isso é serio ou o snr. reprezen-
ta para o cinema?
CHARADA (antiga)
No momento da par t ida—1
Junto da arvore, na estrada,—2
Disseste com voz maguada
Hei de escrever-te querida.
E eu vivo desprezada
Injustamente esquecida;
Q ue
missiva
demorada
Que promessa fementida
I R E N E , A F L O R Z I N H A
Fílozofia dumí.. pau d'agua—Quando a gen
te está molhado assim por fora, o melhor é mo
lhar também por dentro.
— O' X u a n ?
—An?
—Xá dormes ?
—Non.
—Empres ta -me um tos tão :
—Xá durmo, xá.
O mundo é assim dividido: 99 insensatos
para um iniciado.
O PORTUGAL publica os aniversários dos
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i g i 8
A l m a n a q u e d o
;
P O R T U G A L
145
General Serzedelo Correia
Um idolo no altar
da Republica Brazi leira
A R e p u b l i c a t a m b é m t e m o s s e u s i d o l o s
com o as re lij-iõ is os seu s r i t o s a b n e g a d o s . F a
l a n d o d a p e r s o n a l i d a d e d e s t e g r a n d e h o m e m ,
des ta no táve l f igu ra , e scapa- se -nos a expres são
7/21/2019 004071 Completo
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146 = = A l m a n aq u e d o P O R T U G A L ===== 1918
das maiores notabil idades que a Republica pou
de conceber.
Ele, cercado pela inveja, pelo despeito—
nunca deixou de ser «aq uillo»q ue lhe estava
traçado pela força do D estin o. Foi, e é o super-
hoineni da Republica Brazileira. Os mais eleva
dos cargos de responsabilidade do paiz lhe fo
ram confiados. Como ministro da Fazenda, ao
tempo de Floriano Peixoto, o « marechal de fer
ro», .ele postou-se á po rta do tezouro com o um
leão bravio, am pu tand o a m ão da gatun ajem
administrativa que pretendia desmoralizar o go
verno de Floriano; e por isso, com o dinheiro
do erário publico, sustentou toda a comoção in-
testina de Rio Grande e nunca o Tezouro dei
xou de fechar com saldos fabulozos dia a dia.
Como ministro de exterior, coube-lhe a ta
refa h onroz a de pre pa rar o terren o pa ra a liber
dade do clero honrado, e ainda por isso quando
em sua viajem a Roma, o Papa descendo do Qui-
rinal, veiu receber com toda a sua Caza sacra, o
maior filho do Brazil.
Como,ministro da agricultura e do interior,
cum ulat ivam ente, e le sal ientou o gran de papel
da ex pa nsã o com ercial-econom ica do paiz, e,
abrindo o seu gabinete ao industrial brazileiro,
am pa ro u a ind us tria nacio nal, e eil-o forte e al
t ivo assombrando os olhos do observador comer-
cialista das outras naçõis civilizadas.
Finalmente ocupou os maiores cargos po
li t icos que a R epub lica pode do ar a um hom em
da força de espirito que é este. . .
7/21/2019 004071 Completo
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1918 == Almanaque do PORTUG AL . 147
am eaçad a n um a conjestao de fogo; pela influ
encia patriótica que, do seu peito forte, se eleva
ao mais elevado lugar no altar da pátria de Sil
va Jardim o Rio Branco.
Belém, IÇIJ
A N Í B A L D U A R T E
T o r p e d o r a d i o - a u t o m a t i e o
Foi experimentado, ha pouco tempo, em
prezença do seu inventor, M. G us tav e G ab et e
do general de Ia Roque, antigo diretor de art i
lharia no m inistério da m arinh a, um torped o
radio-automatico. O lançamento á água d'este
novo ettjenho de guerra, ao mesmo tempo ter
rível e maravilhozo, deu-se no arsenal de Cons
trução em C halon-su r-Sáon e. O torped o é diriji-
do de lonje po r on das elétricas em itidas d'um
j
posto de terr a ou d a bord o d'um navio. ,
A grande capacidade do enjenho permite
carregal-o com novecentos kilos de explozivos
em logar dos noventa" que comportam os atuais
torpedos, o qu e o torn a realm en te terrível nos
seus efeitos destruidores.
O torpedo mede nove metros do compri
mento e peza quatro mil kilos. \
0 conceito
patriotismo
tem sido invertido
e por isso h a qu em com preenda qu e «ser pa
triota» é ser, implicitamente, inimigo dos que
não pertencem ao seu paiz.
7/21/2019 004071 Completo
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148 Almanaque do PORTUG AL = * 1918
A
r e f o r m a o r t o g r á f i c a p o r t u g u e z a
e m d e z m a n d a m e m t o s
Para evitar dúvida a tipografos, re-
vizores, jo rnalistas incipientes e a
quem dezejar elucidação sumária eútil, sobre a decretada reforma orto
gráfica.
i .°—Não se duplicam consoantes. Portanto,
beleza, aprovar, imediato, abade, Melo, Matos,
Mota.
2.
0
—Simplificam-se e substituem-se os gru
pos ph, th, rh, ch (com valor de k) — Portanto ,
ftlozofia,
'teatro,
reumatismo, quimera, química, co-
rografia.
3.
0
—Não se emprega
y,
nem
k.
nem
v ,
—
Portanto ,
lira, martírio, calendário, V enceslau.
Excetuam-se só os vocábulos derivados de no
mes próprios estranjeiros, como
byroniano, kan-
tismo. wiclefitas.
, 4.0—Dentro dos vocábulos não se escreve
h.
—Portanto ,
aderente, inibir, inabú, compreeender,
inumano...
5.
0
—Os
ditongos orais
ae, do, éo, oé,
substi
tuem-se por ai, au, eu, oi.—Portanto, pai, pais,
jornais, marau, chapéu, herói, anzóis.
6
o
—Evitam-se consoantes inúteis .—Portan
t o ,
escrita,
escritor,
escultura,
louvá-lo,
ouvimo-lo...
Excetuam-se os cazos, em que a consoante,
em bora se não pronun cie, tem a u ti l idade de si
gnificar qu e é a be rta a vo ga i qu e a prec ede ,
como em
exceptuar, rectidão, redacção , direcção,
actor,
etc, e nos vocábulos das mesmas famílias:
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 181/211
igi8 ===== Almanaque do PORTUGAL = = 149
7.
0
—O pronome pessoal enclitico
Io
liga-*se
aos verbos por um traço.—Portanto,
faze-lo e eu
não posso
faze-lo;
louvá-lo; ouvi-lo...
8.°—O emprego do
s
e do
z
é regulado pela
etimolojia e pelas tradiçõis da l ingua.—Portan
to ,
português, francês, cortês, ffeguês, defesa, em
presa;
e, ao mesmo tempo,
natureza, beleza, civili
zar, realizar, organizar, vez, talvez...
Em cazo de
duvida, ha ainda o recurso dos bons dicionários
e vocabulários, organizados depois que è conhe
cida en tre nó s a ciência da lingua jem , isto é, no s
últimos v inte ' ou trin ta anos.
i9.°—Escreve-se
igreja, idade, igual.
A centua m -se graficamen te todos os vocá
bulos exdrúxulos .^-Portanto,
pálido, túmulo, cri-
sàntemo,
lévedo,
hipódromo, velódfomo, diária, Áfri
ca... A centuam -se os hom ógrafos não homofó-
nicos, pois há
sede
e
sede, governo
e
governo, dú-
vida
e
duvida,
etc. O acento grave pertence ás
vogàis, não tônicas. Po rtanto, còrado, pregador,
pegado...
E tamb ém se pode em preg ar para des
fazer dito ng o, como em
proibir, miüdamente; e
para mostrar que
o u
se pron un cia depois de
g
ou
q
como em
agüentar, freqüente...
(quando
convenha reprezentar a pronuncia, especialmen
te no ensino primário).
E ste s dez m an da m en tos se cifram em dois;
não perder de vista os cazos aqui consignados;
e, qu an to aos m ais, co ntin ua r a escrever como
escreviam os mestres.
C Â N D ID O D E F I G U E I R E D O
1 0 .0 0 0 réis simplesmente dá para V- S>. ter
uma assinatura do jornal P O R T U G A L , durante
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 182/211
150 1— Almanaque do PO RTU GAL 19*8
L O G O G R I F O
Ao Jocas t ro
s
Talhados pelos dest inos
para irmãos,—vivem unidos,
ao som de festivos hinos,
ou nos combates renhidos. '
O mesmo povo, sincero—4-7-10-5-9
Livre, altaneiro e feliz,—15-5-1-7-2-14-6.
faz valer—forte e severo—10-7-13-12-6-3-2.
o nome de seu paiz —8-14-11-2-5-3*
Talhados pelos dest inos
para i rmãos—vivem unidos,
ao som de festivos hinos,
ou nos combates renhidos
MONTECRESPO
Charada (novíssima),
A o V a l d e m a r L o p e s
Querer bem sem alegria é muito penozo.
—2-2.'
Pará
—
Belém.
M O N T E L I M A
Na porta sentei-me,
Pedi água e pedi pão.
Finjindo ser pobre, quando
Queria beijar-lhe a mão.
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 183/211
i g i 8
Almanaque do PORTUGAL
151
Corone l He rme l ino Con t re i ras
N ã o p o d i a o « A l m a n a q u e do
PORTUGAI .»
d e ixa r de pu
b l i c a r
em
s u a s p a j i n a s
o
r e t r a t o
do
E x m . °
Sr.
c o r o n e l H e r
m e l i n o C o n t r e i r a s .
E
nã o po d ia po r q t i e s e r i a
uma
falta
de
c o r t e z i a a um h o m e m que t a n t o tem t r a b a l h a d o p a r a o p r o
g r e s s o i n d u s t r i a l e m o r a l da A m a z ô n i a .
S ó c om * t e m p e r a de r e j ide z fixa e i na l t e r a ve lm e n te c op io -
za de benef ic ios á s r e j iõ i s ac rea nas , p od ia leva r a c a b o a o b r a de
a d e a n t a m e n t o que S . Ex .
a
v e m f r i z a n d o n a q u e l e s l o g a r e s .
O c o m e r c i o a m a z o n i c o d e v e - l h e i n ú m e r o s s e r v i ç o s , que
7/21/2019 004071 Completo
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I 5
2 ===== Almanaque do PO RTU GAL • 1918
TEMPl̂ STADK
Rujia a tempestade. Impetuozos
Mil raios flamejantes e co léricos,
Fendem o espaço frio, e tormentozos
Rouquejam como leõis, monstros, famelicos.
A natureza, os seres receiozos,
Os astros no infinito, bem pulquericos
Recolhiam-se, escuzos, duvidozos,
Da atmosfera, aos âmbitos afelicos.
Na amplidão misterioza da ezistencia
Lutando, com vigor arrebatado,
Vejo entre os riscos feros da procela,
Anciozos de queimar e co'inclemencia
T u d o e todos. . . ao peito aconchegado,
Também meu coração qual, náu sem vela.
Pará.
A M É R I C O A M O E D O .
E N I G M A
Ao João Urso
Se na minúscula planta
Meter-lhe, lesto, um H
Fica grande, grande e m a i s :
Caza ou depozi to . . .—Olá . . .
. . .onde se guardam cereais .
A. P.
F.
Para ictericia e doenças do fígadoBOL-
7/21/2019 004071 Completo
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i g i 8
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
153
0 estimado panfletista brazileiro
sr. Dnimond Nogueira, apanhado pelo lápis do caricaturista
7/21/2019 004071 Completo
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154 ===== A lm an aq ue d o P O R T U G A L ig i«
O v e n t r e d e u m e z e r e i t o
D eco r r id o s e s t e s q u a t r o an o s d e g u e r r a , é in
t e r e s s a n t e v e r o q u an to d e a l im en to s q u e o eze r
e i to f rancez co ns um iu de sde o d ia 2 de A go s to
de 1914 a igual dia e mez do ano de 1917*
10:000:000 sacos de far inha de 100 qui los ca
da u m pa ra o f ab r ico ap ro x im a d o de 2 b i l iõ i s de
raçõis de pão de 700 gramas , 250:000:000 qui los
de ca rne de vaca ; 1:600:000 carneiros ; 170:000 por
co s p a r a a p r e p a r açã o d e ch o u r i ço s , p r ezu n to s ,
e t c ; 97:500:000 qu i lo s de a ssu ca r ; 65:000:000 q ui
los de café ; 40 :000:000 qui los de ar roz; qu inhen
tos mi lh õ i s de qu i los de l eg u m es secos ( e rv i
l h a s ,
fei jõis , e tc . ) 26:000:000 qui los de massas al i
men t íc ias ; 45 mi lhõ i s de qu i los de ca rne de va
ca em conserva; 5 :500:000 qui los de pe ixe sa lga
do; 6:700:000 he c to l i t ro s de vi nh o; e 350:000 de
a g u a r d e n t e .
P a r a o s u s t en to d o s cav a lo s e d a s m u a r e s
a o s e r v i ç o d a F r a n ç a c o n s u m i r a m - s e , d u r a n t e o s
do is pr im ei ro s an os de gu er ra , 1:100 q ui lo s de
aveia e mais 15:000:000 de quin ta is de feno .
N o t r i b u n a l :
P A R A R I R
— J u i z : C o m o s e c h a m a ?
— R é u : P r ó c o p i o A l o n z o .
— J u i z : O n d e m o r a ?
— R é u : C o m m e u i r m ã o .
— J u i z : O n d e m o r a s e u i r m ã o ?
— R é u : M o r a c o m i g o .
— J u i z : M a s o n d e m o r a m o s d o i s .
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 187/211
A S S I N A T U R A S
C A P I T A L
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i u n O PORTUGAL publica |
;.dos seus assinantes todas í
as notas e iríformà]çõis que lhe pedi- I
rem.*Fornece gratuitamente eicplicaçOis f
sobre serviço militar, comercial, po- f
7/21/2019 004071 Completo
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7/21/2019 004071 Completo
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zônia. Também se prepara em pijnlas.
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L l l x l l
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P a r a c x l r a
^
a
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c t e r
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c
*
a
preta e amarella, in-
InlIAII cbação e inflainmação do fígado e baç o.
Bei rão—Para doenças de senhoras .
Regulariza os períodos mensaes, evi
ta as cç%as uterjna», cotubate as he-
m o rr h a g ía s ' ou çgcassez do fluxo mensal, as flores
brancas, etc.
D A I - I A M I
d
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i h v
B e i r ão creosotadcH -E? um doa
I fillulul
P
r e
P
a r a d o s m a
'
s
populares e conhecidos
I UIMflUI j ,
e
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s u a
efficacía na s doenças do pe ito :
bronchites, tosses, asthma é resfriamentos.
T i N - h i r n
M i l a g r o s a B e i r ã o
— D e ,
extraordinário
I i n i u l 3
e f f e
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t o n a s
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p à
c I i a m e n t
os .
IIIIIUIII
, }
o r e s
do estômago, vômitos, flatulencias,falta de appetite, etc.
de Guaraná Beirão—Composto de Puchu-
ry e Marupá—combate as desigterias, eólicas,
hemorrhoides, diarrhéíi infecoiosa ou não,
cólera, colerína e infecções intestinaes.
I I
L Iod O - tan ico -G lyce rop ho sph a tád S Beirão
• IfinO
~
S t , b s
t i
t u e c o n
* vantagem o óleo dé ficado
IIIIIIU
, j
e
bacalhau e as Emulsões, pois é .u m po
deroso tônico para lymphaticos e irachitícos, de um
sabor agradá vel. Tarabem se prepa ra em Xarope .
" ' B ei rã o— E ' comparado ao mais
finíssimo P<Íd' Arroz , sen do seu
custo bar^tissinio.
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Aviam-se receituarios com proficencia, asseio
f
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 191/211
igi8 = = = Almanaq ue do PO R^*|0ÁE/ ===== 155
Entre o túmulo e o berço ha apenas uni
traço de união.
— — 1 • • • — ; • •• •• - , • , . • — — . . . . . . . . . . — . t f . .
Filozofia moderna—Quando não tiveres que
comer, súicida-te.
C H A R A D A (an t ig a )
A o R u b e n s
Quem t iver reputação^-2
De afàmado charadis ta;— 1 \
Terá deste a solução
Para o ano, em sua lista.
" " • CA RLÇS FÁ RA LD O
'" 1 y
:
; : -
A h p sr a proibe m uit as vezes o que a lei
•permite. ,
S E N E C A
E s c r e v e r i n v i z i v e l
Corta-se um lim ão , . mólh^-se a pe na
,e
es-
*creve-se. Deixa -se secar o pap el e envia -se ao
{destinatário, a quem já se recom endo u que p as
se o papel sobre a' cham a du m a vela . ou dum
fósforo, afim da escrita aparecer nitida, como se
fosse escrita com tinta preta.
O marido. — E ' um a delicia esta cozinheira.
-Tão calada que se chega a pensar que não ha
ninguém na cozinha
-.
A mulher.
— E-nãb ha mesm o. Disse-me dois
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156
=====
A l m a n a q u e
d o
P O R T U G A L • • 1918
SEM IMPORTÂNCIA..
Uma senhoríta paraense, respondendo ao «questioná
rio» duma revista carioca, expressou-se assim, numa das va
riadas linhas:
«
O animal qu e eu prefiro » . . .
. ( R es pos t a ) . . .
Pássaros
que cantam.
S e o s a n i m a i s j á s ã o a v e s
Q u e c a n t a m - be lo s c a n f i a r e s ,
A s c a n o a s s e r ã o n a v e s
Q u e j i n g a m e m a l t o s m a r e s .
A s m o ç a s c á d o P a r á
« P a s s a r ã o » d o S u t a s e r ;
E a s c a r i o c a s d e l á ?
I s s o é o q u e f a l t a s a b e r .
S e i d u m c a c h o r r o q u e m i a
E d u m g a t i n h o q u e l a t e ;
E n ã o h a ( s e m h e r e z i a )
T a n t o c a n t o r s e m s e r v a t e ?
E p o z - s e l o g o n a p i s t a
D o d i r e t o r d a r e v i s t a ,
O d i r e t o r d o M u z e u ,
Q u e h a s e i s d i a s j á n ã o J a n t a
P a r a d e s c o b r i r q u e m l h e d e u
O t a l a n i m a l q u e c a n t a . . .
E s e n ã o é o d i r e t o r ,
S ó p o d e r á s e r o a u t o r . . . "
A l g u é m a c h a r á i n c r í v e l
O q u e v e n h o d e d i z e r ;
M a s s e n a d a é i m p o s s í v e l ,
— T u d o p ô d e a c o n t e c e r .
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 193/211
igi8 Almanaque do PORTUGAL = = 157
A
educação nada tem com a instrução e a
instrução
nada tem com a educação.
Charadas (novíssimas)
A medida,
4,
ruim para conter o humor viscozo:-i-i
J osé compre o tecido pelo qual tomo intere&e.-i-i
O acontecimento do Liborio, deu-se na caza rustica.-2-2
C á está o homem perspicaz
-2-2
A aparência exterior do alho, nada se parece com pe
dra miúda -2-r
S agrada é a mulher que mora nesta cidade.-2-3
T ú, unicamente fumas cachimbo, para ficares ador-
mecido.-i-2
R f de Maria para fazer chacota.-2-2
O homem de que te falei, é amigo deste homem e tem
um golpe na cara.-i-i.
Belém ,
R A F A E L MORENO
O
homem crente em seres sobrenaturais,
liga-se instintivamente ao fantástico, fujiqdo ás
analizes
ezijidas pelo espirito perfeito. Ou se é
relijiozo
e escravo ou ilezo de preconceitos e li
vre.
A. J. GONÇALVES
Quem
quer mais do que lhe convém, per
de o que quer e o que tem.
Cumulo—Arrancar com um pé de cabra, o
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158 = = Almanaque do PORTUGAL '
W**
C H A R A D A ( a n t i g a )
— A' J a n d i ra
Prezadissima colega,
Descançada da refrega
do «Luzo Brazileiro»,
Eu pensei que até prá o ano
Ninguém falasse em charada;
No entanto
seu
E lmano
me disse todo brejeiro—a
«Vem aí um almanaque
Para nos matar do achaque
E terá confecção tão meandrada'
Q ual do relojio as peças»— que em bru lhad a
A charada segundo me parece,
E ' um belo passatempo que enobrece;
E com ela agradam-se as mulheres
Sem lhes fazer o fliri óü pé d'Alferes.
P Ê P A
R O D R I G U E S
C H A R A D A ( a n t i g a )
Aos «Mo rerras»
Consta que um submarino,
Da França n 'uma enseada—2,
De.aiodo o mais assassino,
Julgando o Direi to um nada,
Fez fogo contra a cidade
Cauzando pânico horrível—2
Do «boche» a ferocidade
Igualar é impossível
E , se d 'entre os ha bita nte s algué m não pereceu,
Tremendo de j>avor, por cefto se escondeu.
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igi8
Almanaque
d o
PORTUGAL
159
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i 6 o
A l m a n a q u e d o P O R T U G A L
1918
E Z A L T A Ç A O
Em te u o lha r de e s t r e l a s pa lp i t a n t e s
c in t i l a ndo num va l l e de t e r nu r a ,
ha luzes que eu jamais f i t a ra dan tes . . .
E eu , que pe rd ido e r inava em senda escura ,
f iz -me o aváro fe l iz desses d iamantes ,
que e u e nc on t r e i num va l l e de t e r nu r ^ .
E nesse o lha r t r avesso de c r iança
nasceu meu sonho de fe l ic idade .* .
T o r t u r a n t e e s u b t i l , c o m o a s a u d a d e ,
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i gi8 ===== A lman aq u e do P O R T UG A L = = = 161
Er a o me u sonho . O t e u a mor , que r ida ,
r e f l e t indo e m minha a lma a tua ima je m,
f a l a ndo- m e , c om in t im a l i ngua je m ;
da s de l i c i a s ma i s i n t ima s da v ida
O t e u a mor . . . To r tu r a s dp pa s sa do ,
f u tu r o e m f lo r a b r indo - se r i z onho .
A mor que f a z do so f r ime n to um sonho ,
e faz da v ida um pereha l no ivado .
Er a o t e u be i jo . . . Eu , t r e mu lo , s e n t indo
a minha boc a un ida á t ua boc a ,
e o me u l á b io be i j a ndo um r os to l i ndo ;
e tu , f r anz in a e pá l ida , a m ão . f r ia ,
c a be los de sg r e nha dos , c omo louc a ,
se n t indo a e s t r e me c e r , c omo e u se n t i a ,
a m i n h a b o c a u n i d a a t u a b o c a . . .
E r a - n i e a v ida uma e x ta z e ine b r i a n te ,
com a vulupia das aves e das f lores . . .
Vivi, ta lvez, um século de amores,. ,
u m a l u a d e m e l n a q u e l e i n s t a n t e .
E r a o me u sonho de f e l i c ida de ,
che io de v ida , p leno de a legr ia ,
que e u s in to a go r a , c omo nã o se n t i a
e q u e s e r á m a i s t a r d e u m a s a u d a d e . . .
E I , M A N O Q U E I R O Z
Z I
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IÕ2
Almanaque
do
PORTUGAL
191O
r
í
°—i,K
TOTAL
CHARADISTICO
^ 6 9 ^
7/21/2019 004071 Completo
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-•5%-g-
- S H S - - $ H g - - - 3 H $ -
Indiee dos colaboradores
( A N O D E 1 9 1 8 )
PjS.
A
Adelino F on to ur a 124
A. J. G on çalv es 157
Alberto d'OhVeira 122
Alm eida G arre t t 50
A m ado r.. 83^ 116 e 129
• Am érico A m oe do . 152
Anibal D u art e 145
A ntônio M artinian o Pereira 7*
A. P. F 152
A ug usto M eira 102
B
Belzeb uth (do Club Infe rna l) 93
Bulhão Pa to 77
C
Çalderon 68
Câ ndido de Figu eiredo i49
Carlos F ar al d o 155
Castro, Pinto & C
a
36
C atulle M ende s 126
Coelho N eto 86
D
Dem o (do Club Infe rna l) 119
D eom ar Jozé Ribeiro 96
7/21/2019 004071 Completo
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164 —' Almanaque do PORT UG AL = = = 1918
PTS.
E
E ça de Qu eiroz 52
Elm ano Queiroz 160
F
F .
da Costa B ulhão 143
£• <*eC 55
e
75
,F. L im a 112 e 120
G
G uerra Jun qu eiro 48 e 55
H
H en riq ue Am oedo 69 e 139
I
índio Arara
I O O
Iren e, a F lo rz inha -£44
J
J. Co sta V ale 52
J. E us ta qu io d'Azevedo 82 e 129
J. F o n ta n a da Silv eira 147
J - H : II
J. M. F er re ira de Ca stro 59, 92 e 97
João Antônio Fern and es 54
João Gi l Júnior
\
77
Jo ão Pereira 72
Joc astro * 76 e 95
Johnson
I O O
Jop imo
I 5
6
Jozé Augusto Corrêa
I O
q
Jozé Miranda
Tri/1
J. p. F
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 201/211
i g i 8
Almanaque do PORTUGAL
i65
PjS.
L
Lindolfo M esqu ita 69
M
M aciste , 98, r i 6 e 128
M adame M aintenon 51
M anuel Sa bino D ura is 114
M ileno A. L im a '. 90 e 125
M ontecrespo 138 e 150
M onte L im a 64 e 150
P
Padre Pedro
v
58
Pan-po n-pu n >.... 65.
Pepa Ro drigu es 158
R
Rafael M oreno 157
S
Salima 106
Sarjento Lim a 82 e 106_
S at an (do Club Inferna l) 101
Semi-tolo , 73
Seneca 155
Serjio O lind ense .\ 135
Silvio da Rocha
;
136
Solon A m ancio de L im a 92, 98 e 124
U l
U m asn astic o.. . . . 132
Z
7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 202/211
166 aasasa Alm anaque do P O R T UG A L ===== 1918
Almanaque do PORTUGAL
Em vir tude dum contrato qu» t ínhamos
com urna tipografia pa ra a impressão deste al-
inanàcjue e contrato este que não se cumpriu,
só agora é que nos foi possível fazer circular
esta publicação.
"Um mez de Hiferença, apenas...
Mas para o ano, entretanto, esta salada
será preparada e temperada muito a tempo.
ERRATAS CHARADISTICAS
Na charada de Amador a pajinas
83,
saiu
no 4.
0
verso a numeração errada. Em vez de
1-2, como está, é apenas 2.
— T am bé m por erro de paj inação saiu a
pajinas 36 uma charada publicada cujo logar
não era ali e sim na parte Variedades, que
principia apoz a publicação do retrato do dr.
Lauro Sodré.
5^s^
"f
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7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 204/211
ü à t f O ü A i O U L U L T R A M A R I N O
f i l i a l
n o
P a r á : — R u a
15 d e N o v e m b r o . 5 3
( •s q u i n a d a tr a v . S . M a t h e u i )
iues e c r d e n s t e l e g r a p h i c a s s o b r e t o d c s o s
p a i z e s d o m u n d o .
Les e i i d a s a s
a l d e i a s
C o b r a n ç a s d e l e t r a s e m t o d o e B r i z i l
e t o n t a » c a u c io n a d a s p o r a p ó l ic e s o u o u t ro s p i p e i s d e c r e d i to
a s
á
c o b r a n ç a s o b r e
o
B r a z il o u e i t r a n g e i r o .
^réditos na E uropa e America C artas de cre
dito s obre qualquer paiz.
Cobrunça; df juros e
dividendos,
t impra, venda •
de títulos, mediante
módica
com missão
C o b r a n ç a d e a l u g u e i s s o b
a jus te e spec ia l .
A bertu ra le dep ósitos em P
Itália, Suissa. Ing
e Amenca do
W >
T a b e l i ã d e j u r o s
e m
d e p ó s i t o s
m
F i l i a l
d *
P a r á
A pi
A pi
A p r a s o i / l c i
C o n t a s c o r r e n t e s l i m i t a d a s d e R s . 5 0 $ a t é O s . 1 0 : 0 0 0 $ ,
4
a o a n n o
T a b e l i ã d e j u r o s e m . d e p ó s i t o s e m L i s b o a e F i l i a l n o P r ta
l e i t e s p o r i n t e r n e d i o d a F i l i e i d e F e r i
A' ordem
\ pr.i
li
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7/21/2019 004071 Completo
http://slidepdf.com/reader/full/004071-completo 210/211
M
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