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SANTIDADE

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Santidade

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  • SANTIDADE

  • Editora Fiel

    J. C. RylE

    S E M A Q U A l N I N G U M

    V E R O S E N H O R

    SANTIDADE

  • SantidadeSem a qual ningum ver ao Senhor

    traduzido do original em inglsHoliness its nature, hindrances, difficulties, and roots, by J. C. RylePrimeira edio em ingls: 1879

    traduzido com permisso de evangelical PressFaverdale north - darlingtondL3 0PH england

    Copyright editora FieLPrimeira edio em Portugus: 1987Reimpresses em: 1997; 1999; 2002

    Segunda edio em Portugus verso completa: 2009

    Todos os direitos em lngua portuguesa reservados por

    Editora Fiel da Misso Evanglica Literria

    Proibida a reproduo deste livro por quaisquer

    meios, sem a permisso escrita dos editores, salvo em

    breves citaes, com indicao da fonte.

    Presidente: James Richard denham netoeditor: tiago J. Santos Filhotraduo: Joo Bentes & Waleria CoicevReviso: Marilene Paschoaldiagramao: edvnio Silva e Wirley CorreaCapa: edvnio Silva

    iSBn: 978-85-99145-61-6

    Editora FielCaixa Postal 1601

    CEP 12233-990 So Jos dos Campos-SPPABX.: (12) 3936-2529

    www.editorafiel.com.br

  • PrefcioLloyd-Jones .............................................................. 7Prefcio do autor .................................................................. 9introduo ...........................................................................131 ___ Pecado .......................................................................272 ___ Santificao ...............................................................433 ___ Santidade ..................................................................654 ___ O Combate ................................................................865 ___ O Preo....................................................................1066 ___ O Crescimento ........................................................1237 ___ Segurana ...............................................................1438 ___ Moiss - um exemplo .............................................1859 ___ L - um sinal de alerta ............................................20110 __ Uma mulher para ser relembrada ..........................21811 __ O maior trofu de Cristo ........................................23912 __ O governador das ondas ........................................25613 __ a igreja que Cristo est edificando ........................27814 __ admoestaes igreja ............................................29315 __ tu me amas? ...........................................................30616 __ Sem Cristo ..............................................................32117 __ Sede aliviada ...........................................................33118 __ Riquezas insondveis .............................................34919 __ as necessidades das pocas ...................................36320 __ Cristo tudo ...........................................................38321 __ trechos de autores antigos ....................................404

    ndice

  • O pecado a transgresso da lei.1 Joo 3.4

    Pecado

    captulo 1

    aquele que desejar ter pontos de vista corretos sobre a santidade crist ter de comear examinando o vasto e solene assunto do pecado. ter de cavar bem fundo, se quiser construir um edifcio bem alto. Um equvoco quanto a esse particular extremamente prejudicial. Conceitos errneos sobre a santidade geral-mente advm de idias distorcidas quanto corrupo humana. no me desculpo por comear estes estudos acerca da santidade com algumas firmes declaraes a respeito do pecado.

    a verdade absoluta que o correto conhecimento do pecado jaz raiz de todo o cristianismo salvfico. Sem ele, doutrinas como justificao, converso e santi-ficao sero apenas palavras e nomes que no transmitem qualquer sentido nossa mente. Portanto, a primeira coisa que deus faz quando quer tornar algum em uma nova criatura em Cristo iluminar-lhe o corao, mostrando-lhe que ele um pecador culpado. a criao material, segundo o livro de Gnesis, comeou com a luz; isso tambm acontece no caso da criao espiritual. deus mesmo resplandeceu em nosso corao mediante a obra do esprito Santo, e ento, a vida espiritual teve seu incio (2 Co. 4.6). Pontos de vista mal definidos acerca do

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    pecado so a origem da maioria dos erros, das heresias e das doutrinas falsas de nossos dias. Se um homem no percebe a natureza perigosa da doena de sua alma, ningum poder admirar-se de que ele se contente com remdios falsos ou imper-feitos. acredito que uma das principais necessidades da igreja, neste nosso sculo, tem sido e continua sendo um ensino mais claro e completo sobre o pecado.

    1. Comearei o assunto fornecendo uma definio de pecado. naturalmente, todos estamos familiarizados com os termos pecado e pecadores. Com freqn-cia, dizemos que o pecado est no mundo e que os homens cometem pecados. Porm, o que queremos dizer com essas palavras e frases? Sabemos realmente? temo que h muita nebulosidade e confuso mental quanto a esse particular. Per-mita-me tentar suprir a resposta da forma mais breve possvel.

    afirmo, pois, que pecado, falando de modo geral, conforme declara o artigo nono da confisso de f da nossa igreja, a falha e a corrupo da natureza de cada ser humano, naturalmente produzidas pela natureza de ado em ns, pelas quais o homem muito se afasta da retido original, pois faz parte de sua natureza inclinar-se para o erro, de tal modo que a carne sempre milita contra o esprito; e, assim sendo, o pecado merece a ira e a condenao de deus em cada pessoa que nasce neste mundo. em suma, o pecado aquela vasta enfermidade moral que afeta a raa humana inteira, em todas as classes e nveis, nas naes, povos e lnguas uma enfermidade da qual apenas um nico homem nascido de mulher esteve isento. Preciso dizer que esse nico Homem foi o Senhor Jesus Cristo?

    digo, ademais, que um pecado, falando mais particularmente, consiste em praticar, dizer, pensar ou imaginar qualquer coisa que no esteja em perfeita con-formidade com a mente e a lei de deus. em resumo, segundo as escrituras, o pecado a transgresso da lei (1 Jo 3.4). O menor desvio interno ou externo de um absoluto paralelismo matemtico com a vontade e o carter revelados de deus constitui um pecado e, imediatamente, nos torna culpados aos olhos de deus.

    naturalmente, no preciso dizer, a qualquer um que l a sua Bblia com ateno, que um homem pode quebrar a lei de deus em seu corao e em seus pensamentos, mesmo quando no h qualquer ato externo e visvel de iniqidade. nosso Senhor resolveu a questo sem deixar dvidas, ao proferir o Sermo do Monte (Mt 5.21-28). at mesmo um de nossos poetas disse, com toda a verdade: Um homem pode sorrir, sorrir e ainda ser um vilo.

    novamente, no preciso dizer a um estudante cuidadoso da Bblia que h pecados de omisso tanto quanto de comisso, e que pecamos, tal como diz o nos-so livro de orao, ao deixarmos de fazer as coisas que deveramos fazer tanto

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    quanto ao fazermos aquilo que no deveramos. as solenes palavras do Mestre, no evangelho de Mateus, tambm deixam a questo sem sombras de dvidas. ali se acha escrito: apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome e no me destes de comer; tive sede e no me destes de beber (Mt 25.41-42). Foi uma declarao profunda e bem pensada do santo arcebispo Usher, pouco antes de sua morte: Senhor, perdoa-me de todos os meus pecados, sobretudo dos meus pecados de omisso.

    Porm, penso que necessrio relembrar aos leitores que um homem pode cometer um pecado e, no entanto, faz-lo por ignorncia, julgando-se inocente, quando na realidade culpado. no consigo perceber qualquer garantia bblica para a moderna afirmativa de que o pecado no pecado, enquanto no o percebermos e tomarmos conscincia dele. Pelo contrrio, nos captulos quarto e quinto daquele livro muito negligenciado, Levtico, bem como em nmeros 15, vejo israel sendo distintamente instrudo de que havia pecados de ignorncia que tornavam as pes-soas imundas e que precisavam ser expiados (Lv 4.1-35; 5.14-19; nm. 15.25-29). e tambm encontro o Senhor ensinando expressamente que o servo que no soube da vontade do seu senhor, e no agiu conforme essa vontade, no ser desculpado pela sua ignorncia, mas castigado (Lc 12.48). Faramos bem em relembrar que, ao fazer de nosso conhecimento e de nossa conscincia miseravelmente imperfeitos a medida de nossa pecaminosidade, estamos pisando em terreno perigoso. Um estudo mais profundo do livro de Levtico nos faria muito bem.

    2. Concernente origem e fonte dessa vasta enfermidade moral chamada pe-cado tambm me sinto na obrigao de dizer algo. temo que as idias de muitos crentes professos quanto a esse particular, so tristemente defeituosas e doentias. no ouso passar adiante sem um comentrio a respeito. Portanto, fixemos em nossa mente que a pecaminosidade de um homem no comea pelo lado de fora e sim pelo lado de dentro. tambm no resulta de mau treinamento nos primeiros anos de vida. no se adquire com ms companhias e maus exemplos, conforme alguns crentes fracos costumam dizer. no! trata-se de uma enfermidade de fa-mlia, que herdamos dos nossos primeiros pais, ado e eva, e com a qual todos j nascemos. Criados imagem de deus e inocentes a princpio, nossos pais caram da justia original e tornaram-se pecaminosos e corruptos. e, desde aquele dia, homens e mulheres nascem segundo a imagem de ado e eva decados, herdando um corao e uma natureza inclinados ao pecado por um s homem entrou o pe-cado no mundo; o que nascido da carne carne; ramos, por natureza, filhos da ira; o pendor da carne inimizade contra deus; do corao dos homens

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    que procedem [naturalmente, como de uma fonte] os maus desgnios, a prostitui-o, os furtos. (Rm 5.12; Jo 3.6; ef 2.3; Rm 8.7; Mc 7.21). O mais lindo beb do mundo, que se tornou o raio-de-sol de uma famlia, no , como sua me o chama com muito amor, um anjinho ou um inocentinho, e sim um pecadorzinho. infelizmente, enquanto jaz sorrindo no seu bero, a criaturinha leva em seu cora-o as sementes de todo tipo de iniqidade! Basta que a observemos com cuidado, conforme cresce em estatura e sua mente se desenvolve, e descobriremos nela uma incessante tendncia para o que mau, e uma grande hesitao quanto ao que bom. Poderemos ver nela os botes e os germens do engano, do mau temperamen-to, do egosmo, da voluntariedade, da obstinao, da cobia, da inveja, do cime, da paixo tudo o que, se alimentado e deixado vontade, prolifera com dolorosa rapidez. Quem ensinou essas coisas criana? Onde as aprendeu? S a Bblia pode responder a essas perguntas! dentre todas as coisas tolas que os pais dizem sobre seus filhos nenhuma pior do que a declarao comum: no fundo, meu filho tem um bom corao. ele no o que deveria ser; apenas caiu em ms companhias. as escolas so lugares ruins. Os professores negligenciam as crianas. Contudo, no fundo, ele tem um bom corao. a verdade, infelizmente, exatamente o contr-rio. a primeira causa de todo pecado jaz na corrupo natural do prprio corao da criana e no na escola.

    3. no tocante extenso dessa vasta enfermidade moral do homem, chamada pecado, cuidemos para no errar. a nica base segura aquela dada pelas escri-turas. Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desgnio do seu corao; enganoso o corao, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto (Gn 6.5; Jr 17.9). O pecado um mal que permeia e percorre todas as partes de nossa constituio mo-ral, bem como cada faculdade de nossa mente. a compreenso, os afetos, o poder de raciocnio, a vontade; tudo est, em certa medida, infeccionado pelo pecado. a prpria conscincia est to cega que dela no se pode depender como guia seguro. ela tanto pode conduzir o homem para o erro quanto para o que certo, a menos que seja iluminada pelo esprito Santo. em suma, desde a planta do p at ca-bea no h nele cousa s, seno feridas, contuses e chagas inflamadas (is 1.6). O mal pode ser velado sob uma fina cortina de cortesia, polidez, boas maneiras ou decoro exterior; mas jaz profundamente em nossa constituio.

    admito plenamente que o homem tenha ainda qualidades grandes e nobres e que demonstre imensa capacidade nas artes, cincias e literatura. Porm, permanece o fato de que nas coisas espirituais o homem est totalmente morto, destitudo de

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    qualquer conhecimento, amor ou temor a deus. as excelncias do homem esto de tal modo entremeadas e mescladas com a corrupo que o contraste somente pe em destaque a verdade e a extenso da queda. Que uma e a mesma criatura seja to elevada em algumas coisas e to vil em outras; to grande, mas to pequena; to no-bre, mas tambm to envilecida; to notvel em sua concepo e execuo de coisas materiais, mas to baixa e rasteira em seus afetos; capaz de planejar e erigir edifcios como aqueles de Carnaque e Luxor, no egito ou o Partenon de atenas e, no entanto, adorar deuses e deusas imorais, pssaros, feras e rpteis; que possa produzir trag-dias como as de squilo e Sfocles e histrias como as de tucdides, e, no entanto, ser escrava de vcios abominveis como aqueles descritos no primeiro captulo da epstola aos Romanos. tudo isso tem servido de profunda perplexidade para aqueles que zombam da Palavra escrita de deus, escarnecendo de ns como biblilatras. Porm, esse um n que podemos desatar com a Bblia na mo. Podemos reconhecer que o homem tem todos os sinais de um templo majestoso em sua pessoa; um tem-plo no qual deus antes habitou, mas que agora jaz em completa runa; um templo no qual uma janela despedaada aqui ou uma entrada acol, ou uma coluna derrubada ali adiante ainda nos d uma plida idia da magnificncia do plano original, embo-ra, de uma extremidade outra, tenha perdido a sua glria e decado de seu exaltado estado anterior. de modo que afirmamos que coisa alguma soluciona o complicado problema da condio humana, seno a doutrina do pecado original ou inato e os esmagadores efeitos da queda.

    ademais, lembremo-nos de que cada parte do mundo d testemunho do fato que o pecado a enfermidade universal de toda a humanidade. Pesquisemos o glo-bo de leste a oeste e de um plo ao outro, rebusquemos todas as naes de todos os climas, nos quatro quadrantes da terra, procuremos em cada classe e nvel social de nosso prprio pas, do mais elevado ao mais humilde, sob cada circunstncia e condio; o relatrio ser sempre o mesmo. as mais remotas ilhas no oceano Pa-cfico, completamente separadas da europa, da sia, da frica e da amrica, fora do alcance do luxo oriental e da arte e literatura ocidentais; ilhas habitadas por povos que ignoram livros, dinheiro, vapor e eletricidade; no contaminados pelos vcios da civilizao moderna existentes nestas ilhas remotas, quando descober-tas, tm sido encontradas as piores formas de concupiscncia, de crueldade, de engodo e de superstio. Se seus habitantes no conhecem outra coisa, pelo menos conhecem o pecado! Por toda a parte, o corao humano enganoso mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto (Jr 17.9). da minha parte, desco-nheo prova mais decisiva da inspirao do livro de Gnesis e do relato mosaico

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    sobre a origem do homem do que o poder, a extenso e a universalidade do pecado. Se admitirmos que a humanidade inteira deriva-se de um nico casal e que esse casal caiu no pecado, conforme nos diz Gnesis 3, o estado da natureza humana por toda parte pode ser facilmente explicado. Mas, se negarmos esse fato, con-forme muitos o fazem, imediatamente nos veremos envolvidos com dificuldades inexplicveis. em suma, a uniformidade e a universalidade da corrupo humana supre uma das mais incontestveis instncias das enormes dificuldades que os incrdulos tm de enfrentar.

    afinal, estou convencido de que a maior prova da extenso e do poder do pecado a persistncia com que ele se apega ao homem, mesmo depois deste ser convertido e tornar-se alvo das operaes do esprito Santo. Usando a linguagem do artigo nono: essa infeco da natureza permanece sim, mesmo nos regenera-dos. to profundamente implantadas esto as razes da corrupo humana que, mesmo depois de termos sido regenerados, renovados, lavados, santificados e jus-tificados, feitos membros vivos de Cristo, essas razes permanecem vivas no fundo de nosso corao. tal qual o mofo nas paredes de uma casa, nunca nos livraremos delas, enquanto no for dissolvida esta casa terrestre deste nosso tabernculo. Sem dvida, o pecado no mais exerce domnio no corao do crente. est contido, controlado, mortificado e crucificado pelo poder expulsivo do novo princpio da graa divina. a vida do crente uma vida de vitria e no de fracasso. Mas os pr-prios conflitos que continuam em seu peito, a luta na qual ele se v empenhado a cada dia, a vigilncia que ele forado a exercer sobre seu homem interior, a guerra entre a carne e o esprito, os gemidos ntimos que ningum conhece, seno aque-le que os experimenta tudo isso testifica da mesma grande verdade, tudo mostra o enorme poder e a vitalidade do pecado. Poderoso, de fato, deve ser o adversrio que mesmo depois de crucificado, continua vivo! Feliz o crente que compreende isso e no tem confiana na carne enquanto se regozija em Cristo Jesus; e ao mes-mo tempo em que diz: Graas a deus que nos d a vitria, nunca se esquece de vigiar e ora para no cair em tentao!

    4. acerca da culpa, da vileza e da ofensa do pecado aos olhos de deus, minhas palavras sero poucas. digo poucas prudentemente. no penso que, devido natureza dessas coisas, o homem mortal possa perceber toda a imensa pecamino-sidade do pecado aos olhos do deus santo e perfeito, a quem teremos de prestar contas. Por um lado, deus o Ser eterno que aos seus anjos atribui imperfeies, em cuja vista nem os cus so puros. ele aquele que l os pensamentos e os motivos, e no s as aes, e que requer a verdade no ntimo (J 4.18; 15.15; Sl

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    51.6). ns, por outro lado criaturas pobres e cegas, hoje aqui e amanh acol, nascidos no pecado, cercados de pecadores, vivendo em uma constante atmosfera de fraqueza, enfermidade e imperfeio no podemos formar seno os mais ina-dequados conceitos sobre a hediondez do pecado. no dispomos de prumo para sond-lo, e nenhuma medida pela qual possamos aquilat-lo. Um cego no pode ver a diferena entre uma obra prima de ticiano ou de Rafael e uma efgie de um presidente no verso de uma moeda. Um surdo no pode distinguir entre um apito soprado por uma criana e um rgo de catedral. Os prprios animais, cujo odor bastante ofensivo, no tm a menor noo de que so to mau-cheirosos e nem parecem tais uns para com os outros. e o homem, o homem cado, segundo creio, no tem noo do quo vil o pecado aos olhos de deus, cujas obras so abso-lutamente perfeitas perfeitas sem importar se as examinamos pelo telescpio ou pelo microscpio; perfeitas tanto na formao de um gigantesco planeta como Jpiter, com seus satlites, que marca o tempo em at milsimos de segundo en-quanto gira em torno do sol quanto na formao do mais minsculo inseto que se arrasta pelo cho. no obstante, fixemos na mente, com firmeza, que o pecado aquela coisa abominvel a qual deus aborrece e que deus to puro de olhos que no pode ver o mal; e que qualquer que tropear em um s ponto da lei de deus se torna culpado de todos; e que a alma que pecar, essa morrer; e que o salrio do pecado a morte; e que deus julgar os segredos dos homens; e que h um lugar onde nunca morre o verme, nem o fogo se apaga; e que os perversos sero lanados no inferno; e que iro estes para o castigo eterno, porquanto nos cus nunca jamais penetrar coisa alguma contaminada, nem o que pratica abo-minao e mentira (Jr 44.4; Ha 1.13; tg 2.10; ez 18.4; Rm 6.23; 2.16; Mc 9.44; Sl 9.17; Mt 25.46 e ap 21.27). essas so, realmente, palavras tremendas, quando consideramos que foram escritas no Livro do deus misericordiosssimo!

    afinal de contas, nenhuma prova da amplido do pecado to avassaladora e incontestvel como a cruz da paixo de nosso Senhor Jesus Cristo, bem como toda a doutrina de sua substituio e expiao. terrivelmente grave deve ser a culpa que no pode ser satisfeita por coisa alguma, seno pelo sangue do Filho de deus. Pe-sadssima deve ser a carga do pecado humano que fez Jesus gemer e suar gotas de sangue na agonia do Getsmani, e clamar no Glgota: deus meu, deus meu, por que me desamparaste? (Mt 27.46). estou convencido de que nada nos espantar tanto, quando despertarmos no dia da ressurreio, quanto a viso que teremos do pecado e o retrospecto que nos ser dado de nossos prprios incontveis defeitos e delitos. Somente quando Cristo vier pela segunda vez, perceberemos realmente

  • esta obra foi composta em Cheltenham (12/15-90%) e impressa

    por editora Parma Ltda. sobre o papel Chamois Fine 70g/m2,

    para editora Fiel, em maio de 2009.