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Colégio Ressurreição Aula de atualidades Aula 01 __/__/__ Prof. Éverton O Novo Centro-Oeste brasileiro Apesar de gargalos, agronegócio prospera Reconhecido como "Celeiro do Brasil", o Centro-Oeste está confirmando, uma a uma, todas as suas melhores vocações. Nos últimos 20 anos, a partir da base econômica do agronegócio, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás alcançaram taxas médias de crescimento anual sempre em torno de 4,5%. É dali que se extraem 56% do algodão produzido no Brasil, 44% da soja, 27% do milho, 14% da cana-de-açúcar e 14% da carne. É um feito e tanto, especialmente levando-se em consideração que a região tem pouco mais de 10% da área total do País. "O desempenho da economia do Centro-Oeste é absolutamente extraordinário", afirmou o ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante exposição no Fóruns Estadão Regiões: Centro-Oeste. "Uma conquista alcançada basicamente pelo agronegócio por meio do incremento da produtividade sem ampliação da área cultivada." Segundo o ex-ministro, o crescimento se deu apesar dos gravíssimos problemas de infraestrutura para escoar a safra para os principais mercados consumidores. Durante sua exposição, Stephanes lembrou que a saída para o Norte está virtualmente fechada por causa das reservas ambientais e indígenas. Contudo, apesar da falta de investimentos do setor público, o agronegócio prospera. Mato Grosso puxou a fila regional do desenvolvimento e conquistou o título de maior gerador de empregos formais do País. O superávit comercial do Estado foi de US$ 7,7 bilhões no ano passado, um volume de recursos que representou 18% de todo o saldo comercial obtido pelo Brasil. Enquanto ajuda o País a recolher divisas, um agressivo programa de parcerias público-privadas está conseguindo resultados que vão mudando, para melhor, o mapa das estradas locais. Desde 2002, o Estado ganhou nada menos que 2,6 mil quilômetros de estradas pavimentadas, cujos traçados foram elaborados em conjunto entre a administração pública e os produtores rurais. "Metade dos custos das estradas foi arcado pelo Estado e outra metade ficou por conta das associações entre os agentes do agronegócio", explicou o secretário de Indústria e Comércio de Mato Grosso, Pedro Nadaf. "Sem entraves burocráticos, estamos buscando a logística necessária para crescermos consistentemente até 2020." No todo, a Região Centro-Oeste avança pelo rumo certo da produtividade agrícola. A produção regional de grãos em 2009 foi de 47,7 milhões de toneladas. Essa marca a torna responsável por 36,7% do total da produção nacional. O resultado se explica pelo alto grau de mecanização das lavouras e de implementação de tecnologias para o aumento da produtividade. Além disso, o perfil médio da propriedade rural no Centro-Oeste é de grande extensão, superior a 100 mil hectares. "A ótima qualidade da terra e do clima se combinam a preços convidativos para as propriedades, muito mais aceitáveis do que os praticados nas Regiões Sul e Sudeste", destacou a senadora Kátia Abreu (DEM/TO). A chegada de novas empresas à região também é um estímulo aos produtores rurais. Um exemplo é a ETH, braço do Grupo Odebrecht para a produção de bioenergia da cana-de-açúcar. Valor agregado. A secretária de Desenvolvimento da Agricultura de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Correa da Costa, frisou que a região tradicionalmente ocupa os primeiros lugares nos rankings de produtividade de várias culturas agrícolas. "Esses títulos nós já temos, mas é chegado o momento de agregarmos valor à nossa produção." Ela defendeu a verticalização industrial da produção da região. "A tendência é a de que grandes empresas se instalem em nossos Estados para promover o beneficiamento dos grãos. Esse movimento irá concretizar muitas das nossas potencialidades", ponderou. A recente presença de unidades de negócios de multinacionais como a Cargill, Dreyfus e Bunge na região foi citada como exemplo da atenção mundial para as qualidades do Centro-Oeste brasileiro. O ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli explicou em sua intervenção o estímulo que procurou dar, ainda nos anos de 1970, quando foi ministro do governo Geisel, para que as vocações agrícolas da região aflorassem. "Com o Sul e o Sudeste bastante povoados, procuramos apoiar a ocupação do Centro-Oeste por meio de incentivos em créditos e apoio tecnológico por meio da Embrapa", afirmou. "Em uma palavra, fiz um movimento para organizar a ocupação da terras pelos produtores rurais. A julgar pelos resultados que vimos aqui, a contribuição foi válida." http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100506/not_imp547690,0.php dia 06/05/10. Região se transforma na nova fronteira de produção de etanol – Bioenergia investe em alcoolduto e em nove usinas, sete delas no Centro-Oeste, para ser líder do setor até 2012 O Centro-Oeste é a nova fronteira de expansão da produção de etanol no Brasil, na avaliação de José Carlos Grubisich, presidente da ETH Bioenergia, braço energético do Grupo Odebrecht. A região servirá como base estratégica de expansão da companhia nos próximos anos por causa da terra farta e ainda barata, comparada a outros centros produtivos, como o Sudeste. "Nossa aposta é que o Centro-Oeste será a região de vocação natural para a expansão da cana-de-açúcar e para a consolidação do negócio de energia." Das nove usinas da ETH, sete serão ali. São três em Mato Grosso do Sul (Costa Rica, Santa Luzia e Eldorado), três em Goiás (Rio Claro, Morro Vermelho e Água Emendada) e uma em Mato Grosso (Alto Taquari). A companhia tem duas usinas em São Paulo. Segundo Grubisich, a companhia investiu R$ 5 bilhões para a implantação inicial dessas usinas e há um programa de investimento de mais R$ 6 bilhões. "Criamos 8 mil empregos diretos e indiretos na região e seremos um de seus principais produtores de etanol." Não é por acaso que, de acordo com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), entre 1990 e 2009 a participação da produção da região no total do País dobrou, passando de 6,5% para 13,6%. A ETH

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Colégio RessurreiçãoAula de atualidades Aula 01 __/__/__ Prof. Éverton O Novo Centro-Oeste brasileiro

Apesar de gargalos, agronegócio prosperaReconhecido como "Celeiro do Brasil", o Centro-Oeste está confirmando, uma a uma, todas as suas melhores vocações. Nos últimos 20 anos, a partir da base econômica do agronegócio, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás alcançaram taxas médias de crescimento anual sempre em torno de 4,5%. É dali que se extraem 56% do algodão produzido no Brasil, 44% da soja, 27% do milho, 14% da cana-de-açúcar e 14% da carne. É um feito e tanto, especialmente levando-se em consideração que a região tem pouco mais de 10% da área total do País. "O desempenho da economia do Centro-Oeste é absolutamente extraordinário", afirmou o ex-ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante exposição no Fóruns Estadão Regiões: Centro-Oeste. "Uma conquista alcançada basicamente pelo agronegócio por meio do incremento da produtividade sem ampliação da área cultivada." Segundo o ex-ministro, o crescimento se deu apesar dos gravíssimos problemas de infraestrutura para escoar a safra para os principais mercados consumidores. Durante sua exposição, Stephanes lembrou que a saída para o Norte está virtualmente fechada por causa das reservas ambientais e indígenas.Contudo, apesar da falta de investimentos do setor público, o agronegócio prospera. Mato Grosso puxou a fila regional do desenvolvimento e conquistou o título de maior gerador de empregos formais do País. O superávit comercial do Estado foi de US$ 7,7 bilhões no ano passado, um volume de recursos que representou 18% de todo o saldo comercial obtido pelo Brasil. Enquanto ajuda o País a recolher divisas, um agressivo programa de parcerias público-privadas está conseguindo resultados que vão mudando, para melhor, o mapa das estradas locais. Desde 2002, o Estado ganhou nada menos que 2,6 mil quilômetros de estradas pavimentadas, cujos traçados foram elaborados em conjunto entre a administração pública e os produtores rurais. "Metade dos custos das estradas foi arcado pelo Estado e outra metade ficou por conta das associações entre os agentes do agronegócio", explicou o secretário de Indústria e Comércio de Mato Grosso, Pedro Nadaf. "Sem entraves burocráticos, estamos buscando a logística necessária para crescermos consistentemente até 2020." No todo, a Região Centro-Oeste avança pelo rumo certo da produtividade agrícola. A produção regional de grãos em 2009 foi de 47,7 milhões de toneladas. Essa marca a torna responsável por 36,7% do total da produção nacional. O resultado se explica pelo alto grau de mecanização das lavouras e de implementação de tecnologias para o aumento da produtividade. Além disso, o perfil médio da propriedade rural no Centro-Oeste é de grande extensão, superior a 100 mil hectares. "A ótima qualidade da terra e do clima se combinam a preços convidativos para as propriedades, muito mais aceitáveis do que os praticados nas Regiões Sul e Sudeste", destacou a senadora Kátia Abreu (DEM/TO). A chegada de novas empresas à região também é um estímulo aos produtores rurais. Um exemplo é a ETH, braço do Grupo Odebrecht para a produção de bioenergia da cana-de-açúcar. Valor agregado. A secretária de Desenvolvimento da Agricultura de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Correa da Costa, frisou que a região tradicionalmente ocupa os primeiros lugares nos rankings de produtividade de várias culturas agrícolas. "Esses títulos nós já temos, mas é chegado o momento de agregarmos valor à nossa produção."Ela defendeu a verticalização industrial da produção da região. "A tendência é a de que grandes empresas se instalem em nossos Estados para promover o beneficiamento dos grãos. Esse movimento irá concretizar muitas das nossas potencialidades", ponderou. A recente presença de unidades de negócios de multinacionais como a Cargill, Dreyfus e Bunge na região foi citada como exemplo da atenção mundial para as qualidades do Centro-Oeste brasileiro. O ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli explicou em sua intervenção o estímulo que procurou dar, ainda nos anos de 1970, quando foi ministro do governo Geisel, para que as vocações agrícolas da região aflorassem. "Com o Sul e o Sudeste bastante povoados, procuramos apoiar a ocupação do Centro-Oeste por meio de incentivos em créditos e apoio tecnológico por meio da Embrapa", afirmou. "Em uma palavra, fiz um movimento para organizar a ocupação da terras pelos produtores rurais. A julgar pelos resultados que vimos aqui, a contribuição foi válida."

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100506/not_imp547690,0.php dia 06/05/10.

Região se transforma na nova fronteira de produção de etanol – Bioenergia investe em alcoolduto e em nove usinas, sete delas no Centro-Oeste, para ser líder do setor até 2012O Centro-Oeste é a nova fronteira de expansão da produção de etanol no Brasil, na avaliação de José Carlos Grubisich, presidente da ETH Bioenergia, braço energético do Grupo Odebrecht. A região servirá como base estratégica de expansão da companhia nos próximos anos por causa da terra farta e ainda barata, comparada a outros centros produtivos, como o Sudeste.  "Nossa aposta é que o Centro-Oeste será a região de vocação natural para a expansão da cana-de-açúcar e para a consolidação do negócio de energia." Das nove usinas da ETH, sete serão ali. São três em Mato Grosso do Sul (Costa Rica, Santa Luzia e Eldorado), três em Goiás (Rio Claro, Morro Vermelho e Água Emendada) e uma em Mato Grosso (Alto Taquari). A companhia tem duas usinas em São Paulo. Segundo Grubisich, a companhia investiu R$ 5 bilhões para a implantação inicial dessas usinas e há um programa de investimento de mais R$ 6 bilhões. "Criamos 8 mil empregos diretos e indiretos na região e seremos um de seus principais produtores de etanol." Não é por acaso que, de acordo com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), entre 1990 e 2009 a participação da produção da região no total do País dobrou, passando de 6,5% para 13,6%.  A ETH pretende ser líder em energia gerada por biomassa no Brasil e no mundo até 2012, com unidades integradas desde a produção agrícola até a de energia elétrica. No total, as nove usinas deverão produzir 3 bilhões de litros de etanol em 2012, além de uma capacidade de instalada para geração de energia de 1.200 MW. A receita deve chegar a R$ 4 bilhões.  A aposta da empresa é que o mercado nacional de etanol vai receber um forte impulso da substituição de carros a gasolina pelos flexíveis, que rodam com ambos os combustíveis. Nas contas da ETH, mais de 80% dos veículos serão "flex fuel" até 2016, o que elevaria a demanda interna de atuais 24 bilhões para 65,8 bilhões de litros por ano.  A frota deve passar de 24 milhões para 42,3 milhões de veículos. Além do combustível, a ETH projeta uma elevação de 1,7 bilhão para 4,2 bilhões de litros no consumo de etanol industrial no Brasil entre 2009 e 2016.  Na arena internacional, a aposta é que os Estados Unidos relaxem as restrições à importação. O país vai precisar de 60 bilhões de litros de etanol para atender o mercado doméstico em 2016. O Japão é outro mercado potencial. O país deve adicionar 10% de álcool à gasolina nos próximos cinco anos, gerando demanda adicional no mercado externo de 6 bilhões de litros.Logística – A Região Centro-Sul ainda deverá receber aportes da empresa para a construção de um alcoolduto. A expectativa é de que o conselho da companhia aprove o projeto - de R$ 2 bilhões - em até 180 dias. "O duto é fundamental para reduzir os custos de logística e o impacto ambiental do transporte de álcool da região até o Porto de Santos." Segundo ele, o duto vai alavancar a rentabilidade das usinas da ETH na região, que ainda receberá investimentos da PMCC, da Petrobrás, cujo duto sairá de Senador Carneiro, em Goiás, e seguirá para Paulínia (SP).  O executivo explicou que o duto da ETH, de 1.200 quilômetros, sairá de Alto Taquari, na divisa de Mato Grosso e Goiás, vai até a divisa de Goiás com Mato Grosso do Sul, depois Ribeirão Preto e Santos, já em São Paulo. A empresa espera atrair parceiros para este investimento. http://administradores.com.br/informe-se/informativo/regiao-se-transforma-na-nova-fronteira-de-producao-de-etanol/32986/dia 05/05/10.

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Centro-Oeste: economia cresce em ritmo asiáticoOs empresários da Região Centro-Oeste gostam de comparar a evolução da economia local com as dos tigres asiáticos. Razões não faltam, pois o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto mostrou que a economia da região cresceu 63,5% entre 1985 e 2007, bem acima da média nacional, que ficou em 39,8%.Os empresários da Região Centro-Oeste gostam de comparar a evolução da economia local com as dos tigres asiáticos. Razões não faltam, pois o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto mostrou que a economia da região cresceu 63,5% entre 1985 e 2007, bem acima da média nacional, que ficou em 39,8%. O crescimento da economia de Mato Grosso foi o maior do País, de 111,5% no período, apesar da crise de rentabilidade do agronegócio que provocou uma queda de 4,6% em 2006. Segunda maior região brasileira em dimensão, com 1,6 milhão de km², abrangendo Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, o Centro-Oeste atrai todos os anos investidores e agricultores do mundo inteiro. Eles vêm conhecer de perto a imensidão das áreas planas de cultivo e o sucesso da tecnologia agrícola que viabilizou a exploração dos solos pobres do cerrado, fatores que colocaram a região no topo da lista entre as que têm maior potencial para, no futuro próximo, atender ao crescente aumento da demanda por alimentos no mundo. Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Agribussiness, Carlo Lovatelli, a experiência bem-sucedida da agricultura na região Centro-Oeste é o melhor exemplo da competência do agronegócio brasileiro e isto tem provocado admiração e inveja em muitos países. O temor da concorrência é a explicação dada por Lovatelli para as campanhas internacionais contra o agronegócio do Centro-Oeste, acusado de desmatar áreas de florestas na Amazônia e no Cerrado. Aliás, conciliar o desenvolvimento com a preservação ambiental e revolver a logística precária que onera o transporte das cargas até os portos e centros de consumo são os principais desafios da região. Sem volta. Para o economista Guilherme Dias, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, a expansão da economia da região, com a instalação das indústrias de alimentos, é um caminho sem volta. Segundo ele, as indústrias confiam na fonte de produção e projetam uma produção mais consolidada, o que ainda não ocorreu com o oeste baiano e o sul do Maranhão. Mesmo com as questões ambientais e de logística, que devem ser revolvidas, diz ele, o potencial da região é imenso. Em sua análise, Dias afirma que o avanço da agroindústria para o Brasil central, onde cresce a produção de grãos, é estratégico, pois as empresas na Região Sul sabem que, no caso de uma desvalorização de cambial, todo estoque de milho para 15 dias de consumo será exportado. As indústrias do Paraná até o Rio Grande do Sul são obrigadas a carregar grandes estoques de produto acabado, para conviver com a oscilação de preços do milho, principal matéria-prima na produção de aves e suínos. Ele prevê que a expansão da agroindústria no Centro-Oeste também vai pôr em xeque a indústria tradicional de alimentos do Nordeste, que se sustenta com a importação dos insumos. O setor têxtil também está migrando para o Centro-Oeste, a exemplo do que ocorreu com as indústrias de aves e suínos, que na segunda metade da década de 80 se instalaram no sudoeste de Goiás, e mais recentemente no centro-norte de Mato Grosso, mais perto dos polos de fornecimento de matérias-primas. Três grande indústrias têxteis do Nordeste - Santana Textiles, Vicunha Têxtil e Têxtil Bezerra de Menezes (TBM) anunciaram investimentos de R$ 550 milhões na instalação de fábricas em Mato Grosso, maior produtor e exportador brasileiro de algodão. Mesmo com a desvantagem do alto custo da logística, que corrói grande parte da margem de lucros dos produtores, as exportações do agronegócio do Centro-Oeste nos últimos dez anos cresceram oito vezes, enquanto na média nacional o faturamento no período aumentou três vezes. No ano passado, exportações do agronegócio da região somaram US$ 12,8 bilhões, valor que corresponde a 91% das vendas externas da região. O destaque é o complexo soja, que respondeu por 57% das exportações da região. Somente a soja em grão respondeu por 39,2%. Aliás, este é outro problema apontado por Carlo Lovatelli, que também preside a Associação Brasileira das Indústrias de Soja (Abiove). Ele diz que a Região Centro-Oeste é uma das mais prejudicadas pela Lei Kandir, de 1996, que instituiu a isenção do ICMS na exportação de matérias-primas, sem desonerar o produto processado, o que penaliza a industrialização.

http://economia.ig.com.br/centrooeste%20economia%20cresce%20em%20ritmo%20asiatico/n1237610610870.html dia 06/05/10.

Frete em Mato Grosso é três vezes mais caro que nos Estados UnidosO custo de transporte da soja no norte de Mato Grosso até os portos é três vezes superior ao frete pago pelos produtores do Estado americano de Iowa.O custo de transporte da soja no norte de Mato Grosso até os portos é três vezes superior ao frete pago pelos produtores do Estado americano de Iowa. Os cálculos foram feitos pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os produtores que estão em Sorriso (MT), que fica a 2.282 km do Porto de Paranaguá (PR), têm um custo de US$ 97 por tonelada de soja transportada por rodovia. Já os produtores de Iowa, que estão a 1.576 km do porto, gastam US$ 33,98 por tonelada, dos quais US$ 10,09 são despesas com o frete do caminhão até os terminais no Rio Mississippi e mais US$ 23,89 com o da barcaça que transporta a mercadoria até o Golfo do México.Os cálculos do Imea são utilizados pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) para defender investimentos na hidrovia Teles Pires-Tapajós, que reduziria o custo do frete da região norte de Mato Grosso para cerca de US$ 55,54 por tonelada, sendo US$ 37 do caminhão até a hidrovia e mais US$ 18,77 da barcaça. Se a hidrovia fosse construída, a soja sairia pelo norte do Estado de Mato Grosso, a partir do município de Sinop e percorreria 1.099 km até Santarém (PA), sendo exportada pelo Norte do País.Preços – Segundo levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), no ano passado o custo de transporte representou 32% do preço da soja originária de Mato Grosso desembarcada em Xangai, na China. No caso da soja americana, a participação foi de apenas 24%. A redução do frete marítimo, provocada pela queda dos preços do petróleo e da retração na demanda mundial por causa da crise, acabou ajudando a melhorar a competitividade do Brasil, É que o custo do transporte da soja brasileira chegou a bater em trono de 45% em 2006, quando os preços do produto recuaram a níveis históricos. Os dados do USDA mostram como as quedas dos preços da commodity na Bolsa de Chicago acentuam o impacto da deficiência logística, pois, em 2006, o frete rodoviário correspondeu a 48% do preço recebido pelo produtor em Sorriso.

http://netmarinha.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=29621:frete-em-mato-grosso-e-tres-vezes-mais-caro-que-nos-estados-unidos-&catid=15:outras&Itemid=7 dia 06/05/10.

Exerícios:1 - (UNESP SP/2010/Conh Gerais - Verão) Correlacione, com as regiões brasileiras, as informações contidas nos setogramas (área, PIB, população). Identifique as regiões brasileiras correspondentes a cada item da legenda.

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Contribuição ao PIB nacional (2004)

Distribuição da população (2007)

2 - (UFTM MG/2010/Janeiro) Considere o texto. Embora a expansão desta cultura esteja mais concentrada em São Paulo, já o está também no Paraná, em Mato Grosso do Sul, no Triângulo Mineiro, em Goiás e em Mato Grosso. Nesses Estados, reduziu-se a área de produção de alimentos agrícolas e se deslocou a pecuária na direção da Amazônia. (Ariovaldo Umbelino de Oliveira. Folha de S.P, 2008)Com base nos conhecimentos sobre as transformações recentes no campo brasileiro, pode-se concluir que o texto trata da expansão do(a)a) soja. b) laranja. c)algodão. d)cana-de-açúcar. e) milho.

3 - (UNIFOR CE/2010/Janeiro) O Brasil é um país com vocação para o agronegócio, em face de suas características e diversidades, tanto de clima quanto de solo, possuindo ainda áreas agricultáveis altamente férteis e ainda inexploradas. O aumento da demografia mundial e sua consequente demanda por alimentos nos leva a uma previsão de que o Brasil alcançará o patamar de líder mundial no fornecimento de alimentos e commodities ligadas ao agronegócio, solidificando sua economia e catapultando seu crescimento.

Disponível em :http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/08/rambp.htm. Acesso em 11/11/2009 (adaptado)Em relação ao agronegócio brasileiro, é CORRETO afirmar:a) O Brasil é um dos maiores produtores de alimento do mundo, sendo responsável por parte substancial do abastecimento mundial de alimentos, como soja, carne bovina, suína e frangos, além de açúcar e outros produtos importantes.b) O aumento populacional do mundial tem sido compatível com a produção alimentar, principalmente na África que possui vastas extensões de terra que são aproveitadas para produção alimentar.c) O clima da região Centro Oeste brasileiro não é adequado à produção alimentar e por isso somente é aproveitado para produção de etanol.d) Por ter uma vasta região agricultável que exige muita terra, o Brasil não tem programa para a agricultura familiar para pequena produção de subsistência.e) O agronegócio depende de modernização tecnológica que utiliza vasta quantidade de trabalhadores, o que elimina os movimentos sociais do campo.

4 - (UFTM MG/2010/Janeiro) Observe o gráfico. Quem é o agricultor comercial brasileiro Maiores dificuldades

(www.cna.org.br)

5 - (UFV MG/2010) Leia o texto abaixo: O campo brasileiro é bastante heterogêneo. Na grande maioria dos municípios situados no interior do país a agropecuária se constituiu como principal atividade econômica. O dinamismo econômico das cidades depende principalmente do desempenho da agropecuária. Apesar da permanência dessa importância, o campo tem apresentado mudanças significativas na sua dinâmica, tendo se tornado cada vez mais diversificado. O êxodo rural perdeu força a partir dos anos 1980, chegando em alguns casos, a haver a retomada do crescimento da população rural. Geografia Agrária: teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007. p. 277.)Com base nas informações do texto acima e nos conhecimentos sobre o campo brasileiro, assinale a afirmativa CORRETA:a) A retração nos níveis de instrução da população rural tem dificultado o acesso, principalmente de jovens, à colocação no mercado de trabalho da cidade.b) As atividades rurais não agrícolas, como turismo rural e pesque-pague, vêm propiciando mudanças no perfil da população rural, embora como foi dito, o campo brasileiro seja bastante heterogêneo, em algumas regiões, como no caso do Centto-Oeste vem ocorrendo grandes transformações.c) Houve o retorno da população ao campo em algumas regiões do país, oriunda especialmente das cidades grandes, não ocorrendo tal fenômeno em municípios médios e pequenos.d) Registrou-se nas duas últimas décadas um aumento acentuado da movimentação da população rural das grandes cidades, em razão da retração da agropecuária brasileira.

Sobre os dados do gráfico, pode-se constatar quea) no Brasil, apesar da boa qualidade dos solos e do clima adequado à produção agrícola, a maior parte dos produtores, por estarem em regiões isoladas, não têm acesso ao crédito.b) o tamanho da propriedade não influi na capacidade de produção, pois o acesso ao crédito e à tecnologia é difícil tanto para pequenos quanto para grandes proprietários.c) o fraco mercado interno representa uma grande barreira para a expansão da produção agrícola no país, pois inviabiliza o aumento de investimentos financeiros no campo.d) apesar das transformações ocorridas nas formas de produzir no campo, fatores naturais climáticos e pedológicos ainda têm grande importância na rentabilidade das propriedades.e) no moderno modelo de produção no campo, fatores como acesso ao crédito e aquisição de implementos agrícolas têm maior peso do que os fatores naturais, como o clima e o solo.

A sequência correta da legenda com as regiões brasileiras é:a) Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste.b) Nordeste, Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul.c) Centro-Oeste, Sudeste, Sul, Nordeste e Norte.d) Sul, Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.e) Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

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6 - (UEG GO/2010/Janeiro) Uma divisão regional é fruto de teorias e métodos utilizados para a regionalização. Ela apresenta uma espécie de fotografia do estágio da organização do espaço geográfico nacional feita a partir das lentes dessas teorias e desses métodos. Com base nesse fragmento e nos mapas abaixo, apresente as diferenças entre as regionalizações estabelecidas para o Brasil por Milton Santos (1999), IBGE (1988) e Pinchas Geiger (1964), identificando os critérios (naturais, econômicos e/ou sociais) utilizados pelos autores.

7 - (FEPECS DF/2010) Observe o mapa que se segue: Modernização agrícola

Adaptados de Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2004.Desde a década de 70, a agricultura da região sul do país vem sofrendo uma intensa modernização. Neste processo ocorreu a chamada crise rural, envolvendo, sobretudo, pequenas e médias propriedades. Desta maneira, grande parte das pequenas propriedades, sem acesso à modernização, foi englobada pelas grandes. Assim um grande número de trabalhadores rurais, como pequenos e médios proprietários, tiveram que procurar outro destino para sua vida e trabalho. Esse processo provocou:a) a migração de um grande número de agricultores brasileiros para o Uruguai; estes brasileiros conhecidos como “Brasiguaios” se estabelecem nas áreas fronteiriças com o Brasil e se destacam na produção de soja;b) a diminuição do êxodo rural e do inchaço urbano em São Paulo e no Rio de Janeiro, na medida em que com o aumento da oferta de emprego nos complexos agroindustriais reduziu a necessidade de procura de emprego nas capitais para atender às mínimas necessidades de sobrevivência dos trabalhadores rurais desempregados;c) o enfraquecimento do movimento rural dos trabalhadores sem terra, o MST, que se iniciou na Região Sul do país e ficou impedido de exercer a sua política de invasão de terras, na medida em que o numero de propriedades improdutivas diminuiu na região;d) novas estratégias de sobrevivência dos pequenos agricultores que se mantiveram na região; para se estabelecerem no mercado buscaram se associar em cooperativas de agricultores ou se integrarem aos complexos agroindustriais, atuando como fornecedores complementares de produtos agrícolas;e) o deslocamento de agricultores para toda a região nordestina, ocasionando o aumento da fronteira agrícola e a expansão do processo de mecanização da região, principalmente a área da cana-de-açúcar.

8 - (UFMS/2009/Humanidades) A pecuária é uma atividade econômica tradicional no estado de Mato Grosso do Sul. Acompanhando a expansão da pecuária no Estado, foi implantada uma consolidada cadeia produtiva da carne, formada basicamente pelas empresas agropecuárias e pelos frigoríficos. Sobre a pecuária no Estado, é correto afirmar:a) A criação de gado está fortemente concentrada no Pantanal, onde estão localizados os maiores frigoríficos do Estado.b) O rebanho bovino está distribuído regularmente pelo estado, tornando a pecuária a base econômica de todos os municípios.c) O Pantanal é, no Estado, uma área tradicional de criação de gado, que acompanhou o processo de modernização do setor, tornando os sistemas de criação de alta produtividade, aliado às práticas preservacionistas do meio ambiente.d) Em Mato Grosso do Sul, o tamanho do rebanho bovino é bem superior ao número de habitantes, implicando uma disputa pela terra, para a produção de alimentos, e pela água, para o consumo do gado, em detrimento da população.e) A pecuária expandiu-se no Estado devido à existência de solos férteis, recursos hídricos abundantes e terras baratas nas mãos de pequenos proprietários.

Gabarito aula 01:1 – e. 2 – d. 3 – a. 4 – e. 5 – b.6 – • IBGE – Critérios {Regiões homogêneas, naturais e (5 regiões, citar), políticos (limites ou divisas dos estados) • Pedro P. geiser – considera os aspectos naturais, associados à realidade socioecnômica – é mais dinâmica. Citar regiões (3) • Milton Santos – considera critérios socioeconômicos, associados à ciência, tecnologia e informação (determinantes no processo de uso e ocupação do espaço). Citar as regiões (4).7 – d. 8 – d.