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PAINEL MACROECONÔMICO
AUSTIN
PROJEÇÕES 2014-2015(Fevereiro/2014)
PANORAMA ECONÔMICO
Em virtude das recentes divulgações do PIB de 2013, decisão sobre a taxa de jurosSelic e anúncio de contingenciamento de gastos orçamentários da ordem de R$ 44bilhões com meta de superávit primário de 1,9% do PIB para 2014, a Austin revisousuas estimativas para as principais variáveis macroeconômicas para os anos de2014 e 2015.
O cenário macroeconômico ainda guarda grandes incertezas para 2014, como, porexemplo, quais os efeitos da atual redução da atividade econômica na China sobrea balança comercial brasileira e no nível de investimentos estrangeiros diretos.Também há a redução do programa de estímulo monetário dos EUA, as recentesindicações de recuperação econômica na Zona Europeia e a desconfiança dosinvestidores sobre o equilíbrio fiscal brasileiro.
Internamente, a dúvida ainda recai sobre o forte intervencionismo do governo emáreas estratégicas, com destaque para as empresas como Petrobras e Vale, comefeitos diretos sobre o mercado de ações brasileiro. Pois, toda essa dinâmica temdeixado os investidores externos apreensivos com o Brasil em relação aos próximospassos do governo, visto que é ano de eleições presidenciais.
PANORAMA ECONÔMICO
Internamente, a dúvida ainda recai sobre o forte intervencionismo do governo emáreas estratégicas, com destaque para as empresas como Petrobras e Vale, comefeitos diretos sobre o mercado de ações brasileiro. Pois, toda essa dinâmica temdeixado os investidores externos apreensivos com o Brasil em relação aos próximospassos do governo, visto que é ano de eleições presidenciais.
Sobre as questões fiscais, apesar do anúncio de contingenciamento orçamentárioda ordem de R$ 44 bilhões e meta de superávit primário de 1,9% do PIB, mesmoque sendo uma meta mais crível, ainda se traduz em insegurança quanto aoequilíbrio fiscal em virtude da necessidade de o governo ter que reduzir seusgastos em ano eleitoral e de Copa do Mundo.
A essência das projeções para o biênio 2014‐2015 está apoiada, em grande parte,no desempenho da economia doméstica e, em menor proporção, na dinâmica domercado internacional, principalmente América Latina em decorrência dasrecentes turbulências políticas ocorridas na Argentina e Venezuela. Inclusiveporque o Brasil não deslanchou em acordos de comércio exterior devido aotravamento imposto no acordo do Mercosul.
PANORAMA ECONÔMICO
O consumo das famílias, que representa aproximadamente dois terços da formaçãodo PIB pela ótica da demanda, cresce há pelo menos 41 trimestres consecutivos.Antes considerado o principal motor propulsor do crescimento econômico, oresultado de 2013 já revela perda de fôlego ao apurar expansão de apenas 2,3%contra 3,2% em 2012.
Desta forma, o atual modelo de sustentação do PIB apoiado no consumo, se nãofor revisto e direcionado parte aos investimentos, o país poderá viver umacondição crônica de inflação elevada e baixo crescimento, visto que os indicadoresdeterminantes como renda, emprego, inadimplência e endividamento estãodistantes de seus níveis críticos, mas também já dão sinais de perda de vigor.
Para a implementação da política monetária do Banco Central, mesmo com asexpectativas de inflação estarem rígidas em torno de 6%, portanto, no limitesuperior de tolerância, o colegiado desacelerou o ritmo de alta para apenas 0,25p.p., estabelecendo o valor da Selic em 10,75% ao ano. Em nosso entendimento,essa será a última elevação deste ano, logo, a taxa básica deverá permanecer nestenível ao menos até o final do ano. Ou seja, nas duas reuniões do COPOM de 2014,a autoridade monetária deverá iniciar novo ciclo de afrouxamento dos juros,mesmo que de forma moderada: 0,25 p.p. em cada uma das duas últimas reuniõesdo calendário e estabelecendo a Selic em dezembro em 10,25% a.a.
PANORAMA ECONÔMICO
Para a taxa de inflação medida pelo IPCA, a Austin projeta alta de 5,7% para 2014 e5,5% em 2015 devido à persistência dos aumentos de preços no setor de serviçosem virtude da ocorrência da Copa do mundo de futebol, visto que o governodeverá preservar sua linha mestra da política econômica que estimula o nível deemprego e renda, além do aumento da demanda por commodities no cenáriointernacional, pressão de reajuste de preços administrados, com destaque paraenergia elétrica, transporte público e combustíveis.
No mercado de crédito, acreditamos que o governo, muito provavelmente,continuará utilizando os bancos públicos para estimular o fomento no setorfinanceiro, ainda que de forma moderada, que também deve ser beneficiado pelapreservação do mercado de trabalho nos níveis atuais e a taxa de juros subsidiadas.Com isso a relação Crédito/PIB encerrou 2013 em 56,5% e em 2014 e 2015 deveráatingir 60% e 65%, respectivamente. Porém, é importante destacar que numacomparação com economias emergentes, que são nossos concorrentes pelaatração do investimento estrangeiro, o Brasil ainda está longe de atingir os níveisobservados nessas economias que estão ao redor de 100% do PIB.
PANORAMA ECONÔMICO
Novamente, as operações de crédito realizadas pelas pessoas físicas deverão ser odestaque, principalmente a modalidade de crédito consignado e financiamento deveículos e imóveis, visto que o setor corporativo deve focar, em grande parte, nacaptação de recursos via mercado de capitais devido à expectativa do retorno maisintenso dos níveis de liquidez dos canais de financiamentos externos, além daprópria recuperação da confiança dos investidores com o cenário global.
O processo de mudança estrutural da qualidade da renda no país, em curso desdea adoção do Plano Real, deve se acentuar ao longo da atual década (2011‐2020) eresultar no aumento significativo da população bancarizada, permitindo quepessoas que antes estavam à margem do consumo passem a demandar créditopara aquisição de bens de consumo duráveis, como, por exemplo, imóveis,eletrodomésticos e eletrônicos, principalmente televisores por conta da Copa doMundo (2014) e Olimpíadas (2016).
No front externo, o menor nível de volatilidade dos ativos financeiros e a maiorestabilidade nas dívidas soberanas, com destaque para os países da zona do Euro,são pontos determinantes para o início do processo de recuperação econômicadessas economias, mesmo que em níveis ainda muito abaixo de seus potenciais.
PANORAMA ECONÔMICO
Quanto aos Estados Unidos, a redução do volume financeiro do programa deestímulo monetário (Quantitative Easing) tem promovido volatilidade nosmercados de renda variável (ações) e desvalorizações nas principais moedas.
O crescimento econômico norte‐americano ficou em 1,9%, abaixo de seu potencialde 3,5%, com estimativa de crescimento de 2,8% em 2014 e de 3,0% em 2015,segundo o FMI. O principal motivo pelo reduzido nível de expansão econômica(quando comparado ao seu potencial de crescimento) ainda recai sobre as dúvidasdo equilíbrio fiscal e a necessidade de estímulos à atividade econômica, comdestaque para a recuperação consistente do nível de emprego e renda, além darecuperação mais vigorosa da confiança dos consumidores e empresários quesegue em compasso de espera.
PANORAMA ECONÔMICO
Para a China, a expectativa é de crescimento ainda ameno em 2014 (ao redor de7,5%) após ter anotado 7,7% em 2013. As projeções do FMI indicam uma taxa decrescimento para o PIB chinês ao redor de 7,3% em 2015. Apesar de menor emrelação ao passado, as taxas de crescimento na China continuam robustas emrelação aos demais países emergentes. Isso porque a China tem adotado medidascontracionistas para controlar a taxa de inflação que, aliás, subiu nos últimos anos,bem como a necessidade de absorver os impactos urbanos do processo de êxodorural com efeitos diretos dessa mão de obra entrante no mercado de trabalho.
Também há necessidade de controlar os níveis de endividamento das famíliaschinesas em virtude do próprio efeito de sofisticação do sistema financeiro, oaumento do mercado de crédito e a mudança de hábito de consumo, ou seja, estãomigrando suas compras para bens duráveis em maior escala. Apenas umarecuperação mais significativa das economias dos EUA e da Europa, que sãograndes consumidores de manufaturados, deverá proporcionar maior ritmo decrescimento na China, porém, longe de sua média histórica de 9,3%.
PANORAMA ECONÔMICO
Por fim, com relação ao rating soberano do Brasil, que está classificado pela AustinRating como BBB em moeda estrangeira (ME) e BBB+ em moeda local (ML), ocontexto macroeconômico descrito neste documento, se concretizado, tem efeitosneutros para o processo de revisão do rating.
Logo, entendemos que o Brasil não tem apenas desafios para 2014, mas sim paraos próximos 30 anos, e destacamos ser de curto prazo a necessidade de retornar omais rápido possível ao equilíbrio das contas fiscais, visto a necessidade de realizarinvestimentos em áreas estratégicas como, por exemplo, infraestrutura logística,para amparar o crescimento sustentado de longo prazo, bem como realizar asimportantes reformas estruturais: tributária, trabalhista, previdenciária, política,entre outras.
CONTAS NACIONAIS
CONTAS NACIONAIS
Posição Países 2013 Posição Países 20141º Estados Unidos 16,724 1º Estados Unidos 17,474
2º China 8,939 2º China 9,784
3º Japão 5,007 3º Japão 5,252
4º Alemanha 3,593 4º Alemanha 3,754
5º França 2,739 5º França 2,860
6º Reino Unido 2,490 6º Reino Unido 2,641
7º Brasil 2,239 7º Brasil 2,230
8º Rússia 2,118 8º Rússia 2,193
9º Itália 2,068 9º Itália 2,146
10º Canadá 1,825 10º Canada 1,887
Fonte: FMI ‐ WEO/OUT13Atualizado em: 27/fev/2014 Elaboração: Austin Rating
RANKING PIB EM US$ TRILHÕES
CONTAS NACIONAIS
(e) Estimativa Austin RatingFonte: IBGE
CONTAS NACIONAIS
(e) Estimativa Austin RatingFonte: IBGE
CONTAS NACIONAIS
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CONTAS NACIONAIS
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CONTAS NACIONAIS
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INFLAÇÃO
INFLAÇÃO
(e) Estimativa Austin RatingFonte: IBGE
INFLAÇÃO
(e) Estimativa Austin RatingFonte: FGV
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TAXA DE CÂMBIO
TAXA DE CÂMBIO
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
TAXA DE CÂMBIO
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TAXA DE JUROS
TAXA DE JUROS
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
TAXA DE JUROS
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MERCADO DE TRABALHOEMPREGO E RENDA
MERCADO DE TRABALHO
(e) Estimativa Austin RatingFonte: IBGE
MERCADO DE TRABALHO
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MERCADO DE TRABALHO
(e) Estimativa Austin RatingFonte: IBGE
MERCADO DE TRABALHO
(e) Estimativa Austin RatingFonte: IBGE
MERCADO DE TRABALHO
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CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA
CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA
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CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA
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CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
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CONTAS PÚBLICAS
CONTAS PÚBLICAS
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CONTAS PÚBLICAS
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CONTAS EXTERNAS
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(e) Estimativa Austin RatingFonte: MDIC
CONTAS EXTERNAS
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CONTAS EXTERNAS
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ECONOMIA INTERNACIONAL
ECONOMIA INTERNACIONAL
(e) Estimativa FMIFonte: FMI – WEO OCT13
ECONOMIA INTERNACIONAL
(e) Estimativa FMIFonte: FMI – WEO OCT13
ECONOMIA INTERNACIONAL
(e) Estimativa FMIFonte: FMI – WEO OCT13
ECONOMIA INTERNACIONAL
(e) Estimativa FMIFonte: FMI – WEO OCT13
ECONOMIA INTERNACIONAL
(e) Estimativa: FMI e Austin RatingFonte: FMI – WEO OCT13
ECONOMIA INTERNACIONAL
(e) Estimativa FMIFonte: FMI – WEO OCT13
ECONOMIA INTERNACIONAL
(e) Estimativa Austin RatingFonte: Federal Reserve USA
ECONOMIA INTERNACIONAL
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INDICADORES DE RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
(e) Estimativa Austin RatingFonte: JP Morgan
RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
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RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
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RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
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RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
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RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
RISCO E SOLVÊNCIA EXTERNA
(e) Estimativa Austin RatingFonte: BACEN
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