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Poluio

LLeeggiissllaaoo CCoonnssoolliiddaaddaa

Data de actualizao: 22/09/2011

Texto consolidado produzido pelo sistema CONSLEG do servio das publicaes oficiais das comunidades Europeias.

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Este documento constitui um instrumento de documentao e no vincula as instituies

B DECISO DA COMISSO

de 18 de Julho de 2007

que estabelece orientaes para a monitorizao e a comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa, nos termos da Directiva 2003/87/CE do Parlamento

Europeu e do Conselho

[notificada com o nmero C(2007) 3416]

(Texto relevante para efeitos do EEE)

(2007/589/CE)

(JO L 229 de 31.8.2007, p. 1)

Alterado por:

Jornal Oficial

n. pgina data

M1 Deciso 2009/73/CE da Comisso de 17 de Dezembro de 2008 L 24 18 28.1.2009 M2 Deciso 2009/339/CE da Comisso de 16 de Abril de 2009 L 103 10 23.4.2009 M3 Deciso 2010/345/UE da Comisso de 8 de Junho de 2010 L 155 34 22.6.2010

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DECISO DA COMISSO

de 18 de Julho de 2007

que estabelece orientaes para a monitorizao e a comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa, nos termos da Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho

[notificada com o nmero C(2007) 3416]

(Texto relevante para efeitos do EEE)

(2007/589/CE)

A COMISSO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,

Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,

Tendo em conta a Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Outubro de 2003, relativa criao de um regime de comrcio de licenas de emisso de gases com efeito de estufa na Comunidade e que altera a Directiva 96/61/CE do Conselho ( 1 ), nomeadamente o n. o 1 do artigo 14. o ,

Considerando o seguinte:

(1) A monitorizao e a comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa, de uma forma completa, coerente, transparente e exacta e em conformidade com as orientaes estabelecidas na presente deciso, so fundamentais para o funcionamento do regime de comrcio de licenas de emisso de gases com efeito de estufa criado pela Directiva 2003/87/CE.

(2) Durante o primeiro ciclo de aplicao do regime de comrcio de licenas de emisso de gases com efeito de estufa, abrangendo o ano de 2005, os operadores, verificadores e autoridades competentes dos Estados-Membros adquiriram uma primeira experincia na monitorizao, verificao e comunicao de informaes ao abrigo da Deciso 2004/156/CE da Comisso, de 29 de Janeiro de 2004, que estabelece orientaes para a monitorizao e a comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa, nos termos da Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho ( 2 ).

(3) Na sequncia da reviso da Deciso 2004/156/CE, tornou-se evidente que as orientaes estabelecidas nessa deciso deveriam ser objecto de vrias alteraes a fim de as tornar mais claras e eficazes em termos de custos. Devido ao nmero substancial de alteraes, conveniente proceder substituio da Deciso 2004/156/CE.

(4) oportuno facilitar a aplicao das orientaes relativas a instalaes com emisses mdias comunicadas e verificadas inferiores a 25 000 toneladas de CO 2 fssil por ano durante o perodo de comrcio de emisses precedente, bem como proceder a uma maior harmonizao e clarificao de questes tcnicas.

B

( 1 ) JO L 275 de 25.10.2003, p. 32. Directiva com a ltima redaco que lhe foi dada pela Directiva 2004/101/CE (JO L 338 de 13.11.2004, p. 18).

( 2 ) JO L 59 de 26.2.2004, p. 18.

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(5) Quando aplicvel, foi tida em conta a orientao relativa monitorizao dos gases com efeito de estufa desenvolvida pelo Painel Intergovernamental sobre as Alteraes Climticas (IPCC), pela Organizao Internacional de Normalizao (ISO), pela Iniciativa do Protocolo sobre Gases com Efeito de Estufa do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentvel (World Business Council on Sustainable Development - WBCSD) e pelo Instituto dos Recursos Mundiais (World Resources Institute - WRI).

(6) As informaes apresentadas pelos operadores de acordo com a presente deciso deveriam facilitar que as emisses comunicadas ao abrigo da Directiva 2003/87/CE sejam atribudas em cruzamento com as emisses comunicadas ao Registo Europeu das Emisses e Transferncias de Poluentes (EPRTR) estabelecido pelo Regulamento (CE) n. o 166/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Janeiro de 2006, relativo criao do Registo Europeu das Emisses e Transferncias de Poluentes e que altera as Directivas 91/689/CEE e 96/61/CE do Conselho ( 1 ), bem como com as emisses inscritas em inventrios nacionais, utilizando as diferentes categorias de fontes do Painel Internacional sobre as Alteraes Climticas (IPCC).

(7) Melhorando a relao custo/eficcia global das metodologias de monitorizao, sem compromisso da exactido dos dados comunicados relativos s emisses e da integridade global dos sistemas de monitorizao, os operadores e as autoridades competentes deveriam, em geral, ser capazes de cumprir as suas obrigaes ao abrigo da Directiva 2003/87/CE com custos significativamente reduzidos. Tal aplica-se em especial s instalaes que utilizam biocombustveis puros e s instalaes com baixo nvel de emisses.

(8) Os requisitos de comunicao de informaes foram alinhados com os do artigo 21. o da Directiva 2003/87/CE.

(9) Os requisitos relativos ao plano de monitorizao foram clarificados e tornados mais rigorosos a fim de reflectir melhor a sua importncia no que diz respeito garantia de uma boa comunicao de informaes e de uma slida verificao dos resultados.

(10) O quadro 1 especifica os requisitos mnimos estabelecidos no anexo I e deveria ser de utilizao permanente. As diferentes entradas deste quadro foram revistas com base em informaes recolhidas pelos Estados-Membros, pelos operadores e pelos verificadores, tendo em conta as alteraes introduzidas nas disposies relativas s emisses de combusto das actividades enumeradas no anexo I Directiva 2003/87/CE e nas orientaes especficas de actividade, pelo que deveriam agora reflectir um equilbrio adequado entre as exigncias em matria de custo/eficcia e de preciso.

(11) Foi introduzida uma abordagem de recurso com limiares de incerteza mnimos, a fim de proporcionar uma via alternativa para a monitorizao das emisses de instalaes muito especficas ou complexas, isentando essas instalaes da aplicao da abordagem baseada em nveis e permitindo a elaborao de uma metodologia de monitorizao totalmente adaptada a cada situao.

(12) As disposies referentes ao CO 2 transferido e inerente entrado ou sado das instalaes abrangidas pela Directiva 2003/87/CE sob a forma de substncias ou combustveis puros foram clarificadas e tornadas mais rigorosas, a fim de melhorar a coerncia com os requisitos de comunicao de informaes dos Estados- -Membros no mbito do Protocolo de Quioto Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre as Alteraes Climticas.

B

( 1 ) JO L 33 de 4.2.2006, p. 1.

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(13) A lista de factores de emisso de referncia foi alargada e actualizada utilizando informaes das Orientaes de 2006 do Painel Intergovernamental sobre Alteraes Climticas (IPCC), seguidamente designadas Orientaes IPCC. A lista foi tambm alargada com valores de referncia para valores calorficos lquidos relativamente a uma vasta gama de combustveis com base nas Orientaes IPCC.

(14) A seco relativa ao controlo e verificao foi reexaminada e revista a fim de melhorar a coerncia conceptual e lingustica com as orientaes elaboradas pela Cooperao Europeia para Acreditao (EA), pelo Comit Europeu de Normalizao (CEN) e pela Organizao Internacional de Normalizao (ISO).

(15) No que respeita determinao das propriedades dos combustveis e materiais, foram clarificados os requisitos para a utilizao de resultados de laboratrios de anlises e de analisadores de gases em linha, tomando em considerao a experincia adquirida na aplicao dos respectivos requisitos nos Estados-Membros durante o primeiro perodo de comrcio de emisses. Foram tambm estabelecidos requisitos adicionais para os mtodos de amostragem e as frequncias.

(16) A fim de melhorar a relao custo/eficcia no que respeita a instalaes com emisses anuais inferiores a 25 000 toneladas de CO 2 fssil, foram acrescentadas determinadas isenes aos requisitos especficos aplicveis a instalaes em geral.

(17) A utilizao de factores de oxidao no mbito da metodologia de monitorizao passou a ser opcional no que respeita a processos de combusto. Foi introduzida uma abordagem de balano de massas para instalaes que produzem negro de fumo e para terminais de tratamento de gases. Os requisitos relativos incerteza na determinao de emisses da queima de gases residuais foram reduzidos, em reflexo das condies tcnicas especficas dessas instalaes.

(18) A abordagem do balano de massas no deveria fazer parte das orientaes especficas da actividade relativamente s refinarias de leos minerais enumeradas no anexo I da Directiva 2003/87/CE devido aos problemas comunicados durante o primeiro perodo de informao quanto ao nvel de preciso possvel das medies. Procedeu-se reviso das indicaes relativas a emisses ligadas regenerao por cracking cataltico, outras formas de regenerao cataltica e flexi-cokers, a fim de contemplar as condies tcnicas especficas dessas instalaes.

(19) O dispositivo e os limiares para a aplicao da abordagem de balano de massas foram tornados mais rigorosos no que diz respeito a instalaes produtoras de coque, snter, ferro e ao. Foram tambm acrescentados os factores de emisso constantes das Orientaes IPCC.

(20) A terminologia e as metodologias relativas a instalaes produtoras de clnquer e instalaes produtoras de cal foram alinhadas com as prticas comerciais dos sectores abrangidos pela presente deciso. A utilizao dos dados da actividade, do factor de emisso e do factor de converso foi tornada coerente com as outras actividades abrangidas pela Directiva 2003/87/CE.

(21) Foram estabelecidos factores de emisso adicionais no anexo IX, aplicveis a instalaes da indstria vidreira.

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(22) Os requisitos em matria de incerteza relativos a emisses da calcinao de matrias-primas de instalaes da indstria cermica foram tornados menos rigorosos, tendo em maior ateno as situaes em que a argila provm directamente de pedreiras. O mtodo baseado exclusivamente na produo deveria deixar de ser aplicado, devido sua aplicabilidade limitada, conforme se verificou durante o primeiro ciclo de informao.

(23) Deveriam ser elaboradas orientaes especficas para a determinao de emisses de gases com efeito de estufa por sistemas de medio contnua de emisses, com vista a facilitar uma utilizao coerente de abordagens de monitorizao baseadas em medies consentneas com os artigos 14. o e 24. o e com o anexo IV da Directiva 2003/87/CE.

(24) A presente deciso no prev o reconhecimento de actividades relacionadas com a captao e a armazenagem de carbono, o qual depender de uma alterao da Directiva 2003/87/CE ou da incluso dessas actividades em aplicao do artigo 24. o da mesma directiva.

(25) As orientaes constantes dos anexos presente deciso estabelecem os critrios pormenorizados revistos que devem ser aplicados monitorizao e comunicao de informaes sobre emisses de gases com efeito de estufa resultantes das actividades enumeradas no anexo I da Directiva 2003/87/CE. Esses critrios so especificados relativamente s referidas actividades, com base nos princpios de monitorizao e comunicao de informaes estabelecidos no anexo IV da directiva, que deveria ser aplicada a partir de 1 de Janeiro de 2008.

(26) Nos termos do artigo 15. o da Directiva 2003/87/CE, os Estados- -Membros devem assegurar que os relatrios apresentados pelos operadores sejam verificados em funo dos critrios estabelecidos no anexo V da mesma.

(27) Est prevista a realizao de uma nova reviso das orientaes estabelecidas na presente deciso no prazo de dois anos a contar da sua data de aplicabilidade.

(28) As medidas previstas na presente deciso esto em conformidade com o parecer do comit institudo pelo artigo 8. o da Deciso 93/389/CEE ( 1 ),

ADOPTOU A PRESENTE DECISO:

M3

Artigo 1. o

As orientaes para a monitorizao e comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa resultantes das actividades enumeradas no anexo I da Directiva 2003/87/CE, bem como das actividades includas ao abrigo do n. o 1 do artigo 24. o dessa mesma directiva, figuram nos anexos I a XIV e XVI a XVIII da presente deciso. No anexo XV so estabelecidas as orientaes para a monitorizao e comunicao de informaes de dados relativos a toneladas-quilmetro das actividades da aviao para fins da apresentao de um pedido ao abrigo das alneas e) ou f) do artigo 3. o da Directiva 2003/87/CE.

Essas orientaes baseiam-se nos princpios definidos no anexo IV da referida directiva.

B

( 1 ) JO L 167 de 9.7.1993, p. 31. Deciso com a ltima redaco que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n. o 1882/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 284 de 31.10.2003, p. 1).

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Artigo 2. o

A Deciso 2004/156/CE revogada na data indicada no artigo 3. o

Artigo 3. o

A presente deciso aplicvel a partir de 1 de Janeiro de 2008.

Artigo 4. o

Os Estados-Membros so os destinatrios da presente deciso.

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NDICE DOS ANEXOS ( 1 )

Anexo I Orientaes gerais

Anexo II Orientaes para as emisses de combusto das actividades enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo III Orientaes especficas da actividade para as refinarias de leos minerais enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo IV Orientaes especficas da actividade para os fornos de coque enunciados no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo V Orientaes especficas da actividade para as instalaes de ustulao ou sinterizao de minrio metlico enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo VI Orientaes especficas da actividade para as instalaes de produo de gusa ou ao, incluindo vazamento contnuo, enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo VII Orientaes especficas da actividade para as instalaes de produo de clnquer enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo VIII Orientaes especficas da actividade para as instalaes de produo de cal enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo IX Orientaes especficas da actividade para as instalaes de produo de vidro enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo X Orientaes especficas da actividade para as instalaes de fabrico de produtos cermicos enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo XI Orientaes especficas da actividade para as instalaes de fabrico de pasta de papel e de papel enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

M3

Anexo XII Orientaes para a determinao das emisses ou transferncias de gases com efeito de estufa por sistema de medio contnua

M1

Anexo XIII Orientaes especficas da actividade para a determinao das emisses de xido nitroso (N 2 O) resultantes da produo de cido ntrico, cido adpico, caprolactama, glioxal e cido glioxlico

M2

Anexo XIV: Orientaes especficas de actividade para a determinao das emisses resultantes das actividades da aviao enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE

Anexo XV: Orientaes especficas de actividade para a determinao dos dados relativos s toneladas-quilmetro resultantes das actividades da aviao, para efeitos dos pedidos a que se referem os artigos 3. o -E ou 3. o -F da Directiva 2003/87/CE

M3

Anexo XVI Orientaes especficas de actividade para a determinao das emisses de gases com efeito de estufa decorrentes de actividades de captura de CO 2 para fins de transporte e armazenagem geolgica num local de armazenagem autorizado ao abrigo da Directiva 2009/31/CE dp Parlamento Europeu e do Conselho ( 1 )

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( 1 ) JO L 140 de 5.6.2009, p. 114.

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Anexo XVII Orientaes especficas de actividade para a determinao das emisses de gases com efeito de estufa decorrentes do transporte de CO 2 por conduta para armazenagem geolgica num local de armazenagem autorizado ao abrigo da Directiva 2009/31/CE

Anexo XVIII Orientaes especficas de actividade para a armazenagem geolgica de CO 2 num local de armazenagem autorizado ao abrigo da Directiva 2009/31/CE

M3

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ANEXO I

ORIENTAES GERAIS

NDICE

1. Introduo

2. Definies

3. Princpios de monitorizao e comunicao de informaes

4. Monitorizao das emisses de gases com efeito de estufa

4.1. Limites

4.2. Metodologias baseadas no clculo e na medio

4.3. Plano de monitorizao

5. Metodologias baseadas no clculo para emisses de CO 2

5.1. Frmulas de clculo

5.2. Nveis metodolgicos

5.3. Abordagens de recurso para instalaes fixas

5.4. Dados da actividade de instalaes fixas

5.5. Factores de emisso

5.6. Factores de oxidao e converso

5.7. CO 2 transferido

6. Metodologias baseadas na medio para instalaes fixas

6.1. Generalidades

6.2. Nveis para metodologias baseadas na medio

6.3. Outros procedimentos e requisitos

7. Avaliao da incerteza

7.1. Clculo

7.2. Medio

8. Comunicao de informaes

9. Reteno de informaes

10. Controlo e verificao

10.1. Aquisio e tratamento de dados

10.2. Sistema de controlo

10.3. Actividades de controlo

10.3.1. Procedimentos e responsabilidades

10.3.2. Garantia da qualidade

10.3.3. Revises e validao de dados

10.3.4. Processos externalizados

10.3.5. Correces e aces correctivas

10.3.6. Registos e documentao

10.4. Verificao

10.4.1. Princpios gerais

10.4.2. Metodologia de verificao

11. Factores de emisso

12. Lista de biomassa neutra em termos de CO 2

13. Determinao de dados e factores especficos da actividade

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13.1. Determinao de valores calorficos lquidos e de factores de emisso para combustveis

13.2. Determinao de factores de oxidao especficos da actividade

13.3. Determinao dos factores de emisso de processo, dos factores de converso e dos dados relativos composio

13.4. Determinao de uma fraco de biomassa

13.5. Requisitos para a determinao das propriedades dos combustveis e materiais e para a medio em contnuo das emisses

13.5.1. Recurso a laboratrios acreditados

13.5.2. Recurso a laboratrios no acreditados

13.5.3. Analisadores de gs em linha e cromatgrafos em fase gasosa

13.6. Mtodos de amostragem e frequncia das anlises

14. Modelo de relatrio

14.1. Identificao da instalao

14.2. Panorama das actividades

14.3. Emisses de combusto (clculo)

14.4. Emisses de processo (clculo)

14.5. Abordagem do balano de massas

14.6. Abordagem baseada na medio

14.7. Comunicao das emisses de N 2 O de instalaes de produo de cido ntrico, cido adpico, caprolactama, glioxal e cido glioxlico

15. Categorias a incluir na comunicao de informaes

15.1. Modelo de relatrio IPCC

15.2. Cdigo das categorias de fontes

16. Requisitos aplicveis a instalaes com um baixo nvel de emisses

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1. INTRODUO

O presente anexo contm as orientaes gerais aplicveis monitorizao e comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa resultantes das actividades enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE, especificadas em relao a essas actividades. Os M3 anexos II a XI e anexos XIII a XVIII apresentam orientaes complementares aplicveis a emisses especficas de determinadas actividades.

2. DEFINIES

M2 Para efeitos do presente anexo e dos M3 anexos II a XVIII , so aplicveis as definies da Directiva 2003/87/CE. No entanto, para efeitos do presente anexo, por operador entende-se o operador a que se refere a alnea f) do artigo 3. o da Directiva 2003/87/CE e o operador de aeronave a que se refere a alnea o) do mesmo artigo.

B 1. So, alm disso, aplicveis as seguintes definies bsicas:

a) Actividades: as actividades enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE;

b) Autoridade competente: a(s) autoridade(s) competente(s) designada(s) em conformidade com o artigo 18. o da Directiva 2003/87/CE;

M2 c) Fonte de emisso: parte (ponto ou processo) identificvel se

paradamente numa instalao e a partir da qual so emitidos gases com efeito de estufa relevantes ou, no caso das actividades da aviao, numa aeronave;

B d) Fluxo-fonte: tipo de combustvel, matria-prima ou produto

especfico cujo consumo ou produo gera emisses de gases com efeito de estufa relevantes a partir de uma ou mais fontes de emisso;

M2 e) Metodologia de monitorizao: conjunto das abordagens utili

zadas por um operador ou operador de aeronave para determinar as emisses de uma dada instalao ou actividade da aviao;

B f) Plano de monitorizao: documentao pormenorizada, com

pleta e transparente da metodologia de monitorizao M2 de uma instalao ou de um operador de aeronave especficos , incluindo documentao das actividades de aquisio de dados e de tratamento de dados, bem como do respectivo sistema de controlo do seu rigor;

M2 g) Nvel metodolgico: elemento especfico de uma metodologia

para a determinao dos dados da actividade, dos factores de emisso, das emisses anuais, da mdia anual das emisses horrias e dos factores de oxidao ou converso, bem como da carga til;

B h) Anual: perodo que abrange um ano civil de 1 de Janeiro a 31

de Dezembro;

M2 i) Perodo de informao: ano civil durante o qual as emisses ou

os dados relativos s toneladas-quilmetro devem ser monitorizados e comunicados;

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j) Perodo de comrcio de emisses: fase plurianual do regime de comrcio de emisses (por exemplo, 2005-2007 ou 2008-2012) relativamente qual o Estado-Membro estabelece um plano nacional de atribuio de acordo com os n. os 1 e 2 do artigo 11. o da Directiva 2003/87/CE M2 no caso das actividades da aviao, por perodo de comrcio de emisses entende-se o prazo mencionado nos n. os 1 e 2 do artigo 3. o -C da mesma directiva.

2. As seguintes definies so aplicveis a emisses, combustveis e materiais:

a) Emisses de combusto: emisses de gases com efeito de estufa que ocorrem durante a reaco exotrmica de um combustvel com o oxignio;

b) Emisses de processo: emisses de gases com efeito de estufa, excluindo as emisses de combusto, que resultam de reaces intencionais e no intencionais entre substncias ou da sua transformao, incluindo a reduo qumica ou electroltica de minrios metlicos, a decomposio trmica de substncias e a formao de substncias a utilizar como produtos ou matrias-primas;

c) CO 2 inerente: CO 2 includo na composio de um combustvel;

d) Prudente: definio de um conjunto de pressupostos de forma a evitar qualquer subestimao das emisses anuais;

e) Lote: uma quantidade de combustvel ou material com amostragem e caracterizao representativas e objecto de uma transferncia nica ou contnua durante um perodo de tempo especfico;

f) Combustveis transaccionados comercialmente: combustveis de composio especificada que so transaccionados frequente e livremente, se o lote especfico tiver sido transaccionado entre partes economicamente independentes, incluindo todos os combustveis comerciais normalizados, gs natural, fuelleo leve e pesado, carvo e coque de petrleo;

g) Materiais transaccionados comercialmente: materiais de composio especificada que so transaccionados frequente e livremente, se o lote especfico tiver sido transaccionado entre partes economicamente independentes;

M2 h) Combustvel comercial normalizado: combustveis comerciais

normalizados a nvel internacional que apresentam um intervalo de confiana a 95 % no superior a 1 % para o seu valor calorfico declarado, incluindo gasleo, fuelleo leve, gasolina, petrleo de iluminao, querosene, etano, propano, butano, querosene para motores de reaco (Jet A1 ou Jet A), gasolina para motores de reaco (Jet B) e gasolina de aviao (AvGas).

B 3. Relativamente medio, so aplicveis as seguintes definies:

a) Preciso: grau de concordncia entre o resultado de uma medio e o verdadeiro valor de uma dada quantidade (ou um valor de referncia determinado empiricamente utilizando mtodos e materiais de calibrao normalizados aceites internacionalmente e rastreveis), tendo simultaneamente em conta os factores aleatrios e sistemticos;

b) Incerteza: parmetro associado ao resultado da determinao de uma quantidade, que caracteriza a disperso dos valores que poderiam razoavelmente ser atribudos a essa determinada quantidade, incluindo os efeitos de factores sistemticos e aleatrios, expresso em percentagem e que descreve um intervalo de confiana prximo do valor mdio compreendendo 95 % dos valores inferidos, tomando em considerao uma eventual assimetria da distribuio dos valores;

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c) Mdia aritmtica: quociente entre a soma de todo um conjunto de valores e o nmero de elementos desse conjunto;

d) Medio: conjunto de operaes que tem como objectivo determinar o valor de uma quantidade;

e) Instrumento de medio: dispositivo destinado realizao de medies, isoladamente ou em conjunto com um ou vrios dispositivos suplementares;

f) Sistema de medio: um conjunto completo de instrumentos de medio e de outro equipamento, como equipamento de amostragem e tratamento de dados, utilizado para a determinao de variveis, como os dados da actividade, o teor de carbono, o valor calorfico ou o factor de emisso de CO 2 ;

g) Calibrao: conjunto de operaes que estabelecem, em condies especificadas, as relaes entre os valores indicados por um instrumento de medio ou um sistema de medio, ou os valores representados por uma medida materializada ou um material de referncia, e os valores correspondentes de uma quantidade obtidos atravs de uma norma de referncia;

h) Medio contnua de emisses: conjunto de operaes que tem como objectivo determinar o valor de uma quantidade por meio de medies peridicas (vrias por hora), aplicando quer medies in situ na chamin quer processos de extraco com um instrumento de medio localizado na proximidade da chamin; esto excludos mtodos de medio com base na recolha de amostras individuais na chamin;

i) Condies-padro: temperatura de 273,15 K (i.e. 0 o C) e presso de 101 325 Pa definindo metros cbicos normais (Nm 3 );

M3 j) Ponto de medio: fonte de emisso na qual so utilizados

sistemas de medio contnua das emisses (CEMS), para fins de medio das emisses, ou seco de um sistema de condutas no qual o fluxo de CO 2 determinado utilizando sistemas de medio contnua.

B 4. So aplicveis as seguintes definies, relacionadas com as metodo

logias baseadas no clculo e as metodologias baseadas na medio, no que diz respeito a emisses de CO 2 :

a) Custos excessivos: custos de uma medio desproporcionados relativamente aos seus benefcios globais tal como estabelecidos pela autoridade competente. No que diz respeito escolha dos nveis, o limiar pode ser definido como o valor das licenas correspondente a uma melhoria do nvel de preciso. Relativamente a medidas destinadas a melhorar a qualidade das emisses comunicadas, mas sem impacto directo na preciso, o custo excessivo pode corresponder a uma fraco superior a um limiar indicativo de 1 % do valor mdio dos dados sobre emisses comunicados em relao ao perodo de comrcio de emisses anterior. M2 Para instalaes ou operadores de aeronaves sem estes antecedentes, os dados de instalaes representativas ou de operadores de aeronaves que realizam as mesmas actividades ou actividades comparveis so utilizados como referncia e escalonados em funo da sua capacidade;

b) Tecnicamente vivel: o facto de os recursos tcnicos capazes de satisfazer as necessidades de um sistema proposto poderem ser adquiridos pelo operador no tempo desejado;

B

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c) Fluxos-fonte de minimis: grupo de fluxos-fonte de pequena importncia seleccionados pelo operador e que emitem, em conjunto, uma quantidade igual ou inferior a 1 quilotonelada de CO 2 fssil por ano ou que contribuem com menos de 2 % (at um total mximo de 20 quilotoneladas de CO 2 fssil por ano) das emisses anuais totais do CO 2 fssil dessa instalao ou do operador de aeronave antes da subtraco do CO 2 transferido, consoante o valor mais elevado em termos de emisses absolutas;

B d) Fluxos-fonte importantes: grupo de fluxos-fonte que no per

tencem ao grupo de fluxos-fonte menores;

M2 e) Fluxos-fonte menores: fluxos-fonte seleccionados pelo opera

dor para emitir, em conjunto, uma quantidade igual ou inferior a 5 quilotoneladas de CO 2 fssil por ano ou para contribuir com menos de 10 % (at um total mximo de 100 quilotoneladas de CO 2 fssil por ano) para as emisses anuais totais do CO 2 fssil de uma instalao ou de um operador de aeronave antes da subtraco do CO 2 transferido, consoante o valor mais elevado em termos de emisses absolutas;

B f) Biomassa: matrias orgnicas no fossilizadas e biodegradveis

provenientes de plantas, animais e microrganismos, incluindo produtos, subprodutos, produtos residuais e resduos da agricultura, da silvicultura e de indstrias afins, bem como as fraces orgnicas no fossilizadas e biodegradveis dos resduos industriais e urbanos, incluindo gases e lquidos recuperados da decomposio de matrias orgnicas no fossilizadas e biodegradveis;

g) Puro: no caso de uma substncia, refere-se ao facto de um material ou combustvel ser composto, no mnimo, por 97 % (em massa) da substncia ou elemento indicado - correspondendo classificao comercial de purum. No caso da biomassa, refere-se fraco de carbono da biomassa na quantidade total de carbono contido no combustvel ou material;

h) Mtodo do balano energtico: mtodo para estimar a quantidade de energia utilizada como combustvel numa caldeira, calculada como soma de calor utilizvel e de todas as perdas de energia relevantes por radiao e transmisso e atravs dos gases de combusto.

5. Relativamente ao controlo e verificao, so aplicveis as seguintes definies:

a) Riscos de controlo: possibilidade de um parmetro no relatrio anual sobre as emisses conter inexactides materiais que no sero evitadas ou detectadas e corrigidas atempadamente pelo sistema de controlo;

b) Risco de deteco: risco de o verificador no detectar uma inexactido material ou uma no conformidade material;

c) Risco inerente: a possibilidade de um parmetro no relatrio anual sobre as emisses conter inexactides materiais, pressupondo a inexistncia de actividades de controlo conexas;

d) Risco de verificao: risco de o verificador emitir um parecer de verificao inadequado. O risco de verificao funo dos riscos inerentes, dos riscos de controlo e do risco de deteco;

M2 e) Garantia razovel: nvel de garantia elevado mas no absoluto,

expresso positivamente no parecer de verificao, quanto presena ou ausncia de inexactides materiais no relatrio de emisses sujeito a verificao e quanto presena ou ausncia de situaes de no conformidade material da instalao ou do operador de aeronave;

M2

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f) Nvel de materialidade: limiar ou ponto quantitativo a utilizar para fins da elaborao de um parecer de verificao adequado sobre os dados de emisso comunicados no relatrio anual sobre as emisses;

M2 g) Nvel de garantia: medida em que o verificador considera, nas

concluses da verificao, que foi comprovada a presena ou ausncia de inexactides materiais nas informaes comunicadas no relatrio anual sobre as emisses de uma instalao ou de um operador de aeronave;

h) No conformidade: acto ou omisso de um acto por parte da instalao ou do operador de aeronave sujeito a verificao, intencional ou no, que contrarie os requisitos constantes do plano de monitorizao aprovado pela autoridade competente ao abrigo do ttulo da instalao ou do artigo 3. o -G da Directiva 2003/87/CE;

i) No conformidade material: falta de conformidade com os requisitos constantes do plano de monitorizao aprovado pela autoridade competente ao abrigo do ttulo da instalao ou do artigo 3. o -G da Directiva 2003/87/CE, que poderia dar azo a um tratamento diferente da instalao ou do operador de aeronave por parte da autoridade competente;

B j) Inexactido material: inexactido (omisses, imprecises e er

ros, para alm da incerteza admissvel) no relatrio anual sobre as emisses que o verificador considera, na sua qualidade profissional, susceptvel de afectar o tratamento do relatrio anual sobre as emisses por parte da autoridade competente, por exemplo quando a inexactido excede o nvel de materialidade;

k) Acreditao: no contexto da verificao, emisso de uma declarao por um organismo de acreditao, com base na sua deciso tomada na sequncia da avaliao pormenorizada de um verificador que comprova formalmente a sua competncia e independncia para executar a verificao de acordo com os requisitos especificados;

l) Verificao: actividades realizadas por um verificador para fins da elaborao de um parecer de verificao, conforme descrito no artigo 15. o e no anexo V da Directiva 2003/87/CE;

m) Verificador: organismo de verificao ou indivduo acreditado, competente e independente, responsvel pela execuo do processo de verificao e pela comunicao dos respectivos resultados, de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Estado- -Membro em conformidade com o anexo V da Directiva 2003/87/CE.

M2 6. As definies que se seguem so aplicveis s emisses e aos dados

relativos s toneladas-quilmetro resultantes das actividades da aviao:

a) Aerdromo de partida: aerdromo em que se inicia um voo que constitui uma actividade da aviao constante da lista do anexo I da Directiva 2003/87/CE;

b) Aerdromo de chegada: aerdromo em que termina um voo que constitui uma actividade da aviao constante da lista do anexo I da Directiva 2003/87/CE;

c) Par de aerdromos: par constitudo por um aerdromo de partida e um aerdromo de chegada;

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d) Documentao sobre massa e centragem: documentao especificada na aplicao nacional e internacional das normas e prticas recomendadas (SARP), conforme previsto no anexo 6 (Operao de Aeronaves) da Conveno de Chicago ( 1 ), incluindo a especificada no Regulamento (CEE) n. o 3922/91 do Conselho (EU-OPS), com a redaco que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n. o 859/2008 da Comisso, de 20 de Agosto de 2008, no seu anexo III, subparte J, ou por regulamentao internacional equivalente;

e) Passageiros: as pessoas a bordo da aeronave durante um voo, excluindo os membros da sua tripulao;

f) Carga til: massa total da carga, do correio, dos passageiros e da bagagem transportados a bordo da aeronave durante um voo;

g) Distncia: distncia ortodrmica entre o aerdromo de partida e o aerdromo de chegada, acrescida de uma parcela fixa suplementar de 95 km;

h) Tonelada-quilmetro: uma tonelada de carga til transportada numa distncia de um quilmetro.

M3 7. As seguintes definies so aplicveis a emisses de gases com

efeito de estufa decorrentes de actividades de captura, transporte e armazenagem geolgica:

a) Armazenagem geolgica de CO 2 : armazenagem geolgica de CO 2 na acepo do n. o 1 do artigo 3. o da Directiva 2009/31/CE;

b) Local de armazenagem: local de armazenagem na acepo do n. o 3 do artigo 3. o da Directiva 2009/31/CE;

c) Complexo de armazenagem: complexo de armazenagem na acepo do n. o 6 do artigo 3. o da Directiva 2009/31/CE;

d) Transporte de CO 2 : transporte de CO 2 por condutas para armazenagem geolgica num local de armazenagem autorizado ao abrigo da Directiva 2009/31/CE;

e) Rede de transporte: rede de transporte na acepo do n. o 22 do artigo 3. o da Directiva 2009/31/CE;

f) Captura de CO 2 : actividade de captura de CO 2 nos fluxos gasosos, o qual de outro modo seria emitido, para fins de transporte e armazenagem geolgica num local de armazenagem autorizado ao abrigo da Directiva 2009/31/CE;

g) Instalao de captura: uma instalao em que se procede captura de CO 2 ;

h) Emisses fugitivas: emisses irregulares ou no intencionais de fontes no localizadas ou demasiado diversas ou pequenas para serem monitorizadas individualmente, como as emisses provenientes de selagens, vlvulas, estaes de compresso intermedirias e instalaes de armazenagem intermedirias, de outro modo intactas;

i) Emisses de desgasagem: emisses libertadas deliberadamente da instalao atravs da criao de um ponto de emisso definido;

j) Coluna de gua: coluna de gua na acepo do n. o 2 do artigo 3. o da Directiva 2009/31/CE;

k) Recuperao melhorada de hidrocarbonetos: extraco suplementar de hidrocarbonetos em relao produzida naturalmente por injeco de gua ou outros meios;

l) Fuga: no contexto da armazenagem geolgica, fuga na acepo do n. o 5 do artigo 3. o da Directiva 2009/31/CE.

M2

( 1 ) Conveno sobre a Aviao Civil Internacional e seus anexos, assinados em Chicago a 7 de Dezembro de 1944.

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3. PRINCPIOS DE MONITORIZAO E COMUNICAO DE INFORMAES

A fim de assegurar, com rigor e possibilidade de verificao, a monitorizao e a comunicao de informaes relativas s emisses de gases com efeito de estufa nos termos da Directiva 2003/87/CE, a monitorizao e A comunicao de informaes basear-se-o nos seguintes princpios:

M1 Integralidade. A monitorizao e a comunicao de informaes relativas a uma M2 instalao e a um operador de aeronave devem abranger a totalidade das emisses de processo e de combusto a partir de todas as fontes de emisso e de fluxos-fonte pertencentes s actividades enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE e a outras actividades pertinentes abrangidas, nos termos do artigo 24. o da directiva, bem como todos os gases com efeito de estufa especificados em relao a essas actividades, evitando simultaneamente a dupla contagem.

B Coerncia. As emisses monitorizadas e comunicadas devem ser comparveis ao longo do tempo, utilizando-se para tal as mesmas metodologias de monitorizao e conjuntos de dados. As metodologias de monitorizao podem ser alteradas em conformidade com o disposto nas presentes orientaes, desde que tal permita melhorar a preciso dos dados comunicados. Qualquer alterao das metodologias de monitorizao est subordinada aprovao da autoridade competente e deve ser devidamente documentada de acordo com as presentes orientaes.

Transparncia. Os dados relativos monitorizao, incluindo pressupostos, referncias, dados da actividade, factores de emisso, factores de oxidao e factores de converso, devem ser obtidos, registados, compilados, analisados e documentados de forma a permitir ao verificador e autoridade competente reproduzirem a determinao de emisses.

M2 Rigor. Deve assegurar-se que a determinao das emisses no seja, de forma sistemtica, superior ou inferior s emisses reais. As fontes de incerteza devem ser identificadas e reduzidas tanto quanto possvel. Deve diligenciar-se no sentido de assegurar o mximo rigor possvel nos clculos e nas medies das emisses. O operador deve permitir estabelecer, com uma segurana razovel, a integridade das emisses comunicadas. As emisses devem ser determinadas com recurso s metodologias de monitorizao adequadas, estabelecidas nas presentes orientaes. Todo o equipamento de medio ou outro equipamento de ensaio utilizado para a comunicao dos dados da monitorizao deve ser devidamente utilizado, mantido, calibrado e verificado. As folhas de clculo e os demais instrumentos utilizados para armazenar e tratar os dados da monitorizao no devem conter erros. As emisses comunicadas e as comunicaes conexas no devem conter inexactides materiais, devem evitar imprecises na seleco e na apresentao das informaes e devem conter informaes credveis e equilibradas sobre as emisses de uma instalao ou operador de aeronave.

B Relao custo-eficcia. Na seleco de uma metodologia de monitorizao, as melhorias obtidas graas a um grau mais elevado de preciso devem ser ponderadas face aos custos adicionais. Deste modo, a monitorizao e a comunicao de informaes sobre as emisses devem ser to precisas quanto possvel, salvo inviabilidade tcnica ou ocorrncia de custos desproporcionados. M2 A prpria metodologia de monitorizao deve incluir instrues para o operador, de forma lgica e simples, que evitem a duplicao de esforos e tenham em conta os sistemas existentes na instalao ou utilizados pelo operador de aeronave.

Fiabilidade. As comunicaes relativas a emisses verificadas devem poder ser consideradas pelos utilizadores como representando fielmente aquilo que se julga representarem ou que se pode, legitimamente, esperar que representem.

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Melhoria do desempenho em matria de monitorizao e comunicao de informaes relativas s emisses. O processo de verificao das comunicaes relativas a emisses deve constituir um instrumento eficaz e fivel de apoio aos processos de garantia e de controlo da qualidade, fornecendo informaes com base nas quais um operador possa agir para melhorar o seu desempenho em matria de monitorizao e de comunicao de informaes relativas a emisses.

4. MONITORIZAO DAS EMISSES DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA

4.1. LIMITES

M2 O processo de monitorizao e de comunicao de informaes relativas a uma instalao ou a um operador de aeronave deve incluir a totalidade das emisses de gases com efeito de estufa provenientes de todas as fontes e/ou fluxos-fonte de emisso associados a actividades enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE realizadas na instalao ou por um operador de aeronave, bem como provenientes de actividades e gases com efeito de estufa includos por um Estado-Membro ao abrigo do artigo 24. o da Directiva 2003/87/CE. Os operadores de aeronaves devem igualmente assegurar a existncia de procedimentos documentados para detectar eventuais alteraes da lista de fontes de emisso, nomeadamente locao ou aquisio de aeronaves, garantindo deste modo a exaustividade dos dados de emisso e evitando a dupla contagem.

B O n. o 2, alnea b), do artigo 6. o da Directiva 2003/87/CE prev que os ttulos de emisso dos gases com efeito de estufa incluam uma descrio das actividades e emisses da instalao. M2 Em consequncia, todas as fontes e fluxos-fonte de emisso das actividades enunciadas no anexo I da Directiva 2003/87/CE que devam ser objecto de monitorizao e comunicao de informaes devem ser enumerados no ttulo ou, no caso das actividades da aviao, abrangidos pelo plano de monitorizao. O n. o 2, alnea c), do artigo 6. o da Directiva 2003/87/CE prev que os ttulos de emisses de gases com efeito de estufa incluam os requisitos de monitorizao, especificando a metodologia e a frequncia dessa monitorizao.

M3 Quando, num complexo de armazenagem, so detectadas fugas na acepo da Directiva 2009/31/CE que resultam em emisses ou na libertao de CO 2 para a coluna de gua, essas fugas devem ser includas como fontes de emisso da respectiva instalao e monitorizadas em conformidade com o disposto no anexo XVIII. Sob reserva de aprovao pela autoridade competente, a fuga pode ser excluda como uma fonte de emisso quando tiverem sido adoptadas medidas correctivas nos termos do artigo 16. o da Directiva 2009/31/CE e as emisses ou a libertao para a coluna de gua dessa fuga j no puderem ser detectadas.

M2 As emisses de motores mveis de combusto interna para transporte devem ser excludas das estimativas de emisso das instalaes.

B A monitorizao de emisses deve incluir emisses de operaes normais e de ocorrncias anormais, incluindo o incio e o termo das emisses, bem como as situaes de emergncia registadas durante o perodo de informao.

Se a capacidade de produo ou a produo, separada ou combinada, de uma ou diversas actividades includas na mesma rubrica de actividade do anexo I da Directiva 2003/87/CE for superior ao limiar correspondente estabelecido nesse anexo I numa instalao ou local, a totalidade das emisses de todas as fontes de emisso e/ou fluxos-fonte resultantes de todas as actividades enunciadas no referido anexo I da instalao ou local em causa devem ser objecto de monitorizao e comunicao de informaes.

B

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Uma instalao de combusto - por exemplo, uma instalao de produo combinada de calor e de energia - ser considerada como parte de uma instalao que realiza outra actividade enunciada no anexo I ou como uma instalao distinta, consoante as circunstncias locais, sendo essa classificao estabelecida no ttulo de emisso de gases com efeito de estufa da instalao.

Todas as emisses de uma instalao sero atribudas a essa instalao, independentemente do facto de esta exportar calor ou electricidade para outras instalaes. As emisses associadas produo de calor ou electricidade importada de outras instalaes no sero atribudas instalao importadora.

4.2. METODOLOGIAS BASEADAS NO CLCULO E NA MEDIO

M2 O anexo IV da Directiva 2003/87/CE permite que as emisses das instalaes sejam determinadas com recurso a:

B uma metodologia baseada no clculo, que determine emisses de

fluxos-fonte com base em dados da actividade obtidos por meio de sistemas de medio e de parmetros adicionais a partir de anlises laboratoriais ou de factores normalizados,

uma metodologia baseada em medies, que determine as emisses de uma fonte de emisso por meio de medio contnua da concentrao dos gases com efeito de estufa relevantes nos gases de combusto e do fluxo de gases de combusto.

O operador pode propor a utilizao de uma metodologia baseada na medio, se estiver em condies de demonstrar que:

esta resulta, de forma fivel, num valor mais preciso de emisses anuais da instalao do que uma metodologia alternativa baseada no clculo, evitando simultaneamente custos excessivos; e

a comparao entre a metodologia baseada na medio e a metodologia baseada no clculo se baseia num conjunto idntico de fontes de emisso e fluxos-fonte.

O recurso metodologia baseada na medio deve ser sujeito aprovao da autoridade competente. O operador deve, relativamente a cada perodo de informao, corroborar as emisses medidas atravs da metodologia baseada no clculo em conformidade com o disposto na alnea c) do ponto 6.3.

O operador pode, com a aprovao da autoridade competente, combinar as metodologias baseadas na medio e no clculo para diferentes fontes de emisso e fluxos-fonte pertencentes a uma instalao. O operador deve assegurar e demonstrar que no se verificam lacunas nem duplas contagens em relao s emisses.

4.3. PLANO DE MONITORIZAO

Nos termos do n. o 2, alnea c), do artigo 6. o da Directiva 2003/87/CE, os ttulos de emisso de gases com efeito de estufa devem incluir requisitos de monitorizao, especificando a metodologia e a frequncia dessa monitorizao. M2 Nos termos do artigo 3. o -G da mesma directiva, os operadores de aeronaves apresentaro autoridade competente um plano de monitorizao que estabelea medidas destinadas a monitorizar e a comunicar as emisses e os dados relativos s toneladas-quilmetro.

A metodologia de monitorizao faz parte do plano de monitorizao que deve ser aprovado pela autoridade competente, em conformidade com os critrios definidos no presente ponto. O Estado-Membro ou as suas autoridades competentes devem certificar-se de que a metodologia de monitorizao a utilizar pelas instalaes especificada nas condies do ttulo ou, se tal for compatvel com a Directiva 2003/87/CE, em regras gerais vinculativas.

B

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A autoridade competente verificar e aprovar o plano de monitorizao preparado pelo operador antes do incio do perodo de informao e f- -lo- novamente sempre que sejam introduzidas alteraes substanciais na metodologia de monitorizao aplicada a uma instalao ou por um operador de aeronave. O plano de monitorizao ser apresentado at uma data especfica, utilizando um modelo normalizado, quando um anexo especfico de actividade assim o exigir.

B Sob condio do disposto no ponto 16, o plano de monitorizao deve conter os seguintes elementos:

a) Descrio da instalao e das actividades nela realizadas que sero objecto de monitorizao;

b) Informaes sobre a responsabilidade pela monitorizao e pela comunicao de informaes na instalao;

c) Lista de fontes de emisso e de fluxos-fonte a monitorizar relativamente a cada uma das actividades realizadas na instalao;

d) Descrio da metodologia a utilizar, baseada no clculo ou baseada na medio;

e) Lista e descrio dos nveis relativos aos dados da actividade, aos factores de emisso e aos factores de oxidao e converso no que diz respeito a cada um dos fluxos-fonte a monitorizar;

f) Descrio dos sistemas de medio e especificao e localizao exactas dos instrumentos de medio a utilizar para cada um dos fluxos-fonte a monitorizar;

M1 g) Provas que demonstrem a conformidade com os limiares de incer

teza para os dados da actividade e outros parmetros (quando aplicvel) relativamente aos nveis aplicados em cada fluxo-fonte e/ou fonte de emisso;

B h) Se aplicvel, descrio da abordagem a utilizar para a amostragem

de combustveis e materiais com vista determinao do valor calorfico lquido, do teor de carbono, dos factores de emisso, dos factores de oxidao e converso e do teor de biomassa de cada um dos fluxos-fonte;

i) Descrio das fontes ou das abordagens analticas previstas para a determinao do valor calorfico lquido, do teor de carbono, do factor de emisso, do factor de oxidao, do factor de converso ou da fraco de biomassa de cada um dos fluxos-fonte;

j) Se aplicvel, lista e descrio dos laboratrios no acreditados e processos analticos relevantes, incluindo uma lista de todas as medidas relevantes de garantia da qualidade, por exemplo comparaes entre laboratrios, nos termos do ponto 13.5.2;

k) Se aplicvel, descrio dos sistemas de medio contnua de emisses a utilizar na monitorizao de uma fonte de emisso, isto , os pontos de medio, a frequncia das medies, o equipamento utilizado, os processos de calibrao, os processos de recolha e armazenamento de dados e a abordagem para a corroborao do clculo e a comunicao dos dados da actividade, dos factores de emisso e similares;

l) Se pertinente, no caso de ser aplicada a chamada abordagem de recurso (ponto 5.3): descrio generalizada da abordagem e da anlise da incerteza, se ainda no abrangida pelos pontos a) a k) dessa lista;

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m) Descrio dos procedimentos para as actividades de aquisio e tratamento de dados e para as actividades de controlo, bem como uma descrio das actividades (ver pontos 10.1 a 10.3 e seco 8 do anexo XIII);

B n) Quando aplicvel, informao sobre ligaes relevantes com acti

vidades realizadas no mbito do sistema comunitrio de ecogesto e auditoria (EMAS) e de outros sistemas de gesto ambiental (por exemplo, ISO 14001:2004), em especial sobre procedimentos e controlos relevantes para a monitorizao e a comunicao de informaes sobre emisses de gases com efeito de estufa;

M3 o) Quando aplicvel, localizao do equipamento de medio da tem

peratura e da presso numa rede de transportes;

p) Quando aplicvel, procedimentos para a preveno, deteco e quantificao da ocorrncia de fugas provenientes das redes de transporte;

q) No caso das redes de transporte, procedimentos que assegurem eficazmente que o CO 2 seja transferido apenas para instalaes detentoras de um ttulo vlido de emisso de gases com efeito de estufa ou em que o CO 2 eventualmente emitido seja efectivamente monitorizado e contabilizado em conformidade com o previsto no ponto 5.7 do presente anexo;

r) Quando o CO 2 transferido de acordo com o estabelecido no ponto 5.7 do presente anexo, identificao das instalaes de recepo e de transferncia. No que diz respeito a instalaes detentoras de um ttulo de emisso de gases com efeito de estufa, trata-se do cdigo de identificao da instalao conforme definido no regulamento adoptado em aplicao do artigo 19. o da Directiva 2003/87/CE;

s) Quando aplicvel, descrio dos sistemas de medio contnua utilizados nos pontos de transferncia de CO 2 entre as instalaes que transferem CO 2 , de acordo com o estabelecido no ponto 5.7 do presente anexo;

t) Quando aplicvel, abordagens de quantificao das emisses ou da libertao de CO 2 para a coluna de gua provenientes de potenciais fugas, bem como os mtodos de quantificao aplicados e possivelmente adaptados relativos s reais emisses ou libertao de CO 2 para a coluna de gua provenientes de fugas, conforme indicado no anexo XVIII.

B A metodologia de monitorizao deve ser alterada sempre que tal aumente a preciso dos dados comunicados, salvo inviabilidade tcnica ou ocorrncia de custos desproporcionados.

M3 Uma eventual alterao substancial da metodologia de monitorizao como elemento do plano de monitorizao est sujeita aprovao da autoridade competente se constituir:

uma alterao da categorizao da instalao em conformidade com o quadro 1,

uma mudana entre a metodologia baseada no clculo ou a metodologia baseada na medio, utilizada para a determinao das emisses,

um aumento da incerteza dos dados da actividade ou de outros parmetros (quando aplicvel) que implique um nvel metodolgico diferente,

a aplicao ou adaptao de uma abordagem de quantificao das emisses decorrentes de fugas em locais de armazenagem.

B Todas as outras alteraes e alteraes propostas na metodologia de monitorizao ou nos conjuntos de dados subjacentes devem ser notificadas autoridade competente sem demora injustificada depois de o operador ter ou poder razoavelmente ter conscincia delas, salvo indicao em contrrio no plano de monitorizao.

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As alteraes ao plano de monitorizao devem ser claramente indicadas, justificadas e plenamente documentadas nos registos internos do operador.

A autoridade competente deve exigir ao operador que altere o seu plano de monitorizao caso este j no esteja em conformidade com as regras estabelecidas nas presentes orientaes.

Para fins do intercmbio de informaes entre as autoridades competentes e a Comisso sobre a monitorizao, a comunicao de informaes e a verificao no mbito das presentes orientaes e da sua aplicao coerente, os Estados-Membros devem facilitar a realizao de um processo anual de avaliao e garantia da qualidade da monitorizao, da comunicao de informaes e da verificao, iniciado pela Comisso ao abrigo do n. o 3 do artigo 21. o da Directiva 2003/87/CE.

5. METODOLOGIAS BASEADAS NO CLCULO PARA EMISSES DE CO 2

5.1. FRMULAS DE CLCULO

O clculo das emisses de CO 2 deve basear-se na seguinte frmula:

Emisses de CO 2 = dados da actividade * factor de emisso * factor de oxidao

ou numa frmula alternativa, desde que definida nas orientaes especficas da actividade.

As expresses desta frmula so especificadas para as emisses de combusto e as emisses de processo, do seguinte modo:

Emisses de combusto

M2 Os dados da actividade devem basear-se no consumo de combustvel. A quantidade de combustvel utilizado expressa, em termos de teor energtico, em TJ, salvo indicao em contrrio nas presentes orientaes. A utilizao de um valor calorfico lquido considerada desnecessria para certas actividades especficas, se os respectivos anexos especficos de actividade indicarem que podem ser utilizados factores de emisso, expressos em t CO 2 por tonelada de combustvel, com um grau de rigor semelhante. O factor de emisso expresso em t CO 2 /TJ, salvo indicao em contrrio nas presentes orientaes. Durante o consumo de um combustvel, nem todo o carbono nele contido se oxida em CO 2 . A oxidao incompleta verifica-se devido a ineficincias no processo de combusto que levam a que uma parte do carbono no seja queimada ou seja parcialmente oxidada em fuligem ou cinza. O carbono no oxidado ou parcialmente oxidado tido em conta no factor de oxidao, que deve ser expresso como fraco. O factor de oxidao deve ser expresso como fraco da unidade. A frmula de clculo resultante a seguinte:

B Emisses de CO 2 = fluxo de combustvel [t ou Nm 3 ] * valor calorfico lquido [TJ/t ou TJ/Nm 3 ] * factor de emisso [tCO 2 /TJ] * factor de

oxidao

O clculo das emisses de combusto aprofundado no anexo II.

Emisses de processo

Os dados da actividade devem basear-se no consumo, intensidade ou produo de material, com expresso em t ou Nm 3 . O factor de emisso expresso em [t CO 2 /t ou t CO 2 /Nm 3 ]. O carbono contido nos materiais entrados que no seja convertido em CO 2 durante o processo tido em conta no factor de converso, que deve ser expresso como fraco. Se o factor de converso for tido em conta no factor de emisso, no deve ser aplicado um factor de converso separado. A quantidade de material entrado utilizada deve ser expressa em termos de massa ou volume [t ou Nm 3 ]. A frmula de clculo resultante a seguinte:

B

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Emisses de CO 2 = dados da actividade [t ou Nm 3 ] * factor de emisso [t CO 2 /t ou Nm 3 ] * factor de converso

O clculo das emisses de processo especificado nas orientaes especficas da actividade, nos M3 anexos II a XI e XVI, XVII e XVIII . Nem todos os mtodos de clculo dos M3 anexos II a XI e XVI, XVII e XVIII utilizam um factor de converso.

5.2. NVEIS METODOLGICOS

M2 As orientaes especficas de actividade constantes dos M3 anexos II a XI e anexos XIV a XVIII contemplam metodologias especficas para determinar as seguintes variveis: dados da actividade (que consistem nas duas variveis fluxo de combustvel/material e valor calorfico lquido), factores de emisso, dados relativos composio, factores de oxidao e converso e carga til. Estas diferentes abordagens so designadas nveis (metodolgicos). O nmero crescente de nveis, de 1 em diante, reflecte o grau crescente de preciso, sendo preferido o nvel a que atribudo o nmero mais elevado.

O operador pode aplicar diferentes nveis aprovados para as diferentes variveis fluxo de combustvel/material, valor calorfico lquido, factores de emisso, dados relativos composio e factores de oxidao ou converso utilizados num mesmo clculo. A seleco dos nveis deve ser aprovada pela autoridade competente (ver ponto 4.3).

Nveis equivalentes so designados pelo mesmo nmero, seguido de uma letra (por exemplo, Nvel 2a e Nvel 2b). Relativamente s actividades para as quais as presentes orientaes prevem mtodos de clculo alternativos (por exemplo, no anexo VII: Mtodo A Com base na entrada no forno e Mtodo B Com base na produo de clnquer), os operadores apenas podem mudar de mtodo se fizerem prova bastante perante a autoridade competente de que tal mudana aumentar o rigor da monitorizao e da comunicao de informaes relativas s emisses da actividade em causa.

Os operadores devem utilizar a abordagem correspondente ao nvel mais elevado para determinar todas as variveis relativas totalidade dos fluxos-fonte de todas as instalaes da categoria B ou C. Apenas quando se demonstrar, de forma satisfatria para a autoridade competente, que a abordagem correspondente ao nvel mais elevado tecnicamente invivel ou implica custos desproporcionados se poder utilizar o nvel imediatamente inferior para a varivel em causa no contexto de uma metodologia de monitorizao. Para instalaes com emisses anuais superiores a 500 quilotoneladas de CO 2 fssil (ou seja, instalaes da categoria C), o Estado-Membro deve informar a Comisso, nos termos do artigo 21. o da Directiva 2003/87/CE, caso no proceda aplicao de uma combinao de abordagens dos nveis superiores a todos os fluxos-fonte importantes.

Sob reserva do estabelecido no ponto 16, os Estados-Membros devem assegurar que os operadores apliquem a todos os fluxos-fonte importantes, no mnimo, os nveis estabelecidos no quadro 1, excepto se tal for tecnicamente invivel.

Sob condio da aprovao pela autoridade competente, o operador pode seleccionar, como mnimo, o nvel 1 para as variveis utilizadas para fins de clculo das emisses de fluxos-fonte menores e aplicar abordagens de monitorizao e de comunicao de informaes utilizando o seu prprio mtodo de estimativa no baseado em nveis para fluxos-fonte de minimis.

O operador deve propor sem demora alteraes dos nveis aplicados, sempre que:

os dados acessveis sofram uma alterao que permita determinar as emisses com maior preciso,

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tiver incio uma emisso que anteriormente no existia,

a gama de combustveis ou de matrias-primas relevantes se tenha alterado substancialmente,

forem detectados nos dados erros resultantes da metodologia de monitorizao,

a autoridade competente solicite uma alterao.

Aos combustveis e materiais provenientes da biomassa que sejam considerados puros possvel aplicar abordagens sem nveis em instalaes ou suas partes tecnicamente identificveis, excepto se o respectivo valor se destinar a ser utilizado para a subtraco do CO 2 derivado da biomassa proveniente de emisses determinadas por medio contnua. Estas abordagens sem nveis incluem o mtodo do balano energtico. As emisses de CO 2 provenientes de contaminantes fsseis presentes em combustveis e materiais considerados como biomassa pura devem ser comunicadas no mbito do fluxo-fonte biomassa e podem ser estimadas mediante abordagens sem nveis. Os combustveis e materiais mistos que contm biomassa devem ser caracterizados aplicando o disposto no ponto 13.4 do presente anexo, a menos que o fluxo-fonte seja considerado de minimis.

Se a metodologia do nvel mais elevado ou o nvel metodolgico aprovado especificamente para uma varivel for temporariamente invivel por razes de ordem tcnica, o operador pode aplicar o nvel mais elevado possvel at estarem restabelecidas as condies para a utilizao do nvel inicial. O operador deve sem demora fazer prova, perante a autoridade competente, da necessidade de mudar de nvel metodolgico e fornecer-lhe informaes sobre a metodologia de monitorizao provisria. O operador deve tomar todas as medidas necessrias com vista ao rpido restabelecimento das condies necessrias aplicao do nvel inicial para efeitos de monitorizao e comunicao de informaes.

Qualquer mudana de nvel deve ser devidamente documentada. O tratamento de pequenas lacunas nos dados resultantes de falhas nos sistemas de medio deve obedecer a boas prticas profissionais que garantam uma estimativa prudente das emisses, observando o disposto no documento de referncia relativo aos princpios gerais de monitorizao, de Julho de 2003, elaborado no mbito da preveno e controlo integrados da poluio (IPPC) ( 1 ). Em caso de mudana de nvel no decurso de um perodo de informao, os resultados relativos actividade afectada devem, no que respeita aos diferentes segmentos do perodo de informao, ser calculados e comunicados em seces separadas do relatrio anual a apresentar autoridade competente.

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( 1 ) Disponvel em: http://eippcb.jrc.es/

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5.3. ABORDAGENS DE RECURSO PARA INSTALAES FIXAS

B Nos casos em que a aplicao dos requisitos, pelo menos, do nvel 1 a todos os fluxos-fonte (com excepo dos de minimis) no tecnicamente vivel ou resultaria em custos excessivos, o operador deve aplicar uma abordagem de recurso. Esta isenta o operador da aplicao do ponto 5.2 do presente anexo e permite elaborar uma metodologia de monitorizao totalmente adaptada situao. O operador deve demonstrar, de forma satisfatria para a autoridade competente, que a aplicao dessa metodologia alternativa de monitorizao a toda a instalao permite satisfazer os limiares de incerteza globais constantes do quadro 2, relativos ao nvel anual de emisses de gases com efeito de estufa para toda a instalao.

A anlise da incerteza deve quantificar as incertezas de todas as variveis e parmetros utilizados para o clculo do nvel anual de emisses tendo em conta o Guia ISO para a Expresso da Incerteza na Medio (1995) ( 1 ) e a norma ISO 5168:2005. A anlise deve ser realizada antes da aprovao do plano de monitorizao pela autoridade competente com base em dados do ano anterior e ser actualizada anualmente. A actualizao anual deve ser preparada juntamente com o relatrio anual sobre as emisses e sujeita a verificao.

Os Estados-Membros devem notificar Comisso as instalaes respectivas que aplicam a abordagem de recurso nos termos do artigo 21. o da Directiva 2003/87/CE. O operador deve determinar e comunicar, no relatrio anual sobre as emisses, os dados, quando disponveis, ou as melhores estimativas relativas aos dados da actividade, aos valores calorficos lquidos, aos factores de emisso, aos factores de oxidao e a outros parmetros recorrendo a anlises laboratoriais quando adequado. As respectivas abordagens devem ser estabelecidas no plano de monitorizao e aprovadas pela autoridade competente. O quadro 2 no aplicvel a instalaes que determinam as suas emisses de gases com efeito de estufa utilizando sistemas de monitorizao contnua das emisses em aplicao do anexo XII.

Quadro 2

Limiares de incerteza globais de recurso

Categoria da instalao Limiar de incerteza a respeitar relativamente ao valor das emisses anuais

totais

A 7,5 %

B 5,0 %

C 2,5 %

M2

5.4. DADOS DA ACTIVIDADE DE INSTALAES FIXAS

B Os dados da actividade constituem informaes sobre o fluxo de materiais, o consumo de combustveis, o material entrado ou a produo e so expressos em energia [TJ] (em casos excepcionais, tambm em massa ou volume [t ou Nm 3 ], ver ponto 5.5) no caso de combustveis, e em massa ou volume, no caso de matrias-primas ou produtos [t ou Nm 3 ].

A determinao dos dados da actividade pelo operador pode basear-se na quantidade de combustvel ou material facturada, desde que sejam observadas as disposies do anexo I e os nveis aprovados dos anexos II a XI.

M2

( 1 ) Guide to the Expression of Uncertainty in Measurement, ISO/TAG 4, publicado pela organizao Internacional de Normalizao (ISO) em 1993 (corrigido e reimpresso, 1995) em nome de BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC, IUPAP e OIML.

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Caso no possam ser determinados directamente, os dados da actividade para o clculo das emisses devem ser determinados mediante uma avaliao das alteraes nas existncias:

Material C = Material P + (Material S - Material E) - Material O

em que:

Material C: Material transformado durante o perodo de informao

Material P: Material comprado durante o perodo de informao

Material S: Existncias de material no incio do perodo de informao

Material E: Existncias de material no final do perodo de informao

Material O: Material utilizado para outros fins (transporte ou revenda)

Caso a determinao do Material S e do Material E por medio directa no seja tecnicamente vivel ou implique custos excessivos, o operador pode estimar estes dois valores com base em:

dados relativos a anos anteriores e correlao com a produo obtida durante o perodo de informao

ou

mtodos documentados e respectivos dados em demonstraes financeiras auditadas, relativas ao perodo de informao.

Em casos em que a determinao dos dados da actividade anual relativos a um ano civil exacto no seja tecnicamente vivel ou implique custos excessivos, o operador pode escolher o dia til seguinte adequado para separar um ano de comunicao de informaes do seguinte. Os desvios que poderiam ser aplicveis a um ou vrios fluxos-fonte devem ser registados claramente, constituir a base de um valor representativo do ano civil e ser tidos em conta de forma consistente para o ano subsequente.

5.5. FACTORES DE EMISSO

Os factores de emisso baseiam-se no teor de carbono dos combustveis ou materiais entrados e so expressos em tCO 2 /TJ (emisses de combusto) ou em tCO 2 /t ou tCO 2 /Nm 3 (emisses de processo).

M2 Para fins de maior transparncia e mais ampla consistncia com os inventrios nacionais de gases com efeito de estufa, a utilizao de factores de emisso relativamente a um combustvel expresso em t CO2/t, em lugar de t CO2/TJ, no que diz respeito a emisses de combusto, limitada aos casos em que, de outra forma, os custos incorridos pelo operador seriam excessivos e aos casos definidos nos anexos especficos de actividade das presentes orientaes.

B Para a converso do carbono no valor de CO 2 correspondente, deve ser utilizado o factor 3,664 [t CO 2 /t C] ( 1 ).

Os factores de emisso e as disposies para o desenvolvimento de factores de emisso especficos das actividades so apresentados nos pontos 11 e 13 do presente anexo.

A biomassa considerada neutra em termos de CO 2 , pelo que lhe deve ser aplicado um factor de emisso igual a 0 [t CO 2 /TJ ou t ou Nm 3 ]. No ponto 12 do presente anexo, apresentada uma lista com exemplos dos diferentes tipos de materiais aceites como biomassa.

B

( 1 ) Com base no rcio das massas atmicas de carbono (12,011) e oxignio (15,9994).

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Para os combustveis e materiais que contenham, simultaneamente, carbono fssil e carbono de biomassa, deve ser aplicado um factor de emisso ponderado, baseado na proporo de carbono fssil no teor global de carbono do combustvel. Este clculo deve ser transparente e documentado em conformidade com as regras e processos enunciados no ponto 13 do presente anexo.

O CO 2 transferido para uma instalao ao abrigo do regime de comrcio de licenas de emisso da UE enquanto parte de um combustvel (por exemplo, como gs de alto-forno, gs de coqueria ou gs natural) deve ser includo no factor de emisso do combustvel em causa.

Sob condio de aprovao pela autoridade competente, o CO 2 inerente proveniente de um fluxo-fonte, mas que subsequentemente transferido para fora de uma instalao como parte de um combustvel, pode ser deduzido das emisses dessa instalao - independentemente de ser ou no fornecido a uma outra instalao abrangida pelo regime de comrcio de emisses da UE. Em qualquer caso, ser comunicado para memria. Os Estados-Membros devem notificar Comisso as instalaes em causa, de acordo com as obrigaes previstas no artigo 21. o da Directiva 2003/87/CE.

5.6. FACTORES DE OXIDAO E CONVERSO

Ser utilizado um factor de oxidao para emisses de combusto ou um factor de converso para emisses de processo, a fim de reflectir a proporo de carbono que no oxidada ou convertida no processo. Relativamente aos factores de oxidao, derrogado o requisito de aplicao do nvel mais elevado. No caso de, numa mesma instalao, serem utilizados diferentes combustveis e serem calculados factores de oxidao especficos da actividade, sujeitos aprovao pela autoridade competente, o operador pode determinar um factor de oxidao agregado para a actividade e aplic-lo a todos os combustveis ou atribuir, excepto quando utilizada biomassa, oxidao incompleta a um fluxo de combustvel importante e utilizar o valor 1 para os outros.

M3 5.7. CO 2 TRANSFERIDO

Sob condio de aprovao pela autoridade competente, o operador pode deduzir, do nvel calculado de emisses da instalao, o CO 2 que no seja emitido pela instalao, mas sim transferido para fora dela:

como substncia pura ou utilizado e integrado directamente em produtos ou matrias-primas, ou

para outra instalao que detenha um ttulo de emisso de gases com efeito de estufa, a menos que sejam aplicveis outros requisitos estabelecidos nos anexos XVII ou XVIII,

desde que essa deduo seja reflectida numa reduo correspondente no que diz respeito actividade e instalao que o respectivo Estado-Membro declara no seu inventrio nacional apresentado ao Secretariado da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre as Alteraes Climticas. As respectivas quantidades de CO 2 devem ser comunicadas para memria, relativamente a cada instalao da qual ou para a qual tenha sido transferido CO 2 , no relatrio anual sobre as emisses da instalao de transferncia e da instalao de recepo.

Em caso de transferncia para outra instalao, a instalao de recepo deve adicionar, ao seu nvel calculado de emisses, o CO 2 recebido, excepto se forem aplicveis outros requisitos conforme estabelecido nos anexos XVII ou XVIII.

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Os Estados-Membros devem notificar Comisso as respectivas instalaes de transferncia e de recepo nos termos estabelecidos no artigo 21. o da Directiva 2003/87/CE. Em caso de transferncia para uma instalao abrangida pela referida directiva, a instalao de transferncia deve identificar a instalao de recepo no seu relatrio anual sobre emisses, mediante a indicao do cdigo de identificao da instalao de recepo conforme definido no regulamento adoptado em aplicao do artigo 19. o da referida directiva. A instalao de recepo deve identificar a instalao de transferncia do mesmo modo.

Entre os casos potenciais de CO 2 transferido para fora de uma instalao, contam-se nomeadamente:

o CO 2 puro utilizado para gaseificao de bebidas,

o CO 2 puro utilizado como gelo seco para efeitos de refrigerao,

o CO 2 puro utilizado como agente de extino de incndios, agente de refrigerao ou gs de laboratrio,

o CO 2 puro utilizado para desinfestao de cereais,

o CO 2 puro utilizado como solvente na indstria qumica ou alimentar,

o CO 2 utilizado e integrado em produtos ou matrias-primas na indstria qumica e de pasta de papel (por exemplo, para ureia ou precipitados de carbonatos),

os carbonatos integrados em produtos de absoro em via seca por pulverizao (SDAP) decorrentes da depurao de gases de combusto em via semi-seca,

o CO 2 transferido para instalaes de captura,

o CO 2 de instalaes de captura transferido para redes de transporte,

o CO 2 de redes de transporte transferido para locais de armazenagem.

A menos que sejam aplicveis outros requisitos constantes dos anexos especficos de actividade, a massa de CO 2 ou de carbonatos transferida anualmente deve ser determinada com uma incerteza mxima inferior a 1,5 %, quer directamente utilizando medidores de fluxo de volume ou massa ou por pesagem, quer indirectamente a partir da massa do produto em causa (por exemplo, carbonatos ou ureia), quando relevante e se necessrio.

Se as quantidades do CO 2 transferidas forem medidas tanto na instalao de transferncia como na instalao de recepo, as quantidades de CO 2 respectivamente transferidas e recebidas devem ser idnticas. Se o desvio entre os valores medidos se situar a nveis explicveis devido ao grau de incerteza dos sistemas de medio, deve ser utilizada a mdia aritmtica de ambos os valores medidos nos relatrios sobre as emisses apresentados pelas instalaes de transferncia e de recepo. O relatrio sobre as emisses deve incluir uma declarao quanto ao facto de este valor ter sido alinhado com o valor da respectiva instalao de transferncia ou de recepo. O valor medido deve ser includo para memria.

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Se o desvio entre os valores medidos no puder ser explicado pelo grau de incerteza dos sistemas de medio, os operadores das instalaes em causa devem alinhar os valores medidos mediante a aplicao de ajustamentos prudentes (ou seja, evitando a subestimao das emisses). Este alinhamento deve ser verificado pelos verificadores das instalaes de transferncia e de recepo e estar sujeito a aprovao pela autoridade competente.

Nos casos em que parte do CO 2 transferido foi gerada a partir da biomassa, ou sempre que uma instalao esteja apenas parcialmente abrangida pela Directiva 2003/87/CE,