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-T a i33%gB&.» < ^ v * x V . " v >" 4 ' '? '*• ' Í9.° anno A^WffG^ATLBA EM LISBOA 1 mei... SOO réis Annuncios: linha, 20 réis; na !. â I S mezes. 900 » pagina, 100 réis; no corpo do Avulso.. 10 » jornal cora travessão, 60 réis. Communicados e outros artigos contract am-se na administração. Terça leira 9 de setembro de 189» EDITOR RESPONSÁVEL: José Maria Baptista de Carvalho Séde da redacção, administração, typographia e impres- são, travessa da Queimada, 35—Lisboa.. AS816IVATUBA MS PROVÍNCIAS 5 mezes, pagamento adiantado 1JI50 A correspondência sobre administração, a Rodri- So de Mello Carneiro Zagallo, travessa da Queima- a 35, 1.° andar. Numero 8:263 0 numero telephonico d'es- U jornal é <62. Theatro de Baden O theatro de Baden tem servi- do para estreia de muitos artis- tas que mais tarde se tornaram celebres. Construído a capricho, figura a par dos melhors theatros europeus. iadicaçCes íbeatraes Trindade Ahi vae um alegrão ! Parece que no dia 14 haverá espectáculo na Trindade ! Voltam, pois, as noites de ale- gria e de applausos. Elias que venham. Avenida A noite de hoje no theatro da Avenida é de verdadeira festa. Dedica-a a emprezaao maestro Symaria, um bello artista, um pro- fessor distincto, que aos mereci- mentos nasua especialidade, reú- ne os que adornam um bello ca- racter. Vâo as «20 mulheres do rein, peça sempre recebida com agra- do, e ha a mais, para maior attra- ctivo, um quadro novo, intitulado —«Os dois nenés». E' certo uma casa cheia. Roa doN Conde* Carmen, a sympathica rainha Suovita do «Reino das mulheres*>, tera hoje ali uma festa que lhe de- dica a sociedade artistica do thea- tro. E' de prevêr uma enchente, da- da a benevolencia que sempre tem merecido ao publico a gentil actriz. Real Colineo E' sempre agradavel ouvir o o Baile do mascaras», e muito mais quando elle é cantado por artistas como Bugatto, Carolii, Laudv, etc. E' o que succederá hoje, em que se realisa a «prémiére» da magni- fica partitura de Verdi, que a em- preza quiz ofFerecer ao publico no empenho constante de sempre va- riar os espectáculos. E ella verá que o publico, sempre justo, sa- berá pagar-lhe os sacrifícios. O tenor Gnone, chegou e faz a eua estreia esta semana. Coliweo doa Recreio* A «Filha de madame Angot» é realmente uma ingrata. Nós, que a temos tratado tão bem, que tan- ta «bichinha gata » lhe temos fei- to, e cila, a mal agradecida, a di- zer-nos hoje o ultimo adeus! In- gratidões d'esta ordem, se veem nas "filhas das sr. M Angota!» Pa- ciência! Ao menos, para não pas- sarmos por descortczes, não dei- xemos ae ir haje ao novo Coliseo das Portas de Santo Antão! um simpres «bota fóra», e depois... o esquecimento eterno! E' assim que se vingam as almas nobres. Agora por Coliseo novo... na próxima quinta feira a «prémiére» da ultima... (parece tolice mas não é) a «prémiére » da ultima operetta de Suppé. «In cerca di felicita!» Nada mais. Ephemerides porluguezas Setembro 9 Faz hoje 54 annos que teve lo- gar. inesperadamente, uma revo- lução popular, e que ficou conhe- cida pela denominação de Revo- lução de Setembro. Sua Magestade a Rainha D. Maria II, no dia seguinte, diri- giu se á camara municipal onde prestou juramento á Constituição, proclamada na véspera. Pediram a demissão os corpos gerentes da associação dos bom- beiros voluntários belenenses. E\(raordinaria corrida de louros Sem o publico sonha o que vae domingo na praça de Cintra. Rea- lisa-se ali uma corrida a capricho e cheia de attractivos, sendo um delles o amador o sr. Romão Go- mes, o celebre riquitruque do Co- liseo, que se presta obsequiosa- mente a lidar um touro á vara larga, estylo de Hespanha. O curro é excellente e apartado a capricho das manadas do feBte- Íado lavrador de Coruche V. Luiz 'atricio. Os bandarilheiroB eos cavallei- ros, nada menos de 4, são o que ha de mais distincto na lide tauro- machica. Esta pomposa festa está cha- mando a attençào dos amadores. Foi nomeada uma commiseâo para apresentar ao governo um projecto de reforma das pautas, que devem regular de futuro no serviço aduaneiro das possessões portuguezas de alem-mar. A comniÍ8suo é composta dos srs.: Presidente, o sr. ministro da marinha, vice-presidente, o sr. di- rector geral do ultramar; vogaes, os srs. Mattos Mendia, Sousa Ma- chado, Alfredo Mendes, Thomaz Victor Sequeira, Pedro de Gou- veia, Augusto de Castilho, Guer- ra Junqueiro, Urbano de Castro, Christovâo Ayres, Christovao Pin- to, Horta e Costa e Moraes e Sou- sa, deputados por ultramar; srs. Francisco Maria da Cunha, e Men- des Guerreiro, presidente e vice- presidente da sociedade de geo- traphia; sr. Silva Pimenta, presi- ente do atheneu commercial do Porto; srs. conde d'Ottolini e João Pedro de Miranda, presidente e vice-presidente da associação com- mercial de Lisboa; srs. barão de Ma8sarellos e Carlos José da Sil- va, presidente e vice-presidente da associação commercial do Por- to; srs. visconde de Melicio e con- de de Daupias, presidente, c vice- presidente da associação indus- trial portugueza; srs. Pinheiro e Mello, e Antonio Cardoso de Oli- veira, presidente e vice presideu- te da associação dos logistas da Lisboa; srs. José Coelho Serra, Jansen Verdades, Costa Barreira, Ferreira Gonçalves e Carneiro Lara, negociantes. Restaurant Yillamar em Fedronços Activam - se n'este estabeleci- mento os trabalhos de decoração para a soirée que ali se realisa na próxima quinta feira. estão collocado8 os focos pa- ra a luz electrica que deve dar um realce magnifico a esta surpre- hendente festa. Os bilhetes de admissão estão quasi todos distribuidos pelas fa- mílias a banhos n'aquelle aprasi- vel local. Os restantes podem ser reclamados no mesmo restaurant. Explosão de petroleo Na noticia que hontem publi- camos com esta epigraphe, disse- mos que a locataria do andar on- de se deu a explosão, a sr.* Maria Ludovina Gomes tinha ficado fe- rida e um seu filho, dando entra- da ambos no hospital. Temos agora a accrescentar que a desditosa Maria Ludovina fal- leceu já, victima das graves quei- maduras que recebeu. Telegrammas era deposito Jaciutho Carneiro Silva, calça- da de Sant'Anna. Amadeu Leite, rua do Quintel- la, 88, 2.°. Conceição Carvalho, rua For- mosa, 65. Lezamcta, rua da Magdalena, 125. Ferreira Pinto, t. Bica, 1. J., rua do Alecrim. 69. Mafalda. Assis. Real Coliseu de Lisboa Hoje, Rua da Palma, Hoje Primeira representação da opera em 4 actos, do maestro^Verdi Um baile de Mascaras GRANDE BIRÂTE» mm mimm msmim IGA&DIM AM WJI £- MSk ©XEW&elf <• > K **9/ THEATRO DE BADEN Ramiro Leão & C. a Até fira de setembro pomos em grande liquidação com um extra- ordinário abatimento nos preços todos os vestidos e fatos para meni- nos e meninas de todas as edades. 83 e 8íí Rua do Chiado loja e l.° andar Quadros notáveis Ainda ha alguns exemplares dos quadrosrepresentandoo «Tes- tamento de Izazel a Católica» e «D. Joanna a Doida», que por differente8 vezes temos annuneia- do. Aos nossos estimáveis leitores que ainda não possuam aquellas 2 oleographia8, e que desejem, poderão obtel-as em condições vantajo8Í8simasna agencia [de an- nuncios, rua do Ouro n.° 30. Postes lelegrapliicos trans- formados em arvores Nos Estados Unidos, no Estado de Nevada, deu-se um facto cu- rioso. Os postes telegraphicos collo- cados em sitios húmidos tomaram raizes e começaram a vegetar. Em alguns sitios de Java no- tou-se a mesma singularidade. Atíirma se que esta vegetação não prejudica em coisa nenhuma a conducção dos postes e torna-os pelo contrario, mais resistentes para as intemperies das estações. Paquetes S. Thomé, 6, t. Chegou vindo do norte o pa- ?uete «Loanda», da Mala Real 'ortugueza. (liavas). Paço d'Arcos Subscripção para o "Ho- mem Honrado,, Transporte O cavaileiro Fernan- de de Oliveira Olympia Silva Producto da subscrip- ção dos promotores do pic-nic na villa Boilha Anonymo E Pinheiro Martins 7,5270 U500 100 1*700 100 500 111170 Moda nacional O numero 228, hoje recebido, além de excellentes figurinos de campo, cidade e praias, traz, co- mo supplemento gratuito, uma boa folha de-moldes. A's nossas leitoras recommenda- mos a assignatura d'este jornal, que lhes é indispensável, e custa apenas 200 réis por mez, ou sejam quatro números a 50 réis, forneci- dos pelo correio. Assigna se na T. de S.* Justa, 65, 2.°, e na agencia liavas, rua Augusta, 270, 1.° ALTA SOCIEQADS A saúde de El-Rei Conforme hontem noticiámos, o estado de saúde d'El-Rei não peio- roiv felizmente. Essa noticia é confirmada pelos seguintes boletins medicos: Sua Magestade El-Rei teve hoje uma remissãò muito favoravel; a temperatura conservou-se durante sete horas a 37°3, desde as oito ho- ras da manhã ás tres da tarde. 0 estado geral do augusto enfer- mo continua muito regular. A temperatura ás sete horas da noite foi de 37°8, pulso 9G, respira- ção, 24. Real Castello da Pena, em G de setembro de 1890 —D. Antonio Ma- ria de Lencastre—João Vicente Bar- ros da Fonseca—Francisco f Augusto de Oliveira Feijão, assistente. - Sua Magestade El-Rei dormiu uma noite socegada, acordou ás seis horas da manhã apyretico, con- servando-se n este estado ató ás seis horas da tarde. 0 estado geral de Sua Magestade El-Rei continua satisfatório. A temperatura ás seis horas da tarde foi de 36°5, pulso a 84, respi- ração 18. Real Castello da Pena, em 7 de setembro de 1890.—D. Antonio Ma- ria de Lencastre—João Vicente Bar ros da Fonseca—Francisco Augusto de Oliveira Feijão, assistente. Foi hontem para Cinira, onde se demorará, Sua Alteza o Senhor In- fante I). Aftonso. # Faiem amanhã annos as ex."*' sr.": * Marqucza das Minas. D. Carolina Augusta Pereira d'Eça Albuquerque. I). Palmira Ferreira Waddington. D. Eugenia Amelia Benevides Ro- drigues. I). Maria Margarida de Mello Sam- paio <Poinbeiro). D. Eugenia Perestrello. D. Jesuina Augusta Pereira de Mi- randa Rosado. D. Maria Luiza de Moraes Sar- mento. D. Maria do Carmo Cordovil Vaz Coelho. D. Joaquina Cardoso. 0. Maria Luiza de Sousa. E os srs.: Conselheiro Antonio Maria Pereira Carrilho. Luia Carlos Pereira Seabra. Antonio Maria Pereira Carvalho. Antonio de Castilho. Nicolau Tolentino Pedroso de Al- meida. José Ernesto d'Almeida Didier. Luiz Carlos Pereira Pegado. Dr. Antonio de Azevedo Meirel- les. Partiu* para o Porto o sr. barão de Bastos. —Partiu para Thomar o sr. conse- lheiro Tamagnini Barbosa. —Estão a banhos em Peniche a ex.®» sr. a D. Maria de Campos Val- dez e suas duas filhinhas, D. Maria e 1) Christina Valdez. —Partiu para a Granja com sua familia o sr. conselheiro Barros Go- mes. —Parle por estes dias para cacs o sr. duque de Loulé. Cas- iqu< —Está no Bom Jesus do Monte, com sua esposa, o sr. Julio Teixei- ra, filho da sr.* condessa de Sea- bra. —Estão a banhos, na Figueira da Foz o sr. conselheiro dr. Manuel da Costa Allemão e sua familia, —Está na guarda o sr. D. João de Alarcão ajudante do procurador ge- ral da coròa. —Está em Lisboa o sr. Francisco José de Sequeira, general governa- dor da praça de Elvas. —Parle amanhã para as Caldas da Rainha, com sua 'esposa, o sr. Manuel de Pina Freire da Fonseca Ferraz Corrêa. —Partiu para Setúbal o distincto poeta Antonio Feijó. * Effectua-se hoje em Peniche um «pic-nic» em qiie tomam parte per- to de 70 pessoas que ali estão a banhos. Para esta fesla estão alu- gados todos os burros e trens que a na localidade. Está justo o casamento de made- moiselle Dtilac com o sr. Al- Sud Express —Conduzindo 37 malas do cor- reio, chegou hontem este comboio. fredo de Castro e Silva. A noiva é uma das mais formosas e elegantes senhoras da alta sociedade. 0 noivo é um rapaz estimadíssimo, filho de uma familia muito distincta do Por- to. —ElVectuou-se em Braga o casa- mento da ex n,a sr.- D. Maria do Ceu Diniz Ferreira d'Andrade com o sr. Francisco Moreno Coutinho d'Al- meida Eça. I Eslá ha dias doente com uma an- ma o sr. Carlos Guerra. Desde ontem, porém, que se tem accen- tuado as melhoras do enfermo, o que muito estimamos. —Tem passado muito incommo- dada com um ataque de rheumatis- mo agudo a ex. n,n sr.* D. Anna Tel- les de Menezes Caldeira Jalles, es- osa do nosso amigo dr. Antonio aria Jalles, deputado por Alem- quer. P< M. Paco d'Arcos Como no domingo dissemos cf- fectuou se á noite a kermesse, re- vertendo o seu producto para a construcção d'uma casa que sirva de club e theatro para a Associa- ção Recreio Popular. Foi grande a concorrência que ali foi de Lisboa e logares proxi- mos. As barracas illunvinadas a luz electrica e balões venezianos pro- duziam um bello effeito. Muito sympatbicas e elegantes as senhoras que se encarregaram da venda das sortes colhendo uma boa receita. A torre Eiffel, que realmente estava bem construída, foi pena que á noite nao produzisse o eifei- to desejado pela falta do illumi- nação. As mais barracas onde se ven- diam 08 prémios estavam armadss com gosto, sobresahindo uma toda ornada com pannos nacionaes. Tocaram duas philarmonicas durante a noite. A festa correu com o maior so- cego, repetindo-se no domingo proximo. Manuel Bento (Fernandes do Moura, morador no beco do Ima- ginário n.° 1, 3.° andar, prometteu a Antonio Maria Cortes, morador na travessa da Pereira n.° 17, lo- ja, livral-o da vida militar, me- diante a quantia de 27£000 réis. Cortes, deu-lhe as seis libras e pouco depois sentia a farda e as correias nas costas, porque o in- trujão não dera um passo para o fim a que se propozera. O sr. commis8ario da 1.® divi- são, que recebeu queixa do caso, remetteu o Moura para juizo. Roubo íi sr. a viscondessa da Pesqueira Foram hontem enviados para juizo, os gatunos «Serralheiro», «Angola» e «Barros», por serem os auctores do roubo feito por meio de arrombamento e chave falsa, no palacete da sr. - viscon- dessa da Pesqueira, residente na rua do Sol, no Porto. O roubo foi praticado no dia 3 do corrente. Os gatunos iam com o sentido de trazer as jóias, que felizmente o sr.* viscondessa havia levado para a Foz onde se encontra a ba- nhos. Os larapios, para não per- derem o tempo, tiraram os seguin- tes objectos parte dos quaes tem sido encontrados empenhados. Duas toalhas meza, com as iniciae8 V. P.; doze toalhas de mãos com marca, uma coberta do cama, um lençol de linho, quatro camisas de homem, dois pares de ceroulas, um par de calças, um collete, um guarda chuva de seda, um alfinete d'ouro, e diversas pe- ças de roupa. Os gatunos entraram pelo edi- fício da oíflcina de S. José, pas- sando para o quintal da sr. a vis- condessa da Pesqueira que fica nas trazeiras. Pelas averiguações a que a po- licia procedeu descobriu que os tres ratoneiro8 tentavam assaltar a casa onde a sr.* viscondessa re- side na Foz, afim de lhe roubarem as jóias.

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-Tai33%gB&.» < ^ v* x V . • "v>" 4 ' '? '*• '

Í9.° anno

A^WffG^ATLBA EM LISBOA

1 mei... SOO réis Annuncios: linha, 20 réis; na !.â I

S mezes. 900 » pagina, 100 réis; no corpo do

Avulso.. 10 » jornal cora travessão, 60 réis.

Communicados e outros artigos contract am-se na

administração.

Terça leira 9 de setembro de 189»

EDITOR RESPONSÁVEL: José Maria Baptista de Carvalho

Séde da redacção, administração, typographia e impres-

são, travessa da Queimada, 35—Lisboa..

AS816IVATUBA MS PROVÍNCIAS

5 mezes, pagamento adiantado 1JI50

A correspondência sobre administração, a Rodri-

So de Mello Carneiro Zagallo, travessa da Queima-

a 35, 1.° andar.

Numero 8:263

0 numero telephonico d'es-

U jornal é <62.

Theatro de Baden

O theatro de Baden tem servi-

do para estreia de muitos artis-

tas que mais tarde se tornaram

celebres.

Construído a capricho, figura a

par dos melhors theatros europeus.

iadicaçCes íbeatraes

Trindade

Ahi vae um alegrão !

Parece que no dia 14 já haverá

espectáculo na Trindade !

Voltam, pois, as noites de ale-

gria e de applausos. Elias que

venham.

Avenida

A noite de hoje no theatro da

Avenida é de verdadeira festa.

Dedica-a a emprezaao maestro

Symaria, um bello artista, um pro-

fessor distincto, que aos mereci-

mentos nasua especialidade, reú-

ne os que adornam um bello ca-

racter.

Vâo as «20 mulheres do rein,

peça sempre recebida com agra-

do, e ha a mais, para maior attra-

ctivo, um quadro novo, intitulado

—«Os dois nenés».

E' certo uma casa cheia.

Roa doN Conde*

Carmen, a sympathica rainha

Suovita do «Reino das mulheres*>,

tera hoje ali uma festa que lhe de-

dica a sociedade artistica do thea-

tro.

E' de prevêr uma enchente, da-

da a benevolencia que sempre tem

merecido ao publico a gentil

actriz.

Real Colineo

E' sempre agradavel ouvir o

o Baile do mascaras», e muito mais

quando elle é cantado por artistas

como Bugatto, Carolii, Laudv, etc.

E' o que succederá hoje, em que

se realisa a «prémiére» da magni-

fica partitura de Verdi, que a em-

preza quiz ofFerecer ao publico no

empenho constante de sempre va-

riar os espectáculos. E ella verá

que o publico, sempre justo, sa-

berá pagar-lhe os sacrifícios.

O tenor Gnone, já chegou e faz

a eua estreia esta semana.

Coliweo doa Recreio*

A «Filha de madame Angot» é

realmente uma ingrata. Nós, que

a temos tratado tão bem, que tan-

ta «bichinha gata » lhe temos fei-

to, e cila, a mal agradecida, a di-

zer-nos hoje o ultimo adeus! In-

gratidões d'esta ordem, só se veem

nas "filhas das sr.M Angota!» Pa-

ciência! Ao menos, para não pas-

sarmos por descortczes, não dei-

xemos ae ir haje ao novo Coliseo

das Portas de Santo Antão! um

simpres «bota fóra», e depois...

o esquecimento eterno! E' assim

que se vingam as almas nobres.

Agora por Coliseo novo... na

próxima quinta feira a «prémiére»

da ultima... (parece tolice mas

não é) a «prémiére » da ultima

operetta de Suppé. «In cerca di

felicita!» Nada mais.

Ephemerides porluguezas

Setembro 9

Faz hoje 54 annos que teve lo-

gar. inesperadamente, uma revo-

lução popular, e que ficou conhe-

cida pela denominação de Revo-

lução de Setembro.

Sua Magestade a Rainha D.

Maria II, no dia seguinte, diri-

giu se á camara municipal onde

prestou juramento á Constituição,

proclamada na véspera.

Pediram a demissão os corpos

gerentes da associação dos bom-

beiros voluntários belenenses.

E\(raordinaria corrida

de louros

Sem o publico sonha o que vae

domingo na praça de Cintra. Rea-

lisa-se ali uma corrida a capricho

e cheia de attractivos, sendo um

delles o amador o sr. Romão Go-

mes, o celebre riquitruque do Co-

liseo, que se presta obsequiosa-

mente a lidar um touro á vara

larga, estylo de Hespanha.

O curro é excellente e apartado

a capricho das manadas do feBte-

Íado lavrador de Coruche V. Luiz

'atricio.

Os bandarilheiroB eos cavallei-

ros, nada menos de 4, são o que ha

de mais distincto na lide tauro-

machica.

Esta pomposa festa está cha-

mando a attençào dos amadores.

Foi nomeada uma commiseâo

para apresentar ao governo um

projecto de reforma das pautas,

que devem regular de futuro no

serviço aduaneiro das possessões

portuguezas de alem-mar.

A comniÍ8suo é composta dos

srs.:

Presidente, o sr. ministro da

marinha, vice-presidente, o sr. di-

rector geral do ultramar; vogaes,

os srs. Mattos Mendia, Sousa Ma-

chado, Alfredo Mendes, Thomaz

Victor Sequeira, Pedro de Gou-

veia, Augusto de Castilho, Guer-

ra Junqueiro, Urbano de Castro,

Christovâo Ayres, Christovao Pin-

to, Horta e Costa e Moraes e Sou-

sa, deputados por ultramar; srs.

Francisco Maria da Cunha, e Men-

des Guerreiro, presidente e vice-

presidente da sociedade de geo-

traphia; sr. Silva Pimenta, presi-

ente do atheneu commercial do

Porto; srs. conde d'Ottolini e João

Pedro de Miranda, presidente e

vice-presidente da associação com-

mercial de Lisboa; srs. barão de

Ma8sarellos e Carlos José da Sil-

va, presidente e vice-presidente

da associação commercial do Por-

to; srs. visconde de Melicio e con-

de de Daupias, presidente, c vice-

presidente da associação indus-

trial portugueza; srs. Pinheiro e

Mello, e Antonio Cardoso de Oli-

veira, presidente e vice presideu-

te da associação dos logistas da

Lisboa; srs. José Coelho Serra,

Jansen Verdades, Costa Barreira,

Ferreira Gonçalves e Carneiro

Lara, negociantes.

Restaurant Yillamar em

Fedronços

Activam - se n'este estabeleci-

mento os trabalhos de decoração

para a soirée que ali se realisa na

próxima quinta feira.

Já estão collocado8 os focos pa-

ra a luz electrica que deve dar um

realce magnifico a esta surpre-

hendente festa.

Os bilhetes de admissão estão

quasi todos distribuidos pelas fa-

mílias a banhos n'aquelle aprasi-

vel local. Os restantes podem ser

reclamados no mesmo restaurant.

Explosão de petroleo

Na noticia que hontem publi-

camos com esta epigraphe, disse-

mos que a locataria do andar on-

de se deu a explosão, a sr.* Maria

Ludovina Gomes tinha ficado fe-

rida e um seu filho, dando entra-

da ambos no hospital.

Temos agora a accrescentar que

a desditosa Maria Ludovina fal-

leceu já, victima das graves quei-

maduras que recebeu.

Telegrammas era deposito

Jaciutho Carneiro Silva, calça-

da de Sant'Anna.

Amadeu Leite, rua do Quintel-

la, 88, 2.°.

Conceição Carvalho, rua For-

mosa, 65.

Lezamcta, rua da Magdalena,

125.

Ferreira Pinto, t. Bica, 1.

J., rua do Alecrim. 69.

Mafalda. •

Assis.

Real Coliseu de Lisboa

Hoje, Rua da Palma, Hoje

Primeira representação da opera em 4 actos, do maestro^Verdi

Um baile de Mascaras

GRANDE BIRÂTE»

mm mimm

msmim

IGA&DIM

• AM WJI £-

MSk ©XEW&elf <• >

K ■**9/

THEATRO DE BADEN

Ramiro Leão & C.a

Até fira de setembro pomos em grande liquidação com um extra-

ordinário abatimento nos preços todos os vestidos e fatos para meni-

nos e meninas de todas as edades.

83 e 8íí Rua do Chiado loja e l.° andar

Quadros notáveis

Ainda ha alguns exemplares

dos quadrosrepresentandoo «Tes-

tamento de Izazel a Católica»

e «D. Joanna a Doida», que por

differente8 vezes temos annuneia-

do.

Aos nossos estimáveis leitores

que ainda não possuam aquellas

2 oleographia8, e que desejem,

poderão obtel-as em condições

vantajo8Í8simasna agencia [de an-

nuncios, rua do Ouro n.° 30.

Postes lelegrapliicos trans-

formados em arvores

Nos Estados Unidos, no Estado

de Nevada, deu-se um facto cu-

rioso.

Os postes telegraphicos collo-

cados em sitios húmidos tomaram

raizes e começaram a vegetar.

Em alguns sitios de Java no-

tou-se a mesma singularidade.

Atíirma se que esta vegetação

não prejudica em coisa nenhuma

a conducção dos postes e torna-os

pelo contrario, mais resistentes

para as intemperies das estações.

Paquetes

S. Thomé, 6, t.

Chegou vindo do norte o pa-

?uete «Loanda», da Mala Real

'ortugueza.

(liavas).

Paço d'Arcos

Subscripção para o "Ho-

mem Honrado,,

Transporte

O cavaileiro Fernan-

de de Oliveira

Olympia Silva

Producto da subscrip-

ção dos promotores

do pic-nic na villa

Boilha

Anonymo E

Pinheiro Martins

7,5270

U500

100

1*700

100

500

111170

Moda nacional

O numero 228, hoje recebido,

além de excellentes figurinos de

campo, cidade e praias, traz, co-

mo supplemento gratuito, uma boa

folha de-moldes.

A's nossas leitoras recommenda-

mos a assignatura d'este jornal,

que lhes é indispensável, e custa

apenas 200 réis por mez, ou sejam

quatro números a 50 réis, forneci-

dos pelo correio.

Assigna se na T. de S.* Justa,

65, 2.°, e na agencia liavas, rua

Augusta, 270, 1.°

ALTA SOCIEQADS

A saúde de El-Rei

Conforme hontem noticiámos, o estado de saúde d'El-Rei não peio-

roiv felizmente.

Essa noticia é confirmada pelos

seguintes boletins medicos:

Sua Magestade El-Rei teve hoje

uma remissãò muito favoravel; a

temperatura conservou-se durante

sete horas a 37°3, desde as oito ho-

ras da manhã ás tres da tarde.

0 estado geral do augusto enfer-

mo continua muito regular. A temperatura ás sete horas da

noite foi de 37°8, pulso 9G, respira-

ção, 24.

Real Castello da Pena, em G de

setembro de 1890 —D. Antonio Ma-

ria de Lencastre—João Vicente Bar-

ros da Fonseca—Francisco f Augusto

de Oliveira Feijão, assistente. - •

Sua Magestade El-Rei dormiu uma noite socegada, acordou ás

seis horas da manhã apyretico, con-

servando-se n este estado ató ás

seis horas da tarde.

0 estado geral de Sua Magestade

El-Rei continua satisfatório.

A temperatura ás seis horas da

tarde foi de 36°5, pulso a 84, respi-

ração 18.

Real Castello da Pena, em 7 de

setembro de 1890.—D. Antonio Ma-

ria de Lencastre—João Vicente Bar

ros da Fonseca—Francisco Augusto

de Oliveira Feijão, assistente.

Foi hontem para Cinira, onde se demorará, Sua Alteza o Senhor In-

fante I). Aftonso. #

Faiem amanhã annos as ex."*'

sr.": *

Marqucza das Minas.

D. Carolina Augusta Pereira d'Eça

Albuquerque.

I). Palmira Ferreira Waddington. D. Eugenia Amelia Benevides Ro-

drigues.

I). Maria Margarida de Mello Sam- paio <Poinbeiro).

D. Eugenia Perestrello.

D. Jesuina Augusta Pereira de Mi-

randa Rosado.

D. Maria Luiza de Moraes Sar-

mento.

D. Maria do Carmo Cordovil Vaz

Coelho.

D. Joaquina Cardoso.

0. Maria Luiza de Sousa.

E os srs.:

Conselheiro Antonio Maria Pereira

Carrilho.

Luia Carlos Pereira Seabra.

Antonio Maria Pereira Carvalho.

Antonio de Castilho.

Nicolau Tolentino Pedroso de Al-

meida.

José Ernesto d'Almeida Didier.

Luiz Carlos Pereira Pegado.

Dr. Antonio de Azevedo Meirel-

les.

Partiu* para o Porto o sr. barão

de Bastos.

—Partiu para Thomar o sr. conse-

lheiro Tamagnini Barbosa.

—Estão a banhos em Peniche a

ex.®» sr.a D. Maria de Campos Val-

dez e suas duas filhinhas, D. Maria

e 1) Christina Valdez.

—Partiu para a Granja com sua

familia o sr. conselheiro Barros Go-

mes.

—Parle por estes dias para

cacs o sr. duque de Loulé.

Cas-

iqu<

—Está no Bom Jesus do Monte,

com sua esposa, o sr. Julio Teixei-

ra, filho da sr.* condessa de Sea-

bra.

—Estão a banhos, na Figueira da

Foz o sr. conselheiro dr. Manuel da

Costa Allemão e sua familia,

—Está na guarda o sr. D. João de

Alarcão ajudante do procurador ge-

ral da coròa.

—Está em Lisboa o sr. Francisco

José de Sequeira, general governa-

dor da praça de Elvas.

—Parle amanhã para as Caldas

da Rainha, com sua 'esposa, o sr.

Manuel de Pina Freire da Fonseca

Ferraz Corrêa.

—Partiu para Setúbal o distincto

poeta Antonio Feijó.

*

Effectua-se hoje em Peniche um

«pic-nic» em qiie tomam parte per-

to de 70 pessoas que ali estão a

banhos. Para esta fesla já estão alu-

gados todos os burros e trens que

a na localidade.

Está justo o casamento de made-

moiselle Dtilac com o sr. Al-

Sud Express

—Conduzindo 37 malas do cor-

reio, chegou hontem este comboio.

fredo de Castro e Silva. A noiva é

uma das mais formosas e elegantes

senhoras da alta sociedade. 0 noivo

é um rapaz estimadíssimo, filho de

uma familia muito distincta do Por-

to.

—ElVectuou-se em Braga o casa- mento da exn,a sr.- D. Maria do

Ceu Diniz Ferreira d'Andrade com o

sr. Francisco Moreno Coutinho d'Al-

meida Eça.

I

Eslá ha dias doente com uma an-

ma o sr. Carlos Guerra. Desde

ontem, porém, que se tem accen-

tuado as melhoras do enfermo, o

que muito estimamos.

—Tem passado muito incommo-

dada com um ataque de rheumatis-

mo agudo a ex.n,n sr.* D. Anna Tel- les de Menezes Caldeira Jalles, es-

osa do nosso amigo dr. Antonio

aria Jalles, deputado por Alem-

quer.

P< M.

Paco d'Arcos

Como no domingo dissemos cf-

fectuou se á noite a kermesse, re-

vertendo o seu producto para a

construcção d'uma casa que sirva

de club e theatro para a Associa-

ção Recreio Popular.

Foi grande a concorrência que

ali foi de Lisboa e logares proxi-

mos.

As barracas illunvinadas a luz

electrica e balões venezianos pro-

duziam um bello effeito.

Muito sympatbicas e elegantes

as senhoras que se encarregaram

da venda das sortes colhendo uma

boa receita.

A torre Eiffel, que realmente

estava bem construída, foi pena

que á noite nao produzisse o eifei-

to desejado pela falta do illumi-

nação.

As mais barracas onde se ven-

diam 08 prémios estavam armadss

com gosto, sobresahindo uma toda

ornada com pannos nacionaes.

Tocaram duas philarmonicas

durante a noite.

A festa correu com o maior so-

cego, repetindo-se no domingo

proximo.

Manuel Bento (Fernandes do

Moura, morador no beco do Ima-

ginário n.° 1, 3.° andar, prometteu

a Antonio Maria Cortes, morador

na travessa da Pereira n.° 17, lo-

ja, livral-o da vida militar, me-

diante a quantia de 27£000 réis.

Cortes, deu-lhe as seis libras e

pouco depois sentia a farda e as

correias nas costas, porque o in-

trujão não dera um passo para o

fim a que se propozera.

O sr. commis8ario da 1.® divi-

são, que recebeu queixa do caso,

remetteu o Moura para juizo.

Roubo íi sr.a viscondessa

da Pesqueira

Foram hontem enviados para

juizo, os gatunos «Serralheiro»,

«Angola» e «Barros», por serem

os auctores do roubo feito por

meio de arrombamento e chave

falsa, no palacete da sr.- viscon-

dessa da Pesqueira, residente na

rua do Sol, no Porto.

O roubo foi praticado no dia 3

do corrente.

Os gatunos iam com o sentido

de trazer as jóias, que felizmente

o sr.* viscondessa havia levado

para a Foz onde se encontra a ba-

nhos. Os larapios, para não per-

derem o tempo, tiraram os seguin-

tes objectos parte dos quaes tem

sido encontrados empenhados.

Duas toalhas dè meza, com as

iniciae8 V. P.; doze toalhas de

mãos com marca, uma coberta do

cama, um lençol de linho, quatro

camisas de homem, dois pares de

ceroulas, um par de calças, um

collete, um guarda chuva de seda,

um alfinete d'ouro, e diversas pe-

ças de roupa.

Os gatunos entraram pelo edi-

fício da oíflcina de S. José, pas-

sando para o quintal da sr.a vis-

condessa da Pesqueira que fica

nas trazeiras.

Pelas averiguações a que a po-

licia procedeu descobriu que os

tres ratoneiro8 tentavam assaltar

a casa onde a sr.* viscondessa re-

side na Foz, afim de lhe roubarem

as jóias.

Page 2: -Ta > 4 - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1890-09-09/j-1244-g_1890-09-09_item2/j... · o Baile do mascaras», e muito mais ... ta «bichinha gata » lhe temos fei- to, e cila,

WMBIO irAmRtSH-

Abriram no dia um de junho os hotéis e estabelecimento hydrologico de Vidago

Cuidado!

com esta simples palavra,

ondo se encerra uma advertência

amigavel e prudente que nós res-

pondemos á epigraphe do Correio

da Noite d 5 hontem, sob a qual

transparece uma ameaça insensata

e ridícula.

Cuidado !

A oppoeiçào progressista vae

entrando num caminho lodoso e

iminundo de provocações ultra-

jantes, que já começam a pedir

correctivo severo.

Tendo-se-lhe exgotado os argu-

mentos para proseguir na sua cri-

tica ás diversas clausulas do tra-

tado, inicia o systema das calum-

nias traiçoeiras, fero pelas costas,

morde-noa os pés*injuria e affron-

U.

Nào podendo hombrcar com

quem arrancou o paiz á situação

gravíssima e humilhadora do ulli-

malum,—hombrear cm patriotis-

mo, em digni indo c cm força,—

i.ão lhe soífrendo o animo peque-

nino c amesquinhado ver que ou-

^os fizeram o que ella não foi ca-

paz de lazer, descntranha-se em

> «llaniaa e insultos contra o mais

digno e o ran ia forte.

Como já nào tinha que dizer nos

jornaes, onde era forçada a guar-

dar uma compoEtura incompatível

com os seus habito?, começa ago-

ra a injuriar-nos nos comícios,

enxovalhando ao mesmo tempo as

instituições e o throno.

Se, por um lado se recusa a

por se á testa do movimento de

protesto contra o tratado, por ou-

tro inicia e avigora esse movimen

to, mentindo ao paiz e deixando

—ella, monarchica—que o jaco-

binismo tomo alentos para tripu-

diar e perverter.

Cuidado !

O governo tem deveres indecli-

náveis a cumprir e ha de saber

cumpril-os quando as circumstan-

cias Ih'o impozerem.

Se assim como da critica incons-

ciente e miserável da imprensa,

se passou para a calumnia e para

o enxovalho do comicio, amanhã

se passar das licenciosidades d'es-

te para as agitações incommoda6

da arruaça, o governo ver se-ha

na dura mas impericsa obrigação

do reprimir taea agitações, custe

o que custar.

Nao se tolhe a ninguém o di-

reito de protestar. Ha porém um

veto para todos os desmandos que

8;i empreguem na maneira defor-

trular esse protesto; ha uma bar-

reira que os poderes públicos por

forma alguma deixarão transpOr a

quem quer que seja.

Em tempos nâo muito remotos,

J13' Novidades advogavam estes

princípios e proclamavam esta

doutrina pela voz authorisada do

seu director politico.

Hoje, porém, que todos os meios

do combate lhe servem e todas as

consequências da guerra santa lhe

sâo preferíveis ao tratado com a

Inglaterra, nâo poderá extranhar

que o governo, no pleno uso d'um

direito legitimo, e no cumprimen-

to indeclinável d'um dever impe

rioso, recorra também a todos os

meios para manter a ordem e a le-

galidade, reprimindo abusos onde

elles se produzam, cortando pela

raiz Hervas damninhas onde tilas

se levantem e cresçam.

Ninguém pensa em suffocar

manifestações do patriotismo sin-

cero, conforme houtem escreveu

o Correio da Noite. O que se re-

primirá sempre, sào as exhibições

de patriotice reles que incommo-

dam, enojando, e as licenciosida-

des dos comícios encommendadcs,

172 FOLHETIM

TERCEIRA PARTE

Os morto* vingam-ae

XI

(Continuado do n.* 6:262)

Flanquart deixou o e voltou á

galeria, indo tomar logar ao lado

de Caradec e de Pedro Morgaud.

Fez-se um profundo silencio,

depois do que Morgaud levantou -

se e disse:

—RoscoíF, e9tá na presença dos

Bens juizes e só sairá d'aqui con-

demnado!

quo enxovalhara quem nào pode

nem deve ser enxovalhado.

Nâo é uma violência arbitraria

isto: é um dever e uma necessi-

dade.

O paiz não anda todo envolvi-

do em comícios e protestos. A

grande maioria d'elle quer a tran-

quillídade e a ordem.

Pois creia essa grande maioria

do povo portuguez quo o governo

empregará todos os meios ao seu

alcance, absolutamente todos, para

que a ordem sq nào perturbe e a

tranquillidado se nao altere.

Quanto aos dementados ou ma-

lévolos iniciadores de manejos

subversivos que nâo teem nenhu-

ma rasâo de ser, e que nas actuaes

circumstancias rasâo alguma ex-

plica, a esses bradamos lhe mais

uma vez, em guiza de conselho

prudente e amigo:

—Cuidado!

O comício do Porto

Teve ante-honfcem logar, no

theatro do Principe Ileal do Por-

to, o annuuciado comicio de pro-

testo contra o tratado anglo-por-

tuguez.

Presidiu o sr. Alvaro Castel-

lões, que fallou sobre a questão

da África e atacou o convénio.

Fallaram seguidamente, no mes-

mo sentido, os srs. dr. Oliveira

Monteiro, abbade de S. Nicolau,

conde de Samodâes, Pinto de Mes-

quita, Luiz do Magalhães, e Er-

nesto de Vasconcellos, estudante

de Coimbra.

Quando este cavalheiro fallava,

expectorando injurias contra os

poderes constituídos, a auctorida-

de, representada pelo commissario

de policia, sr. dr. Moraes de Car-

valho, dissolveu o comicio, e o

commandante da força municipal

fez evacuar a sala.

E' evidente, pois, que a aucto-

ridade usou d'um direito incontes-

tado e cumpriu um dever, embora

nâo seja essa, hoje, a doutrina

apregoada pela opposição.

Antes de dissolvido o comicio,

foi nomeada uma coramissâo para

redigir um protesto, que será

apresentado no proximo domingo

n'um outro meeting, e depois en-

tregue ao parlameuto, pedindo a

rejeição do convénio.

#

O sr. dr. Oliveira Monteiro,

um dos oradores do comicio, fez a

declaração aleivosa de que um

membro da legação ingleza llic dis-

sera que, dentro de quatro annos,

todas as colonias portuguezas se-

rão da Inglaterra.

Nenhum membro da legação

britannica poderia ter dito isto,

que o mesmo é confessar que o

seu governo falte à fé dos trata-

dos.

Mas nenhum d'elles o disse, e

por tal motivo nâo temos duvida

em capitular d'aleivosa a decla-

ração do sr. dr. Oliveira Mon-

teiro.

O sr. ministro da Inglaterra,

apenas teve conhecimento do caso,

interrogou sobre elle os membros

da legação, e todos elles lhe affir-

marera que nunca haviam piofe-

rido taes palavras.

Consta nos, mesmo, que o sr.

Petre escreveu ao nosso mini&tr)

dos negocios estrangeiros, nar-

rando* lhe os factos.

E 1 is ahi está para que servem

os coraicios de protesto: para men-

tir ao paiz, explorando torpemente

o patriotismo nacional.

E eis ahi está a que se resu-

mem os processos de combate da

opposição ao governo e ao tra-

tado.

Que nova calumnia se forjará

ámanhâ?

As Novidades,na sua iutolcran-

cia sobre posse, mestram-se mui-

to indignadas porque está no Te-

jo um navio de guerra inglez, e

porque vários ofliciaes d'esse na-

vio, exhibindo fardas encarnadas,

anaaram hontem pelas ruas de

Lisboa.

As taes fardas, no dizer das

Novidades, tinham todo o ar d'uma

provocação em regra, seguramen-

te por causa da cor.

E para evitar uma tal provo-

cação, a folhado sr.Navarro que-

ria que fosse negada aos ofti-

ciaes inglezes a faculdade de vi-

rem a Lisboa e até de entrarem

no Tejo.

Até aqui nâo passa a coisa

d uma infantilidade ridícula, que

corre parelhas com as patriotices

e as iug'enuidades do sr. Eduardo

d'Abreu.

Mas ha nos commentaries das

Novidades uma insinuação pérfi-

da, que está perfeitamente nos há-

bitos da opposição progressista e

que nâo podemos deixar sem re-

paro: é a que explica a vinda

d um navio do guerra inglez ao

Tejo, como tendo sido reclamada

ou solicitada ao governo britanni-

co pelo nosso governo, para met-

ter medo ao paiz e impor a 8S3Í-

gnatura do tratado.

Esta insinuação torpe repugna

a todas as consciências honestas,

e por ti só basta para dar bem a

medida do que é, do que tem sido

e do que valo a guerra feita ao

tratado e aos seus negociadores.

Repugna ver assim descer tão

baixo o jornalismo e os processos

da sua critica, que podia ser encr-

gica, sem se soccorrer d'armas

traiçoeiras e villans.

Pois porque um navio de guer-

ra inglez vem ao nosso Tejo, e

parte da sua guarnição salta em

Lisboa,—coisa que todos 03 dias

succede—deve inferir-se d'ahi

que o sr. Hintze Ribeiro recla-

mou a sua vinda, ou deve impôr-

se-lbe que a nâo permitta?

Mas que a não permitta porque,

e fundado em que direito e ba-

seado em que considerações?

Ora valha-nos Deus Nosso Se-

nhor, que 6 Pae de muito imbecil

e de muito mal intencionado!

O Temps chegado hontem, pu-

blica o seguinte:

"Dizem de Zanzibar que o na-

vio Buccancer, transportando duas

canhoneiras de pouco fundo, par-

tiu para o Z'imbeze com dois ou-

tros navios de guerra inglezes,

afim de collocar as canhoneiras

sobre o rio.

Os commandantcs dos navios

teem instrucções para empregar

a força, se for necessário.»

Podemos affirmar que esta no-

ticia é de todo o ponto inexacta.

Os jornaes da opposição capitu-

lam de indecenciae impudor o re-

formar a escola do exercito e au-

gmentar os soldos dos sargentos.

Estes que lhes agradeçam.

O tratado na província

A cerca do modo porque a im-

prensa da opposição está discu-

tindo o tratado, escrevem os se-

guintes jornaes:

O Commercio dc Vizeu:

«Sâo tantas as provas publicas

da capacidade do sr. Hintze e do

seu acrisolado patriotismo, que só

a mais refinada má fé pode vibrar

no espaço para malsinar as suas

elevadas intenções.

Seriam capazes os seus detra-

ctores de couseguir da insaeiavel

avidez da Inglaterra mais e me-

lhor?

Já aqui dissemos, e agora re-

petimos, que pelo tratado, que nos

garante sobretudo a paz e o soce-

go, se obteve tuio o que era pos-

sível obter.

O partido progressista, que deu

no poder a prova incontroversa da

sua incapacidade e cobardia, é o

que agora procura crear dificul-

dades ao governo por ter nego-

ciado nas condições precarias e

criticas, em que o partido regene-

rador lhe succedeu na governação.

A imprensa que representa aquel-

le partido nâo quer ver as nego-

ciações pelo prisma verdadeiro.

Só pretende, com declamações

inconvenientes, lançar sobro os

outros as responsabilidades que só

a esse partido pertencem.

Pois não forain os seus homens

que nos conduziram a esta situa-

ção, que conclamam humilhante?

Porque nâo acudiram a tempo,

prevenindo o desastre?»

O Valenciano:

«Atacar o tratado, porque, co-

mo o tratado está feito e.já nâo é

preciso fazer outro, pôde-se ber-

rar afoitamente coutra clle, in-

dignar o povo contra os gover-

nantes que o fizeram, pregar com

elles em terra, e ir gosar dos be-

nefícios d'essa vergonhq, d esse

horror que os progressistas só po-

dem supportar se os deixarem ir

comer as decimas, os impostos e

tudo o mais que a cesta renda!

Mas o povo que os conhece e

bem, avalia a sua manhosa e pér-

fida politica. O povo que sabe co-

mo elles fogem covardemente,

quando os ares so entroviscam e

03 nevoeiros inglezes ameaçam en-

volver o nosso paiz; e como es-

cancaram as fauces famintas sem-

pre que veem possibilidade de en-

cherem a barriga em socego—o

povo que vê e conhece tudo isso

rise da sua esperteza saloia e

responde-lhes: deixem se estar cá

em baixo que estão bem!»

A Flor do Tamega:

«A imprensa continua a discu-

tir o tratado anglo-portuguez, mas

do modo que as folhas opposicio-

nistas estão perfeitamente a des-

coberto no seu jogo partidario.

Algumas até já passaram da apre-

ciação dos factos, como elles sâo:

e da correcção da critica, como

ella deve fazer se, para uma cor-

rente injuriosa e individual, que

nâo interessa ao assumpto princi-

pal, de magna importancia.»

O Dão:

«Duvidar da lealdade e do pa-

triotismo dos homens que Com-

põem o governo, é duvidar do pa-

triotismo da maioria que foi elei-

ta pela nação, e, portanto, do da

propria nação, entrando-se assim

n'um circulo vicioso de que nâo

ha saída alçuma.

As negociações, feitas com o sr.

Hintze Iiibeiro, cuja seriedade de

caracter está ao abrigo de qual-

quer suspeita, e mais de perto se-

guidas pelo sr. Barjona de Freitas,

cuja fina sagacidade de diplomata

nâo se deixaria illudir en* ques-

tões de momentoso interesse para

a sua patria, visaram sempre a

obter da Inglaterra a maior som-

ma de concessões e vantagens que

po3sivel fosse.

Essas concessões obtiveram-se,

comb pôde ver quem leia serena e

RoscofV, vendo-a e adivinhan-

do-lhe o pensamento, perturbou-

se.

Todavia fez sobre si mesmo um

violento esforço e passou a mâo

pela fronte innundada de suor.

Morgand continuou:

—Mandou maÍ3 assassinar Mau-

ricio de Miremond, e foi ainda o

raonomano, inconsciente do seu

crime, e seu cúmplice sem o sa-

ber, quem commetteu esse crime.

A esta revellaçâo respondeu

um grito abafado.

Branca caira de joelhos, juntan-

do as mãos, exclamando:

—Mauricio! meu irmão!... Foi

elle... Miserável! miserável!

Roscoff tremia. Abandonava-o

toda a sua energia.

E' porque tinha medo agora, e

porque ia ver-se obrigado a cur-

var a cabeça diante d'aquelles ho-

mens que o accu8avam.

Pedro Morgand proseguiu:

—Finalmente, depois de ter fei-

to estrangular um velho, afogar

uma creança, atacou o chefe da

escrupulosamente o tratado e o

confronte, não com mappas falsos

preparados por opposições faccio-

sas, mas com os raappas ofliciaes.

Nâo são tantas quantas os nos-

sos direitos adquiridos em Africa

nos levavam a esperar?

Pode ser que nào sejam; mas,

compensado, são muitas para o

que se poderia aguardar depois

da intrincada fórma em que o mi-

nistério progressista deixou a

questão.»

O Jornal da Feira:

*O que se está lendo nas gaze-

tas progressistas causa asco.

N'ellas não se defende a patria,

defende-se a politica, mas nào a

Klítica na accepçào pura da pa-

;ra, a arte de governar, mas a

arte de governar êe.

Os gazeleiros progressistas eó

procuram especular com a igno-

rância do povo; e para conseguir

este fim, mentem sempre, esque-

cendo-se do que fizeram quando

esteve no poder o governo da ou-

tra metade e que fez a concordata,

celebre tratada que em Ceilão pro-

duziu desespei o, preferindo alguns

catholicos tornarem se idolatras.»

O Jornal de Vizeu:

«Agora querem representar a

pantomima sob a chrisma de—

meetings.

As nossas informações dizem-

nos:

que os progressistas do centro

de Lisboa mandaram voz d'ordem

aos seus socios das províncias pa-

ra que preparassem comícios, que

coincidissem com a reunião do

parlamento n'eate mez.

N'esses ajuntamentos devia fe-

rir se a corda sensível do patrio-

tismo sob pretexto do tratado

ai.gloluzo, e mascarar-se o me-

lhor possível a influencia partida-

ria para vér se o povo se deixava

embalar e se declarava indigna-

do.

Depois a comedia do costume.

Oa jornalistas republicanos e os

progressistas—que estão unidos,

pela centesima vez, em abraço

fraternal, apontavam para a pro-

funda indignação do povo, e en-

toavam o hymno da independen-

cia com este estribilho :

«Portugal inda tem homens.»

O Districto de Villa Real:

•«E3tá fora da discussão mais

importante do paiz na actualidade

a imprensa opposicionista, que

desce a uma critica apaixonada

dos homens de Estado, discutindo

e arae8quinhando as suas indivi-

dualidades sem entrar no assum-

pto que se debate—o tratado Lu-

so-Britanico.

Um ou outro jornal, em que es-

crevem homens de reconhecida

competencia para tratarem do3

nossos interesses Africanos, como

fcendo Portugal uma das primeiras

nações coloniaes, occupa-se em

discutir a sério as bases do trata-

do, que vae ser submettido á apre-

ciação do parlamento.

Isto porém representa uma ex-

cepção.

Os resto dos jornaes do paiz não

discutem, esvurmam as chagas

das suas malquerenças particula-

res para lançarem as suas pútri-

das matérias contra o governo,

que negociou com a Inglaterra.

De alto a baixo nas columnas

d'esses jornaes só se leem diatri-

bes lançadas com o único fim dc

alarmar e excitar a opinião publi-

ca do paiz.

família Miremond, e armando um

laço ao conde Gilles, tentou igual-

mente fazel-o desapparecer do nu-

mero dos vivos.

—E' realmente singular o ro-

mance que me eslá contando, dis-

se Roscoíf com voz surda.

E Branca exclamou, cheia dc

terror:

—Foi elle que assassinou meu

irmão e meu pae ! O' meu Deus,

que castigo merece este homem?

Roscoff ouviu-a e então come-

çou para elle um verdadeiro sup-

plicio.

Em seguida disse quasi que

inintelligivelmente:

--Em que loucas apparencias

se baseia o senhor para me accu-

sar de semelhantes atrocidades?

Nâo me conhece já de longa data?

Não mostrei eu o quanto era de-

dicado á família de Miremond?

Para commetter todos esses cri-

mes não seria necessário que eu

estivesse atacado de uma loucura

semelhante á que suppõe n'essc

tal João More?

Esta forma de proceder não é

seria.

São os novelleiros que berram

contra o existente, espreitando a

opportunidade de caçarem nas

aguas turvas.

Incitam á rebelião para pesca-

rem no meio do tumulto.

Sâo imbecis, que nem ao menos

se lembram de que a revolução, a

anarchia, que elles pregam com

tanto ardor, eomo os apostolos de

ideias evangelisadoras, pôde es-

magal-os por sua vez.»

A Gazeta de Fafe :

«O sr. Hintze Ribeiro para nósr

e creiam que aqui nào ha vislum-

bre de politica, n'um caso assim,

fez o que talvez ninguém fizesse.

O que porém elle nào podia fazer

era milagres, era tirar das costas

o grande peso que os progressis-

tas lhe deitaram. Fes e fez mui-

to.»

Purgações

Curara-se garantidamente com

a marmelada g'obosa. Peio cor-

reio 610 réis.

Pharmacia Almeida, rua da Ma-

gdalena, 134.

Pedcm-nos a publicação do se-

guinte:

Barcarena, 5.

Chamamos a attenção da ex.1"-

auctoridade a quem o caso compe-

tir, visto que a camara muuicipal

de Oeiras continua faltando aos

seus compromissos, para o abas-

tecimento d'agua d'esta povoação;

pois que todo este verão temos

luctado com a enorme falta d'agua

para consumo.

Em seguida ao nosso ultimo apel-

^o,vieram os camaristas e um pe-

rito fazer medições para a nova

canalÍ8ação; julgámos que, embo-

ra tarde, veríamos cm fim atten-

didas as nossas justas queixas;

mas muito passageira foi a nossa

illusâo, poi que, ao que parece,

aquellas medições foram uma ver-

dadeira «poeira nos olhos.» Pou

cos dias depois vimes com surpre-

za que a camara municipal man-

dava fazer una insignificantes re-

paros na antiga fonte, que está

condemnada, como a referida ca-

mara muito bem sabo, e de que

tem uma frizantissiina prova na

remessa que se lhe f^z de uma

garrafa lacrada , contendo uma

amostra d'agua tjue bebíamos e

onde se veem immundicies e até

escremento, por que a canalisa-

çào passa por umas sargetae.

Quando nas ultimas eleições re-

elegemos a actual camara, foi na

persuasão de quo satisfaria aos

seus compromissos, e n'elles se

mencionava em primeiro logar, a

nova canalisação o chafariz.

Sempre esperávamos do sr, Aze-

vedo, mestre da fabrica da pol-

vora, e actual camarista, ura bo-

cado de boa vontade junto doa

seus collegas para promover o

bem estar do povo deste logar,

mas enganámo-nos porquo esse

senhor emprega todo o seu tempo

fazendo propaganda republicana.

Esperamos pois, e pedimos á

auctoridade competente, empre-

gue os meios ao seu alcance para

que este eBtado de cousas cesso,

ordenando á camara municipal de

Oeiras que sem demora mando

fazer a canaliaação o o chafariz,

dando assim execução ao encana-

mento, que nos consta já estar

aprovado, e incluindo no mesmo

a verba destinada para este me-

lhoramento que é da mais urgen-

te e instante necessidade.

P.

—João More já não existe. Fez

justiça pelas suas próprias mãos,

se bem que não era culpado, por

íèso que não tinha a consciência

dos seus actos. Se não fosse isso

elle mesmo viria explicar lhe, Ros-

coff, como era que o senhor provo-

cava n'elle os acesíos do febre fu-

riosa aconselhando o a que bebes-

se, a titulo de calmante, uma so-

lução de pós de stramonio. E nin-

guém ignora, e o senhor abida

menos que os outros, que os pós

de 9tramonio são em excitante

violentíssimo. João More poderia

dizer-lhe que depois de ter bebi-

do essa soluçãl) de stramonio, caia

n'uma especie de segunda vida

da qual se nào lembrava absoluta-

mente nada e que ficaria sendo

um mysterio para toda a genter

se nÓ3 nào tivessemos adivinhado

( Continua).

Jci.es Mary*

Roscoft recuperára, pouco a

pouco, todo o seu sangue frio.

I ma só cousa o impedia porém

de ter o animo completamente se-

reno:

Era a presença de Branca, d'a-

quella que julgava sua filha, a

quem amara e por amor da qual

commettera todos os seus crimes.

Esperava que aquelles que se

haviam apoderado d'elle, lhe iam

formular uma accnsaçâo cm re-

gra, o que pouco lhe importava,

mas o que nào desejava era que

Branca ouvisse essa accusaçào:

Replicou pois a Morgand, em

tom frio:

—Não os reconheço por juizes,

nào sei em que condemnação te-

nha incorrido e desejava que me

explicassem a singular mystifica-

çào de que sou victima. Se ha er-

ro, ha muito que elle dura, e faz-

lhe8-hei notar que procedem com-

roigo como com um criminoso vul-

gar. Admirou-me tanto a agg. t-s-

pào que me foi feita, que nem mes-

mo tive tempo ainda para mc zan-

gar. Agora, porém, esgotou-se a

rainha paciência... Estou prom-

pto para os escutar.

—Roscoff, disse Morgand com

voz que tinha n'aquelle momento

uma gravidade singular, não pro-

cure negar^que é inútil. Accusa-

mol-o de tres crimes.

—Quaes? perguntou o infame

em tom ironico.

—Mandou estrangular o barão

dc Crévecoeur por João More, ura

monomano, ataeado de delírio da

perseguição, delírio esse que o se-

nhor explorava em proveito seu.

—A prova?

—Já lh'a vamos dar.

—Qual o motivo do assassínio?

—Já lh'o diremos.

Branca, extremamente pallida,

levantára-se e oa seus olhos ar-

dentes, brilhantes de febre, nào se

despregavam do rosto do Roscoff.

—Ah! murmurou ella, começo

eu a comprehender ou enlouque-

ço?

E permaneceu de pé junto de

Morgand.

Page 3: -Ta > 4 - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1890-09-09/j-1244-g_1890-09-09_item2/j... · o Baile do mascaras», e muito mais ... ta «bichinha gata » lhe temos fei- to, e cila,

DIÁRIO ILLÍSTR4DO

te-

di-

ali

0 cholera

O nosso digno consul em Cadiz

quo se achava com licença em

Lisboa, recebeu hontem um

legramma d'aquella cidade,

zendo-lhe terem apparecido

alguns casos de cholera.

O digno funccionario parte ho-

ja mesmo para Cadiz.

# #

A epidemia continua no mesmo

estado em Ilespanha.

*

Lazareto de Santa Luzia

Quarentenários entrados?

Dia 3 de setembro—1.

Dia 4—'1.

Dia 5—nenhum.

O Diário do Governo publicou

hontem o seguinte:

«Por ordem superior, e em con-

formidade dos regulamentos e pro-

videncias adoptadas com referen-

cia á entrada das procedências de

Hespanha no reino, emquanto ali

persistir a epidemia de cholera

morbus, se declara o seguinte:

1.° E' absolutamente prohibida

a admissão de trapos, artigos de

cama, adornos de quarto, como

ripetes, cortinas e reposteiros, mo-

mi biíia usada, mobilia estofada ou

forrada de tecido, calcado novo ou

usado e fatos velhos (exceptuando

o que for da bagagem do passa

geiro), fructas, hortaliças e legu

mes, incluindo os alhos, pimentos

verdes e mais artigos congeneres,

crina vegetal, estrumes, matérias

organica3 em decomposição, des-

pojos de animaes, como sangue,

couros, peites, crina animal, pen-

nas em estado natural, cabellos e Londres, 7, /.

ossos, carne verde, ensacada ou

salgada, colla, gelatina, bagaço

de uva ou de azeitona, wagons de

passageiros, carruagens usadas,

pào fabricado e productos simila-

res do pào, fermento, gado laní-

gero, caprino e suino, aves vivas

ou mortas, lebres e coelhos vivos

ou mortos, ovos, mel, cera em ra-

ma, leite e lacticinios, e de quaes-

quer outros objetos ou semoven-

tes, a que por a\1so publicado no

Diário do Governo, se estenda a

mesma prohibição.

2.° Pode ser auctorisada nos

termos e sob as clausulas quo se

julgarem convenientes, por des-

pacho ministerial sobre requeri-

mento, referido cada um a deter-

minada remessa, e em vista da

prova da respectiva procedencia,

condições de expedição e outras

circumstancias atteiidiveis. mao

sem que qualquer despacho se

possa julgar applicavel a mais

que a remessa especificada no re-

querimento, em que for proferido,

a entrada de lãs sujas ou lavadas,

em transito ou com destino ao rei-

no, enr fourgouB selladoa ou não,

gado bovino, muar, cavallar ou

outros animaes, cuja admisào não

esteja absolutamente prohibida,

uvas e outras fructas em caixas

fechadas e em transito para o es-

trangeiro, fructas secca8 também

em transito, substancias medica-

mentosas, drogas de origem vege-

tal ou anima!, liquidos em «vaei-

infectados com a agua a ferver e |

solução de sublimado corrosivo;

^ g) Os mais artigos de commer-

cio ou de uso proprio, não desi-,

gnado8 já n'este numero ou nos

antecedentes, e incuindo os ador-

nados de pelles finas; sendo des-

infectados por atmo8phera sulfu-

rosa durante doze e em seguida

arejados durante quarenta e oito

horas, ou por quaesquer outros

processos que lhes sejam especial-

mente applicaveis;

5.° Das bagagensjdos passagei-

ros serão inutilisados os objectos

cuja admissão seja prohibida, e

os restantes, depois de devida-

mente desinfectados por atmos-

phera sulfurosa ou solução de su-

blimado corrosivo, entregar se hão

aos seus donos quando tiverem li-

vre pratica.

6.° Continua em vigor o aviso

de 13 de agosto ultimo, relativo

á correspondência, amostras e en-

commendas postaes, continuando

também a ser admittidas. sem be-

neficiação as malas postaes em

simples transito, vindo resguar-

dadas por envolucros devidamen-

te alcatroados ou saturados de

acido phenico.

7.° Quando alguma urgente ne-

cessidade da defeza sanitaria

assim o exija, será alterado qual-

quer dos preceitos que ficam de-

clarados, sem dependencia de pre*

via publicação, a qual se fará logo

que seja possível.

Secretaria d'estado dos nego-

cios do reino, em G de setembro

de 1890.—Arthur Fevereiro.»

Madjid, 8, m.

Nas seis províncias hespanliolas

contaminadas, Albacete, Alicante,

Badajoz. Tarragona, Toledo e Va

lencia. houve hontem mais 50 ata-

ques de cholera e 28 obitos.

A secretaria do governo local to-

mou providencias a respeito da im-

portarão em Inglaterra dos trapos

procedentes de Hespanha,

(liavas).

Candeeiros de segurança

No armavem de Novidades dos

srs. João Cardoso & C.a, rua do

Carmo, 90, 1.° acha se á venda

um candeeiro de nova invenção,

que é de uma vantagem incontes-

tável

Torna-se impossível uma ex-

plosão da petroleo em tal can-

dieiro, ainda mesmo quando por

um acaso qualquer elle tombe, o

que nos candieir08 antigos cons-

titue um perigo.

Uma valvula collocada na par-

te estreita do pé tira o ar, apa-

gando a luz no momento em que

se queira, bastando para isso sol-

tar a mesma valbula alargando a

mão com que se segura o candiei-

ro.

Por esta forma, se a luz amea-

ça communicar-se ao petroleo, ra-"

pidameute tal caso ss evita, sem

perigo para ninguém. Se uma

creança se lembrar de pegar no

candeeiro, esta apagar-se-ha im-

mediatamente, porque só manterá

a luz eonservando-se lhe aberta

a valvula.

E' engenhoso,apesar de simples,

offerecendo principalmente uma

grande segurança, que os outros

lhas de madeira, tabaco em folha candieiros não apresentam.

ou manipulado, e a de outros ob-

jectos, a que seja ampliada esta

providencia.

3.° Teem livre admissão até ul-

terior aviso: os fourgons abertos,

vasioB e sem communicaçào do

pessoal da machina que os condu-

ção zir, o minério e carvão mineral a

granel, e em fourgons abertos, que

não tragam outra carga, metaes

em bruto ou trabalhados sem en-

volucros susceptíveis, madeira de

construcção ou cortiça também em

fourgons abertos e sem mais car-

ga, e as substancias consideradas

desinfectantes chimicos com qual

quer tara.

4.° São admissíveis mediante

as beneficiações ^que respectiva-

mente lhes vão designadas:

a) Legumes seccos, cereaes e

minério em saccaria, prodnetos

mineraes em saccos ou em caixas,

carvão vegetal em saccos, e pi-

mento moído em saccos; mudados

sob incommunicação os envolu-

cros, que desde logo reverterão

para o ponto de procedencia, ou

serão beneficiados no posto de

desinfecção;

ô) Drogas de origem mineral,

desinfectando-se as taras e subs-

tituindo-se os envolucros;

c) Vasilhame vasio, sulfurando-

se internamente;

d) Legumes e carvão vegetal a

granel, sendo arejados durante

dois dias:

e) Peixe fresco, mudados os

cestos ou celhaa e sob incommu-

nicação dos portadores;

/) Fourgons fechados ou de

transporte de animaes, sendo des-

Pelo estrangeiro

TELEGRAHMAS

Paria, 7, n.

Em consequência d um artigo re-

cente do «Gil Blas» chamando porco

ao auctor dos «Bastidores do Bou- langismo», bateram se hoje em

duello os srs. Mermeix e Labruyére,

ficando este ultimo ligeiramente fe-

rido n um braço.

Um tal Sosion, organisador d uma

reunião anarchista em Roubaix, ao

ser preso hontem á noite, feriu a

tiros de rewolver dois agentes de

policia.

Com relação ás condições de

luz, que nos dizem ser magnifi-

cas, /aliaremos depois da expe

riencia a que vamos submettel-o

em casa sobre a secretaria do

nosso gabinete de trabalho.

Depois communicaremos aos

leitores o resultado d'esaa expe-

riencia.

Se corresponder, como acredi-

tamos, ao que no annuncio se pro-

mette, é de uma extraordinaria

utilidade.

E' tal a convicção queoannun-

ciante tem das vantagens dos no-

vos candieiros á venda na sua ca-

sa, que se promptifica a restituir

a importancia quando o compra-

dor não fique satisfeito. Tem obri-

gação de ser bom.

Prisões a bordo

Foram hontem presos a bordo

do paquete que .seguia para os

rtos do Brazil, João Rodrigues

oeiro, de 25 annos, solteiro, de

Arcos de VnlledeVez; e José Ma-

ria d'Almeida Izidoro, de 2õ an-

nos, d'Oliveira do Hospital.

A captura foi por teutarem se-

guir viagem com documentos que

lhes não perteuciam.

Hydrophobia

Seguiram hontem no comboio

da noite paia Paris, para serem

trafadoa no instituto Pasteur, a

expensas do governo, Manuel Se-

bastião e seu filho Sebastião Ma

nuel, que hontem mesmo foram

mordidos por um burro hydropho-

bo em Santarém.

Quebec, 7, m.

Houve um incidente a proposito

do jantar dado pelo governador ao

príncipe Jorge de Galles. 0 cardial

raschereau, arcebispo d esta cidade,

reclamava logar á mesa ao lado do

príncipe; mas, como a questão de

preeminencia fosse resolvida em

sentido desfavorável, absteve-se de

assistir ao jantar.

Buenos-Ayres, 7, m.

As duas camaras argentinas appro-

varam o projecto de lei sobre as

finanças.

Vienna, 7, t.

A cheia do Danúbio continua cres- cendo. Em l'raga desappareceu todo

o perigo da inundação. Está resta

beleciua a circulacão nos caminhos

de ferro.

S. Petcrsburgo, 7, t.

0 tzar e a família imperial parti-

ram para Wolfryne a lim de assisti-

rem as manobras militares.

Belgrado, 7, t.

0 ex-rei Milan partirá de Belgra-

do no dia 14 d este mez.

Qravenstein, 7, t.

Por occasião da revista da esqua- dra o imperador Guilherme levan-

tou um brinde á marinha dizendo

estar certo de que esta se desempe-

nhará briosamente de todos encar-

gos, por mais diftleeis que sejam,

para gloria e bem da pstria.

Buenos Ayres, 7, i.

0 congresso approvou os proje-

ctos de lei concernentes á emissão

de CO milhões de «pesos» em bilhe-

tes da thesouraria e a uma nova

emissão de cédulas na importancia

de 15 milhões.

Foi enviado para Entre rios um

regimento de artilheria com 50 ca-

nhões.

0 governo ordenou que todos os

navios efl'ectuein d'aqui em diante

as suas descargas no porto do Ma-

dera ultimamente construído.

Likge, 7, n.

Foi hoje ás 10 horas da manhã a

abertura do congresso, das institui-

ções sociaes, estando presentes 1-000 pessoas. 0 presidente leu uma

carta do bispo de Madrid. O con-

gresso teíegraphou homenagens ao

rapa, cujos ensinamentos o bispo

de Liége recommendou que sejam

seguidos. Vários oradores falaram

sobre o movimento irresistível aue

transforma o regimen do traba- lho.

(Navas.)

Telegrammas do Porte

PORTO, 8, ás 3 3[4 h. t. —Ao

Diário Rlustrado.

Esta madrugada# houve incên-

dio n'uma padaria da rua Cedo-

feita, pertencente a Cypriano Pra-

ta Paes.

Os prejuízos, seis contos de

réis, foram cobertos pelas compa-

nhias olndemnisadora» e Previ-

dência.»

Alvaro Castellões partiu esta

manhã para Braga.

R.

PORTO, 8, n. — Ao «Diário

Illuatrado».

No rio Tamega, perto de Villa

Pouca d'Aguiar, foi encontrado o

cadaver d uma rapariga de-15 an-

nos com o pescoço degolado e

apresentando signaes de desfio -

ramento.

—Chegou aqui esta manhã a

bordo do seu yatch de recreio, a

gran-duqueza de Meklemburg.

Depois do almoço desembarcou,

visitando, acompanhada de Costa

Basto a Bolsa, o Palacio de Crys-

tal e vários outros pontos da ci-

dade.

R.

So

R

Chamamos a attenção doa srs.

directores da companhia dos car-

ris de ferro de Lisboa para a fal

ta de carros que se tem dado na

chegada dos comboios do Cascaes

a Lisboa fazendo com que os pas-

eageiros tenham de vir a pé des-

de Algés até Belem, e ainda

assim não encontram carro, sendo

reciso o expedidor pedir pelo te-

ephone para a companhia lhe

mandar carros, como ainda do-

mingo succedeu, a 1 hora e 40 mi-

nutos da noite, para que os passa-

geiros podessem vir para Lisboa.

Não c a primeira vez que pedi-

mos a atteução da companhia car-

ris de ferro para este assumpto, e

repetimos o pedido, não só a essa

companhia, como* a todaa as ou-

tras em prezas de viação, porque

a falta de carros é geral.

Variola

O sr. Teixeira, commissario da

1.* divisão policial, e o sr. dr.

Schindler, sub-delegado de saúde,

voltaram hontem de manhã á ilha

dos Grillos, so Beato, onde a epi-

demia variolosa tem feito alguns

estragos.

Agora só encontraram umas

quatro pessoas atacadas ma3 já

em via de restabelecimento.

O er. dr. Schindler vaccinou

cerca de 100 creauçaa da ilha dos

Grillos.

O sr. commiasario Teixeira, e o

sub-delegado de saúde que o

acompanha são dignos da elogio

pelo zelo e assiduidade com que

tem andado nas visitas sanitarias

na area a seu cargo.

Infeliz

Gertrudes Magna, moradora na

rua do Arco a Jesus n.° 149, loja,

é uma infeliz, que lucta com a

maior miséria.

Grande bomba

Anda toda a gente intrigada

com o silencio da empreza do

Jardim Zoologico, e é caso para

isso.

Tal silencio quer por certo si-

gnificar alguma coisa e não se

nos dá apostar em como está pres-

tes a rebentar grande bomba.

Veremos.

Pregador gymnasia

Refere um jornal que em Lon-

dres ha um prégador que, para

fazer crer ao auditorio a facilida-

de que ha em cahir no inferno, se

põe a cavallo no púlpito e d^alli

escorrega para baixo e, para pin-

tar ao vivo quanto é difllcil subir

ao ceo, repete a operação em sen-

tido inverso, naturalmente com

algnma difliculdade. O caso éque

as pantominas do tal inglez teem

sido um bello reclamo. Toda a

gente o vae ouvir, só para o ver

fazer gymnastica.

A roda do Figaro

Scena8 conjugaes:

Ella—Ora que não se passa um

domingo sem que tu venhas be-

bedo para cara casa! ..

—Então que queres tu minha

filha? passo os dias santos a be-

ber á tua saúde!

mães para deposito—Musica aos do.

mingos e dias santificados.

Entrada geral 100 réis.

lyp. «o "Diano íllustrado"

T. da QnelDtada, 3K

Joaquim Augusto da Costa

FABRICANTE

Fornecedor exclnaivo do

Htiiftaterlo do* Nego

cio* Estrangeiro*» So-

ciedade de Oeoftra-

pliia* de ©*-

timbra, ele.

Com oilicina na roa de S

Mão, 110 3.°, onde tem na

completo sortimento no sen

genero o deve ser dirigida

toda a correspondência.

Nazareth

Muito concorridas as festas a

Nossa Senhora da Nazaieth, que

começaram hontem.

Da Figueira da Foz e Torres

Vedras, foram 4:954 passageiros.

As festas prolongam-se até sab-

bado proximo.

Reina enthusiasmo, e os attrac-

tivos são este anno tentadores.

NAZARETH, 8, ás*7-2S t.

Ao Diário Illustiado.

Tourada boa, touros bravos.

Teve as honras da tard-j o caval-

leiro Fernando d'Oliveira, que

toureou 3 touros com elegancia e

arrojo. Os demais artistas, bem.

Enchente.

(Do nosso correspondente).

Louco

Está dettido n'um dos calabou-

ços do governo civil e vae hoje

para Rilbafolles, Paulo Augusto

Soeiro Rebel lo, por se achar ata-

cado d'alienação mental.

O alfayate ManueL dos Santos

morador na rua do 'Arco do Li-

moeiro n.° 18, loja, foi preso hon-

tem de tarde, por insultar de pa-

lavras e de gestos o soldado n.°

143 da 8." companhia da guarda

municipal que estava de sentinel-

la á porta da estação do hospital

da marinha.

Augusto dos Santos, marítimo,

e Hortência Ferreira, mundana da

rua das Fontainhas a S.jLoureuço

envolveram-se em desordem.

Houve toques d'apito eaccudin-

do a patrulha da municipal foram

presos os desordeiros.

Cyrio de S. Estevão de Allama

O cyrio de Santo Estevão apre-

sentou-se este anno com grande

pompa.

Além de decencia e boa ordem

que conservava, foi acompanhado

pela charanga de artilheria 4, uma

philarmonica e uma força de guar-

da municipal.

Ao passar o préstito pelas ruas

do bairro, queimou se muito fogo

de bengalla e luzes de electrici-

dade que produziram um bello

effeito.

Foram promotores da festa os

srs. Gervásio Martins da Costa e

Antonio Miguel.

O sr. Francisco José Cardoso,

dono d'um botequim no largo da

Mouraria n.° 15, tinha no seu es-

tabelecimento como marçano o

menor de 12 aunos Miguel Preito.

Dois sujeitos .que iam ao bote-

quim, Francisco Pereira Coutinho

e Antonio Igreja d'Araujo, desen-

caminharam o menor e a pretexto

de lhe arranjarem outro patrão

que lhe pagasse melhor ordenado

do que ali ganhava, foram-lhe

apanhando boa porção de charu-

tos de 20 réis que o rapaz tirava

do estabelecimento.

O sr. commissario, tendo recebi-

do queixa do sr. Cardoso, mandou

para juizoo menor e os dois socios.

Consta nos que está incommu-

nicaAel n'um callabouço dogover-

ao civil um empregado da Peni-

tenciaria, que pelo que ouvimos,

exercia ali o logar de thesourei-

r°- ^

Não sabemos o motivo da de-

tenção.

Sahiu hontem da Penitenciaria

onde esteve cumprindo a pena de

20 mezes de prisão pelo crime de

estupro Antonio Fontes natural

de Pinhel.

Seguiu hontem mesmo no com-

boio da noite para a sua terra.

Figueira da Foz

6 de setembro.

N'esta bonita cidade-praia a

animação tem crescido desde o 1.°

d'eate mez; é porque o mez de se-

tembro é o preferido e o melhor

para os banhos de mar.

Animação dissemos, não é bem

assim, porque cila spenas se no-

ta de manhã, na praia; depois,

desde as 9 horas até ás 6 da tar-

de não se vê viva alma.

Em compensação á noite, nos

clubs, especialmente no : «Casino

Mondçgo,» a enorme colonia bal-

near diverte-se, fazendo muaica e

dançando até a meia noute, hora

a que a madrugada do banho

obriga toda a gente a ir procurar

repouso nos braços de Morpheu.

—Debutou, hontem, no circo,

uma companhia portuense de ope-

retta, com o —Si fetais roi.— O

desempenho foi regular e a com-

panhia agradou. Vamos pois ter

umas noites njenos mal passadas.

—O immen80 calor que tem fei-

to não nos dá licença que saiamos

em 'busca de novidades á sensa-

tion, mesmo n'esta pacata terra

ellas não abundam; mas citaremos

uma, pela sua excentricidade:

Na estação dos caminhos de fer-

ro todas as bagagens dos passa-

geiros procedentes de terras por-

tuguezas são cuidadosamente re-

buscadas para se saber se trazem

objectos estrangeiros! Parece-nos

isto um trop de zele único nos an-

naes da nossa fiscalisação.

Em fim quod abundai non nocet!

( Correspondente).

cusasisTIU

Charada* llatliematica*

2, Peixe—r+l=metal

2, Villa—x-Hç==cídade.

3, Palhaço—l-M—fructa da índia.

Petit-poulet.

Decifração das charadas do nu-

mero anterior.

Acopo—Rodoque—Cachopos— La-

gosta—Odemira—Gahique.

ENpeciacuKo*

8 3i4 h.—PRINCIPE KRAL

0 Porto em 2 actos e 6 quadros

Siinâo, Simões e C.a

8 lp—RDA DOS CONDES.

Reino das mulheres

8 3j4—AVENIDA.

As 20 mulheres do rei

50 nlo de abatimento

8 1|2— REAL C0LYSEU.

Um baile de Mascaras

8 3/4—C0LYSBU DOS RECREIOS.

Filha da madame Angot.

entrada por meis preços.

JARDIM WJULOGJliU - Kxooaiçl

permanente d'animaes—Vonclaa ga-

rantidas d'animaes, ovos. plantas se-

mentes, etc., etc.—Rscebem-se ani-

mi l mu

Cirnrgião dentista

ds suas magestades e altezas

£ua do ArMexxal» VOO. 1,"

pOLLOCAM-SE dentes desde nm

^ até á dentadura completa.

Tratamento especial em moléstias

na bocca. 23

Rosas de. ..

(^ue saudades! Sempre na lem-

~ brança.

Condecorações

49, Rua Áurea, 51

A. C. Bragança & Moniz

TEM um completo sortimento de 1 todas as ordens, grau-cruzes,

commendas, hábitos, medalhas mili-

tares, fitas, rosetas e laços para as

ditas; e ha commendas de Christo e

da Conceição em brilhantes. 10

Ce nào me responderes comovos

° pedi, acabarei de me conven-

cer'que foi para mim grande desa-

graça conhecer-vos.

SâNDALO.iMIDY

Approvodo pela Junta d'Hyglona do Río-de-Janelro.

Supprime a Copaiba, as

Cubebas e as Injec-

ções. Cuia em 48 boras

todo e qualquer corri-

mento. E' da maior effi-

cacia nas afTecções da

bexiga, torna as urinas

claras por m<iis turvas

que sejâo. Como garantia,

cada capsula leva

impresso emnegro|

o nome

PARIS, 8, Rua Vivienne

E NAS PRÍNCIPES PHARKACIAS.

O Appelido

Não me é possível dizer-lhe por

este meio o que deveras sinto

porque muito dezejava conhecer quem me escreveu o

bilhete.

mysterioso

Armazém de novidades

João Cardoso & C.a

(ex caixeiro do armazém Inglez

da R. do Ouro

OO, Rua do Carmo. 1.°

XT ALAS com e sem estojo para iU viagem, luvas de couro da

Russia para senhora e homem, car-

teiras e portemrmaies, estojos para

barba, artigos para brindes, cadei-

ras, cestos, etc., etc.

Deposito dos afamados candieiros

que evitam explosão de peproleo.

Attende-se qualquer pedido para

a província. (Pede-se uma visita a este novo

estabelecimento).

/ \uando falias em finezas e fa-

V vores não posso deixar de

me rir, e peço-te que não digas tal,

que causas irrisão.

: Parganie nas Famílias.

TfENDE-SE nas principaea

j pharmaciaa e drogarias.

Agentes geraea: James Óasssel

& C." rua de Mousinho da Silvei-

ra, 1517. l.°. Porto. 19

P. A.

I^slrclla, sois cada vez mai Aj cruel, mas isto não impedir

que eu continue a amar vos até

morte.

Em troca d'f ssa indifferença esma-

gadora e pertinaz continuarei pois

a dedicar-vos um affecto cada vez

mais respeitoso.

K para vos ser agradavcl, evitarei

quanto possível, obrigar-vos a mu

dar de trajecto X.

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SSIBIO 1LO SVRiDO

Estabelecimento hydrologico de Pedras Salgadas. Abriu no dia

COLLECÇÃO

CAMILLO CASTELLO BRANCO

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Publica-se cada mez um volume brochado da COLLELÇÃO CAMILLO CASTELLO BRANCO

Papel do melhor, typo coniplelamente novo e muito legível, e formato elegantíssimo

EM PORTUGAL: — Cada volume brochado, 200 réis. Encadernado, 300 réis

Acham-se já publicados os seguintes romances:

A ENGEITADA

O BEM E O MAL

O SENHOR DO PAÇO DE NINÃES

O ESQUELETO

A MULHER FATAL

MYSTERIOS DE FAFE

OS BRILHANTES DO BRASILEIRO

O SANGUE.

ANNOS DE PROSA

ESTRELLAS PROPICIAS

VENTE HORAS DE LITEIRA

O REGICIDA

A FILHA DO REGICIDA

NO PRELO:

MYSTERIOS DE LISBOA

Em Portugal assigna-se no Escriptorio da Empreza, Travessa da Queimada 35 Lisboa

Filtros

Para purificar agua,

Machinas para limpar facas.

Antiga casa José Alexandre

Hua Garrett. IO e 12

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NADA HE GABELLOS BEáiOOS

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a ÚNICA Que pinta os cabcllos c a barba em todas cores SEffif? OS LAVAR antes (la appUcaç3o. — Os resultados são garantidos,.

DESNOUS, p rfunFsta, 102, tua Richelieu, Paris. En lodos Bazares, Períaicaria?, Fhirraarias.

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W* 'P* Anemia — Chloroae ^ Debilidade — Conaumpção

0 FERRO BMVÃÍS,

representa exactamente o ferro contido na' ' economia. Experimentado pelos jiriaripae* mcdicos j.lo unindo, passa iinmediataiucDte no sangue,

tio occasioua prifSo de renire, não cansa o, esiomago, nlo enrifgr*!ce os deutes.— Toineiu-se cinte guitas em cada comida. Exij*-« i Terda !eira Sara. — Tea Jí-te ia todas as ttuaueiíí. 1 OH HAion : 40 & 42,rue St-Lazore, PARIZ.

m

APSULAS RAQUIN

Acabaram-se

as explosões de petroleo

APPfíOVADAS PELA ACAOEM/A DE MEDICINA OE PARIS. Estas Capsulas CURAM SEM EXCEPÇÃO Os Fluxos Agudos ou Chronicos

ÍOO CURAS EMlOO DOENTES TRATADOS PELA ACADEMIA.

COMPLEMENTO DO TRATAMENTO PELA INdECÇA O RA QUÍN, • Muito util também como PRESERVATIVO Exija-9E a Assignatura RAQUIN

e o Sello official do Governo Francez. • 1

PARA 1891

PORTUGAL E BRAZIL

AWO 22.°

?Todos devem uzar os candeeiros de segurança principalmente as ca- 1 sãs que tenham crianças, pois apagam-se por si, instantaneamen-

te, em caso de qualquer acciaente.

Servem para leitura, serões, escadas etc. e dão melhor luz que cs vulgares.

Itestitue-se a importancia, quando, convencidos, que nao ofTerecem

«stas vantgaens

Para a provincia attende-se qualquer pedido. I

ARMAZÉM DE NOVIDADES

João Cardoso & C.a

Real Academia de Amadores de Musica

AVISO

Reunião da asstmbléa geral ordinaria

POR determinação de ex."0 sr. vice-presidente da assembléa

geral, ó convocada a renniâo ordinaria para o dia 4 de se-

tembro proximo, ás 8 e n ria horas da noite, na séde da Academia,

rua do Alecrim, 46, 1.°.

Nâo comparecendo a esta reunião o numero de socios indicado

• 15.° des estatutos; terá logar nova reanià© no dia 11 do

iez, de conformidade com o paragrgpbo único de mesmo ar-

Lisboa, 19 de sgosto de 1890.

Publicado sob a protecção de S. M. a

Rainha a Sr.8 D. Maria Pia

(Ilustrado com o retrato e biographia da grande 1

jornalista Iranceza

SEVERIN A

POR

GUIOMAR TORREZÃO

I'm elegante e nitido volume de 344 paginas, com uma esplendida ca-

pa em chromo, lytographada nas oflicinas da Companhia Nacional Edito-

ra, collaborado pelos primeiros escriptores de Portugal t Brazil, conten-

do algumas tabellas, artigos interessantes e úteis, receitas, anedoctas,

noticias instructivas, charadas, enygmas, logogriphos e aimuncios dos

principaes estabelecimentos da capital.

Contém mais o novo almanach uma galeria de retratos de

lidades em evidencia, acompanhados de um traço biographico, entre

tros. os seguintes:

Antonio Ennes—Arlhur de Azevedo—Augusto Rosa—Arthur Ravara

(dr.) Alfredo Tinoco—Actriz Barbara—Bartel—Cinira Polonio—Camillo Cas-

tello Branco—Eduardo Brazão-Emilia Candida—Francisco Palha—Got—Ga-

briella Krauss—Julio Cesar Machade—João de Lemos—Julião Gayarre—

João da Camara (D.)—Joanna Samarv—João de Reszké—João Rosa—Je-

suina—Lino d Assumpção—Luiza Miguel-Maria Pia (D, Rainha)—Maria Jo-

sô Canuto—Maria Júdice da Costa—Patrocipio de Biedma—Pinto Bastos—

Reichembcrg—Rosa Damasceno—Serpa Pinto—Theo, e muitos outros re- tratos e gravuras,

A' venda em todas as livrarias de Lisboa, Porto, ilhas e províncias.

Preços: brochado 240, cartonado 320.

Deposito da edição portugueza, Livraria Ferreira, rua do Ouro, 130,

132.

Deposito, da edição brazileira, Livraria Lengan & GeneJoux, 96, Clé-

rigos Porto.

Redacção—Rua de S. Bento, 218, Lisboa.

Faz-se abatimento para revender.

Inspecção Geral de

cavallaria

I^M virtude das ordens doy Minis- 1J terio da Guerra, se faz publi-

co que no mercado geral, que se

deve realisar novdia 10 e í

do mez de novembro do

anno na villa daGoHegã, a

seguintes

corrente

commis-

remonta adquirirá cavallos e

muares no numero e condições se-

guintes :

Cento e cincocnta cavallos (150)

de quatro annos completos a sete

incompletos sendo cincoenta monta-

dos e dos restantes, podendo deixar

de o ser os que não tiverem com-

pletado cinco annos, metade pelo

menos com a altura minima de

1,"51 e os outros com a de 1 ."48

devendo todos ter boa couformação

exterior, temperamento sadio e

isenção de achaques ou defeitos

que possam inhabilital-os para o

serviço Okenta muares de tronco (S0)

de trez e meio annos completos a

seis incompletos, coma altura mi

nima de lm,51.e a robuztez e sani-

dade exigidas para o serviço mili- tar.

Os vendedores iicam sujeitos ás

condições de responsabilidade acer- ca de moléstias e vicios redhibito-

rios que se manifestem dentro do

prazo marcado no § unico do artigo

13.® do regulamento de remonta. Es-

tes prazos são de 30 dias para os re-

cidivos de epilesia e ophtalmia in- termittente e 9 dias para birra sem

detioração de dentes, pulmoeira,

mormo phtisica pulmonar, hernia

inguinal intermitteute, immobilidade

as sobio chronico e laparões,

Dentro dos prazos indicados, tem

o Gcverno o direito de intentar acção

redhibitoria contra o vendedor co-

meçando os mesmos a ser contados

do dia immediato ao da compra.

Secretaria da Inspecção Geral de

Cavallaria 15 de agosto de 1890.

0 Chefe da 2.» secção

Augusto Sebastião de Castro Guedes

Vieira

Capitão do estado maior de cavalla-

Para Londres

O vapor

1 CADIZ

Chegou e sae terça feira 9

Para carga e passagens trata-

no Caes do Sod ré. 64, l.° Os agentes

E. Pinto Basto & C.â

(i. h. Cookc & weylandi

BERLIM S. W. 48

Fabrica premiada e grandíssima

da Europa de

SELLOS

DE GOMMA E METAL

REPRESENTANTES SAO BUSCADOS

Para o Havre e

Liverpool

Cairá depoi« de pouca demora kJ em Lisboa o paquete inglez

MANAUENSE, que se espera em

15 do corrente.

Para carga ou passagens trata-s^

na rua do Alecrim, n.® 10 .

Os agentes

Garland Laidley & C.a 5

Para o Pará, Mara-

nhão e Ceará

C AIP.A' depôs de pouca demora 0 em Lisboa o vapor inglez

MARANHENSE, que se espera em 12

ou 13 de setembro

Para carga e passagens trata-se

na rua do Alecrim, 10. Os agentes

\ Garland Laidley & C.* T

Para Pernambuco e

Parahyba do norte

álIyÉi

C airá depois de pouca demora uem Lisboa o paquete inglez MA-

RINER que se espera em 24 de setem-

bro. Para carga trata-se na rua do Ale-

crim, 10.

Os agentes

Garland Laidley & C.a 4

Para o Pará e Manaus

Mà CAIRA depois de pouca demora

em Lhboa o vapor inglez

CEARENSE, nue se espera em 12 ou

13 de setembro.

Para carga ou passagens trata-se na rua do Alecrim, 10.

Os agentes

Garland Laidley & C." 3 J ' M ■ I M M

Para a Bahia e Rio

de Janeiro

Recebendo carga

para os portos do Sul

Má CAÍRA' depois de pouca demora

° em Lisboa, o paquete inglex HANDEL, que se espera em 10 de

setembro.

Para carga trata-se na rat do

Alecrim, 10.

Os agentes

Garland Laidley & C.*

THE PACIFIC STEAM NAVIGATION COMPANY

Para o Bio de Janeiro, P/lontevideu

Buenos-Ayres, Valparaiso e portos do Pacifico

SAIRÃO OS PAQUETES

•Jonh E'der a 10 desetembro | "Iberia a 8 de outubro

Liguria a 24 de setembro | Aconcagna a 22 de outubro "• Os paquetes John Elder e Iberia farão escala por PeinamDuc«

Bahia para onde só recebem malas e passageiros.

Faz-se abatimento ás familias que viajarem para os portas do Brull

e Rio da Prata.

Na passagem de 3.» classe por estes magníficos vapores, e«tá ccJuttt

vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

k bordo ha creadoscosinheiros portuguezes e medica.

Para Vigo, Bordeaux, Plymouth e

O PAQUETE

IBERIA

Espera se a 9 de agosto,

iara carga e passagens tnta-se coa os agentes:

Liverpool

EM LISBOA

E. Pinto Basto cfc C."

64»—Cae* do Sodré- B4 j

39-

NO PORTO

i7. KendaU. & C.»

Rua do Infante D. Henrique