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www.pwc.com.br Publicação de legislação e jurisprudência fiscal Clipping Legis Nº 162 Conteúdo - Atos publicados em Setembro de 2013 - Divulgação em Outubro/2013 Preços de transferência - Commodities - Alterações - IN RFB nº 1.395/2013 RTT - Novas disposições - Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013 ICMS/SP - Operações interestaduais com bens importados - Alterações - Portaria CAT nº 98/2013 SISCOSERV - Alterações - IN RFB nº 1.391/2013 e Portarias Conjuntas RFB/SCS nºs 1.268 e 1.284/2013

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Publicação de legislação e jurisprudência fiscal

Clipping Legis

Nº 162Conteúdo - Atos publicados em Setembro de 2013 - Divulgação em Outubro/2013

Preços de transferência - Commodities - Alterações - IN RFB nº 1.395/2013

RTT - Novas disposições - Instrução Normativa RFB nº 1.397/2013

ICMS/SP - Operações interestaduais com bens importados - Alterações - Portaria CAT nº 98/2013

SISCOSERV - Alterações - IN RFB nº 1.391/2013 e Portarias Conjuntas RFB/SCS nºs 1.268 e 1.284/2013

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Índice

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Tributos e Contribuições Federais

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Tributos e Contribuições Federais

Alterações na legislação tributária federal - Conversão da MP nº 613/2013 - Lei Federal nº 12.859/2013Em 11 de setembro de 2013, foi publicada a Lei Federal nº 12.859, em conversão à MP nº 613/2013, para alterar dispositivos da legislação tributária federal, dentre os quais destacamos os seguintes, resumidamente, expostos:

Crédito presumido na venda de álcool

Nos termos da Lei, a pessoa jurídica importadora ou produtora de álcool, inclusive para fins carburantes, sujeita ao regime de apuração não cumulativa de PIS/COFINS poderá descontar das referidas contribuições, crédito presumido calculado sobre o volume mensal de venda no mercado interno do referido produto, que poderá ser aproveitado em relação as vendas efetuadas até 31.12.2016, a ser determinado mediante aplicação das alíquotas especificadas.

O crédito não se aplica às operações que consistam em mera revenda de álcool.

Entre a data da publicação da MP nº 613/2013 e 31.08.2013 essa pessoa jurídica poderá optar por um regime especial de apuração do PIS/COFINS e de crédito presumido descrito na Lei.

A Lei trata ainda da possibilidade de compensação e ressarcimento de saldos credores de PIS/COFINS - Importação incidentes nas vendas no mercado interno em várias situações dessa indústria e da possibilidade do Poder Executivo conceder crédito presumido para centrais petroquímicas, nas situações que especifica.

PIS/COFINS sobre a receita da venda de álcool (Lei Federal nº 9.718/1998)

A Lei excluiu o distribuidor da disposição que determina que o produtor e o importador de álcool, inclusive para fins carburantes, sujeitos ao regime de apuração não cumulativa do PIS e da COFINS, podem descontar créditos relativos à aquisição do produto para revenda de outro produtor ou de outro importador.

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PIS/COFINS-Importação - Redução de alíquotas (Leis Federais nºs 10.865/2004 e 11.196/2005)

A Lei em comento reduziu as alíquotas do PIS/COFINS-Importação na importação de etano, propano e butano, destinados à produção de eteno e propeno; de nafta petroquímica e de condensado destinado a centrais petroquímicas; bem como na importação de eteno, propeno, buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno, tolueno, isopreno e paraxileno, quando efetuada por indústrias químicas.

Também foram reduzidas as alíquotas do PIS/COFINS devidas pelo produtor ou importador de nafta petroquímica, incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda desse produto às centrais petroquímicas.

Benefícios fiscais - Alteração de prazo (MP nº 2.199-14/2001 e Lei Federal nº 9.532/1997)

Ficará extinto a partir de 1º.01.2024 o benefício fiscal previsto na MP nº 2.199-14/2001, o qual prevê que, a partir do ano-calendário de 2000, as pessoas jurídicas que tenham projeto protocolizado e aprovado até 31.12.2018 para instalação, ampliação, modernização ou diversificação enquadrado em setores da economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, nas áreas de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM, terão direito à redução de 75% do IR e adicionais calculados com base no lucro da exploração.

A Lei Federal nº 12.859 ora tratada também alterou a Lei Federal nº 9.532/1997 para estabelecer que ficam extintos, a partir de 1º.01.2024, os benefícios fiscais de que tratam os Decretos-Lei nºs 288/1967 e 1.435/1975 (Zona Franca de Manaus), o Decreto-Lei nº 356/1968 (Amazônia Ocidental) e a Lei Federal nº 8.387/1991 (Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio), observadas as posteriores alterações.

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PIS/COFINS - Redução a zero das alíquotas - Serviços de transporte - Lei Federal nº 12.860/2013Em 12 de setembro de 2013, foi publicada a Lei Federal nº 12.860 para reduzir a zero as alíquotas de PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da prestação de serviços regulares de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros.

Essa disposição alcança também as receitas decorrentes da prestação dos referidos serviços no território de região metropolitana regularmente constituída.

Preços de transferência - Commodities - Alterações - IN RFB nº 1.395/2013Em 17 de setembro de 2013, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.395 para alterar a IN RFB nº 1.312/2012, que dispõe sobre as normas de preços de transferência, principalmente no tocante à aplicação do Método do Preço sob Cotação na Importação (PCI) e do Método do Preço sob Cotação na Exportação (Pecex) às, respectivamente, operações de importação e exportação de commodities, conforme a seguir, resumidamente, se expõe.

Consideram-se commodities para fins de aplicação do PCI e do Pecex, de acordo com a nova IN, os produtos:

i) listados no Anexo I e que, cumulativamente, estejam sujeitos a preços públicos em bolsas de mercadorias e futuros listadas no Anexo II, ou que estejam sujeitos a preços públicos nas instituições de pesquisas setoriais, internacionalmente reconhecidas, listadas no Anexo III, todos anexos à IN RFB nº 1.312/2012; e

ii) negociados nas bolsas de mercadorias e futuros listadas no Anexo II da IN RFB nº 1.312/2012.

Para ambos os métodos em comento o valor da commodity poderá sofrer ajustes correspondentes às diferenças entre o valor líquido recebido pelo vendedor e as variáveis que são consideradas na cotação da commodity em bolsa de mercadorias e futuros.

Podem ser consideradas como variáveis nos ajustes supramencionados o prazo para pagamento, as quantidades negociadas, as influências climáticas nas características do bem importado, os custos de intermediação nas operações de compra e venda praticadas pelas pessoas jurídicas não vinculadas, o acondicionamento, o frete e o seguro.

Os ajustes supramencionados deverão levar em conta as diferenças existentes entre o preço recebido pelo exportador e a composição do preço de bolsa de mercadorias e futuros internacionalmente reconhecida, conforme consta no regulamento da instituição negociadora, que poderá servir como prova documental da necessidade de ajuste.

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De acordo com a IN, considera-se a data da transação, para fins de comparação com a cotação em bolsa de mercadorias e futuros internacionalmente reconhecida, a data em que o preço foi negociado, conforme:

i) estabelecido em contrato usualmente praticado pela empresa, inclusive com pessoas não vinculadas; ou

ii) procedimento normal de mercado.

A IN ainda estabelece que, na hipótese de o preço praticado ser calculado com base em cotações ou índices relativos a uma média de dias determinados em evento contratualmente previsto, a apuração do preço parâmetro também levará em consideração o mesmo período da média em dias.

Essa forma de apuração do preço parâmetro deverá ser aplicada, consistentemente, por produto, durante todo o período de apuração.

A IN ainda trata do preço parâmetro na hipótese de commodities que possuem preços de referência regionais.

Processos de consulta - Tributos administrados pela RFB e classificação de serviços - IN RFB nº 1.396/2013Em 17 de setembro de 2013, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.396 para dispor sobre os processos administrativos de consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira e sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio, não se aplicando a partir desta data a IN RFB nº 740/2007 para estes assuntos.

Em linhas gerais, a IN estabelece, principalmente, o seguinte:

• A consulta deverá ser formulada por escrito, conforme os modelos constantes nos Anexos I a III da IN em comento, dirigida à autoridade competente da Coordenação-Geral de Tributação - COSIT e apresentada na unidade da RFB do domicílio tributário do consulente das seguintes formas:

i) por meio eletrônico (Portal e-CAC), mediante uso de certificado digital; ou

ii) em formulário impresso, caso em que será digitalizada, passando a compor o processo eletrônico (e-processo), obedecidas as normas específicas a este relativas.

Sem prejuízo dessas disposições, no caso de consulta sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio, deverá o consulente informar:

i) a classificação adotada e pretendida, com os correspondentes critérios utilizados;

ii) o enquadramento do serviço, do intangível ou de outras operações na legislação do ICMS ou do ISSQN, quando for o caso; e

iii) a descrição do serviço, do intangível ou da operação objeto da consulta.

Ressalvada a hipótese de matérias conexas, a consulta deverá referir-se somente a um tributo administrado pela RFB, e, na mesma linha, a consulta sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio deverá referir-se a um único serviço, intangível ou operação.

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• Na Solução da Consulta serão observados os atos normativos, as Soluções de Consulta e de Divergência sobre a matéria consultada proferidas pela COSIT, bem como os atos e as decisões a que a legislação atribua efeito vinculante.

• Havendo divergência de conclusões entre Soluções de Consulta relativas a mesma matéria, fundadas em idêntica norma jurídica, caberá recurso especial para a COSIT.

• A Solução de Consulta COSIT e a Solução de Divergência, a partir da data de sua publicação, têm efeito vinculante no âmbito da RFB, e respaldam o sujeito passivo que as aplicar, independentemente de ser o consulente, desde que se enquadre na hipótese por elas abrangida.

• Na hipótese de alteração de entendimento expresso em Solução de Consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem depois da sua publicação na Imprensa Oficial ou depois da ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido pela solução anteriormente dada.

• Não produz efeitos a consulta formulada quando tiver por objetivo a prestação de assessoria jurídica ou contábil-fiscal pela RFB, entre outras hipóteses especificadas na IN ora tratada.

• Existindo Soluções de Consulta COSIT e/ou Soluções de Divergência com mesmo objeto, estas serão solucionadas por meio de Solução de Consulta Vinculada, assim entendida como a que reproduz o entendimento constante de Solução de Consulta COSIT ou de Solução de Divergência, a ser proferida pelas DISIT ou pelas Coordenações de área da COSIT.

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RTT - Novas disposições - IN RFB nº 1.397/2013Em 17 de setembro de 2013, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.397 para instituir novas disposições quanto ao Regime Tributário de Transição (RTT), nos termos a seguir, resumidamente, expostos:

1. IR e CSLL

De acordo com a IN, as alterações introduzidas pelas Leis Federais nºs 11.638/2007 e 11.941/2009, que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquido do exercício definido no art. 191 da Lei Federal nº 6.404/1976, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

Nas referências da legislação do IR e da CSLL a elementos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido, bem como a Resultados, Receitas, Custos e Despesas, deverão ser considerados os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

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- Escrituração Contábil Fiscal - ECF

Para fins do disposto anteriormente, a pessoa jurídica deverá manter escrituração contábil fiscal, que deverá ser composta de contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, considerando os métodos e critérios contábeis aplicados pela legislação tributária, vigentes em 31.12.2007.

A partir do ano-calendário de 2014, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão apresentar anualmente, até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração, a ECF que deverá conter todos os lançamentos do período de apuração considerando os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

Até o ano-calendário de 2013, permanece a obrigatoriedade de entrega das informações necessárias para gerar o FCONT (IN RFB nº 967/2009).

- Conceito de Lucro Real

O lucro líquido deve ser apurado com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

- Ajustes do Lucro Líquido

A IN elenca os valores das adições, exclusões e compensações ao lucro líquido apurados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

- Demonstrações Financeiras

Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar balanço patrimonial, demonstração do resultado do período de apuração e demonstração de lucros ou prejuízos acumulados com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007 e transcrevê-los no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR).

- Prêmio na Emissão de Debêntures e Subvenções para Investimento e Doações

Referidos valores não serão computados na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL quando a pessoa jurídica observar os procedimentos especificados na IN em comento, que retratam as determinações da Lei Federal n° 11.941/2009.

2. Disposições específicas do RTT

- Juros sobre o Capital Próprio

No cálculo da parcela de JCP a deduzir deverá ser considerado o valor do patrimônio líquido segundo os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

- Investimento Avaliado pelo Valor de Patrimônio Líquido

Serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, conforme o art. 248 da Lei Federal nº 6.404/1976, vigente em 31.12.2007, os investimentos relevantes, que especifica, da pessoa jurídica:

I - em sociedades controladas; e

II - em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência ou de que participe com 20% ou mais do capital social.

- Avaliação do Investimento (MEP)

Em cada balanço, o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor de patrimônio líquido da coligada ou controlada, determinado conforme métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

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3. Livro de Escrituração e Apuração da Pessoa Jurídica - Tributada pelo Lucro Real

- Demonstração do lucro real e apuração do imposto

Até o ano-calendário de 2013, em cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real (a ser transcrita no LALUR), discriminando:

i) o lucro líquido do período para fins societários;

ii) o lançamento do ajuste específico do RTT;

iii) o lucro líquido do período de apuração;

iv) os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período de apuração, de adição, exclusão e compensação, conforme a IN; e

v) o lucro real.

A partir do ano-calendário de 2014, em

cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando:

i) o lucro líquido do período apurado conforme ECF, citada na IN em comento;

ii) os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período de apuração, de adição, exclusão e compensação, com a indicação, quando for o caso, dos registros correspondentes na ECF tratada na IN; e

iii) o lucro real.

A demonstração do lucro real deverá ser transcrita no LALUR constante da Escrituração Fiscal Digital do IR e da CSLL da pessoa jurídica (EFD-IRPJ).

A pessoa jurídica deverá manter controle dos lançamentos efetuados na escrituração societária com base em métodos e critérios diferentes daqueles prescritos pela legislação tributária, baseada nos critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

A EFD-IRPJ conterá também a apuração do IR e da CSLL devidos no período a que se refere a apuração, com a discriminação das deduções, quando aplicáveis, e as demais informações econômico-fiscais da pessoa jurídica. Ela será transmitida até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração.

- Lucro líquido para fins societários

O lucro líquido para fins societários será apurado com a utilização dos métodos e critérios contábeis definidos pela Lei Federal nº 6.404/1976, com a adoção dos métodos e critérios contábeis introduzidos pelas Leis Federais nºs 11.638/2007 e 11.941/2009, das determinações da CVM e das determinações dos demais órgãos reguladores.

- Lucro líquido do período de apuração

O lucro líquido do período de apuração será obtido no FCONT ou na ECF, nos termos da IN em comento.

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O FCONT será gerado a partir da escrituração contábil para fins societários, expurgando e inserindo lançamentos conforme disposto no art. 1º da IN RFB nº 967/2009.

- Ajuste Específico do RTT

O ajuste específico do RTT será a diferença entre o lucro líquido do período de apuração e o lucro líquido do período para fins societários e reverterá o efeito da utilização de métodos e critérios contábeis diferentes daqueles da legislação tributária baseada nos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.

Para a realização do ajuste específico do RTT deverá ser mantido o controle da ECF e do FCONT.

4. Aplicação do RTT ao Lucro Presumido

Para as pessoas jurídicas sujeitas ao RTT, o lucro presumido deverá ser apurado de acordo com a legislação de regência do tributo, com utilização dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007, independentemente da forma de contabilização determinada pelas alterações da legislação societária.

Para esses fins, o contribuinte deverá manter memória de cálculo que permita identificar o valor da receita auferida em cada período e controlar os montantes das respectivas exclusões e adições à base de cálculo, discriminadas na IN.

No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, poderão ser distribuídos, a título de lucros, sem incidência do IRRF:

• o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; e

• a parcela dos lucros ou dividendos excedente ao valor determinado no item anterior, desde que a empresa demonstre, por meio de ECF, que o lucro obtido com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007 é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado.

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5. Aplicação do RTT à contribuição para ao PIS/PASEP/COFINS

As pessoas jurídicas sujeitas ao RTT deverão apurar a base de cálculo do PIS e da COFINS de acordo com a legislação de regência de cada contribuição, com utilização dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007, independentemente da forma de contabilização determinada pelas alterações da legislação societária.

Essa disposição aplica-se também à apuração dos créditos decorrentes do regime de não cumulatividade, que deverão ter por base os registros do controle na ECF e no FCONT.

Para apuração da base de cálculo supracitada, deverão ser efetuados os ajustes especificados.

6. Lucros ou dividendos

Os lucros ou dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, obtidos com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007, não integrarão a base de cálculo do IRPJ/CSLL da pessoa jurídica beneficiária e do IR da pessoa física beneficiária.

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Programa de Cultura do Trabalhador e Vale-cultura - Normas e procedimentos - IN MINC nº 2/2013Em 6 de setembro de 2013, a Ministra de Estado da Cultura publicou a Instrução Normativa nº 2, para estabelecer normas e procedimentos para o cadastramento, a habilitação, a inscrição, o gerenciamento e o monitoramento das empresas beneficiárias, operadoras e recebedoras e dos usuários do Vale-Cultura, criado pelo Programa de Cultura do Trabalhador, instituído pela Lei Federal nº 12.761/2012 e regulamentado pelo Decreto Federal nº 8.084/2013.

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INOVAR-AUTO - Regulamentação complementar - Alterações - Portaria MDIC nº 280/2013Em 5 de setembro de 2013, foi publicada a Portaria MDIC nº 280 para alterar a Portaria nº 113/2013, que estabelece a regulamentação complementar do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores - INOVAR-AUTO, estabelecido no Decreto Federal nº 7.819/2012, quanto à capacitação de fornecedores, insumos estratégicos e ferramentaria, solicitação de habilitação e relatórios de acompanhamento, entre outras disposições.

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Poder Judiciário STJ - Base de cálculo de PIS/COFINS - Venda de veículos novos por concessionária de veículos - Recurso repetitivo - Informativo de Jurisprudência do STJ nº 526Na venda de veículos novos, a concessionária deve recolher as contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS sobre a receita bruta/faturamento (arts. 2º e 3º da Lei 9.718/1998) – compreendido o valor de venda do veículo ao consumidor –, e não apenas sobre a diferença entre o valor de aquisição do veículo junto à fabricante concedente e o valor da venda ao consumidor (margem de lucro).

Decerto, entre a pessoa jurídica fabricante (montadora-concedente) e o distribuidor (concessionária), há uma relação de concessão comercial cujo objeto é o veículo a ser vendido ao consumidor. Esse vínculo, sob o ponto de vista comercial, é regido pela Lei 6.729/1979, que caracteriza o fornecimento de mercadorias pela concedente à concessionária como uma compra e venda mercantil, pois estabelece que o preço de venda ao consumidor deve ser livremente fixado pela concessionária, enquanto na relação entre concessionária e concedente cabe a esta fixar “o preço de venda” àquela (art. 13).

Sendo assim, caracterizada a venda de veículos automotores novos, a operação se enquadra dentro do conceito de “faturamento” definido pelo STF quando examinou o art. 3º, caput, da Lei n. 9.718/1998, fixando que a base de cálculo do PIS e da COFINS é a receita bruta/faturamento que decorre exclusivamente da venda de mercadorias e/ou de serviços, não se considerando receita bruta de natureza diversa.

Precedentes citados: AgRg nos EREsp 529.034-RS, Corte Especial, DJ 1º/8/2006; AgRg no AREsp 67.356-DF, Primeira Turma, DJe 30/4/2012. REsp 1.339.767-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 26/6/2013.

Primeira Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 526.

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Tributos e Contribuições Estaduais/ Municipais

Tributos e Contribuições Estaduais/MunicipaisICMS/

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SP - Operações interestaduais com bens importados - Alterações - Portaria CAT nº 98/2013Em 19 de setembro de 2013, foi publicada a Portaria CAT nº 98 para alterar a Portaria CAT nº 64/2013 que dispõe sobre os procedimentos que devem ser observados na aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior, nos termos a seguir, resumidamente, expostos:

• Nas operações com bens ou mercadorias importados que tenham sido submetidos a processo de industrialização no estabelecimento do contribuinte emitente da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, deverá ser informado, em campo próprio do referido documento fiscal, o número da Ficha de Conteúdo de Importação - FCI.

• Nas operações subsequentes com os bens ou mercadorias importados, quando não submetidos a novo processo de industrialização, o contribuinte (antes: revendedor) deverá, ao emitir a NF-e, transcrever o número da FCI contido no documento fiscal relativo à entrada do respectivo bem ou mercadoria em seu estabelecimento.

Foi excluída das disposições acima a necessidade de informar o percentual do conteúdo de importação do produto.

• A Portaria em comento dispôs que a Portaria CAT nº 64/2013 entrou em vigor em 29.06.2013, exceto em relação à obrigatoriedade de preenchimento e entrega da FCI e à indicação do número da FCI na Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, que produzem efeitos a partir de 01.10.2013 (antes: 01.08.2013).

Ficam convalidados os procedimentos adotados pelos contribuintes, até 19.09.2013, em conformidade com a legislação que dispõe sobre os procedimentos a serem observados na aplicação da alíquota de 4% nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior.

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Poder Judiciário STJ - Restituição do ICMS pago a maior na hipótese em que a base de cálculo real seja inferior à presumida - Informativo de Jurisprudência do STJ no 526Na hipótese em que a base de cálculo real do ICMS for inferior à presumida, é possível pedir a restituição da diferença paga a maior a estados não signatários do Convênio Interestadual 13/1997.

De fato, o STF, no julgamento da ADI 1.851-AL, já decidiu que, no regime de substituição tributária, somente haverá direito à restituição quando não ocorrer o fato gerador. Deve-se ressaltar, todavia, que os efeitos dessa decisão não alcançam todos os estados integrantes da Federação, mas apenas aqueles que sejam signatários do referido convênio.

AgRg no REsp 1.371.922-SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 6/8/2013.

Segunda Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 526.

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Comércio Exterior

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Comércio Exterior

SISCOSERV - Alterações - IN RFB nº 1.391/2013 e Portarias Conjuntas RFB/SCS nºs 1.268 e 1.284/2013Em 5 de setembro de 2013, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.391 para alterar a IN RFB nº 1.277/2012, que instituiu a obrigação de prestar informações relativas às transações entre residentes ou domiciliados no Brasil e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados.

Posteriormente, em 9 de setembro de 2013, foi publicada a Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.268 para alterar a Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.908/2012 que instituiu o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (SISCOSERV).

As alterações foram as seguintes em ambas as normas:

• Ficam dispensadas do registro no SISCOSERV as pessoas físicas residentes no País que, em nome individual, não explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, desde que não realizem operações em valor superior a US$ 30 mil (antes: US$ 20 mil), ou o equivalente em outra moeda, no mês.

• De 01.01.2014 até 31.12.2014, o registro das informações relativas ao SISCOSERV deverá ser o último dia útil do 3º mês subsequente à data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível ou da realização da operação que produza variação no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados.

Por fim, em 10 de setembro de 2013, foi publicada a Portaria Conjunta RFB/SCS nº 1.284 para aprovar a 6ª Edição dos Manuais Informatizados dos Módulos Venda e Aquisição do SISCOSERV.

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SocietárioSocietário

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Poder Judiciário

STJ - Desconsideração da personalidade jurídica de sociedade limitada - Informativo de Jurisprudência do STJ nº 524 – DestaqueNa hipótese em que tenha sido determinada a desconsideração da personalidade jurídica de sociedade limitada modesta na qual as únicas sócias sejam mãe e filha, cada uma com metade das quotas sociais, é possível responsabilizar pelas dívidas dessa sociedade a sócia que, de acordo com o contrato social, não exerça funções de gerência ou administração.

É certo que, a despeito da inexistência de qualquer restrição no art. 50 do CC/2002, a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica apenas deve incidir sobre os bens dos administradores ou sócios que efetivamente contribuíram para a prática do abuso ou fraude na utilização da pessoa jurídica. Todavia, no caso de sociedade limitada modesta na qual as únicas sócias sejam mãe e filha, cada uma com metade das quotas sociais, a titularidade de quotas e a administração da sociedade se confundem, situação em que as deliberações sociais, na maior parte das vezes, ocorrem no dia a dia, sob a forma de decisões gerenciais.

Nesse contexto, torna-se difícil apurar a responsabilidade por eventuais atos abusivos ou fraudulentos. Em hipóteses como essa, a previsão no contrato social de que as atividades de administração serão realizadas apenas por um dos sócios não é suficiente para afastar a responsabilidade dos demais. Seria necessária, para tanto, a comprovação de que um dos sócios estivera completamente distanciado da administração da sociedade.

REsp 1.315.110-SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 28/5/2013.

Terceira Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 524.

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Societário

STJ - Direito empresarial - Prazo prescricional para a cobrança de debêntures - Informativo de Jurisprudência do STJ no 526Prescreve em cinco anos a pretensão de cobrança de valores relativos a debêntures. Isso porque, nessa hipótese, deve ser aplicada a regra prevista no art. art. 206, § 5º, I, do CC, que estabelece em cinco anos o prazo de prescrição “de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular”.

Ressalte-se que não cabe na hipótese, por ampliação ou analogia, sem qualquer previsão legal, aplicar às debêntures o prazo prescricional relativo às notas promissórias e às letras de câmbio, bem como o prazo prescricional para haver o pagamento de título de crédito propriamente dito.

Com efeito, deve-se considerar que a interpretação das normas sobre prescrição e decadência não pode ser realizada de forma extensiva.

Precedentes citados: AgRg no AREsp 94.684-DF, Primeira Turma, DJe 25/5/2012; e AgRg no REsp 1.149.542-PR, Segunda Turma, DJe 21/5/2010.

REsp 1.316.256-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 18/6/2013.

Quarta Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 526.

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Expediente

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Os atos tratados nesta publicação estão apresentados de forma resumida. As informações descritas nesta publicação sobre alguns julgamentos do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça são resumos, não oficiais, efetuados a partir do conteúdo dos boletins informativos e das ementas dos acórdãos disponíveis nos sites desses Tribunais , na Internet. O conteúdo desta publicação não representa uma interpretação da jurisprudência e sua utilização pressupõe a análise do inteiro teor dos acórdãos feita por consultores legais.

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