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1 O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999 ANO IV - N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março de 1999 Boletim da Associação Nacional dos Industriais de Arroz O ARROZ ANIA XII ENCONTRO NACIONAL DOS INDUSTRIAIS DE ARROZ

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1O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

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99

Boletim da Associação Nacional dos Industriais de Arroz

O ARROZANIA

XII ENCONTRO NACIONALDOS INDUSTRIAIS DE ARROZ

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2 O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

Arroz Arroz

Quantidades Valor I m p o r t . Quantidades Valor Expor t .

Países (toneladas) (contos) ESC/KG Países (toneladas) (contos) ESC/KG

Guiana 9.813,347 638.880,431 6 5 $ Holanda 1.560,690 105.307,281 6 7 $

Espanha 6.170,097 515.438,114 8 4 $ Bélgica-Luxemburgo 232 ,571 15.954,436 6 9 $

A. Holandesas 2.642,218 234.759,227 8 9 $ Espanha 124 ,296 6.642,615 5 3 $

Itália 2 .628,390 259.617,048 9 9 $ Angola 53 ,650 8.828,958 1 6 5 $

França 2.054,485 160.015,649 7 8 $ França 13 ,248 1.935,089 1 4 6 $

Suriname 1.082,966 77.047,234 7 1 $ Nicarágua 10 ,000 1.000,000 1 0 0 $

Uruguai 43 ,008 4.914,192 1 1 4 $ Luxemburgo 7 , 7 0 5 1.386,710 1 8 0 $

Bélgica-Luxemburgo 31 ,623 8.250,743 2 6 1 $ Alemanha 5 ,189 956 ,914 1 8 4 $

Índia 20 ,700 4.236,176 2 0 5 $ Suíça 2 ,760 595 ,224 2 1 6 $

Alemanha 11 ,250 2.445,189 2 1 7 $ S. Tomé e Pr. 2 , 360 174 ,720 7 4 $

Reino Unido 8 , 8 7 4 3.119,107 3 5 1 $ Reino Unido 0 ,955 196 ,142 2 0 5 $

Canadá 2 ,020 460 ,2 29 2 2 8 $ A. P. Bord. 0 ,668 101 ,454 1 5 2 $

Holanda 0 , 7 9 8 9 4 , 5 2 8 1 1 8 $ Guiné Bissau 0 , 4 5 0 4 9 , 3 5 0 1 1 0 $

Dinamarca 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0 Andorra 0 , 1 6 0 2 4 , 9 6 0 1 5 6 $

Grécia 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0 Cabo Verde 0 , 1 4 3 3 1 , 6 6 8 2 2 1 $

Argentina 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0 Itália 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0

Tailândia 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0 República do Congo 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0

Vietname 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0 Uganda 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0

Singapura 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0 Moçambique 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0

Japão 0 , 0 0 0 0 , 0 0 0

Total 2 4 . 5 0 9 , 7 7 6 1 . 9 0 9 . 2 7 7 , 8 6 7 7 8 $ Total 2 . 0 1 4 , 8 4 5 1 4 3 . 1 8 5 , 5 2 1 7 1 $

% 9 2 , 4 % 9 3 , 0 % % 7 , 6 % 7 , 0 %

( I m p o r t . - E x p o r t . ) 2 2 . 4 9 4 , 9 3 1 1 . 7 6 6 . 0 9 2 , 3 4 6 ( E x p o r t . - I m p o r t . ) -22 .494,931 -1 .766.092,346

Importações/Entradas Exportações/Saídas

Importações e ExportaçõesPortuguesas de Arroz

Janeiro a Março de 1999

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3O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

Editorial

Os últimos anos foram marcados por uma catadupade transformações que in-

fluenciaram de forma decisiva a evo-lução da Indústria do Arroz, não sóem Portugal mas também no restoda UE. Houve empresas que fecha-ram, outras que foram absorvidas eoutras ainda que, para sobreviverem,tiveram que mudar tudo, desde os

métodos de trabalho, aos processos de transformação, à organiza-ção interna, ao posicionamento de mercado, etc.O mundo hoje é uma constante mudança, exigindo uma grandecapacidade de adaptação por parte de pessoas e organizações.Diria mesmo que a principal qualidade que podemos ter actual-mente é exactamente a capacidade de saber mudar face a umaalteração externa, ter essa capacidade é determinante para o nossosucesso. Trata-se de um processo idêntico ao da evolução dasespécies em que, face a um ambiente altamente competitivo, sóas que melhor se souberem adaptar a ele sobreviverão.Começam desde já a configurar-se no horizonte novas transfor-mações decorrentes da nova reforma da OCM (Organização Co-mum do Mercado) as quais terão um impacto fortíssimo no futu-ro das nossas empresas caso venham a ser aprovadas. Face a isto,a UARCE (Associação da Indústria Arrozeira Europeia) depoisde se reorganizar em torno da NERMA (Associação dos PaísesNão-Produtores) e da CORISE (Associação dos Países Produto-res) tem vindo a lutar para tornar mais eficaz a tomada de deci-sões e a actividade de “1obbying” junto das instâncias comunitá-rias. É dentro desta conjuntura, que interessa esclarecer a posiçãoque a ANIA deve defender perante a CORISE e a UARCE comvista a acautelar o futuro das nossas empresas. Depois de negoci-ações havidas entre os seus membros, dos quais a ANIA faz parte,a CORISE vai propor à UARCE as seguintes medidas:Primeira medida - Manutenção da área cultivada a arroz na UniãoEuropeia. A área cultivável de 427.623 hectares, especificada naOCM de 1995 (excluindo a Guiana Francesa), representa a somadas áreas máximas de cada Estado-membro durante o período dereferência 1990-94. Esta área foi estabelecida de modo a permitira introdução de uma compensação ao produtor por hectare culti-vado. Actualmente, este limite não tem sido atingido, embora asdiferenças sejam insignificantes. De qualquer forma, isto mostraque não será viável uma expansão da área cultivada na UE. Ocultivo do arroz é extremamente influenciado pela natureza dosterrenos e do clima, assim como da disponibilidade de água, quecada vez é menor em certas zonas. Por outro lado, é possível queo consumo de arroz na UE venha a aumentar, devido a diversosfactores: Expansão da UE a países não produtores; Diversifica-ção do consumo devido à unificação de mercados distintos e co-municação entre povos com hábitos alimentares diferentes; Au-mento da imigração de povos de baixos rendimentos e habitua-dos a consumir bastante arroz. Este potencial de aumento do con-sumo encoraja a que se mantenham os limites estabelecidos paraa área cultivada. Espera-se igualmente um aumento de consumode arroz em todo o mundo, devido ao aumento de população ex-pectável e ao facto do arroz ser um alimento saudável. Simultane-amente com a manutenção da área cultivada, é essencial dirigir aprodução para os tipos de arroz mais procurados pelo consumi-dor, de modo a diminuir a nossa dependência em relação a paísesterceiros. De modo a que a lógica da produção seja orientada parao consumo, é fundamental acabar com os mecanismos regulado-

res artificiais que só a prejudicam;Segunda medida - Manutenção do sistema baseado no princípiodo preço de intervenção para proteger a produção orizícola euro-peia. Cerca de 400 milhões de toneladas de arroz são produzidasanualmente em todo o mundo. O comércio inter-países é respon-sável apenas por 20 milhões, ou seja 4% da produção total. Qual-quer pequena variação na produção total tem assim um grandeimpacto nas variações de preço do produto comercializado inter-nacionalmente, afectando a rentabilidade dos produtores dos Es-tados Unidos e da União Europeia. Só através da estabilidade depreços, garantida no caso da UE, por um preço de intervençãomínimo se garantirá a sobrevivência da orizicultura nestas zonasdo globo. Além disso, manter o preço é essencial para garantir umsistema diferenciado de taxas de importação que proteja o merca-do doméstico de importações de arroz nos vários estágios de pro-cessamento. Para além de taxar o arroz em casca, é também ne-cessário taxar o arroz em película e branqueado de modo a garan-tir a sobrevivência da Indústria Arrozeira, quer em países produ-tores, quer em países importadores;Terceira medida - Redução dos preços internos de modo aaproximarem-se dos níveis mundiais. A redução dos preços inter-nos através de um decréscimo significativo do preço de interven-ção é necessária para: Aumentar a competitividade da UE nomercado global; Simplificar o sistema aduaneiro de modo a evi-tar a evasão fiscal e a declaração fraudulenta das característicasdo produto; Reduzir o interesse de países terceiros no mercadocomunitário; Promover um aumento de consumo interno de ar-roz, face a produtos competidores como massas, batatas e pão; eAumentar o potencial de exportação para países terceiros;Quarta medida - Simplificação do sistema de taxas de importa-ção de modo a tornar a aplicação das taxas infalível e imparcial. Osistema actual de taxas de importação é complexo e conduz aincertezas, desigualdades, evasão e fraude. O sistema de preçoslimiar não contempla a segmentação do mercado de arroz, nive-lando os preços dos vários tipos de arroz existentes no mercadoeuropeu. Além disso, tem sido extremamente difícil aplicar medi-das de prevenção da evasão de taxas as quais foram, de qualquermodo, inúteis. Um sistema baseado em taxas fixas evitaria estesproblemas e eliminaria a desigualdade de tratamento entre em-presas. Muitas situações de favor se verificaram, as quais nãopodem ser toleradas. Por outro lado, é fundamental que regimesde excepção não continuem a proliferar. Ultimamente, apenas30% das importações foram feitas debaixo do regime normal detaxação, tendo 70% sido feitas praticamente isentas de taxas. Sóatravés de um nivelamento com os preços mundiais se eliminarãoestes regimes de importação especiais. Estes problemas deriva-dos do regime de importações existente impedem as empresas deplanearem as suas actividades a médio e longo prazo, impedindoa optimização da sua operação.Estas quatro medidas, constantes da proposta da CORISE,parecem-me de tal maneira importantes para a vida das nossasempresas, que urge fazer um debate alargado entre todos os inter-venientes da fileira, industriais, produtores e outros, para que osseus interesses e os do país venham a ser acautelados. Só atravésdesse debate se poderá determinar quais as medidas mais correc-tas a defender durante as negociações que se avizinham.

Ernesto Morgado

Presidente da Direcção da ANIA.

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4 O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

Ficha Técnica

Índice

Comércio Externo de Arroz em Portugal ............................ 2

Editorial .................................. 3

Destaque, Índice ..................... 4

Notícias do Mundo ................. 5

Observatório FAOMercado Mundial do ArrozFevereiro de 1999 ................... 8

XII Encontro Nacionaldos Industriais de Arroz .......... 9

Receita de Arroz“Arroz com queijo ralado” ..... 15

Boletim da Associação Nacional dos Industriais de Arroz - ANIAPublicação Regular - ANO IV - N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março de 1999Tiragem: 100 exemplaresDirecção do Boletim: Ernesto Marques MorgadoEdição e Propriedade: ANIA - Avenida da República, N.º 60, 5.º Esq.º - 1050-197 LisboaTelefones: +351-1-781 58 40Fax: +351-1-781 58 45E-mail: [email protected]: http://www.ania.ptCoordenação e Redacção: Pedro Silva e Pedro MonteiroProdução e Execução Gráfica: ANIA

Em Destaque

Notícias do Mundo

Observatório FAOMercado Mundial do Arroz

Fevereiro de 1999

XII Encontro Nacionaldos Industriais de Arroz

(Quinta da Beloura Golfe - 05/03/99)

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5O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

Actualidade ComunitáriaO EURO entrou em vigor em 01de Janeiro de 1999. As taxas deconversão, entre as moedas dazona euro foram fixadas irrevo-gavelmente pelos seus Estados-membros. As taxas de conversãoagrícolas (TCA) para esses mes-mos pa íses desapareceram namesma data. Em aplicação da re-gulamentação comunitár ia, fo idecidido que 1 ECU = 1 EURO.Assim, os diferentes elementosf inanceiros de calculo da PACexpressos quer em EURO querem ECU serão convertidos pelataxa de conversão f ixa de cadapaís . Para Por tuga l a taxa dec o n v e r s ã o i r r e v o g á v e l é : 1EURO = 200$482.

JAPÃO / EUA“Os consumidores japoneses es-tão descontentes com o ar rozamericano”, segundo o ministroda Agricultura japonês. “Os EUAdeverão aumentar os seus esfor-ços para ganharem mais consu-midores japoneses se quiseremaumentar as suas expor taçõespara aquele país”.

França - Programa FileiraBiológica

A ONIC, Organ ismo Nac iona lIn terpro f iss iona l dos Cerea is ,concedeu 1 mi lhão de f rancos(30.563,30 contos) aos cinco pri-m e i r o s d o s s i e r s d o s c e r e a i s“bio”. A ONIC lançou um pro-grama de apoio à f i leira cerealí-fera “bio”, para dar resposta àprocura crescente dos consumi-dores mas também aos industri-ais da fi leira virados para as tec-no log ias b io tecno lóg i cas . Oscinco primeiros dossiers foramexaminados até ao f im de No-vembro e beneficiaram de auxi-l io global de 1 milhão de fran-cos.

Indonésia - Diversif icar aalimentação de base

A Indonésia deverá procurar umproduto alimentar de base alter-nativo ao arroz devido à estag-nação da produção que se deucom a recente crise económica,e s t i m a u m p e r i t o i n d o n é s i o .Existem culturas alternativas, aoarroz, como o milho, a mandioca

e a batata doce. O consumo percap i t a de a r roz da Indonés iaatinge 135 kg/ano. Segundo esteperito é necessário fazer baixaro consumo per capita de arrozpara assim se baixar as importa-ções deste produto. A Indonésiaimportou em 1998 cerca de 4 MT(milhões de toneladas) de arroze em 1999 deverá importar cer-ca de 5 MT.UE / CEI - Abertura de uma

adjudicação de ajuda alimen-tar à Rússia em 02 de Feve-

reiroA UE abriu uma adjudicação em02 de Feverei ro para fornecergratuitamente 15.000 Ton. de ar-roz a t i tulo de primeira trancheda ajuda alimentar à Rússia. As-sim, as 15.000 Ton. serão divi-didas em três fracções de 5.000Ton. cada, tendo como origem osorganismos de in tervenção daEspanha, da Itál ia e da Grécia.França - Orizicultura sindica-

l iza-se contra a criseProdutores, armazenistas e in-dustriais franceses acabam de se reu-nir no seio de uma nova associa-ção. O “Sindicato dos Oriziculto-res de França e Fileira”. O objec-t i vo é re lançar uma economiaorizícola em crise. O conjunto dafileira, produtores, armazenistas,mas também grandes industriais,federaram-se em torno de umapolít ica comum. Esta iniciativa mar-ca um ponto de viragem, já que os di-ferentes sectores de act ividadetinham a tendência histórica emse opo r consecu t i vamen te . Aunião faz a força e o novo Sindi-cato tem os poderes necessáriospara del inear uma pol í t ica co-mercial para a f i leira. Tratar-se-á de controlar a produção mastambém o armazenamento e a co-mercial ização do arroz sob o ró-tu lo /marca comum “Ar roz daCamarga”. Este rótulo foi cria-do com o intuito de reconquistaro mercado de arroz francês faceà concorrência do arroz estran-geiro americano e asiát ico. Osgrãos mais longos ou perfuma-dos deverão substituir os grãosmédios e redondos tradicionais.Para o Sindicato, trata-se de re-

n o v a r a i m a g e m d o a r r o z d aCamarga, mas também de melhorresponder à procura dos consu-midores. Depois de dois anos, osacordos da OMC abriram as por-tas do mercado europeu à con-corrência americana. Como con-sequência directa, a baixa dospreços e a quebra das vendas doarroz francês encheram os si los.Quan to às f áb r i cas , quem sótransforma arroz francês aguar-da a retoma económica.

I tál ia - Protestos dosProdutores

Os orizicultores i tal ianos, paíslíder europeu da produção de ar-roz, decidiram bloquear as tran-sacções nas bolsas de arroz dosdias 18 a 23 de Janei ro comoprotesto contra a deterioração domercado devida, segundo eles, àgestão de Bruxelas. “O arroz ita-liano está em perigo”, afirmaramnum comunicado do Comité In-tersindical dos Orizicultores Ita-l ianos (CIRI) e a Associação dasIndustr ias Or izícolas I ta l ianas(AIRI), que anunciaram que blo-queariam o funcionamento dasb o l s a s d e a r r o z d e N o v a r a ,Vercelli, Pavia, Mortara e Milão.A organização comum do merca-do (OCM) põe em perigo milha-res de empregos no Nor te dopaís , es t imam estas organ iza-ções, acrescentando que, “semos orizicultores, a planície oci-dental do rio Pó correrá o riscode voltar a ser um pântano”. Em1998, a produção de arroz da Itá-l ia u l t rapassou 1,3 MT, mas abaixa constante dos preços obri-gou os produtores a armazenarcerca de 335.000 Ton. (±26%).Segundo os profissionais, a Co-missão de Bruxelas é “responsá-vel” pelo recuo de 30% dos pre-ços porque autorizou, ao longodos úl t imos anos, importaçõesconsecutivas de arroz de paísesterceiros. A crise tem como ori-gem os péssimos resultados do“Uruguai Round” e as conces-sões à importação dadas a paísesterceiros, como a que foi nego-c i a d a e m D e z e m b r o c o m o sEUA, que custou cerca de 25,8EUR/Ton. (5.172$436/Ton.) aos

Notícias do Mundo

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6 O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

cofres da UE.França - Na Camarga a

cultura do arroz perde terre-no

Pela primeira vez em 17 anos hám e n o s a r r o z q u e t r i g o n aCamarga. Dos cerca de 20.000 hacult iváveis do Parque Natural ,7.000 são de arroz. A produçãofrancesa de arroz ocupa cerca de18.000 ha, mas poderá cair paramenos de 10.000 ha nos próxi-mos anos . Um pe r i go pa ra aCamarga já que o equilíbrio eco-lóg ico da reg ião depende emgrande medida da irr igação fei-ta pelos orizicultores. Para ou-tros, mais optimistas, a área de-verá estabil izar nos 20.000 ha. Abaixa de preços obrigou à entre-ga para a intervenção de arrozpe la p r ime i ra vez em mu i tosa n o s . E s c o a m e n t o d e 3 5 . 0 0 0Ton. pelo canal da ajuda huma-nitária. Na Camarga produzir umhectare de arroz custa cerca de11.400 FRF (348 .421$60/ha) ,vendendo a 1,70 FRF/kg (51$96/kg) e uma produção de 5,5 Ton./ha. Logo, as receitas de produ-z i r um hec ta re rondam 9 .350FRF (285.755$90/ha); juntandoa j u d a s d e 1 . 2 0 0 F R F / h a(36.675$96/ha), dá uma receitatotal por hectare de 10,550 FRF(322.442$80/ha), o que mesmoassim não cobre as despesas, f i-cando um déficit de 850 FRF/ha(25.987$80/ha). As causas dasdi f iculdades são relat ivamentesimples: “Há dois anos, a Euro-pa assinou os acordos de Marra-queche no âmbito do GATT. OsEUA consegu i ram impor umaparte da sua produção orizícolaao mercado europeu. Devido aisto, a oferta de arroz no merca-do europeu excedeu a procura, ecomo consequência os preços ca-íram”, expl ica o presidente doSindicato dos orizicultores fran-ceses. Mas outro fenómeno veioa veri f icar-se sobre esta trans-formação económica: a mono-cultura de arroz, frequente du-ran te es tes dez ú l t imos anosteve, consequências ecológicasnefastas, que os produtores igno-raram até ao presente. O arrozselvagem invadiu algumas par-celas, o que teve como conse-quência, a extinção do arroz nes-

sas parcelas e a quebra da pro-dução. A solução para eliminaro parasita consiste em praticaruma rotação de culturas substi-tuindo o arroz pelo tr igo. Pode-rá o trigo representar o futuro daCamarga? O arroz é absoluta-mente indispensável à Camarga,pois a irr igação das terras impe-de a entrada do sal nestas. Doisanos sem arroz e as terras f ica-rão esteri l izadas e inuti l izáveis.Mesmo o tr igo, não representaum futuro promissor para a re-gião em comparação com o ar-roz. Segundo os representantesda reg ião , o a r roz deverá serapoiado pela UE para a manuten-ção da pol icu l tura, a t ravés denovas ajudas à produção.

Índia - Rice Tec retira amarca “Texmati”

O grupo americano Rice Tec re-t irou-se da batalha jurídica emvol ta da sua marca “Texmat i ”para uti l izar esta marca no Rei-no Unido. Os per i tos indianosem produtos alimentares consi-deram que esta foi uma primeirav i tó r i a pa ra a Índ ia sob re ascompanh ias es t r ange i ras queplagiam o nome “basmati” pormotivos comerciais. Depois demais de um ano - a f irma ameri-cana tinha decidido introduzir nomercado do Reino Unido o seuarroz “Texmati” -, a Índia actuouna justiça contra a Rice Tec pelomotivo do nome da marca se as-semelhar ao “basmati” e o arrozvendido nessas embalagens nãoser cult ivado quer na Índia querno Paquistão, de onde é originá-rio o arroz “basmati”. A Rice Tecrecentemente retirou voluntaria-mente a sua pretensão, argumen-tando que “não quer mais pros-segu i r com es te assunto” . Noentanto, a Rice Tec continua aafirmar que basmati é uma refe-rência a um tipo de arroz no sen-tido genérico do termo, da mes-ma maneira que os termos japó-nica e índica são termos genéri-cos para outros t ipos de arroz.Segundo a mesma empresa: “ amarca Texmati tem vinte anos decomercial ização nos EUA commui ta popu la r idade , sem queninguém a tenha contestado atéaqui , senão a Índia. A or igemamericana deste arroz sempre foi

identificada de maneira clara nospacotes vendidos nos EUA, e amesma indicação f igurava nasembalagens no Reino Unido”.ÁSIA - Inovações Genéticas &

Escassez de ÁguaDurante uma reunião do Institu-to Internacional de Investigaçãodo Arroz (IRRI) e da FundaçãoRockefel ler sobre as melhoriasgenéticas do arroz cult ivado emambiente de escassez de água,foi estimado que não se poderátransformar o conjunto das regi-ões da Ásia em ecossistemas ir-r igados. A escassez de água, ossolos inadaptados em certos sec-tores e os custos elevados para airr igação são alguns dos obstá-culos existentes. Cerca de 55%da superfície cult ivada com ar-roz beneficia de infraestruturasde irr igação, sendo o resto total-mente dependente das chuvas.Foi ainda relembrado que os pro-blemas da seca não se combatemsomente com o aumento das in-fraestruturas de i rr igação, mastambém, na melhoria das varie-dades de arroz mais adaptadas au m a m b i e n t e d e e s c a s s e z d eágua, at ravés de modi f icaçõesgenéticas e da adopção de estra-tégias de selecção de variedadesapropriadas para estas áreas.

Tailândia - Uti l ização deNovas Estirpes de Arroz

PerfumadoA Tailândia, primeiro exportadormundial de arroz, espera aumen-tar a sua produção este ano de-vido a uma nova estirpe de arrozperfumado de alto rendimento.Segundo as autoridades tailande-sas, foram produzidas 1.300 MTdessas novas sementes para se-rem distribuídas pelos agriculto-res para a próxima campanha. Asnovas estirpes - “Khlong Luang”e “Suphan Buri” - deverão con-seguir dobrar os rendimentos dasest i rpes t rad ic iona is de ar rozperfumado, que têm um rendi-mento à vol ta das 2,5 Ton./ha.Mas no início o governo só po-derá d is t r ibu i r sementes para640.000 ha. Estas novas varieda-des poderão ser igualmente pro-duzidas quer na estação das chu-vas quer na estação seca, en-quanto as variedades anterioresde arroz perfumado só podiam

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ser produzidas durante a estaçãodas chuvas. O preço das semen-tes destas novas variedades ape-sar de mais caro do que as vari-edades tradicionais mais do quecompensa pelos rendimentos ob-tidos.

A França Mobil iza-se paraExplorar os Genes dos CereaisPela primeira vez, os laboratóri-os públicos e as grandes f irmasimplicadas em genética de plan-tas juntaram-se num grupo de in-teresse científ ico “Genoplante”,para um ambicioso programa degenética vegetal. A Genoplantareagrupará o Instituto Nacionald e I n v e s t i g a ç ã o A g r o n ó m i c a(INRA), o Instituto para a Pes-quisa e Desenvolvimento (IRD),o CIRAD e o CNRS, do ladopúb l i co ; B iogemma ( f i l i a l daL imagra in e da Pau Eura l i s ) ,Bioplante (que reúne a Despreze a C e s a r e m ) , e a R h ô n e -Poulenc, da indústria. O seu ob-jec t i vo cons is te em acumularnovos conhecimentos sobre a es-trutura e o funcionamento doscódigos genét icos das grandesculturas, a partir de duas plan-tas modelo que são a crucíferaArabidopsis e o arroz, af im depoder valorizá-las sobre a formade l icenças e de novas varieda-des.

França - Primeiro ArrozTransgénico

M u i t a s v a r i e d a d e s d e a r r o zt ransgén ico só esperam a luzverde da parte dos poderes pú-blicos para inundarem os merca-dos japoneses e americanos. Masainda nenhum fez alguma tenta-tiva para a sua larga difusão. EmFrança, os testes em estufa sãoa c t u a l m e n t e c o n d u z i d o s n o“Cirad de Montpell ier”, sobre asvariedades modificadas para ini-bir a enzima digestiva da pírale( insecto) do arroz, que afectamui to o arroz medi terrânico easiático. Um arroz tolerante aosherbícidas e um arroz adaptadoaos meios com sal também serãoensaiados em estufa brevemente,no quadro de um programa euro-peu. Durante Junho, o Cirad emconjunto com o Centro Francêsdo Arroz, iniciará os testes emc a m p o s e x p e r i m e n t a i s d a

Camarga, de uma variedade dearroz anti-pírale ou pirálide.

China - Arroz Cósmico paraMelhorar os Rendimentos

Sempre em busca de inovaçõespara nutr ir a sua população de1.200 milhões de habitantes, aChina imaginou fabricar semen-tes de arroz e tr igo no espaço, afim de aumentar os rendimentos,fo i anunciado pela agência denot ic ias do Estado. Durante 7vezes nos ú l t imos 11 anos , aChina enviou para o espaço sa-té l i tes e ba lões t ranspor tandosementes para as partes mais al-tas da atmosfera terrestre com afinal idade de as expor a fortesradiações solares. As sementesirradiadas e semeadas deram nomínimo um rendimento superiora 10% em relação aos rendimen-tos normais: “as sementes sub-metidas a radiações solares a al-t i tudes compreendidas entre os20 e os 400 Km assim como ou-tras formas de tratamentos espe-c ia is dão melhores rend imen-tos”. As sementes assim condi-cionadas foram plantadas sobre7 0 . 0 0 0 h a n a p r o v í n c i a d eHei long j iang no nordeste , emJiangxi e Shandong a leste deHuanan na China central. A Chi-na exportou 280.000 T de arrozdu ran te Jane i ro de 1999 , umacréscimo de 455% em relação a1998; as importações chinesasde Janeiro, elevam-se a 30.000T, uma aumento de 42,5% em re-lação ao mesmo período do anopassado.

JAPÃO - Os InvestigadoresIntroduzem Ferro no Bago do

ArrozUm ou dois grãos de arroz gene-t icamente modif icados assegu-ram por d ia aos consumidorestodo o ferro de que o seu orga-nismo necessita, segundo inves-tigadores japoneses, que desco-briram uma maneira de produzirum arroz naturalmente enrique-cido com ferro. Cerca de 30% dapopulação mundial sofre de umdéficit al imentar de ferro.

FAO - A “BIO” e os PVD(Países em Vias de Desenvol-

vimento)Um relatório da FAO, apresenta-do durante uma reunião do Co-

mité de agricultura em 25 a 29de Janeiro últ imo, sublinha quea procura de consumo por pro-dutos a l imentares obt idos pormétodos biológicos oferece pos-sibi l idades comerciais aos agri-cul tores e empresas em paísesdesenvolvidos e em vias de de-senvolvimento. Este relatório re-comenda igualmente aos opera-dores comerciais para não apon-tarem exc lus ivamente para osmercados dos países desenvolvi-dos. As possibil idades de comer-cial ização de produtos da agri-cultura biológica nos mercadosdomésticos de países em vias dedesenvo lv imen to deve rão se re x p l o r a d a s . A d i v e r s i f i c a ç ã odesta produção permit irá o au-mento, segundo a FAO, dos ren-dimentos e da segurança alimen-tar das famíl ias rurais.

JAPAN TOBACCO Alia-secom ZENECA para ProduzirArroz Geneticamente Modif i-

cadoO fabricante japonês de tabacoJapan Tobacco vai al iar-se como grupo britânico Zeneca (ciên-cias da vida) para produzir arrozgenet icamente modi f icado. Osdois grupos vão criar para estatarefa uma fi l ial comum detidaem partes iguais com um capitalde 77 milhões de EUR (15,437milhões de contos). JT e Zenecatentarão criar uma nova varieda-de deste cereal oferecendo ren-dimentos mais elevados em rela-ção às va r iedades ex is ten tes .Es tas empresas querem a indadesenvolver um arroz uti l izávelcomo forragem.

Reino Unido - Uma Farinhasem glúten feita à base de

arrozA empresa Doves, especial istaem produtos caseiros para apre-ciadores, lançou um novo produ-to para quem exclui do seu regi-me alimentar o tr igo e o glúten.A nova far inha é uma misturacomposta por arroz branqueado,batata, tr igo mourisco e milho,produtos onde o glúten está au-sente. A diferença em relação àsoutras farinhas sem glúten, é quedevido à sua fórmula não é ne-cessár io ad ic ionar às rece i taselementos f lexíveis ou emulsio-nantes art i f iciais.

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8 O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

Observatório FAO do Mercado Mundial do ARROZFevereiro de 1999

Preços Mundiais e Índices de Preços FAO

Tipos de arroz Preços de Exportação Média Variação

(preços: USD/ton.) 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 * 9 4 / 9 8 97/98

Preços Thai /100% (1) 2 8 9 , 0 3 3 6 , 0 3 5 2 , 0 3 1 6 , 0 2 8 4 , 0 2 9 6 , 0 3 1 2 , 2 4 , 2 %

de Thai/Trincas (2) 1 8 6 , 0 2 6 8 , 0 2 1 0 , 0 2 1 4 , 0 2 3 4 , 0 2 2 3 , 0 2 2 2 , 5 - 4 , 7 %

Exportação US Long Grain (3) 3 7 9 , 0 3 6 1 , 0 4 1 4 , 0 4 3 9 , 0 4 0 3 , 0 3 8 5 , 0 3 9 6 , 8 - 4 , 5 %

Índices Baixa Qualidade 1 0 4 , 0 1 4 6 , 0 1 3 6 , 0 1 2 0 , 0 1 2 5 , 0 1 1 6 , 0 1 2 4 , 5 - 7 , 2 %

FAO Alta Qualidade 1 1 8 , 0 1 2 4 , 0 1 3 6 , 0 1 2 9 , 0 1 2 3 , 0 1 2 1 , 0 1 2 5 , 2 - 1 , 6 %

( 8 2 - 8 4 = 1 0 0 ) Total 1 1 4 , 0 1 2 9 , 0 1 3 6 , 0 1 2 7 , 0 1 2 4 , 0 1 2 0 , 0 1 2 5 , 0 - 3 , 2 %(1) Arroz branqueado, 100% second grade, f.o.b. Bangkok, preços indicativos das transacções. * Fevereiro de 1999(2) A1 super, f.o.b. Bangkok, preços indicativos das transacções.(3) US Nº2, 4% trincas f.a.s..

Retrospectiva a 1998As últ imas estimativas da FAOpara a produção mundial de arrozpaddy apontam para 560 MT, va-lor mais baixo em 17 MT compa-rando com o recorde de 1997. Aqueda é largamente atr ibuída aproblemas relacionados com o cli-ma que afectaram as culturas nospaíses maiores produtores, parti-cularmente na China (Continental)e no Bangladesh. Noutros casos,como o Japão e o Egipto, a baixaprodução foi um resultado das po-líticas domesticas designadas paralimitar as áreas destinadas ao ar-roz.O comércio mundial de arroz em1998 foi estimado que tenha subi-do a um máximo de sempre com26,8 MT, aproximadamente mais 8MT do que os carregamentos efec-tuados em 1997 e cerca de 6 MTmais do que o recorde anterior em1995. Este recorde no comércio foio resultado de uma combinação decolheitas menores em 1997 e/ou1998 num número grande de paí-ses importadores, atribuídos a pro-blemas climatéricos relacionadoscom o “El-Niño”, e o simultâneoaumento das colheitas em paísesmaior i tar iamente exportadoresque tornaram possível o aumentodas exportações de maneira a sa-tisfazer uma procura excepcional-mente elevada no mercado inter-nacional.Os preços internacionais do arrozda maioria das origens estiveramnuma tendência de alta durante amaior parte do ano de 1998 sus-

tentados pelo recorde da procurainternacional de importações des-crito em cima. Os preços subiramdurante o terceiro trimestre quan-do as cheias destruíram culturas dearroz em alguns países exportado-res e importadores. No entanto, ospreços caíram para o final do ano,maioritariamente devido à chega-da da oferta de novas colheitas nomercado fazendo descer a procurapor importações. As f lutuaçõesestão ilustradas nos movimentosdos índices dos preços de expor-tação de arroz da FAO (ano base1982-84) que chegaram a um má-ximo anual de 132 pontos duranteJulho até Setembro, antes de caí-rem para 124 pontos em Novem-bro e Dezembro. No seu conjunto,o índice atingiu uma média de 127pontos durante 1998, resultado si-milar à média de 1997.

Perspectivas para 1999As previsões da FAO para 1999prevêem um ligeiro aumento de 1a 2%, para a produção mundial depaddy, em relação aos 560 MT de1998, atingindo as 570 MT possi-velmente. Estes valores são base-ados nas intenções de semear dospaíses maiores produtores do he-misfério norte e a área plantadaactualmente e as condições decrescimento observadas em paísesdo hemisfério sul e ao longo da li-nha equatorial.Para 1999, o comércio mundial dearroz previsto cairá em relação aovalor recorde de 1998 em cerca de5,3 MT para 21,5 MT o que, se

atingido, será ainda o segundomelhor valor de todos os tempos.Isto é baseado na melhoria dasproduções de 1998 e/ou a expec-tativa de um aumento da produçãoem 1999 em muitos dos países im-portadores.Os preços internacionais de arrozda maioria das origens têm perma-necido com uma tendência paracaírem desde o princípio do ano,pressionados principalmente pelaexistência de ofertas de exporta-ção superiores à procura de impor-tações. Os índices dos preços deexportação de arroz da FAO atin-giram uma média de 120 pontosem Fevereiro de 1999, menos 5pontos do que no mês anterior.Para o resto de 1999, espera-se queos preços internacionais do arrozse mantenham em baixa devidoprincipalmente à fácil oferta faceà procura, assumindo condiçõesnormais de crescimento para o res-to do ano.Os stocks globais para o encerra-mento das campanhas comerciaisque finalizam em 1999 estão pre-vistos pela FAO que atinjam as 50MT, valor mais baixo em cerca de9% em relação aos stocks existen-tes no final das campanhas termi-nadas em 1998. A quebra verifica-da de ano para ano na quantidadedos stocks é maioritariamente de-vida aos países produtores que vi-ram as suas produções severamen-te atingidas por más condições at-mosféricas, particularmente a Chi-na (Continental), o Bangladesh ea Indonésia.

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9O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

XII Encontro Nacionaldos Industriais de Arroz

Decorreu na Quinta da Beloura Golfeno passado dia 05 de Março de 1999, o“XII Encontro dos Industriais de Ar-roz”, que contou com uma grande au-diência motivada pelo interesse susci-tado para o sector, dados os temas abor-dados pelos intervenientes.

Pontos do Programa:I. “Certificação e Qualidade, pelasnormas ISO 9000”, pela Eng.ª Manu-ela Andrade do IPQ - Instituto Por-tuguês da Qualidade;II. “Distribuição Moderna vs. Indús-tria Agro-Alimentar”, pelo Eng.ºJoão E. Pinto Ferreira da Centromar-ca;III. “Análise do sector agro-alimentar do arroz em Portu-gal e levantamento das prin-cipais tendências de evolu-ção”, pelo Prof. Doutor JorgeOliveira da Sociedade Portu-guesa de Informação, estudopromovido pela ANIA e com-participado pelo PEDIP II;IV. “Caso prático de certifica-ção da Qualidade na IndústriaAgro-Alimentar”, pelo Eng.ºCarlos Ruivo da empresa Nes-tlé Portugal;V. “Evolução dos Mercados doArroz e Massas Alimentícias”,pelo Dr. Francisco Ramos de Carva-lho pela empresa A.C. Nielsen, S.A.;

A sessão de abertura do encontro foipresidida pelo Professor Doutor ErnestoMorgado, Presidente da Direcção daANIA, que desde logo desejou as boasvindas a todos os presentes que com-punham a numerosa assistência do En-contro.As primeiras palavras do Presidente daAssociação foram marcadas pelas trans-formações que o sector tem sofrido nosúltimos anos, não só em Portugal mastambém no resto da UE. A alteração dacomposição empresarial do sector, comempresas que fecharam, outras a seremcompradas e outras que conseguirammanter a sua posição no mercado numaatitude de sobrevivência muitas vezes

à custa de muitos esforços, são preocu-pações que afectam todos os interveni-entes deste mercado.Cada vez mais as empresas que actuamem pequenas economias abertas ao ex-terior, como é o caso da economia por-tuguesa, são confrontadas com muitas“forças” exógenas para além das pró-prias alterações domésticas. Assim, nes-te ambiente em constante mutação exi-ge-se aos agentes económicos umagrande capacidade de adaptação, que ésem dúvida a melhor arma para fazerface às alterações do meio que os ro-deiam.Um assunto querido ao palestrante si-

tua-se na esfera da reforma da OCM -Organização Comum do Mercado doArroz, que se aproxima à medida queas negociações da PAC na Agenda 2000e as reformas da OMC - OrganizaçãoMundial do Comércio forem decorren-do no futuro próximo, as alterações da-qui decorrentes podem implicar um for-te impacto no futuro da empresas destesector. É neste contexto que a ANIA,através das sua representantes europei-as CORISE (Associação dos Países Pro-dutores) e UARCE (Associação da In-dústria Arrozeira Europeia), tem vindoa defender os interesses da indústria ar-rozeira nacional.Para a defesa da indústria nacional jun-to destas sedes de decisão, a ANIA irápropor várias medidas: apoio à área cul-tivada de arroz na UE e consequente-

mente em Portugal (34.000 ha); manu-tenção do sistema baseado no preço deintervenção à produção; redução dospreços internos para os níveis interna-cionais e simplificação do sistema detaxas de importação.Sem dúvida, face aos problemas do pas-sado, o futuro da indústria nacional de-penderá da capacidade dos agentes parafazerem face a um conjunto de novasrealidades, como são o caso da Refor-ma da PAC e a Agenda 2000 para o sep-ténio 2000/2006, as negociações para aabertura da UE a 10 novos Estados-Membros (6 na fase inicial) pertencen-tes à Europa de Leste, e Central os cha-

mados PECO e, a nível interna-cional, as novas negociaçõesGATT da OCM.

I. “Certificação e Qualidade,pelas normas ISO 9000”O primeiro ponto do nosso pro-grama contou com a presençado IPQ, representado pela Eng.ªManuela Andrade do IPQ - Ins-tituto Português da Qualidade,que numa apresentação muitoclara contribuiu para o esclare-cimento de todos os presentes,patenteado pela quantidade dequestões formuladas.Da apresentação podemos reti-

rar um conjunto de ensinamentos quenos permitirão compreender melhor ouniverso da Qualidade. Esta poderá serdefinida: pela adequação ao uso; pelopreço; e pelo prazo de entrega.A concretização da Qualidade assentana conjunção de três factores: Políticada Qualidade; Gestão da Qualidade; eSistema da Qualidade. Abordando ago-ra cada um dos factores de per si: a Po-lítica da Qualidade define a Direcção /Estratégia que a empresa pretende se-guir para atingir os Objectivos da Qua-lidade; a Gestão da Qualidade faz parteda Gestão Global da empresa que de-termina a Política da Qualidade, osObjectivos e as Responsabilidades decada um e os implementam através deMeios (para o Planeamento, Controlo,Garantia e a melhoria da Qualidade no

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Âmbito do Sistema da Qualidade - SQ).O Sistema de Qualidade é o conjuntoda estrutura organizacional, dos proce-dimentos, dos processos e dos recursosnecessários para implementar a gestãoda Qualidade, de forma a atingir os Ob-jectivos da Qualidade, que são:• Um processo de melhoria: na pre-venção dos defeitos; no lançamento denovos produtos; e na redefinição dosobjectivos;• Um processo de controle: dos ob-jectivos traçados; dos custos; da quali-dade e da Não-Qualidade; e dos pro-cessos de produção e dos equipamen-tos;• Um processo de confiança: nas re-lações externas (entre clientes e forne-cedores); e nas relações internas (entredepartamentos e pessoas).A grande pergunta reside - “Como seimplementa um Sistema de Qualidade?”Através das normas NP EN ISO 9000,dividindo-se em duas áreas específicas:• NP EN ISO 9001 - modelo de ga-rantia da Qualidade na concepção / de-senvolvimento, produção, instalação eassistência após venda. A aplicar quan-do, a organização já detém uma activi-dade de concepção e desenvolvimentode produtos, em que o controlo da con-formidade tem de ser demonstrado des-de a fase de concepção dos produtos,produção, instalação até à assistênciaapós venda;• NP EN ISO 9002 - modelo de ga-rantia da Qualidade da produção, ins-talação e assistência após venda. A apli-car quando, a organização não detémuma actividade de concepção e desen-volvimento de produtos, em que o con-trolo da conformidade tem que ser de-monstrado para os processos de produ-ção, instalação e assistência após ven-da;• NP EN ISO 9003 - modelo de ga-rantia da Qualidade na inspecção e en-saios finais. A aplicar quando, a orga-nização não detém uma actividade deconcepção e desenvolvimento de pro-dutos, em que o controlo da conformi-dade tem que ser demonstrado apenaspara as inspecções e ensaios finais.O processo de Certificação é de um pro-cedimento pelo qual uma terceira parte(Organismo de Certificação - OC) dá agarantia escrita, que um produto, pro-cesso ou serviço está em conformidadecom os requisitos especificados (NP EN45020 de 1995).

A Certificação aplica-se: a produtos; aprocessos; e a serviços.Porquê a Certificação?Para fazer frente à pressão dos clien-tes; Para melhorar a competitividade daempresa; Porque os concorrentes tam-bém se certificam; Por razões de “ma-rketing” e de imagem; e Para aceder adeterminados mercados e concursos.Certificação de SQ (empresas), Siste-ma N.º 6: avaliação do SQ implemen-tado com base na NP EN ISO 9001/2/3através de auditoria; não são efectua-dos ensaios ao produto; evidência dacertificação: certificado de conformida-de e símbolo de empresa certificada;acompanhamento da manutenção daconformidade através da realização deauditorias ao SQ.Certificação de Produtos, Sistema N.º5: avaliação do SQ implementado (con-trolo da produção) que garanta confor-midade com a norma do produtor atra-vés de auditoria; ensaios ao produtopara verificar a conformidade com anorma aplicável; evidência da certifi-cação: licença da marca produto certi-ficado e marca no produto; acompanha-mento da manutenção da conformida-de através de ensaios ao produto e au-ditoria ao SQ.Processo de Certificação de SQ - Em-presas:O Organismo Certificador (OC) anali-sa, constitui a Equipa Auditora (EA) emarca a auditoria; Apresentação da do-cumentação requerida pelo OC; A EArealiza a auditoria e elabora o relatório;A empresa responde e informa sobre oplano de acções correctivas às defici-ências encontradas pela auditoria;O OC analisa o relatório da EA e a res-pectiva resposta da empresa auditada edecide (em algumas situações, poderárealizar-se uma auditoria de seguimen-

to); O OC emite um certificado válidopor três anos e a empresa passa a estarsujeita às acções de acompanhamentoprevistas.Vantagens da Certificação:Maior satisfação do cliente/consumi-dor; Aumento da competitividade rela-tivamente à concorrência; Acesso a con-cursos que exijam certificação; Valori-zação da imagem da empresa (Notorie-dade) a nível nacional e internacional.Vantagens internas à empresa na Certi-ficação:Motivação e valorização profissionaldos recursos humanos; Sistematizaçãocrescente da organização; Redução doscustos da não qualidade; Melhoria daqualidade dos serviços prestados.Regime de apoio à promoção da Quali-dade Industrial - Despacho NormativoN.º 550/94 de 27 de Julho.No âmbito do PEDIP II insere-se no Sis-tema de Incentivos a Estratégias de Em-presas Industriais - SINDEPEDIP. Esteregime de apoio é constituído por doistipos de acções:• Acção A - apoio à certificação e ca-libração;• Acção B - apoio à implementaçãode sistemas de gestão pela qualidade to-tal.Certificação de Produto Alimenta-res - Marca Produto Certificado.

Certificação de ProdutosA comprovação da conformidade de umproduto com as normas ou especifica-ções técnicas que lhe são aplicáveis éfactor decisivo para a sua diferenciação.A forma mais eficaz de evidenciar a cer-tificação é através da colocação da mar-ca de conformidade do OC em todos osprodutos fabricados.Para a concessão da marca produto cer-tificado efectua-se: avaliação da confor-midade do produto com as normas (re-

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alização de ensaios em laboratório acre-ditado); verificação dos meios de con-trolo de fabrico implementados (reali-zação de uma auditoria).Áreas de intervenção da Certifica-

ção de Produtos:Aprovisionamento; Identificação e ras-treabilidade do produto; Controlo dosprocessos; Inspecção e ensaio; Contro-lo do equipamento de inspecção, medi-ção e ensaio; Estado de inspecção e en-saio; Controlo de produto não-confor-me; Manuseamento, armazenagem, em-balagem, conservação e expedição deproduto; Controlo dos registos de Qua-lidade; Reclamações; e Técnicas esta-tísticas.Após a Certificação, o IPQ emite umalicença para uso da marca de conformi-dade. O IPQ estabelece um contratocom o fabricante, sendo a licença váli-da por 5 anos, e podendo o fabricantemarcar todos os produtos certificados;Durante o período da validade são efec-tuados ensaios parciais e auditorias paraverificar se as condições iniciais semantêm.

II. “Distribuição Moderna vs. Indús-tria Agro-Alimentar”, pelo Eng.ºJoão E. Pinto Ferreira da Centromar-caO esquema da apresentação desenrolou-se por três pontos: Envolvente macroe-conómica e quadro jurídico; Diagnós-tico; e soluções.A envolvente macroeconómica e qua-dro jurídico tem-se caracterizado pelosseguintes factores:Queda das fronteiras internacionais ecrescente globalização dos mercados;Emergência das economias centradasdo lado da procura (no consumidor);Coexistência da “nova economia” comquadros legais decorrentes de outra re-alidade.Os mercados distintos a considerar:Entre uma produção cada vez mais à es-cala global e um consumidor local, adistribuição tende a ser cada vez maisglobal (multinacionais);O conceito de mercado relevante nasanálises é muito importante. Por exem-plo: o mercado retalhista (para jusante)é local (os consumidores normalmentenão percorrem grandes distâncias pararealizarem as suas compras diárias, se-manais, quinzenais, mensais, etc.); omercado grossista (para jusante) queabastece o retalho é regional; e o mer-

cado de abastecimento (para montante/produtores) é nacional. Destas diferen-tes escalas resultam forças negociaismuito díspares entre os agentes econó-micos, criando zonas de tensão negoci-al.

O Diagnóstico.A redução do número de pontos de ven-da (principalmente devido à redução donúmero de lojas do comércio tradicio-nal, havendo em 1966 5,6 lojas por1.000 habitantes e tendo em 1995 essenúmero caído para 3,6) levou à concen-tração das vendas locais. O número delojas do INA - Índice Nielsen Alimen-tar era em 1988 de 40.180 e em 1996passou para 31.993 (-23% em 8 anos).Substituição de pequenas lojas por me-nos mas maiores e fora dos centros dascidades (para a periferia). As visitas àslojas envolvem “planeamento” com in-vestimento pessoal em tempo e deslo-cações (normalmente de carro), tendohavido um desincentivo à repetição dasvisitas diárias ou quando era necessá-rio, criando-se uma discriminação en-tre consumidores (os que não podem irvão pagar mais). Há uma menor expo-sição dos consumidores, às marcas dadaa redução destas e do seu espaço juntodo consumidor. No curto prazo, o reta-lho especializado tende a desaparecer,apesar da tendência para criar “secções”especializadas nas Grandes Superfíci-es (GS), com GS especializadas. As lo-jas dos três grandes grupos da distribui-ção moderna controlam o mercado na-cional (em Portugal têm uma quota de55% do mercado nacional), podendo adependência do lados da oferta em re-lação a uma cadeia de distribuição podeser quase total (70% a 90%) em rela-ção a certos mercados onde só essa si-gla opera. A velocidade da concentra-

ção do lados da procura foi muito rápi-da e consentida pelas autoridades. A im-portação dos modelos franceses e a ex-pansão das cadeias francesas no nossomercado foi notória, beneficiando daexperiência adquirida noutros merca-dos. O quadro legal de condicionamentoda abertura de novas lojas favoreceu aconcentração das GS;A pressão que a procura multinacional(grande distribuição) exerce sobre aoferta nacional (fábricas, marcas e pro-dutores) é cada vez maior dada a desi-gualdade de escalas. Esta pressão ma-nifesta-se pela procura de tratamentopreferencial e tem como consequênciaa redução dos níveis de I&D (novosprodutos implicam novas referencia-ções, etc.). A distribuição procura per-manentemente obter vantagens compe-titivas (preços e condições comerciais,acções de marketing e/ou promoções,etc.) junto dos fornecedores;A redução da Investigação e Desenvol-vimento (I&D) de novos produtos, dadaa escassez de fundos necessários às po-líticas comerciais. A pressão do lado daprocura chega a concessões não relaci-onadas com custos do produtor (a pres-são negocial é maior dada a crescenteconcentração). O fornecedor enfrenta odilema de como compatibilizar lucrosde 15% sobre vendas com a perca deum cliente que vale 20% das vendas?Como resultado as empresas começama cortar o que não afecta a eficácia ope-racional imediata, a I&D; na luta pelasobrevivência, as empresas preferemabdicar do lucro hoje para sobrevive-rem amanhã. A redução de I&D impli-ca menos produtos novos, menos me-lhorias nos produtos existentes, redu-ção de empregos altamente especiali-zados.

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12 O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

O declínio das marcas secundárias quesão postas de parte em certos mercadosdevido ao aumento da marcas próprias(MP), reduzindo o espaço das outrasmarcas em benefício destas. A tendên-cia internacional aponta para a existên-cia de uma marca líder, uma seguidora,uma primeiro preço e uma MP, levan-do à polarização entre marca líder e MP.Como a MP não tem I&D, a inovaçãoapenas virá da marca líder, que o farácautelosamente procurando reaver o seuinvestimento antes de ser, imitada. Háuma substituição do estimulo da inova-ção competitiva pela protecção a um in-vestimento histórico;A distribuição comporta-se como“agente duplo”, fazendo um jogo peri-goso, como proprietário das suas mar-cas próprias e como produtor (agenteda marca do fabricante). Coexistem nomercado concorrência vertical (entreoferta e procura) e horizontal (entre asmarcas e as MP). O consumidor depa-ra-se com uma menor possibilidade decomparar preços, dada a escassez deprodutos existentes e muitas vezes nãodirectamente comparáveis;As estratégias dos produtos similares“look alikes”, em que os produtos damarca da distribuição muitas vezes seconfundem com os produtos de marcaatravés da sua forma e/ou cor, trata-sedo aproveitamento da equidade da mar-ca e de enganar o consumidor. Mesmocom legislação em vigor, torna-se mui-to difícil o recurso a esta.

As soluçõesÉ preciso recentrar as forças de merca-do, os monopsónios (monopólios do la-dos da procura) são tão ou mais perigo-sos que os monopólios (do lado da ofer-ta). As autoridades têm que ser sensibi-lizadas (lobbying constante), é neces-sário criar novos quadros legais queevitem o abuso de posições dominan-tes, é necessário informar cada vez maiso consumidor e tratá-lo como o elemen-to preponderante de toda a cadeia, e osfornecedores têm que reflectir sobre assuas estratégias e enquadrá-las com osseus objectivos de curto, médio e lon-go prazo.

III. “Análise do sector agro-alimen-tar do arroz em Portugal e levanta-mento das principais tendências deevolução”, pelo Prof. Doutor JorgeOliveira da Sociedade Portuguesa deInformação, estudo promovido pela

ANIA e comparticipado pelo PEDIPII.Esta apresentação prévia do estudo queestá a ser realizado pela SPI pretendeuretractar o estado em que se encontra oestudo a ser concluído até ao final des-te ano. O conteúdo da apresentação daSPI - Sociedade Portuguesa de Inova-ção focou quatro pontos: Objectivos,metodologias, e resultados do estudo;Acções desenvolvidas; Acções a desen-volver; e Uma “visão de águia” do sec-tor.

Objectivos:Caracterização geral do sector; Visãoeconómica para os próximos anos;Competitividade face a: produtores doSul da Europa (FR, ITA, ESP.); indus-triais do Norte da Europa; e produtoresnão-europeus (EUA). Perspectivas dosacordos GATT e PAC e impactos pre-visíveis; Mercados do norte da Europae EUA; Produtos concorrenciais (bata-ta, massas); Linhas de acção e planosestratégicos.O conteúdo do trabalho aborda: uma vi-são geral do sector; os assuntos priori-tários; as tendências de evolução dosmercados; análise comparativa comoutros países (indústrias e mercados);linhas de acção e estratégias para o sec-tor.

Metodologias a utilizar:Levantamento e recolha de dados; Re-alização de entrevistas: a empresas na-cionais; a empresas de distribuição; aentidades oficiais; a Associações indus-triais estrangeiras; e Associações e em-presas Norte-Americanas; Análise dosdados recolhidos.Dos resultados obtidos pode-se:Tirar ideias; Programar linhas de acção;desenvolver planos estratégicos; e fo-mentar o “lobbying”.Acções até agora desenvolvidas: reco-lha de dados estatísticos e entrevistavárias.Acções a desenvolver: recolha de da-dos e entrevistas.A “visão de águia” do sector nacionalpõe em evidência três variáveis centrais:• O produto “primário” de baixo va-lor acrescentado - com uma dimensãoreduzida e ou um perfil discreto e comoconsequência com uma baixa capacida-de de “lobbying”;• O mercado global - que poderá in-fluenciar negativamente o mercado do-méstico devido ao aumento da concor-rência externa resultante de uma revi-

são desfavorável de acordos comerci-ais internacionais que levarão à neces-sidade de aumentar o poder de “lo-bbying”; e• A distribuição moderna - que influ-ência directamente a concorrência e au-menta a pressão nos preços por via dasmarcas distribuidor.• Destas variáveis a interacção entreelas leva, a objectivos centrados emquantidade e baixo preço, procurandouma optimização de custos, que em con-junto com a necessidade de aumento dopoder de “lobbying” levará à: criaçãode parcerias horizontais; e/ou a proces-sos de concentração (fusões, aquisições,falências).Por outro lado, o facto de este ser umproduto “primário” de baixo valoracrescentado, há a necessidade premen-te de aumentar o valor acrescentado ediversificar, através da criação de umarroz especial, de uma produção orien-tada para o consumidor, ou da criaçãode uma actividade a jusante. Da produ-ção orientada para o consumidor e daactividade a jusante poderão surgir asprimeiras parcerias verticais (entre e in-dústria e a distribuição), através destasactividades a jusante poderão aparecerprodutos complementares como molhosou as refeições pré-cozinhadas, estasduas últimas em conjunto poderão abrircaminho para fornecer directamente arestauração (“Catering”).Sendo o consumidor o elo mais impor-tante da cadeia, com a produção orien-tada para este e recorrendo a parceriasverticais para uma gestão eficiente dacadeia orizícola será possível adquirirum maior conhecimento dos hábitos doconsumidor através de estudos própri-os. Uma necessidade decorrente destaaproximação ao consumidor final é ade produzir flexível e agilmente em es-calas mais pequenas e personalizadas.Resumindo: o produto primário, o mer-cado global e a distribuição moderna le-vam as empresas a vender muita quan-tidade a baixo preço, a sofrerem pres-sões de escala face à concentração ajusante e o baixo grau de diferenciaçãodo produto e das marcas constituem umponto fraco do mercado.A diferenciação que é essencial nosmercados mais evoluídos e competiti-vos poderá passar: pela criação de umarroz especial (nutrição, natureza, saú-de); pelo desenvolvimento de activida-des a jusante (molhos, restauração, re-

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feições pré-cozinhadas); e principal-mente pela produção orientada para ocliente (proximidade e parceria com osconsumidores, gestão eficiente das ca-deias, ECR - Eficient ConsumerResponse / resposta eficiente ao consu-midor). Mas tudo isto só terá “pernas”para andar se forem feitas parcerias ver-ticais (Organismos Interprofissionais).Os novos produtos baseiam-se em prin-cípios fundamentais muito divergentesdos existentes actualmente: a quantida-de é pequena; o preço é elevado (eleva-do valor acrescentado); a qualidade émuito grande (certificação de produtose empresas); o factor conveniência ébastante explorado pelas políticas demarketing das empresas.Muitas marcas internacionais como aRiceland Foods, Lundberg e a UncleBen possuem uma gama de produtoscom bastantes linhas de variedades eprodutos acrescentados:arroz integral; arroz bran-queado (índica e japóni-ca); arroz selvagem; ar-roz vaporizado; arroz va-porizado condicionado;arroz aromatizado (espe-ciarias); arroz fácil (5 mi-nutos) com sabores; óleode casca de arroz; arrozbasmati ou jasmim; mis-turas de arroz; bolos dearroz; pudim de arroz;farinha de arroz; varieda-des especiais; arroz que éfabricado por encomen-da; arroz pré-cozinhado; sopas de ar-roz; arroz com feijão; etc. Trata-se deentrar em todas as áreas agro-alimenta-res em que se aplique o produto primá-rio.Em Portugal existe uma grande especi-ficidade em relação ao consumo de ar-roz na Europa: o arroz é um produto ali-mentar básico (tem uma grande rendi-mento na panela quando comparadocom outros produtos substitutos comoas massas e a batata); o gosto do consu-midor tradicional português é muitoapurado, apreciam-se pratos confecci-onados com sabor sofisticado (arroz demarisco, cabidela, etc.); para os agri-cultores esta é mais uma cultura quegera bem-estar regional. A cultura doarroz tem aliados valores culturais, tra-dicionais e sociais.Voltando à necessária diferenciação doproduto, em Portugal já existe a maté-

ria-prima necessária, trata-se do arrozCarolino nacional, que goza de carac-terísticas únicas na Europa que terãoque ser evidenciadas e mostradas aoconsumidor português que ainda se en-contra pouco informado sobre esta ri-queza ambiental nacional.

IV. “Caso prático de certificação daQualidade na Indústria Agro-Ali-mentar”, pelo Eng.º Carlos Ruivo daempresa Nestlé PortugalA Qualidade Alimentar através da Hi-giene na Indústria Agro-Alimentar peloControlo de Pontos Críticos foi o temaabordado nesta palestra.A qualidade alimentar é tradicionalmen-te efectuada pela produção (prioritaria-mente actividades de fabricação, mar-ginalmente relacionava-se com aspec-tos de qualidade) e pelo laboratório (so-mente o controlo da qualidade do pro-

duto final, que era dividido entre acei-tável e não aceitável). O laboratóriopossuía a responsabilidade da Qualida-de; no entanto, não possuía toda a in-formação considerada actualmentecomo relevante. Muitas vezes trabalha-vam, sem se aperceberem, em sentidosdivergentes.Actualmente, a produção tem a seu car-go a fabricação e o controlo de quali-dade e, muito importante, tem umaconsciência da Qualidade. O laborató-rio, garante a Qualidade e o controlo daqualidade e fornece este serviço. Assim,o laboratório complementa a produçãonum esforço conjunto para assegurarque os produtos são seguros e cumpremas normas. Todos em conjunto, labora-tório, produção e serviços técnicos es-tão imbuídos do espírito da QUALIDA-DE.Na Nestlé, a Qualidade Alimentar é de-

fendida pelo Sistema de Qualidade(SQ), que por sua vez engloba o BPF(qualidade nas instalações / fábricas daNestlé) e este contém o sistema HACCP(Sistema de Análise de Risco e Contro-lo de Pontos Críticos). O HACCP naprodução de alimentos, consiste numametodologia sistemática aplicada à to-talidade da cadeia de determinado ali-mento, como meio de assegurar a suasegurança (que não possa causar danosna saúde do consumidor). A equipaHACCP trabalha sobre a linha de pro-dução para avaliação dos riscos e iden-tificação dos pontos críticos de contro-lo (PCC). Assim, cria-se um sistema decontrolo dos PCC e estabelecem-se oslimites valorativos que estes podematingir. No entanto, é necessário moni-torizar os PCC e registar os seus valo-res, bem como criar as medidas / ac-ções a tomar em caso de desvio desses

valores. Todo este siste-ma terá que ser revisto eactualizado à medida queas necessidades o obriga-rem, quer através de novoprodutos, novas linhas oualterações. É importanteter a consciência que estesistema não é estanque eque a linha de produção,sobre a qual ele actua,poderá sofrer modifica-ções necessárias e confor-mes para a solução dosriscos e/ou perigos para asaúde pública.

O sistema HACCP em si desenvolve-se por sete etapas: 1- Identificação dosperigos e sua classificação em termosde gravidade; 2- Determinação dos PCCpara controlo dos perigos identificados;3- Especificação dos Limites Críticos(LC) efectivos para o controlo; 4- Es-tabelecimento e implementação de pro-cedimentos de controlo; 5- Execuçãodas acções correctivas quando os LCnão são atingidos ou são ultrapassados;6- Estabelecimento de procedimentospara assegurar que o sistema HACCPestá em funcionamento; e 7- Estabele-cimento de documentação e criação deum sistema de recolha e registo de da-dos.

As vantagens do HACCP:Familiarização com as linhas de pro-dução; Auditam-se as linhas e os con-trolos existentes; Controlos dirigidospara a redução de custos; Melhoramen-

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tos e modificações efectuadas; Maiorprodutividade; Maior segurança dosprodutos.BPF - Segurança nas Instalações /

Fábricas da Nestlé:Definir: serviços gerais de apoio; áreasde processo; áreas de acesso e tráfego.Separação física de acordo com critéri-os preestabelecidos: seco / húmido; hi-giene alta, média ou baixa.Ventilação: natural ou mecânica; ar con-dicionado; controlo de humidade; fil-tração.Construção dos edifícios: evitar ângu-los vivos; evitar espaços mortos.Superfícies: lisas; acessíveis; laváveis;materiais duráveis.

V. “Evolução dos Mercados do Arroze Massas Alimentícias”, pelo Dr.Francisco Ramos de Carvalho pelaempresa A.C. Nielsen, S.A.Mais uma vez a presença muito espera-da do Dr. Francisco Ramos nos encon-tros da ANIA, dada a relevância dassuas apresentações para todos os indus-triais, ilustrou a evolução dos merca-dos do arroz e das massas em Portugal.Passaremos agora a apresentar os da-dos para Portugal do INA - Índice Ni-elsen Alimentar:O número de lojas entre 1992 e 1997passou de 37.853 para 30.407 (-19,7%)e no último ano essa quebra foi de 5%.Por seu lado o volume de vendas emmilhões de contos, para os mesmos pe-ríodos, aumentou de 998 para 1.440(+44,3%) e +7,9% respectivamente.Variação do número de lojas entre 1992e 1997: os hipermercados mantiveramo mesmo valor de 0,1%; os supermer-cados passaram de 1,2% para 3,1%; eas mercearias diminuíram de 86,5%para 84,2%. Em 1998 o número de hi-permercados é de 38 e o número de su-permercados atinge as 994 unidades.Dentro dos supermercados, os discountscresceram entre 1997 e 1998 7%, as ca-deias subiram 6% e os outros apenas1%. Os Cash & Carry atingiram em1997 186 unidades.Quanto ao mercado do Arroz, a Niel-sen exclui o canal HORECA/INCIM(Índice Nielsen Consumo Imediato) eestuda, INA (Índice Nielsen Alimentar)e deste cobre ±70% do mercado, repre-sentando o mercado total em 1999 cer-ca de 132.213 Ton. As vendas de arrozem quantidade no retalho Nielsen re-presentaram em DJ’98 98.849 Ton. e em

DJ’99 94.159 Ton., o que representouum aumento de 4,9%, quanto às ven-das em valor e para o mesmo períodoesses valores foram, 18,2 e 17 milhõesde contos (-7,0%).As áreas Nielsen que se dividem em 5zonas: I. Grande-Lisboa; II. Grande-Porto; III.N. Litoral Norte, de Coimbrapara cima; III.S. Litoral Sul, de Coim-bra à Grande Lisboa; IV. Interior Norte(do Tejo para norte); e V. Interior Sul,Alentejo e Algarve (do Tejo para sul).As áreas de consumo de arroz em DJ’99encontram-se ordenadas da seguinteforma: 1º III.N. - 41%; 2º I. - 17%; 3ºII. - 16%; 4º IV. - 12%; 5º III.S. - 9%;6º V. - 7%. É sem dúvida no LitoralNorte que se consome mais arroz nopaís, seguindo-se a grande distância aszonas da Grande-Lisboa e Grande-Por-to.As quotas de cada tipo de arroz emvolume entre DJ’ 94 e DJ’99 varia-ram da seguinte forma: o Carolino,passou de 68% para 56%; o Agulha, ti-nha 21% e passou para 38%; o Especi-al Médio passou de 9% para 2%; e oEstufado de quase 0% para 3%. EntreDJ’98 e DJ’99 os volumes de cada tipode arroz também variaram: o Carolinocaiu 8%; o Agulha subiu 1%; o Especi-al Médio caiu 15%; e o Estufado subiu37%.Os preços médios de venda ao públi-co (PMVP) de arroz por Kg em Portu-gal, variaram da seguinte maneira en-tre DJ’98 e DJ’99: Estufado 243$00/239$00 (-1,7%); Agulha 196$00/194$00 (-1,0%); Carolino 170$00/169$00 (-0,6%); Especial Médio163$00/149$00 (-8,6%). Analisandoagora os preços dos três principais ti-

Preço MédioPreço MédioArroz vs MassasArroz vs Massas

181

205

178

188

150

160

170

180

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210

DJ 199

5

DJ 199

6

DJ 199

7

DJ 199

8

DJ 199

9

TOTALARROZ

MASSAS

pos de arroz nos principais canais dedistribuição temos: Hipers: Estufado245$00/242$00 (-1,2%); Agulha191$00/188$00 (-1,6%); Carolino160$00/162$00 (+1,3%); Supers: Estu-fado 233$00/229$00 (-1,7%); Agulha187$00/184$00 (-1,6%); Carolino167$00/163$00 (-2,4%). Tradicionais:Estufado 261$00/264$00 (+1,2%);Agulha 219$00/225$00 (+2,7%); Caro-lino 179$00/177$00 (-1,1%). EntreDJ’94 e DJ’99 o Carolino passou de201$00 para 169$00 (-16%) e o Agu-lha passou de 222$00 para 194$00 (-12,6%).Os Cash&Carry entre os mesmos pe-ríodos aumentaram as suas vendas emvolume 13% e as vendas em valor 12%.Os Cash&Carry representam em volu-me 70.731 Ton. (43%) do mercado e osalimentares as restantes 61.482 Ton.(57%), dando o total do mercado co-berto pela Nielsen 132.213 Ton.As massas em Portugal têm apresenta-do o seguinte comportamento entreDJ´98 e DJ’99: as vendas em quantida-de caíram 1% (42.500/41.880 Ton.) eem valor aumentaram 6% (7.457/7.880mil contos). Em volume e por canais:nos Hipers caíram 6%; nos Supers su-biram 10%; e nos Tradicionais caíram8%.Comparando os preços médios entreo arroz e as massas entre DJ’95 eDJ’99: o arroz valia 205$00 e passoupara 181$00 (-11,7%) e as massas vali-am 188$00 e aproximaram-se do arrozpara 178$00 (-5,3%).No ranking dos 20 maiores mercadosagro-alimentares o arroz ocupa o 9º lu-gar com aproximadamente 17 milhõescontos.

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15O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

Receitas de Arroz

Arroz com queijo ralado

O Arroz N º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

Arroz - um alimento saudável

que não pegue. Deitar umpouco de sal.Numa frigideira com azeitefritar a cebola e os alhos(picados) e nesse refogadodeitar o arroz, a pimenta, amanteiga e o queijo ralado,deixando refogar durantealguns minutos.Todas as operações citadasatrás devem ser executadascom rapidez, para que o arrozfique no ponto e não esfrie.

Este prato de arroz é bastantesimples de confeccionar e étambém muito económico. Noentanto o sabor é bastanteagradável paraacompanhamento de qualquerprato de carne.

Ingredientes para 4 pessoas:- 250 grs. de arroz Extra-

Longo;- 1 cebola;- 1 dente de alho;

- 80 grs. de manteiga;- 1 litro de caldo de carne;- 150 grs. de queijo ralado;- 2 colheres de sopa de azeite;- pimenta preta em pó e sal qb..

Preparação:

Cozer o arroz no caldo, comsal e umas gotas de azeite,durante cerca de 12 minutos.Escorrer e não passar porágua, mas mexê-lo bem para

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16 O Arroz N.º 8 - Janeiro/Fevereiro/Março 1999

AO SERVIÇO DAINDÚSTRIA ARROZEIRA

DESDE 1975

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOSINDUSTRIAIS DE ARROZ

Arroz - um alimento saudável