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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UNIDADE ACADEMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA TALYTA DE CARVALHO FERREIRA FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DO SOLANUM LYCOPERSICUM L. (TOMATE): Um estudo comparativo entre consumidores do Nordeste e Sudeste do Brasil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

UNIDADE ACADEMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA

TALYTA DE CARVALHO FERREIRA

FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DO SOLANUM LYCOPERSICUM L. (TOMATE):Um estudo comparativo entre consumidores do Nordeste e Sudeste do Brasil

MACAÍBA/RN

2019

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TALYTA DE CARVALHO FERREIRA

FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DO SOLANUM LYCOPERSICUML. (TOMATE):Um estudo comparativo entre consumidores do Nordeste e Sudeste do Brasil

Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso

de Graduação em Engenharia Agronômica da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

como requisito parcial para a obtenção do grau

de Engenheira Agrônoma

Orientador: Prof. Dr. SÉRGIO MARQUES JÚNIOR

MACAÍBA/RN

2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ

Ferreira, Talyta de Carvalho. FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DO SOLANUM LYCOPERSICUM L. (TOMATE): um estudo comparativo entre consumidores do Nordeste e Sudeste do Brasil / Talyta de Carvalho Ferreira. - 2019. 58 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, graduação em Engenharia Agronômica. Macaíba, RN, 2019. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Marques Júnior.

1. Agronegócio - Monografia. 2. Hortaliça - Monografia. 3. Mercado - Monografia. I. Marques Júnior, Sérgio. II. Título.

RN/UF/BSPRH CDU 338.43

Elaborado por Elaine Paiva de Assunção Araújo - CRB-15/492

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FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DO SOLANUM LYCOPERSICUM L. (TOMATE):Um estudo comparativo entre consumidores do Nordeste e Sudeste do Brasil

TALYTA DE CARVALHO FERREIRA

Trabalho de Conclusão apresentado ao curso de Engenharia Agronômica, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheira Agrônoma.

Macaíba, 14 de Novembro de 2019.

Orientador:

Banca Examinadora:

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Dedicatória

Dedico esse trabalho primeiramente a Deus por ter me ajudado

a concluir mais uma etapa na minha vida, e as mulheres da

minha vida, minha mãe Geiza por todo incentivo e dedicação e

minha avó Gelza por todo amor e incentivo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por todos os benefícios que tem me

proporcionado viver.

Agradeço a minha mãe Geiza Carvalho por ser o meu porto seguro e por todo

incentivo durante toda a minha vida.

A minha avó Gelza Mota por todo amor, por ser a minha maior incentivadora e

sempre torcer por mim.

Agradeço a minha tia Jeane Moura por todo incentivo dedicado a mim.

As minhas irmãs Tatiane, Thayná e Thayse por toda paciência e toda ajuda.

Vocês foram essenciais para a minha formação.

Agradeço a Wenderson Silva por todo amor, encorajamento, paciência e por

sempre me incentivar.

Agradeço a todo corpo docente do curso de Engenharia Agronômica por todo

conhecimento passado durante os cinco anos da graduação.

Em especial agradeço ao meu querido professor e Orientador Sérgio Marques

Júnior, por ter aceitado me orientar, por toda paciência e toda compreensão

dedicada.

Agradeço aos meus colegas Allana Paulino, Geovanna Maria, Mayna Buccos e

Nickson Carvalho por todo incentivo e apoio durante todo o curso. Vocês foram

essências contribuindo diretamente para a minha formação.

A todos os meus amigos por todo apoio que de alguma forma participaram da

construção dessa conquista e torceram por meu sucesso.

Soli deo gloria.

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RESUMO

FERREIRA, Talyta de Carvalho. FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DO SOLANUM LYCOPERSICUML. (TOMATE): Um estudo comparativo entre consumidores do Nordeste e Sudeste do Brasil. 2019. 58 p. (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Macaíba, RN.

Nos últimos anos, o tema "tomate e saúde" têm obtido uma considerável dimensão

em todo o mundo e poderá constituir-se num poderoso argumento para alavancar o

consumo e a produção desta hortaliça e derivados. Nestes termos, o presente

trabalho procurou investigar os fatores que afetam o consumo de tomate entre

consumidores da região Nordeste e Sudeste do Brasil. O estudo proposto possui

caráter descritivo, exploratório e quantitativo. Como instrumento de coleta de dados

foi utilizado o questionário online, desenvolvido na plataforma Google Forms,

desenvolvido utilizando-se escala métrica de 11 pontos, baseado na escala Likert

(Intervalo de: 0- fator sem qualquer importância até 10-fator muito importante).

Identificou-se que o tomate é preferencialmente consumido “in natura” pelos

entrevistados, destacando então a importância da aparência externa do fruto. Os

entrevistados declararam apresentar pouco conhecimento ou conhecimento regular

sobre os benefícios nutricionais do fruto. Os locais de preferência para compra do

tomate são os supermercados pelos entrevistados do Nordeste e quitandas no

Sudeste. Observou-se uma diferença de perspectivas de compra, entre os

consumidores do Nordeste e Sudeste, no que se refere à qualidade do produto e

coloração do fruto, sendo os entrevistados da região Nordeste são mais exigentes

que os consumidores da região Sudeste em relação a este quesito.

Palavras-chave: Mercado. Hortaliça. Agronegócio.

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ABSTRACT

FERREIRA, Talyta de Carvalho. FACTORS AFFECTING SOLANUM LYCOPERSICUM L. CONSUMPTION (TOMATO): A comparative study between consumers from Northeast and Southeast Brazil. 2019. 58 p. (Course Completion Work) - Federal University of Rio Grande do Norte Campus Macaíba, RN.

In recent years, the theme 'tomato and health' has grown considerably worldwide and

could be a powerful argument for leveraging the consumption and production of this

vegetable and its derivatives. Accordingly, the present study sought to investigate

factors affecting tomato consumption among consumers in the Northeast and

Southeast of Brazil. The proposed study has a descriptive, exploratory and

quantitative character. The data collection instrument used was the online

questionnaire, developed on the Google Forms platform, developed using an 11-

point metric scale, based on the Likert scale (Range from: 0- unimportant factor to

10-very important factor). It was identified that the tomato is preferably consumed “in

natura” by the interviewees, highlighting the importance of the external appearance

of the fruit. The interviewees stated that they had little or no regular knowledge about

the nutritional benefits of the fruit. Preferred places to buy tomatoes are

supermarkets by respondents in the Northeast and greengrocers in the Southeast.

There was a difference in purchasing prospects between consumers in the Northeast

and Southeast regarding product quality and fruit coloration, and respondents in the

Northeast are more demanding than consumers in the Southeast in relation to this.

question.

Keywords: Market. vegetables. Agribusiness

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEASA Centrais Estaduais de Abastecimento

CEPEA Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada-

Esalq/USP.

DAT Dias após Transplante de Mudas

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a

Agricultura

IAC Instituto Agronômico de Campinas

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ONU Organização das Nações Unidas

PROHORT Programa Brasileiro de Modernização do Mercado de

Hortigranjeiro

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Percentagem de respondentes por Região................. 35

Figura 02 Percentagem de respondentes por Gênero................. 36

Figura 03 Percentagem de respondentes por Idade.................... 36

Figura 04 Percentagem de respondentes por Estado Civil.......... 37

Figura 05 Percentagem de respondentes por Grau de

escolaridade................................................................. 38

Figura 06 Percentagem de respondentes Renda Familiar

Mensal.......................................................................... 38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Levantamento Sistemático da Produção Agrícola no

Brasil – agosto 2019 – Tomate................................... 25

Tabela 02 Preço médio por região nos atacados (CEASA) de

referência dos estados............................................... 27

Tabela03 Preço mais comum do tomate na CEASA-RN........... 27

Tabela 04 Variáveis utilizadas no estudo.................................... 33

Tabela 05 Teste de Comparação de Médias entre variáveis

que expressam local de compra do produto,

avaliadas na região Nordeste e Sudeste.................... 39

Tabela06 Teste de Comparação de Médias entre variáveis de

importância de compra do produto, avaliadas na

região Nordeste e Sudeste......................................... 41

Tabela 07 Teste de Comparação de Médias entre os

consumidores das duas regiões em estudo, sobre a

importância das variáveis utilizadas na decisão de

compra do produto..................................................... 43

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ANEXOS

Anexo 01 Perfil da Amostra do Nordeste................................... 55

Anexo 02 Perfil da Amostra do Sudeste..................................... 56

Anexo 03 Questionário utilizado na pesquisa............................. 57

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 142. REFERÊNCIAL TEÓRICO............................................................................... 162.1 TAXONOMIA E ASPECTOS BOTÂNICOS................................................ 16

2.2 ASPECTOS ECONÔMICOS...................................................................... 17

2.3 QUALIDADES NUTRACÉUTICAS............................................................. 18

2.4 PLANTIO E CULTIVO................................................................................. 19

2.4.

1 CLIMA E SOLO...................................................................................... 20

2.4.2 PH.......................................................................................................... 20

2.4.3 ADUBAÇÃO E CALAGEM..................................................................... 20

2.4.4 PRAGAS E DOENÇAS.......................................................................... 22

2.4.5 COLHEITA E PÓS COLHEITA.............................................................. 23

2.4.6 PRODUTIVIDADE.................................................................................. 24

2.4.7 RENTABILIDADE................................................................................... 25

2.5 FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE TOMATE............................. 25

2.5.1 CONHECIMENTOSOBRE OS BENEFÍCIOS DO TOMATE................. 26

2.5.2 PREÇO................................................................................................... 27

2.5.3 GOSTO.................................................................................................. 28

2.5.4 QUALIDADE........................................................................................... 28

2.5.5 HÁBITO DE CONSUMO DO TOMATE.................................................. 29

2.5.6 BENEFÍCIOS À SAÚDE......................................................................... 29

2.5.7 FACILIDADE DE COMPRA................................................................... 30

3. METODOLOGIA............................................................................................. 313.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA....................................................................... 31

3.2 UNIVERSO DE ESTUDO........................................................................... 31

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA................................................................ 32

3.4 TÉCNICA E MODELO DE ANÁLISE DE DADOS...................................... 33

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 354.1 AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE COMPRA DE TOMATE IN NATURA

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E PROCESSADO, ASSIM COMO O NÍVEL DE CONHECIMENTO

DECLARADO PELOS ENTREVISTADOS DO NORDESTE E SUDESTE

DO PAÍS, SOBRE OS BENEFÍCIOS NUTRICIONAIS DO

TOMATE.....................................................................................................39

4.2 INVESTIGAÇÃO DOS PRINCIPAIS LOCAIS DE COMPRA DE TOMATE

IN NATURA, DECLARADOS PELOS ENTREVISTADOS DO

NORDESTE E SUDESTE DO

PAÍS............................................................................................................ 41

4.3 AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DECLARADA PELOS

ENTREVISTADOS DO NORDESTE E SUDESTE DO PAÍS, DAS

VARIÁVEIS QUE AFETAM A COMPRA DO TOMATE IN

NATURA..................................................................................................... 43

5. CONCLUSÃO................................................................................................. 45REFERÊNCIAS.............................................................................................. 46ANEXOS......................................................................................................... 55

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1. INTRODUÇÃO

O mercado tem buscado várias formas de diferenciar e melhorar a qualidade

dos seus produtos, pois ao longo do tempo observou-se um aumento na demanda e

a preocupação dos consumidores em adquirir produtos de maior qualidade. Os

clientes estão cada vez mais exigentes e, como consequência, as empresas

enfrentam maiores dificuldades para desenvolver seus negócios, tendo que

reestruturar sua maneira de atuar no mercado (ZENONE, 2003),forçando o

surgimento de novas estratégias mercadológicas para a produção e venda.

Para o mercado conseguir se manter, precisa assegurar a satisfação do

cliente. Sabe-se que o que garante o contentamento dos consumidores é a

qualidade do produto que estará adquirindo, portanto, ter conhecimento sobre o

prazer dos consumidores com relação ao seu produto é de extrema importância.

Neste sentido, a satisfação ou não do consumidor é outro elemento que pode

interferir em decisões de compras futuras (MARCOS, 2000).

Com todo esse aumento na demanda, a oferta consequentemente pode ser

aumentada gerando uma grande competição no mercado. Para ser competitivo e

atender essa potencial demanda é necessário compreender o consumidor, traçar

seu perfil e conhecer seus hábitos (SAABOR, 2001). Uma das formas de aumentara

competitividade é garantindo a satisfação do cliente, fornecendo um produto de

qualidade, atendendo os padrões ideias de doçura, firmeza, livre de danos, entre

outras características que agreguem valor para o produto. O consumidor busca

qualidade e comodidade, procura produtos frescos, com bons preços, além de um

ambiente seguro e disponível em seu horário livre (FRUTAS, 1996 citado por

MARCOS, 2001).

A identificação de atributos necessários na avaliação da qualidade de frutas e

hortaliças pode orientar os produtores e demais agentes da cadeia quanto ao tipo de

produto "ideal" de comercialização, o que implicará em valoração ou desvalorização

do produto (LIMA, 2008). Desta forma, tomar conhecimento sobre as características

que tornam o fruto no padrão ideal para os seus consumidores é de fundamental

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importância pois essas características serviram como base para produção e

comercialização do fruto.

Em se tratando da cultura do tomate existe uma norma de identidade,

qualidade, acondicionamento, embalagem e apresentação. Essa norma é

determinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Pela Portaria

do MAARA n° 553/95 (BRASIL, 1995) e pela proposta, no Anexo XVII, da Portaria

SARC nº 085/02 do MAPA (BRASIL, 2002).

Portanto, este trabalho teve como objetivo investigar quais atributos são

levados em consideração na hora da compra do produto, procurando identificar os

fatores determinantes para a escolha do produto pelo consumidor. Como objetivos

específicos define-se:

a) Avaliar a frequência de compra de tomate in natura e processado, assim

como o nível de conhecimento declarado pelos entrevistados do Nordeste e

Sudeste do país, sobre os benefícios nutricionais do tomate.

b) Investigar os principais locais de compra de tomate in natura, declarados

pelos entrevistados do nordeste e sudeste do país.

c) Avaliar a importância declarada pelos entrevistados do Nordeste e Sudeste

do país, das variáveis que afetam a compra do tomate in natura.

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2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 TAXONOMIA E ASPECTOS BOTÂNICOS

O tomate (Solanum lycopersicumL.) anteriormente classificado como

(Lycopersicon esculentum Mill.) Pertence à família Solanaceae, da ordem Tubiflorae.

A primeira classificação do tomate foi dada pelo botânico TOURNEFORT (1964)

apud PERALTA et al. (2006), que classificou o gênero como Lycopersicon que na

língua grega tem como significado “pêssego de lobo”. Através de estudos mais

aprofundados de morfologia e de distribuição das plantas, há ampla aceitação entre

taxonomistas, melhoristas e geneticistas da nomenclatura S. lycopersycum

(WARNOCK, 1988; PERALTA et al., 2001; SPOONER et al., 2003; PERALTA et al.,

2006), conforme consta no Code of Nomenclature for Cultivated Plants (BRICKELL

et al., 2004).

O tomateiro é nativo da América do Sul e tem seu centro de origem na região

Andina, compreendendo um estreito território limitado ao sul, pelo norte do Chile

com latitude 30°, ao norte do pelo Equador e sul da Colômbia, a leste pela

Cordilheira dos Andes e ao oeste pelo Oceano Pacífico, incluindo o arquipélago das

ilhas Galápagos (RICK, 1982). A domesticação do tomate se deu no México e foi

introduzido na Europa em 1544 (NAIKA, 2006). No Brasil, o mesmo foi praticamente

introduzido pelos imigrantes italianos, na passagem do século XIX (GIORDANO et

al., 2000).

O tomateiro é uma solanácea herbácea, de caule flexível, piloso, cuja

arquitetura natural lembra uma moita, com abundante ramificação lateral. Essa

arquitetura pode ser profundamente modificada pela poda, condicionando o tipo de

cultura, de indústria no cultivo rasteiro ou para consumo fresco, no cultivo envarado

ou estaqueado (FILGUEIRA, 2000).

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2.2 ASPECTOS ECONÔMICOS

Inicialmente era utilizado como planta ornamental por temor à toxicidade, o

que retardou o uso culinário (FILGUEIRA, 2000). A partir de 1900, o fruto começou a

ter relevância mundial e encontra-se espalhado por todo o mundo (OLIVEIRA,

2011).

O tomateiro é uma das mais importantes hortaliças cultivadas no mundo

(PERALTA et al., 2005). A produção global do tomate duplicou nos últimos 20 anos.

Um dos principais fatores para a expansão da cultura é o crescimento do consumo.

Entre 1983/85 e 2003/05, a produção mundial per capita de tomate cresceu cerca de

36%, passando de 14 kg por pessoa por ano para 19 kg, de acordo com dados da

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU1).

O crescente consumo de tomate está relacionado a diversos fatores,

podendo-se destacar à consolidação de redes de fast food, que utilizam essa

hortaliça nas formas processada e fresca. Além disso, o aumento da necessidade de

maior rapidez no preparo de alimentos elevou a demanda por alimentos

industrializados ou semiprontos – no caso do tomate, principalmente na forma de

molhos pré-preparados ou prontos para consumo, como os catchups. Devido ao

aumento com a preocupação pela saúde por parte da maioria da população, tem-se

aumentado a frequência de consumo de frutas e hortaliças. Mais recentemente, a

procura pelo tomate foi reforçada pela procura de alimentos mais saudáveis,

favorecendo também o crescimento da venda do produto para consumo em fresco

(CARVALHO, 2007).

A produção do tomate rasteiro (industrial) é muito importante para o

agronegócio brasileiro, pelo volume de matéria prima produzida e pela geração de

renda e emprego a um grande número de produtores e trabalhadores (GAMA, 2017)

Apesar de originalmente ser indústria do tipo "caseira", o processamento do

tomate para fins industriais iniciou-se no Sul da Itália e nos Estados Unidos há mais

1Disponível em: <https://www.cepea.esalq.usp.br/br/diarias-de-mercado/tomate-cepea-rentabilidade-do-1-semestre-supera-a-do-mesmo-periodo-de-2018.aspx>. Acesso em: 08 ago. 2019.

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de um século. Nos últimos 30 anos esta atividade experimentou notável crescimento

na produção agrícola e industrial, em particular na década de 90 (BRANDÃO e

LOPES, 2001).

No Brasil, os dois principais derivados são o extrato concentrado e os molhos

prontos obtidos do tomate cubeteado ou triturado. Cada um desses produtos exige

atributos diferenciados, em termos de teor de sólidos solúveis (Brix), viscosidade,

sabor, acidez, cor, espessura do pericarpo e de facilidade de remoção da pele dos

frutos. A qualidade da matéria-prima, em maior parte, determina a qualidade do

produto final derivado (MELO et al., 2005).

A estimativa da produção brasileira de tomate para o ano de 2019 foi de 3,9

milhões de toneladas, uma redução de 2,9% em relação a maio do ano anterior. A

estimativa de área plantada, de 56,1 mil hectares, caiu 3,5%, apesar do crescimento

de 0,6% no rendimento médio. Em relação a 2018, a produção de tomate apresenta

declínio de 5,3%, tendo a área plantada decrescido 6,1% (IBGE, 2019).

No ano de 2018, foi apresentado um cenário otimista para a safra 2019/20.

Porém, apesar do cenário otimista, para a temporada 2019/20 não é esperado

significativo aumento no cultivo com tomate, levando-se em consideração que os

resultados do início da safra apresentaram resultados insatisfatórios. Desta forma,

muitos produtores utilizaram os lucros desta temporada para saldar dívidas de safras

anteriores (BRASIL, 2019). Essa mesma expectativa sobre um aumento no consumo

de produtos hortifruiti tinha sido esperada para o ano de 2018, pelo Centro de

Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Universidade de São

Paulo, em pesquisas junto aos principais polos produtores (AGRONEGÓCIO, 2019).

2.3 QUALIDADES NUTRACÉUTICAS

Nos últimos anos, o tema "tomate e saúde" têm obtido uma considerável

dimensão em todo o mundo e poderá constituir-se num poderoso argumento para

alavancar o consumo e a produção de tomate e derivados. Resultados de estudos

epidemiológicos conduzidos na União Europeia e nos EUA têm sugerido que as

propriedades antioxidantes do licopeno e o pigmento carotenoide que dá a cor

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vermelha ao tomate, são capazes de prevenir diversos tipos de câncer, doenças

cardiovasculares e degenerativas (MELO et al., 2005).

Aparentemente, o licopeno atua retardando ou amenizando os efeitos dos

radicais livres, moléculas instáveis que danificam as células sadias do organismo

(GIOVANNUCI, 1998). Além disso, apesar do tomate ter em sua composição 95%

de água, é rico em potássio, ácido fólico, vitaminas C, E e K, flavonoides e

carotenoides (FONTES & SILVA, 2005).

2.4 PLANTIO E CULTIVO

A primeira etapa do plantio se dá pela produção de mudas, realizada em

viveiros. As mudas são produzidas em bandejas e transplantadas com o auxílio de

máquinas ou até mesmo manualmente, dispensando o uso de canteiros, havendo

ainda a possibilidade de semeadura direta (EMBRAPA, 2006).

O transplantio é realizado após 20 a 35 dias da semeadura. O tempo para

que isso ocorra depende de condições climáticas (temperatura e luminosidade),

estado nutricional, precocidade das cultivares, tamanho da célula da bandeja. Em

condições ideais de clima e nutrição, as mudas de tomate de mesa estão prontas

para o transplantio quando estão com 20 a 25 dias e é feito manualmente. Já as

mudas de tomate para indústria estarão aptas ao transplantio quando estiverem com

28 a 35 dias, havendo maior facilidade para transplantio mecanizado. O importante

no momento do transplante é que as raízes das mudas ocupem todo o espaço da

célula da bandeja, facilitando sua retirada e inclusive o risco de destorroamento

(EMBRAPA, s.d.2).

Para o transplantio de mudas em grandes áreas estão sendo utilizadas

máquinas transplantadeiras. O modelo atualmente utilizado, importado da Itália, tem

capacidade para transplantar cerca de 120 mil mudas por dia, correspondendo ao

plantio de quatro hectares de lavoura (GIORDANO et al.; 2001). 

2 Disponível em<https://www.embrapa.br/hortalicas/tomate-de-mesa/plantio>. Acesso em: 20 maio

2019.

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2.4.1 CLIMA E SOLO

O tomateiro é originário da costa oeste da América do Sul, onde as

temperaturas são moderadas (médias de 15 ºC a 19 ºC) e as precipitações

pluviométricas não são muito intensas. Entretanto, floresce e frutifica em condições

climáticas bastante variáveis. A planta pode desenvolver-se em climas do tipo

tropical de altitude, subtropical e temperado, permitindo seu cultivo em diversas

regiões do mundo (EMBRAPA, 2006).

O tomate cresce bem na maioria dos solos minerais com uma capacidade

apropriada de retenção de água, arejamento, e isentos de salinidade. A planta

prefere solos franco-arenosos profundos, bem drenados. A camada superficial deve

ser permeável. Uma espessura do solo de 15 até 20 cm é favorável para o

desenvolvimento de uma cultura saudável (NAIKA, 2006).

2.4.2 PH

Atentar para o pH do solo é de fundamental importância pois solos com pH

ácido, (grande maioria dos solos brasileiros), afetam a disponibilidade de nutrientes

no solo, influenciando a assimilação pelas plantas. Nestas situações a correção é

feita através da calagem, que também é orientada pelo resultado da análise do solo.

A disponibilidade de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) e do micronutriente (B) é

baixa quando o pH do solo encontra-se próximo ou abaixo de 5,0, atingindo o

máximo quando o pH se encontra ao redor de 7,0. Para os micronutrientes (Fe, Cu,

Mn e Zn), a disponibilidade é maior em condições de solos ácidos (EMBRAPA,

s.d.3). Segundo Braga (2012) o pH ideal para o cultivo do tomate está entre 5,5 a

6,8.

2.4.3 ADUBAÇÃO E CALAGEM

O tomate é considerado uma das plantas hortícolas com maior demanda de

nutrientes, sendo a absorção lenta durante os primeiros estádios de

3 Disponível em <https://www.embrapa.br/hortalicas/tomate-de-mesa/adubacao>. Acesso em: 20 maio 2019.

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21

desenvolvimento e mais acentuada durante o estabelecimento e preenchimento do

fruto, diminuindo com o processo de maturação (DELAZARI, 2014).

O crescimento e a produção do tomateiro dependemde adequado suprimento

de nutrientes no solo. Sendo assim, para se obter alta produção de frutos

comercializáveis é necessário conhecer os seus requerimentos nutricionais

(FERREIRA et al., 2003).

As adubações de cobertura são parceladas, no tomate de mesa, de acordo

com o desenvolvimento da cultura. É recomendada que seja feita quinzenalmente

para a tender a constante extração pelos frutos. No tomate com finalidade industrial

é feita a partir dos 25 a 30 DAT (dias após transplante de mudas). São indicadas

três adubações de cobertura com intervalo que pode variar de 7 a 14 dias, em

função da condição nutricional da planta (EMBRAPA, s.d.4).

Estudos realizados por instituições de pesquisa científica agrícola apresentam

a importância da adubação orgânica, complementando a adubação mineral, para a

obtenção de boas produtividades do tomateiro de mesa. Recomenda-se 30 a 40 dias

antes do plantio, incorporar ao solo 15 a 30 t ha-1 de composto orgânico ou esterco

bovino bem curtido, ou ainda ¼ a ⅕ dessas quantidades de esterco de galinha,

suínos, ovinos ou caprinos. A escolha do fertilizante orgânico e a quantidade a ser

utilizada dependerá do custo e do teor de N, além de outros nutrientes, presentes

nesses fertilizantes orgânicos (IAC, 2015).

A correção da acidez do solo, pela calagem, faz-se necessária para ajustar o

pH do solo, reduzir a atividade do Al trocável, promover maior eficiência de absorção

de água pela planta e, principalmente, para atingir o suprimento de Ca e Mg para a

máxima eficiência econômica do tomateiro (EMBRAPA, s.d.5)

4 Disponível em <https://www.embrapa.br/hortalicas/tomate-de-mesa/adubacao>. Acesso em: 20 maio

2019.

5 Disponível em <https://www.embrapa.br/hortalicas/tomate-de-mesa/adubacao>. Acesso em: 20 maio

2019.

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22

Aplicar calcário, dois a três meses antes do plantio, de preferência

magnesiano ou dolomítico, para elevar a saturação por bases a 80% e o teor de

magnésio ao mínimo de 9mmolc dm-3. No caso da utilização de calcário finamente

moído (filler) e de calcário parcialmente calcinado, a aplicação poderá ser realizada

de um a dois meses antes do plantio. Após a incorporação do calcário, irrigar o local

para acelerar a reação do corretivo no solo. A incorporação do calcário deve ser

uniforme desde a superfície até 30 cm de profundidade. Isso possibilita uma boa

distribuição das raízes do tomateiro no perfil do solo, importante para a obtenção de

boas produtividades (IAC, 2015).

2.4.4 PRAGAS E DOENÇAS

Em geral, a cultura do tomate, nas regiões tropicais e subtropicais, é afetada

por expressivas quebras de rendimento e depreciação da qualidade de matéria-

prima, em razão de ocorrência de doenças, pragas e estresses abióticos (MELO, et

al. 2005).

Como pragas chaves da cultura do tomateiro se encontram a mosca-branca:

Bemisia tabaci, podendo causar amadurecimento irregular de frutos e em outros

casos o aparecimento da fumagina sobre folhas e frutos do tomateiro; tripes:

Frankliniella schultzei Trybom e Thripspalmi Karny, os mesmos causam formação de

áreas descoradas, que necrosam devido à morte dos tecidos, nos locais onde são

realizadas as picadas. Em ataques intensos, as folhas ficam com aspecto de

bronzeamento ou queimadura, com brilho prateado e logo em seguida caem. Além

das folhas, atacam também flores, causando esterilidade e/ou prejudicando o

desenvolvimento de frutos (EMBRAPA, 2014).

Ainda são pragas chaves os pulgões: Myzus persicae (Sulzer) e Macrosiphum

euphorbiae (Thomas), os danos causados pelos pulgões são a sucção contínua de

seiva em tecidos tenros da planta, bem como a injeção de toxinas, tanto por adultos

como por ninfas, provocam definhamento de mudas e plantas jovens e

encarquilhamento das folhas, brotos e ramos. Altas infestações dessas espécies

podem afetar drasticamente a produção e causar a morte das plantas atacadas;

traça-do-tomateiro: Tuta absoluta (Meyrick), a lagarta penetra nos folíolos do

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tomateiro, alimentando-se do parênquima foliar e formando uma galeria de contorno

irregular, além dos folíolos, a mesma pode alimentar-se do caule e dos frutos; Broca-

pequena-do-fruto: Neoleucinodes elegantalis (Guennée) As lagartas recém-

eclodidas raspam a casca do fruto e se alojam em seu interior, alimentando-se da

polpa.

Algumas das pragas consideradas secundárias da cultura do tomate são

Ácaro-do-bronzeamento, Vaquinha, mosca minadora, lagarta-rosca, lagarta militar,

Broca-grande-do-fruto, lagarta falsa medideira, burrinho, Percevejo-castanho, Ácaro-

rajado, Ácaro-branco (EMBRAPA, 2014).

2.4.5 COLHEITA E PÓS COLHEITA

É muito importante que a colheita seja feita no momento apropriado e que os

frutos sejam tratados de forma adequada depois da colheita (tratamentos pós-

colheita). O alto teor de água dos tomates torna-os susceptíveis a perdas pós-

colheita. Os frutos demasiadamente maduros são facilmente danificados ou

começam a apodrecer. A primeira medida de forma a reduzir o nível dos danos pós-

colheita é efetuar a colheita no momento apropriado. Será necessário repetir a

colheita por várias vezes visto que nem todos os frutos dos tomateiros amadurecem

no mesmo momento. A primeira colheita dos tomates pode ser efetuada entre 3 a 4

meses depois da sementeira (NAIKA, 2006).

A preferência de consumir o tomate in natura reforça a ideia da manutenção

da qualidade pós-colheita do produto, especialmente no que se refere à aparência e

textura, já que este não será processado e deve ter a melhor aparência possível

(coloração uniforme, sem presença de injúrias, por exemplo) garantindo atrativos

para o consumidor (ANDREUCCETTI, 2005).

É importante se ter conhecimento sobre a maturação do tomate, pois o

estádio de maturação influencia diretamente na vida pós-colheita do tomate e o

amadurecimento, junto com a cor, sabor, textura entre outras são características

fundamentais na escolha do produto pelo consumidor. Por ser o tomate um fruto

perecível, o armazenamento adequado retarda o amadurecimento, mantém a

qualidade e prolonga a conservação (BRACKMANN et al., 2007).

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A temperatura ótima de armazenamento do tomate depende do estádio de

maturação, sendo que frutos verdes devem ser armazenados em temperaturas em

torno de 13°C, frutos parcialmente maduros em torno de 10°C e frutos maduros

podem ser armazenados em temperaturas de 8°C (LUENGO & CALBO, 2001).

É importante respeitar as temperaturas indicadas para cada cultura, para que

o fruto não venha sofrer danos nem por alta ou por baixa temperatura, pois a

temperatura é um fator de grande relevância durante todo o ciclo de vida do fruto,

inclusive no período pós-colheita. Jackman et al. (1988) afirmam que o tomate é

altamente suscetível ao dano causado por baixas temperaturas, não suportando

temperaturas menores que 12°C.O dano pelo frio é caracterizado pelo

desenvolvimento de manchas escuras na epiderme, prejudicando a sua

comercialização, sendo também um fator muito importante na avaliação da

qualidade do tomate (LUENGO & CALBO, 2001). 

2.4.6 PRODUTIVIDADE

A produtividade de tomate em campo é de 80 a 130 t ha-1 (IAC, 2015).

Segundo a mesma fonte, já em cultivo protegido com 2 plantas por m2 é de a)

tomate “tipo italiano” - 200 a 260 t ha-1; b) tomate “mini” (“cereja” ou “grape”) - 100 a

160 t ha-1.

Uma das formas adotadas pelos produtores para aumentar a produção e

qualidade dos frutos, é a mudança no sistema de condução e tutoramento das

plantas em campo (GUIMARÃES et al., 2008). O tutoramento oferece condições de

suporte para o desenvolvimento da planta e evita o contato do fruto com o solo, uma

vez que a planta não se mantém ereta a partir de determinada altura (SILVA e

VALE, 2007).

Na tabela 1 estão descritos os dados referentes a produção agrícola do

tomate no Brasil nas safras de 2018 e 2019.

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Tabela 01 - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola no Brasil – agosto 2019 – Tomate.

PRODUTO TOMATE SAFRA 2018 SAFRA 2019 VARIAÇÃO %

Produção, por período da safra e produto (toneladas) 4 084 910 3 908 464 - 4,3

Área plantada, por período da safra e produto (hectares)

59 726 56 353 -5,6

Área colhida, por período da safra e produto (hectares)

59 726 56 353 -5,6

Rendimento médio, por período da

safra e produto (quilogramas por

hectare)

68 394 69 357 1,4

Fonte: IBGE - Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (2019)

2.4.7 RENTABILIDADE

A rentabilidade da tomaticultura foi maior no primeiro semestre do ano de

2019 do que no mesmo período do ano passado. Apesar dos preços baixos no início

de janeiro (ocasionados pelo calor intenso, que elevou a oferta do fruto), as cotações

subiram expressivamente nos meses seguintes (CEPEA, 2019).

Para a safra de verão 2019/20, a boa rentabilidade esperada na 2018/19 deve

manter os plantios. Quanto às regiões com safra o ano todo, podem ter recuperação

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dos 2,3% de queda da área ocorrida em 2018. A indústria, por sua vez, projeta que

manterá a área de cultivo (BRASIL, 2019).

2.5 FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE TOMATE

A área de comportamento do consumidor surgiu nos anos 1960. O objetivo

era desenvolver estratégias mercadológicas que obtivessem resultados positivos.

Era uma necessidade de que as empresas entendessem as atitudes e os

comportamentos de compra dos consumidores (OLIVEIRA, 2016).

A empresa deve se relacionar com o consumidor, uma vez que busca saber o

que ele espera e como se comporta, para que a empresa possa atender aos seus

desejos e as suas necessidades. Entender os pensamentos e as ações do

consumidor, também as influências que ele sofre no momento da decisão da

compra, é estudar seu comportamento (PAIXÃO, 2012).

Neste contexto, é necessário entender o que leva o consumidor escolher um

produto em detrimento do outro, quais seus gostos e suas preferências. Esses

questionamentos só podem ser respondidos quando se tem conhecimento sobre o

comportamento do seu consumidor. O aprendizado do comportamento do

consumidor refere-se ao esclarecimento das razões que fazem com que o indivíduo

compre e consuma um produto e não outro, em estabelecida quantidade, em

instante e lugar específico (KARSAKLIAN, 2000).

A tomada de decisão do consumidor muda de acordo com o tipo de compra;

por exemplo, compras complexas e mais caras abrangem maior análise e reflexão

do comprador e envolvem maior número de integrantes (KOTLER, 2011).

Existem cinco papéis assumidos pelos consumidores no processo de decisão

da compra (KOTLER, 2011)

• Iniciador: primeira pessoa que recomenda a compra do produto ou serviço;

• Influenciador: sujeito que influencia na decisão de adquirir algum produto

ou serviço;

• Decisor: o indivíduo que decide se vai comprar, assim como o quê,

quando e onde;

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27

• Comprador: o indivíduo que executa a compra;

• Usuário: pessoa que utiliza ou consome o produto ou serviço.

Neste sentido, alguns fatores podem influenciar a decisão de compra pelo

consumidor:

2.5.1 CONHECIMENTO SOBRE OS BENEFÍCIOS DO TOMATE

O conhecimento dos consumidores sobre o tomate ideal para consumo fica

mais restrito a aparência do mesmo do que as propriedades nutricionais. Em estudo

desenvolvido por Andreuccettiet al (2005), os consumidores foram questionados

sobre o que seria, na opinião deles, um tomate ideal para consumo. Identificou-se

que seria aquele que apresentasse coloração vermelha, uniformidade, firmeza e

sem presença de injúrias. O conceito de produto ideal identificado nessa pesquisa

equivale aquele encontrado por Marcos (2001), no qual constatou que os

consumidores estão a busca de tomates que sejam perfeitos, sem manchas, de

tamanho médio, com qualidade firme, coloração vermelha, sem danos físicos e sem

resíduos de agrotóxicos (ANDREUCCETTI, 2005).

2.5.2 PREÇO

O preço do tomate é determinado com base nos atributos de qualidade do

mesmo. Dentre os atributos de qualidade importantes para os consumidores,

destacam-se: a aparência, incluindo tamanho, cor, forma e ausência de desordens

fisiológicas e mecânicas, a textura, as propriedades organolépticas e as nutricionais

(WILLS et al., 2004). Há que se ressaltar que essas variáveis estão relacionadas aos

aspectos de qualidade do fruto, conferindo-lhe maior ou menor valor na

comercialização (OLIVEIRA, 2011). Segundo Kotler (1998), valor é a estimativa da

capacidade do produto de satisfazer necessidades do cliente.

Nas tabelas 2 e 3 são apresentados os preços médios por região e o preço

mais comum na CEASA-RN, respectivamente.

Tabela 02 - Preço médio por região nos atacados (CEASA) de referência dos estados

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PRODUTO (TOMATE) CENTRO OESTE

NORDESTE NORTE SUDESTE SUL

PREÇO (KG) 1,32 1,58 2,02 2,00 2,25

Fonte: Prohort - Programa Brasileiro de Modernização do Mercado de Hortigranjeiro (2019)

Tabela 03 -Preço mais comum do tomate na CEASA-RNESTADO PRODUTO PREÇO (KG)

Nordeste Tomate 1,20

Fonte: Prohort - Programa Brasileiro de Modernização do Mercado de Hortigranjeiro (2019)

2.5.3 GOSTO

Um dos atributos de maior peso para a escolha do consumidor pelo produto é

o gosto. O modo como o alimento é produzido pode influenciar a composição

nutricional, assim como alterar outras características como, por exemplo, o teor de

matéria seca. Tais fatores, provavelmente modificam as características de sabor e

textura (BORGUINI, 2002). No entanto, Lampkin (1990) enfatiza que, se o efeito é

benéfico ou negativo, frequentemente, depende das preferências particulares dos

indivíduos.

2.5.4 QUALIDADE

De acordo com Lampkin (1990), a qualidade dos alimentos não pode ser

definida, exclusivamente, tendo por base uma característica individual mensurável.

Usualmente, avalia-se a qualidade adotando-se três critérios considerados

principais: aparência (tamanho, forma, cor, isenção de injúrias e um sabor

especialmente associado com o produto individual); conveniência tecnológica

(atributos específicos que determinam a conveniência do gênero alimentício para

processamento e estocagem); valor nutricional (conteúdo de nutrientes essenciais

para os seres humanos como é o caso de proteínas e vitaminas, e ausência de

substâncias prejudiciais como nitratos, toxinas naturais, resíduos de pesticidas e

metais pesados) (BORGUINI, 2002).

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No Brasil, os dois principais derivados são o extrato concentrado e os molhos

prontos obtidos do tomate cubeteado ou triturado. Cada um desses produtos exige

atributos diferenciados, em termos de teor de sólidos solúveis (Brix), viscosidade,

sabor, acidez, cor, espessura do pericarpo e de facilidade de remoção da pele dos

frutos. A qualidade da matéria-prima, em maior parte, determina a qualidade do

produto final derivado. É comum observar quebra na relação matéria-prima/massa

processada, consequente de fungos na polpa concentrada, extratos e outros

derivados, causados pela baixa qualidade da matéria-prima para processamento

industrial (MELO et al. 2005).

2.5.5 HÁBITO DE CONSUMO DO TOMATE

Em casos específicos, alguns fatores podem influenciar na compra do tomate,

porém o mesmo não deixa de ser comercializado devido ao hábito de consumo da

população. Em estudo desenvolvido por Andreuccettiet al (2005) foi apresentado

que 88,9% dos consumidores avaliaram o preço do tomate considerando-o caro

diante da qualidade que estava sendo apresentada (média de R$1,72 entre os

supermercados). Brunfield et al (1993) identificaram que o preço do tomate pode

interferir na decisão de compra do produto, variando de acordo com sua renda.

Todavia, mesmo diante desse índice, a maioria (63,3%) não deixaria de comprar

tomate, seja por hábito de consumo, ou por razões relacionadas à saúde

(ANDREUCCETTI, 2005).

2.5.6 BENEFÍCIOS À SAÚDE

Nos últimos anos, o tema “tomate e saúde” têm obtido uma considerável

dimensão em todo o mundo e poderá constituir-se num poderoso argumento para

alavancar o consumo e a produção de tomate e derivados (MELO, et al. 2005).

O tomate é um alimento funcional devido aos altos teores de vitaminas A e C,

além de ser rico em licopeno. Estudos apontam que o consumo dessa substância,

presente tanto no fruto fresco como no processado, ajuda na prevenção de

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cânceres, principalmente aqueles relacionados ao aparelho digestivo (CARVALHO,

2007)

O licopeno, um carotenoide presente em grande concentração no tomate e

produtos de tomate, tem atraído considerável atenção recentemente, com provas

que continuam a sugerir que ele pode fornecer proteção contra o cancro e outras

doenças degenerativas, influenciados por reações de radicais livres (ELLINGER et

al., 2006).

2.5.7 FACILIDADE DE COMPRA

A globalização acelerou o movimento de pessoas, produtos, ideias e serviços,

rompendo fronteiras sociais e geográficas tradicionais (KARSAKLIAN, 2000).

Devido à vida corrida da maioria das pessoas, a facilidade de o cliente encontrar o

produto desejado é um fator importante na decisão de compra. Porém, o local de

venda deve ser decidido pelo produtor, que irá viabilizar a sua venda. A decisão em

relação ao local onde se efetuará a venda deve ser baseada tanto nos preços

obtidos pelos produtos como nos custos originados no transporte para o dito local

(NAIKA, 2006).

Baseando-se nos argumentos apresentados, procurou-se desenvolver o

estudo para investigar os fatores que podem afetar a compra do tomate, estudo esse

cujas características metodológicas são apresentadas a seguir:

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3. METODOLOGIA

3.1TIPOLOGIA DA PESQUISA

O estudo proposto possui caráter descritivo, exploratório e quantitativo que,

de acordo com Gil (1991), visa descrever as características de determinada

população ou fenômeno ou ainda o estabelecimento de relações entre variáveis.

Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e

observação sistemática.

3.2 UNIVERSO DE ESTUDO

De acordo com Veal (2011), o total da categoria de sujeitos que são o foco de

atenção de um determinado projeto de pesquisa é chamado de população, sendo a

amostra, segundo Andrade (2003) o que corresponde aos sujeitos de uma pesquisa,

ou seja, os elementos que serão investigados. Diante disso, a população-alvo dessa

pesquisa foram os consumidores de tomate.

Em razão de esta população ser considerada infinita, pois não é possível

quantificar quantos são os consumidores de tomate, essa só pode ser estudada por

meio de amostras. Por conseguinte, a amostra é do tipo não probabilística, escolhida

de forma intencional. Em uma amostra não probabilística não é possível generalizar

os resultados para a população, pois, não garantem a representatividade desta

população (MARTINS, 2008). Ainda, segundo o autor, uma amostra intencional, de

acordo com determinado critério, é escolhido intencionalmente um grupo de

elementos que irão compor a amostra. O investigador dirige-se, intencionalmente, a

grupos de elementos dos quais deseja saber a opinião.

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3.3INTRUMENTO DA PESQUISA

Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário online,

desenvolvido na plataforma Google Forms. O mesmo foi pré-formulado e testado,

visando obter respostas cujo teor pode indicar as causas do consumo de tomate na

população estudada, analisando as variáveis que foram propostas. O questionário

foi concebido em duas seções. No conjunto de perguntas na primeira seção, as

variáveis foram utilizadas para caracterizar o consumo de tomate. Esse bloco de

questões procura contemplar os objetivos específicos do trabalho. Na segunda

seção é realizada a investigação do perfil sócio-demográfico do respondente.

Segundo Roescht (2007), o questionário é o instrumento mais utilizado em

pesquisas quantitativas, principalmente em pesquisas de grande escala, como as

que propõem levantar a opinião política da população ou a preferência do

consumidor.

O questionário foi desenvolvido utilizando-se escala métrica de 11 pontos,

baseado na escala Likert (Intervalo de: 0- fator sem qualquer importância até 10-

fator muito importante). Trata-se de uma escala não comparativa, que pode ser

aplicada para avaliar produtos/serviços, onde o entrevistado assinala um único item

de acordo com seu grau de preferência. É comumente encontrada em questionários

de pesquisa de mercado, por ser de simples construção e possibilitar uma maior

flexibilidade para que os respondentes coloquem ali seu verdadeiro sentimento

(MALHOTRA, 2006, p. 266-267).

As variáveis utilizadas no estudo são apresentadas na tabela 04:

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Tabela 04: Variáveis utilizadas no estudo

VARIÁVEL DESCRIÇÃO DA VARIÁVELFREQ - N Com que frequência você consome Tomate in naturaFREQ - P Com que frequência você consome Tomate processado

CONHEC Como você avalia o seu nível de conhecimento nos benefícios nutricionais do Tomate

SUPERM Frequência de compra em SUPERMERCADOFEIRA Frequência de compra em FEIRA

QUITAN Frequência de compra em QUITANDAPROD Frequência de compra em DIRETO COM O PRODUTORCEASA Frequência de compra em CEASAPROP Frequência de compra em PRODUÇÃO PRÓPRIA

REVEN Frequência de compra em REVENDEDOR ESPECÍFICO

PREÇO Como você avalia que o PREÇO do produto influencia na sua decisão de consumir Tomate

GOSTO Como você avalia que o GOSTO do produto influencia na sua decisão de consumir Tomate

QUALI Como você avalia que a QUALIDADE do produto influencia na sua decisão de consumir Tomate

HABITO Como você avalia que a HÁBITO DE CONSUMO do produto influencia na sua decisão de consumir Tomate.

BENEF Como você avalia que OS BENEFICIOS À SAUDE do produto influenciam na sua decisão de consumir Tomate

COLOR Como você avalia que a coloração do produto influencia na sua decisão de consumir Tomate

FACIL Como você avalia que a FACILIDADE DE COMPRA do produto influencia na sua decisão de consumir Tomate.

SEXO Gênero do entrevistadoIDADE Faixa etária do entrevistadoE CIVIL Estado civil do entrevistadoESCOL Escolaridade do Entrevistado

RENDA Renda familiar do entrevistadoREGIÃO Em que mora o entrevistado

Fonte: Elaboração própria (2019)

3.4 TÉCNICA E MODELO DE ANÁLISE DE DADOS

Os questionários respondidos foram processados no Statistical Package for

the Social Sciences (SPSS) versão 22.0 para Windows. Foram analisados por meio

de estatísticas descritivas, com o intuito de caracterizar o perfil dos respondentes

dos questionários, realizando posteriormente uma separação de consumidores do

nordeste e sudeste do país, analisando a frequência de consumo (variável

FREQUEN), e teste de comparação de médias para comparar a opinião dos

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consumidores de tomate com relação aos fatores que influenciam em sua escolha

consumir a hortaliça.

Para realizar esta comparação de médias foi utilizado o teste t de Student, a

qual, conforme Hair, Anderson, Tatham & Black (2005), trata-se de uma técnica

estatística usada para determinar se as amostras de dois ou mais grupos surgem de

populações com médias iguais, como também avaliar diferenças de grupos em uma

única variável.

O processo de análise de dados incluiu diversos procedimentos: coleta de

dados, codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos. Em

seguida, foi efetuada a interpretação dos dados, que consistiram,

fundamentalmente, em estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros

conhecimentos, quer sejam derivados de teorias, quer sejam de estudos efetivados

anteriormente.

Resultados obtidos são apresentados e discutidos a seguir:

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram obtidas, através do questionário online, 234 respostas. Entre as

respostas, foram coletados dados de entrevistados das regiões Norte, Nordeste,

Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Considerando-se que as respostas obtidas das

regiões Norte, Sul e Centro Oeste não apresentaram dados suficientes para uma

análise estatística mais apurada (n< 30 elementos), foram discutidos e comparados

dados obtidos somente das regiões Nordeste e Sudeste. As regiões onde residem

os entrevistados podem ser observadas na figura 01.

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Figura 01. Percentagem de respondentes por Região

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

Do perfil da amostra no Nordeste, 73,7 % dos entrevistados foram do sexo

feminino, ao passo que no Sudeste o público feminino foi 80%. Esse dado pode ser

explicado pela presença da mulher ainda ser maior no mercado e na decisão de

compra dos produtos da casa, estando então mais apta a responder o questionário.

Resultado semelhante foi obtido por Andreuccettiet al. (2005) onde dos

entrevistados, 71,1% corresponderam ao sexo feminino. Os autores afirmaram que o

resultado pode ser explicado pela mulher ainda é ser a responsável pelas compras

de alimentação da família.

Na figura 02 é apresentada a porcentagem dos respondentes de todas as

regiões com relação ao gênero dos entrevistados.

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37

Figura 02.Percentagem de respondentes de todas as regiões por Gênero

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

75% dos entrevistados no Nordeste apresentaram idade entre 20 a 40 anos,

configurando uma população jovem, em contraposição a população dos

entrevistados no Sudeste, onde 67,87% dos entrevistados apresentaram idade a

partir de 31 e acima 61 anos, configurando uma população mais velha dos

entrevistados. Em ambas as regiões a maior porcentagem dos entrevistados

apresentaram idade entre 31 e 40 anos. A percentagem da idade dos entrevistados

de todas as regiões está apresentada na figura 03.

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Figura 03. Percentagem de respondentes de todas as regiões por Idade

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

A idade tem intensa influência no comportamento de consumo, pois este é

formado conforme o estágio do ciclo de vida em que está a pessoa (PAIXÃO, 2012).

Kotler e Keller (2006) observam que os padrões de consumo são moldados

conforme o ciclo de vida das pessoas, relacionando-se à idade, ao sexo e ao

surgimento de novas necessidades, passando por transições e transformações,

mudando ao longo da vida (casamento, nascimento de filhos, doença, divórcio,

mudanças na carreira, viuvez, etc.).

Tanto na região Nordeste como na Sudeste as maiores porcentagens dos

entrevistados eram casados, 44,1% e 39,3%, respectivamente. O estado civil de

todos entrevistados estão apresentado na tabela 04.

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Figura 04. Percentagem de respondentes de todas as regiões por Estado

Civil

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

Dos entrevistados, o nível de escolaridade de maior expressão foi à pós-

graduação completa, onde no Nordeste se enquadram 35,5% e no Sudeste 44,6%

dos entrevistados. As pessoas com ensino superior incompleto estão com a

segunda maior porcentagem no Nordeste, sendo 21,7%, já no Sudeste a segunda

maior porcentagem dos entrevistados apresentaram ensino superior completo,

sendo 28,6%, caracterizando então uma amostra de alta escolaridade, não

representativa do perfil da população brasileira. Na figura 05 está expresso o grau

de escolaridade dos entrevistados de todas as regiões.

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Figura 05. Percentagem de respondentes de todas as regiões por Grau de

escolaridade

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

28,9% dos entrevistados no Nordeste e 33,9% dos entrevistados no Sudeste

apresentaram renda mensal acima de R$ 8.982,00. Esses dados podem ser

explicados com base no nível de escolaridade onde a maior porcentagem foi de

pessoas com pós-graduação completa. De forma análoga, entende-se que esta

amostra não é representativa da situação brasileira, como um todo.

A renda familiar mensal dos entrevistados de todas as regiões está descrita

na figura 06.

Figura 06. Percentagem de respondentes Renda familiar mensal

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

O conhecimento sobre a renda dos consumidores é de fundamental

importância em estudos de mercado, pois a escolha de um produto é imensamente

afetada pelas condições econômicas: débitos, economias e bens, capacidade de

endividamento, renda disponível e atitude relativa a desembolsar dinheiro ou

economizá-lo (KOTLER; KELLER, 2006).

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41

4.1. AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE COMPRA DE TOMATE IN NATURA

E PROCESSADO, ASSIM COMO O NÍVEL DE CONHECIMENTO DECLARADO

PELOS ENTREVISTADOS DO NORDESTE E SUDESTE DO PAÍS, SOBRE OS

BENEFÍCIOS NUTRICIONAIS DO TOMATE.

Na tabela 05 são apresentados os resultados do teste de comparação de

médias (através do teste t) entre as variáveis que caracterizam a frequência de

compra do produto assim como o nível conhecimento declarado pelo entrevistado,

sobre os benefícios nutricionais do tomate, avaliadas na região Nordeste e Sudeste:

Tabela 05: Teste de comparação de médias entre variáveis de frequência de compra e conhecimento, avaliadas na região Nordeste e Sudeste

VARIÁVEL REGIAO N MÉDIA DESVIO PADRÃO

ERRO PADRÃO

DA MÉDIAt GL p

FREQ - NNordeste 152 3,789 1,113 0,090

- 0,813 206 0,417Sudeste 56 3,928 1,041 0,139

FREQ - PNordeste 152 3,315 0,916 0,074

0,588 206 0,557Sudeste 56 3,232 0,894 0,119

CONHECNordeste 152 2,743 1,064 0,086

0,176 206 0,860Sudeste 56 2,714 1,039 0,138

t: estatística do teste t

GL: graus de liberdade

p:valor de probabilidade de erro

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

Conforme pode ser observado na tabela 05, tanto os entrevistados do

Nordeste como do Sudeste responderam que consumiam tomate in natura às vezes

ou quase sempre, em uma proporção maior do que o tomate processado.

Entretanto, através do teste t, não se observou diferença de médias entre os

entrevistados do Nordeste ou Sudeste no que se refere ao consumo de tomate, seja

ele em natura ou processado. Ou seja, comparando as duas regiões, não se pode

afirmar, do ponto de vista estatístico, que há maior consumo de tomate, seja

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processado ou in natura, em uma região do que a outra. As médias de consumo

podem ser consideradas estatisticamente iguais.

Em uma pesquisa sobre o consumo de tomate realizada por Andreuccetti et

al. (2005) em supermercados no município de Campinas (SP), foi identificado que a

maior intenção de consumo do tomate foi in natura, principalmente em saladas,

correspondendo a 70% da preferência. Mais recentemente, a demanda por tomate

foi reforçada pela busca de alimentos mais saudáveis, favorecendo também o

crescimento da venda do produto fresco (CARVALHO, 2007). Já em relação ao

consumo de tomate na forma processada um estudo apresentado na Faculdade de

Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas, realizado por

Baracat (2018), verificou-se que o termo “Prático” foi citado por 50% do grupo, por

isso, pode ser considerado como o conceito de maior importância na mente do

consumidor.

Observa-se que, em relação ao consumo do tomate processado, os

entrevistados das duas regiões responderam que consumiam às vezes ou quase

sempre. Esse resultado pode ser expresso pelo estilo de vida que a maioria das

pessoas leva, onde por apresentarem pouco tempo em suas casas preferem

consumir alimentos processados que garantem o preparo da sua alimentação em

um menor período de tempo. O aumento da necessidade de maior rapidez no

preparo de alimentos, que elevou a demanda por alimentos industrializados ou

semiprontos – no caso do tomate, principalmente na forma de molhos pré-

preparados ou prontos para consumo, como os catchups (CARVALHO, 2007).

Em relação ao conhecimento dos benefícios nutricionais da hortaliça (Variável

CONHEC), grande parte dos entrevistados declarou que apresentavam pouco

conhecimento ou conhecimento regular. De forma análoga, através do teste t, não

se observou diferença de médias entre os entrevistados do Nordeste ou Sudeste no

que se refere conhecimento declarado dos benefícios nutricionais da hortaliça.

4.2. INVESTIGAÇÃO DOS PRINCIPAIS LOCAIS DE COMPRA DE TOMATE IN NATURA, DECLARADOS PELOS ENTREVISTADOS DO NORDESTE E SUDESTE DO PAÍS.

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Na tabela 06 são apresentados os resultados do teste de comparação de

médias (teste t) entre as variáveis que expressam local de compra do produto

declarado pelos entrevistados, avaliadas na região Nordeste e Sudeste.

Tabela 06: Teste de Comparação de Médias entre variáveis que expressam local de compra do

produto, avaliadas na região Nordeste e Sudeste.

VARIÁVEL REGIAO N MÉDIA DESVIO PADRÃO

ERRO PADRÃO

DA MÉDIAt GL p

SUPERMNordeste 152 4,0724 1,22934 0,09971

2,839 82,804 0,006Sudeste 56 3,4286 1,52384 0,20363

FEIRANordeste 150 2,4867 1,29395 0,10565

0,661 202 0,509Sudeste 54 2,3519 1,26129 0,17164

QUITANNordeste 149 1,7047 0,94799 0,07766

5,790 73,942 < 0,0001Sudeste 54 2,8333 1,31393 0,17880

PRODNordeste 149 1,3624 0,79027 0,06474

0,897 199 0,371Sudeste 52 1,4808 0,89641 0,12431

CEASANordeste 148 1,3243 0,69219 0,05690

1,211 111,122 0,229Sudeste 53 1,2075 0,56699 0,07788

PROPNordeste 146 1,3904 0,78233 0,06475

1,055 194 0,293Sudeste 50 1,2600 0,66425 0,09394

REVENNordeste 145 1,2828 0,74259 0,06167

0,627 195 0,531Sudeste 52 1,3654 0,99072 0,13739

t: estatística do teste t

GL: graus de liberdade

p: valor de probabilidade de erro

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

Conforme pode ser observado na tabela 06, tanto os entrevistados da região

Nordeste quanto do Sudeste têm uma preferência maior por adquirir tomates em

supermercados. Entretanto, observa-se que a preferência por este local de compra é

maior entre consumidores do Nordeste do que do Sudeste, considerando-se o nível

de significância de 5% para assumir diferença de médias entre variáveis (teste t).

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Observa-se que os entrevistados do Sudeste apresentam maior preferência

de compra de tomates vindo de quitandas quando comparados aos consumidores

do Nordeste, também considerando o nível de significância de 5% para assumir

diferença de médias entre variáveis. Provavelmente, esse resultado pode ser

explicado com base na cultura de cada região: a região sudeste é mais adepta a

quitandas do que a região Nordeste.

Em um estudo realizado por Andreuccetti et al. (2005), foi obtido resultado

semelhante no que se refere ao local de compra do produto pela população do

Nordeste, onde os autores afirmaram que as redes de supermercado foram

apontadas como o local preferido para realizar a compra do tomate de mesa pelos

consumidores devido a comodidade, limpeza e proximidade de suas residências.

Alguns supermercados de pequeno e médio porte estão buscando ter na seção de

frutas e hortaliças o maior atrativo para o consumidor e a melhor maneira de se

diferenciar das grandes redes (ALMEIDA e ALVES, 2006).

Nos supermercados, os frutos e hortaliças costumam passar mais tempo do

que em quitandas, porém deve se atentar para esse período nas gôndolas para que

não interfira na qualidade do produto, o que pode acarretar insatisfação do

comprador (SHEWFELT, 2000).

Andreuccettiet al. (2005) acreditam que a aceitação dos consumidores pelos

varejos (tipo quitanda e sacolões) e as feiras livres tem a preferência dos

consumidores pela qualidade e por acreditarem que nestes locais os produtos são

mais frescos. Almeida e Alves (2006) relataram que as feiras ainda são

responsáveis por boa parte das vendas de frutas e hortaliças na Grande São Paulo.

Com relação à frequência que os entrevistados compram tomate in natura

diretamente com o revendedor, em CEASAS ou diretamente com o produtor a

maioria das duas regiões responderam que nunca compram o produto nesses

locais, sendo que também não há diferenças nas médias das respostas entre

consumidores dessas regiões.

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45

4.3. AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DECLARADA PELOS

ENTREVISTADOS DO NORDESTE E SUDESTE DO PAÍS, DAS VARIÁVEIS QUE

AFETAM A COMPRA DO TOMATE IN NATURA.

Na tabela 07 são apresentados os resultados doteste de comparação de

médias entre os consumidores das duas regiões em estudo, sobre a importância das

variáveis utilizadas na decisão de compra do produto:

Tabela 07: Teste de comparação de médias entre variáveis de importância de compra do produto, avaliadas na região Nordeste e Sudeste.

VARIÁVEL REGIAO N MÉDIA DESVIO PADRÃO

ERRO PADRÃO

DA MÉDIAt GL p

PRECONordeste 152 6,4474 3,11967 0,25304

1,181 84,778 0,241Sudeste 56 5,7857 3,74027 0,49981

GOSTONordeste 152 7,6711 2,84890 0,23108

1,079 83,164 0,284Sudeste 56 7,1071 3,50936 0,46896

QUALINordeste 152 8,6447 2,27979 0,18492

1,899 75,932 0,061Sudeste 56 7,7500 3,24317 0,43339

HABITONordeste 152 7,2697 2,81192 0,22808

1,735 83,198 0,086Sudeste 56 6,3750 3,46180 0,46260

BENEFNordeste 152 7,3750 2,82565 0,22919

1,092 82,547 0,278Sudeste 56 6,8036 3,51837 0,47016

COLORNordeste 152 7,8289 2,59846 0,21076

2,556 77,656 0,013Sudeste 56 6,5000 3,55732 0,47537

FACILNordeste 152 7,2368 2,92225 0,23703

1,801 82,910 0,075Sudeste 56 6,2679 3,61558 0,48315

t: estatística do teste t

GL: graus de liberdade

p: valor de probabilidade de erro

Fonte: Pesquisa de campo (2019)

Conforme pode ser observado na tabela 07, para ambas as regiões, a

qualidade do produto foi a variável com maior média, na decisão de compra do

produto. Entretanto, observa-se que os entrevistados da região Nordeste são mais

exigentes com a qualidade do tomate que os consumidores da região Sudeste.

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De fato, um fruto de boa qualidade é uma exigência do público, devendo

atender alguns requisitos. Entre eles, um dos mais importantes é ausência de danos

dos frutos. Segundo Rangel et al. (2003), a presença de danos físicos é o critério

mais observado na compra dos frutos pelos responsáveis dos supermercados e

varejões.

A cor do tomate é um fator que afeta o consumo dos entrevistados. Esse

quesito afeta mais os entrevistados da região Nordeste que os da região Sudeste. O

mesmo resultado foi obtido Andreuccetti et al. (2005). Percebe-se que o consumidor

avalia alguns parâmetros de qualidade antes de realizar sua compra, tais como

coloração uniforme, firmeza e presença de danos físicos.

Através da presente pesquisa foi possível perceber que alguns requisitos são

levados em consideração pelos entrevistados na hora dos mesmos escolherem os

produtos que iram adquirir.

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5. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados encontrados, observou-se, que no conjunto de

entrevistados, há maior frequência de compra do tomate in natura do que o

processado, entre os consumidores do Nordeste e Sudeste. Apesar dos inúmeros

benefícios do tomate, os entrevistados responderam que apresentam pouco

conhecimento ou conhecimento regular sobre os benefícios. Dessa forma, a maioria

consome o mesmo pelo hábito.

Os locais mais comumente de compra declarados pelos entrevistados do

Nordeste e Sudeste são os supermercados e quitandas.

Observou-se que há diferença de perspectivas de compra, entre os

consumidores do Nordeste e Sudeste, no que se refere à qualidade do produto e

coloração do fruto. Os entrevistados procuram tomates de boa qualidade sendo eles

uniformes, livre de injúrias e uma das características mais ressaltadas pelos

entrevistados foi a coloração. Esse fator tem grande influência na decisão de

compra.

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ANEXOS

Anexo 01 – Perfil da Amostra do NordesteSEXO

Frequência Porcentagem Porcentagem válida

Porcentagem acumulativa

Masculino 40 26,3 26,3 26,3Feminino 112 73,7 73,7 100,0Total 152 100,0 100,0

IDADEFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Acima de 61 anos 5 3,3 3,3 3,3Até 20 anos 12 7,9 7,9 11,2De 21 a 30 anos 43 28,3 28,3 39,5De 31 a 40 anos 59 38,8 38,8 78,3De 41 a 50 anos 19 12,5 12,5 90,8De 51 a 60 anos 14 9,2 9,2 100,0Total 152 100,0 100,0

ESTADO CIVILFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Casado(a) 67 44,1 44,1 44,1Outro 2 1,3 1,3 45,4Separado(a) 7 4,6 4,6 50,0Solteiro(a) 62 40,8 40,8 90,8União Estáv 12 7,9 7,9 98,7Viúvo(a) 2 1,3 1,3 100,0Total 152 100,0 100,0

GRAU DE ESCOLARIDADEFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Ensino Fundamental Completo 1 7 7 7Ensino Fundamental Incompleto 1 7 7 1,3Ensino Médio Completo 18 11,8 11,8 13,2Ensino Médio Incompleto 3 2,0 2,0 15,1Ensino Superior Completo 31 20,4 20,4 35,5Ensino Superior Incompleto 33 21,7 21,7 57,2Pós graduação completo 54 35,5 35,5 92,8Pós graduação Incompleto 11 7,2 7,2 100,0Total 152 100,0 100,0

RENDA FAMILIAR MENSALFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Acima de R$ 8.982,00 44 28,9 28,9 28,9Até R$ 998,00 12 7,9 7,9 36,8De R$ 2.995,00 até R$ 4.990,00 32 21,1 21,1 57,9De R$ 4.991,00até R$ 6.986,0 9 5,9 5,9 63,8De R$ 6.987,00 até R$ 8.982,00 18 11,8 11,8 75,7De R$ 999,00 até R$ 2.994,00 37 24,3 24,3 100,0Total 152 100,0 100,0

Fonte: Pesquisa de Campo (2019)

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Anexo 02 – Perfil da Amostra do Sudeste

SEXOFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Masculino 11 19,6 19,6 19,6Feminino 45 80,4 80,4 100,0Total 56 100,0 100,0

IDADEFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Acima de 61 anos 11 19,6 19,6 19,6De 21 a 30 anos 8 14,3 14,3 33,9De 31 a 40 anos 16 28,6 28,6 62,5De 41 a 50 anos 11 19,6 19,6 82,1De 51 a 60 anos 10 17,9 17,9 100,0Total 56 100,0 100,0

ESTADO CIVILFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Casado(a) 22 39,3 39,3 39,3Outro 4 7,1 7,1 46,4Separado(a) 7 12,5 12,5 58,9Solteiro(a) 13 23,2 23,2 82,1União Estáv 3 5,4 5,4 87,5Viúvo(a) 7 12,5 12,5 100,0Total 56 100,0 100,0

GRAU DE ESCOLARIDADEFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Ensino Fundamental Completo 1 1,8 1,8 1,8Ensino Médio Completo 6 10,7 10,7 12,5Ensino Superior Completo 16 28,6 28,6 41,1Ensino Superior Incompleto 4 7,1 7,1 48,2Pós graduação completo 25 44,6 44,6 92,9Pós graduação Incompleto 4 7,1 7,1 100,0Total 56 100,0 100,0

RENDA FAMILIAR MENSALFrequência Porcentagem Porcentagem

válidaPorcentagem acumulativa

Acima de R$ 8.982,00 19 33,9 33,9 33,9Até R$ 998,00 3 5,4 5,4 39,3De R$ 2.995,00 até R$ 4.990,00 9 16,1 16,1 55,4

De R$ 4.991,00até R$ 6.986,0 9 16,1 16,1 71,4De R$ 6.987,00 até R$ 8.982,00 9 16,1 16,1 87,5

De R$ 999,00 até R$ 2.994,00 7 12,5 12,5 100,0Total 56 100,0 100,0

Fonte: Pesquisa de Campo (2019)

Anexo 03 – Questionário utilizado na pesquisa

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Informações sobre o produto

1. Com que frequência você consome tomate in natura (Como salada, por exemplo)?( ) Nunca( ) Quase nunca( ) Às vezes( ) Quase sempre( ) Sempre

2. Com que frequência você consome tomate Processado (Como em forma de molho, por exemplo)?( ) Nunca( ) Quase nunca( ) Às vezes( ) Quase sempre( ) Sempre

3. Como você avalia o seu nível de conhecimento nos benefícios nutricionais do Tomate( ) Nenhum conhecimento( ) Pouco conhecimento( ) Conhecimento regular( ) Bom conhecimento( ) Muito conhecimento

4. Com que frequência você compra tomate in natura nos seguintes locais:

LOCAIS N QN AV QS S NASUPERMERCADOFEIRA LIVREQUITANDADIRETO COM O PRODUTORCEASAPRODUÇÃO PRÓPRIAREVENDEDOR ESPECÍFICOOUTROS

LEGENDA: N- NuncaQN- Quase nuncaAV- Às vezesQS- Quase sempreS- SempreNA- Não se aplica

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5. Em uma escala de 0 à 10, como você avalia a importância dos seguintes itens na sua decisão de CONSUMIR tomate in natura? Quanto mais alta a nota que você der, mais importante é o fator na sua decisão de consumo.

ITEM NOTAPREÇO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10GOSTO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10QUALIDADE 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10HÁBITO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10BENEFICIOS 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10COLORAÇÃO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

6. Em uma escala de 0 à 10, como você avalia a importância dos seguintes itens na sua decisão de NÃO CONSUMIR tomate in natura? Quanto mais alta a nota que você der, mais importante é o fator na sua decisão de não consumir.

ITEM NOTAPREÇO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10GOSTO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10QUALIDADE 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10HÁBITO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10BENEFICIOS 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10COLORAÇÃO 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

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Informações Pessoais

1. Gênero

( ) Masculino( ) Feminino( ) Prefiro não responder( ) Outros

2. Idade:

( ) Até 20 anos ( ) De 21 a 30 anos( ) De 31 a 40 anos( ) De 41 a 50 anos( ) De 51 a 60 anos( ) Acima de 61 anos

3. Estado civil:

( ) Casado(a) ( ) Separado(a)( ) União Estável( ) Solteiro(a) ( ) Viúvo(a) ( ) Outro

4. Grau de escolaridade:

( ) Sem instrução formal ( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Ensino Superior Incompleto( ) Ensino Superior Completo ( ) Pós graduação Incompleto( ) Pós graduação completo

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5. Renda familiar mensal:

( ) Até R$ 998,00 ( ) De R$ 999,00 até R$ 2.994,00 ( ) De R$ 2.995,00 até R$ 4.990,00( ) De R$ 4.991,00 até R$ 6.986,00 ( ) De R$ 6.987,00 até R$ 8.982,00 ( ) Acima de R$ 8.982,00

6. Região em que mora:

( ) Norte( ) Nordeste( ) Centro Oeste( ) Sudeste( ) Sul