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Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão Departamento de Economia e Estatística Indicadores do agronegócio do RS: exportações e emprego formal Indicadores do agronegócio do RS: exportações e emprego formal 2. o trimestre e 1. o semestre de 2019 O Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) está retomando a divulgação das estatísticas de exportação e do emprego formal celetista do agronegócio do Rio Grande do Sul e do Brasil. Os dados brutos têm como fonte o Sistema Comex Stat e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em seguida, são descritos, brevemente, os resultados do Rio Grande do Sul para o segundo trimestre e o primeiro semestre de 2019. 1 Exportações No segundo trimestre de 2019, as exportações do agronegócio gaúcho totalizaram US$ 2,8 bilhões. Comparativamente ao mesmo trimestre do ano anterior, ocorreram quedas no valor (- 18,1%), no volume exportado (- 14,5%) e nos preços médios (-4,1%). Em termos absolutos, a redução do valor exportado foi de US$ 617,4 milhões. Os cinco principais setores exportadores do agronegócio no segundo trimestre foram: complexo soja (US$ 1,3 bilhão), carnes (US$ 375,8 milhões), produtos florestais (US$ 354,6 milhões), fumo e seus produtos (US$ 319,5 milhões) e cereais, farinhas e preparações (US$ 88,5 milhões). O resultado negativo do trimestre foi condicionado, sobretudo, pelo declínio das exportações do complexo soja (menos US$ 805,1 milhões; -38,3%). Em menor grau, colaboraram para o resultado as quedas verificadas no setor de animais vivos (menos US$ 21,1 milhões; -59,8%) e de couros e peleteria (menos US$ 8,8 milhões; -10,2%) (Gráfico 1). Gráfico 1 Principais setores exportadores do agronegócio no Rio Grande do Sul — 2.° trim./18 e 2.° trim./19

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Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão Departamento de Economia e Estatística

Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

Indicadores do agronegócio do RS: exportações e emprego formal

2.o trimestre e 1.o semestre de 2019

O Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) está retomando a divulgação das estatísticas de exportação e do emprego formal celetista do agronegócio do Rio Grande do Sul e do Brasil. Os dados brutos têm como fonte o Sistema Comex Stat e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em seguida, são descritos, brevemente, os resultados do Rio Grande do Sul para o segundo trimestre e o primeiro semestre de 2019.

1 Exportações

No segundo trimestre de 2019, as exportações do agronegócio gaúcho totalizaram US$ 2,8 bilhões. Comparativamente ao mesmo trimestre do ano anterior, ocorreram quedas no valor (-18,1%), no volume exportado (-14,5%) e nos preços médios (-4,1%). Em termos absolutos, a redução do valor exportado foi de US$ 617,4 milhões.

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio no segundo trimestre foram: complexo soja (US$ 1,3 bilhão), carnes (US$ 375,8 milhões), produtos florestais (US$ 354,6 milhões), fumo e seus produtos (US$ 319,5 milhões) e cereais, farinhas e preparações (US$ 88,5 milhões). O resultado negativo do trimestre foi condicionado, sobretudo, pelo declínio das exportações do complexo soja (menos US$ 805,1 milhões; -38,3%). Em menor grau, colaboraram para o resultado as quedas verificadas no setor de animais vivos (menos US$ 21,1 milhões; -59,8%) e de couros e peleteria (menos US$ 8,8 milhões; -10,2%) (Gráfico 1).

Gráfico 1

Principais setores exportadores do agronegócio no Rio Grande do Sul — 2.° trim./18 e 2.° trim./19

Soja

Carnes

Produtos florestais

Fumo e seus produtos

Cereais, farinhas e preparações

0 500,000,000 1,000,000,000 1,500,000,000 2,000,000,000 2,500,000,000

2,103,555,123

215,496,881

356,225,375

270,507,710

92,490,358

1,298,441,422

375,795,387

354,612,929

319,503,681

88,520,443

2019 2018

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Secretaria de Comércio Exterior.

No caso do complexo soja, a queda das exportações no segundo trimestre de 2019 ainda reflete as condições atípicas de comercialização do ano de 2018, quando as tensões comerciais entre China e Estados

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Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

Unidos, somadas à seca na Argentina, acentuaram a demanda chinesa pela soja brasileira, resultando em elevações nos preços e nos volumes exportados pelo RS. A comercialização, em 2019, ocorre em um quadro de maior oferta mundial do produto e de redução da demanda chinesa, acentuada pela peste suína africana, o que contribuiu para a redução nos volumes (25,2%) e nos preços (17,5%) das exportações gaúchas de soja.

Entre os principais setores exportadores, o de carnes foi o que registrou maior crescimento nas vendas no segundo trimestre (alta de 74,4%). As exportações gaúchas do setor foram puxadas pelas carnes de frango e suína, que apresentaram crescimento de 108,2% e 91,0%, respectivamente, no segundo trimestre de 2019, comparativamente ao mesmo trimestre do ano anterior. Para ambos os produtos, houve crescimento tanto em volume quanto nos preços das exportações. No setor do fumo, também houve crescimento expressivo nos valores comercializados (alta de 18,1%), em função do aumento dos volumes embargados no período.

Os principais destinos das exportações do agronegócio gaúcho, no segundo trimestre deste ano, foram: China (45,7%), União Europeia (13,3%), Estados Unidos (5,2%), Arábia Saudita (2,8%), Irã (2,6%) e Coreia do Sul (2,5%). Esses destinos concentraram 72,1% das exportações no trimestre. A China foi responsável pela maior redução absoluta em valor (menos US$ 572,7 milhões; -30,9%), seguida da União Europeia (menos US$ 106,2 milhões; -22,2%), da Argentina (menos US$ 41,7 milhões; -41,3%) e da Turquia (menos US$ 30,9 milhões; -70,6%). As quedas das vendas para a China e União Europeia concentraram-se no complexo soja. Para a Argentina, o destaque negativo ficou por conta do setor de máquinas e implementos agrícolas, sobretudo tratores agrícolas, ainda como reflexo da crise econômica verificada no país vizinho. No caso da Turquia, a queda nas vendas externas do Rio Grande do Sul para este destino concentrou-se no setor de bovinos vivos (Gráfico 2).

Gráfico 2

Principais destinos das exportações no agronegócio do Rio Grande do Sul — 2.° trim./2019

46%

13%

5%3%

3%

3%

28%

China (↓30,9%) União Europeia (↓22,2%) Estados Unidos (↑48,4%)

Arábia Saudita(↑68,4%) Irã (↑37,4%) Coreia do Sul (↑7,1%)

Demais destinos (↓3,7%)

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, FONTE DOS DADOS BRUTOS: Secretaria de Comércio Exterior.NOTA: Os percentuais correspondem à parcela do valor exportado no trimestre, em dólares. Entre parênteses, os percentuais correspondem à variação do valor no segundo trimestre de 2019, comparativamente ao mesmo período do ano anterior.

Contrariando a tendência de queda no trimestre, Estados Unidos e Arábia Saudita foram os países com os maiores incrementos absolutos nas compras do agronegócio gaúcho. Para os Estados Unidos, o crescimento deve-se ao setor de máquinas e implementos agrícolas (tratores agrícolas) e, para a Arábia Saudita, o destaque foi o setor de carnes (carne de frango).

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Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

Acumulado do ano

No primeiro semestre de 2019, as exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 5,1 bilhões, o que representa uma redução de 15,5% em relação a igual semestre de 2018. Em termos absolutos, a queda foi de US$ 942,1 milhões. Nesse período, a dinâmica das vendas externas foi caracterizada por apresentar queda nos volumes embarcados (-13,8%) e nos preços médios (-1,9%). Nos seis primeiros meses de 2019, os setores mais importantes para o agronegócio gaúcho foram: complexo soja (US$ 1,6 bilhão), produtos florestais (US$ 1,0 bilhão), fumo e seus produtos (US$ 794,3 milhões), carnes (US$ 659,5 milhões) e cereais, farinhas e preparações (US$ 355,9 milhões) (Gráfico 3).

Gráfico 3

Participação percentual dos setores nas exportações do agronegócio gaúcho – 1.º sem./2019

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Secretaria de Comércio Exterior.NOTA: Os percentuais correspondem à parcela do valor exportado no semestre, em dólares.

Nesse período, o complexo soja foi o principal responsável pela queda nas exportações (menos US$ 1,5 bilhão; -48,2%). O resultado negativo do setor foi agravado pela expressiva queda nos volumes embarcados (-

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Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

39,1%) e nos preços médios (-15,0%). A queda nos volumes é ainda mais expressiva se contrastada com a dimensão da produção doméstica, que, em 2019, foi 5,4% maior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2018, até o encerramento do primeiro semestre, os embarques de soja totalizavam 7,6 milhões de toneladas, o que equivale a 43,6% da produção colhida no ano. Para atingir esse volume de comercialização, além da produção doméstica, recorreu-se aos elevados níveis de estoque da safra anterior. Em 2019, com estoques de passagem menores e um cenário externo menos demandante, os embarques gaúchos alcançaram apenas 25,2% da safra até junho. Portanto, dado o crescimento da produção, persiste um grande potencial de aumento dos embarques no segundo semestre, mas sua realização está condicionada pela conjuntura interacional, atualmente marcada por grande incerteza em função do recente acirramento da disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Na contramão do movimento geral de queda nas exportações, o setor de produtos florestais (mais US$ 373,1 milhões; 56,2%) e de fumo e seus produtos (mais US$ 163,1 milhões; 25,8%) apresentaram as maiores elevações absolutas do semestre.

Em se tratando dos destinos das vendas do agronegócio gaúcho no acumulado de 2019, os destaques são: China (35,6%), União Europeia (15,6%), Estados Unidos (5,7%), Arábia Saudita (2,9%), Coreia do Sul (2,9%), Japão (2,6%), Vietnã (2,1%) e Rússia (2,0%). Analogamente ao movimento registrado no segundo trimestre, as principais quedas absolutas nas vendas externas ocorreram para: China (menos US$ 978,1 milhões; -34,8%), União Europeia (menos US$ 153,8 milhões; -16,0%) e Argentina (menos US$ 102,9 milhões ou -49,6%). A soja em grão e a carne de frango foram os produtos com as maiores reduções absolutas nas exportações para a China. Para a União Europeia, o destaque negativo ficou por conta do complexo soja (farelo de soja). A redução das vendas de tratores agrícolas para a Argentina garantiu a terceira maior queda entre os destinos de exportação do agronegócio gaúcho (Gráfico 4).

Gráfico 4

Principais destinos das exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul — 1.° sem./2019

36%

16%6%

3%3%

3%2%

2%

31%

China (↓34,8%) União Europeia (↓16,0%) Estados Unidos(↑31,8%)Arábia Saudita(↑39,3%) Coreia do Sul(↓2,4%) Japão(↑76,8%)Vietnã(↑46,3%) Rússia(↑87,8%) Demais destinos(↓3,7%)

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Secretaria de Comércio Exterior.

NOTA: Os percentuais correspondem à parcela do valor exportado no período, em dólares. Entre parênteses, os percentuais correspondem à variação do valor do primeiro semestre de 2019 comparativamente ao mesmo semestre de 2018.

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Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

2 Emprego formal

Segundo trimestre

No segundo trimestre de 2019, foi registrado saldo negativo de empregos formais no agronegócio do Rio Grande do Sul. O número de admissões (34.593) foi inferior ao de desligamentos (50.176), resultando na perda de 15.583 postos de trabalho com carteira assinada. A redução do estoque de empregos com carteira assinada no segundo trimestre reflete a sazonalidade da produção agrícola local, podendo ser interpretada como um movimento característico do setor, que se repete anualmente em variados níveis. Esse fenômeno é explicado, sobretudo, pela desmobilização parcial de trabalhadores contratados temporariamente (no primeiro trimestre) em atividades direta ou indiretamente vinculadas à colheita e ao recebimento da safra de verão no Estado (Gráfico 5).

Gráfico 5

Evolução do emprego formal celetista (admissões, desligamentos e saldo) do agronegócio no Rio Grande do Sul — 1.º trim./2018-2.º trim./2019

1° tr

im. 2

017

2º tr

im. 2

017

3º tr

im. 2

017

4º tr

im. 2

017

1° tr

im. 2

018

2º tr

im. 2

018

3º tr

im. 2

018

4º tr

im. 2

018

1° tr

im. 2

019

2º tr

im. 2

019

-20,000

-10,000

0

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

70,000

80,000

34,157 35,259 34,593

20,018

-13,074

22,139

-11,226

25,269

-15,583

47,231 46,485 50,176

Admissões Saldo Desligamentos

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Secretaria do Trabalho, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).NOTA: Estatísticas ajustadas com base nas declarações enviadas fora do prazo.

No segundo trimestre, houve perda de empregos nos três segmentos que constituem o agronegócio: “antes”, “dentro” e “depois” da porteira. No segmento “dentro” da porteira, composto por atividades agropecuárias, foi registrado o menor saldo (menos 9.054 postos). Nesse segmento, os setores com pior desempenho foram os de produção de lavouras permanentes (menos 4.698 postos) e temporárias (menos 3.360 postos). No caso das lavouras permanentes, a perda de empregos concentrou-se no Município de Vacaria, e é explicada, sobretudo, pelo desligamento de trabalhadores ocupados na colheita da maçã. Para as lavouras temporárias, os empregos perdidos concentram-se nos setores de cultivo de cereais, principalmente o arroz.

No segmento “depois da porteira”, composto predominantemente de atividades agroindustriais, a perda foi de 6.477 postos de trabalho. Nesse segmento, o setor com maior fechamento de vagas foi o de comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais (menos 4.262 postos), com destaque para a atividade de comércio

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Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão Departamento de Economia e Estatística

Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

atacadista de soja (menos 1.950 postos). Em seguida, aparece o setor de moagem e fabricação de produtos amiláceos (menos 2.143 postos), cujas perdas se concentraram na atividade de beneficiamento do arroz (menos 1.796 postos). Na contramão do movimento do trimestre, o setor de fabricação de produtos do fumo foi o único a apresentar saldo positivo de empregos (998 postos). Concentrado na região do Vale do Rio Pardo, historicamente, esse setor aumenta as contratações temporárias até o final do segundo trimestre, quando se reduz a necessidade de mão de obra para o processamento da matéria-prima agrícola.

No segmento “antes da porteira”, formado por atividades dedicadas ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos para a agropecuária, o saldo negativo foi de 52 empregos. As perdas concentraram-se no setor de fabricação de sementes e mudas certificadas (menos 463 postos). Já os destaques positivos do segmento foram os setores de fabricação de adubos e fertilizantes (mais 373 postos) e de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (mais 148 postos). Sobre esse último setor, vale referir que após passar por longo período de encolhimento do quadro funcional, houve uma expressiva recuperação nos últimos meses. Desde julho de 2016, quando voltou a apresentar saldos positivos de emprego, o setor acumula mais de 1.795 postos recuperados (Gráfico 6).

Gráfico 6

Evolução do saldo de emprego formal celetista no setor de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários – jul./2016-jun./2019

Jul.

2016

Ago

. 201

6S

et. 2

016

Out

. 201

6N

ov. 2

016

Dez

. 201

6Ja

n. 2

017

Fev

. 201

7M

ar. 2

017

Abr

. 201

7M

ai. 2

017

Jun.

201

7Ju

l. 20

17A

go. 2

017

Set

. 201

7O

ut. 2

017

Nov

. 201

7D

ez. 2

017

Jan.

201

8F

ev. 2

018

Mar

. 201

8A

br. 2

018

Mai

. 201

8Ju

n. 2

018

Jul.

2018

Ago

. 201

8S

et. 2

018

Out

. 201

8N

ov. 2

018

Dez

. 201

8Ja

n. 2

019

Fev

. 201

9M

ar. 2

019

Abr

. 201

9M

ai. 2

019

Jun.

201

9

-2,000

0

2,000 1,795

Saldo mensal Saldo acumulado

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Secretaria do Trabalho, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).NOTA: Estatísticas ajustadas com base nas declarações enviadas fora do prazo.

Primeiro semestre

No primeiro semestre de 2019, foram criados 9.686 empregos com carteira assinada no agronegócio gaúcho. Em igual período de 2018, o saldo entre admissões e desligamentos foi de 10.913 empregos, resultando, portanto, em uma diferença de menos 1.227 postos.

Os setores com maior criação de empregos em 2019 foram os de produção de fabricação de produtos do fumo (9.707 postos), de produção de lavouras permanentes (1.454 postos) e de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (1.150 postos). Por outro lado, os setores com maior fechamento de vagas, no ano, são os de produção de lavouras temporárias (-1.679 postos), de fabricação de conservas (-1.178 postos) e de laticínios (-449 postos).

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Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

Na comparação entre o primeiro semestre de 2018 e o primeiro semestre de 2019, os setores que mais melhoraram o saldo de empregos no período foram os de produção de lavouras permanentes e de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários. Já os setores que mais pioraram seu saldo de empregos foram os de fabricação de conservas e de produtos do fumo (Tabela 1).

Tabela 1

Setores do agronegócio com maior criação e perda de empregos formais celetistas noRio Grande do Sul — 1º semestre de 2019

SETORESSALDO

VARIAÇÃO1.º sem./2018 1.º sem./2019

Maiores saldos      Fabricação de produtos do fumo ......................................................... 10.621 9.707 -914Produção de lavouras permanentes .................................................... -412 1.454 1.866Fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários ..... 473 1.150 677Comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais ..... 490 594 104Abate e fabricação de produtos de carne ............................................ 785 375 -410Menores saldosProdução de lavouras temporárias ...................................................... -1.721 -1.679 42Fabricação de conservas .................................................................... -195 -1.178 -983Laticínios .............................................................................................. -417 -449 -32

Produção de sementes e mudas certificadas ...................................... -469 -329 140TOTAL DO AGRONEGÓCIO ............................................................................. 10.913 9.686 -1.227

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Secretaria do Trabalho/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). NOTA: Estatísticas ajustadas com base nas declarações enviadas fora do prazo.

Últimos 12 meses

Nos últimos 12 meses (jul./2018-jun./2019), foram criados 2.727 postos de trabalho com carteira assinada no agronegócio gaúcho.

Os setores com maior criação de empregos nesse período foram os de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (1.260 postos) e de abate e fabricação de produtos de carne (1.133 postos), com destaque para suínos e aves. Por outro lado, o setor de fabricação de produtos do fumo foi o que registrou a menor perda de empregos (-795 postos).

No Gráfico 3, são apresentadas as informações do número de empregos com carteira assinada nos sete principais setores empregadores do agronegócio do Rio Grande do Sul. A diferença nos estoques de emprego de cada setor equivale ao saldo nos últimos 12 meses (Gráfico 7).

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Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

Gráfico 7

Estoque de empregos formais celetistas nos principais setores empregadores do agronegócio do Rio Grande do Sul — jun./2018 e jun./2019

Abate e fabricação de produtos de carne

Comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais

Produção de lavouras temporárias

Pecuária

Fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários

Moagem e fabricação de produtos amiláceos

Fabricação de produtos do fumo

0 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000 60,000 70,000

58,443

41,829

31,877

24,525

22,311

16,340

15,326

59,576

42,427

31,369

24,198

23,571

15,803

14,531

Jun. 2019 Jun. 2018

FONTE DOS DADOS BRUTOS: Secretaria do Trabalho/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

Apêndice

Tabela A.1Tabela-resumo das exportações do agronegócio gaúcho – 2.º trim./2019

SETORES E GRUPOS DE PRODUTOS

2.º TRIMESTRE

Valor (US$ FOB)

Participação (%)

Variação

US$ FOB Valor (%) Volume (%)

Preço (%)

Soja ............................................................................ 1.298.441.422 46,4 -805.113.701 -38,3 -25,2 -17,5Soja em grão ............................................................. 1.088.759.017 38,9 -668.522.653 -38,0 -25,3 -17,1Farelo de soja ............................................................ 180.124.439 6,4 -106.400.187 -37,1 -22,9 -18,5Óleo de soja ............................................................... 29.557.966 1,1 -30.190.861 -50,5 -41,7 -15,1Carnes ....................................................................... 375.795.387 13,4 160.298.506 74,4 64,6 5,9Carne bovina ............................................................. 49.242.356 1,8 7.929.442 19,2 24,7 -4,4Carne suína ................................................................. 99.008.063 3,5 47.174.435 91,0 55,8 22,6

Carne de frango ......................................................... 204.345.957 7,3 106.189.873 108,2 83,1 13,7Produtos florestais .................................................. 354.612.929 12,7 -1.612.446 -0,5 25,7 -20,8Madeiras em bruto e manufaturas de madeira ......... 59.015.860 2,1 7.615.191 14,8 41,9 -19,1Celulose ..................................................................... 289.096.109 10,3 -8.125.819 -2,7 14,1 -14,8Fumo e seus produtos ............................................ 319.503.681 11,4 48.995.971 18,1 25,0 -5,5Fumo não manufaturado ............................................ 290.330.475 10,4 48.215.519 19,9 22,8 -2,3Cereais, farinhas e preparações ............................ 88.520.443 3,2 -3.969.915 -4,3 8,3 -11,6Milho ........................................................................... 18.825.605 0,7 18.569.887 7.261,9 7.462,9 -2,7Arroz .......................................................................... 67.267.709 2,4 -22.573.049 -25,1 -27,0 2,6Máquinas e implementos agrícolas ....................... 82.896.444 3,0 17.520.705 26,8 50,9 -16,0Couros e peleteria .................................................... 77.963.543 2,8 -8.834.134 -10,2 -7,9 -2,5Animais vivos ........................................................... 14.176.138 0,5 -21.087.138 -59,8 -55,5 -9,7

Page 9: €¦ · Web viewPara as lavouras temporárias, os empregos perdidos concentram-se nos setores de cultivo de cereais, principalmente o arroz. No segmento “depois da porteira”,

Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão Departamento de Economia e Estatística

Indicadores do agronegócio do RS: exportações e

emprego formal

TOTAL ...................................................................... 2.798.531.550 100,0 -617.443.133 -18,1 -14,5 -4,1FONTE: Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão / Departamento de Economia e Estatística. FONTE DOS DADOS BRUTOS: Secex/MDIC.

Tabela A.2

Tabela-resumo das exportações do agronegócio gaúcho – 1.º sem./ 2019

SETORES E GRUPOS DE PRODUTOS

1.º SEMESTRE

Valor (US$ FOB)

Participação (%)

Variação

US$ FOB Valor (%) Volume (%)

Preço (%)

Soja ........................................................................ 1.596.226.200 31,0 -1.485.961.405 -48,2 -39,1 -15,0Soja em grão .......................................................... 1.235.684.791 24,0 -1.262.939.918 -50,5 -41,6 -15,3Farelo de soja ......................................................... 322.430.999 6,3 -172.743.256 -34,9 -26,5 -11,4Óleo de soja ............................................................ 38.110.410 0,7 -50.278.231 -56,9 -49,2 -15,1Produtos florestais ............................................... 1.036.888.129 20,1 373.148.980 56,2 56,8 -0,4Celulose .................................................................. 899.319.791 17,5 348.292.834 63,2 61,9 0,8Fumo e seus produtos ......................................... 794.320.156 15,4 163.050.013 25,8 31,8 -4,5Carnes .................................................................... 659.462.619 12,8 -10.015.003 -1,5 -7,9 6,9Carne bovina .......................................................... 101.496.567 2,0 -4.507.498 -4,3 1,2 -5,4Carne suína ............................................................. 170.911.581 3,3 33.575.609 24,4 10,1 13,0Carne de frango ...................................................... 341.158.825 6,6 -14.885.244 -4,2 -10,1 6,6Cereais, farinhas e preparações .......................... 355.883.657 6,9 83.690.324 30,7 61,4 -19,0Trigo ........................................................................ 105.568.993 2,1 76.902.528 268,3 208,5 19,4Milho ........................................................................ 94.918.131 1,8 79.161.244 502,4 500,0 0,4Arroz ....................................................................... 149.875.285 2,9 -73.347.162 -32,9 -31,4 -2,2Máquinas e implementos agrícolas .................... 147.661.821 2,9 -2.932.551 -1,9 14,5 -14,4Demais máquinas e equipamentos agropecuá-rios e suas partes ................................................. 24.220.809 0,5 -24.888.296 -50,7 -50,6 -0,1Animais vivos ........................................................ 32.400.383 0,6 -19.823.672 -38,0 -24,6 -17,7Couros e peleteria ................................................. 161.627.576 3,1 -18.857.365 -10,4 1,6 -11,8TOTAL .................................................................... 5.148.443.097 100,0 -942.145.695 -15,5 -13,8 -1,9

FONTE: Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão / Departamento de Economia e Estatística. FONTE DOS DADOS BRUTOS: Secex/MDIC.

Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag-RS)Secretária: Leany LemosDepartamento de Economia e EstatísticaDiretor: Liderau dos Santos Marques JuniorElaborado pelos analistas pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística da Seplag-RS: Rodrigo Feix e Sérgio Leusin Jr.