voz do nicéia

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano III Edição nº8 Novembro de 2011 Ainda nesta edição: a relação dos moradores do Nicéia com os condomínios (p.7) Conheça cursos gratuitos oferecidos pela UNESP A UNESP oferece diversos cursos gratuitos aber- tos para toda a comunidade bauruense. Com aulas que vão desde cursinhos pré-vestibulares até Artes marciais. Saiba como participar (p.6) Associação caminha para regularização Associação dos moradores do Nicéia participa de con- gresso na OAB com mais 21 associações da cidade e está a cada dia mais perto da legalização. Advogados e em- pregados da prefeitura deram auxilio aos moradores (p.3) Vitor Moura/Voz do Nicéia Dia das crianças alegra a comunidade (p.4) Nicéia Luciana Arraes/Voz do Nicéia cursinhoprimeirodemaio.com.br

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Jornal Comunitário Voz do Nicéia Outubro/Novembro de 2011

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Page 1: Voz do Nicéia

Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano III Edição nº8 Novembro de 2011

Ainda nesta edição: a relação dos moradores do Nicéia com os condomínios (p.7)

Conheça cursos gratuitos oferecidos pela UNESP

A UNESP oferece diversos cursos gratuitos aber-tos para toda a comunidade bauruense. Com aulas que vão desde cursinhos pré-vestibulares até Artes marciais. Saiba como participar (p.6)

Associação caminha para regularização

Associação dos moradores do Nicéia participa de con-gresso na OAB com mais 21 associações da cidade e está a cada dia mais perto da legalização. Advogados e em-pregados da prefeitura deram auxilio aos moradores (p.3)

Vitor M

oura/Voz do Nicéia

Dia das crianças alegra a comunidade (p.4)

NicéiaLuciana A

rraes/Voz do Nicéia

cursinhoprimeirodem

aio.com.br

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Voz do Nicéia2 Out/Nov 2011

Voz do NicéiaJornal comunitário bimestral

do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP

Projeto de Extensão Universitária

ExpediçãoJornalista responsávelAngelo Sottovia AranhaMTB-12870

ReportagemAdriana SalgadoBeatriz HagaCinthia QuadradoCarolina SeikoGiovani VieiraHenrique GasparinoJoão Paulo MonteiroLetícia MendonçaLuis Fernando AraujoThais PerregilVitor MouraVitor Soares

EdiçãoAna Navarrete Luciana Arraes

FotografiaJoão Paulo MonteiroLuciana ArraesVitor Moura

Edição de ArteJoão Paulo Monteiro

DiagramaçãoJoão Paulo Monteiro

Edição GeralAngelo Sottovia Aranha

Coordenação do projetoAna Navarrete

FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social

Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa - Bauru/SPCEP: 17033-360Telefone: 3103-6063E-mail para contato: [email protected]

Tiragem: 1000 exemplaresImpresão: Fullgraphics

Distribuição Gratuita

An

ún

cio

s

Ednow Ferreira DISK-MARMITEX9184-0284

Dona Benê - DIARISTATel: 9163-3244

Editorial

Nesta edição temos as crianças e os jovens como protagonistas. O dia das crianças chegou e foi com grande satisfação que a equipe do jornal “Voz do Nicéia” ajudou como pôde nos dois dias de festa que aconteceram no bairro.A matéria principal está recheada de brincadeiras, alegrias e solidariedade. Mais um motivo para comemorar é a regulamentação da associação dos moradores, que está mais próxima a cada dia que passa. Outro assunto importante nesta edição é o tema do “Fala Morador”, que procurou mostrar como é a relação dos moradores do Jardim Nicéia com os condomínios fechados existentes em seu entorno. Também falamos sobre o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, que é de grande importância para todos os jovens do Brasil.Sempre lembrando que todos os problemas comuns levantados pelo jornal só serão resolvidos com a colaboração e acompanhamento dos moradores. Bem como as conquistas, que são mérito de todos. Esperamos sempre contar com o apoio e contribuição dos moradores para conseguirmos produzir um jornal de qualidade, honrando nosso objetivo de ser realmente a “voz” de toda a co-munidade e ajudando, assim, a gerar um ambiente mais saudável e próspero a todos.

Boa Leitura!

Equipe Voz do Nicéia

UNIP/MAKRO – Horário de saída de Unip/MakroDia útil06:12 06:48 07:29 08:11 08:45 09:27 10:02 10:46 11:23 12:09 12:47 13:33 14:10 14:55 15:29 16:11 16:41 17:25 17:58 18:41 19:16 19:48 20:20 20:50 22:03 22:30 23:05

Sábado05:56 06:20 06:59 07:30 08:04 08:39 09:12 09:48 10:21 11:02 11:42 12:15 12:52 13:26 14:06 14:40 15:54 17:08 18:22 19:36 20:46 21:56 23:06

Domingo/Feriado06:50 07:58 09:06 10:14 11:22 12:30 13:38 14:46 15:54 17:02 18:10 19:18 20:26 21:34

Câmpus /CTI: Dia útil - Período de aulaHorários saída: Campus - CTI06:20 06:40 07:20 07:40 08:20 08:40 09:02 09:39 10:00 10:30 11:00 11:20 12:16 12:36 12:56 13:16 13:33 13:56 14:26 14:56 15:26 16:20 16:26 17:16 17:36 18:00 18:22 18:36 18:56 19:36 20:00 20:36 21:00 21:26 22:00 22:27 23:05

SábadoHorário saída: Câmpus - CTI06:25 07:17 07:45 08:10 08:35 09:30 10:20 11:15 12:32 13:00 13:25 14:17 15:10 16:02 18:40 19:33 20:25 21:18 23:03

Válter MarquesSERVIÇO DE CARRETORua 2, 2-45Tel: 3203-1743(somente nos finais de semana)

Page 3: Voz do Nicéia

Voz do Nicéia Out/Nov 2011 3

Associação de moradores a um passo da legalização Congresso em Bauru mostra a importância da regulamentação

Entre 8h e 15h da manhã, representantes da prefeitura e da OAB prestaram esclarecimentos e tiraram dúvidas

Vitor M

oura/Voz do Nicéia

Vitor Moura

Cerca de 140 pessoas foram ao congresso na OAB de Bauru

Vitor M

oura/Voz do Nicéia

Aconteceu no último sá-bado, dia 22 de outubro, o 2° Congresso das Associações de Moradores de Bauru. O evento, sediado no auditório da OAB de Bauru, contou com a participa-ção de 21 associações comunitá-rias, das mais de 100 existentes no município. O assunto em pauta, dessa vez, foi a questão da regulamentação dessas associa-ções.

Representantes da prefeitura e da OAB montaram uma mesa visando prestar esclarecimentos sobre o processo de regulamen-tação e seus benefícios. “Hoje o congresso foi para prestar in-formação, auxiliar, fazer parce-rias, órgãos de competência para atender essas associações”, expli-ca o Dr. Fabio Augusto Simo-netti, coordenador da Comissão de Assuntos Comunitários da OAB de Bauru. Ele estima que das mais de 100 associações de moradores de Bauru apenas 80 são devidamente regulamenta-

das.“Visamos regularizar a situa-

ção dessas organizações para que a prefeitura possa desenvolver os projetos que elas tanto sonham”, afirma o Secretário das Adminis-trações Regionais (SEAR), Sid-nei Rodrigues. Ele também reve-la que a falta de regulamentação dificulta a atuação da prefeitura; “o nosso maior problema é que eles acabam fazendo solicitações e nós não temos como atendê--los”.

Quando a associação é re-gulamentada, a prefeitura con-segue ter acesso a recursos dos governos estadual e federal que serão utilizados no desenvolvi-mento de projetos sociais dentro dos próprios bairros. O diretor do departamento de comunica-ção da prefeitura de Bauru, Chi-co Maia, um dos responsáveis pela captação de recursos para a cidade, explica que “em regra geral, a captação começa com o envio da documentação dessas associações. O critério de seleção é a documentação. O órgão que vai disponibilizar o recurso quer

saber qual a situação tributária,

a situação eleitoral dessa institui-ção, vínculo ao governo federal, INSS. Se não estiver tudo certo, o processo já não passa para o próximo estágio”.

A gerente regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Egiane Vaz, está auxiliando de forma voluntária Joana Miguel da Silva, presiden-te da associação de moradores do Jardim Nicéia, no processo de regulamentação. “Ele já foi regis-trado em cartório, o CNPJ já foi requerido via internet, num pro-cesso bem simples, agora dentro de 10 a 15 dias, no máximo, sai o número efetivo. Assim, a asso-ciação fica regularizada”, detalha Egiane. Ela acredita que existem motivos para se comemorar. “Hoje serviu para mostrar que as oportunidades para melhorar o bairro são grandes. Porém, eu

percebo que falta ainda não só transmitir informação, mas en-sinar como fazer”, revela.

No bairro do Ferradura Mi-rim, cuja associação de mora-dores está regulamentada já há dois anos, Gisele Moretti, que representava o bairro no evento, confessa que houveram muitos benefícios ao local. “Quando a associação tem CNPJ, as empre-sas que têm interesse em fazer doação podem ajudar. É uma questão de credibilidade, isso fa-cilita”, relata. Ela ainda diz que sabe bem quais são as dificulda-des de quando não existe a regu-lamentação. “Existia uma outra associação que ficou inadim-plente por dez anos. Depois de dez anos que você não declara isenção na Receita Federal, au-tomaticamente ela se exclui. Por isso, nós criamos uma nova”, ex-plica.

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Voz do Nicéia4 Out/Nov 2011

Conhecido como o mês das crianças, outubro normalmen-te é marcado por festas e come-morações para elas. O Jardim Nicéia não ficou fora e promo-veu um grande evento para os pequenos (e os grandes) da co-munidade.

Este ano, as crianças pu-

deram celebrar o seu dia duas vezes. A primeira festa aconte-ceu no sábado antes do feriado (8/10) e a segunda na quarta (12/10), as duas com muitas gincanas, brincadeiras e comi-das. No primeiro dia, vários brinquedos alegraram a manhã. Camas-elásticas, castelo inflável e escorregador foram levados pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Bauru (Se-

mel). Davi Honário, que pres-ta serviços à Semel, relembrou que eventos desse porte aconte-cem com frequência no bairro; “aqui no bairro já é o quinto evento que a gente vem. Sem-pre trazemos esses brinquedos, até em outras datas além do dia das crianças”.

Além da Semel, a Associação Bauru pela Diversidade (ABD) e a ONG Periferia Legal con-

tribuiram com pipoca, algo-dão doce e balas. As crianças puderam, ainda, participar de gincanas, como a brinca-deira das bexigas e do ovo, organizadas pelos voluntários do projeto Escola da Família, que ajudaram na organização do evento ao lado da comuni-dade. As crianças ainda tive-ram seus rostos pintados com a ajuda de voluntários.

Dia das crianças duplo e completoBairro surpreende os morado res e realiza dois dias de festa

Escorregador, cama elástica e castelo inflável divertiram as crianças

Luciana Arraes/Voz do N

icéia

Henrique GasparinoVitor Soares

Crianças participaram de brincadeiras recreativas durante toda a tarde

Luciana Arraes/Voz do N

icéia

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Voz do Nicéia Out/Nov 2011 5

Na quarta-feira (12/10), as crianças que estavam em uma excursão no primeiro dia de festa também puderam se divertir. Nesse dia, o que se viu foi muita colaboração por parte dos próprios moradores. Eles arrecadaram alimentos e doces para deixar o Dia das Crianças mais completo.

A partir do meio dia, foi ser-vido almoço com refrigerante

para toda a criançada. Em segui-da, o colaborador Marcílio Bros-que trouxe bolo para a sobreme-sa. Depois disso, muita música foi ouvida, pinturas foram feitas e gincanas foram realizadas.

A cada brincadeira era pos-sível ver a alegria de cada um, tanto por parte das crianças, quanto por parte dos organiza-dores e realizadores. Elke Ma-riano, mãe da Laura de 9 anos,

opinou sobre a festa: “Está mui-to legal, cada ano está melho-rando. O almoço estava muito gostoso. Além disso é bom que eles (crianças) fiquem ocupados o tempo todo”.

Mais tarde, a ABD chegou e trouxe muitos brinquedos: “A gente vem aqui trazer lazer para as crianças, seja Dia das Crianças, Páscoa ou Natal. A gente sempre procura oferecer uma ação de ci-

dadania”, falou um dos presiden-tes da ABD, Rick Ferreira.

Cada criança foi embora para sua casa com um brinque-do e um sorriso no rosto, de-pois de dois dias intensos. Para todos que participaram, tanto na realização quanto na organi-zação, ficou um gosto de satis-fação misturado com uma certa ansiedade para o próximo gran-de evento no Jardim Nicéia.

Dia das crianças duplo e completoBairro surpreende os morado res e realiza dois dias de festa

Crianças participaram de brincadeiras recreativas durante toda a tarde Refrigerante e bolo são oferecidos gratuitamente

Luciana Arraes/Voz do N

icéia

Distribuição de algodão doce faz fila na porta da casa da Dona Terezinha

Luciana Arraes/Voz do N

icéia

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Voz do Nicéia6 Out/Nov 2011

UNESP oferece cursos gratuitosHá oportunidades em cursos técnicos, cursos pré-vestibular e também atividades físicas

É bom ficar atento às opor-tunidades e aproveitar para me-lhorar suas habilidades e ganhar conhecimentos. A Unesp oferece diversos cursos gratuitos para a comunidade bauruense em dife-rentes áreas. A maioria deles são realizados pelos próprios alunos da universidade, mas com su-porte dos professores que sempre dão auxílio e fiscalizam para ga-rantir que não aconteçam erros. Isso traz mais qualidade ao curso e faz com que o aluno-professor tenha mais confiança.

Para quem vai começar o En-sino Médio e também quer ter uma profissão, uma opção é o Colégio Técnico Industrial “Isa-ac Portal Roldán”. Administra-do pela Unesp, o CTI oferece o ensino médio com cursos profis-

sionalizantes de eletrônica, me-cânica e informática. O ingresso do aluno ocorre por meio de um vestibulinho para as primeiras séries de cada habilitação. As inscrições para os processos sele-tivos de 2012 vão até o dia 8 de novembro e podem ser realizadas através do site http://www.cti.feb.unesp.br/index.php .

Já para quem está se prepa-rando para entrar em uma uni-versidade, a UNESP oferece cur-sos pré-vestibular. Os cursinhos Primeiro de Maio e Principia auxiliam pessoas que não podem pagar por um cursinho particu-lar. É oferecido todo o material necessário ao aluno; material didático, biblioteca, acompa-nhamento pedagógico e ativi-dades extracurriculares. As aulas acontecem todos os dias e são ministradas por alunos graduan-dos da UNESP. Para Luís Felipe

Moraes, ex-professor, “o projeto é muito bom. Dá chance aos alu-nos, que não teriam condições de pagar um cursinho particular se preparem para o vestibular”. Além disso, segundo Luís, “por o cursinho ser na UNESP, já ajuda a criar um ambiente acadêmico

diferente para os alunos”, ressal-ta. Os alunos são escolhidos por meio de processo seletivo que acontece em duas etapas; a pri-meira com uma prova de conhe-cimentos gerais e a segunda com uma avaliação socioecômica, as inscrições acontecem no início do ano.

São oferecidos também cursos que visam a prática de exercícios físicos. Além de contribuir para uma melhor qualidade de vida, a atividade física é importante para a inclusão social, desenvolvi-mento da auto-estima e também para a diminuição do estresse. A UNESP oferece aulas de atletis-mo, handebol, vôlei para jovens e adultos, escola de futebol para crianças de 7 a 14 anos e também aulas de lutas como karatê e ai-kidô. Há também uma academia aberta à comunidade. As aulas são gratuitas, os interessados po-dem procurar o departamento de Educação Física da UNESP que fica na avenida José Sandrín, pró-ximo ao IPMET.

Adriana SalgadoThaís Perregil

Estudantes se preparam para o vestibular

cursinhoprimeirodem

aio.com.br

Diferentes idades e classes sociais se misturam em aula de Aikidô

comunesp.com

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Voz do Nicéia Out/Nov 2011 7

“Como é a relação dos moradores com os condomínios que ficam nos arredores do bairro?”

O Jardim Nicéia começou com famílias vindas de outras cidades dos estados de São Pau-lo, Paraná e Pernambuco. Hoje, já com aproximadamente 40 anos, o bairro é vizinho de três condomínios fechados. A equipe do Voz do Nicéia foi às ruas e perguntou:

Enem 2011Tira-dúvida

“O bairro aqui é bom, as pessoas são boas e não tem violência. O proble-ma é que a gente é pobre e não temos casas boas, então chamam de favela. Mas, na verdade, é um lugar calmo, com muita paz. Aqui é nota 10. Faço de tudo para não sair daqui, se fosse ruim, já teria saído há muito tempo”.

Heraldo Monteiro, 50 anos, vigilante

João

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“O bairro aqui é visto como sossegado. Em ou-tros lugares, as pessoas invadem e roubam, mas aqui no bairro não. Antigamente aqui era pior, éramos vistos como favela. Há muitos bairros piores, onde “nego” rouba mesmo, mas aqui no Nicéia, se acontece um roubo, como acontece em todo lugar, a vila toda fica mal vista”.

Regivaldo da Silva, 37 anos, pedreiro

João Paulo Monteiro/Voz do

“Aqui a relação é de respeito, nunca houve nenhum problema entre os moradores do condomínio e os do Nicéia. Até mesmo as crianças são “na delas” quando, por exemplo, cai uma pipa aqui dentro, eles pedem”.Carlos dos Santos, 30 anos, porteiro da Chácara Odete

“Todos veem aqui como favela. Só porque não temos casas boas nem asfalto, é favela. Se o prefeito contribuir com obras e infra-

estrutura, e o povo daqui do bairro colaborar, não jogando lixo nas ruas, por exemplo, ia mudar muita coisa. Mas existe, sim, um

certo preconceito quanto a nós moradores aqui do bairro. Quem é de fora acha que aqui ainda é uma favela”.

Maria de Lourdes, 32 anos, faxineira“As pessoas do condomínio sentem receio e até mesmo medo. Falta instrução para os próprios moradores do Nicéia, porque eles próprios denigrem a imagem do bairro, já que um pequeno grupo de moradores vem aqui no condomínio, quebram o muro, ficam do lado de fora gritando e querendo entrar. Mesmo sendo um só grupo, pois todo o resto do bairro reúne pessoas boas, as atitudes desse pequeno grupo mancham a imagem do bairro in-teiro e de seus moradores”.Ezequiel Pereira Goulart, 47 anos, porteiro do Residencial Sauípe

João Paulo Monteiro

?Carolina SeikoCinthia Quadrado

Uma grande oportunidade para entrar na faculdade Nos dias 22 e 23 de outubro, foi realizado o Enem 2011. Com cerca de 6 milhões de inscritos, segundo o Ministério da Educa-ção. A prova, que é baseada em ques-tões de lógica e raciocínio, é se-parada em áreas do conhecimen-to. São elas: Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Na-tureza e suas Tecnologias; Lingua-gens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática; e Redação. O exame pretende avaliar o desempenho do estudante ao fim da escola-

ridade básica. Podem participar alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino mé-dio.Sandra Boconcelo, coordenadora do Colégio Dinâmico Vestibu-lares de Bauru, fala mais sobre o Enem e seus pontos mais impor-tantes:Voz do Nicéia: O que é preciso para os alunos terem bom de-sempenho nas provas do Enem, e em outras avaliações de vesti-bular?Sandra Boconcelo: “O aluno

tem que ter cuidado na hora de ler as perguntas, além de estar concentrado. No caso do Enem, as questões podem ser longas, já que ele é muito interpretativo, assim, os alunos devem ter agili-dade na hora de ler. Em muitos casos não é preciso ler por inteira a questão, então o aluno já pode ir até a resposta de olho nos dados do texto. Em relação às questões de outras provas, também é in-dispensável paciência na leitura e cuidado com o tempo para utili-zar mais tempo nas questões mais

difíceis, como as de matemática”.Voz do Nicéia: Quais são as uni-versidades que utilizam o Enem como prova?Sandra Boconcelo: “A Universi-dade Federal de São Carlos (UFS-CAR) está sendo muito procu-rada por adotar apenas o Enem como avaliação. Mas outra que também utiliza a prova única é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Já as estaduais, como a UNESP, vão usar o Enem na composição da nota total dos alunos”.

Page 8: Voz do Nicéia

Voz do Nicéia8 Out/Nov 2011

Pedro Ryan, 7 anos

Perfil Mateus Ferreira

Beatriz HagaGiovani Vieira

Não tem como duvidar: o esporte é uma paixão nacional. Quem nunca viu um campinho improvisado cheio de garotos imitando os passos dos craques do time de coração? Desde a infância, grande parte dos bra-sileiros sonha representar o seu país da mesma forma que seus

ídolos do futebol, do atletismo, do vôlei, etc.

Com Mateus Silva Ferreira de 13 anos, morador do Jardim Nicéia, não é diferente. O es-porte sempre esteve presente na vida do filho de Alexandra San-tos Silva, a Dona Sandrinha. Influenciado pelo pai quando tinha três anos de idade, o ga-roto teve contato com o fute-bol; esporte que lhe renderia algumas premiações anos mais tarde. Foi nas brincadeiras de bola com os amigos na Rua 1, onde a família morava antes de se mudar para a Rua 4, que a vontade de se tornar jogador profissional aumentou. Corin-tiano de carteirinha, tem como inspiração Ronaldinho Gaúcho e o ídolo da torcida, Ronaldo Fenômeno.

Pequeno e habilidoso; con-

seguiu se destacar não só no fu-tebol, mas também em outros esportes cuja principal caracte-rística é a agilidade. Resolveu praticar atletismo e sua primei-ra medalha foi conquistada aos seis anos em uma competição de salto à distância. Logo per-ceberam que o menino poderia ter um futuro promissor. Co-meçou a treinar com os amigos do bairro e formou algumas equipes para as disputas na es-cola e competições da cidade.

Não é difícil perceber que Mateus é querido pela famí-lia e, assim como todo garoto, o jovem atleta sonha alto. Sua expectativa é ser um craque de um grande time de futebol, fa-zer muitos gols e ajudar suas três irmãs e sua mãe. Com algu-mas fotos nas mãos e mostran-do as medalhas e troféus, Dona

Sandrinha fala do jovem com entusiasmo. “Eu tenho orgulho do meu filho. Ele é responsá-vel, trabalhador e organizado. O Mateus é interessado em aprender e corre atrás dos seus sonhos”, comenta a mãe coruja. Ela também revela que o filho adora assistir a jogos de futebol na televisão e passa horas acom-panhando a rodada da semana.

Ganhar medalhas é o desejo de todo bom competidor, mas saber que nem sempre é possí-vel conquistá-las é importante. Apesar de ficar triste quando perde ou quando seu time não está bem, Mateus considera a derrota um aprendizado. Como um verdadeiro atleta, ele sabe que precisa correr mais rápi-do, saltar mais longe e driblar obstáculos para realizar de seus sonhos.

Vitória Ferreira, 9 anos

Letícia Mendonça Juliana Santos

Arquivo da fam

ília

Stéfani Vitória Soares,

10 anos

Ester Gabriele Mello, 12 anos