voz do nicéia 23ª edição

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano VI Edição nº 23 Setembro de 2014 Saiba mais sobre a Lei do Silêncio! Pág. 6 www.vozdoniceia.wordpress.com Rua 6 continua com coleta de lixo irregular Pág.4 Postes existem, mas lâmpadas queimam e rua fica no escuro Pág.3 Nathalie Caroni/Voz do Nicéia Amanda Moura/Voz do Nicéia Giovanna Hespanhol/Voz do Nicéia Mudança do ponto de ônibus complica a locomoção dos moradores Pág.5

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23ª edição do Voz do Nicéia, jornal comunitário do bairro Jardim Nicéia de Bauru-SP e projeto de extensão da Unesp.

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Page 1: Voz do Nicéia 23ª edição

Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano VI Edição nº 23 Setembro de 2014

Saiba mais sobre a Lei do Silêncio! Pág. 6 www.vozdoniceia.wordpress.com

Rua 6 continua com coleta de lixo irregular Pág.4

Postes existem, mas lâmpadas queimam e rua fica no escuro Pág.3

Nathalie C

aroni/Voz do Nicéia

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anda Moura/Voz do N

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Mudança do ponto de ônibus complica a locomoção

dos moradoresPág.5

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Setembro de 20142

Jornal comunitário bimestraldo bairro Jardim Nicéia,

em Bauru-SP

Projeto de Extensão Universitária

Jorn. resp: Angelo Sottovia AranhaMTB-12870Editora-chefe: Moema NovaisEditora-adjunta: Mayara ReisEditora de Artes: Marília GarciaEquipe do Blog:Gabriela TáteroLígia MoraisEquipe de Eventos:Daniela ArcanjoMarina SpadaVictor PinheiroVitor AzevedoEquipe de Reportagem e Fotografia:Amanda MouraAriela SoaresArthur FinatiBárbara Paro GiovaniBeatriz KurokiCatherine PaixãoCaroline BragaFlávia SimãoGiovana AmorimGiovana RomaniaGiovanna HespanholGuilherme SetteGustavo GuimarãesIhanna BarbosaIsabella CintrãoJosé Miguel ToledoLaura BotossoLucas MarquesLucas Pinto FerreiraMariana CairesMatteus CortiNathalie CaroniPatrícia KondaTalita Aparecida Dias BombardeThainá ZanfolinThais ModestoWilliam OrimaYuri FerreiraFAAC - Unesp BauruDepartamento de Comunicação SocialEndereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa - Bauru/SP

Tiragem: 1000 exemplaresImpressão: Full Graphics

Distribuição Gratuita

A nova edição do Voz do Nicéia de-morou, mas chegou cheia de novidades! Além do jornal impresso, o nosso blog também está de cara nova e muito mais acessível pelas redes sociais. Acesse: www.vozdoniceia.wordpress.com

Nesta edição, você fica sabendo os motivos da mudança do ponto de ôni-bus e sobre a Lei do Silêncio. Também fomos atrás para saber: porque só me-tade da rua 6 tem iluminação e porque o caminhão de lixo não percorre toda a rua. Você vai conhecer o seu Oswaldo e conferir o Trote Solidário.

Esta nova edição não seria possível sem a colaboração de sempre dos mo-radores e a contribuição de Ana Navar-rete, que foi a maior responsável pelo retorno do jornal ao bairro há quatro anos. E foi ela, já formada, quem pagou a impressão este mês! Agradecemos a todos e reafirmamos o nosso compro-misso de informar o Jardim Nicéia so-bre os assuntos que realmente interes-sam aos moradores!

Boa leitura!Equipe Voz do Nicéia

Editorial

Unip / Makro Horário de saída do CENTRO - Dia útil05h35 05h50 06h14 06h48 07h16 08h10 08h48 09h23 10h07 10h42 11h27 12h05 12h51 13h29 14h10 14h23 14h49 15h32 16h04 16h46 17h22 18h05 18h15 18h42 18h50 19h18 19h50 20h20 21h23 22h35

Sábado05h45 06h10 06h28 06h59 07h33 08h05 08h38 09h13 09h46 10h22 10h57 11h38 12h19 12h49 13h29 14h03 14h20 15h17 16h31 17h45 19h00 20h11 21h21 22h30 Domingo/Feriado06h20 07h24 08h32 09h40 10h48 11h56 13h04 14h12 15h20 16h28 17h36 18h44 19h52 21h00 22h08

Câmpus /CTI: Horários saída do Campus - CTI - Dia útil06h20 06h40 07h20 07h40 08h20 08h40 09h02 09h39 10h00 10h30 11h00 11h20 12h16 12h36 12h56 13h16 13h33 13h56 14h26 14h56 15h26 16h20 16h26 17h16 17h36 18h00 18h22 18h36 18h56 19h36 20h00 20h36 21h00 21h26 22h00 22h27 23h05

Sábado06h25 07h17 07h45 08h10 08h35 09h30 10h20 11h15 12h32 13h00 13h25 14h17 15h10 16h02 18h40 19h33 20h25 21h18 23h03

Horário de ônibus

Fale com a gente!Departamento de Comunicação

Social da Unesp3103-60633103-6066

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AmArIlDo lImA Toldos e Coberturas

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Setembro de 2014 3

Amanda Moura Gustavo GuimarãesGiovana Romania Lucas Pinto FerreiraTalita Aparecida Dias Bombarde

As pessoas que moram em uma parte da Rua 6 do Jardim Nicéia têm sofrido com a falta de luz dentro e fora de suas casas. Sem iluminação pública eficien-te, metade da rua fica to-talmente escura durante a noite e isso dificulta a vida dos moradores de várias maneiras. As crianças, por exemplo, não podem sair para brincar, e quem preci-sa andar durante a noite se sente inseguro.

Outra dificuldade des-tacada é o cumprimento parcial de uma promessa da Prefeitura, que disse que todas as casas da rua teriam postes instalados corretamente e energia elétrica de qualidade. O processo começou, mas só alcançou metade da rua e parte das casas não recebe energia.

Camila Barros mora no início da Rua 6 e a energia elétrica de sua casa vem do poste da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), instalado há mais de um ano. Mas ela conta que a Prefeitura Munici-pal fez outras promessas e uma delas foi que a ilumi-nação pública na rua seria colocada se os moradores fizessem um abaixo assina-do. Ela diz que, a cada re-clamação, um novo prazo de 15 dias é dado e, assim, já se foram meses. Para não ter a frente da casa no es-curo, cada pessoa puxa um "bico de luz" de onde mora.

Há cerca de 15 dias, a iluminação pública come-çou a melhorar para me-tade da rua. Os postes que já tinham sido colocados de um dos lados do trecho receberam “braços” com

lâmpadas novas, mas três queimaram em menos de uma semana e não foram substituídas.

Maria Madalena das Dores Pereira mora na segunda metade da mes-ma rua, onde os postes da CPFL não chegaram. "Por enquanto a CPFL não veio falar nada para nós. Nós reclamamos porque deram poste para lá e não deram aqui", fala a moradora. Se-gundo ela, essa conversa já foi feita há mais de um ano, mas até agora nada foi resolvido.

Com essa situação, os moradores se sentem es-quecidos. A falta de luz atrapalha a todos, princi-palmente crianças e idosos. Além disso, um buraco aberto na rua deixa ainda mais perigoso andar por lá na escuridão. O morador Francisco Demetrius Zaha também se mostra insatis-feito com a atitude das au-toridades. "É uma palhaça-da, o poste veio só até ali e, queira ou não queira, eles (Prefeitura) vão cobrar de volta, nada sai de graça", desabafa Zaha.

Questionada sobre as alegações dos moradores, a CPFL diz, em nota à im-prensa, que "a responsa-bilidade pela instalação, expansão e melhorias de rede de iluminação públi-

ca é das prefeituras mu-nicipais". Assim, a CPFL explica que trabalha em parceria com as decisões das prefeituras. "Cabe ao Poder Público a definição dos critérios para atendi-mento aos pedidos de ins-talação de iluminação pú-blica, bem como expansão do sistema", explica a nota.

A Secretaria de Obras é o órgão municipal que faz os pedidos de coloca-ção dos postes. No setor de obras, existe a Divisão de Iluminação e o diretor dela, Evandro da Silva Pin-to, garante que o problema só não foi resolvido por causa da situação da rua. "Se a área não estiver regu-lar, a CPFL não entra com os postes, a rua precisa es-tar aberta e o loteamento ser regular", afirma ele. A Secretaria não soube infor-mar o porquê de só metade das casas terem recebido iluminação.

Os pronunciamentos mantêm o impasse da situ-ação e os moradores dessa região do Jardim Nicéia continuam em prejuízo. O setor responsável pelos re-gistros de regularização é a Secretaria de Planejamento (Seplan) e o telefone é (14) 3235-1132. Já a CPFL tem um número gratuito para contato e reclamações indi-cado no quadro abaixo.

Rua 6 vive problemas com falta de iluminaçãoPostes prometidos pela Prefeitura e CPFL ainda não foram todos instalados

Em uma mesma área da rua, é possível ver a diferença entre os postes de distribuição de energia dos dois lados.

Am

anda Moura/Voz do N

icéia

"Solicitações de substituição de lâmpadas apagadas podem ser feitas pelos canais de relacionamento da empresa, como o site www.cpfl.com.br, pelo e-mail [email protected] e pelo telefone gratuito 08000101010, que funciona ininterruptamente." - CPFL, nota à imprensa

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Quem mora na rua 6 sente a falta de uma coleta de lixo adequada, já que os coletores não a percorrem por completo. O lixo acaba se acumulando em gran-des buracos localizados na rua e, para diminuir o pro-blema, a solução encontra-da pelos os moradores tem sido queimar ou até enter-rar o que não é recolhido.

Os moradores fizeram um acordo entre eles para depositar o lixo em uma li-xeira que fica na metade da rua 6, lugar até onde o ca-minhão da Emdurb chega, mas volta para descer as outras ruas. O morador Be-nedito Alves Pereira, que mora no final dessa rua, explica: “se o caminhão chegasse até aqui, a gente

colocava mais uma lixeira e o pessoal juntava o lixo aqui”, propondo uma so-lução.

Xeila Cristina Ramos também está insatisfeita com a situação e enfrenta outro problema. Há três anos, ela convive com um buraco aberto pela prefei-tura ao lado de sua casa. O buraco fazia parte de uma de rede de tubulação que não foi concluída, segundo a moradora. “A gente joga lixo pra ver se dá uma ta-pada”, conta Xeila.

O responsável pela co-leta de lixo, Antônio Neto, afirma que na sexta-feira, 9 de maio, a Emdurb visto-riou o local. “Ela tem con-dições para o caminhão entrar”, observa Antônio, mas a rua ainda precisa de melhorias. “Se passasse uma máquina a rua ficaria mais plana e teria também que jogar cascalho, porque só a terraplanagem não é

o suficiente em época de chuva”, explica. Segundo os moradores, só na terça feira, 13 de maio, o cami-nhão da Emdurb passou por toda a rua.

O lixo espalhado pode trazer diversos problemas para os moradores, pois pode atrair bichos, provo-car doenças e um cheiro desagradável que pode se espalhar pelo bairro. Além disso, o lixo pode entupir bueiros e provocar enchen-tes em época de muita chu-va, por isso a importância da coleta.

Lixo acumulado na rua e buracos. O lixo acumu-lado que permanece por determinado tempo em algum local, como nos bu-racos da Rua 6 no Nicéia, passa a ser decomposto por bactérias e produz o chorume, que é dez vezes mais poluente do que o es-goto.

Queima de lixo. Quei-mar lixo para diminuir seu volume, evitar uma aparência desagradável e impedir a proliferação de transmissores de doenças é errado. A queima de qual-quer material libera gran-des quantidades de gases tóxicos, e prejudica o meio--ambiente, além disso, a queima é perigosa, pois pode causar incêndios.

Lixo nos bueiros. Des-cartar lixo em bueiros pode trazer problemas também, pois, quando chove, a água não tem para onde escorrer e pode provocar um alaga-mento nas ruas do bairro. O excesso de água for-ma muita lama, deixando complicada a circulação de carros e pedestres.

Baseado em informações do site Reciclando o Planeta: www.reciclandooplaneta.

webnode.com.br

Coleta irregular de lixo prejudica moradoresCaminhão continua atendendo só metade das casas da Rua 6

Acúmulo de lixo em bueiros causa proliferação de ratos e baratas

Alternativa encontrada pelos moradores da rua 6 foi queimar o lixo acumulado

Nathalie C

aroni/Voz do Nicéia

Nathalie C

aroni/Voz do Nicéia

Flávia SimãoGiovana AmorimIhanna Barbosa Nathalie Caroni Yuri Ferreira

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Emdurb afirma que antigo ponto era inseguro e dificultava manobras

Giovanna H

espanhol/Voz do Nicéia

Cada ônibus tem um aparelho que registra as ruas em que o motorista passou e, por isso, nenhum ponto pode ficar de fora

Pegar ônibus no Jardim Nicéia não tem sido fácil. O ponto, que antes era na rua da creche, agora se lo-caliza há duas quadras da Rodovia Marechal Ron-don. Enquanto o ponto de um lado da rua apresenta cobertura e assento, do ou-tro há apenas uma estaca de madeira.

Muitos moradores não sabem os motivos da mu-dança do ponto. Para Er-nesto Lene da Silva, pes-soas com problemas físicos têm maior dificuldade para chegar ao local. “O ônibus podia circular aqui, dar a volta na praça e voltar”, su-gere. Segundo Nete Olivei-ra, cozinheira da creche, as complicações são diversas. Ela observa que o ponto é longe e que, às vezes, os

moradores têm que correr para pegar o ônibus. Por outro lado, Nete acredita que o ponto na frente da creche era perigoso para as crianças.

João Felipe Lança, ar-quiteto e gerente de trans-porte coletivo da Emdurb, afirma que a mudança foi decorrente de um acordo com os moradores. Segun-do ele, a alteração ocorreu devido a uma manobra que o ônibus precisava fa-zer para completar seu tra-jeto, na rua onde ficava o ponto. “[O ônibus] parava no ponto, entrava de fren-te, na [rua da] creche, vol-tava de ré e manobrava pra subir de novo na mesma rua”, explica Lança.

Ainda de acordo com o arquiteto, a distância entre

o antigo ponto e o atual é de poucos metros. “Todo mundo concordou que é um risco desnecessário, comparado à necessida-de de andar 200 metros a mais”, comenta Lança. En-tretanto, Joana Miguel da Silva, ex-líder da Associa-ção de Moradores do Bair-ro afirma que não houve esse acordo.

Segundo Joana, quan-do ela foi procurada pelos representes da Emdurb, a mudança do local do pon-to já havia ocorrido.

Joana afirma ainda que havia feito um protoco-lo pedindo a mudança do ponto para outro local: “eu pedi para que o ônibus fos-se prolongado até a praça, porque já iria abranger o bairro inteiro”. De acordo com Lança, a largura das ruas não permite que os ônibus circulem no bairro. Além disso, há cruzamen-tos em que as casas são deslocadas. Desse modo, durante o percurso do ôni-bus, o motorista poderia perder o controle e bater.

Além da distância entre o ponto e as outras áreas do bairro, a falta de opções das linhas que circulam nas proximidades também é um problema. O “Unip/Makro – Centro” é o único que passa na região do Jar-dim Nicéia. Para chegar ao posto de saúde, por exem-plo, os moradores preci-sam pegar mais de uma li-nha, caso o trajeto seja feito somente de ônibus. Clau-direne Ribeiro de Souza

cita a rodoviária como um dos locais aos quais os mo-radores têm dificuldade para chegar.

A linha que passa pelo bairro é administrada pela empresa “Grande Bauru”. O coordenador do cen-tro de operações, Rinaldo Polo Bonicontro, afirma que a empresa não interfe-re nas mudanças dos pon-tos, apenas executa o que a Emdurb e a Ordem de Serviço e Operação (OSO) estabelece.

Joana comenta que, du-rante a conversa com os funcionários da Emdurb, um deles afirmou que exis-te um projeto de linha que englobaria o Jardim Ni-ceia, mas que depende do asfaltamento da rua 1. “A linha sairia da Unesp, pas-saria pelo bairro e iria até a avenida Nossa Senhora de Fátima”, comenta. Se-gundo João Felipe Lança, a Emdurb está estudando esse projeto. “Foi notado nas pesquisas que existe essa demanda hoje: toda a região do Geisel, do hos-pital, da Unesp, indo até a zona sul da cidade”, expli-ca. No entanto, ele diz que, para esse projeto concreti-zar-se, a empresa precisa da Secretaria de Obras do Município. “A gente está esperando a Secretaria de Obras pavimentar a rua lateral (do quadrado do Nicéia), que faz um ‘L’. Então, o ônibus pegaria o atalho da Unesp, faria esse ‘L’ e sairia na marginal”, completa o arquiteto.

Arthur FinatiGiovanna HespanholGuilherme SetteLaura BotossoMatteus Corti

Mudança do ponto de ônibus não foi aprovada pela maioria

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Lei do Silêncio

Ariela SoaresBeatriz KurokiPatrícia KondaWilliam Orima

Ouvir música em volu-me alto pode ser uma di-versão para uns, mas pode causar uma grande dor de cabeça para outros. O Voz do Nicéia consultou o Co-ordenador da Comissão de Assuntos Comunitários da OAB em Bauru, Dr. Fá-bio Augusto Simonetti, e a Secretaria de Planejamen-to para saber mais sobre o que se pode fazer sobre problemas com barulho.

Quais são os direitos e de-veres do cidadão com re-lação ao som alto?

O cidadão que não res-peita as regras do som alto durante a noite pode ser multado e até ter seu equi-pamento de som apreendi-do. A multa ou apreensão pode ser feita pela fiscali-zação da Prefeitura ou até da Polícia.

Qual é o horário permiti-do para o som alto?

O som alto é liberado a partir das seis da manhã até às dez horas da noite, depois é preciso manei-rar. Mas, caso o som esteja muito alto mesmo durante o horário permitido, o ci-dadão também pode pedir pela fiscalização. Isso por-que o som muito alto pode fazer mal à saúde.

Existe alguma diferença nessa lei para espaços pú-blicos e privados?

A Lei do Silêncio vale para todos os espaços. A diferença é que locais pri-vados, como casas notur-nas ou templos religiosos, precisam de um atestado de que o som que produ-zem não afeta ninguém. Ou seja, esses locais podem ter som alto depois das 22h, desde que seus isolamen-tos acústicos garantam que o som não se espalhe.

o que o cidadão deve fa-zer quando se sentir inco-modado pelo barulho?

O cidadão pode contatar a Polícia Militar telefonan-do para o 190 ou indo até

Tira Dúvidas

No dia 30 de maio, per-to das duas horas, as equi-pes da Jornal Júnior e do Voz do Nicéia distribuíram 42 litros de leite a famílias com crianças do Jardim Nicéia. O trote solidário foi organizado pela pró-pria Jornal Júnior, empre-sa júnior de Jornalismo da FAAC/Unesp, e teve como objetivo a arrecadação de leite entre os estudantes da Universidade para doação.

Essa iniciativa começou no início do ano, com a che-gada dos estudantes e das tradicionais brincadeiras

que acompanham os ca-louros. Já há algum tempo, os estudantes da Unesp re-solveram unir a integração dos novatos com algo que possa beneficiar a socieda-de. E neste ano, o trote foi arrecadar caixas de leite que seriam doadas no Jar-dim Nicéia e no Ferradura Mirim.

Tamiris Volcean, Su-pervisora Comercial e de Marketing na Jornal Júnior, conta que o Trote Solidário é feito todos os anos, mas antes não beneficiava co-munidades fora da Unesp. “O Voz do Nicéia e o Jornal do Ferradura eram os mais conhecidos no câmpus,

Trote solidário atende várias famílias do bairroA empresa júnior de Jornalismo da FAAC arrecadou leite para doação

Caroline BragaDaniela Arcanjo

pela importância desses jornais, por isso decidimos firmar parceria e encami-nhar as doações para esses bairros”, explica Tamiris.

Segundo ela, a experi-ência foi enriquecedora: os alunos tiveram que de-senvolver estratégias de divulgação mais intensas e procurar novos parceiros quando acharam que não conseguiriam a quantida-de suficiente.

A estudante conta que se pretendia arrecadar, no mínimo, 60 litros de leite, mas a meta foi ultrapas-sada, atingindo 94 litros. Pontos de coleta foram estabelecidos em toda a

Unesp para facilitar as do-ações dos alunos.

O que vem por aí. Com o sucesso da coleta de leite deste ano, a Jornal Júnior já garante novos projetos sociais para tentar ajudar ainda mais. A demanda parte de diversos lugares e, por isso, a prioridade é sempre o atendimento do maior número de bairros e instituições. Para conseguir mais doações nas próximas ações, Tamiris acha neces-sário modificar a forma de abordagem e divulgação: “acho que a campanha nos mostrou o quanto é difícil reunir forças para doações”.

qualquer Base Comunitá-ria. Ele também pode pro-curar o setor da Secretária de Planejamento no Pou-patempo de Bauru, onde receberá um protocolo e o problema será investigado.

o que a Polícia militar pode fazer quando há ocorrências desse tipo?

A polícia identifica o re-clamante e o autor da per-tubação e conduz os dois à Central de Polícia Judiciá-ria, para registrar um Bo-letim de Ocorrência. Caso a pessoa que fez a recla-mação não se identifique, a Polícia Militar só poderá fazer a orientação para que o volume do som seja abai-xado.

Page 7: Voz do Nicéia 23ª edição

Setembro de 2014 7

Mariana CairesThainá ZanfolinThais Modesto

José Miguel Toledo

Lei do Silêncio "O que você mais gosta no seu trabalho?"

Há muito tempo, o Jardim Nicéia já é visto como um bairro de trabalhadores. Empresas e residências da região se be-neficiam com o trabalho dos profissionais da comunidade e, por isso, o bairro vem recebendo benfeitorias, na medida do possível, conforme os moradores fazem as suas reivindicações ao poder público. É sempre bom saber o que as pessoas fazem, pois só assim reconhecemos o valor do seu trabalho e o seu próprio valor na sociedade. Como homenagem, o Voz do Nicéia conversou com os moradores para saber um pouco sobre a profissão de cada um.

“Hoje trabalho como pedreiro, mas comecei trabalhando como operador de máquina, isso até 1992. É bom estar numa empresa, igual eu fazia quan-do era operador de máquina, mas ser autônomo é bom porque posso fazer meu próprio horário quando dá. Mas, se precisasse, trabalharia para empre-sas de novo sem problemas.”Adalton Cândido, 51 anos

“Trabalho com funilaria e pintura de carros há 18 anos e estou aqui no bair-ro há sete. Gosto muito do que faço. Penso em mon-tar em um lugar maior e mais movimentado mais pra frente, porque se-ria melhor. Mas, por en-quanto, são só vontades. Esperamos também que o bairro melhore e que saiam as escrituras.” Valter marques (Neno) 40 anos

“No momento, estou desempregado. Já tra-balhei na firma do meu pai e faço bicos de entregador de mercadorias. Mexo também com a par-te de elétrica. Gosto bastante das coisas que faço, mas estou procurando emprego em todas as áreas agora.” Alexandre dos rios de oliveira, 26 anos

“Trabalho compropaganda e faço cobertu-ras. Trabalhei

em algumas empresas de comunicação visual e, como era serralheiro, comecei a fazer toldos, coberturas e banners. Antes fazia portões, mas trabalhar com coberturas é melhor, pois não preci-sa de tanto espaço. Gos-to do que faço, pretendo ampliar meus negócios e explorar mais essa área.” lima, 31 anos

“Eu sou o dono do Bar do Carlinho. Trabalho no esta-belecimento há 18 anos. Se eu gosto do trabalho? Gosto, preciso gostar, né? Daqui há alguns anos, eu pretendo me aposentar e, mesmo assim, continuar trabalhando.” José Carlos da Silva, 53 anos

“Sou pedreiro faz 16 anos e gos-to muito do que faço. Também gosto da parte de rede elétrica e queria fazer algum curso de eletricista mais pra frente. Acho que o curso ajudaria muito na minha vida e no meu trabalho.” Valmir Alves Pereira, 38 anos

“Eu trabalho no Bar do Carlinho e

sou dona de casa. Trabalho muito dentro de casa: co-zinho, cuido dos meus fi-

lhos, lavo e passo roupas. Futuramente, eu pretendo arrumar o estabelecimento, reduzir alguns espaços.” leonéia Pompeu, 37 anos

“Vendo roupas, produ-tos da Avon e outras mercadorias na minha casa há 10 anos. Já tra-balhei como empregada doméstica, mas parei de trabalhar por pro-blemas de saúde. Gosto muito do meu trabalho, porque posso fazer meu próprio horário, aque-le que for melhor pra mim.” roseli (rose), 43 anos

“Sou motorista de ônibus. Na verdade, eu estou afas-tado do trabalho há alguns dias, porque o diabetes prejudicou a minha vista. Faz 16 anos que sou mo-torista de coletivos da Emdurb e trabalhava na linha Interbairros. É difícil agradar todo mundo, mas gosto muito do meu trabalho e quero voltar o quanto an-tes.” José Ferreira, 53 anos

Moema Novais/Voz do Nicéia

Moema Novais/Voz do Nicéia

Moema Novais/Voz do Nicéia

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PerfilB

árbara Paro Giovani/Voz do N

icéia

Bárbara Paro GiovaniCatherine PaixãoIsabella CintrãoLucas Marques

Oswaldo Ribeiro da Silva

“Ele é o vigia do bairro”, brinca a fi-lha Laís ao comentar sobre o pai, Oswaldo Ribeiro da Silva. Ele recebeu esse apelido porque vive andando pelo bairro e passa o dia observando as pessoas, sentado do lado de fora de sua casa. Cheio de histó-rias, ele compartilha algumas com os lei-tores do Voz do Ni-céia.

Oswald nasceu em Marília, onde morou por 33 anos. Casado há 25 anos com Elza Pereira e com quatro filhos, ele conta alegremente que “juntou os tra-pos” com a esposa. Mora no bairro do Nicéia há 21 anos, junto com sua mu-lher, sua filha Laís e sua neta, chamada Dulce Maria. A me-nina não desgrudou do avô e da mãe du-rante a entrevista.

Seu Oswaldo conta que já trabalhou como servente de pedreiro, mas há algum tempo trabalhava como jardineiro do IPMET, com carteira de trabalho regis-trada. Em março do ano passado, o jardineiro so-freu um acidente que mu-dou sua vida e a de sua fa-mília.

A grande mudança da vida de Oswaldo começou quando, ainda no trabalho, recebeu uma ligação de sua

filha. Dulce Maria, a neta de Oswaldo, tem um ano e três meses e sofre com uma bronquite. Naquele dia, Laís ligou avisando que sua neta estava com pneu-monia e havia sofrido uma parada respiratória. A no-tícia chocante, combinada com a pressão alta do avô, ocasionou um desmaio. Ele foi encaminhado para o posto de saúde, onde foi medicado e recebeu alta. Ao saber do ocorrido, sua

filha Laís foi procurá-lo e o encontrou vagando pela cidade. Após voltar para casa, na madrugada do dia da ligação, Oswaldo sofreu um AVC (Acidente Vascu-lar Cerebral).

Os primeiros meses após o AVC não foram fá-ceis. Sem os movimentos do lado direito de seu cor-po, Oswaldo tinha que se arrastar pelo chão para se locomover, e tinha muita dificuldade ao tentar falar.

Hoje, Oswaldo enfrenta dois pro-blemas principais. O primeiro é sua apo-sentadoria, já que não tem mais condi-ções de trabalhar e está afastado de seu emprego. O segun-do é o encerramen-to, pelo menos até o momento, das ses-sões de fisioterapia, que deram lugar ao acompanhamento de apenas uma psicólo-ga. Esse tipo de trata-mento não deixa de ser importante, mas Oswaldo ainda tem muito a melhorar para conseguir con-versar e andar sem problemas.

Por morar há 21 anos no Nicéia, Oswaldo já viu várias mudanças acontece-rem no bairro. Por causa do “areião” das ruas não asfal-tadas, a cadeira de rodas de Oswaldo não consegue se mo-

vimentar e isso ocasionou a quebra da estrutura das rodas, o que impossibilita seu uso. “Com cadeira ele ia até o SORRI, o IMPET e um dia até voltou do Con-fiança com pão e morta-dela”, comenta orgulhosa-mente a filha.

Seu Oswaldo conta que já melhorou muito e co-menta que deseja fazer muitas coisas ainda, como voltar a trabalhar, algo que gostava tanto de fazer.