voz do nicéia

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano III Edição nº6 Maio de 2011 Ainda nesta edição: homossexualidade é o tema do Fala Morador (p.7) Ponto de ônibus é inadequado A única linha que atende o bairro não tem si- nalização nem ponto coberto. Em período de chuva, moradores precisam subir até a ga- ragem da empresa para pegar o ônibus (p.6) Ação Cidadania no Nicéia O evento comunitário foi organizado pela Secre- taria de Administrações Regionais em parceria com Faculdade Anhanguera e trouxe para o bair- ro serviços jurídicos, sociais e recreação (p.3) João Paulo Monteiro/Voz do Nicéia Galerias pluviais continuam inacabadas (p.4) Nicéia João Paulo Monteiro/Voz do Nicéia Giovani Vieira/Voz do Nicéia

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Jornal comunitário Voz do Nicéia Abril/Maio 2011

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Page 1: Voz do Nicéia

Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano III Edição nº6 Maio de 2011

Ainda nesta edição: homossexualidade é o tema do Fala Morador (p.7)

Ponto de ônibusé inadequado

A única linha que atende o bairro não tem si-nalização nem ponto coberto. Em período de chuva, moradores precisam subir até a ga-ragem da empresa para pegar o ônibus (p.6)

Ação Cidadaniano Nicéia

O evento comunitário foi organizado pela Secre-taria de Administrações Regionais em parceria com Faculdade Anhanguera e trouxe para o bair-ro serviços jurídicos, sociais e recreação (p.3)

João Paulo Monteiro/Voz do N

icéia

Galerias pluviaiscontinuam inacabadas (p.4)

NicéiaJoão Paulo M

onteiro/Voz do Nicéia

Giovani V

ieira/Voz do Nicéia

Page 2: Voz do Nicéia

Voz do Nicéia2 Abr/Mai 2011

Voz do NicéiaJornal comunitário bimestral

do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP

Projeto de Extensão universitária

ExpediçãoJornalista responsávelÂngelo Sottovia AranhaMTB-12870

ReportagemAdriana SalgadoAline RamosBeatriz HagaCínthia QuadradoCarolina SeikoGiovani VieiraHenrique GasparinoJéssica FrabettiJoão Paulo MonteiroLetícia MendonçaThais PerregilVitor MouraVitor Soares

EdiçãoAna NavarreteJuliana Santos Luciana Arraes

FotografiaLetícia Mendonça João Paulo MonteiroBeatriz Haga

Edição de ArteJoão Paulo MonteiroLuis Fernando de Araujo

DiagramaçãoJoão Paulo Monteiro

Edição GeralAngelo Sottovia Aranha

Coordenação do projetoAna Navarrete

FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social

Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa - Bauru/SPCEP: 17033-360Telefone: 3103-6063E-mail para contato: [email protected]

Tiragem: 1000 exemplaresImpresão: Fullgraphics

Distribuição Gratuita

Válter Marques - Serviço de carreto Rua 2, 2-45Tel: 3203-1743(somente nos finais de semana)

Amarildo Lima Serralheria e Comunicação visualRua 2Tel: 9758-0850 ou 9710-1198

An

ún

cio

s

Viviane da Silva Vendedora de TrufasRua 3, 1-85aceita encomendas

Maria Cristina de Oliveira Compotas de doces Rua 2, 52Tel: 9795-3422

Paulo Henrique e Claudinei Stomi - BicicletariaRua Sério Arcanjo, 52Tel: 9141-7335

Terezinha RefeiçõesTel: 3203-79776Frango Assado todo final de semana(Não servimos no local nem fazemos entrega; Cardápio variado a cada semana)

Editorial

A última edição lançada do jornal “Voz do Nicéia” desejava um ótimo 2010 à co-munidade. Infelizmente, 2010 se passou e o jornal não pode dar sua contribuição aos moradores do bairro. Agora, em 2011, voltamos com a equipe nova e cheios de ânimo. Porém, com o mesmo objetivo: continuar sendo mais uma das vozes que chamam por melhorias ao Jardim Nicéia. A nossa intenção é tornar os problemas e necessidades do bairro visíveis, não só aos moradores, mas àqueles que são responsáveis por alguma mu-dança. E tentar trazer respostas e melhorias para a comunidade. Para que essas reivin-dicações possam ser ouvidas, é necessário também que toda a comunidade acompanhe mais as questões expostas, tenha uma ação mais concreta frente à Prefeitura e participe das ações oferecidas por ela. Nesta retomada, o Voz do Nicéia traz assuntos que já são velhos conhecidos dos moradores. Explicações sobre o problema das galerias de águas pluviais, a falta de um ponto de ônibus e o evento social acontecido na casa da D. Tere-zinha podem ser encontradas nesta edição. Esperamos que esse clima de retorno possa trazer muitas esperanças, mas sem nos deixar esquecer da importância de manter a par-ticipação nas cobranças dos direitos básicos desta comunidade.

Equipe Voz do NicéiaHorário de ônibusUNIP/MAKRO – Horário de saída de Unip/MakroDia útil

06:12 06:48 07:29 08:11 08:45 09:27 10:02 10:46 11:23 12:09 12:47 13:33 14:10 14:55 15:29 16:11 16:41 17:25 17:58 18:41 19:16 19:48 20:20 20:50 22:03 22:30 23:05

Sábado05:56 06:20 06:59 07:30 08:04 08:39 09:12 09:48 10:21 11:02 11:42 12:15 12:52 13:26 14:06 14:40 15:54 17:08 18:22 19:36 20:46 21:56 23:06

Domingo/Feriado06:50 07:58 09:06 10:14 11:22 12:30 13:38 14:4615:54 17:02 18:10 19:18 20:26 21:34

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Voz do Nicéia Abr/Mai 2011 3

Evento comunitário agita sábado no NicéiaPoder público e iniciativa privada se unem para prestar serviços aos moradores

Beatriz HagaVitor Moura

No sábado, dia 30 de abril, o Jardim Nicéia recebeu o pro-jeto Ação Cidadania, em um

evento que contou com ser-viços voltados à comunidade. Na falta de uma sede oficial, a moradora Dona Terezinha re-cebeu em sua casa os vizinhos. “Eles me procuraram no bairro e eu resolvi ceder minha casa para colaborar com a prefeitu-ra e com a comunidade”, conta Terezinha.

A iniciativa é uma parce-ria da Secretaria das Adminis-trações Regio-nais (SEAR) e da Faculdade Anhanguera . O secretário da SEAR, Ricardo Oliveira, explica como é o pro-jeto: “o Ação Cidadania é um projeto que reúne parceiros tanto do poder público muni-cipal, quanto estadual e federal, e também da iniciativa privada, para que sejam levados serviços gratuitos à população”.

Entre os serviços disponí-

veis estavam emissão de cartei-ra profissional pelo Ministério do Trabalho, orientação do INSS sobre benefícios previ-denciários e conscientização sobre os cuidados com a den-gue pela Secretaria da Saúde. Já a Secretaria do Meio Ambien-te, distribuiu mudas de plantas aos moradores. “Na medida em que você traz esses serviços

onde as pes-soas residem, você facilita o acesso delas a isso”, completa Ricardo.

Alunos vo-luntários da

Anhanguera, de diversas áre-as, também colaboraram no evento, realizando ações como exames básicos de saúde, orien-tação jurídica e fisioterapia. Os estudantes de Psicologia e de Educação Física cuidaram da recreação das crianças com ro-das de ciranda e jogos. “Num

primeiro momento a comuni-dade fica meio receosa com a presença de pessoas estranhas, mas depois de uma hora de evento começa a perceber que é interessante, que está sendo feito algo de bom no bairro”, explica o coordenador de cur-so da Anhanguera, João Alfre-do Carrara. Ele conta também que o evento correu de forma tranqüila e teve grande partici-pação dos moradores.

O Instituto Embelleze cola-borou com a mudança do vi-sual, cooperou com cortes de cabelo e dicas de maquiagem. “O que muita gente considera uma coisa pequena, como um corte de cabelo, para algumas famílias pode ser uma coisa grande”, destaca a presidente da Associação dos Moradores do Nicéia, Joana da Silva.

“Na medida em que você traz es-ses serviços onde

as pessoas residem, você facilita o aces-

so delas a isso”

Quintal da casa de Dona Terezinha serviu de sede para o projeto Ação Cidadania

SEMMA distribuiu mudas de plantas Embelleze ofereceu cortes gratuitos

Beatriz H

aga/Voz do Nicéia

Bea

triz

Hag

a/Vo

z do

Nic

éia

Beatriz H

aga/Voz do Nicéia

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Voz do Nicéia4 Abr/Mai 2011

Obras continuam paradasMesmo após período das chuvas, obras não tem prazo para recomeçar

João Paulo Monteiro

É unânime que a maior di-ficuldade enfrentada pelos mo-radores do Jardim Nicéia, entre tantos outros problemas, é a obra das galerias de águas plu-viais. “É o principal problema do bairro”, afirma Joana Miguel da Silva, líder comunitária.

As obras, paradas desde de-zembro do ano passado, ainda não têm prazo para serem re-tomadas. Com uma estrutura precária, o esgoto da rede do DAE acabou invadindo as gale-rias de águas pluviais, causando mau cheiro; “o cheiro perto das

bocas-de-lobo é horrível”, ga-rante Joana.

O DAE, através de sua as-sessoria de imprensa, afirmou que a divisão técnica da em-presa foi ao local checar pelas irregularidades e não encontrou os problemas reclamados pelos moradores do bairro. Segundo a assessoria de imprensa, assen-tamentos irregulares de uma empresa particular, na quadra 16, rua Padre Francisco Van der Maas, foram diagnostica-dos, mas isso já está fora da área de atuação do DAE; “hoje, não tem nada em aberto para que o DAE resolva. Não foi encontra-

do nenhum problema além de manutenções corriqueiras”, in-forma o DAE.

As maiores críticas, po-rém, são destinadas à Secre-taria de Obras; “não adianta nada começar uma obra que depois fica parada, só para politicamente dizer que estão fazendo alguma coisa. Não adianta nada”, reclama a líder comunitária Joana. A Secre-taria de Obras de Bauru, por meio de sua assessoria de im-prensa, afirmou que as obras não foram retomadas devido à ocupação irregular de uma área destinada à construção

da rede de tubos, entre as Ruas 4 e 5, cuja localização é exatamente o caminho natural das águas, no pon-to mais baixo do terreno; “acordos estão sendo feitos entre a Secretaria de Plane-jamento, a líderança da co-munidade e o ocupante da área, quando o terreno for desocupado, a execução da obra será retomada”.

O secretário de Adminis-trações Regionais, Ricardo Oliveira, esteve no Jardim Nicéia, verificou o problema e garantiu empenho para a melhoria da estrutura do

Esgoto a céu aberto exala mau cheiro e traz riscos de doenças para a população

Letícia Mendonça/Voz do N

icéia

Page 5: Voz do Nicéia

Voz do Nicéia Abr/Mai 2011 5bairro; “vou manter contato com a Secretaria de Obras e, trabalhando juntos, va-mos dar continuidade a essas obras”. O secretário está cien-te do problema e da dificul-dade da Secretaria de Obras: muitas obras foram iniciadas em diferentes pontos da cida-de e agora várias delas estão paradas. Por essa razão, as reclamações, não só de mo-radores do Jardim Nicéia, são frequentes. “É função da SEAR proporcionar um re-lacionamento mais próximo entre lideranças comunitárias e os órgãos da prefeitura”, ex-plica Ricardo Oliveira.

O que aconteceu

No terceiro trimestre do ano passado, foram iniciadas no Jar-dim Nicéia obras para instala-ção de galerias de drenagem de águas pluviais. Porém, durante o período de chuvas, o trabalho foi interrompido e até agora não foi retomado. A Secretaria de Obras afirma que uma área destinada às obras foi ocupada de forma irregular e, com isso, não pode concluir a galeria.

Outros problemas

Com as obras paradas, o acumulo de água é inevitável. Com isso, o medo de doen-ças causadas por água parada, como a dengue, aflige o bairro. Moradores do Jardim Nicéia reclamam da prefeitura, já que os agentes de saúde passam nas casas, cobram dos moradores o combate a possíveis focos do mosquito da dengue, mas não tomam uma atitude quanto ao acúmulo de água nas obras. “A Baurutrans joga água direto na galeria e ela fica acumulada nas obras paradas”, afirma Joana Miguel. A empresa de ônibus, porém, por meio de sua asses-soria de imprensa, afirmou que o destino da água depois que sai da empresa é responsabilidade do Poder Público, a quem com-pete a instalação e manutenção de rede de águas pluviais; “a empresa Grande Bauru destaca que a água que deixa suas ins-talações tem padrão normal, conforme certificado pelo la-boratório credenciado Center-lab”. E completa: “a água em questão está de acordo com as normas da Secretaria Munici-

pal do Meio Ambiente, que as vistoria periodicamente. Não são utilizados produtos quími-cos no tratamento, não haven-do, portanto, nenhum risco de

contaminação. Manutenções periódicas também são realiza-das na base por onde a água sai das instalações da empresa, para retirada de pedriscos, mato ou quaisquer detritos”.

Já para o senhor Heraldo Monteiro, a preocupação é ain-da maior. O morador da Rua 4 convive com o constante medo da queda de um poste de ener-gia sobre a sua casa. Com as constantes chuvas do começo do ano, a erosão aumentou o buraco deixado pela prefeitura no local das obras paradas.Com isso, durante as chuvas, “o poste pode cair a qualquer momen-to”, avisa o morador.Com obras paradas, acúmulo de água preocupa por causa de dengue e da leishmaniose

Poste de luz ameaça cair sobre casa devido à erosão causada pelas chuvas

João Paulo Monteiro/Voz do N

icéia

João Paulo Monteiro/Voz do N

icéia

Page 6: Voz do Nicéia

Voz do Nicéia6 Abr/Mai 2011

Era uma vez um ponto de ônibus...Falta de transporte público no bairro causa transtornos à comunidade

Adriana SalgadoGiovani Vieira

Uma esquina de terra batida e nada mais. Esse é o local utili-zado pelos moradores do Jardim Nicéia para pegar o único ônibus que passa nas proximidades do bairro. Sem o transporte coleti-vo entrando no bairro, a solu-ção para quem precisa traba-lhar, faça sol ou faça chuva, é enfrentar as ruas de terra e passar pelo bairro inteiro até che-gar ao ponto, no mínimo, impro-visado na rua Valdemar F. Santos. No local não há sequer uma de-marcação de madeira indicando que ali é a rota da Linha Unip-

-Makro. Outra solução é subir uma rua

que dá acesso à Unesp e caminhar uma longa distância. Aos domin-gos e feriados acontece outro pro-blema, as linhas disponíveis que passam próximas à universidade são poucas e os horários mais es-cassos ainda, dificultando para

aqueles que pre-cisam ir a super-mercados, hos-pitais ou àqueles que buscam la-zer.

Q u a n d o chove, a situa-

ção fica ainda pior. “Aí fica aque-le lamaçal, não tem como sair na porta de casa, imagine subir até o fim do bairro para poder pegar o ônibus”, aponta a moradora Elai-ne de Castro Assunção (29). Ela

também conta que para as crian-ças, idosos e cadeirantes do bairro a dificuldade é ainda maior. Os ônibus não entram no bairro em dias de chuva, dessa forma os mo-radores precisam encarar as poças de barro e subir até a rodovia Ma-rechal Rondon e aguardar o ôni-bus na garagem da empresa.

“Por que o ônibus não pode entrar no bairro sendo que por aqui passam ambulâncias, viatu-ras da polícia, caminhões pipas e até o caminhão de lixo?”, ques-tiona o morador Ricardo Luciano Costa. Procurada pela equipe, a Empresa Municipal De Desen-volvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb) responsável pelo transporte público, informou, por meio de nota enviada pela as-sessoria, que os ônibus têm estru-tura diferenciada, não permitindo

seu tráfego pelas vielas do bairro e que não prevê, no momento, mu-dança de itinerário, uma vez que o atual já está definido.

Uma possível solução seria o prolongamento do itinerário da linha Campus até a rotatória de acesso ao bairro, mas, segundo a Emdurb, não é possível porque “a linha não apresenta tempo de viagem suficiente”.

Quanto à possibilidade de instalação de um ponto coberto no local, a Empresa não dispõe do equipamento no momento, mas informa que a solicitação será arquivada para posterior ava-liação. Questionada da ausência de marcação, a Emdurb pede a colaboração dos moradores para não arrancarem a sinalização, pois esta já tinha sido colocada anteriormente.

Na falta de um ponto de ônibus adequado, moradores usam árvore como referência e proteção contra o sol, já que, em dias de chuva, não há ônibus

Giovani V

ieira/Voz do Nicéia

“Por que o ônibus não pode entrar no bairro

sendo que por aqui pas-sam ambulâncias, viatu-ras da polícia (...) e até o

caminhão de lixo?”

Page 7: Voz do Nicéia

Voz do Nicéia Abr/Mai 2011 7

“Você é a favor ou contra a homossexualidade?”

Passeatas e manifestações contra o preconceito foram apenas o começo do processo de reconhecimento dos homosse-xuais pela sociedade. No dia 5 de maio, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável entre homossexuais por 7 votos a 2. Com essa decisão, um casal gay terá os mesmos direitos que um casal heterossexual.

“Empregadas domésticas e diaristas têm os mesmos direitos?”

Ambas as profissões se caracterizam pela prestação de serviços, mas as empregadas domés-ticas têm vínculo empregatício, diferente das diaristas. Essa diferença existe, pois as empre-gadas prestam um serviço fixo a certas residências. Já a diarista presta seus serviços em dias alternados, sem dias e horários pré-determinados, sem a relação de emprego, pois são autô-nomas. Porém, a longa relação de uma diarista numa residência dá abertura para que esta possa exigir os mesmos direitos da empregada doméstica. A obtenção deles não é garantida, pois a relação de anos não muda a natureza do trabalho. Por não terem vínculo empregatício, as diaristas não têm direitos trabalhistas, como férias e 13º salário. Para garantir direitos tra-balhistas, as empregadas domésticas precisam apresentar carteira de Trabalho e Previdência Social, comprovante de inscrição no INSS e atestado de saúde fornecido por médico.

Fonte: Eny Prestes OAB: 61.181

Quais são os principais direitos das empregas domésticas?

- Salário mínimo fixado em lei;- Salário não pode ser diminuído;- Feriados civis e religiosos;- Férias de 30 dias remuneradas;- Férias de acordo com contrato de trabalho;- Estabilidade durante gravidez;- Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário;- Auxílio-doença pago pelo INSS;- Aviso prévio de, no mínimo, 30 dias;- Aposentadoria;- Integração à Previdência Social;- Vale-Transporte;- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); - Seguro-Desemprego concedido, exclusivamente, ao empregadoIncluído no FGTS

Tira-dúvida

“Eu vivenciei isso (a ho-mossexualidade) de perto e posso dizer que não te-nho nenhum preconceito. Não tenho problema com ninguém e acho que cada um faz o que quiser da vida”

Maria Lucilene, 42 anos

João

Pau

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“Eu sou evangélico e sei que isso (homossexualida-de) desagrada a Deus. Porque Deus fez o homem semelhante à sua imagem. Então, a mulher ou o homem que desfalece de sua imagem está desagra-dando a Deus. Claro que é livre (ser homossexual), mas se desagrada a Deus, eu sou contra”

Adalton Cândido, 49 anos

João Paulo Monteiro/Voz do N

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“Eu acho normal (a homossexualidade). Também acho que o preconceito é fruto da ignorância das pessoas, porque ninguém é perfeito”

Laís Francine da Silva,17 anos

“Não tenho preconceito nenhum. Nem com gay, nem com negro, nem com ninguém. Cada um tem

seu espaço e deve viver da maneira que acha melhor”

Maria Teresinha de Abreu, 53 anos

“Quem tem problemas com isso, são os religiosos. E eu não sou religioso. Cada um deve levar a vida do jeito que quiser. Eu não tenho preconceito, outra vez recebi can-tada de homem, não gostei, mas também não xinguei”

Moacir Alexandrino, 60 anos

Henrique Gasparino

?

Aline RamosJéssica Frabetti

Page 8: Voz do Nicéia

Voz do Nicéia8 Abr/Mai 2011

Perfil

“Meu objetivo é al-cançar meu sonho, ser

jogador de futebol”

Tiago da Silva Anjo

Carolina SeikoCinthia Quadrado

No meio do grupo de ami-gos, Tiago pode até passar des-percebido pela timidez e pelo sorriso contido, mas é no campo de futebol que o rapaz demons-tra a habilidade de um jogador nato. Nascido em Santa Cruz

do Rio Pardo, Tiago conta que foi durante sua infância que o seu interesse por futebol come-çou. Com 12 anos de vivência no Nicéia, o jovem chegou até mesmo a fazer escolinha de fute-bol, no Baroninho, mas por cau-sa do peso da mensalidade teve que deixar as aulas. Hoje, com 17 anos, mora com a mãe e mais

seis irmãos.No tempo livre, Tiago joga

videogame, que não poderia ser de outro tipo: futebol. Os ídolos desse palmeirense são Messi, o jogador argentino que joga no Barcelona, e o brasi-leiro Ro-n a l d i n h o G a ú c h o , jogador do Flamengo.

Quando o assunto é a atua-ção do menino em campo, seus amigos reafirmam a qualidade de suas jogadas. Tiago jogou em Bauru por vários times em campeonatos amadores. Tendo um currículo variado, já parti-cipou do Flamboyant (vence-dor do campeonato do SESC); do Tibiriçá; e do Vitória, time

vice-campeão em 2010, o que garantiu sua entrada no time atual, o dos Operários, como jogador “de ponta”, armando as jogadas mais decisivas para os jogos.

A seriedade torna-se nítida no momento em que ele comenta que, ao emplacar uma carreira, de

jogador renomado, seus objeti-vos seriam alcançados podendo até mesmo mudar a vida que tem atualmente no bairro.

Com um visual cuidadoso e um jeito tranquilo de falar, o me-nino tímido do início da matéria mostrou-se divertido e demons-trou o respeito e o carinho que tem tanto por seus pais, quanto pela comunidade do Nicéia.

Iris Pereira da Silva, 9 anos

Bruno Wesley Costa Garcia, 10 anos

Iris Pereira da Silva, 9 anos

Letícia MendonçaVitor Soares

Iara Pereira da Silva, 9 anos

Kamily Beatriz Pires, 8 anos

Isabela Fernanda, 8 anos

Letícia Mendonça/Voz do N

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