voz do campo

68

Upload: gomes-monica

Post on 06-Mar-2016

248 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

A melhor revista de todas

TRANSCRIPT

Page 1: Voz do Campo
Page 2: Voz do Campo
Page 3: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 4: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Propriedade: Voz do Campo, Editora Lda. Sede: Trav. do Matadouro, Bloco B, 2-A, R/c Esq.º, 6000-306 Castelo Branco, Portugal, Tel. +351 272 324 585, Fax. +351 272 324 586 Editor: Paulo Martins Gomes Redacção/Repórteres: Fátima Pereira (redactora chefe); Paulo Gomes; Maria João Henriques; Hendriler Francis Amador; [email protected]; [email protected]; [email protected] Edição On-line:www.vozdocampo.pt Direcção Comercial/Publicidade: Maria João Henriques; [email protected]; [email protected]; [email protected]; Tel. +351 272 324 585; Fax. +351 272 324 586Agronegócio: [email protected]. Direcção Geral/Administração: Paulo Martins Gomes; [email protected] Dep. Assinaturas: Adriana Barbosa de Souza; [email protected] Dep.Contabilístico: Albinúmero, Lda. Artes Gráficas: Fátima Pereira Paginação: Fátima Pereira; Paulo Gomes Estagiária: Mónica Gomes Colaboraram nesta edição: Associação de Apicultores do Nordeste, STIHL,Sandra Marques, Pedro Basto, José Martino, Associação de Criadores de Porco Alentejano, Carnalentejana S. A., Valorfito Periodicidade: Bimestral Assinaturas: 1 ano (6 edições) 25 EUR. Estrangeiro 35 EUR;2 anos (12 edições) 40 EUR. Estrangeiro 50 EUR. Registo no ICS: 120363 Empresa Jornalística: 220362 Depósito Legal: 115126/97 Contribuinte: 505903210 Impressão: FIG - Rua Adriano Lucas, 3020-265 CoimbraPreço: 5,00 Euros (Iva inc. à taxa de 5%) Tiragem média por edição: 15.000 Exemplares.

4

ACTUALIDADE

APICULTURAPÁG 06 A 11

OLIVAL & AZEITEPÁG 12 A 16

MAQUINARIANEW HOLLAND APRESENTA T8

PÁG 18 A 22

HORTICULTURACEBOLA: UMA CULTURA

DE CUIDADOS

PÁG 25 E 26CENOURA CADA VEZ MAIS

UNIFORME

PÁG 30 E 31

UVA SEM GRAINHA

CENTRAIS

CASTANHA

PÁG 36 A 45

CAMPEONATOS DE STO. HUBERTO

PÁG 46 E 47CERTIFICAÇÃO DA PERDIZ

VERMELHA DE MÉRTOLA

PÁG 48

RECOLHA DE RESÍDUOS

DE EMBALAGENS DE PRODUTOS

FITOFARMACÊUTICOS

PÁG 60

ENTREVISTAPRESIDENTE DA AGROBIO

PÁG 62

A Cooperativa Agrícola de Vila Real,Entidade Gestora da marca CarneMaronesa - DOP, quer recuperar,durante este ano, o volumecomercializado em 2007, ou seja1.800 carcaças certificadas, oque representa um aumento decerca de 30% em relação às vendasactuais. O mercado prioritáriocontinua a ser o consumidor final e arestauração de “gama alta” da região deprodução.

De forma a alcançar estes objectivos, aCooperativa Agrícola de Vila Real, através doseu Agrupamento de Produtores CarneMaronesa-DOP, está a desenvolver um projectode promoção e divulgação, deste produto de altaqualidade, com a finalidade de informar melhoro consumidor final sobre a qualidade e variedadedos produtos comercializados, assim comosobre os pontos de venda autorizados econtrolados, na comercialização da carnecertificada.

Com uma facturação anual a rondar 1.400mil euros de Carne Maronesa, a CooperativaAgrícola de Vila Real desempenha umimportante papel a nível económico e social,pois é a entidade que garante o escoamento da

Maronesa quer aumentar vendas em 30%

quasetotalidadeda produção dosagricultores regionais.

Actualmente existem na região cerca demil e quinhentos criadores de animais da RaçaMaronesa reconhecidos.

A criação destes animais destaca-se por terum modo de produção amigo do ambiente, quefaz um uso equilibrado do solo e da água econtempla a exploração de espécies vegetaisautóctones. A dieta dos animais adultos éconstituída por produtos cultivados, ervas earbustos naturais dos terrenos baldios ou pradosprivados, o que garante a excelência da qualidadedo produto final.

Superfície de milho de regadiomantém-se nos 88 mil hectarespelo segundo ano consecutivo

A superfície de milho de regadio deverá rondar os88 mil hectares, valor idêntico ao de 2009 e ao maisbaixo das últimas duas décadas. Para esta situaçãocontribuíram os valores pouco atractivos pagos aosprodutores, bem como as dificuldades observadas narealização dos trabalhos de sementeira, consequênciada saturação hídrica dos solos causada pelas elevadasprecipitações acumuladas.

Milho de Sequeiro e arroz apresentamdesenvolvimento vegetativo normal

Apesar do intenso calor durante o mês de Julhonão ter, de um modo geral, beneficiado as culturasarvenses de sequeiro, as condições climatéricasregistadas ao longo do ciclo vegetativo do milho desequeiro, têm favorecido o normal desenvolvimentoda cultura, pelo que se prevêem produtividades naordem dos 1570 kg/ha, o que corresponde a umaumento de 5%, face a 2009.

ESTATÍSTICAS

Encharcamento dos solos nalgumasregiões condiciona produtividade

da batata de regadio

Na batata de regadio o encharcamento observadonalguns terrenos atrasou as plantações e impediu oeficaz controlo das infestantes, condicionando odesenvolvimento dos tubérculos e, consequentemente,a produtividade da cultura, perspectivando-se assimuma ligeira quebra de produtividade (-5%) face a 2009.

Quebra na produção de batata de sequeiro ronda os 20%

A produção de batata de sequeiro deverá registaruma quebra de 20%, resultado quer da diminuição dasáreas plantadas devido às intensas chuvas deFevereiro e Março, quer das quebras de produtividade,apresentando os tubérculos, de um modo geral, calibresreduzidos.

FONTE: INE – BOLETIM MENSAL – JULHO 2010

CINEGÉTICA

Page 5: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

12 números (2 anos)... 40 Euros Estrangeiro... 50 Euros 6 números (1 ano )... 25 Euros Estrangeiro... 35 Euros

Preencha com maiúsculas e envie para:Voz do Campo Editora Lda. | Trav. do Matadouro, Bloco B, 2 A, R/Ch Esq.º | 6000-306 Castelo Branco

Nome:

Morada:

Código Postal:

Profissão (facultativo):

N.º de Contribuinte:Telefone:

Localidade:

A assinatura será validada após o pagamento que pode ser feito através de Cheque Bancário(à ordem de Voz do Campo Ed. Lda) ou por Transferência Bancária - NIB: 0035 0223 0000 0194 83014

Desejo receber a partir desta data:

Em época de comemoração demais um aniversário resolvemosconstatar a evolução de algumasempresas nossas parceiras nosúltimos anos.

Não perca esta viagem desucessos mas com muitaengenharia para contornar os muitosobstáculos.

Passado, presente e futuro,encontre os vários tempos nasnossas páginas azuis.

04 a 06: Interpoma 2010 (Bolzano – Itália)09 a 12: Agroforum (Kiev – Ucrânia)10 a 14: Eima (Bolonha – Itália)16 a 19: Eurotier (Hannover – Alemanha)16 a 19: BioEnergy Decentral (Hannover – Alemanha)25 a 29: Agrama (Berna – Suíça)30 a 2 Dez.: Vinitech (Bordéus – França)30 a 2 Dez.: Sifel (Agen – França)30 a 4 Dez.: Agromek (Herning – Dinamarca)

ACTUALIDADE

OUTUBRO

08 a 10: Lusoflora (Santarém)09 e 10: Terra Sã 2010 – 1.ª Feira Nacional de Agricultura Biológica

e Biodiversidade (Lisboa)14 a 17: Feira dos Gorazes (Mogadouro)20 a 23: Fimap / Ferralia (Porto)22 a 24: Vinipax (Beja)22 a 24: Feira da Caça (Mértola)29 a 31: Feira da Castanha (Sernancelhe)29 a 31: Rural Castanea (Vinhais)29 a 1 Nov.: Norcaça, Norpesca & Norcastanha (Bragança)30 a 7 Nov.: Festa da Vinha e do Vinho (Arruda dos Vinhos)

Internacional

06 a 08: Sommet de l’Elevage (Clermont-Ferrand – França)06 a 08: Macfrut (Foggia – Itália)06 a 09: Agrosalon (Moscovo – Rússia)11 a 15: Agroprodmash (Moscovo – Rússia)12 a 15: Horti Fair (Amsterdão – Holanda)14 a 16: Inter Agro Business Monchengladbach – Alemanha)14 a 16: Congresso Int.de Porco Mediterrâneo (Cordoba-Espanha)20 a 22: Iberflora (Valência – Espanha)20 a 23: Elmia Agriculture Machinery & Cultivation

(Jonkoping – Suécia)20 a 23: Moldagrotech (Moldávia)20 a 23: Earmer – Máquinas e Equipamentos de Sementeira

(Moldávia)23 a 26: Agrotech Thessaloniki27 a 30: Agri Indo (Jacarta – Indonésia)27 a 29: Expobioenergia (Valladolid – Espanha)28 a 31: Saver – Espaços Verdes, Máq. e Equip. (Madrid – Espanha)31 a 2 Novembro: Garden + Landscaping

(Emirados Árabes Unidos – Dubai)

NOVEMBRO

06 e 07: Feira da Castanha (S. Pedro de Castelões – Vale de Cambra)06 e 07. Feira do Mel e da Castanha (Lousã)06 e 07: Feira da Castanha (Carrazedo de Montenegro - Valpaços)12 a 14: Festa do Castanheiro / Feira da Castanha (Marvão)26 a 01 Dez: Feira do Montado (Portel)

Internacional

Este ano vai ser colhido um milhãoquinhentos e oitenta mil toneladas demaçã em toda a França, segundo asprimeiras estimativas da AssociaçãoNacional de Maçãs e Peras. Apesar derepresentar menos 4% em relação aoano anterior, aquela Associaçãoconsidera-a uma colheita generosa.

A colheita de 2010 oferece umamaçã atraente e todos os profissionaisestão de acordo sobre a qualidadeepidérmica das maçãs, sem nenhumdefeito.

França é o primeiro fornecedor demaçã para o mercado português, comuma quota de 30% do mercado em2009. O nosso país representou 25 miltoneladas nas exportações francesas nacampanha 2009/2010, sendo a Golden,e a Granny Smith as principaisvariedades exportadas.

Registe-se ainda que Portugal é umgrande consumidor de maçã com 30,9kg por ano e habitante.

Colheita generosade maçã em França

O processo de criação das Zonas deIntervenção Florestal constitui-se como ummodelo organizacional fundamental paraultrapassar as fragilidades de ordenamentoe gestão que se fazem sentir, em particularnas zonas de minifúndio.

A sua aceitação e adesão pelosproprietários e técnicos florestais foraminquestionáveis, sendo prova inequívocadisso o facto de terem sido constituídas127 ZIF de Norte a Sul do país.

A constituição das ZIF marca apenas oinício de uma longa e profunda alteração naforma de uso e gestão do território e nãoum fim por si.

Urge então continuar o trabalhodesenvolvido e rapidamente encontrarformas de ultrapassar os actuaisconstrangimentos.

Estas foram as principais conclusõesaprovadas em plenário no final do primeiroEncontro Nacional de Entidades Gestorasde ZIF que teve lugar em Agosto, na vila deMação.

Mas, para fazer valer estas ideias,considera-se essencial garantir,rapidamente, a continuidade dos apoios doFundo Florestal Permanente, promoveruma reestruturação profunda das medidasde apoio do PRODER, bem como criar umobservatório /comissão de acompanhamentodos processos de criação e funcionamentodas ZIF.

Cinco anos depoisda sua constituiçãoas ZIF estãoperfeitamente aceites

5

Page 6: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

A Cooperativa de Produtores deMel da Terra Quente, CRL, e aAssociação dos Apicultores doNordeste dispõem, respectivamente, de64 e 120 associados. Com sede socialem Mirandela, distrito de Bragança, sãoestruturas importantes tanto no apoiodirecto aos apicultores através detécnicos especializados, como naextracção do mel com recurso à suaunidade industrial situada no Cachão,como na orientação à comercialização.

Ambas as estruturas associativasabrangem os concelhos de Mirandela,Alfândega da Fé, Macedo deCavaleiros e Vila Flor, constituindo aZona Controlada da Terra Quente, onde

é assegurado, através do PAN –Programa Apícola Nacional - o apoioe controlo sanitário aos efectivosapícolas dos apicultores existentesnesses concelhos, abrangendo cerca de280 apicultores e 21 mil colmeias.Entretanto, a Cooperativa aguarda porparte da Direcção Geral de Veterináriaa aceitação do pedido de alargamentoda sua área de intervenção para oconcelho de Torre de Moncorvo, o quetornará a Zona Controlada a segundamais importante a nível nacional.

A Associação é detentora da marca“Mel da Terra Quente” – DOP(Denominação de Origem Protegida),que abrange 10 concelhos - Mirandela,

Mel da Terra Quente com predomíniodo rosmaninho

Alfândega da Fé, Macedo deCavaleiros, Vila Flor, Carrazeda deAnsiães, Torre de Moncorvo, Freixode Espada à Cinta, Mogadouro (doDistrito de Bragança), Vila Nova de FozCôa (Distrito da Guarda) e Valpaços(Distrito de Vila Real), estimando-seem 450 os apicultores instaladosnesses concelhos. No mel DOP, a suacomercialização pode ser feita tantopela Cooperativa, como pelo produtora título individual, quer ainda por umaentidade terceira com quem qualquerum dos anteriores estabeleça contrato.

A Cooperativa deu um apoioimportante na candidatura dosapicultores ao Programa de Produtosde Qualidade – Mel da Terra Quente(DOP), no âmbito do PRODER, tendosido beneficiado com ajudas 92apicultores (com um total de 20.086colónias).

Procedeu-se no ano apícolatransacto ao preenchimento elançamento informático de 214declarações de existência (para além deter feito 20 registos iniciais deactividade, 7 fechos de actividade, trêsreinícios de actividade, 60 pedidos dealteração às declarações, e 28deslocações de apiários).

A produção anual de mel na TerraQuente ronda as 400 toneladas,predominando mel de rosmaninho(lavanda stoechas) temos tambémproduções de mel de amendoeira(prunus sp), mel de castanheiro(castanea sativa), mel de melada decarvalho, azinheira e sobreiro (Quercussp), entre outras. Cerca de 20apicultores já dispõem de unidades deprodução primárias registadas na DGV.

“Mel da Terra Quente” – DOP (Denominação de OrigemProtegida)abrange 10 concelhos: Mirandela, Alfândega daFé, Macedo de Cavaleiros, Vila Flor, Carrazeda deAnsiães, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta,Mogadouro, Vila Nova de Foz Côa e Valpaços,estimando-se em 450 os apicultores instalados nessesconcelhos.

O Instituto Politécnico de Castelo Branco vai seranfitrião do I Congresso Ibérico de Apicultura, calendarizadopara os dias 14, 15 e 16 de Abril de 2011 nas instalações daEscola Superior Agrária. É também promovido pelaMelbandos – Cooperativa de Apicultores do Concelho deMação, Meltagus – Associação de Apicultores do ParqueNatural do Tejo Internacional e pela Pinus Verde – Associaçãode Desenvolvimento.

I Congresso Ibérico de Apicultura em Abril do próximo anoÉ mais uma prova do reconhecimento do grande potencial

da apicultura para o desenvolvimento local e regional.A data limite para submissão de resumos é 15 de

Outubro, podendo os trabalhos ser para apresentação oralou na forma de poster. Os tópicos disponíveis são:polinização e flora apícola, sanidade apícola, produtos dacolmeia, gestão e desenvolvimento apícola, bem comoapicultura e OGM.

APICULTURA

6

Autoria:

Page 7: Voz do Campo
Page 8: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Tal como no resto da UniãoEuropeia, em Portugal o sector apícolaé uma actividade tradicionalmenteligada à agricultura. É, normalmente,encarada como um complemento aorendimento das explorações, existindo,contudo, uma pequena minoria deapicultores para os quais a apiculturaé a base das receitas da exploração.

De uma análise bastante abrangentepode concluir-se que o mel, enquantoprincipal produto directo da apiculturanacional, constitui um produtoestratégico do ponto de vista de umaproveitamento integrado do espaçorural.

O PAN anterior foi elaborado comprecauções acrescidas no sentido de

Estratégico do ponto de vista do aproveita

N.º de apicultores 15 267 17 291 +13%N.º de apiários 32 685 38 203 +17%N.º de colónias 555 049 562 557 +1,4%

Caracterização genéricada actividade apícola

2007 2010 VariaçãoConclusão: um acréscimosignificativo do número deapicultores e apiários, um ligeiroaumento do número de colónias.

uma estruturação do sector apícolanacional, melhoria da produção ecomercialização dos produtos daapicultura, através daprofissionalização do sector e de novosincentivos à concentração da oferta.Esse programa tinha ainda intenção dealcançar uma maior eficácia da execução,face a períodos anteriores deprogramação. A avaliação efectuadapermite concluir que tais pressupostossão ainda válidos e oportunos e que ostrês anos de aplicação foraminsuficientes para a adaptação dosoperadores e da própria administraçãoàs alterações de paradigma entãopreconizadas.

A abordagem ao novo período deprogramação tem por base acontinuidade do programa anterior,possibilitando mais tempo de aplicaçãoe amadurecimento, utilizando aexperiência adquirida para efectuaradequações nas acções/medidaspreconizadas, quer em matéria deconcepção quer de operacionalização econtrolo, nomeadamente, no querespeita a simplificação administrativa,relação custo/benefício e selectividadeda atribuição dos apoios face aosobjectivos do programa e em respeitopelo enquadramento regulamentaraplicável.

Fonte: DGV - Dados de Março de 2010

8

7

6

5

4

3

2

1

0Norte Centro Lisboa

e Valedo Tejo

Alentejo Algarve RA Açores RA Madeira

Número de apiários por apicultor

Norte Centro Lisboa e Valedo Tejo

Alentejo Algarve RA Açores RA Madeira

0

20

40

60

80

100

120Número de colónias por apicultor

Fonte: DGV - Dados de Março de 2010

Da análise da distribuição regional deapicultores verifica-se que existe uma fortedispersão da actividade apícola peloterritório nacional, todavia, é na regiãoCentro que se concentra a maiorpercentagem de apicultores (38%).

Os apicultores detêm em média 2,21apiários e 32,5 colónias. Significa que entreos apicultores portugueses existe uma taxade profissionalização (mais de 150colónias) muito reduzida. Os apicultoresnão profissionais representam 96,6% dototal.

Análise SWOT(*) do Sector ApícolaNacional

Uma percentagem muito elevada deefectivo concentrada num reduzido númerode apicultores.Forte implementação regional dasorganizações de apicultores, existência detécnicos com formação e com vontade deintervir no circuito de comercialização.Excelente potencial natural da subespécieautóctone (Apis mellifera iberensis),embora com necessidade demelhoramento.14 zonas controladas que representam56 concelhos.Localização das principais exploraçõesapícolas no Interior do país, em áreaspouco sujeitas à pressão humana.Acréscimo significativo da área de culturase pastagens em Modo de ProduçãoBiológico.O mel é um produto estável e seguro,fácil de enquadrar num sistema derastreabilidade.Aumento significativo de licenciamentos.

Existência de centrais meleiras dedicadasà extracção, embalamento e distribuiçãode mel.

Retirado de:Programa ApícolaNacional: Triénio de2011-2013.Elaborado peloGrupo deAcompanhamentoao PAN, em estreitacolaboração com asentidades oficiais ea FederaçãoNacional dosApicultores dePortugal que oconstituem.

(*) Acrónimo de Forças(Strengths), Fraquezas(Weaknesses),Oportunidades(Opportunities) eAmeaças (Treats)

8

PONTOS FORTES

APICULTURA

Page 9: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

aproveitamento integrado do espaço rural

A primeira fase da transformaçãodo néctar em mel ocorre no pré-estômago das abelhas, através de umaacção enzimática (adição de enzimas)que contribuem para odesdobramento da

sacarose em frutose e glicose.A segunda fase, designada por

trofilaxia, consiste na passagem do melsucessivamente de umas abelhas paraoutras: depois da obreira-sugadora

ingurgitar para a sua bolsa de néctaruma quantidade de néctar

suficiente, outraobreira vaiingurgi tá - lopor sua vez,

para depois oregurgitar para a

língua de outraabelha. Onéctar vaipassandode abelha

em abelhaaté ficar,

pela continuação da acção enzimática,concentrado em açúcares simples: porcada passagem pela bolsa de umaobreira, o que ainda resta de néctarsofre uma transformação graças à acçãode uma diastáse, que consisteessencialmente em transformar asacarose em frutose e glicose, açúcaresdirectamente assimiláveis pelo nossoorganismo.

Depois de ter sido concentrado etransformado, o néctar passa a mel,sendo cuidadosamente depositadopelas obreiras nos alvéolos da colóniaou cortiços, que as abelhas vão ventilar,para eliminar o excesso de humidade eproceder à sua operculação (selagemdos favos).

Tal como o pólen também o mel éusado na alimentação das abelhas.

Produtos

da colmeia

Criação

de Rainhas

Mel

Cera

Pólen

Própolis

PolinizaçãoGeleia Real

Apitoxina

Enxames

Em Portugal, e no que respeita aosprodutos apícolas que não mel, a suaoferta é reduzida, com a indústria aabastecer-se sobretudo de produtosimportados.

O mel é o produto mais importante dacolmeia e em Portugal existem noveDenominações de Origem Protegidas, as quaisdemonstram um crescente interesse por partedos apicultores numa aposta de qualidade comconsequências não só ao nível da dinamizaçãoeconómica das zonas rurais em que seinserem, mas também da própria dinamizaçãodo mel.

Da análise da evolução dos dadosdisponíveis mais recentemente (2006 e 2007),relativos ao número de produtores, colmeias

e quantidades certificadas constata-se que:- a produção nacional de méis DOP temvindo a confirmar o aumento já verificadono triénio anterior, embora de formamenos expressiva, mas continua aapresentar um peso muito reduzido nocomputo global da produção nacional demel (cerca de 2,4% em 2007).

9 denominações de origem protegida = 2,4% da produção

Do néctar ao mel

Caracterização de méis com nomes protegidos - 2006-2007

9

ProdutoNúmero deapicultores

Número de colmeiase cortiços

Produção kg

2006 2007 2006 2007 2006 2007

Mel da Serra da Lousã

Mel da Terra Quente

Mel das Terras Altas do Minho

Mel de Barroso

Mel do Parque de Montesinho

Mel dos Açores

Total

85

7

6

58

115

3

274

102

3

7

81

161

3

357

5500

877

600

3911

9600

430

20918

5000

385

650

4966

10674

420

22095

40000 30000

4706

7147

57000 65000

36186 59232

3000 3000

145790 169085

3404

6200

APICULTURA

continua na página seguinte

Page 10: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

APICULTURA

Máxima eficácia contra a varroose: 99,5%.Máxima segurança para as abelhas e para os

consumidores: ausência de resíduos no mel e na cera.Revolucionário sistema de libertação progressiva de

amitraz, permanecendo activo durante 8 a 10 semanas.Molécula única, eficaz em casos de resistência cruzada

entre piretróides (flumetrina, fluvalinato, tau-fluvalinato).Líder no mercado Espanhol e Francês.2009: tratamento de eleição contra a varroose pela

OIE e pela AFSSA.2010: tratamento de eleição, recomendado por

Consultores Apícolas (Jornadas Técnicas Apícolas,Fev.2010).

Sanidade & Alimentação

Complemento proteico, vitaminado, enriquecido comminerais e FOS. As proteínas, vitaminas e minerais aliviamde forma imediata as faltas de aporte exterior e sãoimediatamente assimilados pelas abelhas e larvas, devidoà sua solubilidade. A conjugação de proteínas comfrutooligossacarídeos (FOS) contribui para a protecçãoanti-infecciosa e para o reforço do sistema imunitário dasabelhas.

Fornece às abelhas os nutrientes que não encontramna Natureza, nem nos xaropes fabricados a partir deaçúcares refinados.

Indicado na Primavera para um bom arranque; noVerão, para compensar a escassez de alimento e noOutono para uma boa postura.

Permite um crescimento harmonioso das colónias.Para mais informações contactar:IBERIL– Pç. Francisco Sá Carneiro, 7 – 5º Esq.; 1000-159 LISBOA T. 21 843 68 50/ 91 243 77 20/ 91 662 53 83 – F. 21 840 32 17 – E-mail: [email protected]

(Cont. da página anterior)

ComercializaçãoUm dos factores condicionantes que se tem verificado

no sector apícola é a falta de concentração da produção comvista à comercialização.

A grande maioria dos agrupamentos de produtores emactuação no domínio da apicultura tem como principalobjectivo a prestação de serviços aos associados (sobretudoa nível de assistência técnica), com reduzida expressão aonível da comercialização e pouca interferência em termos decapacidade negocial (falta de dimensão, falta de planeamentoestratégico, insuficiente conhecimento do mercado).

As centrais meleiras são estruturas de extracção e/ ouembalamento de mel das organizações de produtores, ouseja, de carácter colectivo.Desempenham um papelimportante no que respeita à concentração da produção nasorganizações de produtores, bem como na capacidade destesem colocar os seus produtos no mercado com marca própria.

ConsumoConclusões de um estudo realizado no âmbito do PAN

para aferir sobre o consumo de mel pelas famílias portuguesasconclui que estas, maioritariamente, adquirem o mel juntodos produtores (40%) na região de onde é originário. Àexcepção das famílias de Lisboa, a maioria prefere mel daprópria região e gasta em média, 20 euros por ano, o querepresenta aproximadamente 35 milhões de euros.

As famílias portuguesas são apreciadoras de mel evalorizam-no sobretudo porque consideram que o mesmofaz bem à saúde. Contrariamente à maioria dos produtosalimentares, as marcas de mel não são muito valorizadas,não deixando de ser uma mais-valia o facto do mel portuguêsser certificado.

Segundo os entrevistados no estudo, as carcaterísticasde um bom mel são sobretudo a textura e o paladar e emmenor grau a cor e a origem do mel.

10

Page 11: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Serviços Prestados

Formação Profissional Certificada · Elaboração de Candidaturase Projectos ao IFAP e PRODER· Extracção/ Comercialização de Mel· Comercialização de Produtos Agrícolas, fitofármacos e afins ·Transformação/Comercialização de Queijo · Assistência Técnica aosApicultores · Detentora do Livro Genealógico da Raça Churra doCampo.

Em conjunto com aMEIMOACOOP, a FederaçãoNacional dos Apicultores dePortugal vai organizar o XI FórumNacional de Apicultura, nospróximos dias 29, 30 e 31 deOutubro de 2010, em Penamacor. A 9ª edição da Feira Nacional doMel realiza-se de 29 a 31 deOutubro, novamente em paralelocom o Fórum Nacional deApicultura. Desde 2002 que esteevento se tem vindo a afirmarcomo o espaço privilegiado demostra da qualidade e excelênciados produtos da apiculturanacional.

Reconhecido pelos diversosoperadores da fileira apícola

Apicultura Nacional reúneem Penamacor

nacional como ponto de encontro,local de realização de negócios emostra das mais recentestecnologias e equipamentosdisponíveis para a actividade éuma oportunidade para dar aconhecer produtos ou divulgarserviços.

À semelhança das suasanteriores edições, estarãodisponíveis a todos osinteressados workshops queabrangem as mais actuais temáticasdo sector apícola. Assim, este anoserão abordadas as seguintestemáticas: Produção de Pólen,Implementação de HACCP emMelarias, Polinização de Culturase os Aromas e Sabores do Mel.

APICULTURA

pub.

XI FÓRUM NACIONAL DE APICULTURA - PROGRAMA

SÁBADO – 30 DE OUTUBRO DE 2010

INSCRIÇÕES, DISTRIBUIÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO E RECEPÇÃO AOS PARTICIPANTESSESSÃO DE ABERTURAPAINEL DE DEBATE: DESAFIOS FUTURODA APICULTURA NACIONAL MODERADOR: DR. ANTÓNIO CABANAS–VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE PENAMACOR

PROGRAMA APÍCOLA NACIONAL 2011/2013 – GABINETE DEPLANEAMENTO E POLÍTICASPROGRAMA APÍCOLA NACIONAL 2011/2013: MEDIDA 2A –DIRECÇÃO GERAL DE VETERINÁRIAINVESTIGAÇÃO SOBRE A ORIGEM DA MORTALIDADE DE COLMEIAS EM ESPANHA

– DR. MARIANO HIGES PASCUAL – CENTRO AGRÁRIO DEMARCHAMALOCOMERCIALIZAÇÃO E MERCADO DO MEL – ARMANDO DIAS –DIRECTOR DE COMPRAS DA COOPLISBOA

INTERVALO PARA CAFÉ ANTES DO DEBATEALMOÇO LIVRE

RESULTADOS FINAIS DOS PROJECTOS DE INVESTIGAÇÃOAPLICADA EM APICULTURA – PAN 2008-2010MODERADOR: DR. MANUEL MARTINS LOPES MARCELO

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS PROJECTO“PRAMELHOR – PRODUÇÃO DE RAINHA AUTÓCTONESMELHORADAS” PROF. DR. ANTÓNIO MANUEL MURILHAS –UNIVERSIDADE DE ÉVORA

APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS DO PROJECTO“EFICÁCIA DA PRÓPOLIS NO CONTROLO LOQUEAMERICANA” PROF. DR. MIGUEL VILAS BOAS – CIMO – ESCOLA

SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA – IPBAPRESENTAÇÃO DE RESULTADOS DO PROJECTO “PERFISDE AROMA NO MEL” PROF.ª DR.ª MARGARIDA GONÇALVES –FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – FCT/UNL

08:30 - 09:30

09:30 - 10:00

10:00 - 12:30

14:30 -18:30:

14:30 -14:50

14:50 -15:10

15:10 -15:40

“PADRÕES GEOGRÁFICOS DE DIVERSIDADE GENÉTICADA ABELHA MELÍFERA EM PORTUGAL” PROF.ª DR.ª MARIA

ALICE PINTO – CIMO – ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE BRAGANÇA – IPB“ESTUDO DAS CERAS NACIONAIS” PROF. DR. FERNANDO

MILHEIRO NUNES – UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

DEBATEENCERRAMENTO DOS TRABALHOS COM LEITURA DASCONCLUSÕES

PAUSA PARA CAFÉ

16:30 -16:50

16:50 -17:10

17:10 -18:10

18:10 -18:30

SEXTA-FEIRA - 29 DE OUTUBROINAUGURAÇÃO OFICIAL DA FEIRAJANTAR DE PRESIDENTESENCERRAMENTO DA FEIRA

SÁBADO - 30 DE OUTUBROXI FÓRUM NACIONAL DE APICULTURA - SALÃO DA JUNTADE FREGUESIA DE PENAMACORABERTURA DA FEIRAJANTAR CONVÍVIO COM ENTREGA DE PRÉMIOSDOS CONCURSOS E ANIMAÇÃOENCERRAMENTO DA FEIRA

DOMINGO - 1 DE NOVEMBROABERTURA DA FEIRAENCERRAMENTO DA FEIRA

IX FEIRA NACIONAL DO MEL - PROGRAMA

17:00

20:30

23:00

09:00 - 19:30

09:30

20:30

23:00

10:00

18:00

Page 12: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 13: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 14: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 15: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 16: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Quinta Vale do Conde é uma marca

recente mas proveniente da secular

propriedade Casal de S. Pedro de Vale

do Conde, situada na região de Trás-os-

Montes. Nas mãos da família há várias

gerações, Lúcia Gomes de Sá resolveu

enveredar por um novo projecto,

sustentado na criação da marca para

garantir e defender a qualidade e

especificidade do azeite no mercado.

Consciente de que seria incapaz de

concorrer no mercado pela quantidade,

a empresária apostou seriamente numa

produção altamente qualificada,

comercializando apenas azeite virgem

extra com Denominação de Origem

Protegida “Azeite de Trás-os-Montes e

Alto Douro”. Há ainda uma percentagem

de produto escoada como Azeite

Biológico.

Necessariamente mais caro que a

média, este azeite destina-se a um

consumidor mais informado que está

disposto a pagar o valor de um produto

de características específicas. Prova

dessa aceitação são os vários prémios

obtidos nos concursos onde o produto

tem entrado.

O mercado tem estado em expansão,

essencialmente por via da exportação, e

Quinta Vale do Condetem compromisso com a terra

TIPOLOGIA: Azeite virgem-estra – 0,3%acidez máx.CLIMA: Região seca com uma grandevariação de temperaturas.ÁREA DE OLIVAL: 150 hectares.VARIEDADES: verdeal transmontana (60%);madural (20%) e cobrançosa (20%), todasregionais.PROCESSO DE APANHA: Manual e Vibraçãomecânica.LABORAÇÃO: Extracção a frio,no próprio dia ou dia seguinteà apanha. ENGARRAFAMENTO:Garrafa “Dórica” vidro verdeantiqúe 500ml. Lata de 5l.

Azeite meio frutado,com uma mistura dearomas a verde emaduro.

Uma complexidadeprópria de flores e frutosno nariz.

Na boca predomina opicante sobre o amargo.Espiga verde, amêndoaverde.

Com corpo epersistência. Azeitemuito equilibrado, commistura de varietaisverdeal, madural ecobrançosa.

16

Nota de Prova:

OLIVAL & AZEITE

Exportação - Esta parece ser

a grande meta que o sector

oleícola português necessita

atingir!

Após dez anos a prestar

serviços a lagares de azeite e a

escutar as dificuldades das

empresas que trabalham com

este produto em Portugal, a

Consulai (empresa de

consultoria no sector Agrícola e

Agro-alimentar) decidiu criar a

Terra Premium, com o objectivo

de levar os excelentes azeites

produzidos em Portugal até aos

mercados que melhor os

valorizam.

O trabalho de BackOffice,

que durou cerca de onze meses

e durante o qual foram

delineados e estruturados os

planos de negócios, de

marketing e comercial, permitiu

abordar os agentes económicos

e as pessoas certas no mercado

internacional, explica o director-

geral da empresa, Pedro Falcato.

A marca umbrella escolhida

é “Safra”, porque apenas se

seleccionam as boas colheitas,

ou “safras” como se diz quanto

à colheita da azeitona em

algumas regiões.

Para acompanhar neste

projecto, a Terra Premium

seleccionou três lagares de

Cooperativas de Olivicultores,

de três regiões diferentes do

país, com as quais mantém uma

relação estreita e de confiança:

Cooperativa de Olivicultores de

Valpaços, Cooperativa Agrícola

dos Olivicultores de Casa

Branca e Cooperativa Agrícola

de Vidigueira foram as eleitas.

Só as melhores Safrassão escolhidaspela Terra Premium

Pub.

para países como a França e Bélgica,

prevendo-se para breve também entrar

nos Estados Unidos.

Certo e sabido é que para fazer um

bom azeite o grande investimento

começa no olival. Neste caso são cerca

de 150 hectares com uma excelente

exposição solar com as especificidades

do solo xistoso e um microclima agreste,

com elevadas amplitudes térmicas e

baixos níveis de pluviosidade. Na maior

parte o olival é trabalhado em regime de

protecção integrada, havendo ainda uma

pequena área em regime biológico.

Prevê-se a plantação de mais 1200

oliveiras de variedade madural,

totalizando então 2700 árvores. Importa

referir ainda que há 30 hectares que só

daqui a cinco anos estarão com uma

produção significativa, antecipando-se

para essa altura uma produção total de

cerca de 400 toneladas/ano.

Page 17: Voz do Campo
Page 18: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

2010 termina em

A CNH Global N. V. anunciou a nomeação de

Franco Fusignani como presidente e director

executivo da New Holland Agricultural Equipment,

substituindo Barry Engle, que deixou a CNH para

perseguir outros interesses.

Fusignani traz consigo uma vasta experiência a

nível internacional e um impressionante registo de

resultados.

Acredita-se que impulsionará ainda mais o

crescimento da New Holland Agriculture em todo o

mundo, apoiado por uma forte estratégia de

investimento contínuo em novos desenvolvimentos

e uma excelente rede de concessionários e serviços

de apoio.

New Holland Agriculture tem novopresidente

A apresentação da nova gamade tractores T8, foi o ponto altode uma jornada de dois dias (14e 15 de Setembro) que a NewHolland proporcionou em Turim,Itália, a cerca de 300 jornalistasda área agrícola de todo omundo.A revista Voz do Campo estevepresente e pôde ainda participarem várias acções de campodestinadas à experimentação eexplicação técnicas dos novosmodelos e equipamentos, visitaras instalações fabris assimcomo uma exploração agrícolapiloto energicamenteindependente graças à produçãode Biogás.

Novo tractor Gama T8apresentado em Itália

A estratégia de numeração da New Holland utiliza dois elementos-chave relacionados com a categoria da gama do tractor e a potênciamáxima com Gestão de Potência do Motor (GPM).

· A primeira letra, T, e o dígito que se segue, 7, 8 ou 9, indicam acategoria da gama do tractor: quanto maior for o número, maior otractor.· Os três dígitos seguintes representam a potência máxima comGestão de Potência do Motor.

Nome do modelo Gama Potência máxima com Gestãode Potência do Motor

T7.270 T7 269 cvT8.390 T8 389 cvT9.670 T9 669 cv

A nova imagem gráfica do capô realça a nova abordagem denumeração, na medida em que o número da potência máxima comgestão de potência do motor será incluído com a placa prateada damarca comercial da New Holland e o logótipo amarelo da marca.

Esta alteração será introduzida aquando do lançamento de novosprodutos, as gamas de tractores existentes manterão os seus nomese números actuais.

Nova numeração das séries

MAQUINARIA AGRÍCOLA

18

Page 19: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

mina em grandeO início da era da vindima inteligente

Cada vez maislimpos

com 20 tractores e 6 modelos de

ceifeiras-debulhadoras. A solução Tier

4A da Marca oferece hoje aos seus

clientes a tecnologia do futuro, na

medida em que a New Holland utilizará

também a tecnologia SCR para

satisfazer os ainda mais rigorosos

regulamentos Tier 4B relativos a

emissões que entrarão em vigor em

2014.

Juntamente com o seu parceiro de

desenvolvimento de motores, a Fiat

Powertrain Technologies, está

actualmente a introduzir uma gama de

motores altamente eficientes em termos

de combustível, produtivos e em

conformidade com as normas Tier 4A,

que oferecem custos de exploração

mais baixos. No início de 2011, a New

Holland apresentará a oferta Tier 4A

Em 2011a oferta Tier 4A será mais ampla

continua na página seguinte

Sobre astecnologias

New Holland emconformidade comas normas Tier 4Aconsultar ediçãoMarço - Abril daRevista Voz doCampo - pág. 6

A New Holland Agriculture está

totalmente empenhada em fornecer

soluções inteligentes que tornam a

exploração agrícola mais eficiente,

respeitando ao mesmo tempo o ambiente.

A solução Tier 4 escolhida está

perfeitamente em harmonia com esta

filosofia. Além disso, a Marca não a

considera apenas um requisito legal, mas

um papel fundamental a desempenhar

pelos fabricantes de maquinaria agrícola a

fim de salvaguardar o ambiente rural para

as futuras gerações.

A posição de Líder de Energia Limpa

da New Holland baseia-se em elementos

fundamentais para o respeito pelo

ambiente, incluindo o biodiesel, as normas

Tier 4, o tractor a hidrogénio NH2™ e o

conceito de Exploração Agrícola

Energeticamente Independente.A New

Holland é internacionalmente reconhecida

como pioneira no uso de combustíveis

renováveis, e foi o primeiro fabricante a

oferecer compatibilidade com o biodiesel

para os seus produtos, em 2006. Durante

os últimos cinco anos, foi efectuada mais

investigação sobre as aplicações agrícolas

do biodiesel e, actualmente, 85% de toda

a gama de produtos da New Holland pode

trabalhar com biodiesel a 100%.

O revolucionário e premiado tractor a

hidrogénio NH2™ no conceito de

Exploração Agrícola Energeticamente

Independente permite que os agricultores

desfrutem de uma total autonomia de

combustível, satisfazendo todas as suas

necessidades em termos de combustível.

A New Holland está actualmente em

processo de estabelecimento de primeira

exploração agrícola piloto

Energet icamente

I n d e p e n d e n t e

junto da sede da

Marca em Turim,

Itália.

MAQUINARIA AGRÍCOLA

Seguindo uma tradição de excelência

e inovação com mais de 35 anos, a New

Holland revoluciona uma vez mais o

universo das vindimas e lança uma série

totalmente nova de seis modelos de

vindimadoras de elevado rendimento,

proporcionando aos grandes

produtores vinícolas uma alteração

completa da forma de gerir as operações

de vindima e a actividade vinícola.

As vindimadoras BRAUD são

sinónimo de colheitas da melhor

qualidade desde que foram

inicialmente introduzidas em 1975.

Actualmente, a nova série Braud 9000

tira partido destes antecedentes

compostos pelo sistema de sacudidura

SDC com fixação flexível de vara, um

sistema de cesto inigualável e verdadeira

versatilidade multifunções,

acrescentando novas características

como o sistema transportador e

aspiradores de maiores dimensões, que

melhoram a limpeza, e a melhor

separadora-desengaçadeira integrada,

proporcionando aos produtores de

vinho um sistema completo e avançado,

e no entanto fácil de gerir, que permite

tornar realidade qualquer projecto

vinícola de

qualidade.

19

Page 20: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Exploração agrícolapilotoEnergeticamenteIndependente junto dasede da New Hollandem Turim, Itália

A New Holland lançou o seu

veículo utilitário 4WD no mercado do

Reino Unido, sinalizando uma nova era

na Task Utility Vehicle (UTV),

desempenho e versatilidade.

New Holland oferece o Rustler 120

em dois modelos: um para a estrada e

outra para o uso off-road, permitindo

que os operadores para optimizar a

vida profissional - qualquer que seja a

tarefa (alimentação do gado, consertar

cercas ou inspeccionar as culturas...).

Em cima disto, o Rustler 120 também

oferece uma opção atraente em

actividades de lazer, como caça, pesca

e golfe, com a disponibilidade de

pintura de camuflagem.

Rustler 120

A FPT - Fiat Powertrain Technologies é a empresa

do Grupo especializada e dedicada à pesquisa,

desenvolvimento, produção e venda de motores e

transmissões.

Com a sua produção anual de cerca de 2,6

milhões de motores, 2,4 milhões de transmissões

e eixos, 20.000 funcionários, 22 fábricas, 14

centros de investigação e uma rede de

revendedores em mais de 100 países, a FPT é

um dos mais importantes actores a nível mundial

do powertrain.

O conceito de Exploração Agrícola Energeticamente Independenteconcentra-se na capacidade das explorações agrícolas produziremelectricidade a partir de fontes naturais com baixo impactoambiental.O conteúdo altamente inovador do projeco fez com que fosseincluído entre os melhores da indústria “2015 - Novas Tecnologiasmade in Italy”, promovido pelo Ministério do DesenvolvimentoEconómico italiano.

Gama T7Em conformidade com as normas Tier 4A para umamaior eficiência agrícola, produtividade e flexibilidade

Escolha da estrutura padrão com ummáximo de 557 cv ou de uma estruturasólida com um máximo de 669 cv parauma flexibilidade total.Conforto excelente para o operador, comníveis de ruído reduzidos na cabina paraaumentar a produtividade.O premiado apoio de braços SideWinder™II oferece excelência ergonómica econtrolo intuitivo do sistema de conduçãoautomática totalmente integrado.Os motores Cursor 9 e 13 SCR da FiatPowertrain Technologies para

Gama T9Um novo conceito para a agricultura intensiva

Motores made by Fiat Powertrain Technologies

conformidade com as normas Tier 4Arelativas a emissões permitem obtercustos de exploração significativamentemais baixos.Melhor desempenho hidráulico da suaclasse com um máximo de 428 litros/minuto.Estrutura robusta para possibilidadesexcepcionais de lastragem.Transmissão robusta e comprovada.Múltiplas opções de pneus, incluindocompatibilidade com pneus Super Singlepara modelos de estruturas padrão.

MAQUINARIA AGRÍCOLA

20

Novos TractoresNovos Tractores

A gama T7 accionada pelo motor NefSCR de 6,7 l i t ros da FPT paraconformidade com as normas Tier 4Aoferece maior desempenho eeficiência.Foram adicionados quatro modelos dedistância curta entre eixos a esta novalinha para uma gama mais ampla.A comprovada transmissão de variaçãocontínua Auto Command da New Holland,fabricada internamente, na Antuérpia,para precisão de funcionamento e

economia de combustível.O apoio de braços SideWinder™ IIvencedor de vários prémios para umfuncionamento ergonómico e um controlointuitivo absolutos do sistema decondução automática totalmenteintegrado.Relação peso/potência de 28,3 kg/cv líderna sua classe.Manobrabilidade e versatilidade líderes dosegmento.Impressionante caudal hidráulico de até140 litros/minuto.

Page 21: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

T8 redefine os tractoresde elevada potência

A gama T8, florão da New Holland,

foi concebida para revolucionar a

agricultura com o conceito compacto

de grande distância entre eixos. Este

feito é resultado de uma profunda

investigação levada a cabo em

cooperação com os clientes para

garantir uma produtividade máxima e

eficiência agrícola. Esta arquitectura

revolucionária do tractor concilia a

estabilidade do transporte de um design

de grande distância entre eixos com a

manobrabilidade dos tradicionais

tractores de cultivo em linha para

propor aos clientes uma máquina

verdadeiramente universal. Além disso,

a nova gama T8 oferece aos clientes

uma total experiência New Holland,

com um design distintivo,

funcionamento intuitivo, qualidade e

fiabilidade. O hidráulico dianteiro de

metal fundido totalmente integrado

melhora ainda mais a versatilidade e

garante uma manobrabilidade

excepcional.

O novo modelo, fornecido com

soluções engenhosas que permitem

melhorar a eficiência agrícola, é perfeito

para grandes empresas agro-

alimentares, empreiteiros e grandes

produtores leiteiros; além disso, é o

parceiro ideal para as famosas ceifeiras-

debulhadoras rotativas e convencionais,

a gama de ensiladoras de forragem FR e

as enfardadeiras BB de grandes fardos

quadrados da New Holland.

A tecnologia SCR utilizada para

conformidade com as rigorosas normas

Tier 4A relativas a emissões foi

desenvolvida em parceria com a Fiat

Powertrain Technologies. Um

elemento fundamental do sistema

SCR é o AdBlue/DEF, a solução que é

injectada no sistema de pós-

tratamento para neutralizar as

emissões nocivas de gases de escape

produzidos durante a combustão.

Este transforma-as em água e azoto,

ambos existentes naturalmente no

ambiente.

A tecnologia SCR oferece grandes

vantagens em termos de desempenho.

Os motores Cursor 9 SCR beneficiam

de 273 a 389 cavalos-vapor de potência

máxima com Gestão de Potência do

Motor graças ao sistema de Gestão de

Potência do Motor da New Holland,

O mais potente tractor Tier 4A SCR do seu segmentocom custos de exploração mais baixos

Com uma forte presença na última

edição da Agroglobal (ver página seguinte)

a New Holland quis mostrar ao público as

suas últimas novidades para a agricultura,

particularmente em equipamentos

destinados às grandes culturas, como o

milho, por exemplo.

Num espaço de 800 m2, teve em

exposição um elevado número de tractores

da gama de maior potência, juntamente

com uma importante representação de

equipamento forrageiro, encabeçada pela

ceifeira CR9070 e da picadora de forragem

FR9060.

Os visitantes do stand New Holland

puderam ainda comprovar a comodidade

da cabina de modelos como o T7000 Auto

CommandTM (Tractor do Ano 2010) e o

modelo T6090 Grande.

Também na zona destinada à

Agricultura de Precisão foi exposta a oferta

de produtos GPS e autoguiamento da New

Holland. Realizaram-se demonstrações

práticas colocando um sistema EZ Steer

num dos tractores em trabalho, mostrando

assim as respectivas vantagens na redução

de custos e aumento de produtividade.

Líder em váriossectores

Apresentação do sistema de transmissãocontínua na Agroglobal’10

MAQUINARIA AGRÍCOLA

21

que ajusta continuamente a potência

do motor para perfeita adaptação às

condições de trabalho reais através

de uma detecção inteligente da tomada

de força, das cargas hidráulicas e de

transmissão.

A introdução deste motor

altamente eficiente e da avançada

tecnologia pós-tratamento na gama

T8 oferece aos clientes uma redução

de 17% nos custos globais de

exploração graças a um melhor

consumo do combustível e intervalos

de revisão 100% mais longos. Por cada

euro gasto no AdBlue, os utilizadores

economizarão sete euros em

combustível. Ao optarem pela

tecnologia SCR na gama T8, os

clientes da New Holland investiram

numa solução para as emissões e num

tractor rentável.

Page 22: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Produzir alimentos ou bens públicos?Sob o lema “Agricultura – De Novo Prioridade

Económica Nacional” a Agroglobal’10 - Feira do Milho edas Grandes Culturas – marcou irremediavelmente opanorama das grandes feiras agrícolas nacionais.

Numa tónica totalmente diferente do que até agora sefazia em Portugal, a Agroglobal introduziu o conceito dedemonstração no terreno, levado muito a sério, comlargos hectares preparados para que as máquinas e osequipamentos pudessem mobilizar, semear, plantar,pulverizar, colher, triturar, transportar, entremuitas outras operações possíveis.

No Mouchão da Fonte Boa, Valada doRibatejo, no Cartaxo, reuniram-se as grandesmarcas de máquinas e equipamentos agrícolas,sementes, agro-químicos, fertilizantes, regas – furos,energia, veículos e serviços que quiseram mostrar aovolumoso público quais as suas mais recentes novidades.

Já na agenda dos políticos nacionais, a Agroglobal,que teve este ano apenas a sua segunda edição, tambémdiscutiu os grandes temas da agricultura portuguesa,nomeadamente “Agricultura de novo prioridadeeconómica nacional?” e “PAC – Pós 2013”,

debatidos em mesas redondas com algumas dasindividualidades do sector e que contaram sempre complateias repletas e atentas.

A organização, da responsabilidade da empresaValinveste, faz um balanço positivo avançando que a partirde agora a periodicidade do evento passará a ser bianual.

Agroglobal lança questões para o futuroda agricultura portuguesa e europeia

“Acho que a pior coisa que podia

acontecer à agricultura portuguesa era

ser de novo prioridade nacional, basta

olhar para o que foram as últimas dessas

prioridades que têm sido catastróficas.”

João César das Neves no Seminário “Agricultura,

de novo prioridade nacional?”

“A agricultura vai voltar a ser

prioridade quando houver uma crise

pior do que aquela que já houve

porque a Europa está sem stock

nem protecção e continua a destruir

o seu tecido produtivo.”

Luís Mira no Seminário “Agricultura, de novo

prioridade nacional?”

“Apesar de tudo, o enquadramentoda PAC pós 2013 é favorável, comum aviso claro de que é precisoproduzir para além dos benspúblicos”.

João Machado no Seminário “PAC - pós 2013”

“É quase certo que os apoios aos bens

públicos, ambientais e sociais vão assumir

uma importância maior do que a que têm tido

até agora.”Francisco Avillez no Seminário “PAC - pós 2013”

“A esmagadora maioria da agricultura

europeia não vive sem ajudas.”

Arlindo Cunha no Seminário “PAC - pós 2013”

“O que está em causa não é a PAC mas

os modos de funcionamento do mercado,

onde a globalização começa a atingir-nos

de uma maneira muito áspera.”

Armando Sevinate Pinto no Seminário “Agricultura,

de novo prioridade nacional?”

GERAL

Page 23: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Pub.

Facilidade e rapidez de aplicação semnecessidade de máquinas para a suaaplicação;Eliminação das águas residuais existentescom a utilização dos métodos tradicionais;Redução da contaminação ambientalprovocada pelo uso dos Drencher’s;Permite efectuar re-tratamentos para umaconservação a mais longo prazo;Permite manter, sem afectar a sua eficácia,o LMR abaixo do permitido, ajustando adose de tratamento e efectuando re-tratamentos.

Novo produto para tratamento na pós-colheita

Distribuído por: Nutea de Portugal, LdaRua D. Dinis, n.º 85 - Delgada - 2540-626 Roliça

Tel. 262 602 330 | [email protected]

Numa época de alterações profundas nosector dos tratamentos pós-colheita com anão inclusão da DIFENILAMINA no anexo I, asua consequente retirada do mercado, e comas constantes revisões em baixa dos LMR(1)

dos produtos aplicados, a Nutea de Portugal,Lda, empresa pioneira nos tratamentos pós-colheita em Portugal, vem uma vez maisintroduzir um produto inovador, neste caso oFRUITFOG - I, produto fabricado pela FOMESAFRUITECH S.L. e distribuído em Portugal paratratamento de peras e maçãs pela NUTEA DEPORTUGAL, LDA.

FRUITFOG - I Lata fumigena para tratamentos Fungicida

em pós-colheita de maçãs e peras.

Lata fumigena fungicida à base de 25 %de IMAZALIL para tratamento em pós-colheitade maçãs e peras em câmaras deconservação frigorífica,controlando osprincipais fungos responsáveis pelapodridões causadas em pomóideas :Penicillium spp, Phomopsis spp, Gloesporiumspp,... etc.

Determinar a quantidade de fruta a tratar,utilizar o número de latas necessáriassegundo a dose recomendada, agitarenergicamente a lata, retirar o adesivo daparte superior, introduzir o rastilho e acender.Não aproximar a lata de materiais inflamáveis.Fechar a câmara hermeticamente.

Os locais tratados devem permanecerfechados durante pelo menos 24 horas apósa aplicação.

APV Nº 0178 concedida pela DGADR

UTILIDADE :

DOSE:Uma lata de 600g de fumigeno por cada

25 toneladas de fruta.

INTERVALO DESEGURANÇA:

30 dias entre a aplicação do produto e avenda ou consumo das peras e maçãstratadas.

VANTAGENS:

MODO DE UTILIZAÇÃOE DOSES:

(1) LMR - Limites Máximos de Resíduos

Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo

Page 24: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Uma cultura de cuidados - Cocebolacebolacebolacebolacebola

As infestantes competem com a culturapor nutrientes, água e luz. O efeito destaconcorrência manifesta-se numa redução dovigor das plantas, numa diminuição daprodutividade e da qualidade, bem como nainterferência destas nas operações de colheita.

É no período de emergência dasinfestantes, quer em relação à emergência dasplantulas de cebola quer no pós-transplantedas plantas de cebola, que ocorre a maiormagnitude desta concorrência,condicionando gravemente odesenvolvimento da cultura na proporção

CONTROLO DAS INFESTANTES

directa da densidade populacional das plantasinfestantes.

Por outro lado as infestantes sãohospedeiros alternativos para doenças einsectos, e durante os períodos chuvosospodem manter a humidade elevada em tornodas plantas de cebola, contribuindo destemodo para uma maior incidência de doençasfoliares, nomeadamente o míldio e a podridão.

Daí que o seu controlo seja crucial nacultura da cebola, uma vez que esta culturanão tolera a competição promovida pelasinfestantes no período do seu

desenvolvimento, como já referidoanteriormente. Por outro lado as infestantesque emergem no final do ciclo da cultura, nãoafectando sobejamente o rendimento desta,poderão influenciar na incidência de doençase na qualidade da colheita, para além deincrementar o banco de sementes deinfestantes, que irão dificultar o seucontrolo nos anos seguintes (a título deexemplo, uma planta infestante podeproduzir de 2 mil a 200 mil sementes, emmédia, dependendo da espécie e dascondições de crescimento).

Totril®, é um herbicida de contacto absorvido pelasfolhas cujo princípio activo é o ioxinil.

Formulação: Concentrado para emulsão (EC)com 225 g/l de ioxinil (na forma de octanoato).Grupo químico: BenzonitrilinaDose: 1,5 l a 2 l / haClassificação Toxicológica,Ecotoxicológica e Ambiental: Xn, NIntervalos de Segurança: 7 dias em cebolae 14 dias em alho-francês.Protecção Integrada: Autorizado o seu uso.Embalagens: 1 l

O Totril® (ioxinil), pertence à família química dosnitrilos, inibindo a fotossíntese no fotossistema II.

É um herbicida de contacto absorvido quaseexclusivamente pelas folhas. Devido à limitadatranslocação que apresenta, a sua eficácia é máximaquando as infestantes estão no início do seu

O Totril® controla com eficácia um conjuntosignificativo de infestantes dicotiledóneas (folhalarga) susceptíveis de causar sérios problemascompetitivos na fase inicial de desenvolvimento,quer da cultura da cebola quer da cultura do alho-francês, sendo elas:

Amaranthus blitoides (Bredos), Amaranthusretroflexus (Moncos-de-perú), Chenopodium album(Catassol), Datura stramonium (Figueira-do-inferno),Polygonum aviculare (Sempre-noiva), Polygonumpersicaria (Erva-pessegueira), Raphanusraphanistrum (Saramago) Solanum ningrum (Erva-

Aplicar em pulverização 300-400 l/ha de calda, abaixa pressão, sendo ideal 400 l/ha de caldaevitando o escorrimento. No sentido de diminuiro risco de arrastamento (deriva) dever-se-á evitarpressões superiores a 2kg/cm2.Não aplicar Totril® se as culturas estiverem sobcondições adversas tais como stress hídrico,crise de transplantação, encharcamento do soloe outras.Proceder à aplicação em pós-emergência precocedas infestantes (3-5 folhas) e quando a culturaestiver no estádio fenológico das 4 folhasverdadeiras.É no período de maior incidência solar (11,00h –15,00h) que a concentração das ceras nas folhasda cebola e do alho-francês atinge o seu máximo,sendo este o momento óptimo de aplicação doTotril® incrementando a sua selectividade.

desenvolvimento, razão pela qual as aplicaçõesdeverão ser em pós-emergência precoce.

O aparecimento dos sintomas de fitotoxicidadenas infestantes verifica-se passadas algumas horasa alguns dias depois, dependendo esta variaçãodas condições climáticas. Por norma, eminfestantes muito jovens os sintomas surgempassados dois dias, apresentando-se a jovem plantatotalmente necrótica e consequentemente morte.

CARACTERÍSTICAS

MODO DE ACÇÃO

ESPECTRO DE ACÇÃO

CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO

moira) e Sonchus oleraceus (Serralha-macia).O Totril® não tem qualquer controlo nas

infestantes gramíneas.

SANIDADE

Para fazer face a este desafio a Bayer CropScience homologou recentemente o Totril®,um novo herbicida resultado da investigação da empresa, selectivo para as culturas dacebola e do alho-francês e de grande eficácia para as principias infestantes dicotiledóneas.Neste contexto, Totril® constituirá certamente uma considerável mais valia para todosos produtores de cebola e alho-francês, porque é:

Page 25: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

ados - Controlo das infestantes e do míldio

Há dois grupos de doenças que poderãoocorrer com alguma frequência: o das doençasinerentes aos bolbos e raízes (fusariose,bolores, podridão do bolbo e o Phoma

terrestris) e o das que ocorrem nas folhascomo a alternariose, a podridão cinzenta, aestenfiliose e o míldio.

Relativamente ao 1º grupo (doenças dosbolbos e raízes), com o uso de variedadesresistentes de cebola e promovendo-serotações culturais, consegue-se actualmenteminimizar os seus efeitos.

Quanto ao grupo de doenças deincidência foliar , apesar de haver maneiosculturais que auxiliam a sua prevenção, talcomo um adequado equilíbrio nutricional queevita os excessos de azoto na cultura e

CONTROLO DO MÍLDIO

fomenta não só o acesso ao fósforodisponível (facilitador de um bomenraízamento) como ao potássio e cálciopromotores da activação de vários sistemasenzimáticos e de uma melhor estrutura dasparedes celulares, fortalecendo a estruturada planta) por vezes, só com o recurso atratamentos fitossanitários se poderá tersucesso. A acção nefasta do míldio da cebolaque em determinado período do ano (Maio-Junho) condiciona o desenvolvimento destacultura em determinadas regiões do nossopaís, é um dos exemplos.

A primeira evidência do míldio da cebola(Peronospora destructor) é a de uma manchaalongada amarelada e branco-acinzentadatendente a roxo para a zona nuclear da

mancha, na superfície das folhas mais velhas.O tecido foliar em crescimento torna-se verde-pálido, em seguida amarelo e finalmente entraem colapso apresentando as típicas necrosesda acção do míldio.

O míldio desenvolve-se muitorapidamente a partir de uma infecção inicialque, com a subsequente libertação de esporos,se torna numa epidemia se as condições detemperatura e humidade forem favoráveis, istoé, se o número de horas de humectação dasfolhas for de 1,5 a 7 horas e a temperaturaestiver entre os 27º C e os 8º C. Habitualmente,no sentido dos ventos dominantes, observa-sena cultura grupos de plantas com manchasamareladas sendo estes os primeiros sintomasda disseminação de um ataque de míldio.

Como resultado da investigação da Bayer CropScience e da optimização das formulaçõessurgidas no combate ao míldio, o novo produto Melody® Cobre representa uma novageração de um fungicida penetrante, apresentando-se como uma mistura estratégicaentre o iprovalicarbe (aminoácido amido carbamato) e o multisite oxicloreto de cobre(ião cobre), homologado para as culturas da vinha, batata, tomate, alface e cebola,contra fungos da classe dos oomicetas, nomeadamente míldios.

Nome comum: iprovalicarbe & oxicloreto de cobreFamília química: aminoácido amidocarbamato &ião cobreComposição: 40,6% cobre & 8,4% iprovalicarbeFormulação:Grânulos dispersíveis em água (WG)Concentração (Dose): 150g/hl (1,5kg/ha)Intervalo de Segurança: 7 dias em alface e cebolaao ar livre e tomateiro de estufa; 14 dias em batateira;20 dias em tomateiro ao ar livre e 28 dias em videira.

O iprovalicarbe representando a família dosaminoácidos, apresenta uma forte acção fungistáticasobre oomicetas a qual é conseguida através dainibição da germinação dos zoósporos, docrescimento do tubo germinativo, do crescimentodas hifas e da esporulação (excepto na libertaçãodos zoósporos).

Sob o ponto de vista biológico, iprovalicarbepossui ainda uma acção preventiva contra a doençaresultante da inibição completa da infecção ecurativa, se a infecção se tiver iniciado entre 24 a48 horas (dependendo das condições climáticas) oque corresponde a cerca de 25% do período deincubação. Apresenta também uma muita boa acçãoanti-esporulante. Deve no entanto ser usadopreventivamente.

O cobre é um fungicida de superfície ou contactoque é transportado na forma de complexo com osaminoácidos. Desloca-se tanto no floema como no

MODO DE ACÇÃO - BIOQUÍMICOO iprovalicarbe e o cobre são, não só,

substâncias activas pertencentes a famíliasquímicas distintas, como também, possuem ummodo de acção complementar, fazendo, por isso,que o Melody ® Cobre para além de exercer umaforte acção sobre fungos oomicetas seja um produtoparticularmente interessante para o estabelecimentode estratégias de anti-resistência contra o míldiodas diferentes culturas para as quais estáhomologado. Deve, no entanto, ser seguida umaestratégia anti- resistência, pelo que a Bayer CSestabeleceu para o iprovalicarbe e suas misturas,as seguintes recomendações:

Não efectuar mais do que 3 tratamentos porcampanha com este ou outro fungicida com omesmo modo de acção (fungicidas CAA, amidasdo ácido carboxílico).O Melody® Cobre não deverá ser aplicado noslocais onde se comecem a verificar faltas deeficácia do produto.Utilizar Melody® Cobre preventivamente nocombate ao míldio.Com um perfil toxicológico e ecotoxicológico

favorável é igualmente considerado uma boaalternativa em programas de protecção integrada,estando incluído nas listas Oficiais de ProduçãoIntegrada.

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

MODO DE ACÇÃO - BIOLÓGICO

O iprovalicarbe apesar do seu mecanismo deacção ainda não ser totalmente conhecido, sabe-seque por um lado influencia o metabolismo proteicodo fungo, nomeadamente, conduzindo a umaredução no teor de aminoácidos livres contidos nomicélio e por outro lado altera as proporções relativasde aminoácidos nas proteínas, não conduzindo noentanto a qualquer inibição na síntese destas.

O iprovalicarbe mesmo quando presente emconcentração sub-fungistáticas tem influência noprocesso de síntese das paredes celulares do fungo.Apesar de não ter tido acção directa na sínteses deglucano celulose, origina a desorganização daestrutura de micro fibras celulósicas. Emconsequência, as hifas e os outros orgãos do fungosão anormalmente deformadas conduzindo à suamorte. Sabe-se também que ao contrário dasestrobilurinas o iprovalicarbe não afecta a respiraçãodos zoosporângios, a emergência dos zoósporos ouo transporte de electrões nas mitocôndrias.

Não interfere significativamente no metabolismosdos ácidos nucleicos (ex. fenilamidas),

nem no metabolismo dos lípidos ou na síntese deglucano/celulose (ex. triazóis e morfolinas).

Os catiões de cobre, por seu lado, são essenciaiscomo micronutrientes das plantas. Fazem parte demuitos enzimas que catalizam os processos deoxidação e redução na cadeia respiratória das plantas,

MANEIO DAS RESISTÊNCIAS

Autoria: Pedro Pinto Basto - Gestor de Produto - Bayer

xilema, sendo as concentrações particularmenteelevadas no sistema redicular ou nas folhas maisvelhas onde podem inclusivamente formar depósito.

além de serem fundamentais para a sintese daclorofila.

SANIDADE

Page 26: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Como vem sendo habitual, a cada dois anos, teve lugarem La Menitré, onde tem sede a Vilmorin, em França, umavisita técnica com clientes à plataforma de alfaces que ali seencontra. Durante dois dias de Open Days houve aindaoportunidade de visitar a Fábrica e o Laboratório deTecnologia de Sementes.

Interlocutores tão diversos como produtores, viveiristase técnicos tiveram oportunidade de observar e seleccionarvariedades de tipologias tão diversas como alfaces Batavias,alfaces Lisas, Folhas de Carvalho, Icebergs, Multifolhas,Romanas, Lollo Rosso e Babyleaves.

Na visita houve oportunidade de observar o “caminho”

A “família” Vilmorin continua a crescer

Edição 2010 da Plataforma Internacional de Alface

Além das variedadescomerciais presentes comoLirice, Abbice e Pitice, há adestacar para a campanha dePrimavera/Verão a BVP9124,alface de tipologia aberta, comfrisado médio, compacta, compeso médio de 550-600g, comuma base semi-cónica muitolimpa e atraente na caixa. Estavariedade possui altaresistência a míldio (Bl 1-27) ea pulgão (Nr0).Tem aptidãopara consumo em fresco e em4ª gama pois apresenta asfolhas praticamente todas domesmo tamanho e bomrendimento.

percorrido pela semente desde a sua entrada na Fábrica aoembalamento final e expedição passando pelo Laboratóriode Tecnologia de semente.

Foi uma excelente oportunidade de observar e entenderas diferentes apresentações de sementes que a empresadisponibiliza para o mercado profissional e pelo qual temreconhecimento a nível internacional. A semente VILROBque permite um excelente posicionamento durante oprocesso de sementeira e limita o número de duplas oufalhas. A SPHERA que permite ao viveiro uma sementeiraprecisa e a VILSEED que optimiza a densidade de sementeiraem campo e apresenta uma boa qualidade germinativa.

A gama de Mini-Romanasconta com mais umavariedade comercial –Habanera, com cor verdebrilhante e dupla aptidão –fresco e indústria.

Em alfaces lisas duasvariedades já ensaiadas emPortugal despertaram grandeinteresse – BRP 6621 eBRP30191, com altaresistência ao míldio e aopulgão, e com muito boaapresentação. A primeira paramercado em fresco e asegunda com dupla aptidão.

Comice (Bl 1-26) e Exquise (Bl 1-27), duas variedades comerciais em Portugalhá já alguns anos também se encontravam na plataforma, prova da estabilidadedas variedades Vilmorin que se mantêm na gama durante vários anos.

A gama de icebergs continua acrescer igualmente com quatrovariedades já comerciais:Antartica e Kirkeniadireccionadas para o mercadoinglês de fresco e indústria, eCorwallia e Siplia, Bl 1-26 ecom alta resistência a pulgão.

Em batavias vermelhas houveuma variedade que despertouinteresse para desenvolver emPortugal, já que de momentonão existe na gama comercialuma variedade deste tipo, aBVP A 6857.

26

HORTICULTURA

Autoria:

Sandra Marques

Page 27: Voz do Campo
Page 28: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Com objectivo de

analisar a cultura do

pimento face a novas

tecnologias de produção,

nomeadamente a utilização

da mecanização na colheita,

realizou-se um Dia de

Campo nos terrenos

agregados à Organização de

Produtores, Hortas de

Santa Maria, em Salvaterra

de Magos. Presentes

estiveram as casas de

sementes e de fitofármacos,

os produtores e a indústria,

todos visando o objectivo de

preparar a cultura para a

mecanização, dada a

crescente escassez de mão-

de-obra, assim como de

expandi-la dado revelar-se

muito aliciante. Georgina

Rodrigues, técnica agrícola da

Hortas de Santa Maria,

reconhece que há aspectos a

melhorar a nível de

operações culturais e para

isso foi lançado o desafio às

empresas de fitofármacos

para apresentarem um

Mecanização da colheita rentabiliza culturaherbicida homologado

destinado à cultura. Para as

empresas de sementes o

desafio é obterem variedades

com maturação homogénea.

Neste Dia mostrou-se

como fazer a cultura em linha

simples, usando a mesma

tecnologia de produção do

tomate.

Para a Hortas de Santa

Maria a cultura do pimento

é significativa e nos últimos

anos tem havido aumento de

áreas e melhorias em termos

culturais. Agora os

produtores estão muito

receptivos à mecanização da

cultura até porque podem

ser aproveitados os

equipamentos usados na

cultura do tomate.

Para já ainda não está

definido se será a organização

de produtores ou a indústria

a adquirir a máquina, mas

nunca será uma máquina para

cada produtor, tendo em

conta que o país inteiro faz

800 a 1000 hectares anuais.

O pimento produzido

pelos associados da Hortas

de Santa Maria destina-se

exclusivamente à indústria

de congelação, neste caso a

Dardico, para quem o

pimento é a principal

cultura na campanha de

Verão, representando cerca

de 40% da laboração da

fábrica, conforme avança

Luís Domingos, técnico

agrícola da empresa.

Para dar garantias aos

seus clientes a Dardico acompanha a

cultura desde o primeiro passo, daí

estar envolvida com a produção na

escolha dos melhores processos

produtivos mas também das variedades,

elemento fundamental que deve possuir

determinadas características adaptáveis

à colheita mecânica. Há um trabalho

muito estreito com as casas de sementes

na obtenção desse tipo de variedades

mas sabendo-se que é um processo

muito demorado. Até lá vão-se

alterando formas de trabalhar visando

a redução de custos.

Nos últimos anos a empresa não

tem verificado aumento do número de

produtores, bem pelo contrário. Mas,

por seu turno, tem crescido a área

unitária de cada um deles,

cada vez mais profissionais.

Quanto à última

campanha é definida como

muito difícil em todos os

aspectos. Foi preciso reduzir

área e preços, o que não é

fácil quando existe uma

estrutura de produtores que

tem a cultura estabilizada nas

rotações. Depois, em termos

climatéricos, também foi um

ano difícil, com muita chuva

na implantação da cultura,

criando dificuldades na instalação e na

desinfecção dos solos, operação

extremamente importante no controlo

de infestantes e de algumas doenças,

que, quando não realizada, aumenta os

custos de produção. Em resultado não

se esperam produções tão boas como

as atingidas no ano anterior, que foi de

super produção.

Exclusivamente para indústria

HORTÍCOLAS

Page 29: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 30: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Uma a uma, todas uniformes na grossura, pesoDesde que mudou para as actuais

instalações, no início deste ano, aPrimoHorta (Sociedade de Produtoresde Hortícolas) viu a sua capacidadede trabalho duplicada, o que lhe dámargem para que a área de produçãovenha a crescer, tendo em conta ofacto do nosso país ainda importar umagrande percentagem da cenoura queconsome, isto segundo José PedroGonçalves e Isabel Ferreira,respectivamente sócio-gerente edirectora geral da empresa. Apesar deparecer simples este objectivo esbarracom vários entraves, desde adificuldade dos produtoresconseguirem terrenos para fazerem arotação de solos, de acordo com aprotecção integrada, até àconcorrência, sempre feita por via dopreço.

Ainda assim estes entraves nãoassustam os produtores nem aPrimoHorta que os acompanha naíntegra para que chegada a fase decomercialização seja possível obtertodas as certificações exigidas pelosmercados mais rígidos. Aliás, cerca de50% da produção da PrimoHorta éexportada, precisamente porque noestrangeiro mais facilmente lhereconhecem a qualidade que oconsumidor português ainda descura,muito por falta de informação.

Tem crescido a exportação para aAlemanha e realizaram-se já algumasexperiências positivas com algunspaíses africanos de língua oficialportuguesa. Os responsáveisrecordam igualmente contactos compaíses nórdicos, onde o produto foimuito bem acolhido mas que o seuencarecimento por via do transportepara já não viabilizou.

30

Passou do método convencional para protecçãointegrada, por sua vez conferindo-lhe mais qualidade, paraalém da segurança alimentar. Tal conseguiu-se através deformação dada aos agricultores e com o acompanhamentotécnico do departamento agrícola da PrimoHorta. Ano apósano também tem havido preocupação de seleccionar asmelhores variedades, mais adaptáveis à região e queobviamente tragam mais aproveitamento para os agricultores.

EVOLUÇÃO DA CULTURA

2009 259

ÁREA DE PRODUÇÃO (ASSOCIADOS)

Ano hectares

2005 185

É uma cultura totalmente mecani-zada no campo e dentro da

própria central, onde se investiufortemente em novos equipamen-

tos, nomeadamente para lavar,polir, calibrar, pesar e embalar acenoura. Os novos calibradores

escolhem a cenoura pela grossu-ra e comprimento, obtendo-selotes muito mais uniformes,

importante para responder àscrescentes exigências do

mercado em relação a essespormenores.

Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo

Page 31: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

sura, peso e comprimento

Os 14 produtores associados têm respondido a todos osrequisitos e é com muito orgulho que a empresa fala de um grupomuito coeso, que cresceu em conjunto, conhecendo muito bem acultura e que só não produz mais quando é impedido por falta deterreno. Importa dizer que a empresa trabalha também com algunsprodutores não associados quando necessário e, nesse caso, é-lhes prestado todo o apoio e acompanhamento como se fossem.

Por outro lado a PrimoHorta recorda que quando entrou nomercado “já havia muita cenoura à venda” por isso quis diferenciar-se por via da qualidade. Tem instalado um sistema de rastreabilidadeque lhe permite saber a qualquer momento a proveniência dequalquer cenoura, possuindo igualmente várias certificações, oque obviamente encarece o produto. Quando se olha para ummercado apenas regulado pelo preço, a concorrência deixa de serleal, daí que a empresa peça mais intervenção às entidadesreguladoras. “Não temos qualquer receio da concorrência desdeque funcionemos em pé de igualdade e o nosso maior problema éprecisamente exigirmo-nos o que outros operadores não exigem asi mesmos”, sustenta Isabel Ferreira.

Produtores são muitoprofissionais

Pub

.

Com vontade de crescer e procurar novosmercados a PrimoHorta quer dar continuidade aotrabalho que vem desenvolvendo e acima de tudomanter os actuais clientes satisfeitos.

Em termos líquidos, no ano 2005comercializaram-se cerca de 12mil toneladas de cenoura.No ano 2009 já foram 21 miltoneladas, considerando amédia de 30% de refugo,produziram-se 26 mil.Este ano a produção ultrapassoujá as 16 mil toneladas.A cenoura de refugo destina-se àalimentação animal.

Dados de Produção

Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo

Page 32: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Crise económica de Portugal:

Uma oportunidade para construir uma novapolítica para a sua agricultura?

Há cerca de um ano, Setembro de

2009, visitei as propriedades de um

potencial interessado em apresentar

uma candidatura aos apoios do

ProDeR investimento. Registei a sua

história: em 1988 instalou-se como

Jovem Agricultor, deixando a sua

profissão de empregado de escritório,

investindo 25 mil contos (125 mil

euros) em instalações pecuárias para

12 vacas leiteiras, assumindo os cinco

hectares das terras de família. Mais

tarde teve que tomar a decisão se

ampliava a exploração (nunca

conseguindo atingir a escala mínima

para ser competitivo por falta de terra

disponível para área forrageira), ou

vender as vacas e a quota leiteira.

Decidiu terminar com a exploração

leiteira e mostrou-se satisfeito com a

decisão, pois vendeu a quota leiteira e

as vacas por preços muito altos, “pico

da procura”, e escapou à actual crise

desta fileira. Passou para a produção

de bovinos de engorda em part time

(conseguiu emprego como funcionário

público) e nesta altura chegou à

conclusão que a actividade que

desenvolve, alia a limitação de

escoamento do produto por escassa

dimensão na actividade à curta margem

bruta, o que se traduz em deficiente

rentabilidade.

Questões que levanta este exemplo

paradigmático de muitos portugueses

que investiram na agricultura com as

ajudas europeias: O Ministério daAgricultura não deveria ter umaPOLÍTICA ESPECÍFICA para odesenvolvimento da AgriculturaPortuguesa? O que se aprendeu com

a experiência de 24 anos de ajudas

europeias, quanto a economias de escala

para ganhos de rentabilidade e acessos

a mercados internacionais,

desenvolvimento económico

sustentável das fileiras a médio/longo

prazo, etc. etc.?

Estas reflexões vêm a propósito de

um artigo do “The Economist”

publicado no Caderno de Economia do

jornal Expresso, 18 de Setembro de

2010, cujo título é: “Como alimentar o

mundo” e Subtítulo “Milagre Agrícola

A sabedoria convencional emergente

sobre a agricultura mundial é

pessimista. Mas há uma alternativa”.

O artigo começa assim: “O mundo está

a cultivar uma nova colheita pujante: o

“agropessimismo” ou o medo que a

humanidade não consiga alimentar-se

senão através da destruição do

ambiente”. Elenca os problemas da

agricultura actual e dá exemplo do

Brasil que em 40 anos desafiou o

domínio dos cinco grandes

exportadores mundiais de produtos

alimentares (EUA, Canadá, Austrália,

Argentina e Europa). “Ainda mais

espantoso do que o seu sucesso, foi a

forma como foi atingido”. O Brasil com

receio de não conseguir importar os

produtos alimentares suficientes para

a sua população decidiu alargar a sua

produção interna obtendo sucesso pela,

importação de modelos tecnológicos de

outros países tendo-os adaptado pelo

uso da investigação científica,

promoção da dimensão das explorações

agrícolas acima do limiar das economias

de escala para cada actividade,

utilização de capital intensivo, abertura

ao comércio mundial e novas

tecnologias agrícolas.

Na minha opinião, Portugal com a

crise económica que vive neste momento,

deveria estudar e utilizar o método do

Brasil, aplicando-o com as devidas

adaptações à realidade nacional e mudar

o paradigma do desenvolvimento da sua

agricultura assumindo uma política

agrícola própria. Será pedir demasiadoaos responsáveis políticos do governoe da oposição que tracem uma novapolítica própria para a agriculturaportuguesa?

32

OPINIÃO

Autoria:José Martino(Eng.º Agrónomo )

www.josemartino.blogspot.com

Uma oportunidade para construir uma novapolítica para a sua agricultura?

Crise económica de Portugal:

Page 33: Voz do Campo
Page 34: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

A plantação de vinhas na Herdadedo Vale da Rosa, em Ferreira doAlentejo, teve início pela mão do pai doseu actual administrador, no longínquoano de 1965. Já então eram vinhaspara produção de uva de mesa queentraram no mercado da exportaçãoalguns anos mais tarde,nomeadamente para Inglaterra, Bélgicae Alemanha. Este esforço intenso naexportação levou também à instalaçãode equipamentos frigoríficos quepermitiam a conservação da uvas e arespectiva comercializaçãoextemporânea. Foi uma “época de ouro”para a empresa, dadas também asrestrições à importação existentes nonosso país, mas interrompida pelaocupação das terras aquando da

Revolução.A família Silvestre Ferreira emigrou

para o Brasil, onde não demorou aimplantar um projecto semelhante, noEstado do Paraná.

Com a devolução de parte daspropriedades no Alentejo a famíliadividiu-se e o patriarca voltou a Portugalenquanto que António SilvestreFerreira continuou no Brasil. Em 1999,por motivos de doença de seu pai,regressa a Portugal , herdando apropriedade onde estão instaladas asuvas.

Naturalmente, ao assumir onegócio em Portugal procura algunsdos antigos contactos comerciais,nomeadamente em Inglaterra,apercebendo-se que por essa altura

o país apenas importava uvas semgrainha.

Embora no Brasil já tivessetrabalhado com esse produto, emPortugal era inexistente, obrigando a umtrabalho de raiz em busca das melhoresvariedades e mais adaptáveis à região.É um trabalho que decorre há dez anos,sem interrupção, a dada altura emparceria com uma empresa californianaespecializada nestas variedades de uvae hoje principal fornecedora da Herdade.

Aos 100 hectares de vinhaherdados somam-se já mais 130, dosquais 60 estão situados noutrapropriedade onde António Silvestreconstituiu uma sociedade com umamigo. Mas, todas as uvas sãocomercializadas pela Vale da Rosa.

Nota-se um incremento no consumo de u

34

A aposta na sofisticaçãodo produto e na melhoriada qualidade do mesmovai dar bons resultadosmesmo apesar dainsegurança marcadapelos actuais tempos decrise. Pode parecer umaincoerência investir-seagora na qualificação deprodutos, mas, como atendência natural éinversa, o empresárioacredita que cada vezmais o seu produto teráespaço no mercado.

Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo

Page 35: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

umo de uvas sem grainha

A produção é toda em áreacoberta, sendo que as uvas maisprecoces são feitas em estufa,forçando o seu desenvolvimento, nosentido de antecipar a produção. Asuvas tardias, por seu turno, são todascobertas com rede e depois complásticos, mas com o objectivo de asatrasar, para além de as proteger.Assim sendo, a Vale da Rosa tem umavindima que se estende por quatromeses e meio.

A área ainda não está toda emplena produção mas conseguem-sejá cerca de quatro mil toneladas deuva por ano, sendo o potencial deprodução de cerca de seis mil.

Neste seguimento, já estão adesenvolver-se esforços para que oproduto possa estar mais tempodisponível e ainda este ano serãoinstaladas novas estufas, ainda maissofisticadas que as actuais e quepermitirão dar início à produção maiscedo (início de Junho). Ao mesmotempo está a ser feito um projecto decâmaras frigoríficas para conservaras uvas . Concluídos estes projectosa Vale da Rosa terá uma propostaalargada para os vários mercados,com produto disponível durante setemeses no ano.

Produção todaem área coberta

A cada ano que passa nota-se um incremento no consumo dasuvas sem grainha , levando oempresário a acreditar que dentrode poucos anos serão essas asuvas mais consumidas emPortugal, à semelhança do quetem acontecido noutros paíseseuropeus.

Na produção, Portugal não temestado muito vocacionado para auva de mesa, apresentando-se aHerdade do Vale da Rosa comocaso único a trabalhar ao mais altonível, com estufas, produção forade época e uma mão-de-obra queem média ronda as 300 pessoasvisto ser preciso muito trabalho decampo com vista a obter umproduto de tão alta qualidade.

É uma produção que requermuita tecnologia, implicando paratal um elevado investimento. Aorganização da empresa acabapor ser também fora dotradicional, muito centrada naconquista de mercadosestrangeiros. É uma estruturamuito pesada, ligada a assessoresinternacionais que regularmentevisitam as instalações,trabalhando também com muitostécnicos de nível superior. Face aesta estrutura pesada énecessário procurar economia deescala e a ideia é aumentar a áreade plantio.

Sobre o mercado nacional, António Silvestre Ferreirareconhece que a marca Vale da Rosa já tem um grandeprestígio e toda a aposta realizada tem colhido os seusfrutos. A empresa sente-se acarinhada tendo recebidovários políticos nos últimos anos e no último 10 de Junho oseu administrador até foi condecorado com a Comenda deMérito Agrícola, pelas mão do Presidente da República.Acredita que o que está a fazer na sua empresa é o queforçosamente a região virá a fazer de futuro porque temcondições e know-how para o fazer, sobretudo agora comas oportunidades proporcionadas pela água de Alqueva.Aliás, na visão do empresário, dentro de pouco tempo,com Alqueva, o Alentejo passará a ser uma região muitoimportante a nível europeu na produção frutícola, nãoencontrando razões para a continuada importação massivade alimentos.

Empresa sente-se acarinhada pelo país

António Silvestre Ferreira recebe a Comenda de Mérito Agrícola

35

Apartado 111

7900-909

Ferreira do Alentejo

(t)+351 284 739 933

(f)+351 284 739 932

(e)[email protected]

(w)www.herdadevaledarosa.com

Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo

Page 36: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Há já quem lhe chame “ouroverde” e pode vir a ser uma

importante matéria-prima deexportação para o Norte da

Europa, Brasil (...).

Quanto à Feira, a grandenovidade deste ano é que vai ter maisum dia. A razão é simples, já que oevento atrai anualmente inúmerosturistas, se durar mais um diatambém são mais refeições que seservem e mais dormidas que sevendem.

À semelhança das últimasedições o evento irá incluir palestrassobre a vertente produtiva e aorganização vai desafiar também asduas dezenas de produtores de vinhodo concelho a juntarem-se à Festa.

O que começou por ser umsimples magusto, com um caldeirãode castanhas assadas à porta da Vila,hoje enche todas as ruas e faz deMarvão um verdadeiro parquetemático. Em dois dias chegam aconsumir-se seis toneladas de

castanha.

Embora por natureza o Alentejo nãoseja uma região produtora de castanha,as particulares condições geo-morfológicas de Marvão permitem quea cultura ali se desenvolva, concedendoao fruto um sabor muito particular.Tipicamente é uma castanha depequena dimensão, destacando-se avariedade Bária que por ser temporã écolocada no mercado a preços bastanteinteressantes. Além disso, a castanhaproduzida nas encostas da Serra de S.Mamede beneficia da Denominação deOrigem “Castanha de Marvão” emvalorização da diferenciação.

Há muitos anos atrás a castanhaera o principal alimento da populaçãomas, com a introdução da batata e aalteração dos hábitos alimentares, foi

perdendo significado.O lançamento daFesta do Castanheiro- Feira da Castanha,há 26 anos, acaboupor despoletar uminteresse concelhio,

depois regional e agora até nacional,sendo hoje um marco importante paraeste produto e para a própria regiãoem termos turísticos. A partir destemarco passou a reapreciar-se umproduto que estava praticamenteesquecido.

Na mesma altura em que decorre aFeira da Castanha/Festa doCastanheiro, sempre no segundo fim-de-semana de Novembro (12 a 14) aautarquia de Marvão organiza tambéma Quinzena Gastronómica da Castanhae um Concurso de Doçaria de Castanha,fazendo a ligação entre produção,consumo e distribuição. Pelo facto de

Um filão a explorar!

Seis toneladasde castanhaconsumidas em dois dias

todos os restaurantes do concelhoservirem pratos com base na castanha,acabou por potenciar o interesse naprodução e na regeneração dos soutostradicionais e mais recentemente, numprojecto nacional designado de Refcast,no qual Marvão se inclui.

Esta valorização está arecuperar o próprioartesanato feito apartir da castanha(da sua casca)promovendo oaproveitamentototal em termoscomerciais eartísticos.

De acordocom a explicaçãodo vereador da CâmaraMunicipal de Marvão, JoséManuel Pires, o Refcast engloba umvalor total na ordem dos 80 milhões deeuros tendo o município de Marvão2,5 milhões de euros de investimentosprevistos. Decorre tudo muitolentamente mas os produtores doconcelho de Marvão responderam aorepto e hoje há muitos a fazer plantaçãode novos soutos, perspectivando-seque na campanha do próximo ano sejajá introduzida alguma mecanização naapanha, tornando o produto maiscompetitivo.

Toda a orgânica do projecto estásediada na Cooperativa Agrícola dePorto Espada que, em conjunto com aautarquia, está a desenvolver esforçospara a instalação de uma câmara de frio,equipamento indispensável para aconservação da castanha uma vez queesta tem uma curta durabilidade.

Outros eventos

No início do mês de Outubro teve lugarmais uma edição da Al-Mossassa(fundação em árabe), um FestivalIslâmico, realizado em parceria comBadajoz e que homenageia o fundador deambas as localidades, Ibn-Maruan.

CASTANHA

As Quinzenas Gastronómicasacontecem ao longo do ano e impulsionamMarvão como destino turístico. Estesmomentos de promoção ajudam apotenciar a actividade agrícola e aactividade económica em virtude damovimentação criada nos muitosrestaurantes concelhios:

Quinzena Gastronómica do AzeiteQuinzena Gastronómica do Cabritoe do BorregoQuinzena Gastronómica do BacalhauFeira da GastronomiaQuinzena Gastronómica MarroquinaQuinzena Gastronómica da Castanha

O II Forum Marvão cujo tema principalfoi o relançamento da candidatura deMarvão a Património Mundial da Unesco.Dada a grande singularidade de Marvão,que já está a ser aproveitadaturisticamente, pode ser uma mais –valiaainda maior.

36

Page 37: Voz do Campo
Page 38: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Pub.

Com um passado de mais de 75 anos mas sempreligado à transformação de frutos e hortícolas, entreoutras actividades industriais, hoje a empresa NunesSequeira, S.A. está empenhada num projecto globalde transformação de produtos certificados comDenominação de Origem Protegida, ou que possamvir a obter essa certificação, oriundos da regiãoonde está inserida. É na aldeia de Santo Antóniodas Areias, no concelho de Marvão, que estásediada a empresa e respectivas unidades fabris.

A vasta experiência na transformação deazeitonas, picles, pimentos ou tremoços foi canalizadapara um projecto global sob alçada da marca “Conservas Maruán”- nomeárabe do fundador da Vila de Marvão - onde apenas cabem produtos dealta qualidade e destinados a um público restrito já que sãonecessariamente mais caros.

Do lote dos eleitos faz parte a azeitona das variedades regionais galegae cordovil, o pimento assado com azeite e alho, da variedade morrone, aCastanha de Marvão e a Cereja de S. Julião, estes dois com Denominação deOrigem Protegida e mais recentes no projecto.

Falando sobre a castanha o administrador da empresa, José Boto,admite que é uma produção expressiva para o concelho embora nemsempre comercializada com as mais-valias que merece. Anualmente aempresa transforma entre três a quatro mil frascos deste fruto.

O desenvolvimento de novos produtos dentro deste projecto temsido feito na área das azeitonas onde, mesmo dentro da linha gourmet, épossível obter produto mais barato.

São as melhores em cada frascode “Conservas Maruán”

Sem produção própria, a empresaCacovin – Agroindústria estácapacitada para recolher os produtosagrícolas do concelho de Vinhais,nomeadamente a castanha que é omais expressivo. Aliás, de acordo como gestor da empresa, Carlos Silva, omunicípio de Vinhais é um dosgrandes produtores nacionais decastanha, responsável por oito a novemil toneladas.

Grande parte da castanha é davariedade longal , apta para seconsumir fresca ou transformada,com a indústria a ser o principaldestino. Já a judia, outra variedadeexpressiva, é maioritariamenteconsumida fresca, nos mercados dolitoral e alguma exportação para oBrasil.

Embora inserida na Denominaçãode Origem Protegida Castanha da

Cacovin promete novo impulsoà DOP Castanha da Terra Fria

Terra Fria, a castanha deVinhais por enquanto aindanão retirou daí grandesdividendos. Esta falta deinteresse deve-se em grandeparte ao facto de até agora nãoter havido ainda problemas com acomercialização. Carlos Silvaacredita que quando a linha derecepção e transformação de castanhada Cacovin estiver concluída será possível“dar um empurrão” para acrescentar maisalgum valor ao produto.

No campo a produção temcrescido, com plantação de novossoutos e nalguns casos até comintrodução de novas variedades,trazendo uma maior riqueza aoconcelho.

O maior problema da região continuaa ser a apanha, ainda manual quase natotalidade visto orograficamente ser uma

região muito acidentada, onde sónos soutos mais recentes é possívelrecorrer à mecanização.

Desde início que do projecto daCacovin também faz parte a criação deuma linha de recepção e tratamento decogumelos silvestres. Ainda não épossível a concretização uma vez que,sendo altamente perecíveis, oscogumelos necessitam de condições defrio, ainda não disponíveis, masprevistas para 2012.

CASTANHA

38

Page 39: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

CASTANHA

Espaço de paisagens e riqueza naturalinvejável, a freguesia de S. Pedro de Castelões,no concelho de Vale de Cambra, já foifortemente marcada pela produção decastanha. Com o declínio que se apoderoudos soutos e da cultura, em 2006 a Junta deFreguesia local decidiu lançar a Feira daCastanha, no sentido de revitalizar o sector.Jorge Costa, presidente da Junta, defendeacerrimamente este investimento uma vez queesta castanha é um fruto de grande qualidade,muito apreciada, fácil de descascar e doce nopaladar. Para cumprir tal objectivo, logo naprimeira edição do evento foram distribuídascentenas de pequenos castanheiros,perspectivando-se que dentro de meia dúziade anos estejam já em produção, não só parahaver produto para a Feira como para vendernoutros canais.

Na freguesia por enquanto não há grandessoutos, mas sim árvores um pouco espalhadaspelas propriedades. Esta pequena dimensãofaz também com que não haja umacomercialização propriamente dita.

Embora se chame Feira da Castanha, oevento que vai encher S. Pedro de Castelõesnos próximos dias 6 e 7 de Novembro, contatambém com a presença de outros produtosda terra. Importa dizer que a freguesia temmuitas associações e esta é uma forma delaspoderem dinamizar-se e conseguirem maisalguns recursos através das tasquinhas,sobretudo com pratos gastronómicosbaseados em castanha.

Além disso, há um espaço próprio para oartesanato, também já estão representadosalguns equipamentos, totalizando entre 60 a70 participantes.

Castanhade S. Pedrode Castelões, fácilde descascare doce no paladar

Plantação de um castanheiro

Além da castanha são comercializadostodos os produtos da terra

Dia 5 - Novembro – Sexta-Feira10:30 h - (Magusto para crianças das escolas da Freguesia)21:00 h - Palestra com o tema “ O Castanheiro e a Castanha nas suas várias vertentes”

Dia 6 - Novembro – Sábado8.30 h Manhã - Feira de Agora com produtos, Locais, Regionais e Nacionais;

Almoço - A nossa Gastronomia, de “comer e mais querer” nas barracas das colectividades;Tarde - Feira de Produtos cultivados e fabricados na nossa terra e de origem nacional;

14:30 h Abertura Solene com a presença das Autoridades Civis e Religiosas15:00 h Animação com Fanfarras da Freguesia;18:00 h Concurso da melhor Castanha;

Jantar - Por mãos habituadas ao que de melhor se faz nesta terra, temos a comida caseiranas barracas das Associações participantes;

20:30 h Animação Musical

Dia 7 - Novembro – DomingoManhã - Continuação da venda e compra de produto naturais da nossa terra ou região;Almoço - Nas barracas das Associações é servido o que de melhor se cozinha nasterras de Castelões e Cambra;Tarde - Continua a Feira da Castanha, com venda de tudo, que é da nossa terra;

15:00 h Animação Folclórica e Etnográfica; - Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio – Braga - Grupo Folclórico Etnográfico de S. Pedro de Castelões

Page 40: Voz do Campo

SETEMBRO-OTUBRO . 2010

CASTANHA

Um Verão muito seco e com pouca chuva faz anteveruma campanha com alguma quebra na produtividade. Oscastanheiros apresentam os ouriços uniformementedistribuídos, sem sobrecarregamentos, esperando-se bonscalibres e boa qualidade, embora com pouca produção, oque supostamente irá repercutir-se num preço maiselevado. É deste modo que o sócio-gerente da Frusantos,António José Santos caracteriza a actual campanha decastanha, um dos produtos trabalhados pela empresa,além da batata de consumo, batata de semente, cebola,cereja e maçã.

A castanha é proveniente da Beira Alta e de Trás-os-Montes, regiões afectas a Denominações de OrigemProtegida que para já não têm tido grande impacto. Oconsumidor procura em primeiro lugar a variedademartainha e depois a judia, sendo as restantescomercializadas para a indústria ou para mercadossecundários a preços mais acessíveis.

Refira-se que a campanha é muito curta, com doispicos de consumo, a época dos Santos e o São Martinho,valendo o facto da gastronomia portuguesa estar cada vezmais a usar este fruto na confecção de inúmeros pratos,revelando-se mais uma forma dos produtores obteremrendimento.

A Frusantos recolhe a castanha ou recebe-adirectamente nas suas instalações e a partir daí o frutopassa pela calibragem, triagem, esterilização, embalageme posterior comercialização. Esta é feita na ordem dos70% para o mercado nacional e a restante para a Europa,Brasil, Canadá e Estados Unidos. Até agora o escoamentonão tem sido problema, garantindo estabilidade e boasperspectivas ao produtor que, por seu lado, tem inovado

Campanha é curta mas escoamentonão é problema

A nível de projectos, a empresa Frusantos, de Sernancelherecorda que há dois anos abriu uma filial em Samora Correia,onde processa a distribuição dos produtos e que funciona comocentral de embalamento para as grandes superfícies. Este anoinvestiu-se num calibrador e numa linha de limpeza da castanha,procurando sempre estar no top da tecnologia para satisfazeros clientes. Já para a unidade de Ferreirim também está previstapara breve uma melhoria da qualidade das instalações.

Pub.

40

Acção de promoção numa grande superfície

No top da tecnologia

Page 41: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

CASTANHA

Com instalações já viradas para ofuturo, a empresa AgroAguiar, em VilaPouca de Aguiar, cumpre toda alegislação alimentar com as suasestruturas adaptadas à actividade deagro-indústria.

O investimento recente emmáquinas de última linha permite umamelhor preparação dos produtos umavez que a empresa não só comercializaem fresco como também transforma.

Com vocação para trabalhar osdiferentes produtos da região, destaca-se a castanha

Investimento de três milhõese meio de euros

Em parceria com o InstitutoPolitécnico de Bragança e aUniversidade do Minho a AgroAguiarcandidatou-se a um projecto deinovação, já aprovado e em andamento,que visa estudar os melhores métodospara conservação da castanha.“Entendemos que a pareceria com asuniversidades é essencial paracontinuarmos a evoluir e a inovar osnossos produtos”, sustenta o gerenteda empresa, Rodrigo Reis.

Com uma componente comercialmuito forte, a empresa reconhece queé ao produto transformado que vaibuscar mais valor acrescentado e porisso mesmo é aí que aposta seriamente.Rodrigo Reis lamenta a situação aindamuito comum de outros virem aPortugal comprarmatéria-primabarata que

Parceria com o Politécnicode Bragança e Universidade

do Minho

Ambiciosos objectivosde futuro

Com uma forte componente deinovação o investimento da AgroAguiarvai continuar, nomeadamente emcomponentes fabris de transformaçãode produtos para ir ao encontro daquiloque o mercado pede. “ O objectivo queeu tenho para a empresa é que nospróximos quatro a cinco anos se situeno grupo dos três principaisintervenientes a nível nacional na áreada castanha”, remata Rodrigo Reis.

A melhor proximidade e justiçapara com o produtor

“Todo o produtor que nos vende acastanha sabe logo o que o produto valepois é pago na hora. Conferimosqualidade e preço à chegada e nessamesma hora o produtor leva para casaum cheque com o respectivo valor”explica o gestor.

Para aferir da qualidade do fruto aempresa tem ao seu serviço trêsengenheiras especializadas emqualidade que para além de forneceremo controlo à chegada implementam ossistemas necessários dentro dasinstalações que permitem controlar oproduto até à hora de saída. Além dissotambém prestam apoio técnicodirectamente ao produtor, deslocando-se aos soutos sempre que solicitadaspois é do interesse da AgroAguiar queo produto adquirido se encontre nasmelhores condições possíveis atéporque grande parte dos clientes sãograndes superfícies com alto grau deexigência.

Outra tónica a acrescentar é aprodução própria da AgroAguiar, cominvestimento também na plantação desoutos. Este ano instalaram-se já 25hectares na Serra da Padrela, em plenazona de Denominação de OrigemProtegida com o mesmo nome, ao abrigode um acordo com o ConselhoDirectivo de Baldios de Lagoa,traduzido no arrendamento de terrenos.Entende que desta forma é mais fácilcontrolar os preços e aumentar asmargens de lucro, já que os custos serãocertamente inferiores em relação àcompra directamente ao produtor.Todavia, a empresa continuará acomprar aos produtores pois precisade muitas toneladas de castanha.

Uma aposta na produçãoprópria

Exportação, desenvolvimentode novas linhas de mercado

Neste momento a AgroAguiarfornece quase todas as grandessuperfícies no mercado interno. Noentanto, a gerência tem feito algumasviagens ao exterior precisamente paraaumentar a quota de exportação, porentender que por esta via conseguirámelhor remuneração dos produtos.Países como os Estados Unidos,Canadá, França, Itália, Espanha, Brasile Alemanha já consomem produto daAgroAguiar.

depois transformam e para cáexportam por falta de agro-indústriasnacionais capazes de fazer esseaproveitamento.

Page 42: Voz do Campo

SETEMBRO-OTUBRO . 201042

CASTANHA

A matéria-prima proveniente dastrês zonas do país que maiorprodutividade têm, nomeadamente dazona da DOP (Denominação de OrigemProtegida) da Castanha da Padrela, daCastanha da Terra Fria e da Castanhados Soutos da Lapa.

Na fase inicial, para além doprocesso de calibragem, a castanha érigorosamente seleccionada através deum processo de escolha por água, quegarante antes do processo industrialum grau de não conformidade inferiora 2%.

Esta castanha é comercializada emfresco e transformada dependendo daaptência das referidas DOP(Denomionação de Origem Protegida)

Na AgroAguiar destaca-se a castanhapara uma ou outra aplicação. Comreferência aos produtos transformadoscomercializa:

Castanha pelada congelada;Castanha assada congelada;Castanha assada embaladaem Atmosfera Modificada;Marron glacé;Castanha em Calda;Compota de Castanha.

FIGOA matéria-prima é oriunda da Região de Trás-os-Montes, mais concretamente

dos Concelhos de Mirandela, Valpaços e Murça. As principais variedadescomercializadas são a Doce, Branco, Bêbera e a Pingo de Mel. Comercializamostambém o figo seco

MORANGOO morango (Fragaria, sp.) é o fruto do morangueiro, uma planta de renovação

anual, pertencente à família da Rosáceas.

OUTROS PRODUTOS FRESCOS

NOZA matéria-prima provém da região de Trás-os-Montes, nomeadamente dos

concelhos de Bragança e Vinhais, sendo que as principais variedadescomercializadas são as Cultivares Francesas, Franquette e Lara.

AMÊNDOANeste caso a matéria-prima é oriunda da região do país responsável por 60%

da produção nacional, essencialmente do concelho de Torre de Moncorvo,Alfândega da Fé, Vila Nova de Foz Côa, Freixo de Espada a cinta e Valpaços. Asprincipais variedades comercializadas são as Portuguesas Parada, Casanova,Verdeal e Gêmea.

AVELÃViseu, área mais representativa do mercado nacional, fornece grande parte

da matéria-prima. As variedades mais representativas são a Granada de Viseu,Molar, Comum e Butler.

AMEIXAAmeixa Rainha Cláudia, nome científico Prunus

Doméstica da família das Rosáceas teve origem na Europa.

CEREJAA cereja é o fruto da cerejeira, planta da família da

Rosáceas, originária da Ásia. Trata-se de um fruto pequeno,arredondado, de cor vermelha, polpa macia e suculenta.

Page 43: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

CASTANHA

FRAMBOESAA framboesa é preparada da mesma forma que o morango. Em Trás-os-Montes, a produção de

framboesa destina-se, na quase totalidade, à indústria da congelação.

Produtos transformadosCASTANHA PELADA CONGELADA

A Castanha é sujeita a um processo automatizado dedescasque e despelagem por vapor.

Sofrendo na fase seguinte em processo de escolha e posteriorcongelação. Após congelação e selecção final é devidamenteembalada e rotulada.

CASTANHA ASSADA CONGELADAA castanha devidamente seleccionada é sujeita a um processo

automatizado de inserção de um corte na casca exterior, seguindopara um forno contínuo onde é assada, sofrendo posterriormenteo descasque e subsequente congelação. Finalmente é sujeita auma selecção sendo depois embalada e rotulada.

CASTANHA ASSADA EMBALADA EM ATMOSFERA MODIFICADAA castanha devidamente seleccionada, é sujeita a um processo automatizado de inserção de um

corte na casca exterior, seguindo para um forno continuo onde é assada, sofrendo posteriormente odescasque e, após a selecção final, é devidamente embalada em atmosfera modificada e rotulada.

MORANGOO morango é congelado individualmente, ficando íntegros e

separados uns dos outros após a embalagem.O princípio de funcionamento é baseado na expansão de

um gás dentro de um túnel, onde os morangos são colocadosseparados sobre uma esteira e sofrem o processo decongelamento.

Linha GourmetOs produtos são sujeitos a um

processo de selecção inicial peranteo cumprimento ou não dasespecificações contidas no manualde produção. Manualmente faz-seuma selecção dos que poderãoapresentar defeitos. Segue-se então,o processo de embalagem eposteriormente rotulagem.

Fazem parte da linha Gourmet:

MARRONS GLACÉS

COMPOTA DE CASTANHA

CASTANHA EM CALDA DOCE

Para além dos frutos secos edos derivados de castanha aAgroAguiar coloca ao dispor docliente a comercialização deMEL MULTIFLORAL E MEL DE

ROSMANINHO.

Pub.

www.agroaguiar.pt

Page 44: Voz do Campo

SETEMBRO-OTUBRO . 2010

Bragança junta áreas de referência num mega-certameCaça, Pesca e Castanha

Face à importância económica esocial dos recursos naturais e produtoslocais, como a caça, a pesca e a castanha,e entendendo que as autarquias devemcontribuir para o reforço da animaçãoeconómica, faz todo o sentido que omunicípio de Bragança seja o promotorde um evento que valoriza essesrecursos.

A Norcaça e a Norpesca foramcriadas com esse objectivo e, após oitoedições, afirmou-se como a segundamaior feira do sector da caça e aprimeira a nível da pesca.

A Norcastanha foi criada com oobjectivo de promover um produtolocal de grande importância económicae social para o concelho e para toda aregião.

O município de Bragança entendeuter chegado a hora de a Norcastanha seassociar à Norcaça, de modo a reforçaro impacto do certame a custosinferiores, o que constitui uma novidadena edição de 2010, agendada de 29 deOutubro a 1 de Novembro.

A Feira integra um conjunto muitovariado de actividades, das quais sedestacam:Os concursos e exposições de

castanha, de quadras populares e

de pintura, entre outros;

Provas, como as de pesca ou de

Stº Huberto;

Montaria ao javali;

Demonstrações de técnicas de

pesca, de cetraria ou de apanha

mecânica da castanha, entre outras.A transmissão de conhecimentos

técnicos e científicos, através do IIIFórum Internacional dos PaísesProdutores de Castanha e do SeminárioNorçaca & Norpesca, constitui outrodos pontos altos do certame.

Além da diversa animação musical,a gastronomia será uma referêncianeste evento, quer no espaço daFeira, quer nos restaurantes daCidade, onde decorre a SemanaGastronómica da Castanha, Caça ePesca.

Nestes dias, Bragança assume-secomo a Capital Nacional da Castanha,Caça e Pesca, sendo obrigatória a visitaa esta Cidade Transmontana.

Terra Fria produz metadeda castanha nacional

O concelho de Bragança é um dosmaiores produtores de castanha de todo opaís, devido às características do solo edo clima, típicas da Terra Fria do NordesteTransmontano, por si só responsável pormetade da produção nacional, enquanto queTrás-os-Montes produz mais de 80%.

Considerando as plantações decastanheiros, para fruto e madeira, que setêm registado nos últimos anos é de esperar,a médio prazo, um aumento significativona produção de castanha.

Além disso, o uso de variedades regionaisé uma prática fundamental para amanutenção e valorização do sector, coma longal e a judia a dominarem no territórioem causa, sendo também as constituintesda Denominação de Origem ProtegidaCastanha da Terra Fria.

Atendendo às alterações climáticasocorridas na última década a cultura dacastanha requer atenções redobradas,tornando-se imprescindível que osinvestigadores dediquem o temponecessário para que o futuro da mesmaseja acautelado, em prol da sustentabilidadede um significativo número de famílias.

A nível nacional Bragança identifica-sede forma singular com o sector da caça.Foi ali que se caçou o primeiro javali, oprimeiro lobo e o primeiro veado, no que àcaça maior diz respeito. É também emBragança que se localiza a maior Zona deCaça Nacional da Lombada.

Na caça menor, o município orgulha-sede continuar a ser um destino preferencialentre caçadores, nomeadamente os doNorte de Portugal.

Mas, apesar das boas condições naturaispara o desenvolvimento das várias espéciescinegéticas, regista-se, ao longo dos anos,um acentuado decréscimo da oferta, devidoa vários factores que merecem umareflexão mais atenta por parte de todos osagentes e intervenientes sob pena de esterecurso de extrema importância económicae social da região se perder, alerta o vice-presidente da autarquia brigantina, RuiCaseiro.

Já o sector da pesca tem estadoesquecido no que toca à gestão e comdiminutos investimentos a nível daprodução. Muito há a fazer para criarcondições de produção e tornar a regiãomais atractiva para este sector, já que dispõede excelentes condições, nomeadamenteos melhores rios para a pesca da truta ediversas albufeiras para pesca de outrasespécies.

Condições naturaisnão chegam para mantersectores da caça e pesca

GERAL

44

Page 45: Voz do Campo
Page 46: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Provas de Sto. Huberto juntaram os melRealizou-se no passado mês de

Setembro o 12.º Troféu de Competênciade Tiro da Confederação Nacional dosCaçadores Portugueses (CNCP) e a 2.ªTaça de Portugal de Santo Huberto, noCampo de Tiro das Termas deMonfortinho, no concelho de Idanha-a-Nova e na Zona de Caça Turística daC i n e g e t u r - P e s o - T o u l õ e s ,respectivamente.

Estiveram representadas 10Federações de Norte a Sul do país etambém a Região Autónoma dosAçores.

Ambas as provas, organizadaspela CNCP e pela Federação de Caça ePesca da Beira Interior (FCPBI), forammuito participadas e competitivas.

O presidente da FCPBI, JoãoCarlos Lourenço, recorda que quandoorganizou o primeiro campeonato, há

dez anos, os meios eram totalmentediferentes e muito mais escassos emesmo assim foi possível levar aorganização a bom porto, tal comoaconteceu agora. Deixa uma palavra deagradecimento à autarquia de Idanha-a-Nova e à Associação Naturejo sem oapoio de quem não teria sido possívela realização mesmo com muitacontenção de custos.

Um dos objectivos da CNCP parao próximo ano será que a Competênciade Tiro passe a designar-se Tiro aosPratos, prova na qual os participantesterão de estar federados na FederaçãoPortuguesa de Tiro.

Já se sabe que em 2011 aFederação anfitriã do CampeonatoNacional da CNCP será a da PrimeiraRegião Cinegética (Macedo deCavaleiros).

A cerimónia de encerramento quepara além dos participantes contoutambém com a presença de váriasentidades oficiais como o DirectorRegional da Floresta da Zona Centro,Viriato Garcez em representação doMinistro da Agricultura, o Presidenteda Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Álvaro Rocha, o Presidente daJunta de Freguesia de Monfortinho,António Cruz, o Director da Cinegetur,Augusto Borges de Almeida e o gestorresponsável pela Zona de CaçaTurística da Cinegetur, ManuelBatista.

Foi o momento escolhido pelopresidente da CNCP, Vítor Palmilha,para anunciar a realização de umCampeonato Anual de Santo Huberto,denominado “Dr. Arménio Lança”, umahomenagem ao anterior presidente da

Propôs-se um Campeonato Anualde Santo Huberto “Dr. Arménio Lança”

CNCP, recentemente falecido.Falando sobre a época de caça a

decorrer, João Carlos Lourençorecorda o início conturbado por causada data de abertura à caça da rola,contestado pelos caçadores mas parajá sem resposta. Queixa-se doexcesso de burocracia e da falta deinteresse dos sucessivos governospor este sector que representa muitaspessoas e movimenta vários milhõesde euros.

No caso concreto da Beira Interior éalarmante a situação que se vive emtermos de furtivismo na caça maior, cadavez mais crescente e sem intervenção dasentidades competentes. Soma-se umproblema maior de saúde pública umavez que a carne dos animais furtadosacaba por ter sem qualquer controlosanitário.

CINEGÉTICA

Pub.

Page 47: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

os melhores em Monfortinho12.º Troféu de Competência

de Tiro

Classificação ColectivaFederação de Caçadores do AlgarveFederação de Clubes de Caça e Pescado Distrito de ViseuOESTECAÇA – Federação das Zonasde Caça do Oeste

Classificação IndividualMarco Afonso - Federação de Caça ePesca da Beira InteriorRui Arez - Federação de Caçadores doAlgarveSérgio Rodrigues - OESTECAÇA –Federação das Zonas de Caça do Oeste

2.ª Taça de Portugalde Santo Huberto

Classificação ColectivaFederação de Caçadores da 1.ª RegiãoCinegéticaFederação de Caçadores do AlgarveFederação de Caça e Pesca da BeiraLitoral

Classificação IndividualDiogo Silva - Federação de Clubesde Caça e Pesca do Distrito de ViseuFernando Silva – Federação deCaçadores do AlgarveMário Brito - Federação de Caça e Pescada Beira Litoral

1.2.

3.

1.

2.

3.

1.

2.3.

1.

2.

3.

Federação Alentejana CaçadoresFederação de Caçadores do AlgarveFederação dos Clubes de Caça e Pescado Distrito de ViseuFederação de Caça e Pesca da BeiraInteriorFederação de Caça e Pesca da BeiraLitoralFederação de Caçadores da 1ª Reg.CinegéticaFed. Caçadores de Entre Douro e MinhoFedercaçaOestecaçaReg. Autónoma dos Açores

FEDERAÇÕES PARTICIPANTES

Entrega do prémio à Federação deCaçadores do Algarve

Diogo Silva (à esquerda) e Marco Afonso,(à direita), primeiros classificadosindividuais, respectivamente na 2.ª Taçade Portugal de Santo Huberto e no 12.ºTroféu Competência de Tiro

Entrega do prémio à Federação deCaçadores da 1.ª Região Cinegética

Pub.

CINEGÉTICA

Page 48: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Por tradição o município deMértola é um território onde a perdizvermelha encontra as condições ideaispara se reproduzir e viver em estadoselvagem, sendo vista pelo edil domunicípio, Jorge Rosa, como a espécierainha da caça menor e a mais procuradapelos caçadores. Além disso, nosúltimos anos, as espécies de caça maiorcomeçaram também a ganharrelevância, fazendo deste um concelhocom características naturais específicasque o tornam muito apetecível para aprática cinegética.

Hoje o território cinegético estáordenado numa percentagem superiora 90% nas diferentes figuras criadaspara o efeito. Daí resultou um aumentodo número de espécies, visíveis atéfinal da época venatória, bem como amelhoria da própria biodiversidade,sendo recorrente vislumbrarem-seagora alguns predadores que sejulgavam extintos, como as águas, quevoltaram a encontrar ali os requisitospara nidificarem.

Neste enquadramento, a I Feira daCaça que a autarquia vai levar a cabode 22 a 24 de Outubro, surge naestratégia traçada para revitalizar oconcelho no que toca às questõescinegéticas e vai no sentido de fazercom que todos os caçadores, e restantepúblico também, conheçam o concelhode Mértola como sendo de excelênciapara a prática cinegética.

A escolha da data foi um factor

Certificação da Perdiz Vermelha de Mértolaestá em andamento

muito importante, porque, ao contráriode outros eventos do sector, esterealiza-se durante a época cinegética,possibilitando que paralelamente àvisita, os caçadores aproveitem tambémpara realizar uma jornada de caça.

Sendo a primeira e dadas asvalências do município em termoscinegéticos, acredita-se que muitorapidamente irá afirmar-se nocalendário nacional de eventos.

Do programa fará parte umcolóquio, a realizar na sexta-feira, eversando sobre três temas principais,perdiz vermelha, lince ibérico e lei dasarmas.

É neste mesmo caminho que seenquadra a certificação da Perdiz

Vermelha de Mértola como espéciecinegética de grande valor acrescentado,com uma genética 100% pura e que nosdias de hoje pode ser caçada totalmenteem estado selvagem. “Se é uma mais-valia natural, então tem de seraproveitada para trazer outros ganhosao município”.

A certificação está a ser tratadacom a Associação Qualifica, da qualMértola é município fundador. Ocaderno de especificações técnicas estáem fase de conclusão, prevendo-se parabreve a submissão do pedido.

Com esta certificação a perdizvermelha sairá muito valorizada e,sabendo-se que neste mundo estãoenvolvidas pessoas “de boa condiçãofinanceira”, poderá ser um atractivo

para um público diferenciado que nãose importa de pagar mais. Além disso,certamente a actividade trará uma novadimensão à pequena economia localnomeadamente, por via do alojamento,restauração, produtos locais (...).

Jorge Rosa considera que o grandedefeito nesta actividade é que ainda nãoexiste a cultura de proporcionarprogramas alternativos aos familiares/amigos dos caçadores para que estequando se deslocam para determinadaparagem a fim de caçarem, não o façamsozinhos e apenas num só dia. Ou seja,por via da actividade cinegética podemser proporcionados vários planos delazer e é precisamente nesse sentidoque Mértola tem vindo a trabalhar.

Quando questionado sobre aactividade em termos futuros, e já emjeito de conclusão, o edil mostra-seoptimista quanto ao acto de caçar emsi, bem como à procura e abate deespécies cinegéticas.

Já no que respeita à legislação, aísim, considera que poderia haveralgumas alterações “porque pareceque se encara o caçador como umpotencial criminoso. Por outro lado,as organizações representativas dosector da caça , rivalizam entre si,não saindo daí nenhum benefício paraquem representam nem para aactividade cinegética e muito menosserá benéfica para a urgentesimplificação de procedimentos quedevem exigir”.

CINEGÉTICA

Page 49: Voz do Campo
Page 50: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

O Porco Raça AlentejanaPilar do abastecimento, em tempos

longínquos chegou a estar em vias deextinção.

Os últimos 25 anos foram deorganização, apareceu o movimentoassociativo, implementou-se o LivroGenealógico, qualificaram-se osprodutos e protegeram-se os nomes.

A consequência imediata destaorganização foi o crescimento efectivoem linha pura, a valorização dosespaços de montanheira e umacrescente consciencialização doprodutor agro-pecuário para aimportância da azinheira.

A valorização e aumento doconsumo de produtos tradicionais dequalidade, a multiplicação pelo Alentejode indústrias e salsicharias que, por suavez, geraram pequenas bolsas deemprego num Alentejo com tendência para

a desertificação, são muito importantes.A requisição de quadros

especializados em várias áreas, desdea produção à transformação e aomarketing trouxe ao sector uma lufadade ar fresco e a fixação destas pessoaspelo interior contribui para o aumento eelevação dos valores culturais.

Em volta do sector do porcoalentejano, gravita um conjunto de jovenstécnicos disponíveis para fazer maislutas pelo interior, pela raça e pelaevolução da região e do país. São dissoexemplos, os quadros das associações,das empresas de certificação, dasindústrias instaladas e muitos jovensempresários que levam explorações doporco raça alentejana e que fizeram aseu tempo as suas formações técnicase que, no momento, a sua gestão tambémbeneficia delas.

A grande batalha, que se constituicomo o grande desafio desta gente, égarantir que o futuro do porco de raçaalentejana se desenvolva no seu espaçonatural, no seu habitat, ou seja, omontado.

A varinha mágica tem trêscomponentes: o extensivo, aalimentação e a genética. Sãoinseparáveis e todas as outras formassão adulteradas. Daí, que o futuropasse pela consciencialização de queestas produções têm de ser conduzidasde forma equilibrada.

Tem que garantir e promover oambiente e tem que ser montada umaforma de divulgação desta realidadeonde se promove o porco de raçaalentejana versus montado.

O slogan “Coma presunto bolota esalve uma árvore”, deve ser interiorizadopela população em geral (Presunto deBarrancos DOP, Presunto e Paleta deSantana da Serra IGP, Presunto e Paletade Campo Maior e Elvas IGP e Presuntoe Paleta do Alentejo DOP)*.

Não é possível, hoje, proteger epromover o montado nas suas múltiplasfunções sem que haja uma forma de orentabilizar para que possam pagar oscustos de manutenção e se apresentecom fonte de rendimento dos que lheestão ligados.

Daqui nasce outro slogan “Promovao Alentejo, promova as suas árvores,salve o ambiente em que todosvivemos”.

Associação de Criadores de Porco Alentejano

Rua de Armação de Pêra n.º 7 A

7670-259 Ourique

Telf: 286 518 030

Fax: 286 518 037

E-mail: [email protected]

* Presuntos com nome qualificado de bolota.

É outro mundo.

Pub.

Autoria:Associaçãode Criadoresde Porco Alentejano(ACPA)

Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo

Page 51: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Page 52: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Voz do Campo: Como surge o

Programa Maxi-Leite?

Tiago Teixeira: O ProgramaMaxi-Leite surgiu em 2008, comoum projecto de formação da ISPna área da qualidade do leite, paraprodutores e médicos veterinários.Com o desenvolvimento desteprojecto, pretendemos ir aoencontro de umas das maiorescarências na produção primária,que é a formação.

VC: Quais são as principais

características?

TT: A Formação Maxi-Leite é umaabordagem muito completa àproblemática das Mastites, ainfecção da glândula mamária dasvacas e que é sem dúvida alguma,a patologia mais frequente nasexplorações leiteiras de todo o Mundo.Esta divide-se em vários capítulos:

- O que são as Mastites bovinas e asua classificação;- Importância económica dasMastites;- Factores predisponentes para aocorrência das Mastites;- Técnica de ordenha;- Agentes que causam as Mastites;- Tratamento e prevenção dasMastites.

Ao longo destes capítulos é feitauma explicação clara e muito focadanaquilo que mais interessa emtransmitir aos produtores de leite

VC: A que tipo de explorações se

destina o Programa?

TT: Destina-se a todo o tipo deexplorações produtoras de leite.

VC: Qual tem sido a adesão dos

produtores?

TT: A adesão tem sidoextraordinária. Após já termos feitoformações Maxi-Leite nas maisvariadas zonas do país, somos cada vezmais abordados pelos MédicosVeterinários que nos solicitamnovas reuniões para relembrar

conceitos concretos, como os pontoschave da técnica de ordenha, ou formasde prevenção das Mastites. Inclusive,nalgumas grandes explorações leiteiras,já fizemos formações específicas paraa equipa de ordenhadores, servindocomo uma reciclagem de conhecimentose a identificação de práticas de trabalhoque devem ser melhoradas.

VC: Quais são as principais

vantagens do Maxi-Leite?

TT: O Maxi-Leite distingue-se não sópela riqueza da informação transmitidamas essencialmente, na forma como éfeita. O grande objectivo destasformações sempre foi o de transmitirideias, conceitos e informaçõesconcretas, sempre de uma formasimples e directa. Sempre procurámosfalar a mesma linguagem do produtor eter a certeza que a mensagem erarecebida e bem compreendida e porisso, não tenho dúvidas que este foi osegredo do sucesso do Maxi-Leite

VC: Em que medida a prevenção das

doenças dos animais está

relacionada com a segurança

alimentar, tão importante nos dias

de hoje?

TT: Cada vez mais na produção

A Intervet Schering-Plough, sediada na Alemanha, dedica-se à investigação, desenvolvimento,fabrico e comercialização de produtos de saúde animal.Tiago Teixeira, responsável pela Unidade de Ruminantes da Intervet Schering-Plough em Portugal,falou à Voz do Campo sobre um dos projectos da empresa, o Maxi-Leite.

animal, temos que actuar amontante, ou seja, temos queactuar antes que as patologiasapareçam, muito mais do quetratar, quando elas já estão aafectar os animais. Umaexploração moderna tem queinvestir mais em medidasde profilaxia e num maneiocorrecto para o funcionamentoideal da sua exploração e para asaúde dos seus animais do quepoupar nestas áreas e gastar muitomais a tratar as diversaspatologias que daí advêm e a tentarcorrigir mais tarde, erros quemuitas vezes são irremediáveis.Para além disto, as normas queregulam e limitam o uso demedicamentos em animais para

consumo humano, nomeadamente osantibióticos, são cada vez maisrigorosas e restritivas. O uso dos maisdiversos medicamentos vai ser cada vezmais limitado e apenas as exploraçõesque já têm essa preocupação nos diasde hoje, poderão ser mais competitivasnum futuro muito, muito próximo.

VC: Para concluir, em que situação

se encontra o Maxi-Leite?

TT: Neste momento, já nosencontramos numa segunda fase doMaxi-Leite, na qual estamos adesenvolver, juntamente com osMédicos Veterinários assistentes dasexplorações, check-lists com aidentificação dos pontos críticos naprópria exploração, com especialdestaque para todo o processo deordenha. Desta forma, queremosassegurar-nos que os conhecimentosinicialmente transmitidos são postosem prática e que os resultadospretendidos vão ser alcançados. Maisdo que tudo, a Intervet Scheringh-Plough deseja contribuir para umaprodução de leite mais eficiente nosprodutores nacionais e tudo faremospara continuar a contribuir para essedesígnio.

PECUÁRIA

52

Tiago Teixeira

Para uma produção de leite mais eficiente

Page 53: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

pub.

O Ministério da Agricultura,Desenvolvimento Rural e Pescas(MADRP), prevê um aumento daprodução vitivinícola em 13% face àcampanha realizada no ano passado, oque significa um volume de 6,3-6,4milhões de hectolitros.

Ministério prevê aumentoda produção de vinho

Regista-se um crescimento daprodução na maior parte das regiõesvitivinícolas e uma quebra de produçãonas regiões sujeitas a maior influênciaatlântica situadas a Sul do território doContinente (Península de Setúbal eAlgarve) e também nas Ilhas.

20

15

10

5

0

-5

-10

-15

-20

-25

-30

Min

ho

Trás

-os-

Mon

tes

Dou

ro

Bei

ras

Bai

rrad

a

Bei

ra I

nter

ior

Dão

Tejo

Lisb

oa

Pen

ínsu

la d

e S

etúb

al

Ale

ntej

o

Alg

arve

Mad

eira

Aço

res

PERCENTAGEMDOS VALORES PREVISTOS

PARA CADA REGIÃO

Desde o ano passado comemora-se, no segundo domingo de Novembro,o Dia Europeu do Enoturismo, nascidades membro da Rede Europeia dasCidades do Vinho, entidade promotora,em paralelo com a Associação deMunicípios Portugueses do Vinho.

Sempre com base na promoção dosterritórios vitivinícolas, o eventopretende enaltecer a cultura e a tradiçãoda terra, intimamente ligadas àidentidade do vinho e a todos osprodutos locais, como símbolos daqualidade de vida e embaixadores decada região, e alcançar uma maiordifusão internacional do turismo dovinho.

Dia Europeu doEnoturismo celebra-sea 14 de Novembro

VINHO & VINHA

Page 54: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Mário Amaral Diamantino, fundador daFundagrícola

Mário Manuel Amaral, responsável pelodepartamento comercial

Lado a lado com a agricultura da CovFundagrícola chega aos 50 anos “de pedra e cal”

Foi no início da década de 60 doséculo passado que Mário AmaralDiamantino deu os primeiros passospara o que é hoje a Fundagrícola, Lda..Estabeleceu-se por conta própria nacidade do Fundão, depois de algumaexperiência adquirida numa empresa domesmo ramo. Com um capital de 18contos (80 euros) a empresa começoupor ter representações de pequenasmáquinas, já na altura prestandoserviços de reparação de avarias demotores de rega, um equipamentofundamental a qualquer exploraçãoagrícola. No final da década é solicitadapara comercializar a marca de tractoresagrícolas Massey Ferguson. À data arepresentação de um grande fabricantede tractores era sinal de grande prestígioe foi, aos olhos de Mário Diamantino,um grande impulso para odesenvolvimento da agricultura da região.

Sobre a agricultura da Cova da Beiranos primeiros tempos da empresa,Mário Diamantino recorda que eramuito pobre. Além disso, a emigraçãolevou grande parte da força de trabalhohumana, acabando por ser essa falta demão-de-obra que incentivou odesenvolvimento da maquinariaagrícola.

Passados 50 anos, o empresário vêa agricultura da Cova da Beira commuita tristeza e acredita mesmo queestá condenada ao fracasso. Tal podededuzir-se da quebra na facturação quecomeçou a manifestar-se maisvincadamente de há três anos a estaparte.

Falta de rentabilidadeda agricultura manifesta-se

nas empresas paralelas

Mesmo o Regadio da Cova daBeira, uma obra vista com bons olhos,é insuficiente para resolver osproblemas já instalados. Além disso,os agricultores que acreditaram na obraaquando do seu início hoje já estãoenvelhecidos e na maior parte dos casossem seguidores na actividade. É umasituação encarada como preocupantepela Fundagrícola pois é canalizada paraas empresas directamente ligadas à

actividade.Esta falta de rentabilidade está a

manifestar-se de inúmeras formas,havendo inclusivamente muitosagricultores interessados na plantaçãode árvores (pinheiros, eucaliptos,sobreiros ...) em terras com condiçõesóptimas para se cultivar quase tudo ecom boa qualidade. “É antagónicoporque todos os dias ouvimos notíciasde que mais cedo ou mais tarde vai haverescassez de bens alimentares”.

Neste cenário pouco optimista afruticultura é uma excepção na região,onde ainda se encontram casos desucesso e liderados por gente jovem.

Crescendo comos melhores

Regressando à empresapropriamente dita, a sua evolução ecrescimento foram acompanhados porinstalações condignas, criadas de raizalguns anos mais tarde.

Em meados da década de 70 entratambém na empresa um dos filhos dofundador, Mário Manuel Amaral, hojesócio e responsável pelo departamentocomercial.

Depois de ter trabalhado mais de30 anos com a marca Massey Fergusona parceria terminou e a empresa passoua representar a Same. O empresáriofundador apresenta várias razões,

desde logo porque a marca querepresentava não avançoutecnologicamente, distanciando-se dasmarcas concorrentes, tinha falta dealguns modelos adequados à agriculturaregional e os preços deixaram de sercompetitivos.

Entre as marcas disponíveis a Samefoi a que ofereceu mais viabilidade,mantendo-se ainda hoje a parceria

EMPRESAS & NEGÓCIOS

54

Page 55: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

a da Cova da Beira

mesmo com toda asdificuldades já mencionadasanteriormente.

A SAME é uma marca comuma gama de produtos muitodiversificada, tanto a nível de potênciascomo vários tipos de equipamentosdentro da mesma potência. Emconstante modernização, quer porvontade da marca quer por exigênciada Comunidade Europeia no querespeita à emissão de ruídos ou de gasese mesmo em termos de segurança, éuma das primeiras marcas já comtractores preparados para trabalhartotalmente a biodiesel.

Com as crescentes dificuldades daactividade agrícola a empresadiversificou os seus negócios, hojedivididos em três ramos principais:maquinaria para agricultura,movimentação de cargas e elevação depessoas (empilhadores e plataformas)e ainda equipamentos paramovimentação de terras (escavadoras,retroescavadoras...). Dispõeigualmente de material florestal e commenos expressão equipamentos paralimpeza urbana.

1960 – Mário Amaral Diamantino, torneiro mecânico de profissão,funda a empresa, que emprega nessa altura um único funcionário,dedicando-se ao comércio e assistência de máquinas para aagricultura.

1969 – É nomeada concessionária oficial Massey Fergusonexclusivo para 4 concelhos do distrito de Castelo Branco. Além dostractores inicia também a comercialização de máquinas paramovimentação de terras e cargas.

1970 – São inauguradas novas instalações, na periferia da cidade,com condições para a expansão das representações que detinha.Nesta década já emprega cerca de 40 funcionários.

1983 – Como consequência de um abrandamento significativodo negócio das máquinas agrícolas e industriais é criado umdepartamento para comercialização de automóveis Austin, Rover,MG e Land Rover.

1986 – A concessão automóvel é deslocada para instalaçõesadequadas pertença da firma Sotabi, associada da Fundagrícola eos jovens Mário Manuel, na Fundagrícola, e Fernando Paulo, naSotabi, incrementam nova dinâmica na empresa.

1995 – É nomeada concessionário oficial no distrito de CasteloBranco da prestigiada marca de empilhadores Manitou.

2001 – Devido ao abaixamento drástico nas vendas da suarepresentada Massey Ferguson provocado por preços poucocompetitivos, falta de modelos vendáveis na zona concessionadae também porque a marca não evoluiu tecnicamente como o mercadoo exigia, por opção da gerência cessou de comum acordo o contratoque detinha há 33 anos.

Inicia a comercialização dos tractores Same, marca com modelosmais adequados e competitivos para tipo de agricultura da região.

2005 – Inicia a comercialização, para o distrito de Castelo Branco,das máquinas de movimentação de terras Doosan/Daewoo e Terex.

2006 – Inicia negociações para tomar por aluguer instalações nacidade de Castelo Branco, dada a importância significativa que azona sul representa no volume de facturação.

2009 - Nomeada concessionária oficial Ammann-Yanmar e Terexno distrito de Castelo Branco, respectivamente, mini-escavadorase retroescavadoras, cilindros, entre outras.

A Fundagrícola começou por trabalhar comequipamentos Massey Ferguson mas quando estaentrou num ciclo descendente optou por outras marcasque tivessem produto idêntico. Criou umdepartamento específico para material de construçãocivil e mais tarde procurou outra marca de máquinaspara movimentação de cargas, a Manitou. Esta tambémcresceu e hoje apresenta uma completíssima gama detodo o tipo de empilhadores. Também dispõe deequipamentos para movimentação de terras e máquinasespecificamente destinadas à actividade florestal(gruas, reboques, destroçadores ...).

Outros negócios

Aniversário dá descontos!!!

Cronologia

Sem comemorações muito efusivas do seu meioséculo de actividade, a Fundagrícola preferiu virar-se para os clientes e potenciais clientes tendo emmarcha uma campanha de distribuição de panfletosporta a porta, em todo o concelho de Penamacor eparte do concelho do Fundão nos quais, para alémde se dar informação sobre o cinquentenáriotambém é fornecido o novo percurso para chegar àempresa já que foram feiras obras nas imediaçõesque o tornam confuso. A apresentação destepanfleto nas instalações da empresa ainda épremiada com um pequeno desconto.

EMPRESAS & NEGÓCIOS

55

A empresa édetentora da concessão oficial para odistrito da marca Manitou, lídermundial em máquinas que têm aplicaçãoem sectores de actividade tão variadosque vão desde a pequena à grandeindústria, construção civil, bem comoindústria alimentar. É um sector já combastante peso na facturação daFundagrícola e com espaço para crescerainda mais.

As máquinas para movimentaçãode terras são igualmente um produtoque faz parte do portefólio da empresa.

De realçar ainda que a Fundagrícolaé o concessionário mais antigo dePortugal da reputada marca depequenas máquinas Stihl, líder europeuem motosserras, o que muito orgulhaos empresários.

Maquinaria evoluiude forma abismal

Sobre a evolução da maquinariaagrícola nos últimos 50 anos os

empresários reconhecem que tem sidomuito significativa, quase abismal entreuma época e a outra, obrigando aempresa a acompanhar e apostar naformação dos seus técnicos.

Aliás, o serviço de apoio técnico éuma das valias da Fundagrícola e passatanto pelo aconselhamento na hora deaquisição dos equipamentos como pelareparação das máquinas no terreno,sendo cada vez menor o número dedeslocações das máquinas para aoficina.

Onde tudo começou. Antigas instalações

da Fundagrícola.

Page 56: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

CARNALENTEJANA D.O.P.

Nos finais de 1991, a situaçãoem que se encontravam muitasexplorações de bovinosalentejanos era bastante difícil.Para além da descidageneralizada dos preços dosbovinos verificada em princípiosde 1992, os produtores isoladosno mercado tinham bastantedificuldade em escoar o seugado, que normalmente atingiabaixas cotações.

Nesta altura, a circulação debens e serviços era umarealidade bem patente que, seisanos atrás, antes da adesão àCEE, dificilmente aconteceria.Neste contexto, surgem aspectospositivos, mas também negativos,designadamente o surgimento desubstâncias proibidas usadaspara estimular o crescimento e aengorda dos animais, sendo estauma das razões para a reduçãodas cotações, muito por força dosintermediários.

Devido aos custos deprodução associados a umaexploração extensiva, emliberdade no pasto, a única formade vender os animais seriaatravés da redução das margens.Ora é precisamente aqui que umgrupo de produtores se insurge,entendendo que deveriam ter umrendimento igual aos dos outroscriadores, embora nãopretendessem enveredar pelolucro fácil, engordando osanimais com recurso asubstâncias químicas.

É nesta altura que FernandoCarpinteiro Albino, actualPresidente do Conselho deAdministração da CarnalentejanaS.A., conjuntamente com outroscriadores de bovinos da raçaalentejana, sentiu a necessidadede conjugarem esforços nosentido de comercializarem osseus produtos de uma formaconcentrada, ganhandodimensão e poder negocial.

Perfazendo inicialmente umtotal de 33 interessados em reuniros esforços, havia que dar corpoa toda esta iniciativa. Perante oclima de pouca cooperação a quenormalmente se associa oempresário português, este grupoapresentava uma vontade ímparde fazer acontecer este projecto.Por um lado, porque havia umaameaça generalizada que a todosafectava e, por outro, devido aofacto de serem empresáriosagrícolas de média e grandedimensão, perfeitamente cientesdas vantagens em cooperar.

Havia contudo um dilema quese deparava antes da constituiçãoformal deste projecto: qual seriaa forma jurídica a dar a estaorganização. Entre as duasopções possível, a sociedadeanónima e a cooperativa, adecisão pela primeira foi unânimedevido à heterogeneidade dedimensão dos interessados, nãohavendo motivos para que asparticipações de cada um fossemiguais.

Tem hoje 153 produtoresassociados com o capitalactual de 650.000,00 euros.

Facturou em 2009 mais de 11milhões de euros.

Estamos presentes com umavasta gama de produtossempre actualizados nosprincipais pontos de vendadas principais cadeias dedistribuição com inúmerasprovas de degustação evendas nos principaiscertames agrícolas e festivaisde música.

A certificação do produtoCARNALENTEJANA, D.O.P.pela Certi-Controlo eCertificação e o sistema degestão da nossa Qualidadepelo Lloyd’s Register QualityAssurance de acordo com asNormas ISSO 9001:2008 eNPENISO 9001:2008 são arazão de ser da confiançaque em nós deposita oconsumidor.

Foi assim criada aCarnalentejana S.A. por escriturapública de 1 de Junho de 1992,na qual participaram os 33criadores de bovinos de raçaalentejana pura, reunindo umcapital de 118.150 euros.

56

Autoria:Carnalentejana S.A.

Evolução empresarial em época de maisum aniversário da Voz do Campo

Page 57: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 58: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Pub.

Congresso Internacional de Horticultura

Rescaldo muito positivo

O Congresso Internacional de

Horticultura juntou cerca de três mil e

duzentos especialistas, originários de

110 países diferentes. Também as

actividade paralelas foram muitos

positivas, reflecte Luís Mira, presidente

da INOVISA – Associação para a

Inovação e o Desenvolvimento

Empresarial, estabelecida dentro do

Instituto Superior de Agronomia, que

organizou o Horticultural Brokerage

HORTICULTURA

BREVES

A Acção de Entomologia Agrícola:Identificação de Pragas e Auxiliares é aprimeira acção de formação realizada noâmbito do protocolo celebrado entre oCentro Operativo e TecnológicoHortofrutícola Nacional e a AcademiaBayer (Instituto de Formação Profissionalacreditado pela DGERT). Estácalendarizada para os dias 20, 21, 27 e 28de Outubro e 3 e 4 de Novembro e serárealizada na Escola Superior Agrária deSantarém.

Destina-se a quadros técnicossuperiores e médios, com responsabilidadeao nível do apoio técnico, bem comoestudante e agricultores. A duração é de36 horas de teórica e prática simulada.

Gestão do Risco em SecasA mitigação e a preparação para as

secas exigem novas aproximações quetornem efectivas as medidas a adoptar eque favoreçam a convivência com assecas, minimizando os seus impactos.Para isso é imprescindível um melhorconhecimento dos processos, acapacidade de estabelecer avisos aosutilizadores da água e a tomada dedecisões em tempo útil.

É para reflectir sobre essas matériasque o Centro de Engenharia dosBiossistemas e o Instituto Superior deAgronomia vão levar a cabo o workshop“Gestão do Risco em Secas – Métodos,Tecnologias e Desafios”, no próximo dia11 de Novembro, na sala dos actos doISA.

Identificação de Pragas e Doenças

Event, com o apoio da Agência para a

Inovação (ADI). “Muitos participantes

solicitaram-nos para não deixarmos cair

a plataforma entre Congressos, que se

realizam a cada quatro anos, por isso a

Inovisa, em conjunto com a nova

liderança da ISHS(International

Society for Horticultural Science), a

partir da base de dados de cerca de

700 pessoas, vai criar uma

plataforma para transferência de

tecnologia que estará disponível on-

line”.

Durante o Congresso em

assembleia-geral da ISHC foi eleito o

seu novo presidente, António

Monteiro, professor no Instituto

Superior de Agronomia.

Durante a mesma assembleia foi

anunciado que em 2014, realizar-se-á

o 29.º Congresso, na cidade de Brisbane,

na Austrália, em Agosto de 2014, sob

o tema “Horticultura – sustentando

vidas, subsistência e paisagens”.

A Direcção Geral de Agricultura e

Desenvolvimento Rural deferiu o

pedido de autorização excepcional

para utilização do produto AFFIRM

no controlo de Tuta absoluta em

tomateiro. A autorização anterior, que

expirou a 14 de Agosto último, foi

prolongada por mais 120 dias por se

reconhecer a necessidade de prosseguir,

ainda durante o ciclo cultural do

tomateiro, o controlo desta praga de

quarentena com os meios químicos e

Combate à Tuta absolutaAFFIRM pode ser usado até Novembro

outros disponíveis.

A recente introdução no território

da traça do tomateiro (Tuta absoluta)

veio trazer dificuldades acrescidas na

protecção fitossanitária da cultura,

porquanto se trata de uma praga

polífaga e multivoltina de difícil

controlo. Assim, carece de medidas

fitossanitárias adequadas para o seu

controlo e erradicação entre as quais a

luta química, com recurso a fitofármacos

onde se inclui o produto citado.

Cientistas descodificamDNA da Maçã

Uma equipa internacional de cientistassequenciou o DNA da maçã “GoldenDelicious” e descobriu a razão pela qual étão diferente de outras variedades . Estefacto vai agora possibilitar aos cientistasaplicar essas características, como osabor, textura e cor em novasvariedades.

Fonte: Infonews COTHN

Page 59: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

pub.

Está marcado para o próximo

dia 19 de Novembro, no auditório

do Inatel da Foz do Arelho o

seminário sobre o tema IV Gama

Hortofrutícola em Portugal:

Investigação e Industrialização.

O enquadramento deste

seminário prende-se

essencialmente com a necessidade

de caracterizar o sector em Portugal:

empresas produtoras, volumes,

segmentos, tendências; fazer a

síntese dos projectos de I&D que

tiveram lugar nos últimos anos nesta

área; orientação de futuros

projectos de investigação aplicada

para as necessidades das empresas.

O objectivo final deste

seminário será identificar

necessidades de conhecimento e

perspectivar o futuro através da

discussão com as empresas do

sector em Portugal.

Investigaçãoe industrializaçãona IV Gama

59

GERAL

Em satisfação do art.º 65 do Código dasSociedades Comerciais, vimos, na qualidadede gerentes/conselho de administração daSociedade, apresentar o Relatório de Gestãorespeitante ao exercício findo em FIM do AnoFiscal, referindo os aspectos mais relevantes:O volume de negócios da empresa em 2009 foiinferior à do exercício anterior como se podeverificar pelo quadro seguinte. A actividade daempresa foi muito prejudicada pela conjunturaeconómica.

Como se pode verificar os gastos da empresa tiveram umaredução relativamente ao ano anterior, tanto em relação osfornecimentos e serviços externos como em relação aoscustos com o pessoal, mas tendo em conta que a empresatem alguns gastos fixos, como por exemplo a renda doestabelecimento, a redução não foi suficiente para aempresa ter lucro com a actividade. Durante o ano de 2009 a empresa gerou um ResultadoLíquido Negativo de 11.973,64 euros, para o qual propomosà Assembleia Geral Ordinária que o resultado líquidoapurado seja lançado na conta de resultados transitadospara eventual cobertura deste em exercícios futuros.A empresa tem a sua situação regularizada com o fisco ecom a Segurança Social.O passivo da empresa situa-se dentro dos prazos normaisde pagamento previstos.

Exercício N-1

VOZ DO CAMPO, EDITORA LDA. | TRAV.MATADOURO, BL-B-2A| CASTELO BRANCO 6000-306 CASTELO BRANCO

Contribuinte Nº. 505903210

RELATÓRIO DE CONTAS - EXERCÍCIO DE 2009

Em termos de estrutura de ganhos e perdas a decomposição é a seguinte:

Custos e perdas ExercícioN

ExercícioN-1

Proveitos e ganhos Exercício N

C.M.V.M.C.F.S.E.ImpostosCustos com o pessoalAmortizaçõesProvisõesResultados operacionais

TOTAIS

58.120427

47.8995.400

0-10.25490.926

047.453

1.05662.96210.757

09.810

142.706

VendasPrestação de serviçosVariação de produçãoSubsídios a exploraçãoTrabalhos para própria empresaOutros proveitos

142.706

0

TOTAIS

22490.702

0000

90.926

411142.150

000

145

Descrição Exercício N Exercício N-1

Venda de Mercadorias 223,81 410,76

Venda de Produtos 0,00 0,00

Prestações de Serviços 90.701,71 142.150,03

90.925,52 142.560,79TOTAISCastelo Branco, 1 de Março de 2010

A Gerência:Paulo Manuel Martins Gomes

Page 60: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

GERAL

* Contacto VALORFITO – Tel: 214 107 209; Fax: 214 139 214; e-mail: [email protected] ; web: www.valorfito.com

Sistema de recolha de resíduos de embalagensde produtos fitofarmacêuticos

VALORFITO

O VALORFITO é o sistema gerido pela SIGERU – Sistema Integrado de Gestão de Embalagens eResíduos em Agricultura, Lda. e tem por objecto a recolha e encaminhamento para tratamentoadequado dos resíduos de embalagem de produtos fitofarmacêuticos, no quadro da legislaçãoaplicável.

Este sistema integrado está licenciado apenas para

embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos com

uma capacidade inferior a 250 L / 250 kg, ou seja, as

embalagens que estão em contacto directo com os produtos

fitofarmacêuticos, e que por isso são classificadas como

resíduos perigosos.

O VALORFITO é a melhor opção para a gestão de resíduos de embalagens vazias deste tipo de produtos e devem

fazer-se todos os esforços para cumprir as exigências do sistema. O agricultor deve informar-se junto do seu fornecedor

ou directamente junto do VALORFITO*, sobre quais os locais - Centros de Recepção - autorizados a receber as

embalagens vazias.

Os agricultores levantam sacos

adequados à recolha nos locais de

venda, aquando da aquisição dos

produtos fitofarmacêuticos;

Após consumir o produto:

- as embalagens rígidas e com

capacidade / peso inferior a 25 L /

Kg de produtos destinados a

preparação de calda, devem ser

lavadas três vezes, inutilizadas,

fechadas e colocadas nos sacos;

- as embalagens rígidas de capacidade

/ peso superior a 25 L / Kg, de

produtos destinados ou não, a

preparação de calda, não deverão

ser lavadas, sendo completamente

esgotadas do seu conteúdo e

fechadas;

- as embalagens rígidas e não rígidas

de peso inferior a 25 Kg, de produtos

não destinados a preparação de

calda, não deverão ser lavadas, sendo

completamente esgotadas do seu

conteúdo e colocadas nos sacos;

O armazenamento temporário dos

resíduos de embalagem deve ser feito

nas explorações agrícolas, devidamente

acondicionados nos sacos, nos mesmos

locais onde armazenam os produtos;

Nos períodos de recolha

previamente divulgados pelo

VALORFITO, os agricultores devem

transportar e entregar esses sacos nos

centros de recepção autorizados;

Aquando da entrega dos sacos no

centro de recepção, o agricultor

receberá, se o solicitar, um documento

comprovativo da entrega dos resíduos

de embalagens.

Funcionamento do VALORFITO:

A SIGERU / VALORFITO recorrerá aos serviços de

operadores especializados e licenciados pela APA - Agência

Portuguesa do Ambiente, para o levantamento e

encaminhamento destes resíduos dos centros de recepção

para tratamento e posterior reciclagem ou valorização

energética.

60

Page 61: Voz do Campo
Page 62: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

AGRICULTURA BIOLÓGICA

Mercados de Rua combatem falta de informação

“Muita gente já ouviu falar de produtos biológicosmas se calhar não sabe muito bem o que são”

Voz do Campo: Comecemos pela

pergunta base, o que é a agricultura

biológica ?

Jaime Ferreira: A agricultura

biológica radica em ensinamentos

tradicionais de produzir alimentos, mas

também no desenvolvimento de

técnicas, como a compostagem, no não

uso de pesticidas de síntese e muito

menos transgénicos.

Em suma, é uma agricultura que

produz alimentos saudáveis e amigos

do ambiente.

VC: Desde a criação da

Agrobio, há 25 anos qual foi o

desenvolvimento da

agricultura biológica em

Portugal?

JF: Hoje temos à volta de 230

mil hectares de terreno em agricultura

biológica, segundo números de 2007,

ocupados por duas culturas principais:

pastagens e olival. Há cerca de dois mil

operadores (toda a fileira) e, em

números vagos, 1400 agricultores. Já o

mercado dos produtos biológicos tem

crescido 10 a 15% ao ano.

Sente-se que a procura tem subido,

mas não acompanhada pela produção.

VC: Qual a razão dessa situação?

JF: Acho que, tal como acontece na

agricultura tradicional, muitas vezes os

agricultores têm dificuldades no

escoamento dos produtos. Ou seja,

faltam canais de distribuição dos

produtos de agricultura biológica, por

isso a Agrobio aposta muito na ideia

dos Mercados de Rua.

VC: Esses mercados são localizados

ou já estão espalhados pelo país?

JF: Esta ideia acompanha um pouco a

“litorização” do país, realizando-se

onde há mais consumidores, não

invalidando que venham a expandir-se

Numa altura em que os problemas derivados de uma alimentação deficiente em frutas e legumesfrescos estão na ordem do dia, a Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio) teminsistido na criação de Mercados Biológicos de Rua, onde é possível conhecer, provar e adquirirprodutos de agricultura biológica, sobretudo nos grandes centros.Sobre estes e outros temas estivemos à conversa com o presidente da Agrobio, Jaime Ferreira.

para outras

zonas. A Agrobio

pretende nos

próximos anos desenvolver localmente

as produções e dinamizar os

agricultores para que eles possam

ajudar a criar esses próprios mercados.

VC: O que é que distingue o

produto oriundo deste modo de

produção?

JF: Normalmente o produto biológico

é mais saboroso e de melhor qualidade

que o convencional.

Por detrás da aparência importa

saber que um produto de agricultura

biológica não tem resíduos tóxicos e a

sua produção foi amiga do ambiente,

porque não usou produtos químicos

de síntese e consumiu menos

combustíveis fósseis, entre outras

razões.

VC: O consumidor já está

sensibilizado para essas questões?

JF: A informação é um ponto essencial

e há muita falta dela. Muita gente já

ouviu falar de produtos biológicos mas

se calhar não sabe muito bem o que

são. Os Mercados da Agrobio têm um

importante papel nesta divulgação.

VC: Podemos falar em novas

culturas em Modo de Produção

Biológico (MPB) e qual tem sido a

actuação da Agrobio nessa matéria?

JF: A Agrobio sempre foi parceira e

promotora de projectos de

investigação, desenvolvimento e

divulgação de agricultura biológica, um

papel que tem tentado recuperar.

Muito recentemente foi aprovado um

projecto de demonstração e divulgação

de arroz biológico nos estuários do

Sado e Tejo. São Reservas Naturais,

onde já se produz arroz, mas de modo

convencional, altamente poluente.

O projecto pretende promover a

novidade que é o arroz biológico,

associada a uma menor perda de

biodiversidade.

No final o objectivo é comercializar

o arroz, mas prevê também a

recuperação de uma unidade de

descasque, associado ainda a uma

componente turística, no caso a

Herdade da Comporta, onde se montará

uma loja para vender o produto.

230 mil hectares2 mil operadores1400 agricultores

62

Page 63: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

A Termoinox – Indústria Metalúrgica -

iniciou a sua actividade no sector dos

lacticínios, nomeadamente tanques para

refrigeração de leite, recuperadores de calor

de circuitos de refrigeração de leite (...) ,

entrando mais tarde no sector do vinho,

fabricando depósitos e comercializando

máquinas para vinicultura. Nesta evolução a

empresa passou a fabricar também máquinas

e equipamentos para queijarias artesanais,

solucionando grandes problemas que essas

unidades enfrentavam. A empresa, com sede

em Oliveira de Azeméis, tem tido

preocupação de diversificar a sua oferta e

como tal produz também algumas peças

direccionadas para o sector do mel, estudando

neste momento a possibilidade de fabricar

equipamentos para fabrico artesanal de

cerveja, que na opinião do empresário Américo

Bastos é um sector que ainda não está muito

divulgado mas que com o tempo poderá vir a

desenvolver-se. Aquilo que não produz na

empresa adquire noutros locais para

completar as diferentes gamas. E, embora a

Termoinox pondera produzir equipamentospara fabrico artesanal de cerveja

empresa se encontre numa situação razoável

a conjuntura negativa é bem evidente com

clientes a não conseguirem o crédito necessário

para liquidarem os equipamentos que

encomendaram, criando uma situação

imprevista de stocks.

A primeira vantagem para o cliente ao

adquirir o produto Termoinox é que, sendo

uma empresa nacional, facilmente se adapta

às solicitações, nomeadamente dos queijeiros,

deslocando-se às queijarias e trocando

impressões com os clientes. Por outro lado,

Américo Bastos refere-se aos preços que, em

seu entender, são bastante competitivos.

Nos sectores a desenvolver futuramente

enquadra-se o do azeite, neste momento

ainda muito residual e resumido apenas ao

fabrico de alguns depósitos e à importação

de máquinas como enchedoras ou

capsuladoras.

EMPRESAS & NEGÓCIOS

Pub.

Page 64: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO. 2010

Pub.

A vitivinicultura é uma actividade

fortemente enraizada no município de

Borba, permitindo a muitas famílias daí

retirarem o seu sustento de forma

directa, assim como também

desenvolver muita indústria, esteja a

montante ou a jusante.

Pode dizer-se que o sector cresceu,

embora sem muito significado e talvez

até seja mais correcto falar em

transformação, com o sector a

capacitar-se para responder às novas

exigências do mercado. Ainda assim, a

Adega Cooperativa de Borba, que

representa muitos dos viticultores do

município está a crescer e a construir

novas instalações, inserida num grande

projecto, que demonstra uma visão

estratégica de crescimento em

relação ao futuro, frisa o

vereador da autarquia de Borba,

Humberto Ratado.

Indirectamente, a autarquia tem

tido a preocupação de divulgar o

produto de inúmeras formas e, nos

últimos anos, através de um certame

muito vocacionado para o sector, que

é a Festa da Vinha e do Vinho, este ano

marcada de 6 a 14 de Novembro.

Embora partindo do sector

vitivínicola o certame não se desliga do

turismo e do lazer, atraindo visitantes

e no global consegue proporcionar um

significativo volume de negócios, não

só no próprio local mas também na sua

envolvente.

Para este ano a organização já tem

um pavilhão multiusos totalmente

disponível e, dadas as circunstâncias

orçamentais e toda a conjuntura que se

vive, o município está a tentar trabalhar

na sustentabilidade do certame. As

restrições obrigam a uma redução dos

gastos e o orçamento deste ano será

reduzido em cerca de metade, mas

assegurando o interesse na visita do

certame. O vereador deixa bem claro

que é aliciante ir a Borba provar os

vinhos disponíveis na Festa, degustá-

los com a gastronomia alentejana que

vai estar patente no evento por via de

alguns restaurantes, dando aos

visitantes a possibilidade de durante

os vários dias de Festa conhecerem

produtos diferentes, de várias gamas.

Sector está mais capacitado para responderàs exigências de mercado

VINHA & VINHO

O vinho tinto da região do Tejo

“Quinta da Lapa Reserva 2008” foi

eleito o melhor vinho português

na edição de 2010 do Concurso

Nacional de Vinhos Engarrafados

(CNVE).

Trata-se de um vinho

produzido pela Agrovia –

Sociedade Agro-pecuária, S.A., na

Quinta da Lapa, situada no

concelho de Azambuja. Adquirida

por José Guilherme Jorge da

Costa, em 1990, a propriedade tem

vindo a ser remodelada com o

arranque das vinhas velhas e

“Quinta da Lapa Reserva 2008” - Melhor tinto portuguêsplantação das castas tradicionais do

Ribatejo e outras sobre as quais se

desconhecia o comportamento e só

agora começam a revelar as suas

qualidades, conforme explica o enólogo

residente, Carlos Sardinha.

Para a empresa este prémio é acima

de tudo um estímulo para continuar a

trabalhar na linha definida pois “o

vinho é muito bom mas foi feito para

esse objectivo”.

O galardão obtido destaca o vinho

que mais pontuação obteve entre os

cerca de 700 rótulos presentes na

competição deste ano, que reuniu 250

personalidades do sector vitivinícola,

com o objectivo de apurar os

vencedores das 177 medalhas

atribuídas.

Ainda desconhecido do público, o

“Quinta da Lapa Reserva 2008” vai

apresentar-se no mercado com a mais-

valia do prémio obtido e poderá

destinar-se a restaurantes de gama

média-alta. Aliás, os restaurantes são

o principal destino dos produtos da

Quinta da Lapa, que não trabalha com

distribuidores. Santarém, Lisboa,

Leiria, Ilhas e Angola são os principais

mercados.

64

Page 65: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 66: Voz do Campo

Lot. do Pinhal de CimaEdifício do GAT - 6100 SertãTelf. 274 603 077 | Fax. 274 603

Quinta das Relvas6300-025 Aldeia Viçosa (Guarda)Tel. 271 920 170Fax.271 920 179

Pedro BrancoServiços de Agricultura e Pecuária

(Técnico de Gestão Agrícola)

Serviços

- Lavouras;- Limpeza de Terrenos;- Podas;- Corte de Madeira;- Colheita de Azeitona;- Colheita de Frutos.

Rua dos Olivais, n.º 27 Telm: 963 562 445

6060-511 S. Miguel D’AchaIDANHA-A-NOVA

Page 67: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010

Page 68: Voz do Campo

SETEMBRO-OUTUBRO . 2010