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1 Vol. 05 - Outubro de 2017 – www.apac.pe.gov.br BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA Nº 10

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Vol. 05 - Outubro de 2017 – www.apac.pe.gov.br

BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA

Nº 10

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Paulo Henrique Saraiva Câmara – Governador

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Márcio Stefanni Monteiro Morais - Secretário

SECRETARIA EXECUTIVA DE RECURSOS HÍDRICOS Coronel Mário Cavalcanti - Secretário Executivo

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA

Marcelo Cauás Asfora - Diretor-Presidente

DIRETORIA DE REGULAÇÃO E MONITORAMENTO Maria Crystianne Fonseca Rosal - Diretora

DIRETORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Gustavo Henrique Ferreira Gonçalves de Abreu - Diretor

DIRETORIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Alexandre Lima Diniz de Oliveira - Diretor

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BOLETIM DO CLIMA SÍNTESE CLIMÁTICA

B. Clima: sínt. climática Recife v.5 n.10 p. 35

Outubro de 2017

4

Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC Avenida Cruz Cabugá, nº 1111, Santo Amaro, Recife/PE - CEP: 50040-000

Fone: (81) 3183-1060 / 1061 e Fax: (81) 3183-1058

www.apac.pe.gov.br

© 2017 Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de dados ou informações contidas nesta publicação, desde que citada a fonte. Disponível também em: < http://www.apac.pe.gov.br/> EQUIPE TÉCNICA Coordenação Geral Patrice Rolando da Silva Oliveira Gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas AUTOR Zilurdes Fonseca Lopes Analista de Meteorologia CO-AUTORES Carlos Alexandre Wanderley da Silva Técnico em Hidrometeorologia Edvânia Pereira dos Santos Analista de Meteorologia Fabiano Prestrelo de Oliveira Analista de Meteorologia Hailton Dias da Silva Junior Analista de Meteorologia Josafá Henrique Gomes Técnico em Hidrometeorologia Maria Aparecida Fernandez Roberto Carlos Pereira Gomes Analista de Meteorologia Romilson Ferreira da Silva Analista de Meteorologia Roni Valter de Souza Guedes Analista de Meteorologia

Vinícius Gomes Costa Júnior Analista de Meteorologia Coordenação de Edição José de Calazans Neto - DRT 3262/PE Gerente de Articulação e Comunicação Normalização Bibliográfica Tarciana Santana Oliveira Analista de Biblioteconomia

5

Sum

ário

Apresentação 06

1. Introdução 07 2. Precipitação Acumulada 08 3. Monitoramento da seca 12 4. Condições Oceânicas 20 5. Temperatura do ar 22 6. Apêndice 25

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A criação, pelo Governo de Pernambuco, da Agência Pernambucana de Águas e Clima - APAC, uma autarquia especial integrante da administração pública estadual indireta, foi um fato de grande relevância para o fortalecimento da meteorologia em Pernambuco. A Lei Ordinária nº 14.028, de 26 de março de 2010, que criou a APAC, também incorporou legalmente à estrutura administrativa do Estado as competências e responsabilidades relacionadas ao monitoramento e à previsão do tempo e clima no Estado. O estabelecimento do marco legal e institucional tornou possível a formação de um quadro permanente de meteorologistas, contratados através de concurso público, para formar a Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da APAC; bem como a realização de um programa consistente de investimentos para a modernização, ampliação e automatização do processo de coleta de dados meteorológicos e climatológicos no Estado. Esses investimentos têm aumentado significativamente a frequência das observações e a quantidade de pontos e de variáveis monitoradas no território pernambucano. A partir desses dados, consistidos e analisados, são geradas informações para as diferentes áreas do governo, bem como são desenvolvidos estudos para identificar e melhor definir os sistemas e os fenômenos meteorológicos que atuam sobre Pernambuco. Contudo, a missão desta Agência estaria incompleta se os dados e as informações produzidos não fossem postos ao alcance de toda a sociedade de forma transparente e democrática. Assim, desde a sua criação, a APAC, através do seu site eletrônico, tem disponibilizado o acesso aos dados climatológicos observados no Estado, bem como aos informativos e boletins sobre o tempo e o clima em Pernambuco. A elaboração e publicação mensal da Síntese Climática são mais um esforço desta Agência no sentido de compartilhar com a sociedade e as entidades congêneres dados, informações e conhecimento. Neste boletim mensal, que a partir de 2013 passou a ser publicado e distribuído em impressos, busca-se apresentar, com um maior aprofundamento técnico, a análise dos parâmetros atmosféricos e dos eventos meteorológicos ocorridos no estado de Pernambuco a cada mês. Todos que operam esta Agência acreditam que o compartilhamento dos dados e das informações é um instrumento essencial à construção do conhecimento. É com esta crença que disponibilizamos esta publicação e que nos colocamos à disposição para receber as sugestões e críticas que tenham por objetivo a melhoria deste produto. Marcelo Cauas Asfora Diretor-Presidente

Apresentação

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O presente boletim é uma síntese climática do

mês de outubro de 2017 para o estado de Pernambuco, constando informações sobre o comportamento das variáveis meteorológicas mensuradas nas estações, como chuva, temperatura e umidade relativa do ar, bem como análises dos parâmetros oceânicos e atmosféricos globais.

O mês de outubro é considerado mês seco em todo estado de Pernambuco, onde ocorrem os menores índices de precipitação mensal. Porém, ocorreram chuvas isoladas na parte sul do Agreste e Zona da Mata pernambucana, ficando essas áreas com quantidade de chuvas maior que o esperado para o mês de outubro.

A Região Metropolitana do Recife ficou com déficit de precipitação -22%. Na mesorregião da Zona

da Mata a chuva observada foi 50% acima do que é esperado para o mês de outubro. No Agreste, a média da precipitação registrada de 14 mm representa 78% da climatologia do mês que é 17 mm. No Sertão, houve pouca precipitação e a redução foi de -98% abaixo da média climatológica.

As áreas com maiores valores de temperaturas máximas indicam também as áreas com os menores valores de umidade relativa mínima, por isto, a umidade média mínima foi menor na região do Sertão, nessa região os valores ficaram abaixo dos 30%. As menores temperaturas ocorrem na região do Agreste devido ao relevo e em parte do Sertão devido a pouca nebulosidade nesse período.

Com relação ao Monitor de Secas do Nordeste houve expansão da área de seca excepcional (S4) em direção ao Sertão Central; na mesorregião Agreste, houve expansão para sul das áreas de seca de intensidade extrema (S3), grave (S2) e moderada (S2). Na Zona da Mata e Litoral, permanece com seca fraca (S0) apenas na Mata Norte e sem seca na região Metropolitana do Recife e Mata Sul. Em todo o estado os impactos da seca são de curto e longo (CL) prazo.

No mês de outubro a Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Atlântico Tropical Sul, em particular na costa leste do Nordeste, continuou em torno da normalidade e com a permanência do núcleo frio próximo ao litoral sul e sudeste do Brasil. Esse resfriamento das águas superficiais no Atlântico Sul intensificou o sistema de alta pressão, intensificando também a velocidade do vento na costa leste do Nordeste do Brasil. A TSM do Pacífico equatorial variou entre normal a abaixo da climatologia, com a região do Niño 3.4 com anomalia média de -0,6 °C o que corresponde condição de neutralidade.

1. Introdução

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2.1. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM OUTUBRO

A distribuição da chuva no Estado no mês de

outubro pode ser observada na Figura 1. Os maiores acumulados ocorreram, principalmente, na Zona da Mata, Região Metropolitana do Recife e parte do Agreste Meridional. Nessas áreas a chuva ficou na média ou acima da média climatológica como observado na Figura 2.

Na RMR, a média da precipitação neste mês foi de 37,5 mm, representando um déficit médio de 22% abaixo da climatologia que é de 48,5 mm. Os

municípios com maiores acumulados de chuva foram: Abreu e Lima (65 mm), Araçoiaba (60 mm) e Cabo (54 mm). Na mesorregião da Zona da Mata a média registrada foi de 39,8 mm, que corresponde a 50% acima da climatologia que é 27,9 mm. As cidades que registraram os maiores acumulados foram: Água Preta (95,3 mm), Aliança (94,5 mm), Amaraji (85,8 mm), Barreiros (69,4 mm) e Belém de Maria (57,8 mm).

No Agreste, a média da precipitação registrada em outubro foi de 13,9 mm, representando -22,9% abaixo da climatologia do mês que é 17,3 mm. As cidades que tiveram os maiores valores acumulados de precipitação durante o mês foram: Correntes (56,7 mm), Barra de Guabiraba (51,6 mm) e Machados (43,4 mm). Por outro lado, em vários municípios da região a precipitação foi inferior a 10 mm ou não houve registro.

Em apenas 8 municípios foram observados registros de precipitação no Sertão pernambucano no mês de outubro, dentre os quais estão Afogados da Ingazeira (12 mm), Afrânio (10 mm) e Araripina (6 mm). A região ficou com -98% de chuva abaixo da climatologia.

2. Precipitação Acumulada

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Figura 1 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) em outubro no estado de Pernambuco.

Figura 2 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada em outubro no estado de Pernambuco. 2.2. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A OUTUBRO DE 2017

A precipitação acumulada de janeiro a outubro, com sua distribuição espacial, está representada na Figura 3. A precipitação acumulada dos meses de maio a julho alterou de forma significativa os valores anuais, devido os eventos extremos de precipitação que ocorreram principalmente à porção meridional e central do Agreste e na Mata Sul. Em grande parte do estado foram observados acumulados do primeiro semestre que ficaram acima de 600 mm, destacando a região da Mata Sul, onde foi registrado valores em torno de 2000 mm.

Os desvios relativos à climatologia na Figura 4 indicam que boa parte do Sertão do Pajeú, do Moxotó, Agreste Setentrional e Meridional, Mata Norte e RMR ficaram

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com precipitação em torno da normalidade enquanto que em grande parte da Mata Sul e sul do Agreste Central, a chuva foi acima da climatologia. Os déficits anuais de precipitação são encontrados em grande parte do Sertão pernambucano.

Figura 3 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) de janeiro a outubro no estado de Pernambuco.

Figura 4 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada de janeiro a outubro no estado de Pernambuco.

A Região Metropolitana do Recife apresentou no acumulado de janeiro a

outubro, valores próximos à média climatológica da região, com o déficit de -11%, e um acumulado médio registrado de 1713 mm, quando a climatologia do período é de 1945,3 mm. Os municípios que apresentaram maiores valores foram: São Lourenço da Mata (2361,1 mm), Recife (2346 mm), Paulista (2119,9 mm) e Olinda (2104,6 mm).

Na Zona da Mata, o acumulado médio registrado durante o mesmo período foi de 1441,1 mm, que corresponde a 17% acima do esperado para a Região, que é de 1257 mm. As precipitações ocorreram principalmente nos meses de maio, junho e julho. Os maiores acumulados de precipitação ocorreram nas localidades de Xexéu (3210,7 mm), Vitória Santo Antão (2630 mm), Vicência (2414,4 mm), Tracunhaém (2302,7 mm) e Timbaúba (2140,7 mm) enquanto que os menores acumulados

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ocorreram em Água Preta (624 mm), Aliança (722 mm) e Amaraji (724,7 mm). A região do Agreste ficou com chuva entre normal a acima da média com

destaque para o Agreste Meridional e sul do Agreste Central onde o acumulado médio de janeiro a outubro ficou acima da média climatológica (Figura 4). Dentre os municípios com chuva acima da média estão: Correntes (2088 mm), Bonito (1930 mm), Barra de Guabiraba (1744 mm), Palmeirina (1594 mm) e Brejão (1586 mm). As cidades que tiveram menores registros de chuva durante o mesmo período foram: Pedra (114 mm), Jataúba (138 mm), Brejo de Madre de Deus (148 mm) e Santa Cruz do Capibaribe (272 mm).

No Sertão alguns postos ultrapassaram o total de 700 mm no ano (Sertão do Pajeú), onde os maiores acumulados ocorreram em: Triunfo (1139 mm), Manari (805 mm), São José do Egito (753 mm) e Calumbi (725 mm) e Ingazeira (702 mm). Porém, a média de chuva na região foi de apenas 379,9 mm, com déficit de 31%. Os menores valores da precipitação foram registrados nas localidades de: Sertânia (7,5mm), Santa Maria da Boa Vista (12 mm), Floresta (20 mm), Inajá (26 mm).

A tabela 1 mostra o resumo da quantidade de chuva em cada região do estado

de Pernambuco, para o mês de outubro e o acumulado de 2017. No apêndice, tem-se o acumulado de chuva, a climatologia e o desvio para cada município do estado.

Tabela 1 – Acumulados, climatologias e desvios de chuva nas mesorregiões no mês de outubro e no acumulado de 2017.

Acumulado mensal médio

(mm)

Média Climática

(mm)

Desvio (%)

Acumulado médio (mm)

Média Climática

(mm)

Desvio (%)

Região Metropolitana do Recife

37,5 48,5 -22,0 1713,7 1945,3 -11,2

Zona da Mata 39,8 27,9 +50,3 1441,1 1257,2 +17,1

Agreste 13,9 17,3 -22,9 779,3 714,4 +7,8

Sertão 1,0 12,1 -98,0 379,9 554,5 -31,4

Regiões

Outubro

Janeiro a Outubro

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3.1. QUANTIS

A APAC faz o monitoramento da seca através da técnica dos quantis, os quais são elaborados por regiões pluviométricas homogêneas representadas na Figura 5. As regiões pluviométricas homogêneas são regiões com características similares de quantidade e de período de chuvas. O método dos quantis associa a precipitação mensal a cinco intervalos regulares a partir de uma função de distribuição acumulada. A precipitação observada é enquadrada em um intervalo de cinco classes, as quais representam a seguinte classificação climática: Muito Seco, Seco, Normal, Chuvoso e Muito Chuvoso.

Figura 3 - Microrregiões de pluviometrias homogêneas do estado de Pernambuco.

SERTÃO A estação chuvosa do Sertão inicia em janeiro e finaliza em abril, sendo março o

mês mais chuvoso A distribuição temporal dos acumulados de precipitação nas microrregiões do Sertão pode ser vista nas Figuras 4, 5, 6 e 7. Houve grande variabilidade espaço-temporal na região do Sertão de Pernambuco. Nas Mesorregiões do Alto Sertão e Sertão do Moxotó, nos primeiros três meses do ano, os quais fazem parte do período chuvoso, as precipitações ocorridas ficaram na categoria seca ou

3. Monitoramento da Seca

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muito seca. No Sertão do Pajeú houve uma maior ocorrência de chuva proporcionando precipitação em torno da normalidade. No mês de abril, a precipitação foi mais distribuída do que os meses anteriores e as três Mesorregiões do Sertão de Pernambuco (Alto Sertão, Sertão do Pajeú e Moxotó) apresentaram chuva na faixa da normalidade. Nos meses do período seco, como esperado, a ocorrência de chuva voltou a ser irregular com maiores acumulados no Sertão do Pajeú e Moxotó, no entanto, na maioria dos meses, a precipitação permaneceu na categoria da normalidade.

No Sertão do São Francisco, todos os meses da quadra chuvosa permaneceram com chuva entre as categorias seca a muito seca. Nos períodos de transição e seco, a precipitação observada ficou na faixa entre normal a chuvosa, porém, nesses meses o Sertão se encontra fora de seu período chuvoso, com baixíssimas médias históricas.

Figura 4 - Quantis mensais para o Alto Sertão.

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Figura 5 - Quantis mensais para o Sertão do São Francisco.

Figura 6 - Quantis mensais para o Sertão do Pajeú.

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Figura 7 - Quantis mensais para o Sertão do Moxotó.

AGRESTE

O período mais chuvoso do Agreste compreende os meses de abril a agosto, enquanto que os meses de setembro a janeiro são considerados os mais secos. As três Mesorregiões da região apresentaram chuva na categoria muito seca, nos três primeiro meses do ano. No período chuvoso, a precipitação foi muito variável com chuva concentrada em poucos meses, com destaque para o mês de maio onde a precipitação ocorrida foi atípica extrapolando o valor climatológico das regiões do Agreste Central e Meridional (Figuras 9 e 10).

A distribuição temporal da precipitação na região do Agreste mostra que ocorreram mais chuva nas Mesorregiões do Agreste Central e Meridional. Nessas áreas, nos meses do período chuvoso, a chuva ficou na categoria normal a cima da normal (chuvoso a muito chuvoso), não obstante, observando-se a quantidade de precipitação, houve mais chuva no Agreste Meridional do que no Agreste Central. Houve continuidade da ocorrência de chuva, nos meses subsequentes ao período chuvoso, nas duas regiões e, os meses de setembro e outubro ficaram com chuva nas categorias chuvosa a muito chuvosa. Vale ressaltar que a climatologia nesse período não é significativa em termo de quantidade de precipitação.

No Agreste Setentrional (Figura 8), nos dois primeiros meses do período chuvoso, a chuva observada ficou na faixa da normalidade reduzindo no mês seguinte (categoria seca) e voltando a ocorrer mais precipitação em julho, favorecendo o mês na faixa chuvosa. Em agosto, de acordo com a climatologia, já há uma redação de chuva em comparação a julho, no entanto, o mês foi classificado como muito seco. Nos dois meses após a estação chuvosa, a precipitação ocorrida foi dentro da normalidade.

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Figura 8: Quantis mensais para o Agreste Setentrional.

Figura 9: Quantis mensais para o Agreste Central.

Figura 10: Quantis mensais para o Agreste Meridional.

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ZONA DA MATA e RMR

Como observado nas demais regiões do estado de Pernambuco (exceção Sertão do Pajeú e Alto Sertão), a região da Zona da Mata e Litoral (Figura 11) também começou o ano com a classificação Muito Seco, passando em fevereiro para a categoria Seco, evoluindo para a categoria Normal nos meses de março e abril, neste último com média acima dos 200 mm nas duas regiões em conjunto (Mata e Litoral).

Em maio, os valores da Zona da Mata e RMR foram muito influenciados pelas precipitações ocorridas na última quinzena do mês, assim como ocorreu no Agreste Central e Meridional, a Mata Sul elevou os valores médios da região que ultrapassou 300 mm. Em junho e Julho os valores registrados ficaram próximos aos de maio, sendo classificados como chuvosos, também ressaltando que esses meses compõem parte da quadra chuvosa dessas regiões. No mês de agosto os valores de chuva reduziram significativamente em relação ao trimestre anterior, ficando abaixo dos 100 mm e na categoria Seco. Em setembro e outubro, a precipitação na Mata e Litoral foi classificada como normal, salientando que as maiores chuvas ocorreram na Mata Sul, ficando a Mata Norte e Região Metropolitana do Recife com chuvas de normal a abaixo da média.

Figura 11: Quantis mensais para Zona da Mata e Litoral.

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3.2. MONITOR DE SECAS DO NORDESTE O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da

situação da seca no Nordeste, objetivando integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais para alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca, como: sua severidade, a evolução espacial e no tempo, e seus impactos sobre os diferentes setores envolvidos. Os resultados consolidados com as diversas instituições envolvidas são divulgados mensalmente por meio do Mapa do Monitor de Secas, contendo informações sobre a situação de secas, com indicadores que refletem o curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e o longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da seca na região. As categorias de seca (tabela 2) descrevem os efeitos (impactos) da seca nas lavouras, na disponibilidade de água, nas pastagens, etc.

As cores do mapa indicam as categorias de seca. Quanto mais escuro, mais seco está. As letras indicam a intensidade do impacto da seca (Figura 14). O impacto pode ser de Curto(C) ou de Longo Prazo (L) ou de Curto e Longo prazo ao mesmo tempo (CL). As linhas do mapa delimitam em que regiões os impactos da seca são de Longo prazo (L), Curto prazo (C) ou Curto e Longo prazo (CL).

Tabela 2: Estágios de seca, ou categorias, as quais definem a intensidade de seca no mapa do Monitor.

Fonte: Adaptado do National Drought Mitigation Center, Lincoln, Nebraska, U.S.

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Síntese do Traçado do Monitor das Secas do Mês de Outubro de 2017

O mês de outubro é considerado um dos mais secos, de acordo com a

climatologia, sendo que em outubro de 2017 a precipitação foi inferior a 25 mm na

Zona da Mata e Litoral, inferior a 10 mm no Agreste e não praticamente não houve

registros de precipitação no Sertão. A ausência de precipitação e de também de

nuvens acarretou o aumento das temperaturas, e consequentemente, também

aumento da evapotranspiração e das áreas de seca em todo estado. Na mesorregião

Sertão, houve expansão da área de seca excepcional (S4) em direção ao Sertão Central;

na mesorregião Agreste, houve expansão para sul das áreas de seca de intensidade

extrema (S3), grave (S2) e moderada (S2). Na Zona da Mata e Litoral, permanece com

seca fraca (S0) apenas na Mata Norte e sem seca na região Metropolitana do Recife e

Mata Sul. Em todo o estado os impactos da seca são de curto e longo (CL) prazo.

Maiores informações sobre o Monitor de Secas do Nordeste podem ser

acessadas no site da APAC (www.apac.pe.gov.br) no link “Monitor de Secas do Nordeste” ou diretamente no site http://monitordesecas.ana.gov.br/

Figura 12: Monitor da secas do Nordeste de agosto (a) e de setembro (b) de 2017.

Figura 12: Monitor da secas do Nordeste de setembro (a) e de outubrobro (b) de 2017

a b a b

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A anomalia média da Temperatura da Superfície do Mar observada no mês de outubro (Figura 13), no oceano Pacífico equatorial, na região do Niño 1+2 foi -1,4 °C, no Niño 3.4 -0,6 °C e de 0,5 °C na região do Niño 4. Assim, no mês de outubro, o referido oceano ficou com condição de neutralidade.

No Atlântico Tropical Sul, as TSMs continuam mais aquecidas na costa oeste do continente Africano e houve uma redução da área do núcleo frio na costa da região Sul e Sudeste do Brasil. Esse resfriamento das águas superficiais no Atlântico Sul intensificou o sistema de alta pressão, intensificando também a velocidade do vento na costa leste do Nordeste do Brasil.

Figura 13 - Anomalia de temperatura da superfície do mar (°C) referente ao mês de outubro. Fonte: CPTEC/INPE, 2017.

O campo médio das linhas de corrente no nível de 850 hPa (Figura 14) representam o comportamento médio do vento na atmosfera, nos baixos níveis da atmosfera, aproximadamente 1,5 Km de altitude. O Anticiclone do Atlântico Sul permaneceu mais próximo da costa do Brasil com uma crista alongada atingido grande parte do Brasil.

4.Condições Oceânicas e Atmosféricas

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Figura 14 – Linhas de corrente em 850 hPa referentes ao mês de outubro. Fonte: CPTEC/INPE, 2017.

A circulação do vento em altos níveis (aproximadamente 12 km de altitude) está representada na Figura 15, por meio das linhas de corrente em 200 hpa. Verificou-se a predominância de um Cavado de Altos Níveis sobre a região Nordeste do Brasil o qual ora favoreceu e ora inibiu a ocorrência de chuva no estado de Pernambuco.

Figura 15 – Linhas de correntes em 200 hPa referente ao mês de outubro. Fonte: CPTEC/INPE, 2017.

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Os maiores valores de temperatura máxima média (Figura 16) foram observados na região do Sertão, enquanto que os menores em áreas de altitude do Agreste Meridional e Central, Zona da Mata e região Metropolitana.

Já os menores valores da temperatura média mínima (Figura 17) foram observados entre o Sertão do Pajeú e Agreste. Os menores valores de temperaturas são influenciados pela ausência de nuvens no período da madrugada, que proporcionam uma maior perda de radiação e, consequentemente, um maior resfriamento da superfície, bem como pela orografia, nos lugares de maiores altitudes.

Figura 16 – Média mensal das temperaturas máximas (°C) em outubro no estado de Pernambuco.

Figura 17 – Média mensal das temperaturas mínimas (°C) em outubro no estado de Pernambuco.

Em grande parte das regiões pernambucanas a temperatura máxima foi abaixo da normal para o mês de outubro. Isso foi devido a maior cobertura de nuvens e

4. Temperatura e Umidade do Ar

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consequentemente menor quantidade de radiação solar que atingiu a superfície para aquecer o ar.

Nos municípios da região do Sertão foram onde ocorreram as maiores temperaturas, a saber: Ouricuri (37,8°C), Petrolina e Sertânia (36,6 °C) e Salgueiro (36,2 °C). No Agreste, Águas Belas (34,1°C) e Surubim (33,1°C) foram os municípios com maior temperatura máxima média e, no litoral e Zona da Mata foram Palmares e Recife (32,5°C) e Vitória de Santo Antão e Ipojuca (29,5°C)

No Sertão e Agreste a temperatura média mínima foi abaixo da normal indicando que as noites foram mais frias, sendo que, os municípios de Garanhuns (16,2 °C), Brejão (17,2°C) e São José do Egito (16,2°C) foram onde ocorreram as menores temperaturas. Enquanto que na Zona da Mata e região Metropolitana do Recife as noites foram mais quentes, isto é, a temperatura mínima registrada foi maior do que a normal climatológica; e as menores temperaturas foram observadas em Cupira (18 °C) e Recife (20,8 °C).

A umidade relativa do ar representa a quantidade de vapor d´água presente na atmosfera com relação ao máximo de vapor que atmosfera pode reter. Quando a umidade do ar está baixa, as chuvas são escassas e quando se tem aumento da umidade, aumenta também as chances de chuva. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) valores de umidade abaixo de 20% oferecem risco à saúde. Porém, em dias quentes com umidade elevada causa desconforto porque a evaporação do suor do corpo se torna difícil, inibindo a perda de calor. E o corpo se refresca quando o suor que eliminado evapora, retirando calor da pele. A umidade relativa do ar é inversamente proporcional à temperatura e, por isso, os menores valores de umidade ocorrem no período da tarde, horários em que as temperaturas são mais altas.

Por conseguinte, as áreas com maiores valores de temperatura máxima indicam também as áreas com os menores valores de umidade relativa mínima, por isto, a umidade média mínima foi menor nos Sertões do Araripe, Central e Pajeú (Figura 18), nestas áreas os valores ficaram abaixo dos 30%.

Valores acima de 50% são normalmente registrados na Zona da Mata e Litoral. Os menores valores de umidade relativa do ar formam registrados em Salgueiro (12%), Serra Talhada e Sertânia (14%) e Petrolina (15%). Os registros absolutos das temperaturas e da umidade podem ser vistos na Tabela 3.

Figura 18 – Média mensal das umidades relativas mínimas (%) em outubro no estado de Pernambuco.

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Tabela 3 – Valores extremos de temperatura ocorridos no mês de setembro em alguns municípios pernambucanos.

Águas Belas

34,1

17,4

34

Arcoverde 34,4 16,1 23

Brejão 27,8 17,2 56

Cabrobó 36,4 20,7 29

Carpina 29,8 20,3 45

Cupira 28,9 18,5 46

Garanhuns 29,0 16,2 47

Goiana 28,4 20,4 54

Ibimirim 29,0 16,2 47

Ipojuca 29,3 23,6 54

Ouricuri 37,8 20,2 12

Petrolina 36,6 20,6 15

Recife 32,5 20,8 42

Salgueiro 36,2 20,6 19

São Lourenço da Mata 30,0 22,7 55

São José do Egito 35,8 16,2 24

Serra Talhada 36,6 18,7 14

Sertânia 36,6 18,7 14

Surubim 33,1 17,9 29

Vitória S. Antão 29,8 20,1 47

Localidade Temperatura

Máxima Absoluta °C

Temperatura Mínima Absoluta

°C

Umidade Mínima Absoluta

%

25

APÊNDICE

26

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA EM OUTUBRO

Abreu e Lima 65 59,6 9,1 Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 60 28,6 109,8 Cabo 54,3 44,7 21,5 Cabo (Barragem de Gurjaú) 52,2 44,7 16,8 Cabo (Barragem de Suape) 49,6 44,7 11,0 Cabo (Pirapama) 49,2 44,7 10,1 Camaragibe 43,2 52,5 -17,7 Igarassu 41 42,6 -3,8 Igarassu (Bar,Catucá) 40,3 42,6 -5,4 Igarassu (Usina São José) 40,3 42,6 -5,4 Ipojuca 39,5 47,3 -16,5 Ipojuca (Suape) - PCD 35,4 47,3 -25,2 Itamaracá 35,2 46,3 -24,0 Itapissuma 34,7 41,9 -17,2 Jaboatão (Cidade da Copa) - PCD 34 55,3 -38,5 Jaboatão dos Guararapes (Bar,Duas Unas) 32 55,3 -42,1 Moreno 29,7 41,6 -28,6 Olinda 29,4 61,9 -52,5 Olinda (Academia Santa Gertrudes) 29,4 61,9 -52,5 Paulista 24,8 55,5 -55,3 Recife (Alto da Brasileira) 23,2 66,0 -64,8 Recife (Codecipe / Santo Amaro) 21,3 39,0 -45,4 Recife (Várzea) 18,5 66,0 -72,0 São Lourenço da Mata (Tapacurá) 18,3 32,5 -43,7 Água Preta 95,3 20,5 364,9 Aliança 94,5 21,0 350,0 Amaraji 85,8 29,7 188,9 Barreiros 69,4 50,1 38,5 Barreiros - PCD 62,2 50,1 24,2 Belém de Maria 57,8 18,5 212,4 Buenos Aires 55,5 18,5 200,0 Camutanga 53,8 23,2 131,9 Carpina (Est, Exp, de Cana-de-Açúcar) 53,2 19,5 172,8 Carpina - PCD 51,8 19,5 165,6 Catende 51,1 24,0 112,9 Chã Grande 50,6 21,0 141,0 Condado 50,2 27,2 84,6 Cortês 48,1 39,1 23,0 Escada 46 37,7 22,0 Ferreiros 45,6 23,5 94,0 Gameleira 45 41,4 8,7 Glória do Goitá 44,4 21,2 109,4 Goiana (Itapirema - IPA) 44 32,3 36,2 Goiana - PCD 42,4 32,3 31,3 Itambé (IPA) 42 26,4 59,1 Itaquitinga 40,9 26,6 53,8 Jaqueira 40,3 19,7 104,6 Joaquim Nabuco 40 34,9 14,6 Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 39,5 16,2 143,8 Lagoa do Carro 39 17,4 124,1 Macaparana 38,3 20,6 85,9 Maraial 37,4 18,8 98,9 Nazaré da Mata 36,7 18,8 95,2 Palmares 35,3 31,4 12,4

Municípios

Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

27

Paudalho 34,8 34,5 0,9 Paudalho (Barragem de Goitá) 30,9 34,5 -10,4 Pombos 30,1 16,9 78,1 Primavera 29,2 30,9 -5,5 Quipapá 28,5 17,9 59,2 Ribeirão 26,6 32,7 -18,7 Ribeirão (Fazenda Capri) 26,1 32,7 -20,2 Rio Formoso (Usina Cucaú) 23,5 56,5 -58,4 São Benedito do Sul 21,7 16,1 34,8 São José da Coroa Grande 21,3 49,7 -57,1 Sirinhaém 20,8 53,2 -60,9 Tamandaré 17,7 25,3 -30,0 Timbaúba 17,5 19,9 -12,1 Tracunhaém 16,1 18,6 -13,4 Vicência 13,4 19,2 -30,2 Vitória de Santo Antão (IPA) 10,4 24,6 -57,7 Vitória de Santo Antão - PCD 5,3 24,6 -78,5 Xexéu (Engenho Bom Mirar) 0 31,5 -100,0

Agrestina 26,7 13,4 99,3 Águas Belas 5,2 13,0 -60,0 Águas Belas - PCD 4,4 13,0 -66,2 Alagoinha 3,8 20,7 -81,6 Altinho 14,5 11,0 31,8 Angelim 32,6 23,7 37,6 Barra de Guabiraba 51,6 23,6 118,6 Belo Jardim 6,7 17,0 -60,6 Belo Jardim (Açude Bituri) 0 17,0 -100,0 Bezerros 7 12,2 -42,6 Bom Conselho (IPA) 11 17,5 -37,1 Bom Jardim 25,5 26,2 -2,7 Bonito 22,5 18,0 25,0 Bonito (Fazenda Vila Bela) 43,4 19,4 123,7 Brejão (IPA) 39,7 33,6 18,2 Brejo da Madre de Deus 5 16,1 -68,9 Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 0 16,1 -100,0 Buíque 5,2 22,1 -76,5 Cachoeirinha 5,8 5,9 -1,7 Caetés 7,5 24,1 -68,9 Calçados 12 19,3 -37,8 Camocim de São Felix 37,8 15,8 139,2 Canhotinho 22,2 19,6 13,3 Capoeiras 9,7 22,6 -57,1 Caruaru 6,7 11,2 -40,2 Caruaru (IPA) 0 11,2 -100,0 Casinhas 10 20,4 -51,0 Correntes 56,7 30,7 84,7 Cumaru 11,7 12,0 -2,5 Cupira 34 14,9 128,2 Cupira - PCD 32,2 14,9 116,1 Feira Nova 10,2 12,8 -20,3 Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 5,7 14,0 -59,3 Garanhuns 17,8 32,4 -45,1 Gravatá 1,3 16,6 -92,2 Iati 1,8 20,7 -91,3

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm) Média(mm) Desvio (%)

28

Ibirajuba 22,5 10,0 125,0 Itaiba 4 13,6 -70,6 Jatauba 0,2 6,0 -96,7 João Alfredo 29 21,2 36,8 Jucati 14,7 19,6 -25,0 Jupi 27,4 19,8 38,4 Jurema 24,1 14,4 67,4 Lagoa do Ouro 26,2 29,6 -11,5 Lagoa dos Gatos 35 16,8 108,3 Lajedo 7,1 15,0 -52,7 Limoeiro 19 16,7 13,8 Machados 43,8 22,7 93,0 Orobó 19,5 24,0 -18,8 Palmeirina 12 28,7 -58,2 Panelas 28,3 14,6 93,8 Paranatama 16,3 27,1 -39,9 Passira 2 11,9 -83,2 Pedra (São Pedro do Cordeiro) 0 18,0 -100,0 Pesqueira 3,2 15,6 -79,5 Poção 0 13,6 -100,0 Riacho das Almas 0 8,3 -100,0 Sairé 29,4 17,3 69,9 Salgadinho 0 14,5 -100,0 Saloá 0 25,4 -100,0 Sanharó 0 16,9 -100,0 Santa Cruz do Capibaribe 1 3,4 -70,6 Santa Maria do Cambuca 6,2 17,9 -65,4 São Bento do Una (IPA) 8,1 16,9 -52,1 São Bento do Una - PCD 10,8 16,9 -36,1 São Caetano 2 11,7 -82,9 São João 19,6 26,6 -26,3 São Joaquim do Monte 12,4 17 -27,1 São Vicente Férrer 34,9 21,2 64,6 Surubim 6,7 16,6 -59,6 Tacaimbó 3 13,9 -78,4 Taquaritinga do Norte 11 9,2 19,6 Terezinha 3 27,0 -88,9 Toritama 4,5 8,0 -43,8 Tupanatinga 2,5 17,3 -85,5 Venturosa 0 18,2 -100,0 Vertente do Lério 7,8 18,2 -57,1 Vertentes (IPA) 3,5 18,2 -80,8

Afogados da Ingazeira 12 9,4 27,7 Afrânio 10 13,1 -23,7 Araripina 5,9 12,3 -52,0 Araripina - PCD 5 12,3 -59,3 Arcoverde (INMET) 5 14,5 -65,5 Arcoverde - PCD 3,2 14,5 -77,9 Belém de São Francisco (CHESF) 2,5 4,4 -43,2 Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 2,5 4,4 -43,2 Belém de São Francisco (IPA) 2 4,4 -54,5

SERTÃO

Municípios Acumulado (mm) Média (mm) Desvio (%)

29

Betânia 1,1 8,7 -87,4 Bodocó 0,8 12,6 -93,7 Brejinho 0,3 8,8 -96,6 Cabrobó 0 3,7 -100,0 Calumbi 0 16,8 -100,0 Carnaíba 0 11,5 -100,0 Carnaubeira da Penha 0 9,9 -100,0 Cedro 0 11,4 -100,0 Custódia 0 11,0 -100,0 Dormentes 0 13,2 -100,0 Exu (IPA) 0 16,9 -100,0 Flores 0 13,2 -100,0 Floresta 0 10,7 -100,0 Floresta (CHESF) 0 10,7 -100,0 Granito 0 16,8 -100,0 Ibimirim (IPA) 0 10,2 -100,0 Iguaraci 0 12,8 -100,0 Inajá (CHESF) 0 8,9 -100,0 Ingazeira 0 9,6 -100,0 Ipubi 0 13,6 -100,0 Itacuruba 0 9,5 -100,0 Itapetim 0 10,8 -100,0 Jatobá 0 16,1 -100,0 Lagoa Grande 0 17,4 -100,0 Manari 0 11,2 -100,0 Mirandiba 0 11,3 -100,0 Moreilândia 0 8,0 -100,0 Orocó 0 24,0 -100,0 Ouricuri 0 17,8 -100,0 Ouricuri - PCD 0 17,8 -100,0 Parnamirim 0 14,1 -100,0 Petrolândia 0 14,2 -100,0 Petrolina 0 10,4 -100,0 Petrolina (INMET) 0 10,4 -100,0 Quixaba 0 12,7 -100,0 Salgueiro 0 13,6 -100,0 Salgueiro - PCD 0 13,6 -100,0 Santa Cruz da Baixa Verde 0 21,6 -100,0 Santa Cruz da Venerada 0 15,0 -100,0 Santa Filomena 0 11,7 -100,0 Santa Maria da Boa Vista 0 14,5 -100,0 Santa Maria da Boa Vista (CHESF) 0 14,5 -100,0 Santa Terezinha 0 8,7 -100,0 São José do Belmonte 0 12,8 -100,0 São José do Egito (Faz, Muquén) 0 5,3 -100,0 São José do Egito (IPA) 0 5,3 -100,0 São José do Egito - PCD 0 5,3 -100,0 Serra Talhada 0 13,1 -100,0 Serra Talhada (Açude Cachoeira) 0 13,1 -100,0 Serra Talhada (IPA) 0 13,1 -100,0 Serrita (Santa Rosa) 0 11,6 -100,0 Sertânia 0 13,2 -100,0 Solidão 0 13,2 -100,0 Tabira 0 10,0 -100,0 Tacaratu (Sítio Gameleira) 0 9,1 -100,0 Terra Nova 0 16,9 -100,0 Trindade 0 10,5 -100,0 Triunfo 0 14,5 -100,0 Tuparetama 0 23,3 -100,0 Verdejante 0 7,8 -100,0

30

PRECIPITAÇÃO ACUMULADA DE JANEIRO A OUTUBRO

Abreu e Lima 885,3 2224,7 -60,2 Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 1203,2 1388,4 -13,3 Cabo 1203,6 1824,7 -34,0 Cabo (Barragem de Gurjaú) 1267,7 1824,7 -30,5 Cabo (Barragem de Suape) 1472,1 1824,7 -19,3 Cabo (Pirapama) 1501,3 1824,7 -17,7 Camaragibe 1508,7 2022,7 -25,4 Igarassu 1531,5 1891,0 -19,0 Igarassu (Bar,Catucá) 1548,4 1891,0 -18,1 Igarassu (Usina São José) 1566,5 1891,0 -17,2 Ipojuca 1626,9 1906,2 -14,7 Ipojuca (Suape) - PCD 1635,8 1906,2 -14,2 Itamaracá 1640,8 1971,5 -16,8 Itapissuma 1693,5 1862,4 -9,1 Jaboatão (Cidade da Copa) - PCD 1747,0 2091,2 -16,5 Jaboatão dos Guararapes (Bar,Duas Unas) 1889,5 2091,2 -9,6 Moreno 1927,4 1718,9 12,1 Olinda 2092,6 2291,9 -8,7 Olinda (Academia Santa Gertrudes) 2104,3 2291,9 -8,2 Paulista 2119,7 2154,5 -1,6 Recife (Alto da Brasileira) 2123,1 2344,3 -9,4 Recife (Codecipe / Santo Amaro) 2132,1 1576 35,3 Recife (Várzea) 2346 2344,3 0,1 São Lourenço da Mata (Tapacurá) 2361,1 1528,5 54,5 Água Preta 623,8 1142,3 -45,4 Aliança 722,1 1088,3 -33,6 Amaraji 724,7 1288,2 -43,7 Barreiros 810,9 1938,8 -58,2 Barreiros - PCD 819,2 1938,8 -57,7 Belém de Maria 832,5 821,0 1,4 Buenos Aires 861,5 1026,2 -16,0 Camutanga 899,9 1070,9 -16,0 Carpina (Est, Exp, de Cana-de-Açúcar) 906,7 1056,4 -14,2 Carpina - PCD 930,3 1056,4 -11,9 Catende 936,4 1059,1 -11,6 Chã Grande 936,6 910,5 2,9 Condado 965,4 1315,4 -26,6 Cortês 989,6 1704,5 -41,9 Escada 994,0 1540,0 -35,5 Ferreiros 1041,2 1092,6 -4,7 Gameleira 1051,7 1634,1 -35,6 Glória do Goitá 1070,4 1033,8 3,5 Goiana (Itapirema - IPA) 1091,0 1516,4 -28,1 Goiana - PCD 1098,3 1516,4 -27,6 Itambé (IPA) 1108,5 1195,8 -7,3 Itaquitinga 1124,3 1322,6 -15,0 Jaqueira 1183,6 817,3 44,8 Joaquim Nabuco 1337,5 1544,1 -13,4 Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 1379,5 891,9 54,7 Lagoa do Carro 1389,0 969,3 43,3 Macaparana 1451,0 1001,3 44,9 Maraial 1514,4 761,0 99,0 Nazaré da Mata 1543,2 1097,6 40,6 Palmares 1571,8 1344,5 16,9

Municípios Acumulado(mm)) Média(mm) Desvio (%)

REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE E ZONA DA MATA

31

Paudalho 1628,5 1538,4 5,9 Paudalho (Barragem de Goitá) 1655,4 1538,4 7,6 Pombos 1700,9 738,1 130,4 Primavera 1725,9 1296,9 33,1 Quipapá 1765,9 774,4 128,0 Ribeirão 1770,4 1447,4 22,3 Ribeirão (Fazenda Capri) 1786,7 1447,4 23,4 Rio Formoso (Usina Cucaú) 1803,0 2047,9 -12,0 São Benedito do Sul 1914,0 720,3 165,7 São José da Coroa Grande 2025,4 1938,7 4,5 Sirinhaém 2095,7 2151,4 -2,6 Tamandaré 2097,4 1538,2 36,4 Timbaúba 2140,7 963,2 122,2 Tracunhaém 2302,7 1032,4 123,0 Vicência 2414,4 1028,0 134,9 Vitória de Santo Antão (IPA) 2615,8 927,8 181,9 Vitória de Santo Antão - PCD 2630,0 927,8 183,5 Xexéu (Engenho Bom Mirar) 3210,7 1593,6 101,5 Agrestina 962,7 660,6 45,7 Águas Belas 800,9 577,3 38,7 Águas Belas - PCD 703,0 577,3 21,8 Alagoinha 564,0 650,3 -13,3 Altinho 712,4 588,7 21,0 Angelim 1126,3 838,3 34,4 Barra de Guabiraba 1743,7 1050,7 66,0 Belo Jardim 487,3 633,3 -23,1 Belo Jardim (Açude Bituri) 566,8 633,3 -10,5 Bezerros 464,0 511,3 -9,3 Bom Conselho (IPA) 850,7 573,1 48,4 Bom Jardim 588,0 1254,5 -53,1 Bonito 1930,9 766 152,1 Bonito (Fazenda Vila Bela) 1454,5 884,3 64,5 Brejão (IPA) 1586,1 1365,6 16,1 Brejo da Madre de Deus 982,6 650,1 51,1 Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova) 147,7 650,1 -77,3 Buíque 1237,5 810,1 52,8 Cachoeirinha 489,3 448,8 9,0 Caetés 632,8 715,3 -11,5 Calçados 944,1 655,7 44,0 Camocim de São Felix 1433,1 692,5 106,9 Canhotinho 1142,0 819,9 39,3 Capoeiras 769,4 633,1 21,5 Caruaru 568,5 577,6 -1,6 Caruaru (IPA) 688,6 577,6 19,2 Casinhas 454,0 877,2 -48,2 Correntes 2088,4 1005,6 107,7 Cumaru 630,9 542,5 16,3 Cupira 858,7 697,2 23,2 Cupira - PCD 893,8 697,2 28,2 Feira Nova 548,9 705,8 -22,2 Frei Miguelinho (Algodão do Manso) 372,0 587,6 -36,7 Garanhuns 1247,5 832,9 49,8

AGRESTE

Municípios Acumulado(mm)) Média(mm) Desvio (mm)

32

Gravatá 294,3 738,9 -60,2 Iati 684,1 605,9 12,9 Ibirajuba 703 544,2 29,2 Itaiba 620,8 569,9 8,9 Jatauba 138,5 470,1 -70,5 João Alfredo 608,5 1020,4 -40,4 Jucati 672,1 585,7 14,8 Jupi 938,5 614,5 52,7 Jurema 1029,8 663,4 55,2 Lagoa do Ouro 1114,4 1096,3 1,7 Lagoa dos Gatos 963,5 745,4 29,3 Lajedo 704,9 578,7 21,8 Limoeiro 713,3 893,6 -20,2 Machados 1095,7 1105,6 -0,9 Orobó 687,4 978,5 -29,7 Palmeirina 1594 961,5 65,8 Panelas 978,3 680,8 43,7 Paranatama 917,5 879,0 4,4 Passira 630,5 605,2 4,2 Pedra (São Pedro do Cordeiro) 114,0 631,5 -81,9 Pesqueira 503,6 636,1 -20,8 Poção 723,8 578,3 25,2 Riacho das Almas 348,3 458,9 -24,1 Sairé 1141 757,2 50,7 Salgadinho 827,4 675,0 22,6 Saloá 787,2 844,8 -6,8 Sanharó 332 600,6 -44,7 Santa Cruz do Capibaribe 271,8 398,7 -31,8 Santa Maria do Cambuca 412,8 649,9 -36,5 São Bento do Una (IPA) 496,0 571,5 -13,2 São Bento do Una - PCD 517,0 571,5 -9,5 São Caetano 521,0 576,0 -9,5 São João 921,2 834,2 10,4 São Joaquim do Monte 1113 781,2 42,5 São Vicente Férrer 1181,1 1025,1 15,2 Surubim 497,8 671,4 -25,9 Tacaimbó 430,8 588,9 -26,8 Taquaritinga do Norte 722,1 511,4 41,2 Terezinha 725,6 999,3 -27,4 Toritama 389,0 527,9 -26,3 Tupanatinga 779,0 675,3 15,4 Venturosa 569,7 680,2 -16,2 Vertente do Lério 363,6 700,7 -48,1 Vertentes (IPA) 337,0 700,7 -51,9

Afogados da Ingazeira 629,0 578,2 8,8 Afrânio 373,0 359,6 3,7 Araripina 611,2 648,1 -5,7 Araripina - PCD 333,0 648,1 -48,6 Arcoverde (INMET) 571,1 656,6 -13,0 Arcoverde - PCD 638,4 656,6 -2,8 Belém de São Francisco (CHESF) 76,0 480,6 -84,2 Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 119,2 480,6 -75,2 Belém de São Francisco (IPA) 95,2 480,6 -80,2 Betânia 336,2 438,1 -23,3

SERTÃO

Municípios Acumulado(mm)

)

Média(mm) Desvio (mm)

33

Bodocó 283,1 598,9 -52,7 Brejinho 661,6 583,1 13,5 Cabrobó 175,8 505 -65,2 Calumbi 725,4 826,3 -12,2 Carnaíba 587,0 607,0 -3,3 Carnaubeira da Penha 351,5 490,8 -28,4 Cedro 357,0 588,9 -39,4 Custódia 572,6 501,4 14,2 Dormentes 168,0 379,3 -55,7 Exu (IPA) 301,0 599,8 -49,8 Flores 343,6 607,6 -43,4 Floresta 327,7 527,8 -37,9 Floresta (CHESF) 20,0 527,8 -96,2 Granito 173,0 536,1 -67,7 Ibimirim (IPA) 311,4 517,1 -39,8 Iguaraci 405,8 559,2 -27,4 Inajá (CHESF) 26,1 426,2 -93,9 Ingazeira 702,4 541,8 29,6 Ipubi 488,0 645,9 -24,4 Itacuruba 234,0 501,7 -53,4 Itapetim 688,2 608,1 13,2 Jatobá 113,5 645,0 -82,4 Lagoa Grande 119,8 409,7 -70,8 Manari 805,3 480,8 67,5 Mirandiba 477,5 514,7 -7,2 Moreilândia 337,0 511,9 -34,2 Orocó 102,5 1121,5 -90,9 Ouricuri 294,2 516,2 -43,0 Ouricuri - PCD 300,0 516,2 -41,9 Parnamirim 231,6 455,0 -49,1 Petrolândia 212,4 592,5 -64,2 Petrolina 144,5 325,6 -55,6 Petrolina (INMET) 111,2 325,6 -65,8 Quixaba 548,1 686,2 -20,1 Salgueiro 275,5 484,8 -43,2 Salgueiro - PCD 295,8 484,8 -39,0 Santa Cruz da Baixa Verde 535,2 1123,6 -52,4 Santa Cruz da Venerada 279,0 395,3 -29,4 Santa Filomena 183,0 425,8 -57,0 Santa Maria da Boa Vista 83,4 391,8 -78,7 Santa Maria da Boa Vista (CHESF) 11,7 391,8 -97,0 Santa Terezinha 682,5 606,7 12,5 São José do Belmonte 554,5 591,0 -6,2 São José do Egito (Faz, Muquén) 753,1 488,2 54,3 São José do Egito (IPA) 626,1 488,2 28,2 São José do Egito - PCD 132 488,2 -73,0 Serra Talhada 488,1 569,6 -14,3 Serra Talhada (Açude Cachoeira) 460,2 569,6 -19,2 Serra Talhada (IPA) 643,9 569,6 13,0 Serrita (Santa Rosa) 268,5 559,6 -52,0 Sertânia 418,7 445,4 -6,0 Sertânia (Cedoca) 7,5 445,4 -98,3 Solidão 606,4 445,4 36,1 Tabira 488,6 630,4 -22,5 Tacaratu (Sítio Gameleira) 671,9 578,9 16,1 Terra Nova 166,7 669,1 -75,1 Trindade 347,5 463,9 -25,1 Triunfo 1139,3 568,5 100,4 Tuparetama 617,0 1233,1 -50,0 Verdejante 380,5 501,6 -24,1

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