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HÉLDER COSTA

VIVA A REPÚBLICA!

ISPA – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO / 2010

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TíTulo: VIVA A REPÚBlICA!AuToR: HéldER CosTA

© InsTITuTo suPERIoR dE PsICologIA APlICAdA-CRlRuA jARdIm do TABACo, 34, 1149-041 lIsBoA

1ª EdIção: mAIo dE 2010TIRAgEm: 500 ExEmPlAREs

ComPosIção: IsPA – InsTITuTo unIVERsITÁRIo

foTogRAfIAs: luís RoCHA E TânIA ARAÚjo – mEfCARlos gIl E dAnIEl gIl

ImPREssão E ACABAmEnTo: sERsIlITo – EmPREsA gRÁfICA, ldA.

dEPósITo lEgAl: 311198/10IsBn: 978-989-8384-02-7

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VIVA A REPÚBLICA!

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ESPECTÁCULO COMEMORATIVO DA CONSTITUIÇÃO DE 1911

No dia 23 de Julho de 1986, A BARRACA abriu uma página na história das instituiçõesportuguesas.

A onvite da Comissão para as comemorações da Constituição Republicana de 1911, ABarraca criou e representou um espectáculo na Sala do Senado do palácio de S. Bento.

A peça foi seguida por centenas de pessoas que, literalmente, “tomaram de assalto” aAssembleia da República ultrapassando a burocrática limitação de “não terem convite”.

Foi esse um público entusiasmado que invadiu espaços e galerias e que sublinhou váriosquadros com bravos e aplausos, terminando numa apoteose inesquecível.

Vários são os momentos que ficaram na memória dessa noite, das tais que nosconvencem que sempre vale a pena andar nesta vida do teatro, por vezes tão injusti çadoe desprezado.

Mas nada ultrapassou a emoção de ver dezenas de familiares dos heróis da Repúblicaabraçando, com lágrimas e ternura, os actores d’A Barraca.

Afinal, alguém lutava para que não se esquecesse o nome e o exemplo dos que tinham lutado para que Portugal abandonasse a sua mísera e vergonhosa condição dequase feudalismo retrógrado e abraçasse a modernidade Republicana.

ESPECTÁCULO SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE 1911

Para a construção deste espectáculo pensámos que o valor de uma lei base que alterouradicalmente a forma de Governo de um país, só é verdadeiramente apreensível quandose conhecem os factos e as causas que levaram ao seu aparecimento.

Daí que tenhamos seguido uma investigação que nos desse a respiração da época, as inde-cisões e flutuações do poder, as frustrações e necessidades da Nação.

Foi difícil a selecção dos quadros com que pretendemos ilustrar a época riquíssima queantecede a vitória da Revolução Republicana.

A escolha acabou por recair no Ultimatum, na prática parlamentar monárquica, naorganiza ção clandestina de maçons e carbonários, no regicídio, no 5 de Outubro, e naluta das sufragistas.

Outro aspecto do espectáculo, a que quisemos dar a maior importância, consiste noaparecimento das forças culturais como motor essencial da agitação e da pedagogiapolític a. Nessa época, os homens da cultura eram homens de política, e os homens depolítica interessavam-se pela cultura. Seleccionámos quadros de “Viagem à roda da

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parvónia” de Junqueiro e Guilherme de Azevedo para satirizar o ambiente do eleitora -lismo e do parlamentarismo da monarquia decadente; recorrem os a Gomes Leal, aogrupo dos cinco, Bordalo Pinheiro, Raul Brandão, João Chagas, José Relvas e muitosoutro s, para ilustrarmos esses momentos que transformaram o regime da nossa Pátria.

Com a música, o guarda-roupa, a investigação do “pequeno detalhe” e o recurso a formasteatrais comunicativas e directas, tentámos ainda contribuir para dar mais vida à narraçãodo aparecimento da Constituição de 1911.

Julgamos ser a melhor forma de homenagear uma lei que consagra, no dizer de JoãoChagas, a “queda de uma tradição de sete séculos”.

Hélder Costa

[email protected]

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Espectáculo realizado em 23 de Julho de 1986, na Sala do Senado do Palácio de S. Bento, para assinalar os 75 anos da constituição Republicana

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Dramaturgia e Encenação – Hélder Costa

Música – “Cantar Brejeiro” e Banda da Carris

Figurinos – Maria do Céu Guerra

Banda gravada – João Paulo Guerra

Luz – Luís Viegas

Montagem – Manuel Barata

Máscaras – Francisco Pereira

Produção – A BARRACA

António Gomes

João Azevedo

João Maria Pinto

Jorge Sequerra

José Carretas

José Gomes

Maria do Céu Guerra

Maria João Luís

Paula Sousa

Teresa Faria

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HÉLDER COSTA – Escritor, Dramaturgo, Encenador e Actor

Estudos de Direito em Lisboa e Coimbra.Licenciatura da Faculdade de Letras / Institut d’Études Théatrales – Sorbonne, Paris.Director do grupo de teatro A BARRACA (Lisboa, Portugal).Participou no CITAC (Coimbra), e foi presidente do Cénico de Direito (duas menções honrosasno Festival Mundial de Teatro Universitário de Nancy – 1966/67).Fundador do Teatro Operário de Paris (1970).Assistente de encenação e co-autor com Luís de Lima e Luiz Francisco Rebello do 1º espectáculocriado a seguir ao 25 de Abril: “Liberdade, Liberdade” (1974).Encenador no Grupo de Acção Teatral A BARRACA (Prémio Unesco 92), dirigiu vários espec -táculos em Espanha, Brasil, Dinamarca e Moçambique.Dirigiu cursos e participou em congressos, festivais e filmagens em França, Suécia, Ale manha,Suíça, Holanda, Argentina, Cabo Verde, México, Bolívia, Chile, Inglaterra, Colôm bia, Venezuela,E.U.A., U.R.S.S., Bélgica, Itália, Macau, Cuba, Nicarágua, Uruguai e Azerbeijão.

TEXTOS ORIGINAIS, DRAMATURGIAS, TRADUÇÕES

Mais de 30 peças editadas e montadas em vários grupos de cidades Portuguesas e outros países.Algumas peças abordam situações e personagens da História e Cultura de Portugal (sem histori -cismo, e com a preocupação de se tirarem lições úteis para o presente).Outras peças incidem, de forma absurda e satírica, sobre situações da política internacionalcontemp orânea e comportamentos individuais e colectivos.Além dos seus textos dirigiu Gil Vicente, Chiado, Dário Fo, Brecht, Mrozeck, Fassbinder, BenHecht, Woody Allen, Oswaldo Dragun, Lope de Vega, Ettore Scola, Ionesco, Molière, Eça deQueiroz, Cândido Pazó, Luís de Sttau Monteiro, Augusto Boal, entre outros.

PEÇAS COM MONTAGENS INTERNACIONAIS

O Príncipe de Spandau – teve estreia mundial em Viena de Áustria e foi montado na Dinamarca,na Bolívia, em Madrid, Paris, Bruxelas, Noruega, Suécia, Roménia, Lisboa, Suiça e Londres. Estáem pré-montagem no Brasil. Em fase de preparação na Grécia, Suiça e em Espanha – Madrid,Teatro Español.Zé do Telhado (França, Canadá).D. João VI (Centro Cultural do Banco do Brasil – RJ, Brasil).Calamity Jane (Espanha, Dinamarca, México).Mi Rival (Espanha).

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O Incorruptível (França, Brasil, Espanha – Madrid, Teatro Español e Barcelona). Novas montagensem preparação no Brasil (Universidade de Bahia, S. Paulo e Rio de Janeiro) onde se preparatambém uma montagem em marionettes. Em fase de montagem na Argentina. Estreia em 2010 noTh. St. Gervais, Geneve (Suiça) e em Milão (Itália).Sexo, Nunca Mais! – (Paris, França). Em preparação em S. Paulo, Brasil.Marilyn, Meu Amor – Preparação em Espanha, Argentina e Brasil.A Pessimista – Preparação em Buenos Aires.

As Peúgas de Einstein – Sobral, Ceará, Brasil.

TRADUÇÕES / EDIÇÕES

El Principe de Spandau y otras piezas – castellano – Hiru Teatro.El Incorruptible – castellano – Hiru teatro.O Príncipe de Spandau – traduzido em castelhano, catalão, francês, dinamarquês, inglês, alemão,romeno, grego, sueco e norueguês.Mi Rival – traduzido em castelhano e inglês.Parabéns a Você – traduzido em castelhano e inglês.O Incorruptível – traduzido em castelhano e francês.Fernão, Mentes? – traduzido em Italiano.D. João VI – traduzido em castelhano.Calamity Jane – traduzido em castelhano, catalão e dinamarquês.Sexo, Nunca Mais! – traduzido em Francês e Inglês.A Estátua de Saddam – traduzido em Inglês.Rato Mickey – traduzido em Inglês.Obviamente Demito-o! – traduzido em Francês.

PRÉMIOS

Portugal – Textos e encenação

Teve vários prémios de que se destacam: Grande Prémio de Teatro da RTP (“Damião de Góis”),Associação de Críticos (“É menino ou menina”), Casa da Imprensa (“Fernão Mentes?”), Associação25 de Abril, revistas “Sete”, “Mulheres”, “Nova gente” e vários Festivais de Teatro.

Espanha

Festival de STIGES – Barcelona, 1978(“Zé do Telhado”, melhor espectáculo, e “D. João VI”, melhor texto).Associação de Actores e Directores da Catalunha (“Dancing”), 1989.

Colômbia

Melhor espectáculo, Festival Internacional de Teatro (“Dancing”), 1990.

México

1º Prémio do 1º Festival Internacional da Ciudad de México (“Dancing”), 1990.

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Venezuela

“Fernão, Mentes?” – Melhor espectáculo, Festival Internacional de Teatro, 1983.

Brasil

Jornal do Brasil (D. João VI e Preto no Branco), 1980.Revista VEJA (Morte Acidental de um anarquista), 1981

Inglaterra

Festival de Edimburg (O Príncipe de Spandau), 2001.

CINEMA

“Bom povo português” de Rui Simões, “Vidas” de Cunha Telles, “Saudades para D. Genciana” deEduardo Geada, onde além de actor foi co-argumentista (Prémio do Instituto Português deCinema), “Love Actually” de Richard Curtis e “Absurdistan” de Veit Helmer.

TELEVISÃO

Em televisão foi autor dos textos e dirigiu “Entrevistas Históricas” dos programas “Tal e Qual” deJoaquim Letria, e “1,2,3” e “Ideias com História” de Carlos Cruz, e participou nas séries tele -visivas de José Carlos de Oliveira “O Dragão de Fumo” (co-argumentista e actor) e “O Crime” (co-argumentista e actor), foi protagonista do telefilme “Ici-peut-être” de Gerard Chouchan para aORTF (Paris) e actor em “Assunto Reiner” telefilme para Catalunha, Valência e Andaluzia.

PEDAGOGIA

Pertence ao corpo pedagógico da Escuela Internacional de Teatro da América Latina y Caribe.Ministrou cursos em Tlaxcala (México), Buenos Aires, Teatro San Martin (Argentina), TeatroCarlos Gomes, Rio de Janeiro (Brasil).Santiago de Compostela, Cáceres, Mérida, Cadiz, Zaragoza, San Sebastien (Espanha).Nápoles (Itália), Maputo (Moçambique), etc.

OBRAS DO AUTOR (PUBLICADAS)

O Incorruptível – Ed. Caminho.Queres Ser Ministro? – Ed. ASA.Conversas com Gente Famosa – Ed. ISPA.Ódio no Palácio Real – Ed. Campo das Letras.O Saudoso Tempo do Fascismo – Ed. Parvoíces

TEXTOS PUBLICADOS / TEATRO

Liberdade, Liberdade (com Luis de Lima e Luiz Francisco Rebello) – Prelo, 1974.Histórias de Fidalgotes e Alcoviteiras, Pastores e Judeus, Mareantes e Outros Tratantes, Sem Es quecer as Mulheres e Amantes (dramaturgia sobre textos de Gil Vicente e Ruzante) – Coop. de Acção Cultural(GAC), 1976.O Congresso dos Pides e um Inquérito (inseridos na obra colectiva Ao qu’isto chegou!) Estampa, 1977e em “Dramaturgia de Abril” – SPA, 1999.

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A Camisa Vermelha – Centelha, 1977.3 Histórias do Dia a Dia (O jogo da bola, A sorte grande, A vaca prometida) – SPA, 1977.Zé do Telhado – Centelha, 1978.D. João VI – Centelha, 1979.Um Homem é um Homem – Damião de Góis – Centelha 1979.Teatro Operário (estudo teórico e textos colectivos do Teatro Operário de Paris) – Centelha, 1980.É Menino ou Menina? – Didáctica Editora, 1980.Preto no Branco (adaptação de Morte acidental de um Anarquista, de Dario Fo) – A Barraca, 1980.Fernão, Mentes? – A Barraca,1981.A Viagem – Camões, poeta prático – Centelha, 1982.Uma Floresta de Enganos – A Barraca, 1991.O Príncipe de Spandau, Mi Rival, Parabéns a Você – SPA, 1997.Marylin Meu Amor – Colibri, 1997.O Mistério da Camioneta Fantasma – Colibri, 2001.A Farsa (adapt. da obra de Raul Brandão, workshop na Biblioteca Raul Brandão, Guimarães) –Biblioteca Raul Brandão, 2002.O Incorruptível (1 actor, 1 actriz) – A Barraca, 2003.Os Renascentistas – ISPA, 2004.Bushlândia (Sexo, Nunca Mais!, A Estátua de Saddam, Rato Mickey) – Parvoíces, 2004.Zé do Telhado – A Barraca, 2004.4 Comédias em 1 Acto (A Borbulha, Que bom cu que ele tem, A Pessimista, As aventuras do meninoPaulinho) – Parvoíces, 2006.Obviamente Demito-o! – ISPA, 2008.D. João VI – ISPA, 2008.O Professor de Darwin – Gradiva, 2009.A Balada da Margem Sul – ISPA, 2010.Viva a República e Abril em Portugal – ISPA, 2010.

TEXTOS NÃO PUBLICADOS / TEATRO

António Aleixo – Este livro que vos deixo, 1977.Santo Operário, 1982.Um Dia na Capital do Império (sobre o Chiado), 1983.Pata de Leão, 1986.Calamity Jane, 1986.O Diabinho da Mão Furada, 1987.O Baile, 1988.Dancing, 1988.O Azeite, 1989.Pimenta, Cravo e Canela, 1990.Cartas de Amor, 1991.

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Os Bastardos de Salazar, 1994.O Abrigo, 1995.Viva la Vida!, 1996.Gulliver, 1996.Queres Ser Ministro?, 1996.A Barca do Mundo, 1998.Lampião Encontra Zé do Telhado, 2003.Encontro de Poetas, 2004.Foral de Vila Nova de Famalicão – 800 Anos, 2005.El Incorruptible – Teatro Español, Madrid, 2008.Raquel e Jacob, 2009.As Peúgas de Einstein, 2009.

DRAMATURGIAS E TRADUÇÕES DE OUTROS AUTORES

Histórias de Fidalgotes..., sobre textos de Gil Vicente e Ruzante.Preto no Branco, sobre Morte acidental de um anarquista, de Dario Fo.É menino ou menina?, sobre Gil Vicente.Um dia na capital do Império, sobre António Ribeiro Chiado.Santa Joana dos Matadouros!, de Brecht.Os Polícias, de Mrozeck.Margarida do Monte, sobre Marcelino Mesquita.Liberdade em Bremen, de Fassbinder.Uma Floresta de Enganos, sobre Gil Vicente.Play It Again, Sam, de Woody AlIen.A Cantora Careca, de Ionesco.Macbett, de Ionesco.O Rinoceronte, de Ionesco.1ª Página, de Ben Hecht e Mac Arthur.O Avarento, de Moliére.Um Dia Inesquecível, de Ettore Scola.A Relíquia, de Eça de Queiroz.A Herança Maldita, de Augusto Boal.

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Livros do Autor publicados pelo ISPA-IU

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Estreou pelo grupo A BARRACA no teatro Cineartea 18 de Fevereiro de 2010

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