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60
Visão de futuro das políticas sobre a primeira infância no Brasil Brasília, 16 de abril de 2013 Primeiro Seminário Internacional “Marco Legal da Primeira Infância” Congresso Nacional Marcelo Côrtes Neri Ministro interino da SAE/PR e presidente do Ipea

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Visão de futuro das políticas

sobre a primeira infância no Brasil

Brasília, 16 de abril de 2013

Primeiro Seminário Internacional “Marco Legal da Primeira Infância”Congresso Nacional

Marcelo Côrtes Neri

Ministro interino da SAE/PR e presidente do Ipea

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0

2

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10

12

14

16

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0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75

Ex

tre

ma

po

bre

za (%

)

Idade

Extrema pobreza por idade: Brasil, 2009

Média nacional

Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009.

Uma das motivações apontadas pela SAE/PR para o Brasil Carinhoso

Extrema pobreza entre crianças de 0 a 6 próxima ao dobro da

média nacional

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Taxa Interna Retorno de Programas é maior na Infância

Idade

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Fonte: James Heckman

Efeitos Educacionais

Importância da Pré-escola

15%

45%

49%

66%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Hab. Cognitiva aos

14 anos entre os

Terminou ensino mé

dio no tempo certo

no program group program group

7

13

20

29

36

41

0 10 20 30 40 50

Ganha mais de US$ 2000 mensal

Casa própria

Nunca em prog.

no program group program group

Efeitos econômicos

10 % mais

sociais como adulto

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Importância da Pré-escola

Prisões por pessoa aos 27 anos

0.7

1.5

1.2

2.5

0.5

0.6

0 1 2 3 4 5

participou do

programa

não participou

delito má conduta menor

Fonte: James Heckman

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Propriedades Desejáveis das Políticas

VelocidadeFoco

Sustentabilidade Retorno Social

Propriedades Desejáveis das Políticas Públicas

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Pobre 5,46 2,56 0,1Não pobre 3,96 1,05 0,25

Total Criança Idoso

Source:/FGV from PNAD/IBGE microdata

Número de pessoas por domicilio

“Se queremos chegar aos mais pobres : devemos ir primeiro as crianças

Estamos indo=Brasil Carinhoso, Crechese educação obrigatória de 4 a 5 anos(exemplos recentes)”

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PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA:Impacto na Distribuição de Renda

0 5 10 15

R$ 70,00

Ren

da

men

sal

fam

ilia

rp

er c

ap

ita

méd

ia

(R$

)

Hiato de

Pobreza

População (%)

Linha Pobreza Extrema

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0 5 10 15

R$ 70,00

Ren

da

men

sal

fam

ilia

rp

er c

ap

ita

méd

ia

(R$

)

População (%)

Erradicação da pobreza

extrema

PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA:

IMPACTO NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

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Simulações Ipea* com Pnad/IBGE 2011: renda dos 10% mais pobres

*Ferreira e Osório (2012)

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Simulações Ipea com Pnad/IBGE 2011: renda dos 10% mais pobres

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Simulações Ipea com Pnad/IBGE 2011: renda dos 10% mais pobres

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Por que crianças?� Crianças são mais pobres

� Mudanças Permanentes são + Duradouras� Janela de Oportunidade para efeitos + permanentesFonte: IPEA a partir dos microdados da PNAD/IBGE – linha de 158 reais a preços medioa Brasil

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Mudanças Já no

dados:Redução

da Pobreza em Pontos Percentuai

s de1992 a 2001 x 2001 a 2011

Fonte: IPEA a partir dos microdados da PNAD/IBGE

1992 a 2001

2001 a 2011

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Variação Anual da Renda Domiciliar Per Capita 1992 a 2001 X 2011 a 2011

Fonte: IPEA a partir dos microdados da PNAD/IBGE

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Acesso a geladeira: aumento em pontos percentuais (p.p.) 2001-2011

Fonte: IPEA a partir dos microdados da Pnad/IBGE.

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Acesso a água: aumento em pontos percentuais (p.p.) 2001-2011

Fonte: IPEA a partir dos microdados da Pnad/IBGE.

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Acesso a esgoto: aumento em pontos percentuais (p.p.) 2001-2011

Fonte: IPEA a partir dos microdados da Pnad/IBGE.

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Mudança na Percepção de que a Renda dá para Chegar ao Fim do Mês % Efeito Idade de 2002-3 a 2008-2009

Fonte: IPEA a partir dos microdados do Supl. PNAD/IBGE

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 a

4

5 a

9

10 a

14

15 a

19

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24

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29

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39

40 a

44

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54

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59

60 o

u m

ais

2003 2009

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Mudança na Percepção de que a Renda dá para Chegar ao Fim do Mês % Efeito Idade de 2002-3 a 2008-2009

Fonte: IPEA a partir dos microdados do Supl. PNAD/IBGE

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 a

4

5 a

9

10 a

14

15 a

19

20 a

24

25 a

29

30 a

35

36 a

39

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44

45 a

49

50 a

54

55 a

59

60 o

u m

ais

2003 0 a 4 em 2003 5 a 9 em 2003 10 a 14 em 2003 15 a 19 em 2003

20 a 24 em 2003 25 a 29 em 2003 30 a 35 em 2003 36 a 39 em 2003 40 a 44 em 2003

45 a 49 em 2003 50 a 54 em 2003 55 a 59 em 2003 60 ou mais em 2003 2009

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Source: CPS/FGV based on the special supplement of PNAD 1998 / IBGE

Total Population - 1998

3,0

3,3

3,5

3,8

4,0

4,3

Até

5

6 a

10

11 a

15

16 a

20

21 a

25

26 a

30

31 a

35

36 a

40

41 a

45

46 a

50

51 a

55

56 a

60

61 a

65

66 a

70

70 a

75

76 a

80

80 +

Nota Média de Saúde Percebida (de 1 a 5) 1998

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Source: CPS/FGV based on the special supplements of PNAD 1998 and 2003/ IBGE

3.0

3.3

3.5

3.8

4.0

4.3

4.5A

té 5

6 a

10

11

a 1

5

16

a 2

0

21

a 2

5

26

a 3

0

31

a 3

5

36

a 4

0

41

a 4

5

46

a 5

0

51

a 5

5

56

a 6

0

61

a 6

5

66

a 7

0

70

a 7

5

76

a 8

0

80

+

Nota Média de Saúde Percebida (de 1 a 5) 1998 e 2003

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Nota Média de Saúde Percebida 1998, 2003 e Cohorts

3.0

3.3

3.5

3.8

4.0

4.3

4.5

Até

5

6 a

10

11 a

15

16

a 2

0

21

a 2

5

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a 3

0

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5

36

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0

41

a 4

5

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0

51

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5

56

a 6

0

61

a 6

5

66

a 7

0

70

a 7

5

76

a 8

0

80

+

Source: CPS/FGV based on the special supplements of PNAD 1998 and 2003 / IBGE

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Source: CPS/FGV based on the special supplements of PNAD 1998 and 2003 / IBGE

3.0

3.3

3.5

3.8

4.0

4.3

4.5

Até

5

6 a

10

11 a

15

16 a

20

21 a

25

26 a

30

31 a

35

36 a

40

41 a

45

46 a

50

51 a

55

56 a

60

61 a

65

66 a

70

70 a

75

76 a

80

80 +

Nota Média de Saúde Percebida - Coortes

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Mudança no Estado Individual de Saúde% Muito Bom Efeito Coorte de 2003 a 2008

Fonte: IPEA a partir dos microdados do Supl. PNAD/IBGE

3.2

8.2

13.2

18.2

23.2

28.2

33.2

38.2

0 a

4

5 a

9

10 a

14

15 a

19

20 a

24

25 a

29

30 a

35

36 a

39

40 a

44

45 a

49

50 a

54

55 a

59

60 o

u m

ais

0 a 4 em 2003 5 a 9 em 2003 10 a 14 em 2003 15 a 19 em 2003 20 a 24 em 2003

25 a 29 em 2003 30 a 35 em 2003 36 a 39 em 2003 40 a 44 em 2003 45 a 49 em 2003

50 a 54 em 2003 55 a 59 em 2003 60 ou mais em 2003

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Mudança no Estado Individual de SaúdeEfeito Idade de 2003 a 2008

0.1302

0.0681

-0.0729

-0.0908

-0.0684

-0.1296

-0.0971-0.1086

-0.15

-0.1

-0.05

0

0.05

0.1

0.15

0 a 6 (2008 /2003)

7 a 15 (2008 /2003)

16 a 17 (2008 /2003)

18 a 24 (2008 /2003)

25 a 29 (2008 /2003)

30 a 39 (2008 /2003)

40 a 49 (2008 /2003)

50 a 59 (2008 /2003)

Modelo Multinomial Ordenado – controlado por Fonte: IPEA a partir dos microdados do Supl. PNAD/IBGE

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Meus dados favoritos dos últimos censos:mortalidade infantil cai entre 2000

a 2010, e cai mais no Nordeste.

E as mulheres têm menos filhos.

Indicadores de desenvolvimento infantilmelhoraram muito na última década.

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0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Diarréia

Febre

Tosse

Frebre ou tosse

Mortalidade infantil

Mortalidade na infância

Mortalidade neonatal

Mortalidade pós-neonatal

Mortalidade pós-infantil

Situação ao final da década em relação à situção no início

Redução nas carências ao longo da última década: Morbidade e mortalidade infantil

Redução a 1/3 em 25 anos

Redução a 1/2 em 25 anos

Mais lento que o

requerido pelas

ODM

Mais rápidoo que o

requerido pelas

ODM

Redução Grau de carência remanescente

19972007

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A desigualdade entre grupos socioeconômicos e demográficos

também declinou de forma acentuada (maior igualdade de oportunidades)

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Isolando a contribuição das melhoriasna distribuição de renda da

contribuição das políticas específicas

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Determinantes do progresso em desenvolvimento infantil:

1) Políticas nacionais

2) Políticas locais

3) Avanços legais e institucionais

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2000 2010

Taxa de mortalidade (o/oo) 34 22

Posição absoluta (número de países com maior

taxa de mortalidade)89 94

Posição relativa (porcentagem de países com

maior taxa de mortalidade)50% 52%

1.000 US$ por ano por pessoa 8,6 10,8

Posição absoluta (número de países com menor

PIB per capita)110 108

Posição relativa (porcentagem de países com

menor PIB per capita )62% 59%

178 182

Ano

Número de países

PIB per capita

Mortalidade na

infância

Variável Indicador

Posição relativa do Brasil com respeito ao PIB per capita e

taxa de mortalidade na infância

� Indicadores básicos, como a mortalidade infantil, permanecem em níveis

ainda incompatíveis com o nível de desenvolvimento econômico do país.

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Outra motivação da SAE/PR para o Brasil Carinhoso

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Outra motivação da SAE/PR para o Brasil Carinhoso

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Outra motivação da SAE/PR para o Brasil Carinhoso

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Outra motivação da SAE/PR para o Brasil Carinhoso

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0 - 22.68

22.68 - 35.75

35.75 - 48.23

48.23 - 62.39

62.39 - 91.39

0 - 22.68

22.68 - 35.75

35.75 - 48.23

48.23 - 62.39

62.39 - 91.39

Proporção (%) que não frequenta pré-escola (0-4 anos de idade)

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE.

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Áreas do Rio: % na pré-escola e % de moradoras empregadas domésticas

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE.

% Domésticas na População Feminina em Idade Ativa

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Nem todos os indicadores têm demonstrado significativa melhora

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Nem sempre os mais vulneráveis têm sido os mais beneficiados

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De uma maior ênfase em proteção, defesa e prevenção a umacrescente ênfase em oportunidades, condições para aproveitar

oportunidades, informação, orientação, estímulos e incentivos.

Direitos e ações Direitos Negativos Direitos Positivos

Não morrer prematuramente Brincar

Não passar fome Ser estimulada

Não ser vítima de maus tratos

ou negligênciaDesenvolver seu potencial cognitivo

Proteger Oportunidades para se desenvolver

DefenderCondições para poder efetivamente utilizar e se

beneficiar das oportunidades oferecidas

PrevinirEstímulo e incentivos para aproveitar plenamente as

oportunidades disponíveis

Exemplos de

Direitos

Tipos de ações

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

País extremamente

pobre

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

País extremamente

rico

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

Pobre Rico Mediano Muito

pobre

Muito

rico

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Evoluindo de uma maior ênfase na proteção, defesa e prevenção paraum foco crescente em oportunidades, condições para aproveitá-las,

informação, orientação e incentivos.

Expansão do Escopo dos Direitos Infantis

Direitos e ações Direitos Negativos Direitos Positivos

Não morrer prematuramente Brincar

Não passar fome Ser estimulada

Não ser vítima de maus tratos

ou negligênciaDesenvolver seu potencial cognitivo

Proteger Oportunidades para se desenvolver

DefenderCondições para poder efetivamente utilizar e se

beneficiar das oportunidades oferecidas

PrevinirEstímulo e incentivos para aproveitar plenamente as

oportunidades disponíveis

Exemplos de

Direitos

Tipos de ações

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Exemplo Programa do Município do Rio de Janeiro

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I. Promover o pleno desenvolvimento de cada criança: garantir as

oportunidades, condições e estímulos necessários para que toda criança

possa desenvolver plenamente o seu potencial e, desta forma, ter a vida

de sua escolha e contribuir produtivamente para a comunidade em que

vive.

II. Garantir que cada pai ou responsável possa dar a seu filho a melhor

atenção disponível, e, para isso:

� Tenha, em um mesmo local, informação sobre todos os serviços

dirigidos à primeira infância disponíveis em sua comunidade.

� Receba toda a assistência, orientação e recursos de que necessita

para promover o pleno desenvolvimento de seus filhos.

Objetivos da integração da atenção à Primeira

Infância

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III. Aproveitar em sua totalidade as sinergias existentes entre as diversas

ações setoriais: via a integração das ações ampliar benefícios e reduzir

custos e, desta forma, permitir a melhoria na qualidade e expansão na

oferta de serviços, com consequentes adicionais ampliação dos

benefícios.

IV. Promover maior participação comunitária na atenção à primeira

infância: a unificação das ações deverá tornar a atenção à primeira

infância na comunidade mais visível e de mais fácil compreensão. Deve

ser complementada por um programa informacional sobre a

importância da atenção na primeira infância e de como todos na

comunidade podem e devem participar.

Objetivos da integração da atenção à Primeira

Infância

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Unificação perante a família

1. Unificação do nome (Brasileirinh@s) e convite à adesão de municípios e sociedade civil.

2. Unificação da porta de entrada, via Equipe de Saúde da Família (ESF), após teste de gravidez (TIG) positivo.

Consolidação da oferta de serviços

3. Unificação do protocolo básico de atendimento: o protocolo consiste de uma carteira de serviços e um sistema de referência e contra-referência. Localmente podem ser adicionados serviços.

4. Unificação do calendário de eventos: definição e divulgação ampla de um calendário comunitário unificado de eventos e atividades de interesse dascrianças e suas famílias.

Consolidação e Unificação

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Unificação do atendimento

5. Unificação do prontuário da criança.

6. Consolidação e ampliação do sistema de avaliação do desenvolvimento

infantil.

� Teste e triagem do recém-nascido (teste do pezinho, orelhinha, reflexo vermelho),

� Acompanhamento antropométrico continuado,

� Acompanhamento dos marcos do desenvolvimento,

� Avaliação aprofundada do estado de desenvolvimento da criança em suas múltiplas dimensões aos 18 e 36 meses (usar ASQ, BATELE ouescalas similares),

� Avaliação do grau de preparação para a escola aos 60 meses (utilizar Early Development Instrument – EDI ou escalas similares).

Consolidação e Unificação

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Governança

7. Introdução de uma Equipe Local de Gestão (ELG): formação de

uma equipe local de gestão (para cinco ESF ou área com 20 mil habitantes)

com representantes da saúde, educação, assistência social, direitos

humanos, conselho tutelar, justiça e Conselho Municipal de Defesa

dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), coordenada por

um funcionário escolhido pelo prefeito. Esta equipe deve acompanhar

o desenvolvimento e o atendimento recebido por cada uma das

crianças em sua área de atuação.

Consolidação e Unificação

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# FILHOS

# MULHERES=

# FILHOS

# MÃESX

# MÃES

# MULHERES

Número de filhos por mulher: decomposição

Os países do mundo e os municípios do Brasil com melhores indicadores sociais têm poucos filhos por mãe, mas muitas mães entre as mulheres adultas.

Com a atual divisão de papéis entre gêneros no país, funciona bem a estrutura de incentivos e protagonismo materno no desenho dos programas sociais: mãe cadastra, vacina, matricula, leva à escola e recebe o benefício. Resta cobrir melhor crianças sem mãe.

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Política Social das Mães

Taxa de mães (%) x IDH

Tx MAE = 40.7 + 30.5 IDH

R2 = 0.36 t = 56.2

3540455055606570758085

0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Santos

Borá / SP

Número de filhos por mãe x IDH

N FILHOS = 7.5 - 5.6 IDH

R2 = 0.69 t = -111.6

1

2

3

4

5

6

0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Santos

Jordão

Sto Amaro do Maranhão

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• Filhos de mães com nível superior têm nota 123% maior que a daqueles com mães sem escolaridade.

• No caso dos pais, notas são 54% maiores apenas. O programa elege a mulher como receptora em 96,3% das famílias beneficiadas.

• Para uma criança cuja mãe tem nível superior, a chance de acesso ao benefício na rede municipal é 1/6 da observada entre filhos de analfabetas. O programa busca os mais pobres.

• A única variável estudada que é menor entre os maispobres e é maior entre os beneficiários do programa é a criança morar com os pais.

“Os Estudantes que não Moram com as Mães”(evidências do programa Cartão Família Carioca

cuja base é o Bolsa Familia

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Distribuição Relativa dos Alunos por Índice de Presença da Mãe

Fonte: CPS/FGV a partir de dados da SME

Distribuição Relativa dos Alunos por Índice de Presença do Pai

Presença do Pai Frequência

Categoria CFC Não CFC Sim

Mora com o Pai 48,48 51,78

Pai Falecido 2,97 2,63

Não mora com o Pai 47,92 45,58

Ignorado 0,63 0

Total 550.914 118.418

Presença da Mãe Frequência

Categoria CFC Não CFC Sim

Mora com a Mãe 76,58 84,12

Mãe Falecida 1,48 0,69

Não mora com a Mãe 21,31 15,18

Ignorado 0,63 0

Total 550.914 118.418

Presença em casa de pais e mães X Frequência na rede municipal do Rio

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Sugestão

Criar programa de busca ativa dos alunos da redeescolar das crianças que não moram com a mãe.

Termino com o nosso Hino que acabamos de ouvir

“…dos filhos deste solo és mãe gentil,

pátria amada Brasil”