tertúlia sobre a pobreza o séc. xxi terá de lidar com dois grandes problemas: as alterações...
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Tertúlia sobre a pobreza
O Séc. XXI terá de lidar com dois grandes problemas:•As alterações climatéricas
•A Pobreza extrema
Ano de 2006-2007 Tertúlia sobre a pobreza
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A pobreza é aqui mostrada por uma mulher que tem asas numa mão e uma pedra na outra.
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Cerca de ¼ da população mundial permanece num estado de pobreza absoluta, definida como a ausência de rendimento suficiente em dinheiro ou em espécie para satisfazer as necessidades biológicas mais básicas de alimentação, vestuário e habitação. Peter Singer
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Pobreza absoluta:Consequências – sofrimento humano
- morte
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21% dos Portugueses vivem em risco de pobreza.
Portugal é o país da União Europeia onde é mais difícil sair da pobreza.
Os grupos mais afectados são as crianças e os idosos.
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O conformismo está nos antípodas da filosofia e o seu amor pelo conhecimento não pode ser estéril. Sendo uma actividade, o saber que elabora tem que possuir um objectivo: a resolução dos problemas que levanta.
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Para construirmos uma realidade melhor, não temos apenas que a compreender mas também que a transformar.Essa transformação só ocorre se tivermos uma argumentação racional suficientementeconvincente e mobilizadora da vontade.
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Todo o sofrimento evitável do mundo – provocado pelo terrorismo, pela fome, pela falta de educação ou de cuidados básicos de saúde, pela sistemática violação dos direitos humanos, pelas tiranias e ditaduras políticas, económicas ou culturais, pelo fanatismo, pela pura ignorância, indiferença ou muito simplesmente pela estupidez humana – não é fruto de um destino incontornável, mas sim o resultado das escolhas dos homens.
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A filosofia pode e deve contribuir para iluminar essas escolhas, fornecendo argumentos capazes de astransformar, permitindo aliviar imparcialmente o sofrimento evitável e promovendo um acréscimo significativo do bem-estar.
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Enquanto existir sofrimento que possa ser evitado, e uma percentagem assustadora da humanidade continuar a morrer de fome num mundo em que os restantes seres humanos se banqueteiam com uma excessiva abundância. Enquanto a injustiça, a desigualdade e a intolerância continuarem a ser encaradas com passividade, indiferença ou conformismo, a humanidade tem boas razões para se preocupar.
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Tenderão aDiminuir
Tenderão aFicar na Mesma
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Como irão evoluir as situações de pobreza, na zona de intervenção de uma ONG no país, no
futuro
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Tenderão aDiminuir
Tenderão aFicar na Mesma
Tenderão aAumentar
Como irão evoluir as situações de pobreza, no país, no futuro
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Possibilidades PoucasPossibilidades
NenhumasPossibilidades
Possibilidades que os filhos dos pobres têm de sair da pobreza
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Medidas:-Transferência de riqueza de países desenvolvidos para os países pobres.- Organizações de combate à pobreza. Peter Singer
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QUESTÕES PROBLEMAS
Colaboração/Contribuição
Terão os habitantes dos países ricos obrigação de ajudar quem vive nos países pobres?
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•Peter Singer argumenta a favor da obrigação de ajudar:
-A pobreza absoluta é um mal.
-Não fazer nada é uma grave falha moral.
-Ajudar quem vive na pobreza absoluta nãoé nada que esteja para além dos nossos deveres morais.
-Quem vive bem e não faz nada para ajudar os pobres,gastando uma boa parte do seu dinheiro em luxos está a recusar-se “a salvar a criança do lago para não sujar a roupa…”
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Até que ponto devemos sacrificar o nosso bem – estar para ajudar os outros?
•Sacrificarmos o nosso bem – estar até ficarmos quase na pobreza absoluta é uma ameaça à nossa integridade, pois implica abdicarmos dos projectos e compromissos que fazem a vida ter valor para nós.
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•Ética do bote salva – vidas (Garrett Hardin, biólogo):
Os países ricos devem ser vistos como bote salva – vidas. Os seus ocupantes vagueiam no mar repleto de gente prestes a afogar-se, que são os habitantes dos países pobres.
O que deverão fazer os privilegiados ocupantes destes botes?
Deverão seguir os seus impulsos humanitários e tentar salvar o maior número possível de náufragos?
Não, porque se o fizerem o bote ficará superlotado e acabarão por morrer afogados.
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Do mesmo modo, pensa Hardin, se os habitantes dos países ricos seguirem os seus impulsos humanitários e tentarem ajudar o maior número possível de pobres acabarão por produzir uma catástrofe económica e ecológica global.
Por isso, é melhor não ajudar.
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Segundo Hardin, o auxílio aos países pobres tornará os seus governantes mais irresponsáveis e a ajuda internacional dará origem a um crescimento populacional desenfreado.
Os dados disponíveis contrariam o pessimismo de Hardin, pois sabe-se que, reduzir a mortalidade infantil e investir na educação das mulheres faz estabilizar a população.
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É injusto promover a ajuda internacional quando no nosso país ainda há pessoas a viver em grande pobreza?
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A pobreza que existe no mundo é tanta que mesmo que eu desse tudo o que tenho a minha ajuda não seria mais do que uma gotainsignificante no oceano.
Por isso, não adianta eu tentar ajudar.
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Se todos os habitantes dos países ricos que têm bastante mais do que aquilo que precisam contribuíssem com 10% do seurendimento para acabar com a pobreza absoluta, isso daria origem a uma grande crise económica, pois as pessoas quetrabalham na produção de bens não essenciais ficariam desempregadas. E assim a pobreza aumentaria.
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Aqueles cujos antepassados por acaso habitavam alguns ermosarenosos em volta do Golfo Pérsico são hoje fabulosamente ricos, porque há petróleo no subsolo dessas areias, enquanto aqueles cujos avós se estabeleceram em terras melhores a sul do Sara vivem na pobreza absoluta, devido à seca e a máscolheitas.
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Pode esta distribuição ser aceitável?Terão os cidadãos do Golfo obrigação de ajudar quem vive no Sara?
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Como podemos cumprir o nosso dever de ajudar?