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Vigilância de Causas externas Acidentes e Quedas Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva _ UFF

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Vigilância de Causas externas

Acidentes e Quedas

Maria Isabel do NascimentoInstituto de Saúde Coletiva _ UFF

Metas nacionais para controle DCNT

Reduzir TM prematura (< 70 anos) por DCNT em 2% ao ano. Reduzir a prevalência de obesidade em crianças. Reduzir a prevalência de obesidade em adolescentes. Deter o crescimento da obesidade em adultos. Aumentar a prevalência da atividade física no lazer. Aumentar o consumo de frutas e hortaliças. Reduzir o consumo médio de sal.

Reduzir o consumo nocivo de Reduzir o consumo nocivo de áálcool. lcool.

Reduzir a prevalência de tabagismo em adultos. Aumentar a cobertura de mamografia (50 e 69 anos). Aumentar a cobertura de PV de Ca colo do útero (25 a 64 anos) Tratar 100% das mulheres com lesões precursoras de câncer

Definição: Causas externas

Conjunto de agravos à saúde que provocam algum tipo de lesão, seja física, mental ou psicológica, podendo ou não levar ao óbito.

Estima-se que ocorra cerca de 5 milhões de óbitos, a cada ano no mundo devido à causas externas.

Em geral, afetam toda a vida das vítimas, provocando sequelas permanentes, incapacidade para o trabalho e para as atividades diárias.

Mortalidade proporcional segundo causas, Brasil, 2003

Brasil: % de internações por agravos mais comuns, 2000-2010

Capítulo XX: causas externas de morbidade e de mortalidade (V01-Y98)

V01-X59 Acidentes X60-X84 Lesões autoprovocadas X85-Y09 Agressões Y10-Y34 Eventos de intenção indeter. Y35-Y36 Intervenções legais/guerra Y40-Y84 Complicações médicas/cirúrgicas Y85-Y89 Sequelas de causas externas Y90-Y98 Fatores suplementares

Definição: Acidentes

Evento não intencional e evitável, causador de lesões físicas e emocionais, no âmbito doméstico ou social como trabalho, escola, esporte e lazer (Inquérito VIVA).

Em 2010, os acidentes responderam por 82% das internações por causas externas

Respondem por quase 10% de todos os óbitos.

Exemplos de eventos enquadrados nos acidentes e violências

Acidentes

De transporte Afogamento Envenenamento Quedas Queimaduras

Violências Agressões Homicídios Suicídios Tentativas de

suicídio Abusos físicos,

sexuais, psicológicos

Acidentes de trânsito e vítimas

Fonte:Mello Jorge MHP e Martins CBG, 2013

Taxa de internação hospitalar (10.000 hab) por circunstâncias de causas externas e ano, Brasil, 2000-2010

Codificação dos acidentes de transporte terrestre de acordo com o meio de transporte da vítima (CID_10)

Pedestre (V01-V09)

Bicicleta (V10-V19) Motocicleta

(V20-V29) Triciclo (V30-V39)

Automóvel (V40-V49)

Caminhonete (V50-V59)

VTP (V60-V69) Ônibus (V70-V79) Outros (V80-V89)

Relação do Capítulo XX e Capítulo XIX

Capítulo XIX – codifica as lesões de acordo com o segmento anatômico e o tipo de lesão Exemplo: S72.4 (fratura de fêmur)

Capítulo XX – codifica as causas externas dos eventos de acordo com a vítima e o veículo envolvido na colisão. Exemplo: motociclista traumatizado por colisão

com automóvel (.....)

Fatores de risco para acidentes de transporte terrestre

Velocidade Álcool Drogas Fadiga Sono Idade Noite Baixa acuidade

visual

Desatenções provocadas pelas tecnologias introduzidas nos veículos

Fatores ambientais (visibilidade)

Fatores operacionais (auto/via)

Agente e lesão

Agente lesivo Mecânico/cinético Térmico Químico Elétrico Radiação

Tipo de lesão Ruptura Arrancamento Deslocamento Outros

Relação entre velocidade do veículo e risco de óbito de pedestre

Fonte: Bonito R.

Vigilância de violências e acidentes

Vigilância de violências e acidentes – VIVA (justificativa)

Conhecer o perfil das vítimas e autores/as da agressão

Dimensionar a demanda por atendimentos de urgência e outros serviços

Caracterizar as lesões de menor gravidade

Revelar a violência doméstica, silenciada nos lares

Revelar todas as formas de violência (interpessoais, autoprovocadas, tanto urbana ou intrafamiliar)

Distribuição de acidentes

VIVA – unidades sentinelas no Rio de Janeiro

Hospital Municipal Salgado Filho Hospital Municipal Souza Aguiar Hospital Municipal Lourenço Jorge Hospital Municipal Miguel Couto Hospital Estadual Rocha Faria Hospital Estadual Getulio Vargas

% de acidentes de transportes por hospitais sentinelas, Rio de Janeiro.

% de acidentes de transporte por tipo de vítima, Rio de Janeiro, 2011.

% de acidentes de transporte por meio de locomoção, Rio de Janeiro, 2011

Dia e horário do atendimentoda vítima acidentada

Acidente de transporte e uso de bebida alcoólica

QuedasTipos e evolução

Quedaspor faixa etária

Destaques do inquérito VIVA

• Entre as causas externas, as quedas e acidentes de transportes (terrestres) são os mais frequentes.

Adolescentes e adultos jovens são as vítimas mais frequentes de acidentes de transporte e agressões.

Álcool é fator associado a 21% dos acidentes de trânsito e 49% das violências

Uso do álcool resulta em eventos classificados como mais graves.

Referências

Mascarenhas MDM et al. Epidemiologia das causas externas no Brasil: morbidade por acidentes e violências. In Saúde Brasil 2010 – uma análise da situação de saúde e de evidências selecionadas de impacto de ações de vigilância em saúde.

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Brasil. Ministério da Saúde, Brasília, DF, 2007

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. VIVA: vigilância de violências e acidentes, 2008-2009.Ministério da Saúde, 2010.

Exercícios

1) Leitura de prontuário 2)Exercícios sobre codificação de causas

externas 3) Preenchimento de formulário de

notificação de violências e acidentes (VIVA) 4) Preenchimento de SUMÁRIO DE ALTA 5) Exercícios sobre causas de queda em

idosos.

Principais elementos de um sumário de ALTA HOSPITALAR

1) Problema que levou à hospitalização2) Principais constatações e resultados

de exames3) Diagnóstico (CID principal e

secundário)4) Sumário da estada no hospital5) Condições de alta

Principais elementos de um sumário de ALTA HOSPITALAR

6) Medicação na alta7) Consultas de acompanhamento8) Problemas que podem vir acontecer e

possíveis intervenções9) Encaminhamentos para especialistas10) Documentação da internação e alta.