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A contabilidade como fonte de resistência à crise econômica Apesar do prolongamento da crise na Zona do Euro e da pífia performance de economias como a dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil vem conseguindo manter um razoável dinamismo, resistindo à retração global. Esse contexto trouxe aos gestores brasileiros uma grande necessidade pela transparência das informações de suas empresas, e quando se fala em “transparência” no mundo corporativo não se pode prescindir da contabilidade, que é o que, neste univer- so, demonstra tais informações.

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A contabilidade como fonte de resistência à crise econômicaApesar do prolongamento da crise na Zona do Euro e da pífia performance de economias como a dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil vem conseguindo manter um razoável dinamismo, resistindo à retração global. Esse contexto trouxe aos gestores brasileiros uma grande necessidade pela transparência das informações de suas empresas, e quando se fala em “transparência” no mundo corporativo não se pode prescindir da contabilidade, que é o que, neste univer-so, demonstra tais informações.

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O contador teve, além de obrigações novas, maior reconhecimento de suas atividades que passaram a ser importantes para a tomada de decisão em

todas as empresas.

A contabilidade como fonte de resistência à crise econômicaApesar do prolongamento da crise na Zona do Euro e da pífia performance de econo-mias como a dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil vem conseguindo manter um razoável dinamismo, resistindo à retra-ção global. Esse contexto trouxe aos ges-tores brasileiros uma grande necessidade pela transparência das informações de suas empresas, e quando se fala em “transparência” no mundo corporativo não se pode prescindir da contabilidade, que é o que, neste universo, demonstra tais informações.

Nesse sentido, foi positiva a visão futurista do País que, desde o final de 2007,adaptou suas leis (com a Lei 11.638/07) a esse cenário que se iniciava na época, na qual o Brasil entendeu que para se enfrentar uma

crise deveria buscar forças no mercado interno e no investidor externo.

Em contrapartida a esse fato, os investido-res e os gestores também se depararam com a necessidade em compreender tais informações que eram geradas e, dessa forma, o Brasil passou a conhecer e dar importância à contabilidade.

A busca do conhecimento por parte dos gestores e investidores quanto à contabili-dade, seus princípios e suas normalizações

trouxe uma linguagem mais adaptada ao mundo coorporativo e não somente ao nosso mercado, trazendo assim outra fonte de “salvação” durante a crise, quando naquele momento o Brasil estava se preparando para o mercado internacio-nal não somente pelas grandes e médias empresas, mas agora pelas pequenas e microempresas também.

As pequenas e microempresas brasileiras não tinham em sua cultura o fato de que a contabilidade fizesse parte de seu negócio e a tinham apenas como uma necessidade para prestar contas ao fisco, geração das guias de impostos e folha de pagamento, dentre outras tarefas. No entanto, agora estão atentas à importância da contabili-dade como uma nova visão gerencial,

como fonte de continuidade de seu negó-cio ou de atrair investimentos para o cres-cimento de sua empresa. Portanto, deve--se estar atento à necessidade de parcerias com empresas contábeis ou de apoio con-tábil especializadas e preparadas para as novas demandas.

O contador teve, além de obrigações novas, maior reconhecimento de suas atividades que passaram a ser importantes para a tomada de decisão em todas as em-presas.

Para 2012, esperamos, neste segundo semestre, que o País retome o crescimento – observado nos últimos dois anos – o que fará com que aumente, ainda mais, a internacionalização – seja de empresas ou produtos. Mas, para realizar essa ação, não basta somente ter conhecimento da nova realidade contábil e sim aplicar e colocar os balanços em dia de modo que estes possam ser lidos em qualquer parte do planeta – a adoção do IFRS foi para suprir esta necessidade. Ou seja, a conta-bilidade se tornou parte essencial para realização dos negócios das empresas bra-sileiras.

Quem ganha com tudo isso são as empre-sas, o mercado e os investidores, que cada vez mais têm em suas mãos as demons-trações financeiras uniformes, de qualida-de e transparentes.

* Adão de Matos Junior é diretor de operações da Trevisan Gestão & Consultoria, filial Belo Horizonte.E-mail: [email protected].

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Apesar do prolongamento da crise na Zona do Euro e da pífia performance de econo-mias como a dos Estados Unidos e do Japão, o Brasil vem conseguindo manter um razoável dinamismo, resistindo à retra-ção global. Esse contexto trouxe aos ges-tores brasileiros uma grande necessidade pela transparência das informações de suas empresas, e quando se fala em “transparência” no mundo corporativo não se pode prescindir da contabilidade, que é o que, neste universo, demonstra tais informações.

Nesse sentido, foi positiva a visão futurista do País que, desde o final de 2007,adaptou suas leis (com a Lei 11.638/07) a esse cenário que se iniciava na época, na qual o Brasil entendeu que para se enfrentar uma

crise deveria buscar forças no mercado interno e no investidor externo.

Em contrapartida a esse fato, os investido-res e os gestores também se depararam com a necessidade em compreender tais informações que eram geradas e, dessa forma, o Brasil passou a conhecer e dar importância à contabilidade.

A busca do conhecimento por parte dos gestores e investidores quanto à contabili-dade, seus princípios e suas normalizações

trouxe uma linguagem mais adaptada ao mundo coorporativo e não somente ao nosso mercado, trazendo assim outra fonte de “salvação” durante a crise, quando naquele momento o Brasil estava se preparando para o mercado internacio-nal não somente pelas grandes e médias empresas, mas agora pelas pequenas e microempresas também.

As pequenas e microempresas brasileiras não tinham em sua cultura o fato de que a contabilidade fizesse parte de seu negócio e a tinham apenas como uma necessidade para prestar contas ao fisco, geração das guias de impostos e folha de pagamento, dentre outras tarefas. No entanto, agora estão atentas à importância da contabili-dade como uma nova visão gerencial,

como fonte de continuidade de seu negó-cio ou de atrair investimentos para o cres-cimento de sua empresa. Portanto, deve--se estar atento à necessidade de parcerias com empresas contábeis ou de apoio con-tábil especializadas e preparadas para as novas demandas.

O contador teve, além de obrigações novas, maior reconhecimento de suas atividades que passaram a ser importantes para a tomada de decisão em todas as em-presas.

Para 2012, esperamos, neste segundo semestre, que o País retome o crescimento – observado nos últimos dois anos – o que fará com que aumente, ainda mais, a internacionalização – seja de empresas ou produtos. Mas, para realizar essa ação, não basta somente ter conhecimento da nova realidade contábil e sim aplicar e colocar os balanços em dia de modo que estes possam ser lidos em qualquer parte do planeta – a adoção do IFRS foi para suprir esta necessidade. Ou seja, a conta-bilidade se tornou parte essencial para realização dos negócios das empresas bra-sileiras.

Quem ganha com tudo isso são as empre-sas, o mercado e os investidores, que cada vez mais têm em suas mãos as demons-trações financeiras uniformes, de qualida-de e transparentes.

* Adão de Matos Junior é diretor de operações da Trevisan Gestão & Consultoria, filial Belo Horizonte.E-mail: [email protected].