videoarte e videoinstalaÇÃo · videoarte jonas meka é um importante um cineasta, poeta e artista...
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VIDEOARTE E VIDEOINSTALAÇÃO
A videoarte
VIDEOARTE
• Televisão: seduzia e incomodava
• Geração Pós-Guerra (movimento hippie)
• Contestação e questionamento da mídia
• Precursor da vídeo arte (Nam June Paik)
• Reinventando o meio
Características
• Alternativa à televisão convencional
• Vinculação das vanguardas artísticas
• Potencial criativo das tecnologias eletrônicas
• Meio multidisciplinar
• Instrumento de comunicação alternativa
• Linguagem híbrida
VIDEOARTE
Características
Cultura underground – Jonas Meka - https://www.youtube.com/watch?v=DGq9IBl4Oek
VIDEOARTE
Jonas Meka é um importante um
cineasta, poeta e artista lituano-
americano que tem sido chamado
de “pai do cinema de vanguarda
americano". Seu trabalho atuava
no universo underground da Nova
Iorque dos anos 60 e 70.
Características
• Arte não-linear
• Contraposição ao sagrado objeto de arte
• Crítica da realidade social
• Contraposição à televisão
• Crítica feroz a alienação dos indivíduos
• Imagens que contrastam com a sofisticação da imagem de televisão de estúdio
• Renúncia aos atributos da estética tradicional
VIDEOARTE
A videoarte no Brasil
• 1974: início da história da videoarte no Brasil
• Elevado custo de aquisição de aparelhos
• Falta de espaço para a difusão de obras
• MAC/USP e MAM/RJ
• Walter Zanini
• A crítica é desinformada e não reconhece videoarte
• Artistas de vídeo são quase todos ignorados no país
• Desafiavam o mercado de arte (não eram vendáveis)
• Experimentação desenfreada de artistas ecléticos
VIDEOARTE
A videoinstalação
• Espaço incorporado ao conceito da obra
• Conjunto perceptivo sensorial
• Sentidos inseridos
• Oportunidade de explorar (corpo)
• Locomoção do corpo pelo espaço/
• Não contemplativo
• Ampliação do contexto de abordagem do vídeo
• Caráter documental
VIDEOINSTALAÇÃO
Primeira Geração – anos 70
A vídeo arte exercida na década de 70 é muito
experimental e muito tímida, sem grandes acabamentos
A história inicial da vídeo arte é uma história da invenção
de equipamentos.
Com o surgimento do Portpack em 1965, o que
possibilitou o vídeo sair fora dos estúdios de televisão, os
artistas puderam experimentar novas linguagens,
gravando imagens de eventos e as reproduzindo em
sessões para amigos e convidados. Antes disso, a vídeo
arte era trabalhada na subversão das imagens já geradas
por estúdios de televisão, através da manipulação do
suporte físico.
Iniciou o movimento influenciado
por John Cage e Stockhausen
Visionário
Compositor e músico
Grupo Fluxus
Quebrar barreiras do dia-a-dia
Nam June Paik- 1932
Primeira Geração – anos 70
Nam June Paik- 1932
Primeira Geração – anos 70
Apropria-se da televisão como uma material
das artes plásticas, demonstrando que a
caixa da TV continha maior potencial social
do que em seu uso comum de
entretenimento de massa.
É a partir dele que a TV passa a ser vista
como um símbolo da era pós-industrial.
Sua prática artística já apresenta
características de hibridismo, e ele trabalha
conjuntamente com outros artistas.
Ele foi um visionário e sua pesquisa artística
inovadora contribuiu para a pesquisa
científica e desenvolvimento industrial.
Primeira Geração – anos 70
Nam June Paik- 1932
O sintetizador Paik-Abe Video foi uma
colaboração entre o Nam June Paik e o
engenheiro de vídeo Shuya Abe. O sintetizador
básico é um colorador. Paik frequentemente
combinava o colorizador com um modulador de
digitalização. Paik vasculhou o feedback do
vídeo, a modulação magnética da varredura e a
mistura não linear seguida de coloração para
gerar suas imagens.
No primeiro dia do ano de 1984 ele
apresentou uma rede de transmissão
via satélite, transmitindo em dois
canais para as cidades de Nova York e
Paris, e recebendo imagens,
simultaneamente, de vias públicas nos
Estados Unidos, França, Alemanha
Ocidental, Canadá e Korea. “Good
Morning Mr. Orwell”, pode ser
considerado um dos trabalhos
precursores da internet.
Primeira Geração – anos 70
Nam June Paik- 1932
Cena de “Good Morning Mr. Orwell”https://www.youtube.com/watch?v=SIQLhyDIjtI
Eletronic Moon no 2 (1969) - https://www.youtube.com/watch?v=o5KyDZ6Wsd4
Videotape Study no 3 (1969) - https://www.youtube.com/watch?v=Jg0bLLD5eRE
https://www.youtube.com/watch?v=c88AT-MELns
Wolf Vostell (1932-1998)
Criação/destruição - dé/collage
Com Allan Kaprow foi um dos
principais colaboradores do grupo
Fluxos, quando passa a definir
como Happenings suas
proposições.
Primeira Geração – anos 70
John Cage foi outro artista do
Grupo Fluxus.
Water Walk, 4'27''. 1960 Vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=aLZ7yVszwgk
Wolf Vostell (1932-1998)
The Sun in Your Head -1963
Exibido em Junho/Julho 2003
na mostra Vídeo Instalação na
Alemanha, realizada no Paço
das Artes em São Paulo), foi
filmado em 16mm. Este
trabalho apresenta um
bombardeio de imagens
televisivas previamente
desreguladas, filmadas em
película, diretamente da
televisão. A obra final foi
apresentada dentro de um
monitor de TV.
Primeira Geração – anos 70
https://www.youtube.com/watch?v=IJcOQ5FAlGw
Brasil - 1974
No Brasil, os primeiros trabalhos de vídeo arte aconteceram
em 1974 quando o diplomata Jom Tob Azulay emprestou seu
portpack a alguns artistas brasileiros que foram convidados a
participar de uma mostra de vídeo arte realizada na Filadélfia,
EUA. Em 1976 o MAC-USP, dirigido por Walter Zanini,
adquire um portpack e o disponibiliza aos artistas da cidade.
Em alguns casos isolados, os artistas trazem do exterior seus
próprios equipamentos, como é o caso de Antônio Dias e
José Roberto Aguilar.
https://www.youtube.com/watch?v=_awhgZxZ0OA
Primeira Geração – anos 70
https://www.youtube.com/watch?v=yjHSSqEWmN4
Brasil - 1974
São artistas plásticos preocupados com a busca de novos
suportes para a produção.
A videoarte nasce como um fenômeno estético inicialmente
do universo das artes plásticas e cujo espaço de exibição se
restringia ao circuito sofisticado dos museus e galerias de
arte.
A maioria dos trabalhos produzidos por essa primeira geração
de realizadores brasileiros consistia fundamentalmente no
registro do gesto performático do artista.
Primeira Geração – anos 70
Letícia Parente
Num dos trabalhos mais
perturbadores da primeira
fase, a artista Letícia Parente
bordou as palavras "Made in
Brazil" sobre a própria planta
dos pés, apontada para a
câmera num big close-up.
Marca Registrada
Primeira Geração – anos 70
https://www.youtube.com/watch?v=J5RakZ433wA
Primeira Geração – anos 70
Rafael França
Ele encontrou no vídeo um
meio adequado para meditar e
especular sobre seus próprios
conflitos interiores, sobretudo
sobre sua obsessão maior: a
fatalidade da morte. Sua obra
de cunho bastante pessoal
esteve também centrada
numa indagação dramática
sobre a questão da
homossexualidade. https://www.youtube.com/watch?v=o08woctX_W8
https://vimeo.com/19524116
Sônia Andrade
Ora temos o rosto da artista
totalmente deformado por fios de
nylon, ora ela se impõe pequenas
mutilações, tosando os cabelos
do corpo com uma tesoura, ora
ainda ela prende a própria mão
numa mesa com pregos e fios.
São trabalhos de uma auto-
violência latente, meio real e meio
fictícia, através dos quais Andrade
discorre sobre os tênues limites
entre lucidez e loucura que
caracterizam o ato criador.
Primeira Geração – anos 70
Outros artistas
De qualquer maneira, toda a primeira geração
brasileira de criadores de vídeo era constituída de
nomes em geral já consagrados no universo das
artes plásticas ou em processo de consagração:
Antônio Dias, Anna Bella Geiger, José Roberto
Aguilar, Ivens Machado, Letícia Parente, Sônia
Andrade, Regina Silveira, Julio Plaza, Paulo
Herkenhoff, Regina Vater, Fernando Cocchiarale,
Mary Dritschel, Ângelo de Aquino, Míriam
Danowski, Paulo Bruscky.
Primeira Geração – anos 70
Chuva - Fernando
Cochiaralle, Rio de
Janeiro, 5 min, 1974.
Passagens N1 - Anna
Bella Geiger, Rio de
Janeiro, 10 min, 1974.
https://www.itaucultural.org.br/filmes-e-videos-de-artistas-em-curitiba#videos
Segunda Geração – anos 80
Independência
Modernismo
Busca uma aproximação com os meios de comunicação de
massa
Desenvolvimento tecnológico
Jovens recém saído das universidades buscavam explorar as
possibilidades da televisão enquanto sistema expressivo. Os
horizontes e as perspectivas a serem alcançadas, deixaram
de ser o circuito sofisticado de museus e galerias de arte e
passaram a ser a linguagem televisiva.
Festivais de Vídeo
Surgem os primeiros festivais de vídeo
Buscam exprimir inquietações e procuram abordar de uma
maneira diferenciada os problemas sociais do nosso país
Videobrasil (São Paulo)
FórumBHZVídeo (Belo Horizonte)
Segunda Geração – anos 80
TVDO
Tadeu Jungle, Walter Silveira, Ney Marcondes, Paulo Priolli e
Pedro Vieirahttps://www.youtube.com/watch?time_continue=64&v=Nt51zDuaaSw
Operava na fronteira entre cultura popular e cultura erudita.
Em um trabalho marcante, intitulado Caipira In (Local Groove)
de 1987, o grupo registrou uma festa religiosa na cidade de
São Luís do Paraitinga, mas com uma abordagem
diferenciada. O vídeo é uma crítica sobre as impossibilidades
daquelas pessoas que criadas na metrópole, são incapazes
de vivenciar a experiência do outro.
Segunda Geração – anos 80
Olhar eletrônico
Marcelo Machado, Marcelo Tas, Fernando Meirelles, Renato
Barbieri e Paulo Morelli
Buscavam uma troca, uma possibilidade de diálogo entre o
observador e o observado.
No vídeo Do Outro Lado da sua Casa de 1986, em que os
realizadores enfocam o cotidiano de um grupo de mendigos
que vivem à margem da sociedade, o entrevistado impõe seu
próprio discurso, chegando ao ponto de um dos mendigos
assumir o microfone e conduzir as entrevistas. O objeto da
investigação passa para trás das câmeras e se torna também
sujeito da investigação.
Segunda Geração – anos 80
Videoclipes
O formato pode dispensar inteiramente o suporte narrativo e
o seu público já está preparado para aceitar imagens sem
nenhum significado imediato, esta forma de expressão
acabou ganhando novos adeptos.
Nam June Paik, no seu programa Good Morning, Mr. Orwell,
levado ao ar ao mesmo tempo em Paris e Nova York no
reveillon de 1984, mostrou uma coleção bastante inspirada
de vídeo clipes, em que se destacou principalmente o
Excellent Birds, com música de Laurie Anderson. O vídeo
clipe assumiu e difundiu a linha de trabalho que a vídeo arte
traçou para si ao longo de toda a sua história, convertendo
uma arte de elite em uma arte de massas.
Segunda Geração – anos 80
Gary Hill
“Meu objetivo é superar o
dualismo do sentido e do não
sentido e ver o que acontece no
interior da experiência da
linguagem quando o sentido esta
criando raízes ou se extinguindo”.
Na obra de Hill o que importa não
é chegar a qualquer lugar, mas
experimentar, em todas as suas
conseqüências, o processo da
contradição e da dispersão dos
sentidos.
Segunda Geração – anos 80
https://www.sfmoma.org/artist/gary_hill/
Gary Hill
Segunda Geração – anos 80
https://www.youtube.com/watch?v=bHSEzNZ1OdA
Bill Viola
Explora em seus trabalhos as
questões do físico e do espiritual. O
self e o non-self, conceitos
fundamentais apresentados nas obras
do artista, adquirem um papel central
desde o início até os dias atuais. Suas
composições áudio visuais trilham
estruturas de representação do mundo
baseadas nas próprias percepções do
artista, explorando seus sonhos,
imaginação, consciência e memórias,
livres de narrativas e estruturas
verbais convencionais utilizadas por
filmes e pela televisão.
Segunda Geração – anos 80
Tristan's Ascension
https://www.youtube.com/watch?v=OoCayuvaSyc&t=72s
https://www.youtube.com/watch?v=GHdX7sApIMc&t=261s
Reflecting Pool
https://www.youtube.com/watch?v=Gqf_cuDf9qI
Mártires, 2014
Jeffrey Shaw
Um dos pioneiros na arte
imersiva e interativa. As obras de
Shaw apresentam interfaces
criativas que permitem o usuário
se conectar com o processo de
uma maneira mais intensa,
podendo este viver plenamente o
ambiente de imersão.
Segunda Geração – anos 80
Jeffrey Shaw
Segunda Geração – anos 80
Terceira Geração – anos 90
Brasil- anos 90
Essa nova geração, que desponta publicamente nos anos 90, tira
proveito de toda a experiência acumulada, faz a síntese das outras
duas gerações e parte para um trabalho mais maduro, de
solidificação das conquistas anteriores.
A maioria dos representantes dessa nova geração vem do ciclo do
vídeo independente.
Há um trabalho mais pessoal, mais autoral, menos militante ou
socialmente engajado, retomando portanto certas diretrizes da
geração dos pioneiros.
Percebe-se também um certo afrouxamento das preocupações
locais, a fixação em temáticas de interesse universal e um vínculo
mais direto com a produção videográfica internacional.
Terceira Geração – anos 90
Brasil- anos 90
A terceira geração de videomakers
brasileiros não representa
propriamente uma virada radical de
estilo, forma e conteúdo em relação
às outras duas fases já vividas pelo
vídeo. Na verdade, essa nova
geração, que desponta publicamente
nos anos 90, tira proveito de toda a
experiência acumulada, faz a síntese
das outras duas gerações e parte
para um trabalho mais maduro, de
solidificação das conquistas
anteriores. A maioria dos
representantes dessa nova geração
vem do ciclo do vídeo independente.
https://vimeo.com/85375560
Lucas Bambozzi
https://vimeo.com/85397318
Eder Santos
Terceira Geração – anos 90
Brasil- anos 90
Eder Santos talvez seja o mais conhecido e difundido dos atuais
realizadores brasileiros de vídeo. Esse fato chega a ser surpreendente,
porque talvez não exista atualmente no Brasil uma obra audiovisual
mais difícil e desafiadora do que a de Santos. Na verdade, pode-se
caracterizar os vídeos desse realizador mineiro como as experiências
mais radicais e mais isentas de concessões de toda a produção
videográfica brasileira. Entre as razões principais da dificuldade,
podemos citar o fato de tais obras serem constituídas
predominantemente de ruídos, interferências, "defeitos", distúrbios do
aparato técnico e, às vezes, roçam mesmo os limites da visualização.
Em muitas de suas videoinstalações, Santos faz projetar imagens de
vídeo sobre paredes texturizadas e rugosas, ou ainda sobre dunas de
areia ou chão irregular, de modo a perturbar a inteligibilidade das
imagens ou corromper a sua coerência figurativa.
Terceira Geração – anos 90
Brasil- anos 90
Santos ataca em seus vídeos justamente a perda de vitalidade das
imagens, sua redução a clichês gastos pelo abuso da repetição e,
nessa investida contra a atual degeneração das imagens, ele se
mostra implacável como poucos.
A trivialidade da vida cotidiana, o comportamento estereotipado, o
turismo de massa e a futilidade dos cartões-postais são materiais de
que o realizador lança mão para construir contra eles, mas a partir
deles, uma reflexão implacável sobre a civilização contemporânea. Há
em toda a obra de Santos uma tendência inequívoca de contrapor-se à
atual promiscuidade das imagens, de lançar fogo contra um certo
tratamento de superfície que predomina na atual vaga do audiovisual e
de praticar, ao mesmo tempo, uma espécie de ecologia do olhar.
Embora a televisão não esteja explicitamente nomeada nas obras, ela
é sem dúvida o alvo principal da investida desses vídeos e filmes.
Terceira Geração – anos 90
Brasil- anos 90
No que diz respeito à nova geração devemos
mencionar: Carlos Nader, Lucas Bambozzi, Kiko
Goifman e Adriana Varella.
Carlos Nader surpreendeu com uma obra de
impacto como O Beijoqueiro (1992). Trata-se de
um retrato implacável da loucura brasileira, por
meio da perspectiva individual de um psicopata
que se converteu em herói nacional. Nader tem se
destacado dentro da novíssima geração de
realizadores pela busca de novos formatos
videográficos ou de novas estruturas narrativas,
menos comprometidas com as práticas já
cristalizadas no cinema ou na televisão.
Carlos Nader – Homem Comum
https://www.youtube.com/watch?v=T8_K5t7D1YY
https://www.youtube.com/watch?v=mPQtEG6Ew5U
Beijoqueiro
Terceira Geração – anos 90
Brasil – Sandra Kogut
Outra é a perspectiva do trabalho de Sandra Kogut,
que parece concentrar e exprimir as tendências mais
decisivamente inovadoras da arte do vídeo, ao
mesmo tempo que radicaliza o processo iniciado por
Nam June Paik de eletrificação da imagem e de
desintegração de toda e qualquer unidade ou
homogeneidade discursiva.
A técnica da escritura múltipla que marca esse
trabalho, em que texto, vozes, ruídos e imagens
simultâneas se combinam e se entrechocam para
compor um tecido de rara complexidade. Uma
estética da saturação, do excesso (a máxima
concentração de informação num mínimo de espaço-
tempo
Sandra Kogut
https://www.youtube.com/watch?v=zXUwjd8W6vU
Terceira Geração – anos 90
Brasil – Sandra KogutOutros dois nomes importantes no contexto da
terceira geração de realizadores brasileiros são
Walter Silveira e Arnaldo Antunes.
Coincidentemente, os dois foram originalmente
poetas e emergiram do movimento da poesia
concreta. Esse movimento, que produziu sobre
a cultura brasileira um impacto tão grande
quanto a bossa nova na música e o cinema
novo no cinema, procurou experimentar uma
poesia de feição radicalmente contemporânea,
com grande ênfase dedicada aos aspectos
mais propriamente visuais e sonoros do
poema.
Arnaldo Antunes é um nome bem mais
conhecido no Brasil como pop star, uma vez
que foi líder de uma das mais famosas bandas
brasileiras de rock: os Titãs.
Arnaldo Antunes
https://www.youtube.com/watch?v=eusBEkn2ABQ
Terceira Geração – anos 90
Brasil – Sandra Kogut
Ainda entre os realizadores da terceira geração, deve-se destacar
também o nome de Lucila Meirelles, que já fora antes colaboradora de
Aguilar, nos idos dos anos 70, e depois se converteu numa das mais
ativas divulgadoras e produtoras de eventos relacionados com a história
da videoarte brasileira.
Trata-se de uma pesquisa de transferência do olhar, na tentativa de
experimentar um outro ponto de vista sobre o mundo, um ponto de vista
"interno" a certos grupos humanos "atípicos", como o das crianças
autistas (Crianças Autistas, 1989), ou das crianças transgressoras e
confinadas em prisões disfarçadas de internatos (Pivete, 1987), ou ainda
dos sertanejos cegos pela luz do sertão (Histórias Luminosas do Sertão,
1997).Lucila Meirelles
https://www.youtube.com/watch?v=R8qZv4Vqx_chttps://www.youtube.com/watch?v=iJOhQUL8GhU
Lucila Meirelles - Pivete
Terceira Geração – anos 90
Brasil – Sandra Kogut
Kiko Goifman é outro videomaker que poderíamos destacar entre
aqueles que também produzem trabalhos voltados para as questões da
antropologia visual.
Mas a grande surpresa da virada dos 80 para os 90, porém, foi a adesão
ao vídeo de três importantes nomes do cinema experimental: Andrea
Tonacci, Júlio Bressane e Arthur Omar.
Na verdade, a incorporação da eletrônica pelo cinema é um fenômeno
que começa a acontecer de forma gradativa a partir dos anos 80 em todo
o mundo e na maioria dos casos para dar respostas a determinados
problemas insuperáveis dentro da especificidade da cinematografia
stricto sensu. Kiko Goifman - 33
https://www.youtube.com/watch?v=z9FpHXaAOLo&t=720s
Terceira Geração – anos 90
Brasil- anos 90
No que diz respeito à nova geração devemos mencionar:
Carlos Nader, Lucas Bambozzi, Kiko Goifman e Adriana
Varella.
Cabe ressaltar que videoinstalações aconteceram com maior
ênfase na última geração e vários dos artistas citados
dedicaram grande parte de sua produção à criação dessa
classe de trabalhos, como, por exemplo, Eder Santos e Lucas
Bambozzi. Mas há ainda aqueles que só fizeram
videoinstalações, como é o caso de Adriana Varella.
https://vimeo.com/85375560
Lucas Bambozzi