vida espiritual pelo dízimo - g. ernest thomas

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  • 8/13/2019 Vida Espiritual pelo Dzimo - G. Ernest Thomas

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    G.Emest Thomas

    VIDAESPIRITUALPELO

    DIZIMO

    ImprensaMetodista

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    Do original:"Spiritlial Life Through Tithing" Copyright de Tidings, Nashville, Tenn.,E.U.A.

    Traduzido e publicado com a devida autorizao

    Traduo deOswaldo Ramos

    Junta Geral de Educao CristdaIgreja Metodista do Brasil.

    So Paulo

    NDICE

    I Redescoberta do Dzimo

    II O Dzimo no Antigo TestamentoII I O Dzimo no Novo TestamentoIV Que Significa Entregar o DzimoV Perigos do DzimoVI Dzimo e Vida AbundanteVII Dzimo e F VitalVIII O Dzimo e a Misso Mundial de CristoIX O Dzimo e a Mordomia da Vida Crist

    X A Ocasio de Entregar o Dzimo Agora

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    APRESENTAO

    "Vida Espiritual pelo Dzimo" um livro cuja leitura far bem atodos os membros da Igreja. De fato, deveria ser leitura obrigatria paratodos os cristos.

    O dinheiro como ganh-lo e como gast-lo inteligentemente forma uma das principais preocupaes do homem moderno. Mas de

    muito mais importncia o efeito deste dinheiro na vida espiritual dohomem. A Bblia nos ensina que "o amor ao dinheiro raiz de todos osmales; e alguns, nessa cobia, se desviaram da f" (Tm 6:10).

    O autor, Dr. G. Emest Thomas, diretor do Departamento de VidaEspiritual da Junta Geral de Evangelizao da Igreja Metodista nosEstados Unidos, enfatiza os valores espirituais que resultam da prtica doDizimo. Sem descuidar dos perigos do Dzimo, ele o coloca no seu

    devido lugar como prtica sadia e crist, bastante negligenciada pelaIgreja hodierna.

    Que o leitor se sinta verdadeiramente inspirado e abenoado pelaleitura deste livro o desejo da Junta Geral de Educao Crist.

    CHARLES W. CLAY

    Secretrio Geral de Educao Crist da Igreja Metodista do Brasil

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    CAPITULO I

    REDESCOBERTA DO DZIMO

    O dzimo a muralha que o Cristianismo edifica para sustar osataques do materialismo. Ele importante porque o resto da respostacrist ao problema humano depende dele em grande parte.

    Esta gerao est experimentando uma nova conscincia danecessidade de uma dedicao mais completa da vida a Deus, por partedaqueles que professam a f crist. As tendncias da civilizao atualindicam que devemos descer profundidade extrema da f se quisermosavanar em extenso no progresso. Todas as pessoas esclarecidasesto cientes das foras em conflito no mundo. E uma poca que clamapor um a entrega mais completa do dinheiro e da vida para a realizao

    da vontade e propsito do Deus Todo-Poderoso.

    O dinheiro atingiu um lugar de suma importncia na vida dohomem do sculo XX. Cada ano que passa h menos pessoas vivendoum tipo de vida em que elas mesmas produzem o que necessrio vida. O dinheiro tornou-se o poder de aquisio que satisfaz quase todasas exigncias fsicas. At o fazendeiro tem de usar o dinheiro. Algumasdcadas atrs o lavrador tirava do solo o suficiente para suprir as

    necessidades de sua famlia. Seus campos eram lavrados por meio deanimais que tambm subsistiam com o produto do seu trabalho. Mas,agora, o lavrador precisa de dinheiro para trabalhar no campo. Elecompra, ao invs de produzir, a maior parte do seu alimento. O dinheiropaga a fora eltrica que faz funcionar sua maquinaria e o leo exigidopelo seu trator. Sua vestimenta comprada numa loja e sua recreao adquirida com o investimento monetrio que faz, comprando umaparelho de rdio ou televiso.

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    Isto que aconteceu em anos recentes ao fazendeiro tem sido desdeh muito a experincia de milhes de trabalhadores que ganham a vidanas fbricas ou escritrios. Para muitas pessoas, ganhar dinheiro, tornou-se uma finalidade na existncia.

    A crescente importncia do dinheiro desviou o foco de ateno daverdadeira fonte dos bens do mundo. O homem que trabalhava no campopara conseguir o essencial para o sustento estava apto para observar opoder criador de Deus em sua vida. Quando ele dependia da chuva, dosol e do solo frtil para seu bem-estar, era-lhe natural reconhecer umamoroso Pai Celestial. Mas, tal reconhecimento torna-se mais difcil

    quando o dinheiro se torna a fonte de suas satisfaes fsicas. E difcilimaginar Deus trabalhando na produo de uma mquina ou fbrica.Ento, o homem tentado a render culto devocional a um envelope depagamento ou a um livro de cheques. Isto significa dinheiro para ele. E afonte de seu conforto e prazeres.

    A necessidade de um padro pelo qual, os cristos fervorosos,pudessem medir seu reconhecimento do providencial cuidado de Deus

    levou-nos a uma redescoberta do dzimo. Na era da mquina o homem tentado a crer que sua percia e inteligncia produziram valoresmateriais. Ele presume a inexistncia do poder de Deus no mundo, oucoloca Deus num lugar to distante da vida universal que o homem notem contato vital com Sua natureza.

    O dzimo destri todas as barreiras criadas pela arrogncia humana

    quanto sua suficincia prpria. Ele atesta a realidade da presena deDeus no mundo. Ele d a todo o indivduo uma oportunidade de afirmarseu credo e confiana no poder criador e mantenedor de Deus. Almdisto, oferece um mtodo uniforme de reconhecimento. A inflao dosvalores monetrios muitas vezes deixa as contribuies que os homensfazem para as causas religiosas e humanas muito longe da rendanacional. Ao mesmo tempo que isto perigoso para a causa crist muito mais perigoso para a alma do homem. Isto porque a realidade da

    presena de Deus tende a tornar-se eficiente na proporo direta daquantia que uma pessoa deposita no altar.

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    A idia do dzimo foi redescoberta, ento, como um resultado daurgente necessidade de uma medida histrica e prtica pela qual cadacristo pudesse reconhecer, pessoalmente, que ele e o mundo que o

    cerca, so um produto da bondade criadora de Deus.

    O ll F O DTZTMO?Que o dzimo? um hbito regular pelo qual um cristo,

    procurando ser fiel sua crena, pe parte, pelo menos dez por centode suas rendas, como um reconhecimento das ddivas divinas. Elereconhece, assim, que Deus o Senhor de todas as fontes terrenas.

    As implicaes so de longo alcance e constituem a base da vidareligiosa. Entregar o dzimo no comprar favores de Deus, mas, pagartributo (oferecer ao de graas) ao Pai Celeste que a fonte de toda apossesso material.

    Quando um cristo reconhece as ddivas de Deus, separando umdcimo (10%) dos seus rendimentos, expressa assim sua convico deque Deus o doador de tudo quanto ele tem. Ele admite que o produtoda mina ou o solo frtil somente podem ser explicados pelo longoprocesso criador que o resultado da relao entre Deus e o Universo. Odinheiro que o vendedor, o padeiro ou o fabricante ganham tem suaorigem primria naqueles elementos que o homem no criou nempoderia criar. Cada ocupao ou profisso que emprega esforoshumanos relaciona-se com fatores que esto alm do poder produtivo do

    homem. Eles apontam sem sombra de engano para a realidade de Deus.

    Pelo dzimo se supe, tambm, que Deus continua a ser o dono dasposses materiais que so confiadas ao homem. O ttulo final dapropriedade ou dinheiro no fica com o homem, mas, com Deus. Ohomem pode ser um mordomo destas possesses durante muitos anos;no entanto, ele deve inevitavelmente entregar aqueles ttulos no fim desua vida terrena, e sua posse passa, ento, guarda de alguma outra

    pessoa. O homem no possui o mundo material; ele meramente um

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    mordomo.

    Guilherme Colgate foi dizimista durante toda sua longa e bemsucedida vida comercial. Ele no dava meramente um dcimo de seus

    lucros com os produtos Colgate, mas, dava dois dcimos, depois, trsdcimos, e finalmente, cinco dcimos, ou seja, dava 50%, a metade dasua renda para o trabalho de Deus no mundo. Durante os ltimos dias desua vida ele revelou a origem da sua devoo idia do dzimo. Quandoaos 16 anos de idade, deixou o lar para procurar emprego na cidade de

    Nova York. Ele havia antes trabalhado numa fbrica de sabo. Quandodisse ao capito do barco em que viajava que pretendia fabricar sabes

    na cidade de Nova York, o homem lhe deu este conselho: "algum ser,em breve, o maior produtor de sabes de Nova York. Voc pode ser estapessoa. Mas, voc nunca deve perder de vista o fato de que o sabo quevoc faz, foi-lhe dado por Deus. Honre-o repartindo o que voc ganhar.Comece dando um dcimo de tudo quanto receber."

    Guilherme Colgate sentiu a necessidade de dar o dzimo porquereconheceu que Deus era o doador de tudo quanto possua, no somente

    da oportunidade, mas at mesmo dos elementos que eram usados namanufatura de seus produtos.

    O dzimo um testemunho da bondade criadora de Deus. Ohomem deve admitir que depende das bnos contnuas do criador.Estudada sob esta luz, o dzimo se torna uma necessidade prtica aocristo que deve ser fiel sua f e torna-se, tambm, uma porta larga,

    aberta comunho com Deus.

    A redescoberta do dzimo nesta gerao significativa no s paraa vida crist individual, mas para a civilizao tambm. H quatrograndes ameaas ao cristianismo no mundo moderno. Elas so: oSecularismo, o Materialismo, o Humanismo e o Comunismo. Uma

    prtica comum e generalizada do dzimo dar uma soluo eficiente acada um desses grandes problemas atuais.

    Um cristo pode dizer que cr em Deus, mas tal assero

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    verdadeira apenas parcialmente, se no for acompanhada de entrega esacrifcio pessoal. Assim que a certeza da f, que se evidencia naentrega do dzimo para o trabalho de Deus e para o bem estarhumano, um desafio completo aos inimigos contemporneos, mediante

    a fidelidade a Deus.

    GUERRA AO SECULARISMOO secularismo o primeiro grande adversrio do cristianismo na

    poca atual. Uma aceitao completa da idia e prtica do dzimo porcristos professos ser uma barreira eloqente contra esta crescenteameaa.

    Uma sociedade secular uma sociedade sem Deus. E um mundoonde as coisas materiais tomam-se os ditadores. A felicidade vemmediante a satisfao dos sentidos, ou pela posse e uso das coisas.

    Jesus de Nazar declarou que, "onde estiver teu tesouro a tambmestar teu corao". Na sociedade secular, o tesouro que o homemprocura est nas satisfaes fsicas. As coisas materiais tomam-seobjetos de imenso interesse para aquele que adepto do ponto de vistasecular.

    As coisas que um homem aspira ardentemente na sociedadesecular podem ser bem definidas como inventos artificiosos. Elasincluem uma multido de mquinas cuja finalidade tornar a vida maisfcil, ou que servem para distrair. Muitas delas so teis. Incluem oautomvel, o aparelho de televiso, a mquina de lavar roupa e a

    torradeira eltrica. Estes inventos servem para tornar a vida maisconfortvel e para preencher as horas de lazer, mas, muitofreqentemente o homem chega concluso de que estas coisas so deprimeira importncia na vida.

    Poucas pessoas escapam do impacto do secularismo. Ele se infiltracalmamente no lar cristo sob a forma de insinuaes de algum membroda famlia que pensa que o lar deveria possuir mais um aparelho

    brilhante, moderno.

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    O secularismo apanha o foco da ateno em Deus e desvia-a paraas coisas materiais. Apanha em sua rede pessoas antes devotas, queagora se envolvem num tipo de crena em que Deus de todo o universo

    substitudo por uma deidade material. O prazer, a comodidade e asatisfao fsica tornam-se os desejos consumidores da vida.

    O dzimo um golpe mortal no corao do secularismo. Torna-seuma confisso de f em Deus para todo o indivduo que o pratica. Dar odzimo, ou melhor, entreg-lo, no significa absolutamente que nodevemos procurar e usar os aparelhos que poupam o trabalho e os

    modernos meios de transporte, mas, significa que tudo na vida ser vistopor um ponto de vista superior. O dzimo o reconhecimento dabondade criadora e sustentadora de Deus. E um ato de dedicao queindica imediatamente que a pessoa que entrega o dzimo a Deus emprimeiro lugar, relega suas satisfaes fsicas para o segundo plano.

    E indiscutvel se a luta contra o secularismo pode ser ganha soboutra base qualquer. Poucos indivduos so capazes de lutar contra a

    presso do mundo secular a menos que o dinheiro seja visto como algosagrado. A adorao importante como uma chave para a realidade,mas, as experincias espirituais duradouras devem ser acompanhadaspela entrega do dinheiro, se o cristo deseja ganhar a batalha espiritualcontra o pecado.

    O dzimo uma maneira simples e prtica pela qual o seguidor de

    Jesus reconhece a obrigao que deve ao Deus Todo Poderoso.Nenhuma sociedade ser aprisionada por um esprito do secularismoquando as pessoas cultivam o reconhecimento da presena de Deus nomundo. A completa aceitao do dzimo a resposta ao crescenteproblema do secularismo na sociedade moderna.

    MATF RTATTS MO

    Paulo estava ciente do materialismo que prevaleceu durante o

    primeiro sculo depois de Cristo. Ele disse: "o amor ao dinheiro a raizde todos os males; e alguns, cobiando-o, se desviaram da f e se

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    Clare Booth Luce notou a natureza mortal do humanismo queenvenena a f religiosa numa palestra em que disse: "na minha mesa h10 ou 20 volumes, recm-publicados, escritos por homens de talentoconsidervel, e grande prestgio intelectual. De acordo com seus ttulos,

    cada um deles est cheio de anlises racionais sobre o aspecto correnteda trgica situao humana na sua crise mundial. So verdadeiros pudinsde frmulas engenhosas, panacias e artifcios. Mas, a promessa bsicade todos que o homem pode levantar-se por si mesmo, seno o milnio,

    pelo menos por meio desta coisa chamada progresso. Cada autor pareceestar certo de que se "toda a humanidade", num esforo supremo,gemesse um "hoi!", salvar-se-ia por si mesma.

    O humanismo inspira confiana apenas no poder humano parasobreviver e triunfar sem a menor interferncia de Deus. Naturalmente, ohumanismo fica um tanto desiludido quando o dio, a avareza e a luxriaesto combinados numa escala nacional para trazer guerra, destruio emorte. Ento, o humanismo afunda-se em trgico desespero. Em pocade tragdia nacional ou pessoal ele um homem sem esperana.

    O dzimo se largamente difundido servir como umaresposta prtica ao humanismo. Nenhuma pessoa que honra a Deusdando 10 por cento pelo menos de seus bens materiais, permaneceralheio realidade da presena de Deus no mundo. Ele no perder aviso de Deus, nem se gloriar no poder do homem para resolver seusproblemas por sua prpria fora. O dzimo ser um lembrete dirio deque cada indivduo depende do Criador para as bnos que o rodeiam.

    Ele experimentar em sua prpria vida uma certeza crescente dapresena divina no universo e receber uma poro daquele poder deDeus, para ajud-lo diariamente.

    RESPOSTA AO COMUNISMOO comunismo inclui tanto o secularismo como o materialismo.

    Mas, mais que isto. Concebido com uma filosofia designada parabeneficiar a todos, o comunismo tornou-se um credo que considera a

    alma individual como no tendo nenhum valor. O comunismo floresceno meio da pobreza e morte, medra na degradao e injustia. A fome e

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    o frio so seus mensageiros.

    A marcha do comunismo atravs do mundo torna fcil a umgoverno e seu povo presumir que o crescimento do comunismo o

    resultado da intriga e da trama, e esqueceu-se de considerar a situaodentro do pas, a qual pode ter dado origem s idias falsas.

    H diversos anos atrs, J. W. Bradley, um missionrio na China,escreveu de Suchien sobre o que ele observou na vida daquelacomunidade. Disse ele que das cento e sessenta e quatro famlias da vila,cento e quarenta e oito estavam vivendo de ramagem de batata, emfevereiro, enquanto esperavam pela colheita, em junho. Descreveu as

    crianas famintas que se reuniram ao redor dele quando se sentava margem da estrada para almoar. Suas faces esqulidas e choroagonizante tomavam impossvel ao missionrio alimentar-se. Ento, eledava o que tinha aos famintos. Um homem sentado ali perto, que disse-lhe: "quando o senhor veio aqui h alguns anos eu o chamei de diaboestrangeiro. Agora vejo o senhor andando de uma parte para outradistribuindo po ao meu povo e cuidando dos doentes, e o senhor faztudo isto por Jesus. Dr. Bradley, quem Jesus?"

    Em vista da terrvel marcha do comunismo atravs da China,toma-se claro que a tragdia veio porque no havia suficientes Drs.Bradleys para criar dentro das mentes do povo da China um desejo deconhecer e seguir a vida crist. E por que no havia mais Drs. Bradleystrabalhando em vilas como a de Suchien? Porque muitos cristosprofessos falhavam em reconhecer sua dvida para com Deus, separando

    seu dzimo estendendo uma mo ajudadora China, ao Japo e outroslugares do mundo.

    O tipo de vida em que ns mantemos todas as nossas possessesmateriais para serem apenas nossas e no qual ns clamamos peloconforto da civilizao primeiramente para ns mesmos, tem sido oalicerce para o crescimento rpido do comunismo. Os pobres e famintossempre atiraro suas foras contra um mundo que contm bens materiais

    suficientes para salv-los, e s suas crianas, da morte, mas, que permite

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    a um grupo acumular tudo isto como se fosse um tesouro especial paraser usado egoisticamente por algumas pessoas apenas.

    Considere o que acontecer quando os cristos redescobrirem o

    dzimo. Arrogantes asseres sobre privilgios silenciaro, numa certezadas ddivas sempre presentes de um amoroso pai celestial. O dinheiroser obtido em quantias crescentes para auxiliar os necessitados e paraespalhar a causa crist atravs do mundo. O Comunismo no pode

    prosperar onde os cristos vivem com uma certeza diria de que estemundo de Deus, e so guiados de modo a permitir que este credodetermine suas relaes com outras pessoas em todos os lugares.

    Uma nova sociedade aparecer quando os cristos decidirem serdizimistas. Ser uma sociedade em que o comunismo achar difcilrecrutar adeptos. O dzimo uma resposta prtica marcha docomunismo no mundo.

    RECONHECIMENTO DAS DDIVAS DE DEUS

    O dizimo no primariamente um desafio aos cristos para daruma quantia especificada de dinheiro Igreja e suas instituies. Odzimo manter tais trabalhos dignos, mas, no isto que d prtica seumpeto. O dzimo um reconhecimento prtico de que Deus o doadorde tudo na vida.

    O dzimo no uma prtica que os cristos seguem para garantir

    para si mesmos um lugar no cu. O dzimo usualmente muda atitudes eidias na vida de uma pessoa de modo que ser um candidato com maischance vida eterna, mas, o dzimo no foi sugerido por este fato. Odzimo , antes, uma prtica pela qual o povo hebreu e os seguidores deJesus Cristo colocavam parte pelo menos dez por cento de seurendimento para a manuteno do trabalho de Deus para que pudessemreconhecer todas as ddivas divinas. Comea com gratido e amor, etermina numa generosa doao quelas causas que precisam receber a

    manuteno do povo cristo.

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    Um novo dia de oportunidades est se abrindo para os discpulosde Jesus Cristo. Ele inclui a chamada para arrolar-se com aqueleshomens e mulheres de f e devoo poderosa, de todas as idades, quetm dado o dzimo como uma demonstrao sincera e prtica da bondade

    e misericrdia de Deus. O ato de entregar o dzimo trar nova esperanae fora tanto para o indivduo como para o mundo.

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    CAPTULO II

    O DZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO

    Os escritores do Antigo Testamento conheciam a natureza humana.Eram pessoas que haviam observado os bens materiais muitas vezestornar-se uma barreira que separa um homem de seu Deus. Enquanto

    certas passagens indicam que as leis do dzimo foram destinadas parasustentar o sacerdcio e o templo, h muitas outras que sugerem que odzimo era considerado uma lei essencial de Deus por meio da qual a

    presena de Deus poderia ser conhecida e experimentada. O dinheiro eos bens materiais ficaram entre o homem e Deus nos tempos do AntigoTestamento tanto quanto ficam agora. O dzimo era um reconhecimentoda providncia criadora e mantenedora de Deus. Tomou-se uma prticaessencial para os fiis observadores da lei.

    Nos primrdios da criao h a histria de Caim e Abel, em que huma sugesto de que a lealdade a Jeov requeria um oferecimento debens em reconhecimento Sua bondade. No quarto captulo de Gnesislemos: "e aconteceu que ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto daterra uma oferta ao Senhor. E Abel tambm trouxe dos primognitos dassuas ovelhas, e da sua gordura. E atentou o Senhor para Abel e para a

    sua oferta, mas, para Caim e para sua oferta no atentou. E irou-se Caimfortemente, e descaiu-lhe o seu semblante."

    O Antigo Testamento no indica o que foi que tornou a oferta deCaim inaceitvel. Podemos concluir que sua oferta estava minada pelolegalismo (ou pela arrogncia de julgar-se preferido por Deus por ser oprimognito!). Ele havia escolhido frutas e vegetais de pobre qualidade,ou de forma imperfeita, ou ele havia sido miservel na quantia que

    preparara para o sacrifcio. A passagem sugere que as oferendas trazidaspelos irmos eram para reconhecer a bondade de Jeov e para expressar-

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    lhe agradecimentos pelas sua misericrdia.

    Esta a mais antiga meno, no Antigo Testamento, de homensque trouxeram pores de seu rendimento e colocaram-nas sobre o altar.

    Estabelece o padro para a maioria dos ensinos concernentes ao dzimoque deveriam aparecer durante os sculos que se seguiram. Para cadapassagem em que o dzimo parece ser uma transao legalstica parasatisfazer ou as exigncias frreas de um Deus cruel, ou a necessidade dedinheiro para sustentar o templo, h muitos outros captulos em que odzimo interpretado como um ato de adorao e louvor, provenientesda certeza das contnuas misericrdias e ddivas de Deus Todo-Poderoso.

    A primeira meno especfica do dzimo no Antigo Testamentoocorre na narrativa que fala sobre a ddiva que Abrao trouxe ao altar.Melquisedeque era, ento, o "sacerdote do Deus Altssimo". Depois deuma vitria sobre o rei de Sodoma, Abrao recebeu grandes homenagenspela sua conduta na batalha. Mas, Abrao no estava interessado emtriunfos pessoais. Ele deu a honra da vitria a Jeov. E emreconhecimento pela ajuda divina "Ele Lhe deu um dcimo de tudo". E oque o escritor declara em Gn 14:20. Assim, o dzimo do povo de Deusnascia!

    Nenhum erudito foi capaz de explicar satisfatoriamente porqueAbrao decidiu que a dcima parte seria uma quantia apropriada paraagradecer a misericrdia divina. Possivelmente, ele foi influenciado pelofato do povo da Babilnia e Assria ser obrigado a dar um dcimo de

    suas posses como um sacrifcio a seus deuses. Mas a lealdade de Abraodeve ter vindo como o resultado da certeza de que a adorao a Jeovrequeria um sacrifcio valioso da parte de quem estivesse procurandoSua presena. Qualquer que tenha sido a razo parece que Abraoconsiderava a entrega do dzimo um fato bsico da adorao a Deus.

    No tempo de Moiss o dzimo foi reconhecido por todos os filhosde Israel como um padro de ddiva. A experincia santa do Monte Sinai

    trouxe existncia no somente os Dez Mandamentos para guiar o povo,

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    mas, trouxe tambm uma lei muito bem desenvolvida sobre o dzimo queseria, desde ento, observada por todos os hebreus fiis.

    "Tambm todas as dzimas do campo, da semente do campo, do

    fruto das rvores, so do Senhor: santas so do Senhor." (Lv 27:30)

    Aqueles que esto interessados no dzimo, em nossos dias, comoum ato de devoo, s vezes falham em reconhecer o fato de que odzimo do Antigo Testamento no findava com a ddiva de um dcimo.Logo aps o estabelecimento dos filhos de Israel na Terra Prometida, umsegundo dzimo veio a ser reconhecido como um ato de adorao. Este

    segundo dzimo era trazido a uma reunio anual do povo. O escritor diz:"Certamente dars os dzimos de toda a novidade da tua semente, quecada ano se recolher do campo. E perante o Senhor teu Deus, no lugarque escolher para ali fazer habitar o seu nome, comereis os dzimos doteu gro, do teu mosto, e do teu azeite, e os primognitos das tuas vacase das tuas ovelhas para que aprendas a temer o Senhor teu Deus todos osdias." (Dt 14:22-23).

    A celebrao do agradecimento no era efetuada anualmente nomesmo lugar geogrfico enquanto o templo no foi erigido emJerusalm. Antes disto, os festivais de agradecimento eram observadosem lugares separados atravs da terra e o festival tornou-se uma pocaem que tais pores do povo eram completamente dedicadas a Jeov.Era, evidentemente, uma ocasio de grande alegria e reunio familiar.

    No captulo 12 de Deuteronmio est registrado: "mas, o lugar que o

    Senhor vosso Deus escolher de todas as vossas tribos, para ali por o seunome, buscareis para habitao, e ali vivereis. E ali trareis os vossosholocaustos, e os vossos sacrifcios, e os vossos dzimos e a oferta aladada vossa mo, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntrias, e os

    primognitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. E ali comereisperante o Senhor vosso Deus, e vos alegrareis em tudo em que poreis avossa mo, vs e as vossas casas, no que te abenoar o Senhor teuDeus."

    No entanto, a ddiva do fiel hebreu no findava nem mesmo com

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    os dois dzimos que incluam o dzimo geral e o dzimo deagradecimento. De trs em trs anos o povo era solicitado a trazer umterceiro dzimo para sustento dos necessitados. O escritor deDeuteronmio descreve-o como segue: "Ao fim de trs anos tirars todos

    os dzimos da tua novidade no mesmo ano, e os recolhers nas tuasportas; ento vir o levita (pois, nem parte nem herana tem contigo) e oestrangeiro, e o rfo, e a viva, que esto dentro das tuas portas, ecomero, e fartar-se-o para que o Senhor teu Deus te abenoe em toda aobra das tuas mos, que fizeres." (Dt 14:28-29)

    O Antigo Testamento no oferece um meio fcil pelo qual umindivduo possa pagar suas obrigaes a Deus. Os que criticam o dzimo

    na lei como uma exigncia, superior a um sacrifcio que no podemcumprir, no so capazes de aperceber-se de que o Antigo Testamentoinclua dois dzimos anuais durante dois anos e trs dzimos no terceiroano.

    Muitos cristos que tentam evitar as implicaes do dzimo emnossa gerao esto atrapalhados menos pelo legalismo do dzimo quepelo custo e sacrifcio que ele envolve.

    O dzimo est escrito de maneira inegvel na vida do povo dostempos do Antigo Testamento. Ler os livros da Lei e dos profetas ouvira voz de desafio vida dedicada, voz que clama pelo dzimo como anica medida adequada para a mordomia dos bens materiais.

    ENTREGAR O DZTMO AGRADECER A DEITS

    Certos princpios tornam-se evidentes depois de um exame doensino do Antigo Testamento. So princpios verdadeiros, guias daquelesque esto desejosos de reconhecer o dzimo como inerente experinciados cristos desta gerao.

    Em primeiro lugar, o dzimo no era, no Antigo Testamento, ummeio de manter o templo, o sacerdcio, ou se recolher do campo. Nostempos de Saul, David e Salomo, os dzimos eram usados para aquele

    propsito, mas, a direo em que o dinheiro ia no era essencial no

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    havia sido educado numa tradio vtero-testamentria que fazia osdzimos e ofertas que eram trazidos a Jeov, de uma tal natureza querequeriam sacrifcio.

    O DIZIMO RECEBE A BNCO DO SENHOREm terceiro lugar, o Antigo Testamento no deixa nenhum leitor

    duvidar de que h recompensas disposio daqueles que do o dzimo.As passagens devotadas ao dzimo indicam que as recompensas so tantomateriais como espirituais. A concluso inevitvel que o princpio dodzimo lana-se profundamente na vida do universo, e encontra uma

    resposta nas leis de Deus. O dizimista abenoado muito mais queaquele que usa as ddivas de Deus sem admitir que tais tesourosconstituem uma mordomia sagrada.

    A narrativa de Gnesis em que Abrao coloca seus dzimos diantede Jeov seguida por uma passagem em que o patriarca se assegura dointeresse e bnos divinas: "depois destas coisas veio a palavra doSenhor a Abrao em viso, dizendo: No temas, Abrao, eu sou o teu

    escudo, o teu grandssimo galardo. E trouxe-o para fora e disse: Olhaagora para os cus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe:assim ser a tua semente" (Gn 15:1,5).

    As recompensas prometidas da mordomia so evidentes nos livrosde Provrbios tambm, quando o leitor lembrado a "honrar o Senhorcom tua fazenda, e com as primcias de toda a tua renda; e se enchero

    os teus celeiros abundantemente, e transbordaro de mosto os teuslugares" (Pv 3:9-10).

    A mensagem do dzimo no Antigo Testamento acompanhada porcertezas inabalveis de que bnos sero dadas vida do dizimista paraenriquec-lo alm de sua expectativa. As vezes estas bnos vm sob aforma de bem-estar material, mas, inmeras vezes, o dizimista recebeaquele maravilhoso senso da presena divina que o faz triunfante em

    todas as experincias do viver dirio.

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    Desde os primeiros captulos de Gnesis aos ltimos versos nolivro de Malaquias, o Antigo Testamento estabelece a esperana eurgncia do dzimo. No suficiente declarar que o povo do tempo doAntigo Testamento dizimava: muito mais claro declarar que uma

    compulso imperativa foi colocada no Antigo Testamento para que opovo dizimasse. A origem est no desejo de encontrar uma maneira maisdigna de expressar gratido a Jeov por Sua bondade, e o resultado finalfoi uma f que, embora muitas vezes provada por sofrimentos cruciais,permaneceu atravs das idades para enriquecer a herana religiosa dahumanidade.

    O dzimo uma parte inseparvel da herana total da f judaica,

    aquela f que se tornou alicerce para a revelao e esperana crist.Quando estudamos o Antigo Testamento descobrimos o dzimo comoum reconhecimento mnimo da inefvel bondade do Deus de amor.

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    CAPITULO III

    O DZIMO NO NOVO TESTAMENTO

    O dzimo tem um lugar relativamente insignificante no NovoTestamento. Este fato explica porque muitos lderes contemporneos da

    Igreja Crist tm hesitado em aceitar e proclamar o dzimo como sendoessencial vida crist.

    E importante descobrir porque os escritores do Novo Testamentopouco se referem ao dzimo, enquanto continuamente falavam dedinheiro de tal maneira que o dzimo deve ter parecido algoinsignificante para os seguidores de Jesus que estavam ansiosos paracumprir suas obrigaes para com a f.

    A primeira igreja crist tinha que se separar da Lei do AntigoTestamento para "to lay claim to the allegiance of the Gentiles" daquelesdias. Em Jerusalm, ao fim de sua segunda viagem missionria, oApstolo Paulo lutou e ganhou a batalha contra o legalismo entoprevalecente na seco judaica da igreja crist. Era claro a Paulo, etornou-se logo evidente aos outros lderes da primitiva igreja que o

    cristianismo seria grandemente prejudicado e poderia mesmo terminarcomo uma seita obscura se a fidelidade Lei em lugar da fidelidade aosensinos de Jesus fosse a primeira exigncia sobre os recm-convertidosao cristianismo.

    O dzimo tinha uma associao estreitssima com o AntigoTestamento. Nos sculos que precederam a era crist o povo hebreu

    considerava o dzimo mais e mais como o cumprimento de meticulosasparticularidades da lei e no como um ato de adorao que partisse daconvico do cuidado providencial de Jeov. O dzimo tornou-se menos

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    um ato de dedicao que um imposto que recaia sobre cada cidado.

    fcil compreender porque os escritores do Novo Testamentoficaram em silncio quanto ao assunto quando consideramos a histria

    do dzimo na vida hebraica. No entanto, muitos crticos expressamoposio ao princpio do dzimo de forma totalmente diferente daquelaque ditou o silncio dos escritores neo-testamentrios, sobre o assunto.Jesus e aqueles que escreveram os Evangelhos e as epstolas nuncaconsideravam sua grande nfase sobre a mordomia e seus conselhos arespeito do uso do dinheiro, como um convite aos fiis seguidores deCristo para darem menos de um dcimo de seus rendimentos ao trabalhode Deus.

    Seus ensinos e escritos davam a entender que o dzimo no erasuficiente. O desafio era para que os cristos fossem alm dos judeus:que fossem alm do dzimo (ou seja, o dzimo o mnimo com quepodemos contribuir).

    E neste ponto que os modernos crticos da prtica do dzimoentram em dificuldades. Muito freqentemente aqueles que consideramo dzimo como um princpio legalstico esto procurando umajustificao pela qual os membros das igrejas possam dar quantiasmenores e ainda ser considerados fervorosos. A eloqente assero deque "tudo quanto possuo pertence a Deus" geralmente se transformanuma cortina atrs da qual a pessoa se esconde quando deseja dar umamiservel oferta igreja e quelas causas que ajudam a construir oReino.

    Certo oficial da igreja era bem conhecido pela sua falta degenerosidade em contribuir. Em uma ocasio ele piamente defendeu-sedizendo: "naturalmente, no dou o dzimo. O dzimo legalstico.Acredito que tudo quanto possuo pertence a Deus." Algum queconhecia bem o homem disse num murmrio, a um companheiro: "aobra do Senhor progrediria muito mais se tivesse um dcimo pelo menosdo rendimento daquele homem."

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    Nenhum cristo justificado ao criticar o dzimo como legalismodo Antigo Testamento se ele levado por um desejo de escapar de suaobrigao de contribuir generosamente para o trabalho de Deus nomundo.

    O DIZIMO UMA PARTE DA MORDOMIAO Novo Testamento oferece uma revelao superior a qualquer

    outra dada no Antigo Testamento aos seguidores de Jesus que procuramser fiis no uso de seu dinheiro. O ensino cristo demanda uma atitudede mordomia. Pressupe que Deus o doador de tudo e, portanto, o dono

    de toda a vida. O dinheiro de Deus. O homem responsvel por aquelaporo que tem em sua posse. Toda a riqueza de Deus e todos oshomens tm o privilgio de administr-la como uma doao sagrada.

    Este ensino no se aparta do dzimo. Na verdade, a idia damordomia crist pe nfase no dzimo como sendo uma medida prtica ehistrica de contribuio disposio de qualquer pessoa que procura serfiel em sua mordomia.

    Os Evangelhos registram apenas duas vezes em que Jesusmencionou o dzimo. Ambas as referncias so significativas, entretanto,porque revelam a meno que Jesus fez para que seus seguidorespraticassem o dzimo.

    Mateus e tambm Lucas registram a passagem em que Jesus

    afirmou que o dzimo esperado daqueles que se propem ser fiis aDeus. Suas palavras so uma rplica inflamada queles que substituem olegalismo pelas realidades espirituais, mas, presumem tambm a idia dodzimo: "ai de vs, escribas e fariseus, hipcritas," clamou Jesus,"porque dizimais a hortel, o endro e o cominho e desprezais o maisimportante da lei, o juzo, a misericrdia e a f; deveis porm, fazer estascoisas, e no omitir aquelas" (Mt 23:23-24).

    Aqui est Jesus acusando-os de injustia, falta de misericrdia efalta de f. Ele no livrou seus seguidores da obrigao do dzimo. Ele

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    deu a entender que deveriam ir pelo menos at o dzimo como umaevidncia da devoo a seu Pai celestial.

    A Igreja primitiva enfrentou o problema criado por aqueles

    seguidores de Jesus que se esforaram para evitar as implicaes dodzimo relegando-o a um costume do Antigo Testamento. JooCrisstomo (347-407 AD) foi eloqente em sua crtica queles cristosque se esforaram para evitar suas obrigaes atacando o princpio dodzimo.

    "Para que, considerando esta obrigao, disse ele, "os judeus nocontriburam?" Eles contriburam com o dzimo, e dizimavam outra vez

    para os rfos, vivas e proslitos. Agora, entretanto, ouvimos muitofreqentemente uma pessoa dizer com surpresa: "ento fulano d odzimo?" Que desgraa, afirmo-lhes, esta: o que entre os judeus no eracausa de surpresa, ou celebridade, est, agora, entre os cristos,transformando-se em motivo de surpresa. Se era uma coisa perigosanegligenciar o dzimo naquela poca, muito mais perigoso agora."

    Jesus no sentia que Sua misso era derrubar a lei. Ele disse: "vim,no para destruir, mas, para cumprir a lei".

    Ele esperava mais de Seu Pai Celestial do que foi prometido na lei,e Ele mesmo deu maior nfase ao que era exigido pela lei. Mas, nuncainsinuou que Seus seguidores deveriam encontrar um caminho mais fcilde lealdade dando menos de seu dinheiro e de seus talentos a seu PaiCelestial do que dava um fiel filho de Israel.

    Jesus mencionou o dzimo em outra ocasio. Na parbola doFariseu e do Publicano ele cita as palavras do Fariseu: "eu dou o dzimode tudo quanto possuo". Criticando a religio deste homem h aquelesque argumentam dizendo que esta passagem uma indicao de queJesus era contrrio ao dzimo. Segundo este mesmo raciocnio, devemostambm presumir que ele era contrrio orao. A crtica de Jesus aqui feita contra a maneira de orar bem como ao legalismo implcito no

    hbito de dar o dzimo. Jesus estava rebatendo a idia farisaica de que o

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    dzimo formal e a orao formal so aceitveis a Deus como substitutospara a humanidade e sacrifcio.

    Os Evangelhos no registram um nico ensino de Jesus que

    dispensam seus seguidores da necessidade de reconhecer a bondade deDeus dando uma dcima parte de seus bens materiais. Ele animouaqueles que o amavam a ir mais longe que o dzimo em reconhecimentode seu dbito para com o Criador. E um dbito que poderia ser pago poruma fiel mordomia de todas as possesses da vida.

    O DTNfETRO CONSTANTEMENTE MENCIONADONenhum assunto no Novo Testamento discutido com maiorfreqncia e de um modo mais direto, que o assunto do dinheiro. Osescritores tinham diferentes propsitos ao escrever cada livro, mas,quase todos os evangelhos e as epstolas do um lugar proeminente auma discusso da relao estreita que h entre o dinheiro e uma f vitalem Deus.

    Muito dito nos ensinos de Jesus e nas instrues dadas igrejaprimitiva, concernentes aos perigos do dinheiro com referncia alma e vida abundante. Jesus voltou quele tema muitas vezes. "Quo difcil um rico entrar no reino dos cus" (Mc 10:23) Quando seus discpulosexpressaram admirao por esta declarao, Ele continuou: " mais fcilum camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar noReino dos cus" (Mc 10:25).

    Quando Jesus discutiu a idia do julgamento divino para a almahumana, Ele declarou que as mais severas penas cairo sobre aquelesque foram infiis na mordomia de seu dinheiro. Contou a histriafamiliar do homem que havia juntado excelentes colheitas do seutrabalho. Quando o homem planejou usar seus ganhos egoisticamentepara construir maiores celeiros e despensas, Jesus declara que Deus lhefalou, dizendo: "Louco! Esta noite te pediro a alma, e as coisas que

    ajuntaste, para quem sero?" Depois Ele ajuntou um lembrete para todosque O estavam ouvindo: "assim aquele que ajunta tesouros para si, e

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    no rico para com Deus" (Lucas 12:16-21)

    Quando Ele contou a histria do perigo das riquezas acumuladas,Jesus no mencionou o dzimo como uma medida de contribuio de um

    homem, mas, a implicao de Suas palavras no deixa lugar paradvidas de que Ele esperava que o povo de Deus desse togenerosamente, que o dzimo seria, por comparao, uma quantiadeveras insignificante.

    A nfase do mestre sobre os perigos do dinheiro foi acentuadapelos lderes da igreja primitiva. Nenhum outro quadro temvel como ode Ananias e Safira aparece na Bblia, quando se mostraram infiis em

    suas obrigaes de dividir o que possuam de bens materiais com seuscompanheiros cristos. Ningum pode ler a histria destes indivduosmal orientados e egostas sem ficar ciente de que todo o cristo quepossui um mnimo que seja de bens materiais est imediatamenteconfrontando com o perigo de perder a vida espiritual, quando o dinheiro usado primariamente para satisfazer seus desejos pessoais.

    O apstolo Paulo falou de um modo positivo acerca dos perigos douso do dinheiro. Em uma ocasio ele escreveu: "o amor ao dinheiro araiz de todos os males; e nessa cobia alguns se desviaram da f e setranspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Tm. 6:10).

    Continuou, depois, a dar a Timteo instrues que deveriam gui-lo em seu ensino concernente a dinheiro. "Manda aos ricos deste mundoque no sejam altivos, nem ponham a esperana na incerteza das

    riquezas, mas, em Deus, que abundantemente nos d todas as coisas paradelas gozarmos; que faam bem, enriqueam em boas obras, repartam deboa mente, e sejam comunicveis, que entesourem para si mesmos umbom fundamento para o futuro, para que possam alcanar a vida eterna."

    O escritor do livro aos hebreus no menos definido em seusconselhos concernentes aos perigos do dinheiro. "Sejam vossos costumessem avareza, contentando-vos com o que tendes, porque Ele disse: no te

    deixarei, nem te desampararei" (Hb 13:5).

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    Assim tambm, Tiago fala da ameaa que o dinheiro constitui paraa alma. Ele pinta um quadro vivo de um dia quente de vero quandoestorricante sol faz fenecer a grama e as flores. "Assim se murchar

    tambm o rico em seus caminhos" (Tiago 1:11).

    Depois, Tiago, que dentre todos os escritores do Novo Testamento o menos acostumado a palavras vvidas de acusao, dramatiza os

    paralisantes perigos do dinheiro. "Eia, pois, vs, ricos, chorai, pranteai,por vossas misrias que sobre vs ho de vir. As vossas riquezas estoapodrecidas e os vossos vestidos esto comidos da traa. O vosso ouro e

    a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dar testemunho contravs, e comer como fogo a vossa carne. Entesourastes para os ltimosdias" (Tiago 5:1-3).

    Estes ensinos do Novo Testamento devem ser compreendidos emconexo com a atitude da igreja primitiva a respeito das riquezas. Jesus eSeus discpulos consideraram cada pessoa como sendo rica de

    possesses de ddivas e da graa de Deus. Estes ensinos no so

    meramente uma palavra de denncia contra o grupo indefinido que estdo lado de fora do discipulado cristo. No h encorajamento aqui paraos seguidores de Jesus tomarem atitudes corretas a seus prprios olhose regozijar-se nas candentes palavras que seriam destinadas a outrem.Somos todos ricos, com os tesouros que Deus nos tem confiado. Cadaum de ns permanece em perigo mortal e eterno, se somos nscios eegostas no uso que fazemos de nossas possesses materiais.

    Em vista dos conselhos do Novo Testamento acerca do uso dodinheiro, o dzimo, como medida de devoo crist, torna-se o comeo eno o fim do processo contributivo. Seu valor como uma medida til eexperimentada de mordomia do dinheiro torna-se imediatamente visvel.Um fiel seguidor de Jesus, aps ouvir os clamorosos apelos concernentesaos perigos do dinheiro quanto vida espiritual, poder voltar-se para odzimo com a certeza de que ele um modo leal, histrico e satisfatrio

    de contribuio.

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    PRINCPIOS DA CONTRIBUIOSer til examinar os ensinos positivos do Novo Testamento

    acerca do mtodo e quantia de contribuio.

    Em primeiro lugar, os cristos so chamados a contribuirregularmente. Esta nfase denota uma mudana no mtodo. No AntigoTestamento, o dzimo se associava aos perodos de colheita, ou venda derebanho e gado. Paulo incita os cristos de Corinto a fazer ddivassemanalmente para a causa crist. "No primeiro dia da semana cada umde vs ponha parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade,para que se no faam coletas quando eu chegar" (ICo 16:2).

    Uma evidncia de que a regularidade na contribuio era esperadana igreja primitiva vista na segunda carta de Paulo aos cristos deCorinto. Ele est falando das ofertas, e diz: a Acaia est pronta (paracontribuir) desde o ano passado, e o vosso zelo tem estimulado a muitos"(2Co 9:2-3). A medida da fidelidade na congregao crist era aregularidade e generosidade do povo.

    Em segundo lugar, os cristos do Novo Testamento foramchamados a contribuir com ofertas tais que constituiriam um sacrifcio.Jesus dramatizou inesquecivelmente este atributo de fidelidade com suahistria da viva pobre e suas moedas. O mestre notou que a mulhercolocou duas moedas de cobre sobre o altar. E disse: "em verdade vosdigo que lanou mais do que todos esta pobre viva; porque da suapobreza, deitou todo o sustento que tinha" (Lc 21:3-4). A mulher foilouvada porque sua ddiva foi um sacrifcio genuno. Jesus ensinou a

    idia de que as ddivas sacrificiais eram as nicas ddivas que deveriamser oferecidas ao Pai Celeste.

    A nfase nos ensinos de Jesus imediatamente encontrou um lugarna Igreja Primitiva. O apstolo Paulo louvou os sacrifcios que eramfeitos pelos cristos de Macednia. "Como em muita prova de tribulaohouve abundncia de seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundouem riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu

    mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente"

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    (2Co 8:2-3).

    Tornou-se um marco da igreja primitiva os seguidores de Jesusdarem generosamente de seu dinheiro para a manuteno do Reino.

    Algumas das primitivas autoridades gregas e romanas que comentaram ocrescimento do movimento cristo ficaram impressionados por sua

    prontido em contribuir.

    Aristides enviou uma carta ao Imperador Adriano, em Roma, cercade 135 A.D. A verso siraca daquela carta s recentemente foidescoberta. E um comentrio vivido da contribuio generosa e altrusta

    dos primitivos cristos.

    "Eles (os cristos) andam em toda a humildade e bondade, e no hfalsidade entre eles. Amam-se uns aos outros. No se recusam a ajudaras vivas. Livram o rfo da violncia. Quem tem d sem murmurarquele que no tem. Se vem um estrangeiro, tomam-no em sua casa etratam-no como a um irmo. Quando um dentre seus pobres passa destapara a outra vida, qualquer um que v isto providencia o fretro de

    acordo com suas posses... Verdadeiramente este povo novo e h algodivino nele."

    Toda a evidncia que pode ser encontrada nas Escrituras e naliteratura dos primeiros sculos da era crist aponta para o fato inegvelde que os primitivos seguidores de Jesus contribuam sacrifi cialmentecom seus bens materiais para a causa qual haviam dedicado suas vidas.

    Em terceiro lugar, os escritores do Novo Testamento registramque a felicidade vem queles que dividem seus bens materiais. Amensagem principal de alegria pela contribuio encontrada nos Atosdos Apstolos. Paulo estava lanando o alicerce das prticas da Igrejaque se tornariam fixos nos sculos do porvir. Ele disse: "tenho-vosmostrado em tudo que, trabalhando assim, necessrio auxiliar osenfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: "mais bem-

    aventurada coisa dar do que receber" (At 20:35). Enquanto noabrigaram um sentimento egocentrista, os primitivos cristos

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    experimentaram e aprenderam que a contribuio sacrificial traziafelicidade s vidas daqueles que fossem fiis no uso de seu dinheiro.

    Este ensino expresso de maneira mais expressiva em outra carta

    que o apstolo Paulo escreveu Igreja de Corinto. Ele diz: "e digo isto:que o que semeia pouco, pouco tambm colher; e o que semeia emabundncia, em abundncia tambm colher. Cada um contribuasegundo props no seu corao; no com tristeza, ou por necessidade,porque Deus ama ao que d com alegria. E Deus poderoso para fazerabundar em vs toda a graa, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda asuficincia, abundeis em toda a boa obra" (2Co 8:6-9).

    O NOVO TESTAMENTO EXIGE MAISE evidente que a concepo do Novo Testamento acerca da

    contribuio nunca exigiu menos dos fiis servos de Deus que olegalismo do Antigo Testamento. Ao contrrio, cada desafio e cadaincitamento vazado em tais termos que o cristo chamado a fazerddivas muito mais generosas que as que eram requeridas peloinabalvel legalismo dos primrdios bblicos. Em lugar de uma prementenecessidade, o dzimo tornou-se uma medida satisfatria de contribuiobsica para todos que procuram ser fiis a Deus.

    As recompensas da contribuio sacrificial so numerosas,conforme verificamos pela experincia dos cristos na igreja primitiva.A contribuio generosa implica numa vida abundante, diariamente, edesenvolve tambm aquelas qualidades da alma que se tornam um

    prenncio da vida eterna.

    O Novo Testamento tem muito pouco a dizer sobre a questo dodzimo. Entretanto, um estudo dos livros do Novo Testamento no deixalugar para o conforto e satisfao queles que se esforam em utilizar aparca meno do dzimo como uma desculpa para a contribuiomiservel. O Novo Testamento requer mais dos seguidores de Jesus queo Antigo Testamento dos adeptos da Lei. Testados em todos os pontos, o

    desafio de Jesus deve ser interpretado como requerendo uma quantia

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    superior de devoo e sacrifcio.

    Assim como o Novo Testamento oferece muitas instrues queajudam a guiar os seguidores de Jesus que procuram orar e adorar, o

    Antigo Testamento fez do dzimo a quantia mnima esperada daquelesque desejam ser fiis a Deus no uso de seu dinheiro. Presumir que a vidacrist permite uma lealdade menor que a do Antigo Testamento perdero corao da revelao do Novo Testamento, quanto natureza evontade de Deus.

    O dzimo pode ser um padro insignificante de contribuio para

    uma pessoa, e medida pelo conceito da graa do Novo Testamento, umlugar pobre onde parar; mas, para milhes de cristos o dzimo umpasso primordial e essencial que o levar um pouco mais longe do tipode vida dominada por aspiraes materialistas. O dzimo um caminho

    para a vida abundante.

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    desejo de evitar o pagamento de mais que o necessrio (ou seja, de faltade generosidade).

    Certo pastor sugeriu uma boa resposta a tais questes. "Suponha

    que Deus desejasse mudar o plano por um ano, e ao invs de pedir umdcimo, desse-lhe dez por cento baseado sobre a renda que voc recebeuno ano passado. Que clculos voc faria a Ele a fim de descrever suarenda? Esta a quantia sobre a qual voc, razoavelmente, deverentregar o dzimo". Nenhum indivduo encontraria problemas semantivesse aquele ponto de vista quando fosse calcular o total de suacontribuio.

    O trabalhador que recebe um envelope com seu pagamento cadams tem um modo simples de chegar ao seu dzimo. Ele meramentetoma 10% do total que recebe em suas mos e coloca esta importncia aparte, como reconhecimento de sua gratido a Deus por Suas bnos.

    Os homens de vida comercial ou profissional que no tm umarenda fixa encontram um problema mais difcil. O modo mais simples

    para tomar o dzimo colocar de lado 10% de qualquer quantia quetransferir para seu crdito pessoal de suas contas comerciais ouprofissionais.

    As vezes, os dizimistas perguntam se a dcima parte que sepropem a entregar ao Senhor deve ser calculada depois de descontadosos impostos pessoais. Nenhuma regra definitiva pode ser seguida. E

    provvel que, em muitos casos, tal concluso justificvel. Certamente,a pessoa assalariada que toma 10% de seu envelope de pagamentomensal est baseando sua contribuio de um total sem taxas, isto , dototal ganho descontou-se as taxas eventuais, e do sub-total assim obtidoo trabalhador deduziu o dzimo. No seria menos digno para onegociante ou para o doutor seguir o mesmo procedimento.

    Um leiteiro pediu orientao sobre como deveria calcular o total

    do seu dzimo. Ele explicou que sua margem de lucros era pequena, ediversas vezes o ano terminou com um dficit. Ele disse que o dzimo de

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    seus lucros no seria suficiente para pagar o que ele achava que era suaparte na manuteno da igreja. Perguntei se ele tinha um proveitosemanal de seu negcio que pudesse ser considerado como renda. Eleexplicou que suas despesas domsticas e de seus negcios estavam em

    uma mesma conta e eram contabilizadas por um contador. Admiti queele tinha um problema e que no poderia oferecer uma soluo legalistapara o mesmo. "O senhor se decidiu a entregar o dzimo", conclu."Calcule quais so suas despesas com o negcio e deduza do resto odzimo."

    O fazendeiro tem um problema especial quando adere ao dzimo.Sua renda em dinheiro freqentemente diminuta. Ele tem grandes

    despesas para substituio de maquinismos ou criao. E evidente queno lhe possvel entregar o dzimo de cada cruzeiro que recebe comopagamento por sua produo. Ele deve calcular a quantia que toma parasuas contas pessoais e de sua casa, e por de lado 10% deste total.

    O fazendeiro, o negociante, o mdico, o advogado e outros homensde negcios ou de outras profisses quase sempre decidem tomar 10%do total lquido, da quantia que lhes restam depois de descontados osimpostos de renda. Tal concluso parece uma aproximao razovel eprtica do problema.

    Pessoas aposentadas ou vivas que vivem de uma pequena penso,ou de renda de capital investido, freqentemente desejam entregar odzimo ao Senhor. As vezes, sua renda total estritamente suficientepara cobrir despesas vitais. Separar um dcimo, em muitos casos, no

    deixaria quantia suficiente para a manuteno mnima. Em taiscircunstncias, a pessoa pode, conscienciosamente, ser justificada emtomar o dzimo do que resta depois de paga a soma necessria para asubsistncia. Mas, importante que a quantia, embora pequena, sejaposta a parte como um reconhecimento especfico da bondade de Deus.Alm disto, as pessoas que esto vivendo do rendimento de fundosinvestidos podem dizimar fazendo um propsito de designar pelo menos10%) de seu capital para as causas crists.

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    Ao decidir a quantia a contribuir o dizimista deveria esforar-separa ser to agradvel a Deus como espera que o Pai Celestial seja comele. E melhor no comear a entregar o dzimo como uma prtica regularse o indivduo julga necessrio argir consigo mesmo e com outros a fim

    de evitar as obrigaes que ele honestamente sente que deve a Deus. Amenos que o dinheiro seja colocado parte alegremente, as satisfaesque to freqentemente vm ao encontro do dizimista sero perdidas.

    SEPARADO PARA O SENHORE um fator importante na contribuio do dzimo manter uma

    conta separada, ou uma caixa especial, ou receptculo, para depositar odzimo. Este facilmente perdido se tornar-se meramente uma conta amais que deve ser paga regularmente, tirado de uma carteira ou de umtalo de cheques. Se no se perder inteiramente tende a tornar-se umpeso colossal que parecer desproporcionalmente grande quando apresso das contas correntes estiver lanada sobre o indivduo. Taldificuldade evitada se o dzimo guardado em um lugar separado ondese torna uma reconhecida parte do tesouro de Deus, e reconhecimento da

    gratido e devoo a Deus sentidas pelo indivduo ou pela famlia.

    Recentemente veio luz um balancete efetuado por AbraoLincoln durante os anos em que estava na Casa Branca. Chama-se"Conta do Hospital". O Sr. Lincoln entregava sua contribuio Igrejatirando-a daquela conta. Dela ele tirou quantias e mais quantias paraauxlio de emergncia em hospitais, ou para cuidar de divertimentos para

    vtimas feridas em guerra. O Sr. Lincoln no se props a custear aquelesatos de caridades com sua conta bancria regular. Ele usava o fundoespecial hospitalar, criado para este propsito.

    E sbio procedimento para todos os dizimistas seguir esteprocesso. O dzimo ter maior significado se for colocado parte,separado das demais contas do indivduo. William E Gladstone, um dosgrandes primeiros ministros da Inglaterra, entregava o dzimo de seus

    rendimentos regularmente. Ele, como o Sr. Lincoln, punha de lado umaconta especial para aquele propsito. Depois de advogar que a prtica

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    deveria comear na infancia, ele continuava dizendo: "a maior vantagemde formar um fundo deste tipo que, quando somos solicitados acontribuir, a competio no entre o egosmo numa mo e a caridadena outra, mas, entre os diferentes propsitos da religio e da caridade,

    dentre as quais devemos fazer a mais cuidadosa escolha. E desejvel queo fundo assim usado no fosse inferior a um dcimo de nossas rendas, eisto tende a trazer uma bno para os nove dcimos restantes".

    O Sr. Gladstone sugeriu um importante fator que deveria serconsiderado em relao ao dzimo. As exigncias para assistncia scausas filantrpicas, tanto dentro como fora da igreja, sofreqentemente uma fonte de tenso para o indivduo. Cada exigncia

    que feita para assistncia resulta em uma batalha com sua naturezagenerosa. Ele especula se pode dispensar uma quantia mnima comoddiva, e ainda manter seu lugar na comunidade. Muitas pessoas ficamembaraadas por contnuas tenses devidas a tais lutas referente suacontribuio.

    O dzimo ajuda a evitar todas estas situaes. Se o dzimo foilanado numa conta separada, o dizimista pode pesar os vrios pedidos,no pela quantia de dinheiro, que o julgam capaz de conceder, mas, pelaquantia que lhe possvel de acordo com a conta do Senhor.

    Ele se toma um despenseiro da soma que ele mesmo colocou delado como dzimo. Ao invs de tenso ele sente calma e satisfao.

    Um ministro que esteve temporariamente incapacitado por doena

    foi forado a afastar-se do plpito. Dezoito meses depois recebeu umacarta de um comerciante conhecido. O homem disse que estevepensando em seu pastor amigo e, sabendo que ele estava fazendo emface de crescentes obrigaes oriundas de sua doena, estava incluindoum cheque de 250 dlares. Escreveu o seguinte: "observando minhaconta-dzimo verifiquei que a quantia includa aqui seria bem empregadaem seu caso. No posso falar-lhe que felicidade me d ter um fundo deDeus para dividir com voc."

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    Muitos dizimistas tm experincias similares. Seu costume regularde colocar parte um dcimo toma o Fundo disposio do Reino, oque traz no somente um alvio para a presso das exigncias dosnecessitados, mas, tambm uma alegre experincia em contribuir.

    COMECE CEDOO dzimo deveria comear na infancia. Se meninos e meninas tm

    o exemplo de seus pais para encoraj-los, a deciso para entregar odzimo no ser difcil de ser tomada. Mesmo que os pais nocontribuam, as crianas prontamente aderem sugesto de que Deus nos

    tem dado tanto que muito certo que ponhamos parte uma certa porodo que recebemos e a levemos como oferta igreja, ou a empregamospara ajudar os necessitados. Este um modo de agradecer a Deus porSua bondade.

    O valor de uma vida pode ser provado incitando um jovem acomear a entregar o dzimo do primeiro dinheiro que ganhe.

    Um financista americano, agora aposentado, contou a histria decomo ele comeou o hbito de entregar o dzimo. Ele era um dentrequatro meninos de cerca de 12 anos recebidos comunho da igreja. Notrmino do culto, o jovem pastor comentou a um dos oficiais: "tivemosum timo culto hoje de manh, no foi?" "No vi nada particularmentenotvel no culto", o homem replicou. "A que se refere o senhor?""Aqueles quatro meninos dando-se a si mesmo a Jesus Cristo e unindo-

    se igreja", o pastor replicou. "Eles no contriburam com nada horada coleta", o homem replicou enquanto se afastava.

    Este menino entreouviu a conversa entre o ministro e o oficial daigreja. Quando teve uma oportunidade de falar com seu pastor, a ss,perguntou-lhe que quantia ele deveria dispor para o sustento da igreja. Opastor perguntou quanto ele estava ganhando. Ele replicou que seusalrio era de US$ 2,50 por semana. O pastor, ento, explicou que cada

    cristo tem o privilgio de dar pelo menos um dcimo de seu rendimentocomo apreciao s bno de Deus. Ele sugeriu que o menino deveria

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    entregar vinte e cinco centavos de dlar por semana como suacontribuio Igreja. A sugesto foi alegremente adotada e o meninocomeou um hbito de-toda-a-vida: colocar a parte pelo menos umdcimo de seus rendimentos para o trabalho do Senhor. Quando idoso,

    declarou que nunca cessara de entregar o dzimo. Achava que havia sidoajudado pessoalmente mais pelo dzimo que por qualquer outro hbitoque houvesse cultivado durante toda a sua vida.

    E importante notar que este financista comeou a entregar odzimo ao Senhor quando menino. Muitos dos homens que entregam odzimo nesta gerao dizem que eles tambm comearam a prtica emtenra infancia.

    CONTRIBUA REGULARMENTEO dzimo inclui no somente o ato de por de lado uma quantia

    especificada, mas, tambm, a idia de regularidade na ddiva. Muitoscristos nunca aprenderam a contribuir sistematicamente. No seguemnenhum plano ao enfrentar sua responsabilidade para com a igreja ecomunidade. O dzimo significa o ato de colocar a parte regularmentepelo menos um dcimo do rendimento, e a diviso sistemtica daquelasoma com a igreja e seu programa.

    Algumas pessoas contribuem se so chamadas de um modoespecial para contribuir. Outros contribuem se sabem que a igreja precisade uma quantia extra para pagar dficit. Muitas destas pessoas se sentemvirtuosas se cooperarem na tarefa de arrancar a igreja para fora do que

    eles chamam de "buraco". Falham em no considerar que o dficit noteria existido se eles e outros houvessem contribudo regularmente.Algumas pessoas contribuem se gostam do ministro ou se aprovamalguma parte do programa.

    Conheci um cristo negligente em uma comunidade da NovaInglaterra que sempre se vangloriava de como ele havia ajudado a erigiro templo. Ele no havia freqentado a igreja durante muitos anos e suas

    contribuies haviam sido to pequenas e irregulares que foram de pouca

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    serventia. Entretanto, o homem elogiava-se a si prprio dizendo quehavia contribudo para construir a igreja. Cheguei a crer que ele haviadado a maior quantia para a construo. Ele havia deixado estaimpresso em muitas pessoas, mas, quando os livros foram examinados,

    os quais falavam das finanas da igreja, descobriu-se que o homem haviacontribudo com a insignificante quantia de US$ 35,00! Ele haviaevitado suas responsabilidades para com Deus e a igreja, durante muitosanos, pela falsa suposio de que, havendo feito uma ddiva, no lhe eranecessrio contribuir para o resto de sua vida.

    Por causa do seu descuido em contribuir, aquele homem havia

    perdido o poder vital que nos dispensado atravs da f.Verdadeiramente ele pensava que havia dado uma alta soma, mas suafalta de sistema em dividir havia torcido seus valores. Cego quanto verdadeira natureza da contribuio, sua cegueira lhe fez perder vastasoportunidades para alegria em sua experincia religiosa.

    O dizimista algum que pe parte uma poro determinada deseus vencimentos regularmente, e que contribui sistematicamente

    daquele dzimo, para o trabalho de Deus no mundo.

    COMO DTSTRTBTTTR O DT7JMOUma questo mais deve ser examinada aqui. Para que ser usado o

    dzimo? Deve todo de ser entregue igreja? Ou podem empresas taiscomo Dispensrios, Cruz Vermelha, ou Corpo de Escoteiros serem

    mantidos pelo dzimo? Estas so apenas algumas das questespertinentes, pessoais, que freqentemente se erguem em conexo com ouso do dzimo.

    As respostas a estas questes devem ser procuradas, depois deorao honesta, pelo prprio indivduo. Se cada cristo considerar seudzimo como pertencente a Deus, e se ele distribuir o dinheiro luz daconvico de que est repartindo o dinheiro de Deus, no o seu, ele ser

    indubitavelmente levado a fazer decises acertadas.

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    Uma declarao geral concernente ao problema do que fazer com odzimo deveria ser seguida por diversas observaes que precisam serlevadas em considerao.

    Primeiramente, uma grande poro do dzimo ser,necessariamente, entregue igreja que o agente mais avanado peloqual o trabalho de Deus no mundo efetuado. Nenhuma quantiaespecificada pode ser estabelecida, mas, certamente uma generosaporo do dzimo deve destinar-se aos cofres da igreja, para que sejausada como for mais conveniente.

    Em segundo lugar, a idia protestante da sociedade crist deverser mantida na mente. De acordo com este conceito tudo na vida

    considerado sagrado. A rea entre o sagrado e o secular banida, e tudoda vida olhado como ntima relao com Deus, e dentro do escopo deSua vontade. Com este princpio em mente, o cristo no se esfora parafugir dos males da sociedade, mas, procura enfrent-los e transform-losem bnos. Ele mantm a crena de que tudo na vida deve conformar-se com a vontade e propsito de Deus. Desta interpretao do mundo deDeus, escolas e hospitais foram criados, lares para rfos e lares para osidosos tomaram-se uma parte comum e aceita do trabalho da igreja.Atividades recreativas e formadoras do carter, para meninos e meninasforam desenvolvidas na esperana de que a juventude poderia ser levada cidadania til e criadora

    Tal responsabilidade pela sociedade torna os Dispensrios edemais organizaes congneres de vital interesse para o cristo. Naverdade, so o brao direito da igreja, esforando-se para fazer um pouco

    do trabalho que a igreja tomou a peito realizar. Ddivas a taisorganizaes tornam-se parte do dever de cada cristo fiel, e podemcertamente, usar uma poro do dzimo nessas organizaes.

    No dever haver argumentos legalistas a respeito deste assunto.Se um cristo sente que seu dzimo dever ir inteiramente para amanuteno da igreja, deixemo-lo agir de acordo com suas convicespessoais. Nada h a censur-lo e ele encontrar alegria enquanto segue a

    orientao do Esprito Santo.

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    Como a vontade de Deus deve ser compreendida e seguida emnossas vidas, receberemos uma verdadeira bno ao deixar todo odzimo sobre o altar, ou usando parte dele para o trabalho de auxlio e

    cura queles que esto em necessidades.

    TIM MORDOMO MATS CITTDADOSOUm fato importante que devemos ter em mente que o dzimo

    um reconhecimento da gratido de Deus. Quando o dzimo colocado parte regularmente, e distribudo com um senso de sagrada

    responsabilidade, grande alegria inunda a alma do dizimista. Sente asociedade com Deus no trabalho do Reino. Sente alvio das tensesusuais das contribuies. A vida crist adquire um radiante significadono conhecidos por aqueles que no sabem o que significa entregar odzimo.

    Muitos dizimistas testificam que algo semelhante a um milagre

    acontece aos nove dcimos que restam depois que o dzimo colocado parte. Um honesto cristo explicou o fato: "quando comecei a entregar odzimo, os nove dcimos restantes pareciam esticar-se mais do que osdez dcimos que eu gastava anteriormente". Isto no estranho.Significa que, colocando parte seu dzimo, tomou-se o dizimista ummordomo mais cuidadoso quanto ao resto do seu dinheiro. Foiabenoado por Deus, visto que foi colocado em usos mais frutferos. Osdesejos de um dizimista tornam-se mais refinados, e suas exigncias de

    possesses materiais tornam-se menos numerosas e insistentes, e nopem nfase no sentido material.

    Olhando como um reconhecimento da bondade contnua de Deus,o dzimo um clamor urgente lealdade de todos os seguidores de JesusCristo. O Cristo no precisa de nenhuma recompensa por entregar odzimo alm da satisfao que sente por fazer o que ele considera um

    privilgio e dever. Mas, o dizimista vir a descobrir que sua contribuiolhe traz muito mais que isto. Torna-se o dzimo um meio de felicidade nasua vida diria que no pode ser descrita ou medida, mas, que o leva a

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    testificar que o dizimo uma estrada aberta para a vida triunfante.

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    CAPITULO V

    OS PERTGOS DO DZTMO

    H perigos no dzimo? Sim, pois qualquer plano que define arelao entre um homem e seu vizinho, ou entre um homem e seu Deus,

    em termos de uma regra ou lei, assunto para mal-entendidos ou m f.O esprito da obra tende a ser esquecido na satisfao que vem ao sentirque a letra da regra foi guardada.

    O dzimo uma medida definida de contribuio. Por tradio epela prtica corrente, significa que um cristo pe de lado para otrabalho de Deus, e como reconhecimento por Sua bondade, dez porcento dos seus rendimentos. H perigo neste padro, se a prtica se torna

    meramente uma regra que um seguidor de Cristo deve observar para sercontado entre os fiis.

    Entretanto, bom lembrar que muitas leis significativas dasociedade, comumente aceitas, as quais governam as aes dos homensneste sculo, esto sujeitas a esta atitude legalista. Por exemplo,consideremos as leis do casamento. Pode-se dizer que preparar os papis

    e fazer votos pblicos em uma cerimnia matrimonial umaaproximao legalista entre um homem e uma mulher que se amam. Aspessoas envolvidas poderiam facilmente perguntar porque as leis sonecessrias. "O esprito do casamento no seria malbaratado," poderiamelas perguntar, "quando medidas legais so requeridas daqueles quedesejam ser scios na vida?" Mas, sabemos que as leis e regulamentosque governam o casamento so necessrios e teis na contribuio quefazem para uma sociedade estvel.

    Reconhecemos que h perigos no dzimo. Mas, os valores

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    provenientes do dzimo so to numerosos que sobrepujam em muito asdesvantagens reais ou imaginrias. O dzimo provou ser uma disciplinaconstrutiva e beneficente para a vida crist. E um meio de graa que temcontribudo com um vasto tesouro expectativa espiritual de homens e

    mulheres fervorosos.

    SANES DTVTNASDe maneira interessantssima, o dzimo tem sido aceito por

    multides de cristos como um ato religioso de devoo que tem sanodivina. E considerado como uma medida de clamor de Deus quanto aosbens materiais que Ele tem dado a Seu povo.

    Presumimos que o dzimo uma lei de Deus porque se aprofundalongamente na histria hebraica. Era um dos costumes principais dopovo cuja religio representa os primrdios de nossa prpria f.

    Considere a autoridade que o tempo impe sobre a legalidadebblica do dzimo. Desde que o homem bblico surgiu no Gnesisencontramos o dzimo. Foi formulado detalhadamente como uma prticaessencial quando Moiss deu a Lei que conduziria seu povo. Foiobservado e praticado por todos os hebreus fervorosos que desejavamexpressar sua f em Jeov por prticas aprovadas por Ele.

    No somente a histria indica que o dzimo o plano de Deus paraSeu povo. Em edio temos o testamento de muitos dizimistas do sculoXX que declaram que sentem uma ntima comunho com Deus quando,

    regularmente, pem de lado 10% de seu vencimento.

    O homem se torna parceiro de Deus quando entrega o dzimo.Adquire um senso de camaradagem com o Criador e Autor do universoquando usa suas posses com um senso de doao sagrada.

    O dzimo tem, portanto, sano divina e de uma maneiraextraordinria reconhecido como uma lei no humana, mas divina, para

    governar as relaes entre os cristos e suas posses.

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    H perigos na observncia de qualquer das leis do universo, asquais consideramos peculiarmente divinas. Tomemos o conceito doamor como a lei bsica da vida. H perigo nesta idia. De fato, h muitos

    que esto desejosos de colocar de lado o amor como a lei da vida, emfavor de um sentimento mais marcial entre as relaes das pessoas ounaes, que tm problemas entre si. Considere tambm a lei que declaraque "aquilo que algum semear isso tambm ceifar." H perigos nestalei para aqueles que acreditam que o prazer ou a luxria so o fim davida.

    Todas as leis que se desviam de uma ntima identificao entre ahumanidade e os propsitos revelados por Deus so perigosos para aspessoas que se esforam em caminhar por caminhos bons a seus olhos.

    Quando examinamos alguns dos perigos do dzimo, reconhecemosque a dificuldade no est inteiramente nas leis em si, mas na atitude queos homens tomam para com elas. Qualquer dificuldade pode ser evitada

    por uma atitude e um esprito correto da parte das pessoas que se

    esforam para entregar o dzimo.

    Vejamos que perigos ameaam o dzimo. No devero sermagnificados e muito menos ignorados. As pessoas que no entregam odzimo no encontram estas dificuldades, mas por outro lado, taiscristos nunca atendero o gozo pessoal e o senso de sociedade comDeus que experimentado por aqueles que esto pondo parte, para

    Deus, um dcimo dos seus vencimentos.

    RETIDO PRESUNOSAUm perigo comum do dzimo a retido presunosa. E uma

    tentao para o dizimista assumir uma atitude de superioridade sobreaqueles que no seguem aquele costume. Jesus deixou claro a seusdiscpulos que a retido aos prprios olhos resulta numa triste

    experincia quanto f. Ele contou do homem que subiu ao templo eorou: "Senhor, eu te agradeo porque no sou como os demais homens...

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    Jejuo duas vezes por semana. Entrego o dzimo de tudo quanto tenho"(Lc 18:11-12).

    Jesus concluiu que o homem que fez tal orao no foi para casa

    sentindo-se em comunho com Deus.

    A retido presunosa faz numa religio vazia, nesta gerao, o quefez nos tempos do Novo Testamento. Constri uma falsa idia devirtude.

    Quando um dizimista se torna ciente das miseravelmente pequenasddivas ao Reino, feitas por muitos cristos professos, no inatural que

    ele considere sua prpria oferta de 10% como uma grande ddiva. Notarque muitas pessoas prsperas esto dispostas a lisonjear-se de suagenerosidade quando suas contribuies causa do Reino no igualam oque uma mulher gasta no salo de beleza, ou o que o homem paga noclube de golfe, toma fcil ao dizimista demarcar o largo golfo (espao)que o separa daquele tipo de pessoa.

    Entretanto, relativamente poucos dizimistas julgam-se melhoresque os outros, imbudos de uma retido jactanciosa. A maioria deles sopessoas humildes que hesitam em falar de suas virtudes, mas, aocontrrio, falam da bondade e misericrdia de Deus.

    Um negociante da Flrida havia feito grandes ddivas para a igrejae fins caritativos. Poucos pedidos de auxlio ficaram sem receberresposta. Sua generosidade para com as causas relativas comunidade

    tambm ficou sendo conhecida por muitas pessoas que se identificavamcom as organizaes que mantinham. Era publicamente reconhecidocomo um benfeitor da igreja e da comunidade. Numa tarde, foiapresentado como orador num banquete. O oficial enumerou uma porode exemplos em que a generosidade do homem havia ajudado a fazeruma campanha financeira com sucesso.

    Quando se levantou para iniciar seu discurso, este negociante

    cristo estava visivelmente embaraado. "Desejo tomar claro que no

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    mereo crdito por aquilo que dou em minha igreja ou comunidade,"comeou. "No contribu com meu dinheiro. Todo ele pertence a Deus,

    porque vocs sabem, eu sou dizimista."

    O ministro de sua igreja estava naquela reunio e ouviu aquelaconfisso. Depois ele disse a um amigo: "conheo Ed h oito anos, econversei com ele acerca da igreja e de Deus em muitas ocasies, masele nunca me disse que era dizimista."

    Isto no uma ocorrncia fora do comum. Os dizimistas em geralso humildes acerca do seu hbito regular de separar um dcimo dos

    seus rendimentos para o trabalho do Senhor.

    Entretanto, a retido aos prprios olhos um perigo que deve serevitado constantemente por aqueles que entregam o dzimo.

    LEGAIJSMOUm segundo perigo do dzimo o legalismo. Os dizimistas so

    tentados a acreditar que nenhum outro sacrifcio de si mesmo ou dedinheiro necessrio alm da entrega do dzimo. E presuno de algunscristos que o dzimo uma espcie de transao entre Deus e o homem,em que o homem pensa que j fez a sua parte pelo dzimo e por issoespera que Deus demonstre um interesse particular pelo seu bem-estar.

    O dizimista legalista no est interessado em valores humanos. Ele

    acha que sua parte no auxlio humanidade j foi completada com odinheiro que deu.

    Jesus foi severo em sua condenao queles que haviamerroneamente presumido que sua obrigao findava com a entrega dodzimo. Ele os informou de que, no negligenciando o dzimo, deveriamconsiderar tambm a justia e a misericrdia. Ele deixou seus ouvintescom o sentimento de condenao porque seu dzimo no era

    acompanhado por uma entrega de suas vidas a Deus.

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    Deve-se crer e afirmar que h, em comparao, poucos dizimistasque poderiam, hoje, ser acusados do pecado do legalismo. A desprendidagenerosidade e interesse que se evidenciam em vidas de dizimistas, taiscomo: A. A. Hyde, Kenneth S. Keyes, James L. Kraft, e Mathias W.

    Baldwin so uma rplica eloqente queles que magnificam este perigo.Ao contrrio, homens e mulheres que entregam o dzimo tm estado navanguarda daqueles movimentos que se esforam para construir ummundo melhor para toda a humanidade. Interesses missionrios tmencontrado alguns dos seus melhores amigos entre os dizimistas.

    As organizaes e instituies que procuram aliviar os sofrimentosso freqentemente dirigidos por aqueles que colocam a parte pelo

    menos 10% dos seus rendimentos para o trabalho do Senhor.

    Entretanto, os dizimistas devem estar sempre desejosos de provar arealidade de sua f pela medida de sua entrega total a Cristo. H sempreperigo quando o dzimo considerado tanto o meio quanto o fim da f.Nenhum real conhecimento a Deus suficiente, a menos que inclua, nosomente o dinheiro, mas, o tempo, os talentos, e a vida tambm.

    CONTROVRSIAUm terceiro perigo do dzimo a tentao para tornar o assunto,

    matria de argumentao. Os cristos quase sempre desenvolvemacaloradas discusses a respeito da importncia e mtodo do dzimo.

    Os argumentos usualmente comeam com a questo: o crente

    obrigado ou no a entregar o dzimo? E surgem outras, quando odizimista discute longamente a natureza de seu dzimo e os usos aosquais ele ser til. Esses argumentos chegam ao clmax quando odizimista est ansioso para convencer outros dos valores do dzimo, demodo a tomar-se impaciente em suas relaes com aqueles que noconcordam com ele.

    O rico tesouro que est disposio do cristo atravs da

    contribuio regular perdido, freqentemente, se ela se torna um

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    muleta que ajudar uma campanha financeira. Os cristos inteligentestm o direito de perguntar, em tal poca, por que o dzimo no foienfatizado h mais tempo se ele um trampolim para a felicidade e vidaabundante.

    Os dzimos de consagrados cristos erguero largas somas paracausas crists. Mas, o dinheiro levantado o subproduto do maissignificativo ato: dedicao. E o reconhecimento de gratido pelasabundantes misericrdias de Deus.

    Este perigo, o do motivo insatisfatrio, nem sempre confronta odizimista a menos que este comece a praticar o dzimo sob a presso de

    contribuir necessariamente para um projeto de construo de igreja, ououtra necessidade urgente, e no pretendeu torn-lo uma parte dadedicao de sua vida. Em tal caso, ele no deve ser desiludido Oudesencorajado. Se ele estiver desejoso de perseverar na prtica dodzimo, descobrir que ele recebeu certeza da presena de Deus e ficarciente da sociedade com Ele em todas as fases de sua vida.

    SUBSTITUTO DA MORDOMIAOutro perigo comum do dzimo a tentao para torn-lo um

    substituto da mordomia. O dinheiro somente um aspecto do cuidadoprovidencial de Deus. A carteira de dinheiro importante porque elafreqentemente amolda atitudes para com todas as outras faces da vida,mas, no o fim da bondade de Deus.

    O dzimo aquela poro do rendimento de um cristo que entregue a Deus. O dzimo no deve cegar o indivduo para o fato de queos nove dcimos (90%) restantes tambm so uma ddiva de Deus edevem ser administrados com no menor senso de ddiva sagrada. Todoo cristo um mordomo de toda a sua vida. A ele foi confiado cadacruzeiro que possui.

    O dzimo um reconhecimento mnimo, mas, um mordomo

    dedicado descobrir que os outros nove dcimos tambm pertencem a

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    Deus. Quer seu dzimo pare ou no nos 10%, o fiel mordomo procuraradministrar tudo quanto possui com um senso de consagrao,reconhecendo que cada pequena poro de seus bens uma ddiva doamor de Deus.

    A mordomia no finda com o dinheiro. Inclui tempo e talentos.No suficiente para um cristo sentir uma satisfao pia em entregarum dcimo de seu dinheiro, se no usa suas habilidades para o servio daigreja, ou se acha que no tem tempo a perder com posies de lideranano Reino.

    H perigo no dzimo desde que um cristo presume que suaobrigao para com Deus est completamente cumprida pelo ato de dardez por cento de suas rendas. Entretanto, poucos dizimistas, emcomparao, caem nesta tentao, porque a maioria deles est pronta aentregar suas habilidades e seu tempo a Deus como esto dispostos aentregar seu dinheiro. Aprenderam pelo costume da contribuio regularque tudo da vida uma ddiva de Deus e que a vida deve ser orientadamediante a consagrao dessas ddivas. Com este esprito, consideram o

    dzimo uma parte de seu profundo agradecimento que fazemcontinuamente a Deus.

    ALIANA COM DEUSNem todos os perigos que o dzimo apresenta, juntos, so

    suficientes para levar um cristo inteligente a discutir o valor de tal

    prtica. Os perigos revelam a fraqueza humana que deve ser reconhecidase quisermos ser honestos. Mas, o dzimo primariamente uma relaoentre os cristos e seu Deus. Mantido no elevado plano no qual a Alianacom o Pai Celestial se torna o motivo e satisfao da vida, o dzimo uma prtica que no dever ser observada com temor, mas, ser aceitacomo um privilgio sagrado.

    O dzimo uma profisso de f em Deus. E um reconhecimento de

    Sua bondade. Por causa das fraquezas humanas o dzimo pode s vezestornar-se legalstico, ou pode levar retido presunosa, mas, seus

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    princpios bsicos so a adorao e a entrega de si mesmo. As faltasocasionais devidas fraqueza, no devem separar os cristos da alegria esatisfao que recebem quando, atravs do dzimo, reconhecem cadauma das ddivas de Deus.

  • 8/13/2019 Vida Espiritual pelo Dzimo - G. Ernest Thomas

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    CAPTULO VI

    O DZTMO F A VIDA ABUNDANTE

    Um anncio, alguns anos atrs, na coluna "Precisa-se" de umgrande jornal de Nova York, dizia o seguinte:

    "Precisa-se de empregada para famlia de quatro pessoas. Todos osaparelhos eltricos em casa. Bom salrio. Deve ser uma crist UMACRIST MUITO ALEGRE SE POSSVEL".

    Muitos cristos no vivem triunfantemente. O temor que observado nos olhos de uma multido de pessoas do sculo XX vistotambm no rosto de muitos cristos. Ao invs de uma vida abundante,numerosos seguidores de Jesus de Nazar esto cansados e ansiosos.

    Suas atitudes e maneiras no viver dirio apresentam insignificantesemelhana com o esprito jubiloso que marcou os cristos do primeirosculo.

    Entretanto, no meio de uma sociedade que inclui tantas pessoasque esto amedrontadas, e deprimidas pelas condies que prevalecemem seu mundo, h aqueles que encontraram o segredo da vida

    abundante. Tais pessoas imediatamente so notadas como diferentes.

    Descobri que muitos dos seguidores de Jesus que possuem umaalegria interna so aqueles que cultivam o hbito do dzimo.Encontrando uma pessoa cuja vida reflete um esprito de vitria,pergunto: "o senhor dizimista?" Tenho feito esta pergunta a pessoasque freqentam a igreja. Tenho procurado a resposta em logradouros

    pblicos, onde tenho encontrado cristos que possuem aquele raro e

    indefinvel esprito que o reflexo de uma vitria interna.

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    Muitas e muitas vezes aqueles que tm tal irradiao de sua fconfessam que so dizimistas. Nem todos eles, naturalmente, porque houtros caminhos para a vida abundante, mas, um nmerosurpreendentemente alto de tais pessoas diz que entrega o dzimo do

    Senhor. Em adio, declaram essas pessoas que encontraram grandealegria na experincia.

    A idia de encontrar a vida abundante atravs do dzimo no nova. Tal ddiva divina foi assegurada queles que observam estecostume nos tempos do Antigo Testamento. "Trazei todos os dzimos casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa, e depois,fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exrcitos, se eu no vos abrir as

    janelas do cu, e no derramar sobre vs uma bno tal que dela vosadvenha a maior abastana" (Ml 3:10).

    Esta passagem de Malaquias tem sido muitas vezes interpretadacomo indicando que as recompensas do dzimo sero de naturezamaterial. Os dizimistas freqentemente testificam que recompensasmateriais tangveis acompanham um reconhecimento regular da bondadede Deus por intermdio do dzimo. Mas, os resultados descritos emMalaquias no esto confinados a consideraes materiais somente. Aretribuio do dzimo sob a forma de bnos espirituais e reflete-seem vidas transformadas. O quadro do Antigo Testamento umapreparao daquilo que se transformou na experincia dos cristos emtodas as geraes que encontram no dzimo uma porta aberta para a vidaabundante.

    PERIGOS DO USO DO DTNfETROA falta de integridade nas relaes que envolvem dinheiro

    contribui para a infelicidade de muitas pessoas. Jesus de Nazar ensinouesta verdade h aproximadamente 2.000 anos atrs, e a experincia temconfirmado a validade de Seus ensinos.

    Um lder no mundo comercial recentemente comentou o impacto

    do dinheiro sobre a vida feliz. "Duas das mais difceis coisas que

  • 8/13/2019 Vida Espiritual pelo Dzimo - G. Ernest Thomas

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    obtemos neste mundo", diz ele, "so: adquirir fortuna por esforoshonestos, e havendo-a obtido, saber como us-la apropriadamente.Recentemente, dirigi-me ao salo de um clube de golfe, alis muitoconhecido, depois do trmino de uma partida. Era j quase noite e a

    maioria dos scios havia partido para suas casas. Mas, uma meia dziade homens de idade madura estavam ainda sentados s mesas,conversando toa e bebendo mais do que lhes era lcito. Estes mesmoshomens podem ser vistos l dia aps dia e, coisa estranha, todos sohomens de postos elevados, ricos, bem sucedidos nos negcios erespeitados na comunidade. Se a prosperidade material fosse o principalrequisito para a felicidade, ento, cada um deles seria feliz. Entretanto,

    parecia-me que algo muito importante, estava faltando; de outra forma,no haveria o constante esforo para escapar s realidades da vida peloScotch com soda."

    Num mundo em que o dinheiro veio a desempenhar um importantepapel em todas as relaes humanas, h aqueles que observaram que,enquanto o dinheiro por si s no causa mal algum, muitofreqentemente os mtodos errados de obt-lo, e o uso errado do

    dinheiro constituem uma ameaa felicidade.

    Um psiqu